ESCOLA BÍBLICA LC 2 OUTUBRO 15, 2011 Ministrante: Pr. Valdison B. Neves 1 Texto Básico: 2 Timóteo 2.3-4 2 Introdução 3 I- Compreendendo os termos 4 II- Características das pessoas que Deus alista em Seu exército 5 Conclusão Introdução Quando completam 18 anos, os rapazes têm uma obrigação com a nação: o alistamento militar. Seja no Exercíto, Marinha ou Aeronáutica os jovens poderão aprender a ser mais disciplinados, a amar a pátria, a manusear armas; conhecer estratégias de guerra, além de outros temas relativos à segurança nacional. Ocorre, entretanto, que há os que desejam servir à pátria e sguir a carreira militar; mas há também os que preferem ser dispensados desta obrigação imposta pelo sistema de governo brasileiro.No primeiro caso, a motivação pode ser o amor à pátria ou a idéia de uma boa carreira a ser seguida, com futuro garantido. No segundo caso, as razões podem ser: "já sou disciplinado suficientemente para encarar a vida"; ou: sem a dispensa militar as portas para um emprego não se abrem". Assim, o jovem tem grande expectativa quanto à resposta ao seu alistamento: se seu desejo será concretizado ou não, seja para servir ou ser dispensado.Enfocando a vida pelo aspecto espiritual, Deus também faz uma convocação militar de um país, esta não é somente para jovens, nem somente para os homens, e, sim, para homens e mulheres de todas as idades. Nesta lição conheceremos importantes aspectos do exército de Deus. 1. Soldado No texto de 2 Timóteo 2.3-4, a palavra grega usada para soldado vem de um verbo que se refere àquele que vai à guerra, que presta serviço militar; que serve ao exército, que faz guerra. Confira alguns textos que usam a mesma palavra: Lucas 3.14; 1 Coríntios 9.7; 2 Coríntios 10.3; Tiago 4.1 e Pedro 2.11. John Stott faz a seguinte declaração em seu livro A Mensagem de 2 Timóteo (p.44): "Mas aqui o bom soldado de Jesus é assim chamado por ser um homem dedicado, que mostra sua dedicação por se achar sempre disposto a sofrer e estando permanentemente em guarda". 2. Aquele que o arregimentou (v.4) É a única vez que esta palavra aparece no Novo Testamento, e significa: reunir um exército; alistar soldados. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduz da seguinte forma: "Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante". A NVI traduz assim: "já que deseja agradar aquele que o alistou". Charles C. Ryrie comenta: "Um Ministro do Evangelho deve dar prioridade à sua vocação e deve ser completamente dedicado à sua missão e ao seu Comandante" (A Bíblia Anotada). A passagem citada é clara: Deus exige total submissão das pessoas que estão em Seu exército. II- Características das pessoas que Deus alista em Seu exército 1. Pessoas que entendam que estão em guerra A guerra era uma experiência comum nos povos do Antigo Testamento. Israel, tal como as nações a seu redor, conhecia poucos períodos de paz. De Gênesis 14.1-2 até 2 Reis 25.1-2 muitas guerras são mencionadas, além de outras que aparecem nos livros proféticos.No Novo Testamento o tipo de guerra é diferente. Da mesma forma como os primeiros cristãos, nós, hoje, enfrentamos pelo menos três tipos de guerra. a. Guerra espiritual. "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as froças espirituais do mal, nas regiões celestes"(Ef 6.12). Em seu comentário, Stott declara: "Por baixo das aparências, na superfície, está sendo travada furiosamente uma batalha espiritual invisível. Paulo apresenta-nos o diabo e certos principados e potestades sob seu comando. Seu propósito não é satisfazer a nossa curiosidade mas, sim, advertir-nos quanto à hostilidade dessas forças e ensinar-nos a vencên-las" (A Mensagem de Efésios, ABU, p. 199). Deus pretende que o Seu povo redimido e reconciliado viva em união, paz, harmonia e pureza, mas os poderes do inferno espalham entre nós sementes de discórdia, de maldade, de impureza, de pecado. É contra esses poderes que somos ordenados a guerrear. b. Guerra contra a carne. "Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendeis resistido até o sangue" (Hb 12.4). "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gl 5.17). A idéia principal deste ponto é que existe uma luta contra o pecado, uma guerra contra a vontade de satisfazer a carne. Neste ponto da lição, devemos nos perguntar: "quanto tenho lutado contra o pecado na área sexual, na área financeira...?" "Tenho sido obediente e submisso aos meus pais, às autoridades da igreja, à Palavra de Deus?" "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão, lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência"(Cl 3.56). "O mundo pode nos tentar, a carne pode nos tentar, o diabo pode nos tentar, mas somos nós mesmos quem pecamos" (Autor desconhecido). c. Guerra para proclamar a Cristo. "para que eles obtenham a salvação (2 Tm 2.10). Mateus 28.18-20 nos convoca a guerrear pregando o evangelho, fazendo díscipulos de todas as nações. Quantas vezes somos desafiados a falar de Cristo para colega na universidade, no serviço, no lazer com os amigos, e simplesmente parece que somos impedidos, não conseguimos falar abertamente de Cristo! É claroque isto é guerra! Nosso desafio é: falar de Jesus abertamente. Parece muito claro que o período entre as duas vindas de Cristo será caracterizado por conflitos. Lembre-se: estamos em guerra! 2. Pessoas que entendam que existe um Comandante A expressão SENHOR DOS EXÉRCITOS aparece no Antigo Testamento 256 vezes. Alguns destes versos são muito conhecidos, como no Salmo 46.7. "O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio". Quão amáveis são os seus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!"; "O pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde acolha seus filhotes; eu os teus altares SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!" (Sl 84. 1,3). No NT, a palavra aparece duas vezes em Romanos 9.29 e Tiago 5.4. Se a Bíblia faz tantas declarações a respeito do senhorio de nosso Deus (o Senhor dos exércitos), isto nos indica algo muito importante: é extamente o que Paulo recomenda a Timóteo no verso 4, "porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou." Como vimos no início da lição, quem convoca para este alistamento é o SENHOR dos EXÉCITOS, não é qualquer senhor; é o Deus Todo-Poderoso, que é capaz de destruir Seus inimigos, como nos diz o Salmo2.9, "Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro". O próprio apóstolo Paulo entendeu o que significava servir a Deus, pois no momento de sua conversão viu quem era exatamente o SENHOR, e este é Jesus (At 9.3-6). Portanto, nosso desejo mais profundo deve ser o de agradar esse SENHOR que nos alistou para o Seu exército. 3. Pessoas que entendam a expressão: "A união faz a força" "participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus."(2Tm 1.8).Paulo usa a mesma palavra em 2 Timóteo 2.3 que significa: "suportar a adversiade junto com alguém".Quando identifica a figura do díscipulo com a do soldado, Paulo indica que o sofrimento seria algo permanente na vida do seguidor de Jesus. O apóstolo, desde sua conversão, experimentou essa realidade: "pois eu lhe mostrarei o quanto lhe importa sofrer pelo meu nome"(At 9.16), exorta Timóteo a suportar com ele os sofriementos.Há inúmeros textos bíblicos que nos orientam sobre comunhão, companherismo e solidariedade. A expressão "a união faz a força" deve ser uma realidade em nossa juventude, pois necessitamos de compaheiros de jugo (Fp 4.3); pessoas que possam nos ajudar e fortalecer, orar conosco e por nós, ser verdadeiros companheiros nas horas de aflição. Timóteo tinha sido companheiro fiel no ministério de Paulo. Viajara com ele durante a maior parte da terceira viagem, tendo sido enviado como fiel delegado apostólico a diversas missões especiais, como em Tessalônica e Corinto (1Ts 3.1; 1 Co 4.17). Timóteo acompanhou Paulo a Jerusalém (At 20.1-5) e, possivelmente, tenha ido com ele na perigosa viagem a Roma. Filipe da Macedônia conquistou a Grécia depois que aprendeu um princípio fundamental de batalha, o qual transmitiu a su filho Alexandre, o Grande. Aprendeu que se pode vencer o inimigo conservando os soldados do Corpo de Infantaria bem unidos, treinando-os a se moverem como um só instrumento de luta. Filipe e depois Alexandre treinavam suas tropas de modo que ficassem bem juntas e lutassem com menos homens que os adversários. Alexandro chegou a enfrentar três mil homens, e venceu com mil soldados. Ganhou um império vinte vezes maior que a Grécia, e não permitia nenhuma divisão na hora de enfrentar o inimigo. Será que isto nos ensina algo? 4. Pessoas que entendam que a guerra é um serviço extraordinário "Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós" (2 Tm 1.13-14).Desde o início da segunda carta a Timóteo, Paulo esclarece que obra extraordinária deveria ser realizada pelo jovem discípulo. john Stott nos diz: "Até aqui, Timóteo foi exortado a conservar a fé a guardar o depósito (2 Tm 1.13-14). Contudo, deve fazer mais do que preservar a verdade, deve passá-la adiante.".A missão confiada a Timóteo parecia estar acima de seu preparo, pois era tímido. Embora difícil, a transmissão fiel da verdade às gerações futuras era de suma importância, e ess privilégio coube a Timóteo. Que serviço extraordinariamente grandioso!Como soldados, travamos lutas diárias contra o inimigo de nossa alma. Nos nossos dia, batalhamos contra a carne, o mundo e o diabo. Como discipulo de Jesus, devemos proclamar a extraordinária obra realizada na cruz do calvário. Lembremos que discípulo significa "aquele que aprende". Jesus nos ensinou que devemos anunciá-Lo a todas as nações, até a Sua volta gloriosa.Façamos como Pedro e João: "pois nós não podemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos" (At 4.20). Conclusão "se Deus é por nós, quem será contra nós?... em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm 8.31-19). Atender à convocação de Deus é descobrir, analisar e compreender as características que Ele requer dos alistados em Seu Exército. Colocá-las em prática fará com que nos tornemos "discípulos-soldados" numa guerra cujo resultado fibal é VITÓRIA, pois ela já foi conquistada na cruz e transmitida aos alistados por Deus. Jovem, você quer ser vitorioso? Então, prepare-se! Se já está preparado, aprimorese! Próxima Aula: Discípulo, um atleta