DARIO FROELINH
ROSANGELA APARECIDA SILVA PINTO FERREIRA
CONTABILIDADE GERENCIAL: A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO
DO FLUXO DE CAIXA EM UMA TORNEARIA
TOLEDO, Pr.
2014
2
DARIO FROELINH
ROSANGELA APARECIDA SILVA PINTO FERREIRA
CONTABILIDADE GERENCIAL: A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DO
FLUXO DE CAIXA EM UMA TORNEARIA
Trabalho de Conclusão de Curso, da
Faculdade Sul Brasil, Curso de Ciências
Contábeis, exigido como requisito parcial
para obtenção do Título de Bacharel.
Orientador: Prof. Esp. Ariel Fernando Strey
TOLEDO, PR.
2014
3
DARIO FROELINH
ROSANGELA APARECIDA SILVA PINTO FERREIRA
CONTABILIDADE GERENCIAL: A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DO
FLUXO DE CAIXA EM UMA TORNEARIA
Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,
FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob
orientação do Prof. Esp. Ariel Fernando Strey, considerado aprovado pela Banca
Examinadora, com a nota ___________.
FOLHA DE APROVAÇÃO
____________________________________________________
Prof. Esp. Ariel Fernando Strey
Orientador – FASUL
_____________________________________________________
Prof. Esp. Gilmar Camargo
Avaliador
_____________________________________________________
Prof. Esp. José Domingos Nunes Correa
Avaliador
Toledo- PR, 22 de novembro de 2014.
4
DEDICATÓRIA
Аоs nossos pais, e a toda nossa família
que, cоm muito carinho е apoio, não
mediram esforços para qυе nos
chegássemos até esta etapa de nossas
vidas.
Ao Curso de Ciências Contábeis da Fasul,
е às pessoas cоm quem convivemos
nesses espaços ао longos desses anos.
А experiência dе υmа produção
compartilhada na comunhão cоm amigos
nesses espaços foram а melhor
experiência
da
nossa
formação
acadêmica.
5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos а Deus qυе nos permitiu
para que isso acontecesse, a faculdade
Sul Brasil, sеυ corpo docente, direção е
administração, aos orientadores, Leandro
Crestani e Ariel Fernando Strey pela
partilha de seu conhecimento e auxílio
durante este período.
Aos nossos pais e a toda família, pelo
amor, incentivo е apoio incondicional e a
todos qυе, direta оυ indiretamente,
fizeram parte da nossa formação, fica
aqui о nosso muito obrigado.
6
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível”.
Charles Chaplin
7
RESUMO
O presente estudo visa compreender a importância da contabilidade gerencial no
que diz respeito a demonstração do fluxo de caixa, controle de estoque e de custos,
em uma empresa de Tornearia do distrito de Novo Sarandi. Logo, o estudo tem
como objetivo verificar a vida financeira, demonstrar qual a importância da
demonstração do fluxo de caixa, no âmbito das contas a pagar e a receber e
também o controle interno, bem como no controle de custo, tendo com isso
perspectiva de novos investimentos e observar como está a situação financeira da
empresa. Verifica-se que o melhor para a empresa Tornearia Universal é aplicar
métodos de demonstrações do fluxo de caixa, onde foi possível analisar que não
existem, devido à falta de experiência ou conhecimento, e ate mesmo acreditar que
devem seguir os métodos antigos. Para a realização da pesquisa, será feito um
levantamento das principais dificuldades que a empresa vem encontrando, será
utilizado registros, anotações e algumas informações que o proprietário pode-nos
fornecer. A partir do estudo de caso da empresa Tornearia Universal, onde será
aplicada a pesquisa exploratória e descritiva, serão analisados os pontos críticos. O
nosso objetivo na pesquisa é demonstrar a importância da contabilidade gerencial
pela demonstração do fluxo de caixa a fim de buscar um melhor desempenho.
Palavras-chaves: Contabilidade Gerencial; Demonstração do Fluxo de Caixa,
Controle.
8
ABSTRACT
This study aims to understand the importance of managerial accounting with regard
to the statement of cash flow, stock control and cost in a company of Turning in the
of District Novo Sarandi. Therefore, the study aims to verify the financial sector of
the company, to demonstrate the importance of the statement of cash flows, under
accounts payable and receivable, and also the internal control, as well as the cost
control, taking with it the prospect of new investments and observe the financial
situation of the company. It appears that the best for the company is to apply
Universal Turning is applying methods statements of cash flow statements, where
parse that do not exist due to lack of experience or knowledge, and even believing in
new methods you should follow the old ones. For the research, a survey will be made
of the main difficulties that the company has faced, will be used records, notes, and
some information that the owner can provide. From the case study of Universal
Turning where the exploratory and descriptive research will be applied, the critical
points will be analyzed. Our goal in the research is to demonstrate the importance of
managerial accounting by statement of cash flows in order to get better performance.
Keywords: Management Accounting; Statement of Cash Flow, Control.
9
LISTAS DE FIGURAS
FIGURA 1: Torno Mecânico ...................................................................................... 33
10
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método direto ........................... 20
TABELA 2 – Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto ........................ 22
TABELA 3 - Principais classificações de custos ....................................................... 26
TABELA 4 – Preço de ferro por kg ........................................................................... 36
TABELA 5 - Parafusos, Porcas, Arruelas, etc. ......................................................... 36
TABELA 6 – Balanço Patrimonial do ano de 2012 e 2013 – ATIVO e PASSIVO ..... 38
TABELA 7- Demonstração de Resultado período 2012 e 2013 ............................... 38
TABELA 8 - Variação do Balanço Patrimonial dos períodos 2012 e 2013 ............... 39
TABELA 9 - A variação da DRE ............................................................................... 40
TABELA 10 – Método Direto .................................................................................... 42
TABELA 11 - Método Indireto ................................................................................... 43
11
LISTA DE SIGLAS
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa;
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 16
1.1 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL .................................. 16
1.2 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .......................................................... 17
1.3 TIPOS DE ATIVIDADES DA DFC ........................................................................ 18
1.3.1 Atividade Operacional.................................................................................... 18
1.3.2 Atividade de Investimento ............................................................................. 19
1.3.3 Atividade de financiamento ........................................................................... 19
1.4 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ....................................... 20
1.4.1 Método Direto ................................................................................................. 20
1.4.2 Método Indireto............................................................................................... 21
1.5 FLUXO DE CAIXA PROJETADO ......................................................................... 23
1.6 ESTOQUES ......................................................................................................... 24
1.7 CONTROLE DE CUSTOS ................................................................................... 24
1.7.1 Visão gerencial dos custos ........................................................................... 24
1.7.2 Centro processador de informações ............................................................ 25
1.7.3 Objetivo da contabilidade de custos ............................................................ 26
1.7.4 Quanto à tomada de decisão ......................................................................... 27
1.7.5 Quanto à identificação ................................................................................... 27
1.7.6 Quanto ao volume de produção .................................................................... 28
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 29
3. CONTABILIDADE GERENCIAL: A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DO
FLUXO DE CAIXA EM UMA TORNEARIA .............................................................. 32
3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 32
3.2 PARTE GERENCIAL NO CONTEXTO ATUAL DA EMPRESA ............................ 33
3.2.1 Como a empresa controla Estoques ............................................................ 35
3.2.2 Formação do Preço de Venda na empresa .................................................. 35
3.2.3Fornecedores ................................................................................................... 37
3.2.4 Contas a Receber ........................................................................................... 37
3.3 FORNECIMENTOS DOS DADOS POR PARTE DO ESCRITÓRIO DE
CONTABILIDADE ..................................................................................................... 37
3.4 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .......................................................... 41
13
3.4.1 Métodos utilizados para a Demonstração do Fluxo de Caixa .................... 41
3.4.1.1 Apresentação Método Direto ...................................................................... 41
3.4.1.2 Apresentação Método Indireto ................................................................... 43
3.4.2 A importância dos métodos para DFC para a empresa .............................. 44
3.5 ESTOQUE ......................................................................................................... 44
3.6 CUSTOS E CENTRO PROCESSADOR DE INFORMAÇÕES ............................. 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
ANEXOS ................................................................................................................... 52
14
INTRODUÇÃO
A pesquisa retrata sobre a contabilidade gerencial. A empresa busca atender
e cumprir com os seus encargos fiscais e burocráticos. Na contabilidade gerencial,
além de orientar a empresa sobre tributos e impostos, também auxilia na tomada de
decisões. A empresa que busca atingir sua lucratividade precisa estabelecer um
plano financeiro, com valores e metas definidos, para que esse plano financeiro seja
executado com eficiência, a empresa pode buscar os recursos da contabilidade
gerencial. Logo, o tema central da pesquisa é sobre a importância da contabilidade
gerencial pela demonstração do fluxo de caixa em uma empresa no ramo de
tornearia, para que o estudo possa ser aplicado como o melhor método gerencial e
também auxiliar o empresário na melhor decisão gerencial para a sua empresa.
Na empresa em estudo, o processo de gestão se ausenta, não
apresentando a preocupação com os controles internos de suas atividades, com
registros contábeis que possam vir a auxiliar a sua gestão nos negócios
empresarias. Sendo assim, o empresário não possui uma noção real da situação de
sua empresa e as decisões são tomadas conforme a necessidade do momento, não
havendo um planejamento antecipado.
A questão que orienta este estudo de caso é: Qual a importância da
contabilidade gerencial na gestão financeira?
Com a implantação de ferramentas gerencias como o fluxo de caixa, que
nesse primeiro momento é o mais necessário, será possível ter um controle de
entradas e saídas e de capital de giro.
O objetivo geral da presente pesquisa é identificar e descrever a importância
da contabilidade gerencial na gestão financeira da empresa em estudo, na qual foi
possível observar as dificuldades e o domínio do controle financeiro, bem como no
fluxo de caixa, controle de estoque, contas a pagar e a receber e também no
controle de custo.
Os objetivos específicos do trabalho são descrever sobre os conceitos da
contabilidade gerencial e sua importância na demonstração do fluxo de caixa e
identificar os benefícios na utilização da contabilidade gerencial necessárias e mais
eficientes para a gestão da empresa.
15
Contudo, nessa primeira fase da pesquisa foram levantados todos os dados
referentes ao processo da empresa e analisando as dificuldades, foi possível
encontrar ferramentas gerencias que auxiliarão na tomada de decisão.
Na segunda fase da pesquisa buscou-se informações sobre as principais
ferramentas que seriam úteis para a empresa, na qual pode-se destacar:
Demonstração do Fluxo de Caixa, controle de estoque e controle de custo.
Por fim na terceira e última fase do trabalho será destacado um breve
histórico da empresa bem como as ferramentas que irão auxiliar no processo de
gestão e a conclusão sobre o estudo de caso.
16
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial se encontra na parte administrativa da empresa.
Em função disso é uma ferramenta importante que gera informações necessárias
para a tomada de decisão.
Para Padoveze (2012) é o conjunto de informações que caracterizam a
administração necessária a qualquer tipo de entidade. Portanto, os usuários internos
têm o procedimento de fazer o planejamento e controle de toda a operação para a
tomada de decisão.
Conforme Iudícibus (1998, p.21):
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como
um enfoque especial conferido as várias técnicas e procedimentos
contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na
Contabilidade de Custos, na Análise Financeira de Balanços etc. Colocados
numa perspectiva [...] e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os
gerentes das entidades em seu processo decisório.
A característica que a contabilidade gerencial tem de ser a técnica mais
utilizada pelo usuário para fazer a análise de todo o relatório financeiro, de custo,
venda e de compra, etc. Após a análise desses relatórios, procura-se a melhor
decisão possível para o caso.
Segundo Padoveze, (2010, p. 33):
A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração,
acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de
informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento,
avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e
contabilizar o uso apropriado de seus recursos.
Para a empresa, contabilidade gerencial é de suma importância, pois através
dela é possível se ter um controle financeiro e verificar a real situação em que a
empresa se encontra.
17
1.2 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) tem a finalidade de gerar todas as
informações necessárias sobre os pagamentos e recebimentos de qualquer
empresa e sua periodicidade: diária, mensal ou anual.
O fluxo de caixa diário segundo Padoveze (2010) para a parte administrativa
é uma área financeira de extrema importância e de responsabilidade. Este método é
utilizado com a finalidade de ver quais são os lançamentos efetuados em certos dias
com as movimentações e aplicações bancárias, em um sistema de informação
contábil.
Através do fluxo de caixa diário pode ser utilizado como caixa mensal, onde
tem como objetivo efetuar todos os lançamentos do dia-a- dia, assim formando um
relatório no final do mês. O fluxo de caixa mensal se relaciona, segundo Padoveze
(2010 p. 84) “com os movimentos mensais das demais contas da companhia, e
dessa forma é elemento fundamental para o acompanhamento e controle dos
recursos da empresa”, no qual estão juntos com o balanço patrimonial e as
demonstrações de resultados.
Todas essas informações são geradas para o fluxo de caixa, no entanto são
utilizados todos os relatórios para que se possa fazer uma análise de todo o
conjunto com as demonstrações financeiras.
Com um eficaz controle de caixa é possível verificar:
A capacidade de as empresas gerar futuros fluxos líquidos positivos de
caixa;
A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e
retornar empréstimos obtidos;
A liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa;
A taxa de conversão de lucro em caixa;
A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos
de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações eventos;
O grau de precisão das estimativas passadas de fluxo futuros de caixa;
Os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de
investimento e de investimento etc. (IUDÍCIBUS et. al,2010, p.440).
Para que haja um controle na empresa, existem os requisitos que fazem a
transação de caixa, que são as atividades operacionais, de investimentos e de
financiamento.
As
notas
explicativas
se
caracterizam
nas
atividades
de
financiamento e de investimento, que afetam na parte patrimonial da empresa, não
18
afetando diretamente os fluxos de caixa do período, pois as atividades operacionais
são de resultados que pode ser de lucro ou prejuízo.
As disponibilidades do fluxo relatam que são os “equivalentes de caixa”,
sendo assim todas as atividades financeiras, conforme Coutinho et al (2008, p. 84)
“É uma demonstração de caráter financeiro que evidencia as modificações ocorridas
no saldo de caixa “equivalentes de caixa” das companhias em determinado período
de tempo, por meio de fluxo de recebimentos e pagamentos”.
Para Iudícibus, Martins e Gelbcke, (2010, p. 441) “equivalentes – caixas são
de investimentos de altíssima liquidez, prontamente conversíveis em uma quantia
conhecida de dinheiro e que apresentam risco insignificante de alteração de valor”.
Portanto, o equivalente de caixa
é por meio de todos os recebimentos e de
pagamentos dentro de uma certa organização. Isso significa que o valor em dinheiro
pode alterar a qualquer momento, pelos fatos que ocorrem na empresa.
1.3 TIPOS DE ATIVIDADES DA DFC
A DFC, conforme as demais demonstrações financeira, é classificado como
os movimentos que ocorreram no fluxo de caixa que representam as entradas e
saídas, no qual se classifica em três grupos como: atividade operacional, atividade
de investimento e atividade de financiamento.
1.3.1
Atividade Operacional
Para Coutinho et al. (2008), o grupo do fluxo das atividades operacionais
tem o objetivo da produção, das vendas, dos bens produzidos e também da
prestação de serviço. Portanto, essa atividade esta relacionada com os
recebimentos dos clientes, pagamentos de fornecedores, salário, impostos e os
encargos financeiro.
Para Iudícibus et al. (2010), as atividades operacionais estão envolvidas nas
produções e a entrega de bens e prestações de serviço, mas não estão entre as
atividades de investimento e financiamento, porém estão relacionadas com as
transações nas demonstrações de resultado.
19
A atividade operacional é relacionada com os pagamentos e recebimentos
que a empresa constitui, sendo que os resultados são apresentados nas
demonstrações de resultados.
1.3.2
Atividade de Investimento
Segundo Padoveze (2010, p. 85) relata que “o segmento das atividades
investimento leva-nos aos dados do ativo permanente ou do realizável à longo
prazo, enfocando o conceito de ativo como aplicações de recursos”. São estas
aplicações de recursos que influenciam nos dados do ativo permanente ou realizável
à longo prazo nas atividades de investimentos.
Conforme Iudícibus et. al. (2010, p. 442) “relacionam-se normalmente com o
aumento e diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para produzir
bens e serviço”. Estas diminuições e aumentos no ativo de longo prazo são
decorrentes de todos os movimentos na atividade operacional, como os bens e
serviços prestados pela empresa. É um recurso utilizado para fazer novos
investimentos.
Portanto, os recebimentos se constituem pelas vendas de participações
societárias de ativo imobilizado e os empréstimos concedidos, dividendo, juros. Os
pagamentos são adquiridos pelas aquisições de participações societárias, compra
dos ativos imobilizados e os empréstimos concedidos.
1.3.3
Atividade de financiamento
As atividades de financiamentos é importante pelo fato de ser útil, para
prever as exigências a respeito de futuros fluxo de caixa pelos fornecedores de
capital á entidade, e que pode ser utilizados estes recursos externos para financiar
as atividades operacionais e de investimentos.
Conforme o Portal da Contabilidade (2014):
As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não
Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os
empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à
amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de
dividendos, distribuição de lucros.
20
A atividade financeira tem por objetivo os empréstimos concedidos para
credores e investidores da entidade. Pode-se receber dos empréstimos bancários,
integralização de capital social em dinheiro. Também os pagamentos dos dividendos
e juros principais do empréstimo.
1.4 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A elaboração do fluxo de caixa é através das atividades operacionais,onde é
possível aplicar tanto o método direto quanto o indireto, isso ficará a critério da
empresa para escolher o método mais seguro.
1.4.1 Método Direto
O método direto, conforme Iudícibus et. al. (2010), deriva das entradas e
saídas pelas atividades operacionais que ocorrem pelos recebimentos das vendas
de produtos e serviços e pelos pagamentos de fornecedores e despesas diversas.
Conforme Coutinho et. al. (2008, p.87), “o método direto consiste em
apresentar os recebimentos e pagamentos da empresa referentes as suas
operações”. Para isso é preciso realizar as entradas e saídas no caixa que começa
pelas vendas, para os valores recebidos.
A seguir, o quadro irá demonstra o método direto, conforme encontrado no
Portal de Contabilidade (2014):
TABELA 1 – Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método direto
Fluxos de caixa originados de:
Atividades
operacionais
Valores recebidos de clientes
X
Valores pagos a fornecedores e empregados
(X)
Imposto de renda e contribuição social pagos
(X)
Pagamentos de contingências
(X)
Recebimentos por reembolso de seguros
X
Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias
X
Outros recebimentos (pagamentos) líquidos
X
---
21
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades
X
operacionais
Atividades
investimentos
Compras de imobilizado
(X)
Aquisição de ações/cotas
(X)
Recebimentos por vendas de ativos permanentes
X
Juros recebidos de contratos de mútuos
X
de
--Atividades de investimentos
X
Atividades
financiamentos
Integralização de capital
X
Pagamentos de lucros e dividendos
(X)
Juros recebidos de empréstimos
X
Juros pagos por empréstimos
(X)
Empréstimos tomados
X
Pagamentos de empréstimos/debêntures
(X)
de
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de
X
financiamentos
--Aumento (Redução) nas disponibilidades
X
Disponibilidades - no início do período
X
Disponibilidades - no final do período
X
==
Fonte: Portal de Contabilidade (2014)
1.4.2
Método Indireto
Conforme Iudícibus et. al. (2009, p. 189), os métodos indiretos “são
efetuados ajustes ao lucro líquido pelo valor das operações consideradas como
receitas ou despesas, mas que então não afetaram a disponibilidade de forma que
se possa demostrar a sua variação no período”.
Perante este método indireto é demonstrado às entradas e saídas do
dinheiro do caixa, mas com uma relevância que fornece os saldos que não afetam
22
os disponíveis como as despesas antecipadas, as provisões para impostos de
renda, etc.
Conforme o Portal de Contabilidade (2014) o quadro a seguir é uma
demonstração da diferença do método anterior. Há uma diferença entre o método
direto e indireto, onde só muda a atividade operacional, em que o método indireto é
mais aprofundado. A seguir uma demonstração do método indireto:
TABELA 2 – Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício/período
X
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais
Depreciação e amortização
X
Resultado na venda de ativos permanentes
X
Equivalência patrimonial
(X)
Recebimento de lucros e dividendos de subsidiárias
X
Variações nos ativos e passivos
(Aumento) Redução em contas a receber
X
(Aumento) Redução nos estoques
X
Aumento (Redução) em fornecedores
X
Aumento (Redução) em contas a pagar e provisões
X
Aumento (Redução) no imposto de renda e contribuição social
X
--Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais
X
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Compras de imobilizado
(X)
Aquisição de ações/cotas
(X)
Recebimentos por vendas de ativos permanentes
X
--Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos
X
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Integralização de capital
X
Pagamentos de lucros dividendos
(X)
Empréstimos tomados
X
Pagamentos de empréstimos/debêntures
(X)
Juros recebidos de empréstimos
X
Juros pagos por empréstimos
(X)
23
---
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de financiamentos
X
--Aumento (Redução) nas disponibilidades
X
No início do período
X
No final do período
X
===
Fonte: Portal de Contabilidade (2014)
1.5
FLUXO DE CAIXA PROJETADO
Para a projeção do fluxo de caixa são previstos todas as entradas e saídas
de atividades em um determinado período, sendo assim, a projeção do fluxo do
caixa tem diferença do planejamento financeiro. O fluxo de caixa se faz presente no
do planejamento financeiro. Segundo Sá (2008), conceitua projeção do fluxo de
caixa como:
[...] produto final da integração das contas a receber com as contas a pagar.
Seu objetivo é identificar as faltas e os excessos de caixas, as datas em que
ocorrerão, por quantos dias e em que montantes. É a partir do fluxo de
caixa projetado que fazemos o planejamento financeiro. (SÁ, 2008 p. 59).
A projeção do fluxo de caixa tem como finalidade para o gestor financeiro
informar antes todas as entradas e saídas que serão realizadas para que o
administrador possa tomar uma decisão mais precisa e segura.
As informações que são fornecidas através da projeção do fluxo de caixa
são utilizadas para que possa fazer um planejamento financeiro. Sá (2008) relata o
planejamento financeiro como estratégia utilizada pela projeção do fluxo de caixa,
onde o saldo mínimo de caixa, a capitalização e a aplicação dos recursos para que
sejam o mínimo os custos de erros de projeção.
Todo o planejamento financeiro através da projeção do fluxo de caixa é de
extrema necessidade e importância nas empresas, o qual ajuda aos gestores no
processo da tomada de decisão.
24
1.6
ESTOQUES
Dentro das empresas, o estoque é o departamento que dá origem as suas
atividades, portanto, manter o controle desses estoques, que se refere à matéria
prima ou produto acabado é fundamental para a vida financeira da empresa.
Para Dias (1993) o objetivo é utilizar o investimento em estoque,
aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as
necessidades de capital investido.
Os estoques podem ser de matéria-prima, a qual passa por um processo de
transformação e se torna um produto acabado, há também empresas que não
trabalham com a elaboração de seu produtos, e sim com os produtos no estoque
pronto para á comercialização.
A administração de estoque para Franceschini e Gurgel (2002, p.81):
Estoques de matérias-primas – matérias e componentes comprados de
fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não sofreram
nenhum tipo de processamento.
Estoque de matérias em processo – matérias e componentes que
sofreram pelo menos um processamento no processo produtivo da
empresa compradora e aguardam utilização posterior.
Estoque de produtos auxiliares – peças de reposição, matérias de
limpeza, matérias de escritório, etc.
Estoque de produtos acabados – produtos prontos para comercialização.
Para os estoques há várias definições, seja ele, para uso próprio, revenda
ou para a transformação de produto acabado pronto para a venda, e são esses
estoques que dão origem a atividade das empresas.
1.7
CONTROLE DE CUSTOS
1.7.1
Visão gerencial dos custos
A contabilidade de custo pode ser considerada como um centro
processador de informações, nela é possível mostrar como se implanta uma
contabilidade de custos, quais as técnicas mais usadas para auxiliar a gerência e
quais as atitudes devem ser tomadas.
De acordo com Cardoso (2007, p.21), “o estudo da contabilidade de custos,
um ramo do conhecimento contábil gerencial, destina-se a mensurar os custos dos
25
produtos, tanto na forma de bens materiais, quanto na forma de serviços.” Com a
contabilidade de custos é possível formar o preço dos produtos, a fim de verificar o
que é viável para a empresa, quais produtos têm mais rendimentos financeiros e
também ajuda na tomada de decisão do gestor.
1.7.2
Centro processador de informações
Como um centro processador de informações, a contabilidade de custos
absorve os dados recebidos e com isso gera informações com finalidade de apoiar
os gestores nas principais decisões a serem tomadas.
De acordo com Leone (2000, p. 21), “a contabilidade de custo é uma
atividade que se assemelha a um centro de informações, que recebe dado,
acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações
de custos para diversos níveis gerenciais”. A contabilidade de custo tem como
finalidade, receber todas as informações possíveis relacionadas aos custos dos
produtos ou serviços e analisar o que viável para o sucesso da empresa.
Segundo Leone (2000, p. 22), “a contabilidade de custo refere-se à coleta e
fornecimento de informações para as necessidades de tomada de decisão de todos
os tipos, e também ajuda na formulação das principais políticas das organizações”.
As informações geradas pela contabilidade de custos, podem ser úteis para os
gestores da empresa, elas podem servir como indicadores em suas decisões, pois
são voltadas aos usuários internos.
Ainda de acordo com Leone (2000, p. 22), “o contador de custo deve projetar
um sistema de custo em que os dados estejam prontos para solucionar os múltiplos
problemas com que defronta a administração da empresa”. Portanto, a contabilidade
gerencial e a de custos devem caminhar juntas, pois as duas têm a sua importância
na produção de informações para seus usuários. Se houver uma diferença entre
elas, podem ocorrer perdas nas informações contábeis para a sustentação das
decisões dos gestores.
26
1.7.3
Objetivo da contabilidade de custos
A contabilidade de custo tem a reponsabilidade de colher informações,
analisar e repassar aos gerentes e encarregados de cada setor dentro da empresa,
com o objetivo de ajudá-los na tomada decisão.
Para Leone (2000, p. 29), “a contabilidade de custo atua sobre a empresa,
seus produtos, seus serviços, os componentes operacionais e administrativos que
compõem sua estrutura funcional e sua estrutura objetiva”. O custo vai influenciar no
valor dos produtos e dos serviços da empresa. Dependendo do custo para produzir
dependerá também o preço final.
Para Leone (2000, p. 30), um pouco de história, mesmo breve, ajuda a
esclarecer certos conceitos e afirmações:
A contabilidade de custo aparece pela primeira vez como técnica
independente e sistemática, nos Estados Unidos, envolvendo a produção
industrial. Mais tarde passou a preocupar-se, de modo menos empírico,
com os custos do material consumido nas operações. As despesas indiretas
de fabricação, são estudadas durante muitos anos e hoje, dentro da
contabilidade de custos, existem critérios e técnicas que solucionam de
modo bastante adequado os problemas a esse aspecto.
A contabilidade de custos tem grande importância na tomada de decisões,
pois fornece aos gestores informações de como e onde surgem os custos dentro da
empresa, como eles são alocados aos produtos ou serviços, o seu comportamento
durante todo o processo incluindo a formação do preço.
No entanto, pode-se definir custos como sendo, valor gasto para obter
benefícios reais, através da produção de produtos ou uma prestação de serviço.
Para Wernke (2004), os custos podem ser classificados:
TABELA 3 - Principais classificações de custos
Classificação
Categorias
Quanto à tomada de decisão
Relevantes
Não relevantes
Quanto à identificação
Diretos
Indiretos
Quanto ao volume produzido
Variáveis
Fixos
Fonte: WERNKE, 2004, p. 13
27
1.7.4
Quanto à tomada de decisão
A contabilidade de custo busca ser uma ferramenta para auxiliar na tomada
de decisões, referente ao controle e gerenciamento da empresa em relação ao seu
patrimônio.
Segundo Wernke (2004), custos relevantes são aqueles que se alteram
dependendo da decisão tomada e custos não relevantes são os que independem da
decisão tomada.
Assim, os custos realmente importantes como subsídio à tomada de decisão
são os relevantes, os outros não necessitam ser considerados. Essa classificação é
feita considerando como uma única decisão a ser tomada, sendo válida apenas para
aquela decisão.
1.7.5
Quanto à identificação
De acordo com Wernke (2004), os custos diretos, são os gastos facilmente
apropriáveis as unidades produzidas, ou seja, são aqueles que podem ser
identificados como pertencentes a este ou aquele produto.
Deste modo, podemos dizer que os custos diretos são as matérias-primas
usadas para produzir determinado produto ou na execução de um serviço, eles se
identificam diretamente com a produção.
Já os custos indiretos para Wernke (2004), são os gastos que não podem
ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos, são os custos que ocorrem
dentro do processo de produção, mas para serem apropriados aos produtos
requerem o uso de rateios.
Porém, os custos indiretos são os gastos que a empresas têm para exercer
sua atividade, mas que não está atribuída diretamente no produto. Podemos citar
alguns gastos como sendo, a manutenção ou o conserto de uma máquina, o aluguel
da fábrica dentre outros, que fazem parte do processo, mas não estão ligados
diretamente ao produto.
28
1.7.6
Quanto ao volume de produção
Quanto ao volume de produção os custos podem ser classificados tanto em
fixos como em variáveis. Esta classificação é bastante utilizada para o cálculo do
sistema de custos variável.
Conforme Wernke (2004, p. 14), “custos variáveis são os que estão
diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto maior for o
volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais”. Os custos variáveis
aumentam de acordo com o volume de produtos a serem produzidos, são os gastos
que podem aumentar ou diminuir de acordo com a produção.
Para os custos fixos Wernke (2004, p.14), “diz que, são gastos que tendem a
se
manter
constantes
nas
alterações
de
atividades
operacionais,
independentemente do volume de produção”. Os custos fixos são os que ocorrem
todos os meses, independentes da quantidade produzida.
Pode-se concluir que os custos Diretos, Indiretos dizem respeito ao
relacionamento entre o custo e o produto feito, estão diretamente apropriados ao
produto feito, e os indiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais
como bases de rateio, estimativas, etc. Custos Fixos e Variáveis são uma
classificação que não leva em consideração o produto e sim o relacionamento entre
o valor total do custo num período e o volume de produção. Fixos são os que num
período têm seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, e
Variáveis os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação.
É importante que o gestor conheça as classificações dos custos para a
tomada de decisões de sua empresa, pois permite que visualize a atual situação da
empresa, onde haverá necessidade de mudanças ou um maior investimento.
29
2.
METODOLOGIA
Para que se desenvolva uma pesquisa é necessário seguir uma metodologia
de pesquisa, a fim de que se compreenda e saiba identificar as características, bem
como os campos, os tipos e as fases de sua realização, por meio de técnicas que
contribuam efetivamente para que atinja aos objetivos propostos. O presente estudo
terá como foco uma pesquisa exploratória descritiva de uma empresa do ramo de
tornearia, no distrito de Novo Sarandi.
Podemos dizer que a pesquisa é a busca de conhecimento, ela deve ser
feita de modo sistematizado, utilizando para isto métodos próprios e técnica
específica e procurar um conhecimento que se refira à realidade.
Sobre pesquisa exploratória, Cervo e Bervian (1996, p. 49) descreve que:
É normalmente, o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e
auxilio que traz na formulação de hipóteses significativas para posteriores
pesquisas. A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação
e quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da
mesma.
Para este tipo de pesquisa é preciso buscar o tema desejado e fazer todo o
desenvolvimento das hipóteses. Portanto, para esse planejamento é preciso utilizar
os métodos das pesquisas bibliográficos ou estudo de caso.
Sobre a pesquisa descritiva por Cervo e Bervian (1996, p. 49) afirma que
esta pesquisa:
Observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis)
sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência
com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os outros, sua
natureza e características.
Assim, para se realizar as pesquisas de qualquer tipo é necessário utilizar-se
da metodologia, a fim de seguir um método que atenda àquilo que se pretende
atingir. Deste modo, o estudo exploratório-descritivo ajudará a compreender o objeto
em questão.
Para a realização desse trabalho utilizando-se de uma empresa, no caso a
Tornearia Universal, serão levantadas as informações com o proprietário, através de
registros até então utilizados, observar como está o controle de entrada e saída dos
30
materiais do estoque e também como está sendo feito o controle da parte financeira
e de custo.
A pesquisa é um estudo de caso, que terá o auxílio de pesquisa bibliográfica
e documental.
O estudo de caso conforme Gil (1996, p. 58) “é caracterizado pelo estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu
conhecimento amplo e detalhado conhecimento”. O estudo de caso é desenvolvido
sobre certo tema que abrange as hipóteses necessárias.
Assim o estudo de caso é um tema para que as hipóteses sejam
apresentadas e são desenvolvidos mais aprofundadamente com o objetivo de expor
uma ideia chave para o entendimento de todos.
A pesquisa bibliográfica de acordo com Gil (1996, p.48) “é desenvolvida a
partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos. Atualmente também com material disponível na internet”. A pesquisa
bibliográfica fornece informações de pesquisas já realizadas e que são repassadas
para o conhecimento de todos.
A pesquisa bibliográfica tem como objetivo as contribuições científicas sobre
um determinado tema. Ela é desenvolvida a partir de materiais publicados em livros,
artigos, dissertações e as teses. Também pode ser realizada em uma pesquisa
descritiva ou experimental.
A pesquisa documental segundo Gil (1996, p. 51) “vale-se de materiais que
não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados
de acordo com os objetivos da pesquisa”. Para isso utiliza-se das pesquisas
desenvolvidas e análises que podem ser tanto impresso, manuscrito e demais
registros.
Pode-se dizer que o estudo de caso é desenvolvido em uma empresa na
qual se tem a comprovação na teoria sobre o quanto poderá ser feito na prática.
A empresa tornearia Universal iniciou suas atividades há mais de dez anos,
no Distrito de Novo Sarandi, Toledo, Paraná, oferecendo todos os serviços de
tornearia, que atende um grande número de clientes da cidade e região e que vem
buscando a cada dia aperfeiçoar-se dentro do mercado competitivo.
A escolha da empresa foi devido a grande dificuldade que a mesma vem
encontrando para se ter um controle nas suas atividades na parte financeira. Pode-
31
se observar que não é utilizado nenhum tipo de ferramenta gerencial, no qual seria
de grande importância para uma melhor gestão.
Para que o trabalho tenha êxito e confiabilidade nas informações para o seu
desenvolvimento, será feito um acompanhamento diário por um dos pesquisadores,
o qual é funcionário da empresa em pesquisa, que poderá observar de perto todas
as dificuldades que vêm enfrentando.
No primeiro momento a pesquisa será aplicada somente na empresa já
citada anteriormente, mas que poderá servir de exemplo para outras que vêm
enfrentado os mesmos problemas.
Para o estudo de caso foi utilizado os dois métodos, quantitativo e
qualitativo. Pode-se dizer que os métodos utilizados nesta pesquisa significaram a
escolha de procedimentos para a realização do estudo. Desta forma, todo trabalho
de pesquisa deve ser planejado e executado de acordo com as normas que
acompanham cada método.
Conforme Dalfovo, Lana, Silveira (2008) foram abordados os seguintes
problemas:
a) quantitativa – tudo que pode ser mensurados em números, classificados
e analisados. Utiliza-se de técnicas estatísticas; b) qualitativa – não é
traduzida em números, na qual pretende verificar a relação da realidade
com o objeto de estudo, obtendo várias interpretações de uma análise
indutiva por parte do pesquisador.
Ao utilizar da abordagem quantitativa, onde a precisão deve ser o objetivo
principal, porque os números deverão ser base para resultados precisos e sem
erros. Já na qualitativa a informação coletada não é expressa em números, por
representar um papel menor na análise.
Para elaborar o estudo foi utilizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa.
Em primeiro lugar, realizou-se uma análise da qualidade das informações coletadas
na empresa, a qual será utilizada futuramente.
32
3.
CONTABILIDADE GERENCIAL: A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO
DO FLUXO DE CAIXA EM UMA TORNEARIA
Neste capitulo, o objetivo é demonstrar a situação financeira da empresa
Tornearia Universal, a sua necessidade de estabelecer metas e fazer uso de
ferramentas que venham auxiliá-la nas decisões mais importantes e com isso, um
desempenho de sucesso, buscando ser referência entre as demais existente no
mercado competitivo.
Nessa fase do trabalho, serão apresentadas comparações de períodos do
balanço patrimonial, demonstração de resultado, uma análise do fluxo de caixa pelo
método direto e indireto e também, uma comparação do estoque da empresa.
3.1
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A empresa Tornearia Universal surgiu no ano de 1997, com o âmbito de
satisfazer e atender as necessidades das pessoas com a sua prestação de serviço
de torno e solda, sendo a única empresa do ramo na localidade, estando situada na
Rua Niterói, no Distrito de Novo Sarandi - Toledo, PR.
Ela é constituída por dois sócios, sendo que atualmente no quadro de
funcionários forma-se por 4 pessoas. Sendo 3 (três) soldadores e 1 (um) auxiliar
geral. A estrutura ou tamanho da empresa é de 190 metros quadrados.
O controle da entidade é por um dos sócios, sendo o mesmo formado em
torneiro mecânico e soldador. A função dele é controlar todas as entradas e saídas,
as compras de materiais e equipamentos, contas a pagar e a receber, orçamentos,
pagamentos dos funcionários, entre outros.
A empresa tem diversas máquinas e equipamentos, sendo utilizados no diaa-dia para a realização das atividades, a exemplo: torno mecânico, aparelhos de
soldas, lixadeiras grandes e pequenas, furadeiras manuais e de bancadas, esmeril,
prensa, serras, fresa, dobradeira, calandra, e demais equipamentos necessários
como chaves, alicates, etc.
Um torno mecânico, que é a ferramenta mais importante, por dar origem aos
trabalhos, permitindo usinar, moldar peças de forma geométrica, esta máquina opera
fazendo girar a peça enquanto uma ou diversas ferramentas de corte são
33
pressionadas em um movimento regulável de avanço de encontro à superfície da
peça, removendo material de acordo com as condições técnicas adequadas.
A empresa constitui de um torno mecânico conforme a figura 1:
FIGURA 1: Torno Mecânico
Fonte: Dados apresentado Tornearia Universal, 2014.
Além da prestação de serviços, também são fabricados máquinas similares
como papa-capim, raspas, tratadores de peixe, carreta basculante, munques, entre
outros, de acordo com os pedidos dos clientes.
O objetivo da empresa é ser referência no ramo, usando a eficiência,
buscando sempre a qualidade e superar desafios, para isso a empresa vem
desenvolvendo e aperfeiçoando a prestação de serviço.
3.2
PARTE GERENCIAL NO CONTEXTO ATUAL DA EMPRESA
A parte gerencial da empresa é feita de forma manual, não sendo utilizado
nenhum tipo de software. Atualmente, apenas são feitos os lançamentos, em
cadernos, onde são anotadas todas as operações realizadas pela empresa.
As anotações são feitas por todos os funcionários, que utilizam o caderno,
fazendo as anotações que ocorrem no dia, com o tempo gasto em uma prestação de
34
serviço, tipo de material utilizado e se houve a realização de máquinas e
equipamentos, (como solda, prensa dobradeira, entre outros).
Conforme o proprietário, as notas fiscais eletrônicas são feitas através da
internet pelo site, no qual são lançadas as prestações de serviço. Todos os
lançamentos feitos são impressos para fins de registro1.
Também contratou uma empresa terceirizada, sendo um escritório de
contabilidade para a prestação de serviços, que é responsável pelo balanço
patrimonial, pagamentos de tributos, resoluções de problemas com os quadros de
funcionários, entre outros.
Todos os documentos, como as notas fiscais de compra e prestação de
serviços, recibos, entre outros, são entregue ao escritório para que possam ser
registrados contabilmente.
O método de cálculo utilizado pelo administrador, para formar o preço de
venda dos produtos e sobre a prestação de serviço, com o intuito de obtenção de
lucros é da seguinte forma: O tempo utilizado mais 30% para fins gerenciais e de
impostos; O custo da mercadoria mais 50% para a venda;
Os produtos similares que são fabricados de forma indireta, conforme a
procura dos clientes, e que não estão dentro da atividade principal da empresa, no
qual foram mencionados acima, são calculados da seguinte forma: Todos os
materiais gastos, mais o tempo gastos para a fabricação de um determinado
produto. Desta forma ele utilizada os dias e as horas mais 30%, e da matéria prima
mais os 50% para obtenção de lucro.
As despesas que ocorrem na empresa podem variar de um mês para o
outro, pois as despesas consideradas são energia elétrica, água, telefone, internet,
etc.
Os gastos que são considerados na empresa são os cilindros de oxigênios,
os gases, os rolos de arame mig para solda, os eletrodos para solda elétrica, entre
outros que se relacionam a utilização para a empresa.
Todos esses se relacionam aos custos, no qual se leva em conta os preços
da matéria prima, da mão de obra que são utilizados na produção e todos os gastos
referentes aos mesmos, assim se definindo os custos.
1
Conforme são lançadas as notas fiscal de serviço eletrônico através do site www.esnfs.com.br
35
3.2.1
Como a empresa controla Estoques
A compra de material para a empresa não é feita em grande quantidade, o
controle do estoque, conforme o proprietário, ocorre de acordo com as necessidades
e os pedidos de clientes. Ele tende a não manter muito material no estoque, pois o
custo acaba se tornando muito alto. Na empresa não existem registros de entradas e
saídas de materiais, os controles são feitos mentalmente.
Conforme o ramo da atividade desta empresa, a utilização dos tipos de ferro
e aço que se encontram no estoque, destaca-se da seguinte forma: Cantoneiras,
ferro chato, ferro sextavado, ferro trefilado, chapa de aço e inox, tubos quadrados e
redondos, e assim por diante. Estes produtos podem se destacar de diversos
tamanhos, sendo de espessura, diâmetros, etc.
Também existem os demais estoques na empresa, sendo em menor
quantidade, mas de diversos tipos como tintas, silicones, parafusos, arruelas,
porcas, entre outros produtos utilizados. Portanto, estes itens tem um preço
estimado, sendo a tinta e o silicone é pela quantidade utilizada e os demais por
unidade.
Ainda no estoque, não se sabe a quantidade exata de parafusos, polcas,
arruelas, e demais itens existentes. Somente é reposto o estoque, quando houver a
falta desses itens descritos.
3.2.2
Formação do Preço de Venda na empresa
Para a formação de preco de venda, o cálculo utilizado é da seguinte forma:
peso (quilo) ou metros quadrados. O método que é mais utilizado é pelo peso, no
qual em cada compra de material vem destacado o valor unitário, tamanho e o peso
que todos os itens possuem.
Conforme descrito acima sobre os tipos de ferro, o administrador utilizou
uma estratégia de preço para a venda, baseando-se no valor de mercado, mas com
o objetivo de obter lucro, formando o preço por quilo (kg), conforme a tabela a
seguir:
36
TABELA 4 – Preço de ferro por kg
Descrição
Kg
Ferro
Trefilado
Chato
Cantoneiras
Chapas
Galvanizadas
Frias
R$ 8,00
R$ 6,50
R$ 7,00
R$ 8,50
R$ 8,50
Fonte: Dados da empresa (2014)
Os demais são vendidos por unidades, como os parafusos, porcas e
arruelas, tendo o preço unitário estimado da seguinte maneira:
TABELA 5 - Parafusos, Porcas, Arruelas, etc.
Parafuso Sextavado de 1’’
Diam./comp.
Valor
1/16''x1''
1/8''x1''
3/16''x1''
1/4''x1''
R$ 0,45
5/16x1''
R$ 0,60
3/8''x1''
R$ 0,70
7/16''x1''
R$ 0,70
1/2''x1''
R$ 0,85
9/16''x1''
5/8''x1''
R$ 1,80
3/4''x1''
7/8''x1''
1''
Diam./comp.
Valor
1/16''x2''
1/8''x2''
3/16''x2''
1/4''x2''
R$ 0,80
5/16''x2''
R$ 0,70
3/8''x2''
R$ 0,85
7/16''x2''
R$ 1,00
1/2''x2''
R$ 1,40
9/16''x2''
R$ 1,40
5/8''x2''
R$ 2,80
3/4''x2''
7/8''x2''
2''
R$ 3,00
Parafuso
Allen
Produto
Valor
10x30
R$ 1,40
8x30
R$ 1,30
10'
R$ 1,80
Parafuso Sextavado de
Aço
½’’x2’’
9/16''x2''
5/8''x2''
3/4''x2''
7/8''x2''
1/2x5''
5/8x5''
Diam./comp.
1/4''
5/16''
3/8''
7/16''
1/2''
9/16''
5/8''
3/4''
7/8''
1''
1''1/4''
1''1/8''
Chaveta
Produto
R
Arruela
Diam./comp.
1/4''
5/16''
3/8''
7/16''
R$ 1,40
R$ 1,80
R$ 1,80
R$ 2,80
R$ 2,80
R$ 2,80
R$ 3,00
Valor
R$ 0,15
R$ 0,20
R$ 0,20
R$ 0,20
R$ 0,40
R$ 0,50
R$ 1,45
R$ 2,30
R$ 3,80
R$ 4,50
R$ 5,20
R$ 5,00
1/2''
9/16''
5/8''
3/4''
7/8''
R$ 0,25 PF 10x40
PF 10x60
R$ 0,25 PF 12x50
PF 14x50
R$ 0,70 Parafuso e Polca de aço
R$ 2,00
R$ 1,50
R$ 1,70
R$ 1,70
Valor
1''
R$ 0,70 Produto
R$
Valor
R$ 1,50
Valor
R$ 0,25
R$ 0,25
R$ 0,25
7/8''
1''
Produtos Variados
Produto
Pino
Prisioneira
Prisioneira Roda
Engraxadeira
Pino quebra dedo
Pino R
Polca Prisioneira
Polca Travante
Polca Travante de 1/2''
Pino Elástico
Engraxadeira
Pino quebra dedo
Pino R
Polca Prisioneira
Polca Travante
Polca Travante de 1/2''
Pino Elástico
Corrente de Semeato
Produto
Emenda
Redução
Gomo
Porca e Parafuso MM
Produto
Polca mm 8x30
R$ 30,00
R$ 40,00
Valor
R$ 15,20
R$ 4,20
R$ 2,80
R$ 2,10
R$ 4,80
R$ 3,40
R$ 1,40
R$ 1,40
R$ 0,70
R$ 2,00
R$ 2,10
R$ 4,80
R$ 3,40
R$ 1,40
R$ 1,40
R$ 0,70
R$ 2,00
Valor
R$ 4,20
R$ 4,20
R$ 2,80
R$ 2,80
Valor
R$ 1,00
R$ 1,50
2,00
37
Barra Rosquiavel
Diam./comp.
Valor
1/16''x2''
R$ 0,70 Diam./comp.
1/8''x2''
R$ 0,70 1/4''
3/16''x2''
R$ 0,70 5/16''
1/4''x2''
R$ 0,70 3/8''
5/16''x2''
R$ 0,70 1/2''
3/8''x2''
R$ 1,40 5/8''
7/16''x2''
R$ 1,40 3/4''
Fonte: Dados da empresa (2014)
3.2.3
Valor
R$ 5,60
R$ 7,00
R$ 7,00
R$ 11,00
R$ 16,80
R$ 21,00
PF Sx9/16x2
PF Sx12x50
PF Sx14x50
PF Sx12x70
Porca Sx12 mm
Barra
Produto
40x40 16
R$
R$
R$
R$
2,00
2,20
3,60
0,30
.4
Valor
R$ 56,00
R$ 70,00
Fornecedores
Segundo o proprietário da empresa, os fornecedores são importantes para a
atividade. Os vendedores que são mais utilizados são os de ferro e aço e cilindros
de oxigênios.
A existência de outros vendedores ambulantes como os ferramenteiros, os
que vendem a tinta, entre as demais utilidades que a atividade requer. Portanto,
todos estes são importantes para que a atividade da empresa continue em
funcionamento. Os gastos com fornecedores são constantes, pois os ferros
consumidos são de acordo com as necessidades, e os ferramenteiros são diversos.
3.2.4
Contas a Receber
Conforme o proprietário, um dos grandes problemas com as contas a
receber são com os serviços prestados, que na maioria das vezes são recebidos a
longo prazo, ou com clientes duvidosos. Como constitui-se em uma empresa com
poucos recursos, isso
atrasa os investimentos,
necessários para
o seu
desenvolvimento.
3.3
FORNECIMENTOS DOS DADOS POR PARTE DO ESCRITÓRIO DE
CONTABILIDADE
Por parte do escritório de contabilidade foi disponibilizado, com a
autorização da empresa, todos os relatórios do período de 2012 e 2013, tanto os
mensais quanto os anuais da DRE e o Balaço Patrimonial que serão utilizados a
seguir.
38
Através desse material foi feita uma comparação entre os períodos e
verificar os erros para que a mudança possa ser feita. A seguir está o Balanço
Patrimonial anual dos períodos de 2012 e 2013, e também a Demonstração de
Resultado dos mesmos, para que possam ser utilizados para fins de análise.
TABELA 6 – Balanço Patrimonial do ano de 2012 e 2013 – ATIVO e PASSIVO
Ativo
Circulante
Disponível
Duplicatas a
receber
Estoque
31/12/2012
11.986,28
5.688,14
Balanço Patrimonial
31/12/2013 Passivo
Circulante
13.121,53 Fornecedores
Emp. Bancário
23.588,98
Soma
do
17.674,42
36710,51
circulante
Permanente
Imobilizado
25.974,72
25.974,72
(-)
Depreciação
Terrenos
Investimento
s
Soma
do
25.974,72
25.974,72
Permanente
Total
do
43.649,14
62.685,23
ativo
Fonte: Escritório Contábil (2014)
31/12/2012
31/12/2013
1.560,51
10.000,00
5.957,13
5.885,47
6.609,30
254,91
573,15
Outras Obrig.
Soma do Circulante
PATR. LIQ.
1.297,16
18.998,05
1.413,84
14.553,42
Capital
Lucros acumulados
21.000,00
3.651,09
21.000,00
27.131,81
Soma do passivo
24.651,09
48.131,81
Total do passivo
43.649,14
62.685,23
Obrig. Sociais e trab. a
pagar
Obrig. Tributarias
TABELA 7- Demonstração de Resultado período 2012 e 2013
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) Período de 2012 e 2013
Descrição
2012
Receita Bruta
Receitas
Receitas c/ vendas de mercadorias
Venda de mercadorias a vista
54.516,00
Receita de serviço
Prestação de serviço
91.180,80
TOTAL DAS RECEITAS
145.696,80
Deduções da Receita Bruta
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE FATURAMENTO
Simples
7.242,63
RECEITA LÍQUIDA
138.454,17
CUSTOS
CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS
Estoque inicial
3.899,40
Compras de mercadorias a vista
139,32
Compras de mercadorias a prazo
6.728,86
Compras de mat.de uso e consumo a prazo
(-) estoque final de merc. p/ revenda
4.793,77
TOTAL
5.973,81
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
2013
82.533,60
103.312,80
185.846,40
-
8.881,13
176.965,27
-
5.688,14
230,59
2.200,27
360,35
8.479,35
-
39
Estoque inicial de matéria prima
Compras de matéria prima à vista
Compras de matéria prima a prazo
(-) Estoque final de matéria prima
TOTAL
CUSTO DOS SERVICOS PRESTADOS
Compra material de uso e consumo a vista
TOTAL
CUSTO DA MAO DE OBRA DIRETA
Ordenados e salários
Férias
Decimo terceiro salario
FGTS
Rescisões de contrato de trabalho
TOTAL
TOTAL DOS CUSTOS
LUCRO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
MULTA RESC. 40% S/ FGTS
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
TOTAL
DESPESAS COM VENDAS
FATURAMENTO TELEFONICA
TOTAL
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Pró-labore
Assistência contábil e fiscal
TOTAL
DESPESAS GERAIS
Contribuição sindical patronal
Impostos e taxas
Água, luz e telefone.
Serviços profissionais
TOTAL
TOTAL DE DESPESAS OPERACIONAIS
LUCRO DO EXERCÍCIO
Fonte: Escritório Contábil (2014)
-
-
3.899,40
1.007,93
37.755,75
4.793,77
37.869,31
-
1.736,81
66.083,73
23.588,98
44.231,56
-
-
588,62
588,62
50.354,83
4.615,99
4.811,09
4.795,73
173,19
64.750,83
108.593,95
29.860,22
-
56.031,64
8.036,57
5.318,62
5.469,39
74.856,22
128.155,75
48.809,52
-
-
-
51,58
124,00
175,58
-
1.867,00
1.867,00
-
2.355,52
2.355,52
-
14.928,00
2.280,00
17.208,00
-
16.272,00
2.484,00
18.756,00
-
168,00
211,42
2.997,36
3.376,78
22.627,36
7.232,86
-
168,00
229,22
3.172,66
647,40
4.217,28
25.328,80
23.480,72
-
-
Portanto, será feito uma variação entre os dois períodos, utilizando o
Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) para que
depois
possa
destacar
cada
atividade
como
operacional,
investimento
e
financiamento.
A variação vai ser feita da seguinte forma, (2012 – 2013= Variação). A seguir
a tabela demonstra a variação do Balanço Patrimonial e logo em seguida a da DRE.
Desta forma definido em uma tabela:
TABELA 8 - Variação do Balanço Patrimonial dos períodos 2012 e 2013
Ativo
Circulante
Disponível
2012
2013
VARIAÇÂO
11.986,28
13.121,53
1.135,25
40
Estoque
SOMA DO CIRCULANTE
Não Circulante
Imobilizado
SOMA DO NÃO CIRCULANTE
TOTAL DO ATIVO
Passivo
Circulante
Fornecedores
Empréstimo Bancário
Obrig. Sociais e trab. a pagar
Obrig. Tributarias
Outras Obrig.
SOMA DO CIRCULANTE
PATR. LIQ.
Capital
Lucros acumulados
SOMA DO PASSIVO
TOTAL DO PASSIVO
Fonte: Autores da monografia (2014)
5.688,14
17.674,42
23.588,98
36710,51
25.974,72
25.974,72
43.649,14
2012
25.974,72
25.974,72
62.685,23
2013
1.560,51
10.000,00
5.885,47
254,91
1.297,16
18.998,05
5.957,13
6.609,30
573,15
1.413,84
14.553,42
21.000,00
3.651,09
24.651,09
43.649,14
21.000,00
27.131,81
48.131,81
62.685,23
17.900,84
19.036,09
19.036,09
4.396,62
10.000,00
723,83
318,24
116,68
4.444,63
-
-
23.480,72
23.480,72
19.036,09
TABELA 9 - A variação da DRE
DESCRIÇÃO
2012
2013
VARIAÇÃO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
RECEITA
Receitas c/ vendas de mercadorias
54.516,00
82.533,60
28.017,60
Receita de serviço
91.180,80
103.312,80
12.132,00
145.696,80
185.846,40
40.149,60
TOTAL DAS RECEITAS
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Impostos incidentes sobre faturamento
-
7.242,63
RECEITA LÍQUIDA
-
Custos das mercadorias vendidas
Custos dos produtos vendidos
176.965,27
1.638,50
38.511,10
108.593,95
-
-
5.973,81
-
8.479,35 -
2.505,54
-
37.869,31
-
44.231,56 -
6.362,25
-
-
588,62 -
588,62
64.750,83
-
Custo dos serviços prestados
LUCRO DO EXERCÍCIO
Fonte: Autores da monografia (2014)
8.881,13 -
138.454,17
TOTAL DOS CUSTOS
Custo da mão de obra direta
LUCRO BRUTO
TOTAL DE DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas operacionais
Despesas com vendas
Despesas administrativas
Despesas gerais
-
-
29.860,22
22.627,36
- 175,58
1.867,00
17.208,00
3.376,78
128.155,75 - 19.561,80
-
7.232,86
74.856,22
48.809,52
25.328,80
2.355,52
18.756,00
4.217,28
23.480,72
- 10.105,39
-
18.949,30
2.701,44
175,58
488,52
1.548,00
840,50
16.247,86
A partir dessas variações percebe-se o quanto obtiveram aumento ou
diminuição de um ano para o outro. Por meio dessas tabelas pode ser feito uma
análise e a comparação dos períodos para fins gerenciais.
41
3.4
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
De acordo com Garrison, Brewer, Noreen, (2007, p. 608), a demonstração
de fluxo de caixa destaca as principais atividades que afetam, direta ou
indiretamente, os fluxos de caixa e, portanto, o saldo geral de caixa. Os
administradores se preocupam com caixa por um motivo muito importante - sem
caixa suficiente nos momentos apropriados, uma empresa pode desperdiçar
grandes oportunidades ou até mesmo ir à falência.
A ferramenta apresentada anteriormente que se trata da demonstração do
fluxo de caixa, traria para a empresa em estudo, informações das receitas e
despesas diárias e até mesmo mensais. Na empresa Tornearia Universal não há
nenhum tipo de controle, tanto para as entradas como para as saídas, as quais são
feitas informalmente, não sendo possível controlar a parte financeira da empresa.
3.4.1
Métodos utilizados para a Demonstração do Fluxo de Caixa
Na demonstração do fluxo de caixa existem dois métodos, o método direto e
o indireto, que são utilizados para fins gerencias. Para a base de cálculo desses
métodos foi utilizado à tabela 1, sendo variação do Balanço Patrimonial dos períodos
2012 e 2013 e a tabela das demonstrações do resultado do exercício somente do
último ano (2013).
3.4.1.1 Apresentação Método Direto
Para a apresentação do método direto, conforme Iudícibus et al. (2010),
todas as atividades operacionais que ocorre derivam dos recebimentos das vendas
dos produtos e de serviços prestados, pagamentos de fornecedores e despesas
diversas.
Utiliza-se uma estratégia onde demonstra as atividades operacionais, de
investimentos e de financiamento, através de uma tabela feita para o cálculo do
método direto.
42
A seguir a tabela do método direto:
TABELA 10 – Método Direto
Demonstração do Fluxo de caixa pelo método direto
Atividades Operacionais
2013
Vendas líquidas
176.965,27
Contas de clientes
0,00
Custo das vendas
-128.155, 75
Fornecedores
4.396, 62
Estoques
-17.900, 84
Outros pass. Operacionais
840,51
Despesas operacionais
-25.328,80
Imposto de renda
318,24
11.135,25
Caixa líq. At. Operacionais.
Atividades de Investimentos
Investimentos
0,00
Ativos imobilizados
0,00
0,00
Caixa Líq. At. Investimento
Atividades de Financiamentos
Empréstimo e financiamentos
-10.000,00
-10.000,00
Caixa Líq. At. Financiamento
Variação de Caixa
1.135,25
Caixa Inicial
11.986,28
Caixa Final
13.121,53
Fonte: Autores da monografia (2014)
Para a atividade operacional, a venda líquida e os custos das vendas se
encontram na DRE, utilizado pelo ano de 2013, e restantes como fornecedores,
estoque, outros ativos operacionais, outros passivos operacionais, despesas
operacionais e imposto de renda foram utilizados os valores da tabela variação dos
períodos pelo balanço patrimonial.
Assim, venda líquida menos os demais receitas como os custos das vendas,
fornecedores, estoque, outros ativos operacionais, outros passivos operacionais,
despesas operacionais e imposto de renda, totalizaram um caixa líquido da atividade
operacional, no valor de R$11.135,25.
As atividades de financiamento ocorreram a partir de um período sendo
somente destacado no ano de 2012. O valor do empréstimo ocorrido foi no valor de
R$10.000,00.
As atividades de Investimentos não tiveram alterações, onde os dois
períodos, sendo nos anos de 2012 e 2013 se mantiveram instáveis.
43
3.4.1.2 Apresentação Método Indireto
Para o método Indireto, o resultado final será o mesmo, sendo de forma
mais objetiva. O método indireto “são efetuados ajustes ao lucro líquido pelo valor
das operações consideradas como receitas ou despesas, mas que então não
afetaram a disponibilidade de forma que se possa demostrar a sua variação no
período”, segundo Iudícibus et al. (2009, p. 189).
Portanto o método indireto constitui a tabela da seguinte forma:
TABELA 11 - Método Indireto
Demonstração do Fluxo de caixa pelo método indireto
Atividades Operacionais
Lucro Líquido
2013
23.480,72
Depreciação e amortização
-
Contas não Operacional
-
Outras contas que não afetam caixa
-
Contas a receber de clientes
-
Fornecedores
Estoque
4.396, 62
-17.900,84
Outros pass. Operacionais
840,51
Outros ativos operacionais
-
Imposto de renda
Caixa líq. At. Operacionais.
318,24
11.135,25
Atividades de Investimentos
Investimentos
-
Ativos imobilizados
-
Caixa Líq. At. Investimento
0,00
Atividades de Financiamentos
Emprés. e financiamentos
-10.000,00
Caixa Líq. At. Financiamento
-10.000,00
Variação de Caixa
1.135,25
Caixa Inicial
11.986,28
Caixa Final
13.121,53
Fonte: Autores da monografia (2014)
Para fins do cálculo do método indireto, utiliza-se o lucro líquido encontrado
na DRE. O restante das contas da atividade operacional é encontrado no balanço
44
patrimonial, no qual tiveram a variação sendo a Depreciação e amortização, contas
não operacionais, outras contas que não afetam caixa, contas a receber de clientes,
fornecedores, estoque, outros passivos operacionais, outros ativos operacionais,
imposto de renda. Assim se totaliza o caixa líquido da atividade operacional.
As atividades de Investimentos não obtiveram nenhuma alteração, se
mantendo estável entre os anos de 2012 e 2013. Não foi adquirido nenhum tipo de
bem, que alterassem os valores do ativo não circulante.
As atividades de financiamentos, somente no período de 2012 obteve um
empréstimo totalizando 10.000 reais. No outro ano (2013) não tendo registro de
novos empréstimos.
3.4.2
A importância dos métodos para DFC para a empresa
Estes métodos apresentados acima são apenas uma comparação dos
períodos para averiguar a variação do caixa dos períodos. Porém, para a empresa é
de extrema importância por ser a beneficiária para a tomada de decisão.
O que pode ajudar a empresa, é manter um controle gerencial através dos
resultados obtido, tanto anual quanto mensal, de contas a receber, contas a pagar,
de todo o estoque, custo das mercadorias vendidas, os custos totais, entre outros
benefícios.
3.5
ESTOQUE
Conforme Marion (2007, p.294), “os estoques assumem diferentes
significados conforme o tipo de empresa onde sejam considerados, mas sempre
trazem à conotação de algo a disposição, seja de vendas, seja de transformação,
seja de consumo”. Assim a empresa compra a matéria prima e utiliza no processo
para transformar em produtos para a finalidade de consumo.
Segundo Marion (2007, p. 295), “o grupo de contas estoques assume grande
importância no contexto do balanço patrimonial e seus efeitos são imediatamente
sentidos no patrimônio líquido. Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação
na demonstração de resultado do exercício”. Por ser de grande importância, tem a
necessidade de estar nas demonstrações de resultado, para depois ser lançado na
conta do balaço patrimonial.
45
Com o controle de estoque é possível controlar os pedidos, tendo todos
atualizados e dando a certeza de entrega, ou pedidos cancelados que podem
influenciar nos resultados financeiro.
Em se tratando de controle de estoque a escolha da empresa em estudo,
Tornearia Universal, foi devida as grandes falhas que encontrou-se, não havendo
controle de estoque, de custo e financeiro. O proprietário não tem a preocupação de
se adequar as mudanças, não faz uso da tecnologia para as melhorias, nem tão
pouco das ferramentas gerencias que seria de grande importância para o sucesso
de sua empesa.
Em relação ao estoque, a empresa não faz acúmulo de material, a compra
de matéria-prima é feita conforme a necessidade e pedidos dos clientes. Pode-se
observar que há desperdício de certos materiais, com os corte das barras de ferros
para a produção, parafusos, dentre outros, que não são contabilizados e que o final
tem valor significativo na parte financeira.
Através do Balanço Patrimonial foi possível fazer uma comparação do
estoque, que no ano de 2012 encerrou com R$ 5. 688,14 (cinco mil, seiscentos e
oitenta e oito reais e quatorze centavos) e 2013 encerraram com um aumento para
R$ 23.588,98 (vinte e três mil, quinhentos e oitenta e oito reais e noventa e oito
centavos).
Com a comparação anterior, foi possível perceber que no ano de 2013, a
empresa teve um aumento muito grande no estoque, e conforme pesquisa de
campo, isso ocorreu devido ao investimento antecipado de matéria prima, a qual
será utilizada para a realização de um trabalho, que terá início no ano seguinte.
Tendo em vista esse aumento no estoque, foi possível perceber o aumento
também na conta fornecedores e que, consequentemente, sairá dinheiro de caixa
antecipadamente até a conclusão do serviço, isso influenciará na vida financeira da
empresa, pois o retorno desse investimento será a longo prazo.
Se a empresa utilizasse o controle de estoque, ela poderia dar outra
finalidade para as sobras de materiais, que muitas vezes são desperdiçadas, um
exemplo seria vender para empresas que dão destino para a essas sobras e o que
seria um descarte, se tornaria um investimento.
46
3.6
CUSTOS E CENTRO PROCESSADOR DE INFORMAÇÕES
Segundo Vanderbeck e Nagy (2003, p.15), a informação produzida por um
sistema de contabilidade de custos fornece uma base para determinar custos de
produtos e preço de venda, ajudando a gerência a planejar e controlar operações.
Ter um controle de suas atividades é muito importante para empresa, assim
como manter um controle dos custos, ele proporciona uma visão clara no que está
sendo investido e se está tendo uma rentabilidade financeira favorável.
Como um centro processador de informações, a contabilidade de custos,
busca e coleta informações e depois fornece ao gestor, como forma de controle e
para a tomada de decisões.
Com relação à tomada de decisão, gerencialmente, a contabilidade de
custos gera informações de curto e longo prazo sobre os produtos da organização,
no sentido de lucratividade e potencial de cada um.
Na empresa em estudo, não se tem um controle dos custos, o proprietário já
foi informado quanto a sua importância, quais os benefícios que ele pode trazer.
Na área da contabilidade de custos, existem ferramentas que proporcionam
auxílio nas atividades, como o Mark- Up, uma ferramenta utilizada pela maioria das
empresas que têm um controle mais rígido, o método ABC que também é adotado e
traz grandes resultados, dentre outras, que poderão servir de objeto de estudo para
outros trabalhos acadêmicos.
Se a empresa adotasse o método de custo, seria possível fazer um controle
dos gastos, que produtos são viáveis manter dentro das atividades que empresa
oferece aos seus clientes, e também para a formação de preço, que até o momento
é feita de forma inadequada.
Segundo Vanderbeck e Nagy (2003, p.16), a contabilidade de custo realça o
processo de planejamento ao fornecer custos históricos que servem como base para
projeções futuras. A gerência pode analisar os dados para estimar custos futuros e
resultados operacionais e para tomada de decisões com relação à aquisição de
instalações adicionais, as mudanças nas estratégicas de marketing e a
disponibilidade de capital.
Se o controle de custo fosse implantado, seria possível saber o valor dos
produtos e o serviço prestado para colocar no mercado, e também fazer uma
47
pesquisa de preço em busca de matéria- prima mais em conta, com isso pode
oferecer promoções as seus clientes aumentando seu poder na concorrência.
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro de um vasto mercado competitivo em que as empresas se
encontram, é de grande importância e necessidade fazer uso de métodos que
possam auxiliar os gestores na tomadas de decisões e, para que isso seja possível,
a contabilidade gerencial vem desenvolvendo ferramentas para direcionar os
administradores na gestão da empresa, buscando informações eficazes e com mais
segurança para o setor econômico e financeiro da empresa.
Sabendo que o objetivo de toda empresa neste mercado competitivo é a
maximização de lucros, que se dá por meio de seus esforços no empenho da
atividade que as organizações desenvolvem e, para que isso se torne realidade,
torna-se necessário o aperfeiçoamento, buscando a diferença entre a concorrência.
Dentro das áreas em que a contabilidade atua, a contabilidade gerencial
vem atuando como uma ferramenta indispensável na geração de informações para a
sobrevivência das empresas.
A contabilidade gerencial traz suas ferramentas que foram apresentadas no
decorrer do trabalho, que são a demonstração de fluxo de caixa, que foi o foco na
realização desse trabalho, controle de estoque e controle de custos, que alinhados
trazem os resultados necessários para gerar as informações aos gestores, os quais
poderão analisá-los e tomar as decisões referentes às atividades que desenvolvem.
A empresa Tornearia Universal, por observar a necessidade com que ela se
encontra para controlar a parte financeira, que até o momento é feita de forma
desordenada, o proprietário não faz uso de nenhuma ferramenta, que iria auxiliá-lo,
seus controles são feitos com anotações que ele mesmo faz, e que muitas vezes se
perdem entre tantos.
Diante disso, o que se sugere ao proprietario, com intuito de ajudá-lo, é que
ele começe a fazer uso das ferramentas gerenciais que a contalidade gerencial
disponibiliza, tais ferramentas como, controle de estoque, de custos e em especial
que seria de urgência, é o controle de fluxo de caixa.
Para o proprietário, a demonstração de fluxo de caixa pode aumentar a
competitividade da empresa, através da análise de o que fazer com o dinheiro da
empresa, é hora de comprar estoque? Investir em maquinário? Ou financiar o
cliente? Hoje o empresário não utiliza tais ferramentas, ficando o mesmo prejudicado
com a sua organização financeira.
49
Se a empresa adotasse o método de fluxo de caixa, ela teria o conhecimento
de suas disponibilidades em caixa, estabeleceria uma meta para fazer investimentos
em estoque e com isso poderia ir à busca de promoções para comprar em grandes
quantidades, o estoque de matéria prima, oferecendo aos seus clientes preços e
prazos diferenciados com os de mercado.
A demora em fazer o capital de giro é por conta de o recebimento ser em
longo prazo e o pagamento dos materiais ser em prazos menores. Os investimentos
em maquinários dependem da necessidade do caixa, verificando se há sobra,
devido ao lucro obtido em cada mês.
Os custos são a chave para o sucesso e o fracasso de uma empresa,
através dos custos pode montar cenários competitivos, pois se sabendo o momento
certo de ofercer desconto, valores corretos para participação de licitações.
As informações sobre custos devem ser utilizadas como um critério, a falta
de precisão em sua apuração e controle pode comprometer a qualidade das
decisões tomadas.
O fluxo de caixa projetado, na empresa em estudo, não é póssível fazer uma
projeção, pois as atividades variam muito devido a empresa depender da agricultura
da região e também por ser prestadora de serviço.
Para tanto se faz necessario implantar um sistema, que fossem registradas
todas as entradas e saídas que a empresa tivesse, lançando seu estoque para saber
quando seria necessário investir e que iria auxiliar nas tomadas de decisões.
A realização deste trabalho proporcionou um maior conhecimento na área,
que é de grande importância para um profissional da contabilidade, fez com que se
tivesse uma visão mais ampla, trazendo um aperfeiçoamento e com isso a
realização pessoal e profissional.
50
REFERÊNCIAS
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Bervian - 4 ed. são Paulo: Makron books 1996;
COUTINHO, Átimo de Sousa, MATTOS, Claudio de Carvalho, FONSECA Paulo
Henrique Lopes, BRAGA Zuinglio Jose Barroso Braga. Contabilidade Financeira –
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.
DALFOVO, Michael Samir; LANA, Rogério Adilson; SILVEIRA, Amélia. Métodos
quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica
Aplicada, Blumenau, v.2, n.4, p.01-13, Sem II. 2008.
DIAS, Marcos Aurélio p.-Administração de matérias: uma abordagem logística. 4 ed. São Paulo: atlas 1993.
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E
FINANCEIRAS. Manual de contabilidade das ações: aplicável às demais
sociedades / FIPECAFI. – 7 ed. – 6 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2009.
GARRISON, Ray H; NOREEN, Eric W.;BREWER, Peter C.-Contabilidade
Gerencial/ tradução e revisão técnica Antonio Zoratto Sanvicente. Rio de Janeiro:
LTC, 2007;
GIL, Antônio Carlos, como elaborar projetos de pesquisa/– 3 ed. São Paulo: Atlas,
1996;
IUDÍCIBUS Sergio de, MARION José Carlos, FARIA Ana Cristina- Introdução à
teoria da contabilidade para o nível de graduação – 5. Ed. – 2. Reimpr. – São
Paulo: altas, 2009.
PADOVEZE, Clovis Luís. /contabilidade gerencial. – Curitiba: IESDE Brasil S.A.,
2012.
PADOVEZE, Clovis Luís. /contabilidade gerencial: um enfoque em um sistema
de informações contábil / – 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DA CONTABILIDADE/ demonstrações do fluxo de caixa/ disponível em:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ademonstracaodosfluxos.htm>
acessado no dia 3 de março de 2014;
PORTAL
DA
CONTABILIDADE/
ibracon/
disponível
em:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc20.htm> acessado no dia 17
de abril de 2014.
SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de caixa. A visão da Tesouraria e da Controladoria.
3. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
VANDERBECH Edward, NAGY Charles F. Contabilidade de Custos. 11. Ed. São
Paulo: Pioneira – Thompson Learnig, 2003;
51
WERNKE, Rodney, Gestão de custo / - 2 ed. são Paulo, Ed. atlas S.A. -2004;
52
ANEXOS
53
ANEXO 1 – Balanço Patrimonial 2012
54
ANEXO 2 – Balanço Patrimonial 2013
55
ANEXO 3 – Demonstração do Resultado do Exercício de 2012
56
ANEXO 4 – Demonstração do Resultado do Exercício de 2013
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DARIO FROELINH ROSANGELA APARECIDA SILVA PINTO