Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas - Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 e Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes - Relatório Da Administração Referente Ao Exercício Social Encerrado em 31/12/2009 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 e Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Contas a receber - sociedades ligadas Estoques Despesas antecipadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Impostos a recuperar Adiantamentos para novos projetos Dividendos a receber Outros créditos Total do ativo circulante NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo: Aplicações financeiras restritas Impostos a recuperar Contas a receber - sociedades ligadas Despesas antecipadas Cauções contratuais Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Outras contas a receber Total do realizável a longo prazo Investimentos em controladas e coligadas Imobilizado Intangível Diferido Total do ativo não circulante TOTAL DO ATIVO Nota explicativa 5 6 18 7 8 9 18 10 9 18 7 8 20 11 12 13 14 Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 12.018 48.333 133 8.720 256 22.978 360 92.798 5.332 102 6.879 34 6.439 247 8.580 116 27.729 442.192 64.141 87 2.279 6.762 5.868 13.550 256 2.977 538.112 116.284 38.449 87 3.390 4.771 5.222 11.875 247 4.957 185.282 416.000 83 3.717 72 419.872 424.041 3.106 116 427.263 5.298 1.699 510 98 14.089 10.660 72 32.426 5.036 1.717 8.001 4.772 146 19.672 880.123 4.642 325 1.304.962 751.430 3.771 231 1.182.695 1.053 2.298.276 342.077 138.914 2.812.746 1.053 1.817.522 376.236 158.507 2.372.990 1.397.760 1.210.424 3.350.858 2.558.272 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras contas a pagar Provisões diversas - sociedades ligadas Cauções contratuais Dividendos propostos Credores pela concessão Provisão para contingências Total do passivo circulante NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Credores pela concessão Provisão para contingências Receita diferida Imposto de renda e contribuição social diferidos Contas a pagar - sociedades ligadas Outras contas a pagar Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de lucros Ajuste do patrimônio líquido - variação cambial no capital Total do patrimônio líquido # TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota explicativa 15 16 8 18 17 18 e 21.b 19 20 15 19 20 8 18 21.a Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 833 3.648 1.547 138 45.410 13 41.866 93.455 826 2.890 812 117 1.004 13 25.041 30.703 946.883 55.076 33.358 48.779 1.057 10.958 895 20.411 41.866 55.194 7.264 1.221.741 101.646 124.662 20.921 54.919 4.576 22.473 978 24.944 25.041 54.533 434.693 356.000 356.000 365.828 365.828 847.050 320.576 104 452 10.389 2.241 1.180.812 935.070 361.660 3.495 429 9.022 10 1.309.686 549.083 421.493 549.083 287.081 549.083 421.493 549.083 287.081 (22.271) 948.305 (22.271) 813.893 (22.271) 948.305 (22.271) 813.893 1.397.760 1.210.424 3.350.858 2.558.272 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido por ação, expresso em reais - R$) Nota explicativa Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 RECEITA BRUTA DE SERVIÇOS Serviços prestados Deduções dos serviços prestados - - 1.301.777 (112.768) 793.973 (68.991) RECEITA LÍQUIDA DE SERVIÇOS - - 1.189.009 724.982 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - - 187.268 141.689 - - 187.268 141.689 545.432 393.268 (10.628) (4.613) (2.454) 2.536 (19.509) (1.564) (2.325) 1.056 (104.947) (9.639) (5.775) (8.133) 3.419 (63.994) (7.812) (2.772) (9.419) 2.684 172.109 119.347 420.357 311.955 48.134 (40.964) 206 7.376 17.571 (31.294) (186) (13.909) 32.996 (188.780) 199 (155.585) 28.832 (173.043) (186) (144.397) 179.485 105.438 264.772 167.558 (97.430) 8.936 (53.300) (8.820) 176.278 105.438 OUTRAS RECEITAS Equivalência patrimonial 11.a LUCRO BRUTO (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Gerais e administrativas Remuneração da Administração Tributárias Amortização do ágio em investimentos Outras receitas operacionais, líquidas 18 13 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras Variação cambial, líquida 23 23 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Correntes Diferidos 25 25 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO COMPONENTE DO CAPITAL SOCIAL NO FIM DO EXERCÍCIO - R$ (3.207) - - 176.278 105.438 2,56 1,53 (643.577) (331.714) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA) PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Nota explicativa SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 Lucro líquido do exercício Destinação do lucro líquido: Reserva legal Dividendos propostos Retenção de lucros Lucro líquido do exercício Destinação do lucro líquido: Reserva legal Dividendos propostos Retenção de lucros SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 Capital social Ajuste do patrimônio líquido - variação cambial no capital Lucros acumulados (22.271) - 733.496 Total 549.083 12.554 194.130 - - - - 105.438 105.438 - 5.272 - 75.125 - (5.272) (25.041) (75.125) (25.041) - 549.083 17.826 269.255 - - - - 8.814 - 125.598 549.083 26.640 394.853 21.b 21.b SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Reservas de lucros Retenção Legal de lucros 21.b 21.b 21.b (22.271) - 813.893 - 176.278 176.278 - (8.814) (41.866) (125.598) (41.866) - (22.271) - 948.305 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Controladora 2009 2008 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Ajustes para conciliar o lucro líquido com o caixa líquido (utilizado nas) gerado pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações Amortização de ágio em investimentos Baixa de ativos permanentes Imposto de renda e contribuição social diferidos Despesas de juros, líquidas das receitas Reversão de receita diferida Equivalência patrimonial Constituição (reversão) de provisão para contingências Consolidado 2009 2008 176.278 105.438 176.278 105.438 724 3 4.649 (187.268) - 661 47 7.682 (141.689) - 248.480 8.133 5.863 (8.936) 170.196 23 4.327 202.489 9.419 4.509 8.820 143.217 38 (2.500) 146 (99) (2.281) (8.987) (956) 85 27 4.473 (4.917) (2.895) (25.618) 1.111 (6.105) (1.657) (4.007) (8.215) (1.911) (876) (2.702) (5.602) 7 758 735 (180) (16.471) (230) 1.226 195 67 (29.830) 41.109 12.590 (6.418) (1.554) (10.583) 603.232 31.571 8.861 27.146 7.924 (5.949) 521.677 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Acréscimos nos depósitos vinculados Aquisições de itens do ativo imobilizado Adições ao diferido Adições ao intangível Adiantamentos para novos projetos Valor resgatado das aplicações restritas Adições aos investimentos Redução de capital de sociedade controlada Recebimento de dividendos - exercícios anteriores Recebimento de juros sobre o capital próprio Recebimento de dividendos Caixa líquido gerado pelas (utilizado nas) atividades de investimento (1.534) (167) (9) (101.000) 9.000 8.557 23.532 104.096 42.475 (1.500) 6.592 (190.000) 15.109 18.440 228.215 76.856 240 (786.894) (4.104) (9) (790.767) (2.476) (679.527) (158.528) (11.931) 6.592 15.869 (830.001) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Empréstimos e financiamentos: Captações Pagamentos Pagamento de credores pela concessão Pagamento de dividendos Recebimento de mútuos de empresas ligadas Empréstimos de mútuos para empresas ligadas Captação de mútuos para empresas ligadas Caixa líquido (utilizado nas) gerado pelas atividades de financiamento (25.007) 5.689 (19.318) 310.135 (317.178) (17.738) 25.283 (418.000) 356.000 (61.498) 2.050.356 (1.458.479) (53.427) (25.007) 513.443 1.002.033 (574.367) (49.759) (17.738) 360.169 AUMENTO (REDUÇÃO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 6.686 (14.472) 325.908 51.845 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 5.332 19.804 116.284 64.439 12.018 5.332 442.192 116.284 Redução (aumento) dos ativos operacionais: Contas a receber Estoques Despesas antecipadas Impostos a recuperar Contas a receber - sociedades ligadas Outros ativos Aumento (redução) dos passivos operacionais: Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Cauções contratuais Outros passivos Caixa líquido (utilizado nas) gerado pelas atividades operacionais CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO EXERCÍCIO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Controladora 2009 2008 RECEITAS Prestação de serviços Outras receitas INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Custos dos serviços prestados Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Custo da concessão Outros VALOR ADICIONADO BRUTO DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO (RETIDO) VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras Dividendos recebidos Receita de aluguel Outros VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal e encargos: Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições: Federais (incluindo IOF) Estaduais Municipais Outros Remuneração de capitais de terceiros: Juros Juros capitalizados Aluguéis Outras Remuneração de capitais próprios: Juros Juros capitalizados Dividendos Lucros do exercício Consolidado 2009 2008 - - 1.294.180 7.597 1.301.777 790.315 3.658 793.973 - - 200.902 76.014 97.443 10.940 385.299 103.891 85.779 5.395 195.065 - - 916.478 598.908 724 661 255.613 211.908 (724) (661) 660.865 387.000 187.268 48.134 1.178 399 1.209 238.188 141.689 17.571 1.057 160.317 32.996 1.178 399 17.328 51.901 28.832 2.483 31.315 237.464 159.656 712.766 418.315 6.268 463 367 6.152 358 331 84.934 20.698 5.744 38.296 10.455 3.229 7.131 1 39 200 14.010 1 29 119 151.943 439 64.149 199 113.892 118 39.620 249 40.929 773 5.015 20.327 12.891 135.474 23.407 6.830 11.885 101.854 4.612 552 41.866 134.412 25.041 80.397 25.598 5.188 41.866 134.412 25.041 80.397 237.464 159.656 712.766 418.315 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma indicado) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (“Sociedade”) foi fundada em 9 de novembro de 1998 e tem como atividades principais: • Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil, inclusive serviços auxiliares ou complementares, exceto fornecimento de mercadorias fora do local de prestação dos serviços; • Realização de estudos, cálculos, projetos, ensaios e supervisões relacionados às atividades de engenharia e construção civil; • Realização de obras de infraestrutura em geral, compreendendo, sem restrição, serviços de construção civil, terraplanagem em geral, sinalização, reforço, melhoramento, recuperação, manutenção e conservação de estradas e engenharia consultiva em geral; • Exploração direta e/ou por meio de consórcios, de negócios relativos a obras e/ou serviços públicos no setor de infraestrutura em geral, por meio de qualquer modalidade de contrato, incluindo, mas não se limitando a, parcerias público-privadas, autorizações, permissões e concessões; • Participação em outras sociedades que desenvolvam as atividades relacionadas anteriormente. Com base nos seus objetivos sociais, a Sociedade participa, em 31 de dezembro de 2009, em concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo e de rodovias federais, conforme demonstrado a seguir: Concessionárias estaduais: • 100% da Autovias S.A. (“Autovias”); • 100% da Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. (“Centrovias”); • 100% da Concessionária de Rodovias do Interior Paulista S.A. (“Intervias”); • 100% da Vianorte S.A. (“Vianorte”) - participação indireta. Concessionárias federais: • 100% da Autopista Planalto Sul S.A. (“Planalto Sul”); • 100% da Autopista Fluminense S.A. (“Fluminense”); • 100% da Autopista Fernão Dias S.A. (“Fernão Dias”); • 100% da Autopista Régis Bittencourt S.A. (“Régis Bittencourt”) ; • 100% da Autopista Litoral Sul S.A. (“Litoral Sul”). 7 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas A Sociedade tem participação de 100% na Latina Manutenção de Rodovias Ltda. (“Latina Manutenção”), de 100% na Paulista Infra-Estrutura Ltda. (“Paulista”) e de 100% na Latina Sinalização de Rodovias Ltda. (“Latina Sinalização”), sociedades que prestam serviços para as concessionárias mencionadas anteriormente. A Sociedade tem participação de 100% na SPR - Sociedade para Participações em Rodovias S.A. (“SPR”), que tem por objeto social a participação em outras sociedades como sócia, acionista ou cotista, bem como o exercício de quaisquer atividades relacionadas com seu objeto social, podendo representar sociedades nacionais ou estrangeiras. A SPR tem participação de 100% do capital social da Vianorte. A Sociedade tem ainda participação de 4,68% na STP - Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A., que tem o objetivo de desenvolver negócios relacionados com o sistema de cobrança eletrônica de pedágio em âmbito nacional. As operações das concessões rodoviárias detidas pelas controladas da Sociedade são como segue: Concessionária Trecho sob concessão Franca, Batatais, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos e Santa Rita do Passa-Quatro Cordeirópolis a São Carlos/Itirapina a Bauru Itapira, Mogi-Mirim, Limeira, Piracicaba, Conchal, Araras, Rio Claro, Casa Branca, Porto Ferreira e São Intervias Carlos SP-330 - Rodovia Anhanguera, SP-322 - Rodovia Attílio Balbo/Rodovia Armando Salles de Oliveira, SP-328 - Rodovia Alexandre Balbo/Contorno Norte de Vianorte Ribeirão Preto e SP-325/322 - Avenida dos Bandeirantes BR-116/PR/SC, compreendendo o trecho entre Curitiba e a Divisa SC/RS, objeto do processo de licitação Planalto Sul correspondente ao Lote 2 BR-101/RJ, compreendendo o trecho entre a Divisa Fluminense RJ/ES e a Ponte Presidente Costa e Silva BR-381/MG/SP, compreendendo o trecho entre Belo Fernão Dias Horizonte e São Paulo BR-116/SP/PR, compreendendo o trecho entre São Régis Bittencourt Paulo e Curitiba BR-116/BR-376/PR - BR-101/SC, compreendendo o Litoral Sul trecho entre Curitiba e Florianópolis Autovias Centrovias Início das operações Investimentos necessários (próximos cinco anos) Término da R$ milhões (não auditado) concessão 2009 2008 01/09/1998 31/08/2018 09/06/1998 09/06/2019 115 127 110 99 18/02/2000 17/01/2028 195 130 06/03/1998 06/03/2018 161 131 19/12/2008 15/02/2033 337 407 02/02/2009 15/02/2033 550 640 18/12/2008 15/02/2033 592 764 24/12/2008 15/02/2033 1.362 1.474 22/02/2009 15/02/2033 939 1.010 As concessionárias estaduais Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte, independentemente da manutenção e conservação necessárias para manter o nível de serviço adequado durante o período de concessão, deverão devolver os sistemas rodoviários em bom estado, com a atualização adequada à época da devolução e garantia de prosseguimento da vida útil por seis anos das estruturas em geral, principalmente do pavimento. Nesse período, subsequente à devolução, não deverá ocorrer a necessidade de serviços de recuperação nem reforços nas obras-de-arte especiais, em virtude das manutenções destinadas a preservar as estruturas das rodovias. Extintas as concessões, retornam ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração dos sistemas rodoviários transferidos às concessionárias estaduais, ou por elas implantados no âmbito das concessões. A reversão será gratuita e automática, com os bens em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção e livres de quaisquer ônus ou encargos. As concessionárias terão direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado das obras e dos bens cuja construção ou aquisição, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos cinco anos dos períodos das concessões, desde que realizadas para garantir a continuidade e a atualidade dos serviços abrangidos pelas concessões. 8 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Por meio do Termo Aditivo e Modificativo nº 11, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do Contrato de Concessão da Centrovias. Esse reequilíbrio foi concedido por meio da prorrogação do prazo de concessão por mais 12 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira, o período de exploração da concessão passou a ser até 9 de junho de 2019. Por meio do Termo Aditivo e Modificativo nº 14, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela ARTESP o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do Contrato de Concessão da Intervias. Esse reequilíbrio foi concedido por meio da prorrogação do prazo de concessão por mais 95 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira, o período de exploração da concessão passou a ser até 17 de janeiro de 2028. No caso das concessionárias federais Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul, seus estatutos sociais preveem a abertura do capital até dois anos após a data de início dos contratos de concessão, conforme determinado nos referidos contratos. Os pedidos de registro de companhias abertas estão em fase de análise e aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Extintas as concessões federais, retornam ao Poder Concedente todos os bens vinculados às concessões e os direitos e privilégios decorrentes destas, livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos, inclusive social-trabalhistas, e cessam, para essas concessionárias, todos os direitos emergentes dos respectivos contratos. A reversão dos bens far-se-á com o pagamento, pelo Poder Concedente, das parcelas dos investimentos vinculados aos bens adquiridos pelas concessionárias federais, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com a prévia aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, com o objetivo de garantir a continuidade e a atualidade das concessões. A Planalto Sul está em plena operação desde 22 de fevereiro de 2009, quando do início da cobrança de pedágio de sua última praça na BR-116/km 134 - PR. A Fluminense está em plena operação desde 31 de agosto de 2009, quando do início da cobrança de pedágio da sua última praça na BR-101/km 252 - RJ. A Fernão Dias entrou em operação de forma parcial em 19 de dezembro de 2008, iniciando a cobrança de pedágio na BR-381/km 659 e km 546 - MG. Estima-se que a Fernão Dias estará em plena operação em abril de 2010 (informação não auditada). A Régis Bittencourt está em plena operação desde 18 de maio de 2009, quando do início da cobrança de pedágio de sua última praça na BR-116/km 542 - SP. A Litoral Sul está em plena operação desde 17 de junho de 2009, quando do início da cobrança de pedágio de sua última praça na BR-101/km 221 - SC. Latina Manutenção A Latina Manutenção tem por objetivo a conservação e a exploração de atividades de construção, administração e manutenção de obras relacionadas às rodovias administradas pelas controladas da Sociedade. 9 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Paulista A Paulista tem por objetivo a conservação e a exploração de atividades de fiscalização e administração de obras relacionadas às rodovias administradas pelas controladas da Sociedade. Latina Sinalização A Latina Sinalização foi constituída em 27 de novembro de 2008 e tem como objetivo social a prestação de serviços de implantação e de sinalização viária e serviços correlatos. As operações da Latina Sinalização iniciaram-se durante o primeiro trimestre de 2009. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e determinadas pela CVM e incorporam as alterações traduzidas pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas compreendem os saldos da Sociedade e de suas controladas, nas quais possui participação direta ou indireta de 100% do capital votante, demonstradas a seguir. Na consolidação foram eliminados os investimentos nas controladas, os saldos a receber e a pagar, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas. Participação - % 31/12/09 31/12/08 Direta Indireta Direta Indireta Autovias Centrovias Intervias Vianorte SPR Latina Manutenção Paulista Latina Sinalização Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul STP 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 4,68 100 - 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 4,68 100 - b) Caixa e equivalentes de caixa Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras, com prazo de resgate de até 90 dias da data da aplicação. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento dos exercícios, sem prazos fixados para resgate, com liquidez imediata, e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 10 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas c) Contas a receber Apresentadas pelo valor de realização nas datas dos balanços. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída, se necessária, com base em estimativas de perda. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade e suas controladas não registraram provisão para devedores duvidosos. d) Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos O imposto de renda e a contribuição social correntes são apurados dentro dos critérios estabelecidos pela legislação fiscal vigente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são registrados com base no saldo de prejuízo fiscal, base de cálculo negativa da contribuição social e diferenças temporárias entre os livros fiscais e os contábeis, considerando as alíquotas de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. O imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos são registrados com base nos ajustes a valor presente decorrentes do direito de concessão, conforme nota explicativa nº 19, contabilizados na Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte. e) Imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição ou de construção, deduzido das depreciações, estabelecidas segundo as taxas consideradas compatíveis com a vida útil-econômica dos bens, limitada, quando aplicável, ao prazo da concessão. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, não foi necessário que a Sociedade e suas controladas registrassem provisão para redução ao valor recuperável do imobilizado. f) Intangível No consolidado, corresponde aos ágios que foram cindidos da OHL Brasil Participações em Infra-estrutura Ltda. (“OHL Participações”) e incorporados nas concessionárias, conforme nota explicativa nº 13. Adicionalmente, o intangível é composto pelo direito de outorga da concessão que está demonstrado a valor presente à razão de 5% ao ano, conforme nota explicativa n 19. O CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Lei nº 11.941/09 determinou que, a partir de 2009, ágios não são mais amortizados, mas sim testados anualmente quanto à sua recuperação. Entretanto, pelo fato de que os ágios detidos pela Sociedade e por suas controladas são relativos a concessões com prazo de duração finito, estes continuarão sendo amortizados considerando o prazo remanescente das concessões a que se referem. g) Provisão para redução ao valor recuperável de ativos A Sociedade e suas controladas analisam a existência de evidências de não-realização do valor contábil de um ativo. Caso sejam identificadas tais evidências, a Sociedade e suas controladas estimam o valor recuperável do ativo (“impairment”) para determinar eventual provisão para trazer os saldos contábeis aos valores de realização. 11 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas h) Diferido No consolidado, corresponde aos gastos pré-operacionais incorridos pelas controladas que administram as concessões de rodovias federais. Esses gastos foram mantidos conforme facultado pela Lei nº 11.941/09. Os gastos pré-operacionais que ocorreram ainda em 2009 foram diretamente alocados aos resultados das respectivas controladas. O saldo de 31 de dezembro de 2008 está sendo amortizado linearmente pelo prazo de dez anos. i) Empréstimos e financiamentos Registrados ao valor original, acrescido da atualização monetária e dos juros incorridos até as datas dos balanços. j) Credores pela concessão Correspondem às parcelas fixas a serem pagas ao Poder Concedente, ajustadas a valor presente à razão de 5% ao ano, conforme nota explicativa nº 19. As controladas Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte ajustam a valor presente o saldo da rubrica “Credores pela concessão” registrada nos passivos circulante e não circulante, com base nas suas taxas médias de encargos financeiros na época em que as transações se originaram. A constituição do ajuste a valor presente teve como contrapartida a rubrica “Intangível”, em que está registrado o direito de outorga da concessão. A reversão do ajuste a valor presente tem como contrapartida a rubrica “Despesas financeiras”, pelo transcorrer do prazo. k) Provisão para contingências Registrada com base na opinião da Administração da Sociedade e de suas controladas e dos seus advogados no montante das perdas prováveis em relação aos processos existentes nas datas dos balanços. l) Receitas de serviços Reconhecidas no período de competência, ou seja, quando da utilização das rodovias pelos usuários. m) Lucro por ação Calculado com base na quantidade de ações existentes na Sociedade nas datas de encerramento dos exercícios. n) Uso de estimativas A elaboração das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a consideração de premissas por parte da Administração que afetam os valores dos ativos e passivos contingentes apresentados nas datas de encerramento das demonstrações financeiras, bem como os valores das receitas e das despesas durante o período reportado. Para elaborar essas demonstrações financeiras, a Administração da Sociedade e de suas controladas preparou várias estimativas e premissas, inclusive a seleção das vidas úteis do imobilizado, a provisão para contingências passivas, a adequação das provisões para imposto de renda, imposto de renda diferido ativo e “impairment” de ágios, outras despesas provisionadas e o valor justo dos instrumentos financeiros. Os valores reais podem diferir dessas estimativas. 12 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 4. NOVOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS EDITADOS EM 2009 E QUE ENTRARÃO EM VIGOR A PARTIR DE 2010 Com o advento da Lei nº 11.638/07, que atualizou a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (“International Financial Reporting Standards - IFRS”), novas normas e pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo expedidos em consonância com os padrões internacionais de contabilidade pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Até a data da preparação destas demonstrações financeiras, 43 novos pronunciamentos técnicos e 12 interpretações técnicas haviam sido emitidos pelo CPC e aprovados por Deliberações da CVM, entrando em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010. Os CPCs e ICPCs que poderão ser aplicáveis à Sociedade, considerando-se suas operações, são: CPC Título 15 18 20 21 23 24 25 26 27 28 30 32 33 36 37 38 39 40 43 Combinação de Negócios Investimento em Coligada Custos de Empréstimos Demonstração Intermediária Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erros Evento Subsequente Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Apresentação das Demonstrações Contábeis Ativo Imobilizado Propriedades para Investimento Receitas Tributos sobre o Lucro Benefícios a Empregados Demonstrações Consolidadas Adoção Inicial das IFRSs Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração Instrumentos Financeiros: Apresentação Instrumentos Financeiros: Evidenciação Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a CPC 40 ICPC Título 01 03 08 09 Contratos de Concessão Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 10 13 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Os principais ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis estarão principalmente relacionados ao ICPC 01 - Contratos de Concessão. Esta Interpretação orienta as concessionárias sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas. Esta Interpretação não trata da contabilização pelos concedentes. Ela se aplica a concessões de serviços públicos a entidades privadas caso: (a) o concedente controle ou regulamente quais serviços o concessionário deve prestar com a infraestrutura, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço; e (b) o concedente controle - por meio de titularidade, usufruto ou de outra forma - qualquer participação residual significativa na infraestrutura, ao final do prazo da concessão. Ela se aplica também: (a) à infraestrutura construída ou adquirida de terceiros pelo concessionário para cumprir o acordo de prestação de serviços; e (b) à infraestrutura já existente, em que o concedente dá acesso ao concessionário para efeitos do acordo de prestação de serviços públicos. A Administração da Sociedade está analisando os efeitos que os novos pronunciamentos deverão ter em suas demonstrações financeiras e nos resultados dos exercícios seguintes. No caso de ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis a partir de 1º de janeiro de 2010, a Sociedade avaliará a necessidade de calcular os efeitos que seriam produzidos em suas demonstrações financeiras de 2009, para fins de comparação. 5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Controladora 2009 2008 Caixa e contas bancárias Aplicações financeiras Total 1.061 10.957 12.018 765 4.567 5.332 Consolidado 2009 2008 20.379 421.813 442.192 42.827 73.457 116.284 As aplicações financeiras são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósito Bancário - CDBs e operações compromissadas. As aplicações financeiras eram remuneradas entre 100% e 105% da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI em 31 de dezembro de 2009 e de 2008. 6. CONTAS A RECEBER Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representadas por: Consolidado 2009 2008 Receitas acessórias a receber Pedágio eletrônico a receber Cupons de pedágio a receber Cartões de pedágio a receber Arrecadação de cartão de crédito Outras Total 538 57.759 4.117 1.070 657 64.141 403 35.100 1.768 281 897 38.449 A Administração da Sociedade e de suas controladas não identificou a necessidade de reconhecimento de provisão para perdas com recebíveis em 31 de dezembro de 2009 e de 2008. 14 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 7. DESPESAS ANTECIPADAS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representadas por: Controladora 2009 2008 8. Consolidado 2009 2008 Seguros Adiantamento a fornecedores Outros Total 31 102 133 34 34 6.470 790 12 7.272 4.771 4.771 Circulante Não circulante 133 - 34 - 6.762 510 4.771 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representados por: Consolidado 2009 2008 Ativo: Ágio amortizado advindo de sociedade cindida (a) Diferenças temporárias (c) Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (d) Total 6.018 5.568 8.371 19.957 9.254 3.969 13.223 Circulante Não circulante 5.868 14.089 5.222 8.001 Passivo: Ajuste a valor presente da rubrica “Credores pela concessão” (b) Diferenças temporárias (c) Total 7.458 3.988 11.446 13.958 13.598 Circulante Não circulante 1.057 10.389 4.576 9.022 (a) Calculado com base na alíquota de 34% (imposto de renda e contribuição social) sobre o valor do ágio previamente amortizado por sociedade cindida e posteriormente incorporada, em consonância com a legislação fiscal vigente. O reconhecimento desse ativo está baseado na expectativa de sua realização com lucros tributáveis a serem gerados pelas controladas que incorporaram o acervo cindido. (b) Calculado com base na alíquota de 34% (imposto de renda e contribuição social) sobre o ajuste a valor presente do direito de outorga, conforme nota explicativa n 19. (c) Compreendem os efeitos sobre ativos e passivos que representam diferenças temporárias entre a apuração dos resultados contábil e fiscal. (d) Referem-se ao prejuízo fiscal e à base negativa de contribuição social sobre o prejuízo das controladas concessionárias de rodovias federais, que estão no seu estágio inicial de operações, suportado por projeções de resultados tributáveis futuros limitados ao prazo de dez anos de realização, conforme a Instrução CVM no 371, de 27 de junho de 2002. 15 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 9. IMPOSTOS A RECUPERAR Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representados por: Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 Imposto de renda e contribuição social IRRF sobre aplicações financeiras IRRF sobre juros sobre o capital próprio IRRF sobre mútuo PIS e COFINS a recuperar IRRF sobre serviços de terceiros Outros impostos a recuperar Total 8.626 46 42 6 8.720 1.469 3.296 1.662 6 6 6.439 11.138 3.449 42 57 374 6 183 15.249 1.780 2.914 3.296 1.662 1.885 2.039 16 13.592 Circulante Não circulante 8.720 - 6.439 - 13.550 1.699 11.875 1.717 10. APLICAÇÕES FINANCEIRAS RESTRITAS (CONSOLIDADO) O saldo de R$ 5.298 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 5.036 em 31 de dezembro de 2008) é representado por depósitos em conta restrita a título de garantia de pagamento do financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (“Project Finance”) da Vianorte e Intervias. A partir de janeiro de 2001, as referidas controladas, por determinação das condições contratuais, sempre que necessário, vêm caucionando valores, até o limite de 5% de sua receita bruta mensal, limitado ao dobro do valor do último pagamento de principal acrescido dos juros. 11. INVESTIMENTOS Os saldos dos investimentos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam assim representados: Controladora 2009 2008 Serviço e Tecnologia de Pagamentos S.A. Latina Manutenção Latina Sinalização Paulista Autovias Centrovias Intervias Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul SPR Ajuste aos saldos dos investimentos pela eliminação de resultados não realizados entre controladas (*) Outros investimentos Total Consolidado 2009 2008 1.034 (18.284) (1.762) (25.172) 179.999 102.780 167.733 24.630 59.099 53.986 89.755 42.075 236.675 1.034 2.687 (5.206) 141.529 84.252 144.830 24.956 31.001 55.709 44.077 34.001 228.694 1.034 - 1.034 - (32.444) 19 880.123 (36.153) 19 751.430 19 1.053 19 1.053 16 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (*) O ajuste aos saldos dos investimentos pela eliminação de resultados não realizados representa lucros registrados pelas controladas já extintas OHL Brasil Participações em Infra-estrutura S.A. e Latina Infraestrutura S.A. (“Latina”) com o Consórcio Construtor Paulista (“CCP”), que também era controlado de forma indireta pela Sociedade, em virtude de obras realizadas para empresas controladas da Sociedade em anos anteriores. Esse montante é realizado mensalmente de forma linear pelo prazo da concessão da Autovias, que detém os respectivos ativos imobilizados. a) As participações permanentes em 31 de dezembro de 2009 são representadas por: Lucro líquido Participação Patrimônio (prejuízo) do no capital Equivalência líquido exercício/período social - % patrimonial OHL Participações (i) Autovias (ii) Latina Manutenção (iii) Paulista (iv) Centrovias (v) Intervias (vi) Planalto Sul Fluminense (vii) Fernão Dias (vii) Régis Bittencourt (vii) Litoral Sul (vii) SPR (viii) Latina Sinalização (ix) Total 179.999 14.133 5.348 102.780 167.733 24.630 59.099 53.986 89.755 42.075 236.675 5.674 54.280 21.990 6.528 46.986 64.450 (326) (3.902) (13.723) 7.448 (8.926) 22.270 7.674 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2.424 55.565 12.929 1.835 46.986 64.450 (326) (3.902) (13.723) 7.448 (8.926) 22.270 238 187.268 (i) O resultado de equivalência patrimonial na OHL Participações corresponde à parcela de realização dos lucros não realizados em transações com o CCP, que existia anteriormente, no valor de R$ 2.424 em 31 de dezembro de 2009. Em 3 de abril de 2007, a OHL Participações foi incorporada pela Sociedade. (ii) O resultado de equivalência patrimonial na Autovias inclui a parcela de realização dos lucros não realizados em transações com o CCP, que existia anteriormente, no valor de R$ 1.285 em 31 de dezembro de 2009. A Autovias distribuiu e pagou, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, R$ 9.409 de juros sobre o capital próprio e distribuiu dividendos de R$ 6.401, tendo pago R$ 2.919. (iii) O resultado de equivalência patrimonial na Latina Manutenção inclui reversão de lucros não realizados em obras executadas com as concessionárias, principalmente as que operam as rodovias federais, de R$ 9.061 para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009. No exercício de 2009, a Latina Manutenção distribuiu lucro no montante de R$ 33.900. (iv) O resultado de equivalência patrimonial na Paulista inclui reversão de lucros não realizados em obras executadas com as concessionárias, principalmente as que operam as rodovias federais, no valor de R$ 4.694 para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009. No exercício de 2009, a Paulista distribuiu lucros no montante de R$ 21.800. (v) No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Centrovias distribuiu R$ 5.375 de juros sobre o capital próprio e R$23.082 de dividendos, tendo pago R$ 17.229. 17 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (vi) No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Intervias distribuiu R$ 8.747 de juros sobre o capital próprio e R$ 32.800 de dividendos, tendo pago R$ 26.239. (vii) No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade efetuou integralizações de capital nos valores de R$ 12.000, R$ 40.000, R$ 17.000 e R$ 32.000 nas concessionárias Fernão Dias, Régis Bittencourt, Litoral Sul e Fluminense, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2009, a Régis Bittencourt distribuiu dividendos de R$ 1.770. (viii) No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a SPR distribuiu dividendos no valor de R$ 5.289. Em 22 de junho de 2009, reduziu o capital em R$ 9.000, com retorno para a controladora. (ix) O resultado de equivalência patrimonial na Latina Sinalização inclui reversão de lucros não realizados em obras executadas com as concessionárias, principalmente as que operam as rodovias federais, no valor de R$ 7.436 para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Em 2009, a Latina Sinalização distribuiu lucro no montante de R$ 2.000. b) O valor futuro dos créditos tributários por lucros não realizados entre sociedades investidas é de aproximadamente R$ 52.965 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 43.960 em 31 de dezembro de 2008) e está contabilizado como ajuste de redução do imobilizado pela eliminação dos resultados não realizados (vide nota explicativa nº 12). 12. IMOBILIZADO Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, os saldos estão representados por: Taxa anual média ponderada de depreciação - % Edifícios Benfeitorias em bens de terceiros Móveis, utensílios e instalações Outras imobilizações Total 4 27,99 10 15,05 Taxa anual média ponderada de depreciação - % Edifícios Imobilizado em rodovias - obras e serviços Pavimentos e recapeamentos Equipamento mobiliário Móveis, utensílios e instalações Desapropriações Indenizações Conjunto de defensas Benfeitorias em bens de terceiros Outras imobilizações Imobilizado em andamento (*) Ajuste pela eliminação de resultados não realizados, líquidos dos efeitos tributários (nota explicativa nº 11) Total 4 7,19 13,08 13,13 15,15 6,58 6,93 15,13 27,99 15,05 - Controladora 2009 Depreciação Custo acumulada 2.782 1.436 1.735 984 6.937 (617) (922) (464) (292) (2.295) Consolidado 2009 Depreciação Custo acumulada 2.782 2.215.852 891.810 46.054 60.267 32.180 1.325 47.825 1.862 65.376 161.582 (617) (564.858) (438.092) (19.121) (37.699) (9.760) (489) (32.154) (969) (22.064) - (102.816) 3.424.099 (1.125.823) Saldo líquido 2.165 514 1.271 692 4.642 2008 Saldo líquido 2.270 299 499 703 3.771 Saldo líquido 2008 Saldo líquido 2.165 1.650.994 453.718 26.933 22.568 22.420 836 15.671 893 43.312 161.582 2.270 1.052.056 324.996 18.849 21.121 22.650 845 15.911 422 29.509 414.229 (102.816) 2.298.276 (85.336) 1.817.522 18 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (*) Refere-se a obras em andamento nas rodovias, tais como pavimentação, acostamentos, canteiro central, obras-de-arte especiais, terraplanagem, implantação de sistema de arrecadação, sinalização e outros. A distribuição das obras em andamento por controlada é como segue: Consolidado 2009 2008 Autovias Centrovias Intervias Vianorte Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total 5.828 9.167 5.570 6.012 2.467 8.033 4.175 9.119 55.526 12.877 90.933 89.333 94.716 9.663 48.779 26.725 96.888 161.582 414.229 As adições ao ativo imobilizado ocorridas após a contratação da concessão, não sujeitas à indenização por parte do Poder Concedente quando do término da concessão e cujas vidas úteis estimadas sejam superiores ao período da concessão, são depreciadas com base no período restante do contrato de concessão. As controladas terão direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens ou investimentos em determinadas condições, desde que autorizado pelo Poder Concedente, realizada para garantir a continuidade e a atualidade dos serviços abrangidos. No caso das rodovias estaduais, essa indenização limita-se a adições ocorridas durante os últimos cinco anos da concessão. A movimentação dos saldos do ativo imobilizado em 2009 está representada por: Controladora Custo em Custo em 31/12/08 Adições Baixas Transferência 31/12/09 Edifícios Benfeitorias em bens de terceiros Móveis, utensílios e instalações Outras imobilizações Depreciação Total 2.776 928 761 998 (1.692) 3.771 6 510 212 854 (692) 890 775 (775) - (2) (13) (93) 89 (19) 2.782 1.436 1.735 984 (2.295) 4.642 Consolidado Custo em 31/12/08 Edifícios Imobilizado em rodovias - obras e serviços Pavimentos e recapeamentos Equipamento mobiliário Adições 2.776 6 1.489.135 688.012 34.416 261.436 156.190 12.133 Custo em 31/12/09 Baixas Transferência - - 2.782 466.612 47.680 995 2.215.852 891.810 46.054 (1.331) (72) (1.490) 19 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Consolidado Custo em 31/12/08 Móveis, utensílios e instalações Desapropriações Indenizações Conjunto de defensas Benfeitorias em bens de terceiros Outras imobilizações Imobilizado em andamento Ajuste pela eliminação de resultados não realizados, líquidos dos efeitos tributários Depreciação Total Adições Baixas Custo em 31/12/09 Transferência 55.587 30.346 1.243 44.046 1.063 44.401 414.229 3.771 1.876 82 3.795 693 14.171 256.226 (930) (42) (16) (843) (3.725) 1.839 106 7.647 (505.148) (85.336) (902.396) 1.817.522 (17.480) (206.313) 486.586 2.617 (5.832) (19.731) - 60.267 32.180 1.325 47.825 1.862 65.376 161.582 (102.816) (1.125.823) 2.298.276 13. INTANGÍVEL Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, os saldos líquidos estão representados por: Taxa anual média ponderada de amortização - % Direito de uso de software 20 Taxa anual média ponderada de amortização - % Controladora 2009 Amortização Custo acumulada 504 (179) Consolidado 2009 Amortização Custo acumulada Saldo líquido 2008 Saldo líquido 325 231 Saldo líquido 2008 Saldo líquido Ágio na aquisição daVianorteSPR (a) 8,9 94.182 (27.755) 66.427 74.560 Ágio incorporado pelas sociedades: Autovias (b) Centrovias (b) Intervias (c) 5,17 4,80 5,24 192 9.474 60.152 (106) (5.188) (26.847) 86 4.286 33.305 96 4.737 35.024 5 4,78 9,36 8,96 20 28.254 40.280 28.434 254.971 10.944 526.883 (16.011) 12.243 (22.842) 17.438 (12.378) 16.056 (68.500) 186.471 (5.179) 5.765 (184.806) 342.077 13.656 19.290 16.943 209.305 2.625 376.236 Direito de outorga da concessão: Autovias (d) Centrovias (d) Intervias (d) Vianorte (d) Direito de uso de software Total (a) Ágio na aquisição da Vianorte pela SPR. O ágio registrado na SPR refere-se à rentabilidade futura esperada no período da concessão e está sendo amortizado pelo tempo remanescente desta, 92 meses. 20 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (b) Referem-se ao ágio proveniente da incorporação da parcela cindida, em junho de 2006, da OHL Participações, que detinha participação no capital social da Autovias e Centrovias. Esse ágio foi gerado com base na expectativa de rentabilidade futura do investimento durante o período da concessão e está sendo amortizado pelo tempo remanescente desta, 107 meses para a Autovias e 117 meses para a Centrovias. (c) Refere-se ao ágio proveniente da incorporação da parcela cindida, em junho de 2006, da OHL Participações. Esse ágio foi gerado com base na expectativa de rentabilidade futura do investimento e está sendo amortizado pelo tempo remanescente da concessão, 220 meses. (d) Referem-se ao valor assumido para exploração do sistema rodoviário. Esse valor foi ajustado ao valor presente e está sendo amortizado pelo prazo da concessão. Vide nota explicativa nº 19. O CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Lei nº 11.941/09 determinou que, a partir de 2009, ágios não são mais amortizados, mas sim testados anualmente quanto à sua recuperação. Entretanto, pelo fato de que os ágios detidos pela Sociedade e por suas controladas são relativos a concessões com prazo de duração finito, estes continuarão sendo amortizados considerando o prazo remanescente das concessões a que se referem. A movimentação dos saldos do ativo intangível em 2009 está representada por: Controladora Custo em 31/12/08 Adições Direito de uso de software Amortização acumulada Total 323 (92) 231 181 (87) 94 Baixas - Consolidado Custo em 31/12/08 Adições Baixas Custo em 31/12/09 504 (179) 325 Custo em 31/12/09 Ágio na aquisição da Vianorte: SPR Amortização acumulada Total 94.182 (19.622) 74.560 (8.133) (8.133) - 94.182 (27.755) 66.427 Ágio incorporado pelas sociedades: Autovias Centrovias Intervias Amortização acumulada Total 192 9.474 60.029 (29.838) 39.857 123 (2.303) (2.180) - 192 9.474 60.152 (32.141) 37.677 Direito de outorga da concessão: Autovias Centrovias Intervias Vianorte Amortização acumulada Total 28.254 40.280 28.434 254.971 (92.745) (26.987) 259.194 (26.987) - 28.254 40.280 28.434 254.971 (119.732) 232.207 21 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Consolidado Custo em 31/12/08 Adições Direito de uso de software Amortização acumulada Total 6.987 (4.362) 2.625 Total do intangível 376.236 Baixas 4.694 (1.525) 3.169 (736) 708 (28) (34.131) (28) Custo em 31/12/09 10.945 (5.179) 5.766 342.077 14. DIFERIDO Consolidado 2009 2008 Gastos pré-operacionais: Pessoal Custos contratuais da concessão Conservação de rodovias Materiais e serviços de terceiros Depreciações e amortizações Tributários Financeiros Outros gastos Subtotal Amortização acumulada Total 24.527 24.527 32.078 32.078 47.951 56.007 34.150 34.150 7.825 7.825 8.472 8.472 (5.117) (5.117) 565 565 150.451 158.507 (11.537) 138.914 158.507 Representam gastos pré-operacionais das concessionárias federais incorridos até 31 de dezembro de 2008 com a implantação das concessões, representadas por estudos de viabilidade, reformas e obras nas faixas de domínio necessárias para a equalização da necessidade de reparos emergenciais nas rodovias e serviços prestados de acordo com o estabelecido nos contratos de concessão, incorridos até a data de início da cobrança dos pedágios. Os gastos pré-operacionais são amortizados em dez anos conforme a expectativa de retorno desses gastos pela Administração da Sociedade e de suas controladas, de acordo com a Lei nº 11.941/09. 15. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representados por: Consolidado 2009 Empresas/Instituições credoras Autovias: BNDES (a) Banco Itaú BBA (b) Banco Fibra (b) Unibanco (BNDES) (b) Banco Fibra (c) Banco Votorantim (BNDES) (c) Banco Itaú BBA (BNDES) (b) Banco Votorantim - FINAME (BNDES) (c) Unibanco (b) Banco Itaú BBA (b) Banco Bradesco (b) Banco Citibank (b) 2008 Encargos Vencimento final Circulante Não circulante Circulante Não circulante TJLP + 5% a.a. CDI + 2,3% a.a. CDI + 2,5% a.a. TJLP + 3,95% a.a. 101,8% do CDI TJLP + 3,3% a.a. TJLP + 3,45% a.a. Abril de 2011 Junho de 2009 Janeiro de 2010 Maio de 2012 Junho de 2009 Setembro de 2012 Junho de 2012 1.288 12.619 1.767 674 330 427 2.479 1.167 489 1.293 2.609 1.773 25.217 676 330 1.705 4.224 1.832 815 TJLP + 3,3% a.a. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. Fevereiro de 2013 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 46 15.882 15.882 16.067 15.882 99 - 40 572 573 741 573 144 15.500 15.500 15.500 15.500 22 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Consolidado 2009 Empresas/Instituições credoras Banco Votorantim (b) Banco Santander - CCB (g) Banco Bradesco - CCB (g) Banco do Brasil - CCB (g) Notas promissórias (h) Banco Dibens - “leasing” Banco Dibens - “leasing” Banco Dibens - “leasing” Total Autovias Centrovias: BNDES - automático Itaú BNDES - automático Unibanco Notas promissórias (h) Banco Bradesco - CCB (g) Banco Santander - CCB (g) Banco do Brasil - CCB (g) Encargos antecipados Total Centrovias Intervias: BNDES (d) Unibanco (e) Banco Itaú BBA (e) Banco Bradesco (e) Banco Citibank (e) Banco Votorantim (e) Banco BTG Pactual - “NP” (h) Banco Itaú BBA - “NP” (h) Banco Itaú - “sale leaseback” (f) Banco Bradesco - CCB (g) Banco Santander - CCB (g) Banco do Brasil - CCB (g) Outros Encargos antecipados Total Intervias Vianorte: BNDES (i) Banco ABC - FINAME (i) Unibanco - “Prosoft” (i) Unibanco - FINAME Banco Bradesco - capital de giro Banco Votorantim - FINAME Banespa - “leasing” (i) Banco Dibens - “leasing” (i) Total Vianorte 2008 Circulante Não circulante Circulante Não circulante Encargos Vencimento final CDI + 0,083% a.m. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 0,95% a.a. 100% CDI 100% CDI 100% CDI Novembro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Abril de 2010 Janeiro de 2009 Novembro de 2009 Fevereiro de 2011 8.197 195.974 69 284.677 12 4.673 296 2.117 2.117 2.578 9 89 63 41.666 8.000 57.478 57.478 69.973 74 263.723 TJLP + 3,95% a.a. TJLP + 3,3% a.a. CDI + 0,95% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. Junho de 2012 Outubro de 2012 Abril de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 1.659 823 262.099 (805) 263.776 2.575 1.545 4.120 1.664 835 5.538 5.538 4.305 (4.093) 13.787 4.234 2.366 90.000 90.000 70.000 (136) 256.464 TJLP + 3,3% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 0,95% a.a. CDI + 0,95% a.a. CDI Over CETIP CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 2% a.a. Novembro de 2013 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Abril de 2010 Abril de 2010 Junho de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Maio de 2011 2.494 25.093 25.093 25.093 25.093 12.291 60.484 186.494 1.686 48 (753) 363.116 7.163 7.163 891 891 891 891 436 3.065 3.768 3.768 3.888 55 (4.223) 14.321 24.500 24.500 24.500 24.500 12.000 1.533 77.500 77.500 80.000 (93) 346.440 TJLP + 4,5% a 7,5% a.a. TJLP + 6,3% a.a. TJLP + 2,18% a.a. TJLP + 3,48% a.a. CDI + 1,5% a.a. TJLP + 3,3% a.a. 1,52% a 1,87% a.m. CDI + 1,82% a.a. Agosto de 2013 Julho de 2010 Abril de 2010 Abril de 2012 Fevereiro de 2009 Fevereiro de 2013 Abril de 2009 Fevereiro de 2010 23.719 282 181 393 78 160 24.813 29.408 525 168 30.101 24.791 483 526 393 3.367 65 123 161 29.909 53.063 282 167 917 248 121 54.798 TJLP + 3,58% a.a. TJLP + 2,8% a.a. TJLP + 3,9% a.a. TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 2,6% a.a. Março de 2011 Março de 2011 Junho de 2012 Agosto de 2013 Setembro de 2013 Outubro de 2013 452 280 604 84 52 30 1.502 61.181 33.347 1.781 221 140 82 96.752 81 81 392 392 TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 3,58% a.a. TJLP + 2,8% a.a. Agosto de 2013 Setembro de 2013 Março de 2011 Março de 2011 1.885 1.885 214 1.774 26.310 100.818 129.116 19 163 182 81 2.018 2.099 TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 3,58% a.a. Agosto de 2013 Outubro de 2013 Janeiro de 2011 506 1.370 703 (403) 2.176 1.323 3.690 176.905 (32) 181.886 180 323 503 1.820 3.885 5.705 Planalto Sul: BNDES - empréstimo Ponte A (m) BNDES - empréstimo Ponte B (m) FINAME - Banco Santander S.A (j) FINAME - Banco Votorantim S.A. (j) FINAME - Banco Votorantim S.A. (j) FINAME - Banco Votorantim S.A. (j) Total Planalto Sul Fluminense: Banco Votorantim (BNDES) (j) Banco Votorantim (BNDES) (j) Banco Santander S.A. (BNDES) (m) Banco Santander S.A. (BNDES) (m) Encargos financeiros antecipados Total Fluminense Fernão Dias: Banco Itaú - FINAME (j) Banco Votorantim - FINAME (j) BNDES (m) Encargos financeiros antecipados Total Fernão Dias 23 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Consolidado 2009 Empresas/Instituições credoras Régis Bittencourt: Banco Votorantim - FINAME (j) BNDES (m) BNDES (m) BNDES (m) BNDES (m) Encargos financeiros antecipados Total Régis Bittencourt Litoral Sul: Banco Votorantim - FINAME (j) Banco Santander - FINAME (j) BNDES (m) Total Litoral Sul Encargos Vencimento final Circulante 2008 Não circulante Circulante Não circulante TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 3,58% a.a. TJLP + 2,8% a.a. TJLP + 2,8% a.a. TJLP + 2,8% a.a. Fevereiro de 2014 Janeiro de 2011 Janeiro de 2011 Janeiro de 2011 Janeiro de 2011 1.133 780 127 (553) 1.487 3.123 191.261 89 178 46.748 241.399 234 - 3.018 - 234 3.018 TJLP + 2,6% a.a. TJLP + 6% a.a. TJLP + 3,58% a.a. Agosto de 2013 Abril de 2012 Janeiro de 2011 202 1.877 216 2.295 552 3.538 146.404 150.494 16 16 54 54 Latina Manutenção: Banco Itaú - FINAME (k) Banco Unibanco - FINAME (k) Banco Itaú - “leasing” (l) Banco Dibens - “leasing” (l) Total Latina Manutenção 11,5% a.a. 7,75% a.a. CDI CDI Janeiro de 2012 Maio de 2013 Abril de 2011 Junho de 2011 - - 150 245 104 448 947 215 1.351 139 672 2.377 Latina Sinalização: Banco Itaú - FINAME (k) Banco Unibanco - FINAME (k) Banco Itaú - “leasing” (l) Banco Dibens - “leasing” (l) Total Latina Sinalização 11,5% a.a. 7,75% a.a. CDI CDI Janeiro de 2012 Maio de 2013 Abril de 2011 Junho de 2011 154 379 122 501 1.156 78 979 39 250 1.346 - - 946.883 847.050 101.646 935.070 Total Autovias, Centrovias e Intervias (a) Refere-se a financiamento de longo prazo, com vencimento em abril de 2011, para implementação de um sistema integrado de monitoramento e controle da operação do sistema rodoviário. As garantias estão representadas por notas promissórias. (b) Financiamentos de capital de giro com vencimentos até 2013. Em 31 de dezembro de 2009, as garantias estão representadas por notas promissórias, no valor total de R$28.397, e aval da Sociedade. (c) As garantias estão representadas por notas promissórias no valor total de R$3.709. (d) Contrato de abertura de crédito firmado com o BNDES em 27 de outubro de 2008 para financiamento das obras e dos serviços de recuperação, melhoramento, manutenção, conservação, ampliação, operação e exploração de rodovias operadas pela Intervias. Os créditos foram liberados em janeiro de 2009 e são garantidos por notas promissórias. (e) Cédula de Crédito Bancário - CCB obtida pela Intervias com bancos privados em 27 de setembro de 2007. Essas operações estão garantidas por aval da Sociedade. (f) Refere-se a financiamento na modalidade “sale leaseback” financeiro do sistema de monitoramento de estradas. (g) Referem-se à obtenção das CCBs com o Banco Santander Brasil S.A., Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A. Esses compromissos foram liquidados em novembro de 2009. 24 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (h) Em 30 de novembro de 2009, a Autovias, Centrovias e Intervias emitiram 39, 52 e 49 notas promissórias, respectivamente, no valor unitário de R$ 5.000. A operação foi coordenada pelo Banco BTG-Pactual (coordenador) e Banco Itaú (coordenador líder), tendo como banco mandatário o Banco Bradesco. Parte desse valor captado foi utilizada para liquidação, em novembro de 2009, das CCBs. As Sociedades assumiram compromissos de caráter econômico-financeiro constantes nos contratos, conforme descrito a seguir: Compromissos • Inadimplemento de qualquer obrigação a pagar das Sociedades, cujo valor seja superior a R$ 5.000, ou das respectivas garantidoras, cujo valor seja superior a R$ 10.000. • Protestos de títulos contra as Sociedades, cujo valor, individual ou em conjunto, seja superior a R$ 5.000, ou contra a garantidora, cujo valor seja superior a R$ 10.000, e que não sejam sanados, declarados ilegítimos ou comprovados como tendo sido indevidamente efetuados. • Declaração de falência ou propositura de recuperação judicial das Sociedades ou das respectivas garantidoras. • Intervenção do Poder Concedente ou de outras autoridades governamentais que resulte na incapacidade de gestão dos negócios pelas Sociedades ou respectivas garantidoras. • Redução do capital social e alteração do controle societário ou do objeto social das Sociedades ou das respectivas garantidoras sem o consentimento prévio, por escrito, dos detentores das notas promissórias. • Não-cumprimento de qualquer decisão ou sentença judicial transitada em julgado contra as Sociedades, em valor unitário ou agregado igual ou superior a R$ 5.000, ou contra a garantidora, em valor igual ou superior a R$ 10.000. • Existência de quaisquer ônus sobre propriedade, receitas e ativos das Sociedades ou das respectivas garantidoras, no presente e no futuro, exceto: (i) depósitos para garantir direitos e obrigações trabalhistas, fiscais e judiciais; (ii) exigidos pelo Poder Concedente, nos termos do contrato de concessão; (iii) constituição de garantias para captação de recursos de longo prazo, para pagamentos das notas promissórias; (iv) garantias para processos de licitação de concessões rodoviárias; e (v) garantias para financiamento de longo prazo com o BNDES. • Distribuição de lucros a acionistas das Sociedades ou das respectivas garantidoras que excedam o pagamento do dividendo mínimo legal obrigatório previsto pelo estatuto social das Sociedades ou das respectivas garantidoras. • Não-cumprimento do índice financeiro obtido pela divisão da dívida líquida pelo EBITDA que deverá ser inferior a 3,50; para fins deste item: (a) dívida líquida significa empréstimos e financiamentos no passivo circulante e exigível a longo prazo acrescidos dos valores de quaisquer outras dívidas financeiras onerosas, menos caixa e equivalentes de caixa do ativo circulante no período; e (b) EBITDA significa o lucro (prejuízo) líquido antes do imposto de renda e da contribuição social, adicionando-se: (i) despesas não operacionais; (ii) despesas financeiras; e (iii) despesas com amortizações e depreciações (apresentadas nas demonstrações dos fluxos de caixa pelo método indireto); e excluindo-se: (i) receitas não operacionais; e (ii) receitas financeiras; apurado com base nos últimos 12 meses contados da data-base de cálculo do índice. 25 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • Caso os ativos fixos das Sociedades deixem de contar com cobertura de seguros nos termos da regulamentação da ARTESP. • Venda ou transferência de ativos relevantes das Sociedades, inclusive ações ou cotas de controladas, de valor superior a R$ 5.000. Vianorte (i) Os financiamentos estão garantidos por penhor dos bens adquiridos, reserva de meios de pagamento (parcela do produto da cobrança de tarifas de pedágio), aplicações financeiras vinculadas apresentadas no realizável a longo prazo, fiança e avais da Sociedade. Adicionalmente, além das garantias prestadas, os seguintes compromissos deverão ser observados: Da Vianorte • Não obter novos empréstimos de curto prazo, inclusive renovações, cujo valor acumulado supere R$ 3.000, com data-base 10 de novembro de 2000, reajustados pelo Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M, sem autorização expressa do BNDES. • Não alienar nem onerar bens operacionais a terceiros, com exceção de veículos de pequeno porte. • Não distribuir dividendos nem juros sobre o capital próprio durante o período de carência do financiamento até a completa realização do projeto financiado. • Manter um “índice de cobertura do serviço da dívida” de, no mínimo, 1,20, o qual é calculado pela divisão do lucro apurado antes das despesas financeiras, das despesas com imposto de renda e contribuição social e das despesas com amortização e depreciação, pelo somatório das amortizações de juros e parcelas de financiamentos no período. • Manter uma relação mínima entre o patrimônio líquido e o passivo total de 30%, desconsiderando os efeitos negativos decorrentes da contabilização da outorga devida ao Poder Concedente e considerando no passivo total as obrigações relativas aos arrendamentos mercantis. • Manter seguro destinado à garantia das parcelas do produto da cobrança do pedágio com cobertura mínima equivalente a 90 dias de arrecadação e franquia aceitável pelo BNDES. Da Sociedade • Manter, até a completa realização do projeto financiado, o capital social subscrito e integralizado da Vianorte, em valor correspondente a pelo menos 20% do total dos investimentos realizados no projeto financiado. • Suprir, até a completa realização do projeto financiado, mediante aumentos de capital, em dinheiro, as insuficiências de recursos necessários à execução do projeto. 26 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • Manter, durante a vigência do contrato, suas atuais participações no capital social da Vianorte, e não alienar, caucionar, gravar nem onerar as respectivas ações sem a prévia e expressa anuência do BNDES. • Votar, até a completa realização do projeto financiado, em Assembleia Geral de Acionistas, contrariamente à distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio pela Vianorte. • Manter caucionada em favor do BNDES, durante a vigência do contrato, a totalidade das ações ordinárias da Vianorte. Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul (j) Financiamento para aquisição e instalação de equipamentos nas praças de pedágio. Os financiamentos estão garantidos por notas promissórias e aval da Sociedade. Latina Manutenção e Latina Sinalização (k) Contrato FINAME, firmado com o Banco Itaú e Unibanco, para a aquisição de equipamentos para prestação de serviços. Em janeiro de 2009, foram recebidos em transferência os direitos e as obrigações do referido contrato proveniente da Latina Manutenção. (l) Contrato de “leasing”, firmado com os Bancos Itaú e Dibens, para a aquisição de veículos para prestação de serviços. Em janeiro de 2009, foram recebidos em transferência os direitos e as obrigações do referido contrato proveniente da Latina Manutenção. Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul (m) Contrato de abertura de crédito firmado com o BNDES para a execução de serviços iniciais, de recuperação, conservação, monitoramento contínuo, manutenção, melhoramentos, ampliação e operação da rodovia, além de aquisição de equipamentos e materiais e instalações destes. O crédito foi liberado entre junho e setembro de 2009 e está garantido por aval dos acionistas. O contrato com o BNDES possui cláusulas restritivas que podem implicar seu vencimento antecipado. As principais restrições são: • Manter situação regular com suas obrigações perante os órgãos do meio ambiente. • Não constituir, salvo autorização prévia e expressa do BNDES, garantias com outros credores. • Não constituir garantia real, em virtude de determinação legal ou garantia em juízo, sem comunicar prévia e formalmente ao BNDES. • Inadimplemento de qualquer obrigação das Sociedades ou de sua controladora. 27 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • Não alterar o controle efetivo das Sociedades após a contratação da operação sem a prévia e expressa autorização do BNDES. • Em caso de redução do quadro de pessoal durante o período de vigência do contrato, oferecer programa de treinamento voltado para as oportunidades de trabalho na região e/ou recolocação dos trabalhadores em outras empresas. Da Sociedade • Não incluir as concessionárias em acordos societários, estatuto ou contrato social que impliquem restrições à capacidade de crescimento e ao acesso a novos mercados e prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras das operações com o BNDES. • Não submeter à oneração ações de sua propriedade e das concessionárias, para venda, aquisição, incorporação, fusão ou cisão de ativos, que importem em modificações na atual configuração da Sociedade, sem a aprovação do BNDES. • Não realizar distribuição de dividendos ou pagamentos de juros sobre o capital próprio cujo valor supere o percentual estabelecido por lei. • Não promover atos ou medidas que prejudiquem ou alterem o equilíbrio econômicofinanceiro da Sociedade. • Tomar providências necessárias para garantir o atendimento da finalidade da operação de empréstimo. • Manter o índice consolidado trimestral do razão entre a dívida líquida e o EBITDA ajustado menor ou igual a 5. • Apresentar ao BNDES o balanço trimestral auditado por empresa de auditores independentes registrada na CVM. Em 31 de dezembro de 2009, as parcelas relativas ao principal dos empréstimos e financiamentos no passivo não circulante apresentavam os seguintes vencimentos: Consolidado 2011 2012 2013 2014 Total 812.218 23.058 11.770 4 847.050 A Sociedade e suas controladas estão em processo de estruturação de operação financeira de longo prazo com o objetivo de liquidar os empréstimos que vencem a curto prazo. Vide nota explicativa nº 28. A Sociedade e suas controladas cumpriram as cláusulas restritivas contidas nos contratos de empréstimos e financiamentos nas datas das demonstrações financeiras. 28 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 16. OBRIGAÇÕES FISCAIS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão representadas por: Imposto de renda Contribuição social IRRF PIS COFINS Outros tributos federais Outros tributos municipais Total Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 252 719 99 456 19 2 1.547 20.183 8.289 2.622 985 4.549 4.493 7.658 48.779 785 25 2 812 23.910 9.544 3.218 596 2.877 6.588 8.186 54.919 17. CAUÇÕES CONTRATUAIS Referem-se a 5% do valor das notas fiscais relativas à prestação de serviços por empreiteiras, que será pago após o término e a aprovação da obra pela Administração da Sociedade e de suas controladas. 18. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, estão substancialmente representadas pelas seguintes operações: Controladora 2009 2008 Contas a receber - circulante: OHL Concesiones S.L. Autovias (a) Intervias (a) Centrovias (a) Vianorte (a) Planalto Sul (b) Fluminense (b) Fernão Dias (b) Régis Bittencourt (b) Litoral Sul (b) Latina Manutenção Latina Sinalização Paulista Planalto Sul (c) Fluminense (c) Fernão Dias (c) Régis Bittencourt (c) Litoral Sul (c) Total 87 107 69 76 77 836 939 1.429 1.754 1.407 33 37 35 3.875 6.989 12.589 13.667 4.327 48.333 87 52 34 43 29 820 1.114 1.474 1.785 1.440 1 6.879 Consolidado 2009 2008 87 87 87 87 29 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Controladora 2009 2008 Dividendos a receber: Autovias Centrovias Intervias SPR Régis Bittencourt Total Contas a receber - não circulante: Planalto Sul (c) Fluminense (c) Fernão Dias (c) Régis Bittencourt (c) Litoral Sul (c) Total 3.482 5.854 6.560 5.289 1.793 22.978 2.612 2.343 3.602 23 8.580 - - 60.000 61.071 60.000 61.284 110.000 112.149 119.000 121.379 67.000 68.158 416.000 424.041 - - 127 254 448 66 895 68 341 569 978 Provisões diversas - circulante: OHL Concesiones S.L. Hur S.A. Obrascon Huarte Lain S.A. (Espanha) Participes en Brasil S.L. Latina Manutenção Paulista Autovias (e) Centrovias (e) Intervias (e) Total 69 254 448 66 14.489 5.772 24.312 45.410 Dividendos propostos: Participes en Brasil S.L. (d) 25.120 Contas a pagar - não circulante: Autovias (e) Centrovias (e) Intervias (e) Total Consolidado 2009 2008 68 341 569 13 13 1.004 25.120 15.025 15.025 114.000 117.579 45.000 46.448 197.000 201.801 356.000 365.828 - - (a) Referem-se a despesas administrativas das concessionárias estaduais pagas pela Sociedade, que serão reembolsadas por suas controladas. (b) Referem-se a valores dos rateios de custos e despesas administrativas das concessionárias federais pagos pela Sociedade, que serão reembolsados por suas controladas. 30 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (c) Contratos de mútuo com taxa de juros equivalente a 100% da variação do CDI mais 1,037% ao ano, com vencimentos a partir de dezembro de 2010. Os juros têm seu vencimento em 2010. Os saldos do principal foram mantidos integralmente no ativo não circulante em virtude do estágio inicial das operações das controladas federais. O fluxo futuro de recebimento desses mútuos será determinado em consonância com o perfil do endividamento consolidado da Sociedade e de suas controladas. (d) Representa 60% dos dividendos declarados. Os dividendos propostos de 2008 foram liquidados em 26 de outubro de 2009. (e) Contratos de mútuo com taxa de juros equivalente a 100% da variação do CDI mais 1,037% ao ano com vencimentos a partir de julho de 2010. Controladora 2009 2008 Receitas (despesas) financeiras líquidas: Autovias Centrovias Intervias Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Obrascon Huarte Lain S.A. (Espanha) Hur S.A. Total (12.835) (4.211) (5.088) (313) (22.958) (5.652) 6.483 663 6.712 853 12.282 1.350 13.280 1.552 7.238 692 107 (99) 99 (87) 5.320 (5.252) A remuneração da Administração da Sociedade e de suas controladas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi de R$ 9.639 (R$ 7.812 em 31 de dezembro de 2008), estando esse valor relacionado a remunerações fixa e variável no montante de R$ 7.730 (R$ 5.978 em 31 de dezembro de 2008) e a encargos sociais e benefícios no valor de R$ 1.909 (R$ 1.834 em 31 de dezembro de 2008). 19. CREDORES PELA CONCESSÃO Referem-se aos valores dos ônus das concessões obtidas pela Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte, devidos ao Departamento de Estradas de Rodagem - São Paulo DER/SP pela outorga das concessões, ajustados a valor presente. Os valores dos ônus das concessões são liquidados em 240 parcelas mensais e consecutivas, tendo sido paga a primeira em setembro de 1998 pela Autovias, em junho de 1998 pela Centrovias, em fevereiro de 2000 pela Intervias e em março de 1998 pela Vianorte. Os montantes são reajustados pela mesma fórmula e nas mesmas datas em que o reajustamento for efetivamente aplicado às tarifas de pedágio, com vencimento no último dia útil de cada mês. 31 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Conforme estabelecido nos contratos de concessão, as tarifas de pedágio são reajustadas em julho de cada ano com base na variação do IGP-M ocorrida até 31 de maio. Dessa maneira, o montante da obrigação foi determinado conforme segue: Consolidado Valor presente Valor nominal (*) 2009 2008 2009 2008 Circulante Autovias Direito de outorga Parcela variável (a) 5.561 574 5.510 516 5.709 574 5.658 516 Centrovias Direito de outorga Parcela variável (a) 8.321 570 8.244 506 8.542 570 8.466 506 Intervias Direito de outorga Parcela variável (b) 5.178 718 5.195 657 5.316 718 5.269 657 Vianorte Direito de outorga Parcela variável (a) 33.757 515 55.194 33.445 460 54.533 34.656 515 56.600 34.347 460 55.879 Total (a) Valor variável, correspondente a 3% da receita bruta efetivamente obtida por mês, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. (b) Valor variável, correspondente a 3% da receita de pedágio e 25% das receitas acessórias efetivamente obtidas por mês, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. Consolidado Valor presente Valor nominal (*) 2009 2008 2009 2008 Não circulante Autovias Centrovias Intervias Vianorte Total Direito de outorga Direito de outorga Direito de outorga Direito de outorga 34.604 38.906 43.642 50.197 50.378 56.858 63.171 72.944 36.965 40.821 48.145 54.376 198.629 225.075 247.645 287.114 320.576 361.660 402.603 464.631 (*) Valores inseridos somente como informação adicional. Os montantes de curto e longo prazos da rubrica “Credores pela concessão” são ajustados a valor presente com base nos prazos de vencimento de cada concessão, utilizando a taxa de desconto de 5% ao ano, que representava a taxa de juros média real para transações de longo prazo de títulos de baixo risco na época da transação. 32 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas A quantidade de parcelas a serem pagas em 31 de dezembro de 2009 está assim representada: Parcelas Não Total Circulante circulante a pagar Autovias Centrovias Intervias Vianorte 12 12 12 12 92 89 109 86 104 101 121 98 Os valores pagos no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 ao Poder Concedente pelas concessionárias estão assim representados: Outorga Fixa Variável Autovias Centrovias Intervias Vianorte Total 5.625 8.417 5.238 34.147 53.427 6.335 6.067 8.012 5.640 26.054 Valor pago 11.960 14.484 13.250 39.787 79.481 As concessões de rodovias federais não compreendem pagamentos de concessão, por serem referentes à modalidade de oferta de menor tarifa de pedágio. 20. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS A Sociedade e suas controladas têm reclamações judiciais pendentes de resolução e correspondentes, fundamentalmente, a ações cíveis derivadas de responsabilidade civil em relação aos usuários das rodovias, bem como a processos trabalhistas. A Administração constituiu, com base na opinião de seus advogados, uma provisão para cobrir as perdas que provavelmente possam ocorrer relativas às referidas ações judiciais e estima que a decisão final destas não afetará significativamente o fluxo de caixa, a posição financeira e o resultado das operações da Sociedade e de suas controladas. A movimentação do saldo consolidado das provisões para contingências durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é conforme segue: 2008 Cíveis Trabalhistas Fiscais Depósitos judiciais Total 2.561 1.099 3.660 (165) 3.495 Consolidado Reclassificação Adições Reversões Utilizações Encargos 2009 165 165 2.367 2.323 997 6.687 5.687 (430) (661) (261) (1.352) (1.352) (565) (54) (619) (619) (8) (8) (8) 3.933 2.699 736 7.368 7.368 33 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Do total de R$ 7.368, R$ 7.264 estão registrados no passivo circulante e R$ 104 no passivo não circulante. Adicionalmente, a Sociedade e suas controladas são partes em processos cíveis, trabalhistas e fiscais ainda em andamento, advindos do curso normal de suas operações, classificadas como de risco possível por seus advogados, para os quais não foram constituídas provisões para contingências. Tais processos representam R$ 11.798, R$ 8.073 e R$ 204, respectivamente, em 31 de dezembro de 2009. Os depósitos judiciais classificados no ativo não circulante referem-se a discussões judiciais para as quais não há provisão registrada, em virtude de o respectivo risco ser classificado como possível ou remoto. 21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social em 31 de dezembro de 2009 é de R$ 549.083 e está representado por 68.888.888 ações ordinárias sem valor nominal, conforme demonstrado a seguir: Participes en Brasil S.L. Credit Suisse Hedging Griffo Skopos Adm. de Recursos Ltda. Kendall Develops S.L. Conselho de Administração Outros Total Quantidade de ações subscritas Participação - % 41.333.326 7.705.800 6.522.700 3.444.445 7 9.882.610 68.888.888 60,00 11,20 9,50 5,00 0,00 14,30 100,00 Cada ação ordinária tem direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. b) Reservas de lucros e distribuição de dividendos (controladora) Reserva legal e retenção de lucros O estatuto social da Sociedade prevê que o lucro líquido do exercício, após a destinação da reserva legal, na forma da lei, poderá ser destinado à reserva para contingências, à retenção de lucros prevista em orçamento de capital a ser aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas ou à reserva de lucros a realizar, observado o artigo 198 da Lei nº 6.404/76. Em 31 de dezembro de 2009, foi constituída reserva legal de R$ 8.814, equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, em conformidade com as disposições legais e estatutárias. Os lucros destinados à reserva de retenção, no valor de R$ 125.598, objetivam proporcionar capital de giro à Sociedade, para fazer frente aos investimentos em curso, principalmente nas controladas que detêm concessões de rodovias federais. A Administração irá submeter à aprovação da Assembleia Geral Ordinária, que irá aprovar as demonstrações financeiras, o orçamento de capital contemplando referidos investimentos. 34 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Distribuição de dividendos O estatuto social da Sociedade prevê que esta distribuirá, no mínimo, dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. O cálculo dos dividendos estatutários, correspondentes aos exercícios de 2009 e de 2008, está demonstrado a seguir: 2009 Lucro líquido do exercício Reserva legal de 5% Base de cálculo Dividendos estatutários obrigatórios Total 176.278 (8.814) 167.464 25% 41.866 2008 105.438 (5.272) 100.166 25% 25.041 A Sociedade tem restrições à distribuição de dividendos acima do obrigatório, em virtude das cláusulas restritivas dos contratos de financiamentos, conforme a nota explicativa nº 11. 22. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS A Sociedade provê a seus empregados benefícios de assistência médica, reembolso odontológico e seguro de vida, enquanto permanecem com vínculo empregatício. Tais benefícios são parcialmente custeados pelos empregados de acordo com sua categoria profissional e utilização dos respectivos planos. Esses benefícios são registrados como custos ou despesas quando incorridos. 23. RESULTADO FINANCEIRO Em 2009 e 2008, está representado por: Receitas financeiras: Juros ativos Aplicações financeiras Outras receitas Total Despesas financeiras: Encargos financeiros Atualização monetária do ônus da concessão Outras despesas Total Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 46.917 1.161 56 48.134 15.546 17.197 253 32.996 11.541 6.025 5 17.571 12.185 15.741 906 28.832 (40.881) (31.294) (149.964) (110.710) (12.764) (56.221) (83) (26.052) (6.112) (40.964) (31.294) (188.780) (173.043) 35 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 24. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA a) Caixa e equivalentes de caixa A composição dos saldos de caixa e equivalentes de caixa incluídos nas demonstrações dos fluxos de caixa está demonstrada na nota explicativa nº 5. b) Informações suplementares Controladora 2009 2008 Caixa pago durante o exercício referente a: Juros Imposto de renda e contribuição social 150 Consolidado 2009 2008 7.043 194.745 - 84.419 45.819 44.848 25. RECONCILIAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A reconciliação entre a taxa efetiva e a taxa nominal do imposto de renda e da contribuição social nas demonstrações do resultado referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 é como segue: Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Alíquota vigente Expectativa de despesa de imposto de renda e contribuição social, de acordo com a alíquota vigente Ajustes para a alíquota efetiva: Equivalência patrimonial Ágio advindo de empresa cindida e incorporada amortizado Juros sobre o capital próprio recebidos Amortização do ágio não dedutível (Vianorte) Efeito de eliminações de resultados entre Sociedades registrados líquidos de imposto de renda e contribuição social Crédito sobre prejuízo fiscal e prejuízos fiscais sobre os quais não houve reconhecimento de efeitos diferidos de imposto de renda e contribuição social Outros ajustes Despesa contabilizada Despesas de imposto de renda e contribuição social compostas por: Correntes Diferidos Controladora 2009 2008 Consolidado 2009 2008 179.485 34% 105.438 34% 264.772 34% 167.558 34% (61.025) (35.849) (90.022) (56.970) 63.671 (500) (8.000) - 48.176 (7.376) - (7.468) (2.765) (768) (3.202) 5.944 2.502 (1.440) 7.257 (88.494) (5.918) 2.236 (62.120) (97.430) 8.936 (53.300) (8.820) - 1.385 1.262 (3.207) (3.207) - - (6.249) 1.298 - Os efeitos de determinados itens na reconciliação mencionada, sobre os quais não houve reconhecimento de imposto de renda e contribuição social diferidos, decorrem de situações fiscais específicas de empresas que não atenderam às condições previstas na norma contábil para o respectivo reconhecimento do ativo fiscal diferido. Determinados ajustes de consolidação, referentes à eliminação de lucros não realizados, são registrados líquidos dos efeitos fiscais correspondentes. 36 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Exposição a riscos cambiais Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade e suas controladas não apresentavam saldo relevante de ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira. b) Exposição a riscos de taxas de juros A Sociedade, por meio de suas controladas, está exposta a riscos normais de mercado, relacionados às variações da TJLP e do CDI, relativos a empréstimos em reais. As taxas de juros das aplicações financeiras são vinculadas à variação do CDI. Em 31 de dezembro de 2009, a Administração efetuou análise de sensibilidade considerando um aumento de 25% e de 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de empréstimos e financiamentos, líquidos das aplicações financeiras. Indicadores CDI TJLP Juros a incorrer (*) Cenário I Provável Cenário II (+ 25%) Cenário IV (+ 50%) 8,36% a 8,75% 10,46% a 10,94% 12,55% a 13,13% 6,0% 7,50% 9,0% 124.068 147.629 172.479 (*) Refere-se ao cenário de juros a incorrer para os próximos 12 meses ou até a data do vencimento do contrato, o que for menor. c) Concentração de risco de crédito Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Sociedade e suas controladas a concentrações de risco de crédito e consistem, primariamente, em caixa e bancos, aplicações financeiras, cauções contratuais e contas a receber. A Sociedade e suas controladas mantêm contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de primeira linha aprovadas pela Administração de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito. Em 31 de dezembro de 2009, as suas controladas apresentavam valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. de R$ 57.759, decorrentes de receitas de pedágios arrecadadas pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio (“Sem Parar”), registrados na rubrica “Contas a receber”. Suas controladas possuem uma carta de fiança firmada por instituição financeira classificada como de primeira linha (informação não auditada pelos auditores independentes) para garantir a arrecadação do contas a receber com a CGMP. d) Valor contábil e valor justo dos instrumentos financeiros Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Sociedade e de suas controladas em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 representam o valor justo ou custo amortizado para os empréstimos e financiamentos, uma vez que a natureza e característica das condições contratadas estão refletidas nos saldos contábeis. Os saldos elegíveis são ajustados a valor presente. A Sociedade e suas controladas não detiveram instrumentos financeiros derivativos ou outros instrumentos de riscos semelhantes. 37 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 27. GARANTIAS E SEGUROS (INFORMAÇÃO NÃO REVISADA PELOS AUDITORES INDEPENDENTES) As concessionárias, por força contratual, mantêm regularizadas e atualizadas as garantias que cobrem a execução das funções de ampliação e conservação especial e das funções operacionais, de conservação ordinária da malha rodoviária e do pagamento da parcela fixa do ônus da concessão, quando aplicável. Adicionalmente, as concessionárias mantêm coberturas de seguros para garantir a cobertura de riscos inerentes às suas atividades, inclusive seguros do tipo “todos os riscos” para os danos materiais, cobrindo perda, destruição ou dano dos bens que integram a concessão, de acordo com os padrões internacionais para empreendimentos dessa natureza, nas seguintes modalidades: riscos de construção, projetista, maquinário e equipamentos de obra, danos patrimoniais, avaria de máquinas e perda de receitas. Em 31 de dezembro de 2009, as coberturas de seguros são resumidas como segue: Modalidade Riscos cobertos Limites de indenização Autovias Centrovias Intervias Vianorte Todos os riscos Riscos patrimoniais/perda de receita Responsabilidade civil 165.000 15.100 165.000 22.309 165.000 20.100 165.000 22.021 Garantia Garantia de execução do contrato de concessão 77.795 101.360 120.496 119.252 Modalidade Riscos cobertos Limites de indenização Planalto Fernão Régis Litoral Sul Fluminense Dias Bittencourt Sul Todos os riscos Riscos patrimoniais/perda de receita Responsabilidade civil 165.000 20.100 165.000 165.000 20.510 20.100 165.000 165.000 20.100 20.100 Garantia Garantia de execução do contrato de concessão 38.641 57.190 100.005 106.704 80.697 Além dos seguros anteriormente mencionados, a Sociedade mantém apólice de seguros de responsabilidade civil para os conselheiros, diretores e administradores, com limite de indenização no montante de R$ 58.425. 28. EVENTO SUBSEQUENTE Em 20 de abril de 2010, foi concedida a autorização perante a Comissão de Valores Mobiliários - CVM do registro da distribuição pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, todas nominativas e escriturais, da espécie quirografária, a serem emitidas em duas séries, da primeira emissão da Sociedade (“Oferta” e “Debêntures”, respectivamente), para as controladas Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte (“Concessionárias”). Em 23 de abril de 2010, foram publicados os anúncios de início das distribuições públicas nos termos do artigo 53 da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, contendo informações sobre: (i) as características da Oferta; (ii) os locais para obtenção do prospecto Preliminar da Oferta; (iii) as datas e os locais de divulgação da Oferta; e (iv) as condições, o procedimento e o período da realização do procedimento de “bookbuilding” das controladas da Sociedade, Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte. 38 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas A subscrição dos valores mobiliários objeto da Oferta pública de distribuição somente poderão ser efetuados após: (i) obtenção do registro da oferta na CVM; (ii) publicação do Anúncio de Início de Distribuição; e (iii) disponibilização do Prospecto Definitivo para os investidores. As Concessionárias manterão o mercado e seus acionistas informados sobre o desenvolvimento da Oferta. 29. RESUMO DAS DIFERENÇAS ENTRE AS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NO BRASIL E OS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (“U.S. GAAP”) As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais diferem em certos aspectos significativos dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (“U.S. GAAP”). A seguir está apresentada a reconciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido das diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e para os exercícios findos nessas datas: I. Conciliação das diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP Item Lucro líquido do exercício conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil Critérios diferentes para: Juros capitalizados Depreciação dos juros capitalizados Aquisições de empresas: Reversão da amortização do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil Depreciação dos ajustes de valor justo do imobilizado Amortização dos ajustes de valor justo dos direitos de concessão Reversão do benefício fiscal decorrente de ágio amortizado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil como redução dos direitos de concessão Reversão do ativo diferido Reversão da amortização do diferido Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes Reversão do benefício fiscal decorrente do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil Lucro líquido - U.S. GAAP 176.278 2.034 (5.139) 5.733 (4.961) III.b III.b III.b 10.313 (12.274) (9.529) 21.352 (10.896) (10.873) III.b III.c III.c III.d.(i) (7.266) 8.056 11.537 4.278 (12.227) (158.507) 65.302 III.d.(ii) 4.012 182.300 4.012 4.373 182.300 4.373 182.300 2,6463 68.889 4.373 0,0635 68.889 948.305 813.893 III.a III.a 67.576 (22.182) 65.542 (17.043) III.b III.b III.b III.b III.b III.b (236.889) 132.785 143.916 (50.186) 206.356 (48.781) (236.766) 122.349 143.916 (37.912) 206.356 (39.252) III.b III.c III.c III.d.(i) (48.652) (150.451) 11.537 (37.105) (41.386) (158.507) (41.383) III.d.(ii) (6.019) 910.210 (10.031) 769.776 III.e III.e III.e Patrimônio líquido conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil Critérios diferentes para: Juros capitalizados Depreciação acumulada dos juros capitalizados Aquisições de empresas: Reversão do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil Reversão da amortização do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil Ajuste do valor justo do imobilizado Depreciação acumulada dos ajustes do valor justo do imobilizado Ajuste do valor justo dos direitos de concessão (ativo intangível) Amortização acumulada dos ajustes do valor justo dos direitos de concessão Benefício fiscal do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas como redução dos direitos de concessão Reversão do ativo diferido Reversão da amortização do diferido Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes Reversão do benefício fiscal decorrente do ágio registrado segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil Patrimônio líquido - U.S. GAAP 105.438 III.a III.a Lucro total (“comprehensive income”) - U.S. GAAP Cálculo do lucro por ação básico e diluído: Lucro atribuível aos acionistas ordinários Lucro por ação básico e diluído - R$ Média ponderada de ações ordinárias em circulação durante o exercício (em milhares) Consolidado 2009 2008 39 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas II. Demonstração das mutações do patrimônio líquido segundo os U.S. GAAP Consolidado 2009 2008 Patrimônio líquido segundo os U.S. GAAP no início do exercício Lucro líquido do exercício Dividendos e juros sobre o capital próprio Patrimônio líquido segundo os U.S. GAAP no fim do exercício III. 769.776 182.300 (41.866) 910.210 790.444 4.373 (25.041) 769.776 Descrição das diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP a) Critérios diferentes para a capitalização e amortização de juros capitalizados De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Sociedade não capitalizou certos juros incorridos durante a construção do seu imobilizado. De acordo com os U.S. GAAP, com base no pronunciamento contábil norte-americano - “Statement of Financial Accounting Standards” - SFAS nº 34, “Capitalization of Interest Cost”, os juros incorridos com empréstimos durante o período de construção de bens do ativo imobilizado são capitalizados e acrescentados ao custo desses ativos e amortizados durante a sua vida útil. O crédito é uma redução da despesa de juros. b) Aquisição de empresas De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os ativos e passivos das empresas adquiridas são registrados pelos valores contábeis. O ágio é representado pela diferença entre o preço pago e o valor contábil líquido dos ativos e é amortizado linearmente com base no período estimado a ser beneficiado. De acordo com os U.S. GAAP, com base no SFAS nº 141, “Business Combinations”, o custo relativo à aquisição de uma empresa é atribuído aos ativos adquiridos, inclusive ativos intangíveis identificáveis, e aos passivos assumidos, com base nos respectivos valores justos de mercado estimados na data de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição da empresa e os valores transferidos para os ativos adquiridos e passivos assumidos será registrada como ágio. O ágio não é amortizado e seu valor de realização deve ser avaliado. O teste de realização do ágio é realizado anualmente ou no caso de eventos ou mudanças nas circunstâncias que indiquem uma deterioração do ágio. O SFAS nº 141 estabelece a divulgação das principais razões para a combinação de empresas e a alocação do preço de compra pago aos ativos adquiridos e passivos assumidos pelas principais rubricas do balanço patrimonial. O SFAS nº 141 também estabelece que, quando os valores referentes ao ágio e ativos intangíveis forem relevantes no preço pago pela aquisição, é necessário divulgar outras informações sobre esses ativos, tais como o valor do ágio por segmento e o valor do preço de compra atribuído a cada classe principal de ativo intangível no exercício em que uma aquisição relevante de empresas é completada. 40 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas c) Reversão do ativo diferido Até 31 de dezembro de 2008, as práticas contábeis adotadas no Brasil permitiram o diferimento de despesas pré-operacionais. A partir de 2009, o registro das despesas pré-operacionais foi feito diretamente ao resultado do exercício, nas despesas operacionais, em virtude do determinado pela Medida Provisória nº 449/08, convertida na Lei 11.941/09. Tais despesas pré-operacionais foram incorridas pelas controladas que administram as concessões de rodovias federais até 31 de dezembro de 2008 ou a data de início de suas operações, se esta for anterior. As despesas pré-operacionais serão amortizadas em dez anos a partir do início das operações das controladas. De acordo com os U.S. GAAP essas despesas pré-operacionais não se qualificam para diferimento e, consequentemente, foram lançadas diretamente ao resultado do exercício. d) Impostos diferidos (i) De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP, a Sociedade registra imposto de renda diferido sobre diferenças temporárias entre os livros fiscais e contábeis. O imposto de renda diferido é líquido de provisão por riscos na sua realização, se necessário. (ii) De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Sociedade reconhece o beneficio fiscal de ágio dedutível contabilmente no resultado, conforme a utilização para fins fiscais. Adicionalmente, a Sociedade, registra o imposto de renda diferido sobre benefício do ágio, conforme a diferença do seu tratamento fiscal e contábil. De acordo com os U.S. GAAP, a Sociedade segue o estabelecido pelo SFAS nº 109, “Accounting for Income Taxes”, para reconhecer o beneficio fiscal para ágios dedutíveis fiscalmente. De acordo com o SFAS nº 109, o montante reportado de ágio e sua base fiscal são separados em dois componentes na data de aquisição para cálculo do imposto de renda diferido. O primeiro componente é igual ao menor de: (i) ágio para fins de reporte; ou (ii) ágio dedutível fiscalmente. O segundo componente é igual ao restante, que é: (1) o remanescente, se houver, do ágio para fins de reporte; ou (2) o remanescente, se houver, do ágio dedutível para fins fiscais. O imposto de renda diferido ativo ou passivo é reconhecido para qualquer diferença que venha a acontecer entre o valor para fins de reporte e a base fiscal do primeiro componente em anos subsequentes. O imposto de renda diferido não é reconhecido para o segundo componente. Se o segundo componente é um excesso de ágio dedutível fiscalmente acima do ágio para fins de reporte, o beneficio fiscal para esse excesso é reconhecido quando realizado na declaração de imposto de renda. Esse benefício fiscal é aplicado primeiro para reduzir o ágio para fins de reporte relacionado com a aquisição até zero; segundo para reduzir o valor de outros ativos intangíveis relacionados com a aquisição até zero; e terceiro para reduzir despesas de imposto de renda. Como a Sociedade não tem nenhum ágio registrado segundo os U.S. GAAP para as aquisições efetuadas, o beneficio fiscal do ágio dedutível contabilmente, conforme utilização fiscal, foi aplicado para reduzir o ativo intangível (direitos de concessão) relacionado com as respectivas aquisições. Adicionalmente, de acordo com o U.S. GAAP, a Sociedade reverteu o imposto de renda diferido constituído sobre o ágio, registrado como imposto de renda diferido ativo conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil. 41 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas e) Lucro por ação O cálculo do lucro por ação de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil é baseado nas ações em circulação no fim de cada exercício e não é ajustado retroativamente para refletir os efeitos de bonificações ou agrupamentos de ações. De acordo com os U.S. GAAP, o lucro por ação é calculado com base na média ponderada do número de ações em circulação durante o exercício, apresentando efeito retroativo para bonificações ou agrupamentos de ações. O cálculo do lucro por ação de acordo com os U.S. GAAP é demonstrado com a conciliação no lucro líquido entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP. A Sociedade não tem títulos potencialmente diluíveis. Consolidado 2009 2008 Lucro líquido - U.S. GAAP 182.300 4.373 Média ponderada de mil ações ordinárias em circulação durante o exercício 68.889 68.889 Lucro por ação básico e diluído - R$ 2,6463 0,0635 f) Depósitos judiciais De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, o saldo de depósitos judiciais é apresentado como redutor da conta “Provisão para contingências”, no passivo não circulante. De acordo com os U.S. GAAP, os depósitos judiciais e a provisão para contingências são registrados pelo montante bruto. Consequentemente, no U.S. GAAP o ativo não circulante e o passivo circulante seriam acrescidos de R$165 em 31 de dezembro de 2008. Essa diferença de prática contábil não tem efeito no resultado nem no patrimônio líquido. IV. Divulgações complementares exigidas de acordo com os U.S. GAAP a) Deterioração de ativos de vida longa Para fins de U.S. GAAP, a partir de 1º de janeiro de 2002, a Sociedade adotou o SFAS nº 144, “Accounting for the Impairment of Long-lived Assets”. De acordo com esse Pronunciamento, a Sociedade avalia periodicamente o valor contábil de seus ativos de vida longa mantidos, e em uso, quando os eventos e as circunstâncias justificam essa revisão. O valor contábil dos ativos de vida longa é considerado deteriorado quando os fluxos de caixa não descontados esperados de tais ativos são inferiores ao valor contábil dos ativos. Nesse caso, reconhece-se uma perda com base no valor pelo qual o valor contábil excede o valor justo de mercado dos ativos. Não foram contabilizadas deteriorações nos exercícios apresentados. 42 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas b) Movimentação no número de ações O número de ações ordinárias emitidas e em circulação nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 é de 68.889 mil. c) Ativos intangíveis sujeitos à amortização Os ativos intangíveis da Sociedade sujeitos à amortização de acordo com os U.S. GAAP compreendem os direitos de concessão adquiridos através de aquisições de empresas. Consolidado 2009 2008 Valores registrados de acordo com os U.S. GAAP: Custo Amortização acumulada Líquido 509.643 (168.513) 341.130 516.909 (131.997) 384.912 Valores líquidos registrados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil 232.207 259.194 Diferenças líquidas entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e os U.S. GAAP 108.923 125.718 15,1 15,2 Média ponderada - período de amortização (anos) - U.S. GAAP De acordo com os U.S. GAAP, a despesa de amortização dos ativos intangíveis mencionados totalizou R$36.516 e R$37.409 para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, respectivamente. A despesa de amortização estimada desses ativos intangíveis de acordo com os U.S. GAAP para os próximos cinco anos é conforme segue: 2010 2011 2012 2013 2014 Após 2014 Total 36.516 36.516 36.516 36.516 36.516 158.551 341.131 d) Pronunciamentos contábeis recentes Em junho de 2009, o FASB emitiu o FAS 166, Contabilização de Transferências de Ativos Financeiros (FAS 166). O FAS 166 altera o FAS 140, Contabilização de Transferências e Transações com Ativos Financeiros e Extinção de Passivos, e exigirá mais informações sobre a transferência de ativos financeiros, incluindo transações de securitização, e divulgações mais detalhadas quando as empresas tiverem exposição contínua a riscos relacionados aos ativos financeiros transferidos. Além disso, o FAS 166 elimina o conceito de Sociedade de Propósito Específico. O FAS 166 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010 para empresas que preparam demonstrações financeiras anualmente. Com a adoção do FAS 166, os Compromissos de Compra e Venda de Créditos serão contabilizados como transações de empréstimos garantidos na data-base de 1º de janeiro de 2010. Em janeiro de 2010, o FASB atualizou o ASC 860, Transferências e Transações Contabilização de Transferências de Ativos Financeiros, para incorporar o FAS 166. A Sociedade está avaliando as disposições dessa orientação, mas não prevê um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas. 43 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Em junho de 2009, o FASB emitiu o FAS 167, Alterações na Interpretação 46(R) do FASB (FAS 167). O FAS 167 altera a Interpretação FASB 46(R), Consolidação de Entidades com Participações Variáveis e altera a orientação para consolidação de entidades com participações variáveis. Além disso, o FAS 167 exigirá divulgações adicionais sobre o envolvimento com entidades com participações variáveis e mudanças significativas na exposição ao risco em razão desse envolvimento. O FAS 167 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010 para empresas que preparam demonstrações financeiras anualmente. Em janeiro de 2010, o FASB atualizou o ASC Tópico 810 “Consolidações - Aprimoramentos à Preparação de Demonstrações Financeiras por Empresas Envolvidas com Entidades com Participações Variáveis”, para incorporar o FAS 167. A Companhia está avaliando as disposições dessa orientação, mas não prevê um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas. Em setembro de 2009, o FASB emitiu a ASU 2009-13, Contratos de Receita com Elementos Múltiplos, que altera a orientação para contratos de elementos múltiplos de acordo o ASC 605, Reconhecimento da Receita. Essa orientação altera os critérios para a segregação da remuneração por produtos ou serviços em contratos de elementos múltiplos. Essa orientação estabelece uma hierarquia de preços de venda para determinar o preço de venda de um elemento, elimina o método residual de alocação e exige que, para todos os elementos, a remuneração prevista no contrato seja alocada no início de sua vigência usando o método “preço de venda relativo”. Além disso, essa orientação amplia significativamente o nível de detalhamento exigido na divulgação de contratos de receita advinda de elementos múltiplos do fornecedor. Essa orientação vigora prospectivamente para contratos de receita celebrados ou modificados substancialmente nos anos fiscais com início a partir de 15 de junho de 2010 (ano civil 2011). A Companhia está avaliando as disposições dessa orientação, mas não prevê um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas. 2009-1330 44 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REFERENTE AO EXERCÍCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 É com muita satisfação que apresentamos aos Senhores Acionistas o Relatório de Administração da Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009. 1. CONTEXTO DOS NEGÓCIOS E ATIVIDADES NOSSAS ATIVIDADES A OHL Brasil é a maior operadora de rodovias no país em quilômetros administrados, com 3.226 km localizados no principal eixo econômico do país e que possui elevada densidade demográfica. Antes dos Leilões de Rodovias Federais promovidos em outubro de 2007 pela ANTT, a OHL Brasil detinha 100% do capital de 4 concessionárias (Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte: “Concessionárias Paulistas”), todas localizadas no Estado de São Paulo, numa extensão de 1.147 km e com prazos remanescentes de concessão entre 8 e 18 anos. Com a vitória em todos os 5 leilões em que participou, dos 7 lotes leiloados, passou a administrar ao todo 9 concessões de rodovias no Brasil, correspondendo a aproximadamente 22% do total de quilômetros sob concessão no país, no final de 2009. Atualmente o prazo médio de sua carteira de concessões é de 17 anos e meio. Além das concessionárias, a OHL Brasil detém 100% da SPR - Sociedade para Participações em Rodovias S.A.; 100% das empresas Latina Manutenção de Rodovias Ltda., Latina Sinalização de Rodovias Ltda.e Paulista Infra-Estrutura Ltda, sociedades para fiscalização, gerenciamento de obras e manutenção de rodovias; e 4,68% da STP – Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A., sociedade que tem o propósito de desenvolver negócios relacionados com o sistema de cobrança eletrônica de pedágio, em âmbito nacional. A estratégia de crescimento da OHL Brasil baseia-se na participação em processos de licitação de novas concessões de infra-estrutura na área de transportes, a participação em processos de PPP (Parcerias Público-Privadas), assim como a possibilidade de aquisição de outras concessionárias já existentes. MERCADO DE CONCESSÕES Os programas de concessões de rodovias iniciaram-se a partir de 1994, quando os governos federal, estaduais e municipais incluíram a participação da iniciativa privada no esforço de recuperação e reaparelhamento das malhas rodoviárias sobe suas responsabilidades, bem como na promoção de suas expansões e melhorias. Os investimentos em modernização e ampliação da malha rodoviária abrangida por estes programas são realizados com recursos provindos da cobrança de pedágios e de financiamentos de longo prazo - Project Finance - concedidos por bancos de fomento e bancos comerciais nacionais e estrangeiros, conjuntamente com aportes de capital realizados pelos acionistas das concessionárias. Atualmente no Brasil existem 52 concessões rodoviárias entre estaduais, federais, municipais e PPP’s, com aproximadamente 15.244 km administrados pela iniciativa privada. Segundo o Relatório Anual da ABCR, para o ano de 2008, 768 milhões de veículos foram pedagiados, sendo 532 milhões de veículos leves e 190 milhões de veículos pesados. O total de investimentos realizados pelas concessionárias de rodovias foi de R$10 bilhões e R$3 bilhões foram pagos ao Poder Concedente pelas concessionárias. De 2002 até 2008, segundo o Relatório Anual da ABCR do ano de 2008, 2.054 Km de pistas novas foram construídas, 23.253 Km de pistas foram recapeadas, 347.417 m² de pontes e viadutos foram construídos e 1.328.109 m² de pontes e viadutos foram reformados. Processos de concessão realizados recentemente Com o objetivo de continuar desenvolvendo a logística e a infra-estrutura de transportes nacional, de modo a viabilizar o escoamento da safra brasileira e o transporte de sua produção industrial, o Ministério dos Transportes, em 9 de outubro de 2007 realizou um leilão através da ANTT, concedendo sete lotes de rodovias federais que compõem a 2ª Etapa do Programa Federal - Fase I de Concessões Rodoviárias a serem explorados e administrados pela iniciativa privada durante 25 anos. Em 21 de janeiro de 2009 foi concedido por um período de 25 anos, um lote de rodovias federais no Estado da Bahia que compõem a 2ª Etapa do Programa Federal - Fase II de Concessões Rodoviárias, abrangendo 680,6 Km. A 2ª Etapa do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo teve início em 2008, sendo que o critério de escolha das concessionárias foi o menor valor de tarifa básica de pedágio ofertada, resultando em deságios de até 61% sobre os valores tetos estipulados, segundo dados da ARTESP. O modelo adotado foi o de concessão onerosa pelo prazo de 30 anos, prevendo outorgas fixas para as concessionárias explorarem os trechos ao longo desse período. Conforme dados da ARTESP, os cinco lotes rodoviários licitados em outubro de 2008 compreendem 1.715 km de rodovias. Também em 2008, o trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas foi concedido à iniciativa privada. Para essa concessão o Governo do Estado de São Paulo estipulou uma outorga fixa de R$2 bilhões. A extensão do trecho é de 32 km e a concessão tem o prazo de 30 anos. A tabela a seguir mostra o estágio atual das concessões rodoviárias brasileiras existentes: Programa Federal de Concessões Nº de contratos Quilômetros Prazo (anos) 1º Etapa .......................................... 6 1.482 15/25 2º Etapa – Fase I.............................. 7 2.601 25 2º Etapa - Fase II.............................. 1 681 25 Total Federal ................................. 14 4.764 Programas Estaduais de Concessões Nº de contratos Quilômetros Prazo (anos) Estado da Bahia............................... 1 217 25 Estado do Espírito Santo.................. 1 68 25 Estado de São Paulo......................... 18 5.315 20/30 Estado do Rio Grande do Sul........... 7 1.729 15 Estado do Paraná.............................. 6 2.549 24 Estado do Rio de Janeiro................. 2 200 25 Total Estadual ................................. 35 10.078 Programa Municipal de Concessões Nº de contratos Quilômetros Prazo (anos) Rio de Janeiro................................ 1 25 Total Municipal.............................. 1 25 25 Parcerias Público-Privada Nº de contratos Quilômetros Prazo (anos) Estado de Minas Gerais.................... 1 371 25 Estado de Pernambuco..................... 1 6 33 Total PPP......................................... 2 377 Total................................................. 52 15.244 Fonte: ABCR, ARTESP e ANTT A crescente participação da iniciativa privada no financiamento de projetos de infraestrutura é uma realidade derivada da limitação orçamentária e de endividamento do poder público para atender à crescente demanda por investimentos nesse setor. A Companhia acredita que, no caso brasileiro, de modo a acompanhar o crescimento econômico, há necessidade de melhoria das vias de transporte, o que gerará grandes oportunidades para a participação da iniciativa privada neste processo, sobretudo no setor de rodovias. O Governo Federal e os Estados de São Paulo e Minas Gerais anunciaram publicamente novos processos licitatórios de concessões rodoviárias. Deste modo, aproximadamente 10 mil km poderão ser licitados em breve. 2. CONJUNTURA ECONÔMICA A Companhia é diretamente afetada pelas condições econômicas gerais do Brasil e a evolução de seus negócios está geralmente relacionada com a evolução da economia, em especial com as taxas de inflação, taxas de juros, políticas governamentais, flutuações do câmbio, políticas tributárias e variações do produto interno bruto. Nos últimos 14 anos, desde o início do Plano Real, o Brasil evoluiu para um quadro de estabilidade econômica acompanhado pelo crescimento gradual e sustentado da economia. Após a ligeira estagnação de 1999, quando o PIB brasileiro cresceu apenas 0,3%, de 2000 a 2008 houve uma expansão anual média de 3,7% do PIB brasileiro. Esse fato é explicado, em especial, pelo bom desempenho das exportações, pelo aquecimento da demanda interna e pelo aumento dos investimentos nos últimos 5 anos, que passaram de 15,4% em relação ao total do PIB, em 2003, para 19,6% em relação ao total do PIB, em 2008. Nos anos de 2007 e 2008, o PIB brasileiro apresentou expressivo crescimento, respectivamente, de 5,7% e 5,1%, conforme dados do IBGE. Ao mesmo tempo, os índices inflacionários apresentaram significativo aumento, sendo que o IPCA medido pelo IBGE saltou de 4,46%, em 2007, para 5,90%, em 2008, e o IGP-M apurado pela FGV, subiu de 7,75% para 9,81% no mesmo período. Em razão disso, houve um discreto aperto da política monetária, quando a taxa SELIC passou de 13,25% no início de 2007 para 13,75% no final de 2008. Por sua vez, entre 2007 e 2008, o mercado de trabalho brasileiro apresentou recuperação, segundo pesquisa do IBGE, com elevação da população ocupada de 20,4 milhões para 21,1 milhões, com redução da taxa de desemprego de 9,3% para 7,9% e do aumento do rendimento médio real dos trabalhadores de R$1.258,00 para R$1.301,00 no mesmo período. No quarto trimestre de 2008, houve uma piora da economia mundial em decorrência da crise financeira internacional. Três variáveis econômicas exemplificam bem tal deterioração: (i) a taxa de câmbio medida pela relação R$/US$ que, em agosto de 2008, estava em torno de R$1,61 depreciou fortemente para R$2,33 (+ 44,7%) no final de 2008; (ii) a produção industrial medida pelo IBGE que, na comparação do 4º trimestre de 2008 com o mesmo trimestre de 2007, recuou 6,2%, após crescimentos superiores a 6% nos 3 trimestres anteriores, e (iii) o risco país medido pelo EMBI (Emerging Market Bond Índex) do JPMorgan saltou de 221 pb no final de 2007 para 428 pb no encerramento de 2008. Como reflexo, o ano de 2009 iniciou-se com baixa expectativa em relação à atividade econômica brasileira. Frente aos primeiros nove meses de 2008, a produção industrial brasileira registrou, de janeiro a setembro de 2009, recuo de 11,6% como resultado de desempenhos negativos em 23 de 27 atividades industriais brasileiras e de 62 de 76 subsetores industriais brasileiros pesquisados pelo IBGE. O PIB brasileiro acumulado de janeiro a setembro de 2009 teve queda de 1,7% em relação à igual período de 2008, sendo que as atividades de indústria recuaram 8,6%, as de agropecuária recuaram 5,3% e os serviços cresceram 1,9%. Entretanto, com o arrefecimento da tensão sobre o mercado financeiro mundial, adicionalmente as políticas econômicas adotadas pelas principais economias mundiais, incluindo o Brasil, a maioria dos indicadores macroeconômicos apresentou sinais de recuperação a partir de meados do ano de 2009, apesar da expectativa dos agentes econômicos, conforme Relatório de Mercado do BACEN, de 11 de dezembro de 2009, apontarem queda de 0,26% no PIB e de recuo de 7,65% na produção industrial brasileira. A taxa de juros SELIC iniciou 2009 em 13,75% e encerrou o mesmo ano em 8,75%. Já a inflação medida pelo IPCA desacelerou de 5,90% em 2008 para 4,31% em 2009, com IGPM apurado pela FGV apresentando deflação de 1,72% em 2009 frente à alta de 9,81% em 2008. Como consequência do melhor ambiente macroeconômico, as previsões do Relatório de Mercado do BACEN, de 11 de dezembro de 2009, indicam que o PIB brasileiro deverá crescer 5,03% em 2010 e que a produção industrial brasileira poderá avançar 7%, além de relativa estabilidade das taxas de inflação e câmbio. 3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO De acordo com o Estatuto Social da OHL Brasil, o Conselho de Administração é composto de, no mínimo 5 membros e, no máximo 7 membros. O número dos membros do Conselho de Administração é definido nas assembléias gerais de acionistas pelo voto majoritário dos titulares das ações ordinárias. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada conselheiro deve ser titular de, pelo menos, uma ação de emissão da Companhia. Em 2009 foram realizadas 17 reuniões do conselho de administração. CONSELHO FISCAL O Estatuto Social da OHL Brasil estabelece que o Conselho Fiscal não é permanente e, sempre que instalado, será constituído por 3 membros e suplentes em igual número. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal poderá ser instalado pela Assembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo 10% das ações ordinárias, com mandato até a primeira Assembléia Geral Ordinária seguinte à sua instalação, sendo que este mesmo percentual das ações tem direito de eleger separadamente um membro do Conselho Fiscal. Instalado desde a AGO realizada em 29/04/2008, foram realizadas 5 reuniões do conselho fiscal em 2009. 4. DESTAQUES DE 2009 Os principais destaques na evolução dos nossos negócios no ano de 2009 estão relacionados com a evolução de tráfego, que derivou do desempenho da atividade econômica e da implantação das praças de pedágio nas concessões federais, e com a obtenção de financiamentos para complementar o fluxo de recursos em atendimento aos compromissos de execução dos investimentos em nossas concessões. O tráfego pedagiado em nossas concessionárias estaduais apresentou em 2009 uma redução de 0,6% em relação ao ano de 2008 em virtude da desaceleração da atividade econômica brasileira, resultante da crise financeira mundial iniciada em outubro de 2008. Apesar desta redução, constatamos que a evolução do trafego pedagiado trimestre a trimestre apresentou melhoras constantes, sendo as variações, -3,3%, -2,7%, -1,7% e +5,1%, no primeiro trimestre, segundo trimestre, terceiro trimestre e quarto trimestre, respectivamente, em comparação aos mesmos períodos do ano anterior. No contexto das concessões federais entraram em operação 23 praças de pedágios durante o ano de 2009, que somadas as 5 que já haviam sido abertas até 31 de dezembro de 2008, totalizaram 28 praças de pedágio em funcionamento em 31 de dezembro de 2009. Em relação ao fluxo de recursos necessários para fazer frente aos investimentos nas concessões federais, em janeiro de 2009, foram emitidas Notas Promissórias em nome das 5 concessionárias federais, no valor de R$400 milhões, com vencimento de 180 dias. Estas Notas Promissórias foram quitadas com os recursos provenientes dos empréstimos-ponte realizados junto ao BNDES. Em abril e julho de 2009 foram aprovadas junto ao BNDES linhas de crédito-ponte, com prazo de 18 meses, no valor total de R$ 1 bilhão, em nossas concessionárias federais, divididos da seguinte forma: R$ 331,8 milhões para a Autopista Régis Bittencourt S.A., R$204 milhões para a Autopista Fernão Dias S.A., R$220,6 milhões para a Autopista Litoral Sul S.A., R$ 144 milhões para a Autopista Fluminense S.A. e R$ 97,6 milhões para a Autopista Planalto Sul S.A. Até 31 de dezembro de 2009 haviam sido desembolsados R$ 783,3 milhões. Adicionalmente, em 30 de novembro de 2009, houve o refinanciamento, através da emissão de Notas Promissórias pelo prazo de 150 dias, dos R$670 milhões de CCBs emitidos em 18 de julho de 2008 nas concessionárias estaduais Autovias, Centrovias e Intervias. 5. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ASPECTOS GERAIS Em 2009, a Companhia obteve uma receita líquida de R$1.189,0 milhões, um EBITDA de R$677,0 milhões e um lucro líquido de R$176,2 milhões, contra R$725,0 milhões, R$523,9 milhões e R$105,6 milhões em 2008, respectivamente. Estes valores representaram variações de +64,0%, +29,2% e +67,3%, respectivamente. TRÁFEGO e TARIFA Veículos Equivalentes 2009 2008 Var% Ano/Ano Autovias 37.653.446 37.985.692 Centrovias 22.523.774 22.224.692 1,3% Intervias 51.628.066 51.816.703 -0,4% Vianorte -0,9% 28.545.634 29.126.967 -2,0% Total Estaduais: 140.350.920 141.154.054 -0,6% Planalto Sul 22.477.508 128.096 Fluminense 27.081.364 Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul - n.r. n.d. 86.526.228 638.639 n.r. 102.048.021 230.922 n.r. 67.969.091 - n.d. Total Federais: 306.102.212 997.657 n.r. Total: 446.453.132 142.151.711 214,1% Concessões Estaduais: Em 2009 o tráfego pedagiado de veículos equivalentes acumulado das concessionárias estaduais foi de 140,4 milhões, apresentando uma queda de 0,6% em relação ao ano de 2008. Este decréscimo é reflexo da desaceleração da atividade econômica brasileira, iniciada em outubro de 2008 como consequência da crise mundial. De acordo com o previsto nos contratos de concessão das concessionárias paulistas, em 1º de julho de 2009 as tarifas de pedágio foram reajustadas em 3,64% conforme a variação acumulada do IGP-M entre junho/2008 e maio/2009. Tarifa Média (em R$ / veic. Equiv.) Var% Ano/Ano 2009 2008 Autovias 5,61 5,23 7,3% Centrovias 8,98 8,27 8,6% Intervias 4,62 4,30 7,4% Vianorte 6,60 6,13 7,7% 5,99 5,56 7,7% Total Estaduais: Concessões Federais: O tráfego pedagiado acumulado nas concessionárias federais no ano de 2009 foi de 306,1 milhões de veículos equivalentes. Este volume deve se a operação integral de 5 praças de pedágio durante todo o ano de 2009 e a entrada em operação de 23 novas praças de pedágio ao longo de 2009. A única praça que ainda não entrou em funcionamento é a Praça de Pedágio 1 da Autopista Fernão Dias, localizada no Km 065+700 da BR-381. A Companhia estima que a praça de pedágio entre em operação no 2º trimestre de 2010. De acordo com o previsto nos contratos de concessão federais, a tarifa básica de pedágio da concessionária Planalto Sul foi reajustada para R$ 2,90 em 19 de dezembro de 2009, considerando o critério de arredondamento na primeira casa decimal e a variação do IPCA entre dezembro de 2008 e novembro de 2009 (+4,22%). As tarifas de pedágio das concessionárias Fernão Dias e Régis Bittencourt não sofreram alterações devido aos critérios de arredondamento da tarifa básica dos contratos de concessões. Tarifa Média (em R$ / veic. Equiv.) 2009 2008 Var% Ano/Ano Planalto Sul 2,71 2,70 0,4% Fluminense 2,50 - Fernão Dias 1,10 1,10 0,0% Régis Bittencourt 1,50 1,50 0,0% Litoral Sul 1,10 - n.d. 1,48 1,40 5,7% Total Federais: n.d. RECEITAS No ano de 2009 a OHL Brasil obteve uma receita bruta de R$1.301,7 milhões, apresentando crescimento de 64,0% contra o ano de 2008. Esta evolução deve-se principalmente ao início da cobrança de pedágio nas concessionárias federais e também ao desempenho das concessionárias estaduais, que apresentaram crescimento de 7,2% na receita bruta de pedágio, conseqüência do aumento médio de 7,7% na tarifa de pedágio e da redução de 0,6% no tráfego de veículos equivalentes pedagiados no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009. Receita Bruta (R$ mil) 2009 2008 Var% Ano/Ano Autovias 211.077 198.823 6,2% Centrovias 202.333 183.790 10,1% Intervias 238.619 223.041 7,0% Vianorte 188.510 178.465 5,6% 840.539 784.119 7,2% Total Estaduais: Planalto Sul 60.854 346 n.r. Fluminense 67.703 - n.d. Fernão Dias 95.179 703 n.r. 153.072 Régis Bittencourt Litoral Sul Total Federais: Receitas Acessórias: Total: 346 n.r. 74.766 - n.d. 451.574 1.395 n.r. 9.664 8.459 14,2% 1.301.777 793.973 64,0% Deduções dos Serv. Prestados Var% Ano/Ano 2009 2008 Autovias (18.468) (17.399) 6,1% Centrovias (17.771) (16.149) 10,0% Intervias (21.080) (19.718) 6,9% Vianorte (16.514) (15.617) 5,7% Total Estaduais: (73.833) (68.883) 7,2% Planalto Sul (5.159) (27) n.r. Fluminense (6.514) - n.d. (7.907) (53) n.r. (13.272) (28) n.r. - n.d. Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total Federais: Total: Participação % na Receita Bruta (R$ mil) (6.083) (38.935) (108) n.r. (112.768) (68.991) 63,5% -8,7% -8,7% Os tributos incidentes sobre nossa receita bruta registraram aumento em linha com o crescimento da receita, mantendo a relação Deduções/Receita Bruta em torno de 8,7%. Deste modo, nossa Receita Líquida cresceu 64,0% em relação a 2008, totalizando R$ 1.189,0 milhões. Receita Líq. de Serviços (R$ mil) 2009 2008 Var% Ano/Ano Autovias 194.585 183.092 6,3% Centrovias 186.635 169.629 10,0% Intervias 221.087 206.815 6,9% Vianorte 173.315 164.159 5,6% 775.622 723.695 7,2% Planalto Sul 55.695 319 n.r. Fluminense 61.189 - n.d. 87.388 650 n.r. 139.800 318 n.r. Total Estaduais: Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total Federais: Total: 69.315 - n.d. 413.387 1.287 n.r. 1.189.009 724.982 64,0% CUSTOS TOTAIS Os custos totais (custos dos serviços prestados, somados as despesas gerais e administrativas, remuneração da administração, tributárias e outras receitas operacionais) cresceram 88,4%, ou R$356,9 milhões, em relação ao ano de 2008. Segue tabela demonstrando composição de nossos custos totais: Custos e Despesas Totais* (R$ mil) 2009 2008 Var% Ano/Ano Pessoal (124.947) (63.136) 97,9% Serviços de Terc., Conserv. Rotina e Outros (355.025) (110.656) 220,8% Depreciação e Amortização (221.493) (175.501) 26,2% Amortização do Ônus Fixo (26.987) (26.988) 0,0% Ônus Variável (26.292) (24.555) 7,1% (5.775) (2.772) 108,3% (760.519) (403.608) 88,4% Tributárias Custo e Despesas Operacionais * Inclui despesas gerais e administrativas, tributárias e outras receitas e despesas operacionais. O aumento de R$ 356,9 milhões nos custos totais da companhia ocorreu devido aos seguintes fatores: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) R$61,8 milhões resultaram do aumento de custo com “Pessoal” em razão do crescimento do quadro de empregados basicamente em função do início das operações das concessionárias federais, e do dissídio coletivo de 4% ocorrido no mês de março de 2009. Desconsiderando os custos com “Pessoal” das concessionárias federais, o crescimento teria sido de R$2,5 milhões ou 3,9%, como conseqüência principalmente da correção salarial do período; Aumento de R$244,4 milhões com custos e despesas de serviços profissionais, de serviços de terceiros e principalmente de conserva de rotina nas concessionárias federais que compreendem serviços como: manutenção do pavimento e da sinalização horizontal e vertical das rodovias, cortes de capina, manutenção de cercas e limpeza de defensas metálicas. Desconsiderando estes custos relativos às concessionárias federais, o crescimento teria sido de R$6,3 milhões ou 5,7%, como conseqüência dos reajuste dos contratos de prestação de serviços, e em função do aumento de provisões com contingências cíveis e trabalhistas; R$46,0 milhões resultaram do início da amortização de despesas pré-operacionais de 2008 das concessionárias federais e da finalização de investimentos e conseqüente início de depreciação de diversas obras executadas ao longo de 2009, principalmente nas concessionárias federais; R$1,7 milhões resultaram do aumento do custo com “Ônus Variável”, em função do crescimento da receita bruta de nossas concessionárias estaduais; Aumento de R$3,0 milhões em nossas despesas “Tributárias” em função do parcelamento de débitos PIS/COFINS, na concessionária Vianorte; Cabe ressaltar que a partir de 01/01/2009, a contabilização de todos os custos e despesas (operacionais e pré-operacionais) do período passou a ser registrado diretamente no resultado das companhias. Com a introdução da MP-449/08 a partir de janeiro de 2009, houve a extinção das despesas diferidas, incluindo os custos e despesas pré-operacionais. Até 31/12/2008, os custos e despesas pré-operacionais das concessões federais foram diferidos. EBITDA Em 2009, a companhia apresentou um EBITDA de R$677 milhões, com um crescimento de 29,2% em relação ao exercício de 2008. A margem EBITDA passou de 72,3% no exercício de 2008 para 56,9% no exercício de 2009, como conseqüência da entrada em operação das concessões federais, que apresentam menores margens de operação, quando comparadas com as concessões estaduais paulistas. A tabela a seguir apresenta os cálculos do EBITDA: EBITDA (R$ mil) Receita Líquida de Serviços Custos e Despesas Operacionais Custos Operacionais (Ex. Amort. e Deprec.) 2009 1.189.009 2008 Var% Ano/Ano 724.982 64,0% (512.039) (201.119) 154,6% (345.347) (118.339) 191,8% Depesas com Poder Concedente (59.971) (24.555) 144,2% Despesas Gerais e Adm. (Ex. Amort.) (94.726) (50.325) 88,2% Remuneração Adm. (9.639) (7.812) 23,4% Tributárias (5.775) (2.772) 108,3% 3.419 2.684 27,4% 676.970 523.863 29,2% 56,9% 72,3% Outras Receitas/ Despesas Operacionais EBITDA % EBITDA S/ Rec. Líquida RESULTADO FINANCEIRO O resultado financeiro líquido da Companhia passou de R$144,4 milhões em 2008 para R$155,6 milhões em 2009, representando um aumento de 7,7%. A tabela abaixo mostra a composição do resultado das receitas e despesas financeiras para os exercícios de 2009 e 2008: Resultado Financeiro (R$ mil) 2009 2008 Var% Ano/Ano Receitas Financeiras 32.996 28.832 Despesas Financeiras (188.780) (173.043) 9,1% (35.949) (21.078) 70,6% (140.067) (95.744) 46,3% (12.764) (56.221) -77,3% BNDES Outras Despesas Financeiras Atualização Monetária do Ônus Fixo Variação Cambial Líquida Resultado Financeiro Líquido % Receita Líquida 199 14,4% (186) n.r. (155.585) (144.397) 7,7% -13,1% -19,9% O crescimento de R$11,2 milhões no resultado financeiro líquido da Companhia deve-se aos seguintes fatores: (i) Aumento de R$4,1 milhões nas receitas financeiras consolidadas, resultante do aumento do saldo de caixa do período e das taxas de remuneração das aplicações financeiras; (ii) (iii) (iv) (v) Aumento de R$14,8 milhões em despesas financeiras com o BNDES devido ao empréstimo-ponte concedido às concessionárias federais; Aumento de R$44,3 milhões em “Outras Despesas Financeiras”, em virtude, principalmente, de despesas com juros e comissões referentes a emissão de notas promissórias pelas concessionárias federais no valor de R$400,0 milhões, que foram pagas entre Junho e Agosto de 2009; Redução de R$43,5 milhões na despesa com “Atualização Monetária do Ônus Fixo” devido variação negativa do IGP-M em 2009 (-1,7%), enquanto em 2008 o IGP-M apresentou uma variação de 9,8%; e Aumento de R$ 385,0 mil nas despesas com variação cambial. LUCRO LÍQUIDO No ano de 2009, o Lucro Líquido foi de R$176,3 milhões, representando um crescimento de 67,3% em relação ao ano anterior. Os principais fatores que ocasionaram o crescimento do Lucro Líquido no período foram: (i) início da cobrança de pedágio nas concessionárias federais; e (ii) ao reajuste contratual das tarifas de pedágio (+3,64%) em 01/07/2009 em nossas concessões estaduais. Lucro Líquido (R$ milhões) +67,3% 176,3 105,4 2009 2008 INVESTIMENTOS Os investimentos em 2009 totalizaram R$786,9 milhões. Abaixo apresentamos a composição dos investimentos realizados no acumulado de 2009: Investimentos Fluxo de Caixa (R$ mil) 2009 % Autovias 37.282 4,7% Centrovias 29.392 3,7% Intervias 40.661 5,2% Vianorte 28.824 3,7% Estaduais 136.159 17,3% Planalto Sul 65.412 8,3% Fluminense 98.456 12,5% Fernão Dias 182.193 23,2% Régis Bittencourt 199.381 25,3% Litoral Sul 137.553 17,5% Federais 682.995 86,8% Outros* (32.260) -4,1% Total Concessionárias 786.894 100,0% * Outros investimentos e ajustes para consolidação Concessões Estaduais: Foram investidos em nossas concessionárias estaduais ao longo do ano de 2009 R$136,2 milhões. As principais obras realizadas em 2009 foram: (i) (ii) (iii) Conserva especial da rodovia; Investimento em equipamentos, veículos e sistema; e Dispositivo de entroncamento e execução de passarelas. Atualizamos nossas projeções de investimentos que serão direcionados para cumprir com nossas obrigações decorrentes dos contratos de concessão estaduais no decorrer dos próximos cinco anos. Com isso, estimamos investir R$182 milhões em 2010 e R$416 milhões entre 2011 e 2014. Concessões Federais: Ao longo do ano de 2009 foram investidos cerca de R$683,1 milhões em nossas concessionárias federais. Dentre as principais obras realizadas estão: (i) (ii) (iii) (iv) Execução dos trabalhos de recuperação das rodovias, tais como recuperação dos pavimentos, obras de arte especiais e elementos de proteção e segurança; Implantação de postos de fiscalização, Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU’s), sedes e Centro de Controle de Operações (CCO’s), Construção das praças de pedágio e execução de passarelas; e Correção de traçado em alguns trechos. Atualizamos nossas projeções de investimentos que serão direcionados para cumprir com nossas obrigações decorrentes dos contratos de concessão federais no decorrer dos próximos cinco anos. Com isso, estimamos investir R$880 milhões em 2010 e R$2,8 bilhões entre 2011 e 2013. A Companhia ressalta ainda que quaisquer fatos que envolvem atrasos nos investimentos ou modifiquem as condições contratuais deverão ser aprovados junto à agência reguladora, ANTT e poderão, subsequentemente, integrar o reequilibro econômico-financeiro dos contratos. POSIÇÃO FINANCEIRA A dívida consolidada líquida (empréstimos e financiamentos menos caixa, bancos e aplicações financeiras) encerrou o ano de 2009 em R$1.346,4 milhões, apresentando um crescimento de R$431,0 milhões em relação a 2008. Este crescimento do endividamento líquido está basicamente relacionado ao “Empréstimo Ponte BNDES”, que foi estruturado nas 5 concessionárias federais, de modo a permitir a continuidade de seus programas de investimentos até que sejam assinados os financiamentos de longo prazo, também junto ao BNDES. A totalidade do nosso endividamento em 31 de dezembro de 2009 está denominada em Reais, sendo 49,5% correspondente a contratos com o BNDES, com vencimentos de longo prazo e juros atrelados a TJLP, e 50,5% correspondente a contratos atrelados a CDI. Em razão do aumento do endividamento líquido, nosso Grau de Alavancagem medido pela relação Divida Líquida/(EBITDA- Pagamento do Ônus Fixo) (últimos 12 meses), encerrou o ano de 2008 em 2,2x. ÔNUS FIXO PAGO AO PODER CONCEDENTE (CONCESSIONÁRIAS ESTADUAIS) Em 2009 as concessionárias paulistas pagaram ao Poder Concedente R$ 53,4 milhões a título de ônus fixo. Ônus Fixo Pago (Fluxo de Caixa) Total 2009 2008 Var% Ano/Ano (53.427) (49.759) 7,4% Autovias (5.625) (5.239) 7,4% Centrovias (8.417) (7.839) 7,4% Intervias (5.238) (4.878) 7,4% Vianorte (34.147) (31.803) 7,4% 6. DIVIDENDOS Nossos acionistas têm direito a receber, no mínimo, um dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações. Caso os órgãos de administração informem à assembléia geral ordinária que a distribuição de dividendos não é recomendável face aos investimentos necessários para o ano, os acionistas poderão decidir pela sua distribuição ou não. A Assembléia Geral Ordinária realizada em 16 de abril de 2009, aprovou o pagamento de dividendos referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008, os quais totalizam o montante de R$25,0 milhões, correspondente à R$0,363507078 por ação ordinária. A distribuição dos dividendos aos Acionistas foi realizada no dia 26 de outubro de 2009, sendo que as ações da Companhia passaram a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 17 de abril de 2009. 7. RELAÇÕES COM INVESTIDORES Em linha com as exigências da segmentação do “Novo Mercado” da Bovespa e visando as boas práticas de governança corporativa, a área de Relações com Investidores da OHL Brasil busca assegurar a equidade na disseminação de informações prestadas ao mercado, sempre respeitando as normas regulatórias do setor. Ao longo do ano de 2009, a OHL Brasil, representada pela área de Relações com Investidores, participou de: 1 road show nacional, 10 conferencias e mais de 120 reuniões com analistas e investidores. As ações da OHL Brasil (OHLB3), listadas no segmento de “Novo Mercado” da Bovespa, encerraram o ano de 2009 em R$34,00 com uma valorização de 170,5%, assim como o índice Ibovespa apresentou uma valorização de 82,7% encerrando o ano de 2009 em 68.588 pontos. O volume total negociado do ativo no ano foi de R$ 595 milhões, atingindo 35.362 negócios. Cotação OHLB3 - 2009 (R$) 40 35 34,00 30 25 20 15 10 dez-08 jan-09 f ev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09 8. RECURSOS HUMANOS GESTÃO DE PESSOAS O ano de 2009 marcou o início de um período de evolução da nossa estrutura organizacional e na gestão dos recursos humanos, empregados diretos e prestadores de serviço. O foco principal das ações, tanto na estrutura organizacional quanto nos processos de gestão, foi buscar ganhos de escala e sinergia, aplicando a orientação claramente exposta na estratégia de gestão destes negócios. Também visou gerar mais independência e eficiência na tomada de decisões, além de transferência e disseminação de conhecimento do negócio entre as empresas do grupo. Nossos empregados e colaboradores externos são de importância estratégica na trajetória de sucesso de nossa operação. Em 2009, nosso quadro de empregados diretos cresceu em 21% se comparado a 2008, e proporcionalmente observamos uma redução de 20% no quadro de prestadores de serviço. Nas concessionárias federais, o quadro de empregados apresentou um crescimento de 68% em comparação a 2008, resultado da entrada em operação de 23 praças de pedágio. Nas concessionárias estaduais, especificamente na Centrovias, esse crescimento deveu-se a incorporação da função da atividade de arrecadação, que desde o início da operação da concessionária era realizada por empresa especializada no tema. Número de empregados do Grupo OHL Brasil: Grupo Holding Estaduais 2008 64 2009 83 1.200 1.228 Autovias Centrovias 186 175 194 252 Intervias 579 543 Vianorte 260 239 926 1.575 Fernão Dias 301 439 Fluminense 133 219 Litoral Sul 147 258 Planalto Sul Régis Bittencourt 108 237 152 507 Empresas de Apoio 1.413 1.469 Latina Manutenção Latina Sinalização 1.151 - 1.095 171 Federais Paulista Total 262 203 3.603 4.355 Outros Contratos de Trabalho 2008 Terceiros 7.330 Estagiários TOTAL 2009 6.106 6 11 7.336 6.117 ROTATIVIDADE O quadro abaixo demonstra os indicadores de rotatividade por empresa. Rotatividade 2008 Holding 2009 3,75 1,57 Autovias 2,60 1,78 Centrovias 1,88 1,33 Intervias Vianorte 1,75 1,91 0,98 4,10 Fernão Dias Fluminense - 1,27 5,13 Litoral Sul - 2,63 Planalto Sul - 1,89 Régis Bittencourt - 1,15 Latina Manutenção - 3,97 Latina Sinalização - 2,35 Paulista - 4,17 2,37 2,49 Estaduais Federais Construtoras Total DIVERSIDADE Mesmo com o rápido crescimento de nosso quadro de empregados, evoluímos na promoção da diversidade. Apesar de sermos uma organização com participação majoritária de empregado do sexo masculino, 79% no Grupo, a média das empresas OHL Brasil, Vianorte e Regis Bittencourt atingiu um índice equilibrado, de 50% entre os gêneros. % Homens e Mulheres Mulheres 21% Homens 79% Enquanto isso, a média de idade situa-se em torno de 35 anos para todas as empresas. Média - Idade 38 35 40 37 33 34 33 31 32 41 37 32 34 A base de formação educacional do efetivo de pessoal centra-se no Ensino Médio (antigo Segundo Grau), com 47% da nossa população. 20,1% possuem superior completo, dos quais 3,6% (114) são Engenheiros. Formação Educacional 47,0% 20,1% 13,4% 7,9% 6,9% 3,0% 1,6% 1º GRAU 0,1% Ensino Fundamental Completo Ensino Fundamental Incompleto Ensimo Médio Completo Ensino Médio Incompleto Superior Completo Superior Incompleto Mestrado DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL A estratégia de recursos humanos da Companhia tem como princípio básico o desenvolvimento humano e profissional dos nossos empregados, pautada pela busca permanente do diálogo, visando proporcionar segurança, estabilidade, qualidade de vida e oportunidades de crescimento. Além disso, estamos comprometidos em nossos Valores Filosóficos, com a construção e o cultivo da ética em nossas relações, o estímulo ao profissionalismo, lealdade e confiabilidade, buscando sempre inovação no nosso dia-a-dia. A Companhia tem como prática estabelecida oferecer treinamento técnico para o exercício das funções e apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos empregados. No último ano foram investidas 270.518 horas de treinamento total, que contabiliza 62,1 horas per capita. SAÚDE E SEGURANÇA Um dos pilares da estratégia de gestão de pessoas é a segurança física, a saúde e o bemestar de todos os empregados da OHL Brasil. O Comitê de Segurança no Trabalho e Comportamento na Rodovia, representado por todos os técnicos e engenheiros de segurança das empresas, tem como objetivo disseminar e compartilhar experiências entre todas as empresas do Grupo, com intuito de minimizar cada vez mais os riscos de acidentes envolvidos na operação. REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS Estamos atentos às variações do ambiente externo e comparamos regularmente a nossa grade salarial com mercados de referência. Em 2009 foi desenvolvido um novo método de avaliação de cargos e funções, que vem sendo implantado gradualmente. A adoção de um projeto estruturado e dentro dos mesmos conceitos para todas as empresas possibilita mais transparência na gestão, facilita a tomada de decisões do dia-a-dia e amplia as possibilidades de crescimento e oportunidades de carreira. Aliado a isso oferecemos um pacote de remuneração atraente e alinhado as práticas de mercado, o que contribui para a atração e retenção dos profissionais. O pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) referente ao ano de exercício é realizado no ano seguinte, no 1º semestre, de acordo com critérios tais como desempenho, assiduidade, nível de responsabilidade e tempo de serviço. 9. RESPONSABILIDADE SOCIAL Ao longo principalmente da última década, tem-se intensificado a discussão sobre o papel que as empresas possuem para minimizar os problemas sociais e ambientais. A visão tradicional que identificava que as empresas tinham como única função a geração de empregos e o desenvolvimento de produtos e serviços de forma lucrativa foram perdendo força e está sendo substituída por uma nova visão que considera a necessidade de a empresa incorporar os interesses dos diversos públicos impactados pela sua atuação. A OHL Brasil está comprometida com o desenvolvimento de relacionamento com as comunidades lindeiras à sua área de concessão, tendo como foco projetos relacionados a educação, saúde, cultura e meio-ambiente. Para estabelecer as diretrizes de seus projetos, a OHL Brasil criou, em 2008, o Comitê de Responsabilidade Social que, entre outras atividades, discute as ações que já estão em prática e avalia novas idéias. Maiores informações e detalhes sobre os projetos da OHL Brasil podem ser encontrados no site www.ohlbrasil.com.br. EDUCAÇÃO Criado em 2001, o Projeto Escola OHL Brasil conta com uma abrangência envolvendo 6.500 professores, 129.000 alunos de 199 escolas públicas em 48 municípios que constitui parte da rede de rodovias administradas pela OHL Brasil. A proposta possui uma metodologia própria, com os materiais pedagógicos específicos para diferentes gerações escolares – Ensino infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e o EJA (Educação de Jovens e Adultos) e se consolidou como um importante projeto para o resgate de valores cidadãos, envolvendo a comunidade, família e sociedade. O Projeto atende à determinação do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), contempla os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e dos Parâmetros Curriculares Nacional (PCNs). Com a crença que o ser humano é capaz de promover mudanças e que a escola é um ambiente possível para o exercício da participação cidadã, o projeto tem como objetivo: humanizar o trânsito por meio da educação de valores gerando reflexões sobre o tema trânsito, oportunizando aprendizagens que conduzam ao universo das relações humanas e do convívio social, que favoreçam o exercício pleno da cidadania, através de um trabalho de inclusão, no qual a ética se faz presente. O projeto está fundamentado na introdução no plano pedagógico do tema trânsito nas diversas áreas curriculares, proporcionando o desenvolvimento de atividades práticas, de acordo com as necessidades e realidade local. Em conexão com os conceitos do Projeto Escola, são desenvolvidos os programas Viva Ciclista, Passarela Viva e Viva Motociclista, que atuam na conscientização de públicos específicos. - Programa Viva Ciclista: Os ciclistas que trafegam nas rodovias são o alvo de outra ação do Projeto Escola OHL Brasil. A Campanha Viva Ciclista, realizada nas passarelas das concessionárias, educa o público e distribui um kit com adesivos refletivos para serem colados na bicicleta. Uma pesquisa complementa a ação que tem como proposta traçar um perfil dos ciclistas que utilizam a rodovia, para futuras adequações do meio urbano. - Programa Passarela Viva: Incentivar o uso da passarela e reduzir o número de atropelamentos nas estradas. Este é o objetivo da Campanha Passarela Viva que orienta os pedestres sobre o uso correto da passarela. - Programa Viva Motociclista: A campanha promove ações educativas de segurança para o motociclista, especialmente nas rodovias. Os motociclistas, com o apoio da Polícia Militar Rodoviária são recebidos por uma equipe do Atendimento Pré-Hospitalar, que orienta sobre os riscos de pilotar em condições inseguras e por uma equipe de mecânicos que realiza uma verificação mecânica da motocicleta. SAÚDE O Programa Saúde na Estrada, voltado para caminhoneiros, é uma atividade dirigida a estes usuários que transitam pelas rodovias administradas por nossas concessionárias. Tem como objetivo permitir o acesso a orientações e exames de saúde que os alertem para problemas que possam interferir no exercício de sua profissão. O Programa desenvolve-se através de campanhas periódicas, contando com Postos de Atendimento que são montados em pontos estratégicos. Dispõe de infra-estrutura para atendimento médico individual e coletivo, área de cadastramento, salas de pré-consulta e coleta de sangue e/ou vacinações, além de espaço para armazenagem de materiais usados nas campanhas, conforme determinam os protocolos do Ministério da Saúde. Além destas campanhas, temos um “Posto de Atendimento ao Caminhoneiro” fixo, localizado na Rodovia Anhanguera Km 164 Pista Norte, com ambulatório médico e odontológico, operado por profissionais especializados. Este posto tem como objetivo detectar o universo de motoristas portadores de doenças, encaminhá-los para atendimento especializado a fim de evitar o agravamento de seu quadro clínico, identificar fatores de risco/pré-disposição para doenças cardiovasculares, identificar fatores de risco para acidentes de trânsito e contribuir para a redução do índice de acidentes e mortes no trânsito, estimulando mudanças de hábito e atitudes dos caminhoneiros nas rodovias. Até dezembro de 2009 foram atendidos 18,5 mil caminhoneiros. CULTURA Em 2009, a OHL Brasil, por meio de suas concessionárias, atuou no apoio a projetos culturais variados com base nas leis de incentivo fiscal, principalmente a Lei Rouanet. Os apoios têm como foco a promoção da cultura presente nas regiões por onde passam as rodovias administradas pela OHL Brasil e àquelas de caráter geral. Os principais projetos para os quais foram destinados recursos em 2009 foram: • • Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto – Segmento cultural: Música Instrumental; Festival Chorando Sem Parar – Segmento cultural: Música Popular; • • • • • • • • • • • Doutores da Alegria – Segmento cultural: Artes Cênicas; 29ª edição da Bienal de São Paulo – Segmento cultural: Artes Integradas; Associação para o Desenvolvimento Cultural de Jaú – Segmento cultural: Histórico; Oficina de Leitura – projeto de estímulo à leitura desenvolvido em Ribeirão Preto pela organização Fundação Palavra Mágica; Feira do Livro de Ribeirão Preto – evento cultural que contou em 2009 com mais de 600 atividades e atrações, incluindo palestras, shows, filmes, oficinas e workshops, atraindo um público de visitantes e/ou participantes de aproximadamente 408 mil pessoas; Ginga Eleven Produções – por meio da Lei de Audiovisual, a Autovias patrocinou o “Roque Santeiro, o Filme”; Funcine-Fundação Lacan – para o Anima, juntamente com a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura e TV Rá Tim Bum) contribui para o desenvolvimento cultural e intelectual dos jovens e sua conscientização social e ambiental; Restarq Arquitetura Restauração e Arte – publicação de um livro de fotos com texto legenda com os principais bens históricos da região Mogiana no Estado de São Paulo; Revista Porta Luvas – Segmento Cultural: Publicação da Revista Porta Luvas com tiragem de 180 mil exemplares a cada trimestre, distribuídos nas praças de pedágio, instituições de ensino e de cultura, Ministério da Cultura, Biblioteca Nacional, etc. A revista é uma iniciativa da Emana Cultura; Associação de Clubes da Comunidade Centauro – O projeto Esporte para Todos, manifestação do desporto educacional, realizado pela Associação de Clubes da Comunidade Centauro, no Bairro Parque São Mateus, na cidade de São Paulo, envolvendo 520 jovens e adolescentes de 12 a 18 anos. Projeto Esporte Centenário – Rio Claro - S.P – o projeto tem como objetivo, por meio da prática esportiva, melhorar a capacidade física e motora de jovens de comunidades de baixa renda, ampliar o entendimento dos alunos sobre o trabalho em equipe, incentivar a freqüência ao ensino formal, diminuir a evasão escolar, entre outros. APOIO A INSTITUIÇÕES ASSISTENCIAIS O trabalho voluntário e essencial de várias entidades que desenvolvem a assistência social como meio de inclusão e de cidadania recebeu o apoio da OHL Brasil em 2009, destinado para as seguintes instituições: - Casa das Mangueiras, de Ribeirão Preto. Entidade que, por meio da atividade laboral, procura dar ocupação para crianças e jovens carentes e desassistidos. Além disso, inclui conceitos de preservação e recuperação do meio ambiente, com o desenvolvimento de artesanato e a utilização de material reciclado. - Nosso Lar, em São Carlos. Também assiste crianças e jovens que necessitam de assistência social, a qual é feita por meio de atividades esportivas e culturais. - Projeto “Amparo de Natal”, na cidade de São Gonçalo – RJ, onde através de doações feitas pelos funcionários, foram beneficiadas as pessoas que vivem em um orfanato filantrópico. - Campanha “Nutrição em Dose Dupla”, através da qual se faz a arrecadação de leite em pó para ser doado a instituições assistenciais. Para cada lata ou pacote de leite em pó doado, a Autopista Fluminense duplica a doação. MEIO AMBIENTE Seja por meio de apoio a projetos desenvolvidos nas regiões onde está presente, seja por meio de gestão em relação ao Meio Ambiente, a OHL Brasil desenvolve várias ações de caráter educativo e de conscientização, tanto de seus funcionários como da população. Destaque para o plantio de mais de 808 mil mudas de árvores nativas, até dezembro de 2009, efetuado principalmente em áreas degradadas e de mata ciliar, o que contribui para a recuperação dessas áreas. Em Setembro de 2009, em comemoração ao dia internacional da árvore, a Companhia realizou o plantio de mudas nativas às margens do rio Pardo, importante curso hídrico da macro região de Ribeirão Preto. 10. INSTRUÇÃO CVM 381/2003 Em atendimento à determinação da Instrução CVM 381/2003, informamos que, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, nossos Auditores Independentes foram contratados apenas para prestar serviços de auditoria externa relacionados aos exames das demonstrações financeiras da companhia. As demonstrações financeiras da Companhia aqui apresentadas estão de acordo com os critérios da legislação societária brasileira, a partir de informações financeiras auditadas. As informações não financeiras, assim como outras informações operacionais, não foram objeto de auditoria por parte dos auditores independentes. 11. VINCULAÇÃO À CLAÚSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante em seu Estatuto Social. 12. DECLARAÇÃO DOS DIRETORES Em observância às disposições constantes no artigo 25 da Instrução CVM nº 480/09, de 07 de dezembro de 2009, os diretores da Companhia declaram que discutiram, revisaram e concordaram com as opiniões expressas no parecer da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, emitido nesta data, e com as demonstrações contábeis relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009. 13. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos nossos usuários, funcionários, acionistas, comunidades vizinhas, instituições governamentais, fornecedores, prestadores de serviços, financiadores e demais colaboradores. São Paulo, 04 de março de 2010. A Administração