PRF (EXERCÍCIOS)
FELIPE OBERG
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Interpretação e compreensão de texto. 2. A estruturação
dos textos. A coesão e a coerência nos textos. 3. Correção,
clareza, elegância das frases. Adequação vocabular.
Reescritura de frases: a norma culta de língua portuguesa. 4.
Técnica de resumo de frases e textos. 5. Problemas na
escritura das frases: ambiguidade, paralelismo e concordância
de tempos verbais. 6. Noções textuais de ortografia,
morfologia, sintaxe e semântica. 7. Linguagem figurada.
Funções de linguagem. Variação linguística. 8. Argumentação:
estrutura, processos e problemas. 9. Noções básicas de
redação oficial. 10. Produção textual na modalidade
dissertação. 11. Nova reforma ortográfica.
PARALELISMO
01. (FUNRIO-MINISTÉRIO DA JUSTIÇA-ANALISTA-2009) O
princípio do paralelismo sintático, segundo o qual quaisquer
elementos da frase coordenados entre si devem apresentar
estrutura gramatical similar, está preservado em
a) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a
divulgar na semana passada um show do cantor no Maracanã
como um dos pontos altos da comemoração dos seus 50 anos
de carreira e que tudo está acertado com a emissora da tevê
detentora dos direitos de transmissão.
b) A assessoria de Roberto Carlos começou a divulgar na
semana passada que um dos pontos altos da comemoração
dos 50 anos de carreira do cantor será um show no Maracanã
e o acerto com a emissora de tevê detentora dos direitos de
transmissão.
c) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a
divulgar na semana passada que um show do cantor no
Maracanã será um dos pontos altos da comemoração dos
seus 50 anos de carreira e estando tudo acertado com a
emissora de tevê detentora dos direitos de transmissão.
d) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a
divulgar na semana passada que um dos pontos altos da
comemoração dos 50 anos de carreira do cantor será um
show no Maracanã e que está acertado com a emissora de
tevê detentora dos direitos de transmissão.
e) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a
divulgar na semana passada um dos pontos altos da
comemoração dos 50 anos de carreira do cantor, um show no
maracanã, e que tudo está acertado com a emissora de tevê
detentora dos direitos de transmissão.
07. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009)
Chama-se adequação sintática a construção coerente de
períodos e orações, observadas as relações existentes entre
seus termos e a sua organização. Qual o parágrafo dentre os
abaixo transcritos que preserva o princípio do paralelismo
sintático, segundo o qual quaisquer elementos da frase
coordenados entre si devem apresentar estrutura gramatical
similar?
a) Aqui não pretendemos defender a idéia de mais intervenção
do Estado na economia ou que se ele volte a produzir aço em
grande quantidade.
b) Aqui não pretendemos defender a idéia de que o Estado
intervenha mais na economia ou a volta de uma produção de
aço em grande quantidade.
c) Aqui não pretendemos defender a idéia de que intervenção
do Estado deva ser maior na economia ou uma produção de
aço voltando a ter quantidade.
01/10/2009
LÍNGUA PORTUGUESA
d) Aqui pretendemos defender a idéia de um Estado intervindo
mais na economia ou que ele volte a produção de aço em
grande quantidade.
e) Aqui não pretendemos defender a idéia de que o Estado
intervenha mais na economia ou que volte a produzir aço em
grande quantidade.
ARGUMENTAÇÃO
03. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) As
opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista,
julgamento, que representam por parte de quem fala sua
aprovação ou desaprovação. Mas as opiniões precisam vir
apoiadas em fatos para que ganhem credibilidade. A
alternativa que mostra um trecho argumentativo que serve
como exemplo para o que foi dito acima é a seguinte:
a) Foi a primeira semana de maio que o jogador brasileiro
conhecido como Juca Tatu se transferiu para o futebol da
China, a fim de integrar a equipe mais popular da cidade de
Xangai, o Shenzhen, cujo treinador é o paulista Marco Falopa.
b) Além, muito além daquela lagoa, que ainda reflete os
últimos raios do pôr-do-sol, nasceu Limogino, o cabra da
peixeira arretada, que tinha os olhos mais vesgos que eu já vi,
e mais remelentos que folha de jacutinga largada no brejo
durante a seca.
c) Isaltina namorou-me durante doze dias e quatro maços de
cigarro mata-rato e vivia falando mal do meu pai só porque o
velho era rabugento e passava as tardes enchendo a
paciência dizendo que nosso caso excedia as raias de um
impulso infanto-juvenil.
d) Para saber se o texto é figurativo, observe se as imagens
têm uma organização imprecisa e se há um grupo delas se
referindo à escultura e outro representando a produção
intelectual baiana do início do século XX, época em que
faltava mão-de-obra na praça.
e) O período em que Juvenal antena esteve à frente da
Associação de Moradores foi benéfico para a comunidade,
porque ele captou recursos para obras de saneamento,
construiu um posto de saúde e combateu o tráfico de drogas
na Portelinha.
NORMA CULTA
04. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009)
Todo o nosso comportamento social está regulado por normas
a que devemos obedecer, se quisermos ser corretos. O
mesmo acontece com a linguagem, apenas com a diferença
de que as suas normas, de um modo geral, são mais
complexas e coercitivas. Por isso, e para simplificar as coisas,
define-se o “lingüisticamente correto” como aquilo que é
exigido pela comunidade lingüística a que se pertence. (Celso
Cunha: “A Noção de Correto”, 1985).
Qual das frases abaixo, embora consagrada pelo uso na
imprensa de prestígio, ainda é apontada como um desvio em
relação às normas da língua padrão?
a) O público feminino preferia mais a punição da vilã do que a
vingança da heroína.
b) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na
sociedade brasileira contemporânea.
c) Quinze por cento da população gaúcha declaram que seus
momentos de lazer diminuíram.
d) A maior parte daqueles bairros não tinham nenhuma
estrutura para suportar as enchentes.
e) Assim que elas intervieram, a dúvida foi sanada e todos
ficamos satisfeitos e felizes.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
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LÍNGUA PORTUGUESA
05. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009)
Tendo começado quase ao mesmo tempo a vida de escritor e
a de professor, bem se pode imaginar quanto me vi às voltas
com as regras ditadas durante todos aqueles anos filólogos e
gramáticos. De modo geral, faço justiça a eles, reconhecendo
que os bons são indispensáveis: é necessário que alguém
coloque alguma ordem no modo de um Povo falar e escrever
seu idioma.
(Ariano Suassuna: “Receita Para Escrever Nomes Próprios”,
2000)
Assim como está adequado o emprego do acento de crase no
sintagma “às voltas”, também está correto esse uso. do acento
em:
c) permissão para que qualquer um imprima o que quiser.
d) entrada dos direitos autorais em domínio público.
e) possibilidade de haver batalhas judiciais pelo mundo
a) Peço encarecidamente à V.Exa. a transferência desse
indivíduo.
b) Os vales-refeição serão distribuídos à partir de manhã à
tarde.
c) Encomendei um sanduíche à metro e comprei comida
àquilo.
d) Saíram às escondidas e foram à pé até à esquina pegar um
táxi.
e) À meia noite, assistimos pela tevê à chegada do Ano Novo.
Já em rapaz eu ouvira falar numa raça de tatus-rosqueira,
porém punha minhas dúvidas nessas histórias. Passaram-se
os anos; caminhei muito, muito, aconteceu-me muito, mas de
tatu-rosqueira, nada!
Pois dessa feita, no Rincão das Tunas, vi; do outro lado do rio
Camaquã. Com estes que a terra há de comer, vi... e se me
fosse contado não acreditaria.
Periga a verdade, mas lá vai, e, demais, estavam presentes o
Capitão Felizardo, já falecido, o licenciado Silvinha (que perdi
de vista), além dos peões, sem falar nos cachorros, por sinal
bons tatuzeiros.
(...) Era por uma bonita noite de luar. Estávamos mateando e
pitando; conversa vai, conversa vem, quando o Major
Felizardo lembrou que podia divertir-nos proporcionando-nos
uma caçadita aos tatus.
– E tatu-rosqueira, então, que é praga!... – concluiu o major.
A este dito, saltei: – Pois há? – inquiri.
– Xi! Assim!...
E o Major juntou em molho os dedos das duas mãos, e
assobiou comprido.
Aprestamo-nos e saímos rumo do rincão. De chegada
soltamos os cachorros, e daí um quase-nada já lhes ouvíamos
o ganiçado.
Começamos a bater as tocas. Aquilo foi rápido. Havia mesmo
muito tatu!
Cachorro farejava, cavava na entrada da toca, e nós já rente,
de enxada, dá-le que dá-le!
Eu é que tive a sorte de descobrir o primeiro tatu; o primeiro
tatu, não, o primeiro rabo de tatu. E no que descobri, agarreio.
Tironeei, tironeei e nada, o bicho não vinha; já ia meter o
dedo... sabem, hein?... quando o licenciado Silvinha gritou-me:
– Não faça isso, Romualdo... Destorça a rosca do rabo!...
– Quê?
– Sim, e para a esquerda, a modo de parafuso inglês!
Sem ter consciência do que fazia, às mãos ambas dei umas
quantas voltas para a esquerda, e qual não foi o meu espanto
quando senti que efetivamente aquilo cedia, afrouxava,
desatarraxava-se!... E fiquei com o rabo na mão... sem o tatu!
Pelos outros lados os companheiros andavam na mesma
faina. Algo desapontado, indaguei do licenciado:
– E agora?...
– Passe a outro. Guarde esse rabo aí no saco; daqui a pouco
você verá o resto!
Aquilo era curioso, passei a outra cova, a mesma manobra:
outro rabo no saco; outra e outra, e assim uma porção delas.
A certa altura o Tenente-coronel deu ordem de parar, pois não
poderíamos transportar toda a caçada; o saco estava cheio a
mais de meio. Eu estava desconfiado e furioso, mas
disfarçando, achava esquisito vir ao mato caçar tatus e só
levar-lhes as caudas... Mas o Coronel Felizardo fez um sinal e
logo nos arrolhamos em volta do saco; fez-se silêncio e daí a
pouco começou a tatuzada a sair das tocas – desrabados
todos – e vieram se chegando para o saco, focinhavam nele e
06. (FUNRIO-MINISTÉRIO DA JUSTIÇA-ANALISTA-2009)
Às vezes faz bem chorar
E nas velhas cordas procurar
Notas e acordes esquecidos
Os dedos calejados deslizar
Recordar, saudoso, um samba antigo.
A letra de Ivor Lancellotti emprega adequadamente o acento
de crase. Também está correto esse uso de acento em
a) Retiraram-se às pressas para não responderem às
perguntas da mídia.
b) Deixei o carro no lava à jato e fui à confeitaria escolher uns
doces.
c) Quando saímos à cavalo estamos apenas à procura de paz
e sossego.
d) Daqui à uma hora irei até à piscina pra examinar a água e o
cloro.
e) Encaminhamos ontem à V. Sa os convites para a recepção
à família.
COESÃO
07. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009)
Popeye, o marinheiro movido a espinafre, que gera US$ 2,17
bilhões anuais em vendas, promete neste ano virar
personagem de batalhas judiciais pelo mundo. Os direitos
autorais dos desenhos originais expiraram no dia 1º de janeiro
de 2009, entrando em domínio público de acordo com a lei da
União Européia, que restringe o uso de imagens até 70 anos
após a morte do autor. Isso significa que, agora, qualquer um
pode imprimir e vender pôsteres, camisetas e adesivos com a
imagem do Popeye e mesmo utilizar sua imagem em novos
quadrinhos, sem a necessidade de pedir autorização ou pagar
royalties.
O último período da notícia se inicia com o demonstrativo
“isso”, que estabelece um vínculo de coesão no texto porque
faz referência à
a) restrição ao uso das imagens até 70 anos após a morte do
autor.
b) geração de US$ 2,17 bilhões anuais em vendas.
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01/10/2009
FUNRIO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
2009
QUESTÕES SELECIONADAS
TEXTO
O TATU-ROSQUEIRA
J. Simões Lopes Neto
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ficavam quietos, como viúva velha chorando na cova de
marido novo…
Aí então é que era pegar e sangrar tatu!... Foi uma senhora
matança! Fizemos umas quantas enfiadas e voltamos para
casa vergando o peso da caçada. Eu, por mim, confesso
estava atônito!
Em caminho é que o Brigadeiro Felizardo me foi contando a
coisa pelo miúdo.
– Romualdo, você conhece o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o
bola, o guaçu e outros; mas parece que este nunca viu...
– De ouvido, sim!
– Ora! Ouvir falar é uma coisa, ver é outra... Este tatu tem o
rabo como uma rosca, por isso se chama rosqueira; caçá-lo é
facílimo: descoberta a toca, basta poder agarrá-lo pela cauda
e, em vez de puxar, destorcê-la e depois levá-la para um
pouco distante, naturalmente o rosqueira sente falta do peso
do rabo e pelo faro vai em busca, acha-o e começa logo a
cavar no chão um buraco estreito e fundo, entra então com
focinho a dar voltas e mais voltas à cauda solta, e tanto
trabalha que a faz cair de ponta para baixo no buraco que
preparou: então, chega-lhe terra e vai enchendo, de forma que
a cauda pode ficar fincada como uma estaca, e quando ele
sente que está firme, senta-se-lhe em cima e...
– E... parece incrível!...
– E começa a andar à roda, à roda, sempre para a direita, até
atarraxar-se de novo ao rabo. No que está pronto vai embora!
No dia seguinte fui ao mato, sozinho, para verificar o caso.
Descobri logo umas sete covas, portanto sete tatus; destorci
sete rabos, pu-los no chão; trepei a uma árvore copada e
esperei: vieram os tatus, fizeram os tais buracos, fincaram as
caudas, sentaram-se em cima delas e começaram a rodar, a
rodar, a rodar. Dentro em pouco um primeiro cessou o
movimento e atirou-se para a frente, na sua posição natural,
de quatro patas; e logo outro, enfim todos os sete,
perfeitamente bons, enrabados, completos. Sem querer fiz um
movimento, e os bichos fugiram rápidos como setas. Era a
pino do meio-dia.
Para comer é que não são bons: têm a carne muito dura.
(adaptado de “Casos de Romualdo”. Porto Alegre: Globo,
1952)
Questão 1
A coerência de sentido é a primeira propriedade de um texto.
Isso quer dizer que um texto não é um amontoado de frases,
ou seja, as frases não estão nele pura e simplesmente
dispostas umas após as outras, mas estão relacionadas entre
si. Simões Lopes Neto escreveu um texto com essa primeira
propriedade porque
a) o sentido de uma frase depende do sentido das demais
com que se relaciona.
b) o tatu-rosqueira é um animal muito pouco conhecido pelas
pessoas.
c) as relações entre os personagens constroem o sentido da
narrativa.
d) as unidades maiores de sentido estão inseridas nas
unidades menores.
e) os espaços em branco antes e depois do texto servem
como seus delimitadores.
Questão 2
A escolha da oração principal não é ato gratuito. É o ponto de
vista e a situação que devem servir para essa escolha. (Othon
M. Garcia: “Comunicação em Prosa Moderna”, 2004)
01/10/2009
LÍNGUA PORTUGUESA
A afirmação acima permite considerar que a opção por uma
determinada estrutura sintática está, muitas vezes, vinculada a
questões estilísticas, discursivas. É o que ocorre com o trecho
“o Major Felizardo lembrou que podia divertir-nos
proporcionando-nos uma caçadita aos tatus”, no quarto
parágrafo. Qual a razão expressiva que justifica a escolha do
redator por essa estrutura frasal?
a) A inversão do foco semântico, deslocado para a oração do
verbo “proporcionar”.
b) A sugestão de apagamento dos valores narrativos dos
verbos “lembrar” e “divertir”.
c) A sequência lógica entre as ideias de “lembrar”, “poder
divertir” e “proporcionar”.
d) A combinação original das orações subordinadas com suas
respectivas principais.
e) A retomada discursiva da identidade dos animais como
forma de reforço irônico.
Questão 3
O texto de J. Simões Lopes Neto enquadra-se no tipo
narrativo, porque possui as características básicas de uma
narração. Uma dessas características é a seguinte:
a) as expressões regionais têm a função de dar mais
veracidade às cenas.
b) a progressão temporal está presente entre os
acontecimentos relatados.
c) as opiniões do narrador são sempre apresentadas em
primeira pessoa.
d) os personagens e as situações são compatíveis com a
realidade apresentada.
e) os personagens e as situações são compatíveis com a
realidade apresentada.
Questão 4
Chama-se de coesão referencial aquela em que um
componente da superfície do texto faz remissão a outro ou
outros elementos nela presentes ou inferíveis a partir do
universo textual. (Ingedore Koch, “A Coesão Textual”, 1991).
Em qual dos trechos abaixo transcritos, a coesão referencial
está corretamente explicada?
a) Pois dessa feita, no Rincão das Tunas, vi; do outro lado do
rio Camaquã. Com estes que a terra há de comer, vi... e se
me fosse contado não acreditaria [segundo parágrafo] – O
demonstrativo “estes” remete ao “outro lado do rio Camaquã”.
b) Periga a verdade, mas lá vai, e, demais, estavam presentes
o Capitão Felizardo, já falecido, o licenciado Silvinha (que
perdi de vista), além dos peões [terceiro parágrafo] – A
expressão “além dos peões” remete à locução “lá vai”.
c) De chegada soltamos os cachorros, e daí um quase-nada já
lhes ouvíamos o ganiçado (nono parágrafo) – O substantivo
“ganiçado” remete ao pronome pessoal do caso oblíquo “lhes”.
d) Cachorro farejava, cavava na entrada da toca, e nós já
rente, de enxada, dá-le que dá-le! (décimo parágrafo) – A
interjeição “dála que dá-le” remete à locução regionalista “nós
já rente”.
e) Já em rapaz eu ouvira falar numa raça de tatus-rosqueira,
porém punha minhas dúvidas nessas histórias [primeiro
parágrafo] – A locução “nessas histórias” remete a “histórias
de tatus-rosqueira”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questão 5
Questão 7
Em caminho é que o brigadeiro Felizardo me foi contando a
coisa pelo miúdo.
– Romualdo, você conhece o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o
bola, o guaçu e outros; mas parece que este nunca viu...
Nos parágrafos 11 e 12, o narrador nos dá conta de como
começou a caçada: “Eu é que tive a sorte de descobrir o
primeiro tatu; o primeiro tatu, não, o primeiro rabo de tatu. E
no que descobri, agarrei-o. Tironeei, tironeei e nada, o bicho
não vinha; já ia meter o dedo... sabem, hein?... quando o
licenciado Silvinha gritou-me: – Não faça isso, Romualdo...
Destorça a rosca do rabo!...”
Na volta para casa, Felizardo explicou para Romualdo como
se dava o processo de reenroscamento do rabo do tatu. A
explicação começa com uma frase em discurso direto, como
se vê no trecho transcrito acima. Se a opção do narrador fosse
reproduzir a fala de Felizardo usando o discurso indireto,
poderíamos ter como resultado a seguinte frase:
a) Felizardo contou para Romualdo que ele conhecia o tatupeludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que
parecia nunca ter visto um desses.
b) Felizardo me contou que eu conhecia o tatu-peludo ou o derabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que eu parecia
nunca ter visto esse.
c) Felizardo me disse que Romualdo conhecia o tatu-peludo
ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que parecia
nunca ter visto um desses.
d) Ele disse que eu conhecia o tatu-peludo ou o de-rabo-mole,
o bola, o guaçu e outros, mas parecia que eu nunca vira um
daqueles.
e) Ele me falou que eu conhecia o tatu-peludo ou o de-rabomole, o bola, o guaçu e outros, mas parecia que Romualdo
nunca vira aquele.
Questão 6
Descobri logo umas sete covas, portanto sete tatus; destorci
sete rabos, pu-los no chão; trepei a uma árvore copada e
esperei: vieram os tatus, fizeram os tais buracos, fincaram as
caudas, sentaram-se em cima delas e começaram a rodar, a
rodar, a rodar. Dentro em pouco um primeiro cessou o
movimento e atirou-se para a frente, na sua posição natural,
de quatro patas; e logo outro, enfim todos os sete,
perfeitamente bons, enrabados, completos. Sem querer fiz um
movimento, e os bichos fugiram rápidos como setas. Era a
pino do meio-dia.
O penúltimo parágrafo do texto mostra uma combinação
expressiva de recursos linguísticos a serviço da construção do
sentido.
Qual dos comentários abaixo está de acordo com essa
afirmação?
a) Recorrendo a uma grande quantidade de frases curtas, o
narrador contrabalança a imobilidade do espectador colocado
em cima de uma árvore com a agilidade dos tatus.
b) Empregando verbos de ação, a narrativa sugere uma
movimentação descompassada dos animais enquanto o
narrador se posiciona sem muito cuidado na observação da
cena.
c) Utilizando uma sucessão de orações coordenadas, a
narração se vale da descrição das ações dos animais e da
estaticidade do narrador para construir o cenário desejado.
d) Suprimindo o uso de orações adverbiais, o autor demonstra
certa dificuldade na descrição dos movimentos dos tatus por
estar imobilizado no alto de uma árvore.
e) Valendo-se de orações reduzidas, a apresentação das
ações dos animais condiz com a intenção do narrador de
confirmar a história do enroscamento que lhe contaram.
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01/10/2009
Observa-se aqui que há uma relação entre o emprego dos
sinais de pontuação e a intenção de reproduzir traços da
oralidade. Isso está confirmado na seguinte alternativa:
a) O advérbio “não” está separado por duas vírgulas porque
tem uma finalidade retificadora.
b) A ideia de “dar puxões” do verbo “tironear” é reforçada pelo
uso do indefinido “nada”
c) As três reticências do parágrafo têm como função indicar a
enumeração de outras ações.
d) O vocativo “Romualdo” está separado de “Não faça isso”
para enfatizar a reação de Silvinha.
e) A fala de Silvinha termina com um ponto de exclamação
porque expressa a ironia da situação.
Questão 8
Ao longo do texto, o personagem Felizardo é apresentado,
sucessivamente, como Capitão, Major, Tenente-coronel,
Coronel e Brigadeiro. Embora estranha, essa variedade de
tratamento em relação ao personagem tem como suporte o
fato de
a) a linguagem popular empregar essas denominações como
marca de autoritarismo.
b) as patentes indicadas no texto servirem como hipônimos da
denominação “militar”.
c) a obra literária estar autorizada para infringir a lógica e o
rigor científico.
d) os substantivos desse campo semântico serem
equivalentes na construção argumentativa.
e) o jargão militar admitir que oficiais superiores sejam
identificados pela hierarquia.
Questão 9
Ao final do parágrafo 25, há um trecho em que se combinam
dois pronomes oblíquos: “quando ele (o tatu) sente que (a
terra) está firme, senta-se-lhe em cima”.
Qual a maneira correta de descrever o emprego dos
pronomes SE e LHE?
a) Têm função de apassivador e de objeto indireto,
respectivamente.
b) Têm valor de expletividade e de posse, respectivamente.
c) Têm função de indeterminador e de adjunto adnominal,
respectivamente.
d) Têm valor reflexivo e locativo, respectivamente.
e) Têm função de objeto direto e de conectivo,
respectivamente.
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FELIPE OBERG
Questão 10
O emprego do acento de crase ocorre por razões diferentes
nos dois trechos transcritos abaixo.
Parágrafo 15: Sem ter consciência do que fazia, às mãos
ambas dei umas quantas voltas para a esquerda.
Parágrafo 27: E começa a andar à roda, à roda, sempre para
a direita, até atarraxar-se de novo ao rabo.
A única opção que repete, na mesma ordem, as duas
ocorrências dos trechos acima é:
a) Ainda irei à Rússia, pois viajo à beça pelo leste europeu.
b) Dedicarei àquela moça que passa uma poesia à Vinícius.
c) Saio às dez em ponto para poder chegar cedo à tua casa.
d) Entrei à frente de todos, direto para o baile à fantasia.
e) Mostrei o livro às duas e pedi que o copiassem à mão.
FUNRIO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
AGENTE ADMINISTRATIVO
2009
QUESTÕES SELECIONADAS
TEXTO 1
SANTOS NA POLÍCIA
João Ubaldo Ribeiro
A respeito da polícia, costumamos agir da mesma forma que
em relação a outros grupos ou categorias. Quando falamos
mal dos políticos - e não é que não tenhamos razão, é outro
aspecto do problema - costumamos descrevê-los como se
eles não se originassem de nós mesmos, o povo brasileiro.
Como já disse aqui algumas vezes, não são marcianos, são
gente como nós, a maior parte dos quais com biografias
semelhantes às nossas. Aprendemos uma espécie de defesa
automática, para exorcizar o grau de responsabilidade que
cada um de nós tem, quer queira ou quer não, e usamos logo
a terceira pessoa: os políticos brasileiros fazem isso ou aquilo,
os funcionários públicos idem idem, e assim por diante, nada
conosco. [...]
Com a polícia, o comportamento não é diverso. A polícia são
‘eles’, nunca nós. Não são homens e mulheres nascidos e
criados da mesma maneira que outros brasileiros, são ‘eles’.
Claro que nunca defendi (e, aliás, não estou defendendo
nada, são somente uns pontos de vista que quero expor) a
brutalidade, a ineficiência ou a corrupção na polícia, nem
tampouco encaro os marginais como gente fina que esta vida
cruel levou ao crime, enquanto ignoro as mortes, o sacrifício e
o heroísmo de muitos policiais – prática infelizmente comum
na imprensa e em certos grupos de opinião.
Nos últimos dias, tem havido uma cobertura intensiva do
crescente número de policiais mortos simplesmente porque
carregam uma carteira funcional, ou vestem um uniforme. Foi
polícia, tiro nele. E, porque são ‘eles’, encaramos suas mortes
como algo alheio a nós e já ouvi até gente discursando para
que se aja assim, porque afinal ‘essa polícia merece mesmo
isso’, é o troco que está recebendo por não servir bem ou
maltratar o cidadão.
Fico imaginando a vida de um policial honesto e, com toda a
certeza, independentemente de alguma vocação, não a
quereria para mim ou para ninguém em cujo destino pudesse
influenciar. Agora, policiais mal pagos, mal preparados e
vergonhosamente equipados convivem, ainda por cima, com a
condenação à morte a que estão sujeitos, simplesmente por
exercerem a profissão. E não só a condenação deles
mesmos, mas também de suas famílias, da mulher aos filhos
01/10/2009
LÍNGUA PORTUGUESA
de colo. Vários deles, num ato impensável em qualquer país
civilizado, mandam tirar carteiras de alguma outra profissão,
para carregá-las nos bolsos quando estão de folga e assim
escapar da ‘vingança’ dos marginais. Outros escondem dos
vizinhos e dos próprios filhos sua condição de policial.
E, ao que tudo indica, estamos achando isso tudo normal.
Policial é policial, não só ‘ganha pra isso’ como não é gente
como nós, não tem medo, não tem fraquezas, não é sujeito a
inveja, ressentimento, frustração, neurose ou até estresse.
Executivo de multinacional tem estresse, dona de casa tem
estresse, jornalista tem estresse, mas policial não, é moleza
subir morro enfrentando armas de última geração e a
hostilidade dos que sofrem com isso. Naturalmente, nada
justifica atrocidades, brutalidade, venalidade, cumplicidade
com criminosos - o que muitos policiais praticam e continuam
praticando. Mas, se está muito longe de justificar, está
muitíssimo perto de explicar.
Que queremos na polícia? Santos? No país em que vivemos,
somente santos com vocação ao martírio seriam os policiais
que desejamos. Temos o direito de querer contar com uma
polícia eficiente, atuante e respeitada pela comunidade, assim
como temos o direito de exigir (apesar de nunca obtermos)
mais ou menos as mesmas coisas de todas as autoridades.
[...]
A maioria de nós que fosse levada à condição de policial agiria
até bem pior do que aqueles que critica. Bastariam uns
meses, ou nem tanto, convivendo com a corrupção, que vem
de cima e de todos os lados, a iniqüidade, a desonestidade de
parceiros, a grana curta, a execração da imprensa e do
público (e quem é o primeiro a oferecer uma cervejinha ao
guarda de trânsito, para ele esquecer a infração, não somos
nós? Quem chegou primeiro, o ovo ou a galinha?), o medo de
morrer ou encontrar a família morta e tanta nojeira e pavor em
que o policial é obrigado a chafurdar.
Mas não, nós queremos santos, iguais a nós, povo pacífico,
cordato, incorruptível e respeitador da lei. Não temos um plano
de segurança pública merecedor desse nome, negligenciamos
a polícia, de que só lembramos para criticar, queremos que
ela se lixe e também queremos que, em troca disso, seja
exemplar. Quer dizer, queremos santidade. Não me considero
exceção pessoal. Também tenho medo da polícia e também
me horrorizo com muito do que ela faz. Acho que temos uma
polícia que pode ser qualificada de ruim ou péssima. Mas
também não acho que melhor qualificativo pode ser dado a
nós como um todo, com a possível exceção de alguns padres,
frades, freiras, pastores ou rabinos. Chato lembrar, mas a
nossa polícia também somos nós, não foi o Diabo que a criou;
fomos e continuamos sendo nós. (Fonte: O Globo, 15/10/00)
Questão 1
De acordo com o texto 1, a opção em que o significado da
palavra destacada está correto é
a) negligenciamos – odiamos.
b) execração – mitificação.
c) venalidade – corrupção.
d) iniqüidade – paralisia.
e) chafurdar – emergir.
Questão 2
O vocábulo “QUE”, no texto 1, apresenta valor anafórico em
a) “... queremos que, em troca disso, seja exemplar.”
b) “Acho que temos uma polícia...”
c) “... para exorcizar o grau de responsabilidade que cada um
de nós tem...”
d) “... e não é que não tenhamos razão...”
e) “Que queremos na polícia?”
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PRF (EXERCÍCIOS)
FELIPE OBERG
LÍNGUA PORTUGUESA
Questão 3
Questão 8
O fragmento do texto 1 que NÃO apresenta traço de
informalidade é
“Aprendemos uma espécie de defesa automática, para
exorcizar o grau de responsabilidade que cada um de nós
tem, quer queira ou quer não, e usamos logo a terceira
pessoa: os políticos brasileiros fazem isso ou aquilo, os
funcionários públicos idem, e assim por diante, nada conosco.”
a) “... nem tampouco encaro os marginais como gente fina que
esta vida cruel levou ao crime...”
b) “... é o troco que está recebendo por não servir bem ou
maltratar o cidadão.”
c) “... a iniqüidade, a desonestidade de parceiros, a grana
curta, a execração da imprensa e do público...”
d) “... queremos que ela se lixe e também queremos que, em
troca disso, seja exemplar.”
e) “Não temos um plano de segurança pública merecedor
desse nome, negligenciamos a polícia, de que só lembramos
para criticar...”
Questão 4
O vocábulo do texto 1 cuja acentuação gráfica se justifica
segundo a mesma regra observada na palavra “automática” é
a) possível.
b) também.
c) heroísmo.
d) país.
e) públicos.
Sobre o emprego do presente do indicativo nesse fragmento
do texto 1, é correto afirmar que
a) enuncia um fato atual, que ocorre no momento em que se
fala, com valor de ação simultânea à enunciação.
b) indica ações ou estados permanentes ou considerados
como tal em qualquer momento de enunciação.
c) refere-se a fatos ocorridos em momentos passados, com o
objetivo de dar-lhes vivacidade.
d) expressa ações ou estados habituais ou uma faculdade do
sujeito exercidas no momento em que se fala.
e) marca um fato futuro que se insere em um lugar próximo do
momento atual de enunciação.
Questão 9
Sobre o uso das aspas no texto 1 (A polícia são ‘eles’, nunca
nós. Não são homens e mulheres nascidos e criados da
mesma maneira que outros brasileiros, são ‘eles’), vale dizer
que
Questão 5
Em “A respeito da polícia, costumamos agir da mesma forma
que em relação a outros grupos ou categorias. Quando
falamos mal dos políticos - e não é que não tenhamos razão, é
outro aspecto do problema - costumamos descrevê-los como
se eles não se originassem de nós mesmos, o povo
brasileiro”(texto 1), o trecho entre travessões estabelece com
o fragmento que o antecede uma relação de
a) explicação.
b) comparação.
c) enumeração.
d) recapitulação.
e) ênfase.
a) tem a função de indicar que não se trata de uma voz citada
e que pertence ao enunciador do texto.
b) marca que a palavra não está sendo usada no seu sentido
de 3ª pessoa do plural.
c) determina que a palavra está sendo usada para designar o
signo linguístico em si mesmo.
d) visa a chamar a atenção do leitor e questionar o uso que se
dá à palavra no contexto mencionado.
e) pretende indicar que a palavra pertence a outro código
linguístico, não ao do texto.
TEXTO 2
O QUE É O PRONASCI
Questão 6
Pronasci inova no enfrentamento ao crime
Sobre o texto 1, pode-se afirmar que
Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Programa Nacional
de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) marca uma
iniciativa inédita no enfrentamento à criminalidade no país. O
projeto articula políticas de segurança com ações sociais;
prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à
violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento
social e segurança pública. [...]
a) justifica a brutalidade policial a partir da consideração de
que os seres humanos não são santos.
b) argumenta que os policiais são pessoas como todos nós,
com fraquezas e problemas.
c) compara policiais e políticos, grupos excluídos socialmente
e sempre tratados em 3ª pessoa.
d) explica que as mortes de policiais se relacionam com o fato
de que eles não são santos.
e) expressa o desejo de que policiais não sejam santos, pois
não devem ser pacíficos e cordatos.
Questão 7
Quanto ao gênero discursivo, o texto 1 é um(a):
a) crônica.
b) reportagem.
c) conto.
d) ensaio.
e) editorial.
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01/10/2009
Questão 10
A oração “que levam à violência” (primeiro parágrafo do texto
2) pode ser classificada como:
a) subordinada adverbial causal.
b) coordenada sindética explicativa.
c) subordinada adjetiva restritiva.
d) subordinada adverbial consecutiva.
e) coordenada assindética.
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PRF (EXERCÍCIOS)
FELIPE OBERG
ANEXO (REFORMA ORTOGRÁFICA)
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRA 1. NÃO HÁ MAIS ACENTO NOS DITONGOS
ABERTOS DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS.
ANTES
IDÉIA
PLATÉIA
ESTRÉIA
APÓIO
ASSEMBLÉIA
EUROPÉIA
JÓIA
DEPOIS
IDEIA
PLATEIA
ESTREIA
APOIO
ASSEMBLEIA
EUROPEIA
JOIA
REGRA 2. NÃO HÁ MAIS ACENTO CIRCUNFLEXO EM
LETRAS DOBRADAS – ÊE E ÔO.
ANTES
LÊEM
DÊEM
VÊEM
CRÊEM
PREVÊEM
ENJÔO
VÔO
DEPOIS
LEEM
DEEM
VEEM
CREEM
PREVEEM
ENJOO
VOO
ANTES
PÊLO (SUBSTANTIVO)
PÁRA (VERBO)
PÓLO (EXTREMIDADE,
ESPORTE)
PÊRA (SUBSTANTIVO)
CÔA (VERBO COAR)
OS
ANTES
AVERIGÚE
APAZIGÚE
DEPOIS
AVERIGUE
APAZIGUE
HÍFEN
USOS DO HÍFEN EM PALAVRAS FORMADAS POR
PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS, COMO OS
SEGUINTES:
AB, AD, AERO, AGRO, ALÉM, ALFA, ANTE, ANTI,
AQUÉM, ARQUI, AUTO, BEM, BETA, BI, BIO, CIRCUM,
CONTRA, DI, ELETRO, ENTRE, EX, EXTRA, FOTO,
GAMA, GEO, GIGA, GÃ, GRÃO, HETERO, HIDRO,
HIPER, HIPO, HOMO, INFRA, INTRA, INTER, LACTO,
LIPO, MACRO, MAL, MAXI, MEGA, MESO, MICRO,
MINI, MONO, MORFO, MULTI, NEFRO, NEO, NEURO,
OB, PALEO, PAN, PARA, PERI, PLURI, POLI, PÓS,
PRÉ, PRÓ, PROTO, PSEUDO, PSICO, RECÉM,
RETRO, SEM, SEMI, SOB, SUB, SOBRE, SUPER,
SUPRA, TELE, TETRA, TRI, ULTRA.
REGRA 1
COM HÍFEN SOMENTE SE O SEGUNDO ELEMENTO
FOR INICIADO POR H OU PELA MESMA VOGAL.
DEPOIS
FEIURA
BAIUCA
BOCAIUVA
REGRA 4. FORAM EXTINGUIDOS
ACENTOS DIFERENCIAIS:
REGRA 5. NÃO HÁ MAIS ACENTO AGUDO NO U TÔNICO
DO GRUPOS GUE, GUI, QUE, QUI DE VERBOS COMO
AVERIGUAR E APAZIGUAR.
PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS TERMINADOS EM
VOGAL
REGRA 3. NÃO HÁ MAIS ACENTO NO U E NO I TÔNICOS
DEPOIS DE DITONGOS EM PALAVRAS PAROXÍTONAS.
ANTES
FEIÚRA
BAIÚCA
BOCAIÚVA
LÍNGUA PORTUGUESA
EXEMPLOS:
ANTI-HIGIÊNICO
MINI-HOSPITAL
SEGUINTES
DEPOIS
PELO
PARA
POLO
ANTI-IBÉRICO
AUTO-ORGANIZAÇÃO
MICRO-ONDAS
ANTI-INFLAMATÓRIO
INFRA-AXILAR
MICRO-ÔNIBUS
CONTRA-ATAQUE
PERA
COA
CUIDADO!
PODE
POR
FORMA
PÔDE
PÔR
FÔRMA
REGRA 4. EXTINGUIU-SE O TREMA EM TODAS AS
PALAVRAS.
ANTES
FREQÜENTE
SEQÜESTRO
LINGÜIÇA
DEPOIS
FREQUENTE
SEQUESTRO
LINGUIÇA
USA-SE, PORÉM, O TREMA EM NOMES PRÓPRIOS
ESTRANGEIROS E EM TERMOS DELES DERIVADOS.
GISELE BÜNDCHEN
01/10/2009
BÜNDCHENIANO
EXCEÇÃO:
OS PREFIXOS CO E RE LIGAM-SE, SEM HÍFEN, AO
SEGUNDO ELEMENTO.
EXEMPLOS:
COOBRIGAÇÃO
COAUTOR
COERDEIRO
COERDAR
REELEIÇÃO
REEDUCAÇÃO
NOS DEMAIS CASOS, VALE A JUSTAPOSIÇÃO DOS
ELEMENTOS.
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PRF (EXERCÍCIOS)
FELIPE OBERG
EXEMPLOS:
LÍNGUA PORTUGUESA
EXEMPLOS:
AUTOESCOLA
AUTOAJUDA
SEMIABERTO
SEMIÁRIDO
CONTRAINDICAÇÃO
EXTRAOFICIAL
SEMIEXTENSIVO
INFRAESTRUTURA
AUTODIDATA
CONTRAGOLPE
INFECTOCONTAGIOSO
PARADIDÁTICO
PAN-HELÊNICO
PAN-AMERICANO
CIRCUM-MURADO
CIRCUM-NAVEGAÇÃO
2. ALÉM, AQUÉM, RECÉM, SEM, EX, VICE, SOTO, SOTA,
PÓS, PRÓ, PRÉ, GRÃO E GRÃ.
USA-SE
SEMPRE
ELEMENTOS.
O
HÍFEN
COM
ESSES
EXEMPLOS:
ALÉM-MAR
AQUÉM-FRONTEIRA
PRÉ-VESTIBULAR
VICE-GOVERNADOR
GRÃO-MESTRE
SOTO-PÔR
SEM-VERGONHA
REGRA 2
SE O SEGUNDO ELEMENTO SE INICIAR POR R OU
S, ESSAS LETRAS SE DUPLICAM.
EXEMPLOS:
3. PREFIXO “NÃO”
ANTISSOCIAL
AUTORRETATO
SEMIRRETA
CONTRARREGRA
ULTRASSECRETO
O PREFIXO “NÃO” PERDE O HÍFEN EM TODAS AS
SITUAÇÕES.
EXEMPLOS:
ANTES
NÃO-ÍNDIOS
NÃO-FUMANTES
NÃO-LEAL
PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS TERMINADOS EM
CONSOANTE
REGRA 1
COM HÍFEN SE O SEGUNDO ELEMENTO FOR
INICIADO POR H, R OU MESMA CONSOANTE.
EXEMPLOS:
INTER-RACIAL
AB-ROGAÇÃO
OB-REPÇÃO
AD-DIGITAL
SUB-HUMANO
NOS DEMAIS CASOS, VALE A JUSTAPOSIÇÃO DOS
ELEMENTOS.
DEPOIS
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL
PACTO DE NÃO PROLIFERAÇÃO DE ARMAS
NUCLEARES
USOS DO HÍFEN EM PALAVRAS COMPOSTAS
REGRA 1
USA-SE HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS
QUANDO
O
PRIMEIRO
ELEMENTO
FOR
SUBSTANTIVO, ADJETIVO, VERBO OU NUMERAL.
EXEMPLOS:
AMOR-PERFEITO
BOA-FÉ
GUARDA-CHUVA
SEGUNDA-FEIRA
EXEMPLOS:
SUBSEÇÃO
SUBPREFEITURA
INTERATUAÇÃO
INTERCLUBE
INTERESTADUAL
INTERSINDICAL
SUPERSÔNICO
CASOS ESPECÍFICOS
1. CIRCUM E PAN
COM HÍFEN SE O SEGUNDO ELEMENTO FOR
INICIADO POR H, VOGAL, M OU N.
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01/10/2009
ATENÇÃO!
SE A NOÇÃO DE COMPOSIÇÃO DESAPARECEU
COM O TEMPO, DEVE-SE UNIR O COMPOSTO SEM
HÍFEN.
EXEMPLOS:
PONTAPÉ
MADRESSILVA
GIRASSOL
PARAQUEDISMO
PARAQUEDAS
MANDACHUVA
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PRF (EXERCÍCIOS)
FELIPE OBERG
CUDADO!
LÍNGUA PORTUGUESA
REGRA 6
PARA-BRISA
PARA-CHOQUE
USA-SE HÍFEN COM BEM.
EXEMPLOS:
BEM-ESTAR
BEM-AVENTURADO
BEM-HUMORADO
BEM-MERECIDO
REGRA 2
USA-SE O HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS QUE
DESIGNAM
ESPÉCIES
BOTÂNICAS
OU
ZOOLÓGICAS.
QUADRO COMPARATIVO
EXEMPLOS:
COUVE-FLOR
ERVILHA-DE-CHEIRO
FORMIGA-BRANCA
BEM-TE-VI
ANDORINHA-DO-MAR
BEM-ME-QUER
EXCEÇÃO: MALMEQUER
BEM
BEM-CRIADO
BEM-DOTADO
BEM-NASCIDO
BEM-VISTO
*O ADVÉRBIO BEM APARECE, PORÉM, AGLUTINADO
COM O SEGUNDO ELEMENTO EM ALGUNS COMPOSTOS:
BENFAZER
BENFEITO
BENFEITOR
BENFEITORIA
BENQUERER
BENQUISTO
BENQUERENÇA
BENDIZER
REGRA 3
USA-SE O HÍFEN PARA LIGAR DUAS OU MAIS
PALAVRAS
QUE
FORMEM
ENCADEAMENTO
VOCABULAR E NAS COMBINAÇÕES HISTÓRICAS.
EXEMPLOS:
LIBERDADE-IGUALDADE-FRATERNIDADE
PONTE RIO-NITERÓI
LIGAÇÃO ANGOLA-MOÇAMBIQUE
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
REGRA 4
USA-SE HÍFEN NOS ADJETIVOS PÁTRIOS.
EXEMPLOS:
MATO GROSSO
PORTO ALEGRE
PONTA GROSSA
→ MATO-GROSSENSE
→ PORTO-ALEGRENSE
→ PONTA-GROSSENSE
REGRA 5
REGRA 7
NÃS LOCUÇÕES DE QUALQUER TIPO NÃO SE
EMPREGA, EM GERAL, O HÍFEN, SALVO ALGUMAS
EXCEÇÕES JÁ CONSAGRADAS PELO USO (COMO É
O CASO DE ÁGUA-DE-COLÔNIA, ARCO-DA-VELHA,
COR-DE-ROSA, MAIS-QUE-PERFEITO, PÉ-DE-MEIA,
AO DEUS-DARÁ, À QUEIMA-ROUPA).
EXEMPLOS:
LOCUÇÕES SUBSTANTIVAS
CÃO DE GUARDA
FIM DE SEMANA
SALA DE JANTAR
PÉ DE MOLEQUE
PÔR DO SOL
USA-SE HÍFEN COM MAL ANTES DE VOGAIS, H OU
L.
CUIDADO: ESTRELA-DO-MAR
LOCUÇÕES ADJETIVAS
COR DE AÇAFRÃO
CAFÉ COM LEITE
COR DE VINHO
EXEMPLOS:
MAL-ESTAR
MAL-HUMORADO
MAL-LIMPO
MAL-INTENCIONADO
MAL-ENTENDIDO
MAL-EDUCADO
MAL-OLHADO
NÃO SE USA HÍFEN NOS DEMAIS CASOS.
EXEMPLOS:
MALCRIADO
MALFEITO
MALFORMADO
MALDOTADO
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MAL
MALCRIADO
MALDOTADO
MALNASCIDO
MALVISTO
REGRA 8
COM OS “SUFIXOS” DE ORIGEM TUPI-GUARANI
AÇU, GUAÇU E MIRIM, USA-SE HÍFEN SE A ÚLTIMA
SÍLABA
DO
ELEMENTO
ANTERIOR
FOR
ACENTUADA.
EXEMPLOS:
ABARÉ-GUAÇU (GRANDE FEITICEIRO)
ANDÁ-AÇU (ESPÉCIE DE ÁRVORE)
INGÁ-MIRIM (ESPÉCIE DE ÁRVORE)
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