PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Interpretação e compreensão de texto. 2. A estruturação dos textos. A coesão e a coerência nos textos. 3. Correção, clareza, elegância das frases. Adequação vocabular. Reescritura de frases: a norma culta de língua portuguesa. 4. Técnica de resumo de frases e textos. 5. Problemas na escritura das frases: ambiguidade, paralelismo e concordância de tempos verbais. 6. Noções textuais de ortografia, morfologia, sintaxe e semântica. 7. Linguagem figurada. Funções de linguagem. Variação linguística. 8. Argumentação: estrutura, processos e problemas. 9. Noções básicas de redação oficial. 10. Produção textual na modalidade dissertação. 11. Nova reforma ortográfica. PARALELISMO 01. (FUNRIO-MINISTÉRIO DA JUSTIÇA-ANALISTA-2009) O princípio do paralelismo sintático, segundo o qual quaisquer elementos da frase coordenados entre si devem apresentar estrutura gramatical similar, está preservado em a) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a divulgar na semana passada um show do cantor no Maracanã como um dos pontos altos da comemoração dos seus 50 anos de carreira e que tudo está acertado com a emissora da tevê detentora dos direitos de transmissão. b) A assessoria de Roberto Carlos começou a divulgar na semana passada que um dos pontos altos da comemoração dos 50 anos de carreira do cantor será um show no Maracanã e o acerto com a emissora de tevê detentora dos direitos de transmissão. c) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a divulgar na semana passada que um show do cantor no Maracanã será um dos pontos altos da comemoração dos seus 50 anos de carreira e estando tudo acertado com a emissora de tevê detentora dos direitos de transmissão. d) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a divulgar na semana passada que um dos pontos altos da comemoração dos 50 anos de carreira do cantor será um show no Maracanã e que está acertado com a emissora de tevê detentora dos direitos de transmissão. e) A assessoria de imprensa de Roberto Carlos começou a divulgar na semana passada um dos pontos altos da comemoração dos 50 anos de carreira do cantor, um show no maracanã, e que tudo está acertado com a emissora de tevê detentora dos direitos de transmissão. 07. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) Chama-se adequação sintática a construção coerente de períodos e orações, observadas as relações existentes entre seus termos e a sua organização. Qual o parágrafo dentre os abaixo transcritos que preserva o princípio do paralelismo sintático, segundo o qual quaisquer elementos da frase coordenados entre si devem apresentar estrutura gramatical similar? a) Aqui não pretendemos defender a idéia de mais intervenção do Estado na economia ou que se ele volte a produzir aço em grande quantidade. b) Aqui não pretendemos defender a idéia de que o Estado intervenha mais na economia ou a volta de uma produção de aço em grande quantidade. c) Aqui não pretendemos defender a idéia de que intervenção do Estado deva ser maior na economia ou uma produção de aço voltando a ter quantidade. 01/10/2009 LÍNGUA PORTUGUESA d) Aqui pretendemos defender a idéia de um Estado intervindo mais na economia ou que ele volte a produção de aço em grande quantidade. e) Aqui não pretendemos defender a idéia de que o Estado intervenha mais na economia ou que volte a produzir aço em grande quantidade. ARGUMENTAÇÃO 03. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) As opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista, julgamento, que representam por parte de quem fala sua aprovação ou desaprovação. Mas as opiniões precisam vir apoiadas em fatos para que ganhem credibilidade. A alternativa que mostra um trecho argumentativo que serve como exemplo para o que foi dito acima é a seguinte: a) Foi a primeira semana de maio que o jogador brasileiro conhecido como Juca Tatu se transferiu para o futebol da China, a fim de integrar a equipe mais popular da cidade de Xangai, o Shenzhen, cujo treinador é o paulista Marco Falopa. b) Além, muito além daquela lagoa, que ainda reflete os últimos raios do pôr-do-sol, nasceu Limogino, o cabra da peixeira arretada, que tinha os olhos mais vesgos que eu já vi, e mais remelentos que folha de jacutinga largada no brejo durante a seca. c) Isaltina namorou-me durante doze dias e quatro maços de cigarro mata-rato e vivia falando mal do meu pai só porque o velho era rabugento e passava as tardes enchendo a paciência dizendo que nosso caso excedia as raias de um impulso infanto-juvenil. d) Para saber se o texto é figurativo, observe se as imagens têm uma organização imprecisa e se há um grupo delas se referindo à escultura e outro representando a produção intelectual baiana do início do século XX, época em que faltava mão-de-obra na praça. e) O período em que Juvenal antena esteve à frente da Associação de Moradores foi benéfico para a comunidade, porque ele captou recursos para obras de saneamento, construiu um posto de saúde e combateu o tráfico de drogas na Portelinha. NORMA CULTA 04. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) Todo o nosso comportamento social está regulado por normas a que devemos obedecer, se quisermos ser corretos. O mesmo acontece com a linguagem, apenas com a diferença de que as suas normas, de um modo geral, são mais complexas e coercitivas. Por isso, e para simplificar as coisas, define-se o “lingüisticamente correto” como aquilo que é exigido pela comunidade lingüística a que se pertence. (Celso Cunha: “A Noção de Correto”, 1985). Qual das frases abaixo, embora consagrada pelo uso na imprensa de prestígio, ainda é apontada como um desvio em relação às normas da língua padrão? a) O público feminino preferia mais a punição da vilã do que a vingança da heroína. b) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na sociedade brasileira contemporânea. c) Quinze por cento da população gaúcha declaram que seus momentos de lazer diminuíram. d) A maior parte daqueles bairros não tinham nenhuma estrutura para suportar as enchentes. e) Assim que elas intervieram, a dúvida foi sanada e todos ficamos satisfeitos e felizes. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1 PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG LÍNGUA PORTUGUESA 05. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) Tendo começado quase ao mesmo tempo a vida de escritor e a de professor, bem se pode imaginar quanto me vi às voltas com as regras ditadas durante todos aqueles anos filólogos e gramáticos. De modo geral, faço justiça a eles, reconhecendo que os bons são indispensáveis: é necessário que alguém coloque alguma ordem no modo de um Povo falar e escrever seu idioma. (Ariano Suassuna: “Receita Para Escrever Nomes Próprios”, 2000) Assim como está adequado o emprego do acento de crase no sintagma “às voltas”, também está correto esse uso. do acento em: c) permissão para que qualquer um imprima o que quiser. d) entrada dos direitos autorais em domínio público. e) possibilidade de haver batalhas judiciais pelo mundo a) Peço encarecidamente à V.Exa. a transferência desse indivíduo. b) Os vales-refeição serão distribuídos à partir de manhã à tarde. c) Encomendei um sanduíche à metro e comprei comida àquilo. d) Saíram às escondidas e foram à pé até à esquina pegar um táxi. e) À meia noite, assistimos pela tevê à chegada do Ano Novo. Já em rapaz eu ouvira falar numa raça de tatus-rosqueira, porém punha minhas dúvidas nessas histórias. Passaram-se os anos; caminhei muito, muito, aconteceu-me muito, mas de tatu-rosqueira, nada! Pois dessa feita, no Rincão das Tunas, vi; do outro lado do rio Camaquã. Com estes que a terra há de comer, vi... e se me fosse contado não acreditaria. Periga a verdade, mas lá vai, e, demais, estavam presentes o Capitão Felizardo, já falecido, o licenciado Silvinha (que perdi de vista), além dos peões, sem falar nos cachorros, por sinal bons tatuzeiros. (...) Era por uma bonita noite de luar. Estávamos mateando e pitando; conversa vai, conversa vem, quando o Major Felizardo lembrou que podia divertir-nos proporcionando-nos uma caçadita aos tatus. – E tatu-rosqueira, então, que é praga!... – concluiu o major. A este dito, saltei: – Pois há? – inquiri. – Xi! Assim!... E o Major juntou em molho os dedos das duas mãos, e assobiou comprido. Aprestamo-nos e saímos rumo do rincão. De chegada soltamos os cachorros, e daí um quase-nada já lhes ouvíamos o ganiçado. Começamos a bater as tocas. Aquilo foi rápido. Havia mesmo muito tatu! Cachorro farejava, cavava na entrada da toca, e nós já rente, de enxada, dá-le que dá-le! Eu é que tive a sorte de descobrir o primeiro tatu; o primeiro tatu, não, o primeiro rabo de tatu. E no que descobri, agarreio. Tironeei, tironeei e nada, o bicho não vinha; já ia meter o dedo... sabem, hein?... quando o licenciado Silvinha gritou-me: – Não faça isso, Romualdo... Destorça a rosca do rabo!... – Quê? – Sim, e para a esquerda, a modo de parafuso inglês! Sem ter consciência do que fazia, às mãos ambas dei umas quantas voltas para a esquerda, e qual não foi o meu espanto quando senti que efetivamente aquilo cedia, afrouxava, desatarraxava-se!... E fiquei com o rabo na mão... sem o tatu! Pelos outros lados os companheiros andavam na mesma faina. Algo desapontado, indaguei do licenciado: – E agora?... – Passe a outro. Guarde esse rabo aí no saco; daqui a pouco você verá o resto! Aquilo era curioso, passei a outra cova, a mesma manobra: outro rabo no saco; outra e outra, e assim uma porção delas. A certa altura o Tenente-coronel deu ordem de parar, pois não poderíamos transportar toda a caçada; o saco estava cheio a mais de meio. Eu estava desconfiado e furioso, mas disfarçando, achava esquisito vir ao mato caçar tatus e só levar-lhes as caudas... Mas o Coronel Felizardo fez um sinal e logo nos arrolhamos em volta do saco; fez-se silêncio e daí a pouco começou a tatuzada a sair das tocas – desrabados todos – e vieram se chegando para o saco, focinhavam nele e 06. (FUNRIO-MINISTÉRIO DA JUSTIÇA-ANALISTA-2009) Às vezes faz bem chorar E nas velhas cordas procurar Notas e acordes esquecidos Os dedos calejados deslizar Recordar, saudoso, um samba antigo. A letra de Ivor Lancellotti emprega adequadamente o acento de crase. Também está correto esse uso de acento em a) Retiraram-se às pressas para não responderem às perguntas da mídia. b) Deixei o carro no lava à jato e fui à confeitaria escolher uns doces. c) Quando saímos à cavalo estamos apenas à procura de paz e sossego. d) Daqui à uma hora irei até à piscina pra examinar a água e o cloro. e) Encaminhamos ontem à V. Sa os convites para a recepção à família. COESÃO 07. (FUNRIO-AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL-2009) Popeye, o marinheiro movido a espinafre, que gera US$ 2,17 bilhões anuais em vendas, promete neste ano virar personagem de batalhas judiciais pelo mundo. Os direitos autorais dos desenhos originais expiraram no dia 1º de janeiro de 2009, entrando em domínio público de acordo com a lei da União Européia, que restringe o uso de imagens até 70 anos após a morte do autor. Isso significa que, agora, qualquer um pode imprimir e vender pôsteres, camisetas e adesivos com a imagem do Popeye e mesmo utilizar sua imagem em novos quadrinhos, sem a necessidade de pedir autorização ou pagar royalties. O último período da notícia se inicia com o demonstrativo “isso”, que estabelece um vínculo de coesão no texto porque faz referência à a) restrição ao uso das imagens até 70 anos após a morte do autor. b) geração de US$ 2,17 bilhões anuais em vendas. 2 01/10/2009 FUNRIO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO 2009 QUESTÕES SELECIONADAS TEXTO O TATU-ROSQUEIRA J. Simões Lopes Neto Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG ficavam quietos, como viúva velha chorando na cova de marido novo… Aí então é que era pegar e sangrar tatu!... Foi uma senhora matança! Fizemos umas quantas enfiadas e voltamos para casa vergando o peso da caçada. Eu, por mim, confesso estava atônito! Em caminho é que o Brigadeiro Felizardo me foi contando a coisa pelo miúdo. – Romualdo, você conhece o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros; mas parece que este nunca viu... – De ouvido, sim! – Ora! Ouvir falar é uma coisa, ver é outra... Este tatu tem o rabo como uma rosca, por isso se chama rosqueira; caçá-lo é facílimo: descoberta a toca, basta poder agarrá-lo pela cauda e, em vez de puxar, destorcê-la e depois levá-la para um pouco distante, naturalmente o rosqueira sente falta do peso do rabo e pelo faro vai em busca, acha-o e começa logo a cavar no chão um buraco estreito e fundo, entra então com focinho a dar voltas e mais voltas à cauda solta, e tanto trabalha que a faz cair de ponta para baixo no buraco que preparou: então, chega-lhe terra e vai enchendo, de forma que a cauda pode ficar fincada como uma estaca, e quando ele sente que está firme, senta-se-lhe em cima e... – E... parece incrível!... – E começa a andar à roda, à roda, sempre para a direita, até atarraxar-se de novo ao rabo. No que está pronto vai embora! No dia seguinte fui ao mato, sozinho, para verificar o caso. Descobri logo umas sete covas, portanto sete tatus; destorci sete rabos, pu-los no chão; trepei a uma árvore copada e esperei: vieram os tatus, fizeram os tais buracos, fincaram as caudas, sentaram-se em cima delas e começaram a rodar, a rodar, a rodar. Dentro em pouco um primeiro cessou o movimento e atirou-se para a frente, na sua posição natural, de quatro patas; e logo outro, enfim todos os sete, perfeitamente bons, enrabados, completos. Sem querer fiz um movimento, e os bichos fugiram rápidos como setas. Era a pino do meio-dia. Para comer é que não são bons: têm a carne muito dura. (adaptado de “Casos de Romualdo”. Porto Alegre: Globo, 1952) Questão 1 A coerência de sentido é a primeira propriedade de um texto. Isso quer dizer que um texto não é um amontoado de frases, ou seja, as frases não estão nele pura e simplesmente dispostas umas após as outras, mas estão relacionadas entre si. Simões Lopes Neto escreveu um texto com essa primeira propriedade porque a) o sentido de uma frase depende do sentido das demais com que se relaciona. b) o tatu-rosqueira é um animal muito pouco conhecido pelas pessoas. c) as relações entre os personagens constroem o sentido da narrativa. d) as unidades maiores de sentido estão inseridas nas unidades menores. e) os espaços em branco antes e depois do texto servem como seus delimitadores. Questão 2 A escolha da oração principal não é ato gratuito. É o ponto de vista e a situação que devem servir para essa escolha. (Othon M. Garcia: “Comunicação em Prosa Moderna”, 2004) 01/10/2009 LÍNGUA PORTUGUESA A afirmação acima permite considerar que a opção por uma determinada estrutura sintática está, muitas vezes, vinculada a questões estilísticas, discursivas. É o que ocorre com o trecho “o Major Felizardo lembrou que podia divertir-nos proporcionando-nos uma caçadita aos tatus”, no quarto parágrafo. Qual a razão expressiva que justifica a escolha do redator por essa estrutura frasal? a) A inversão do foco semântico, deslocado para a oração do verbo “proporcionar”. b) A sugestão de apagamento dos valores narrativos dos verbos “lembrar” e “divertir”. c) A sequência lógica entre as ideias de “lembrar”, “poder divertir” e “proporcionar”. d) A combinação original das orações subordinadas com suas respectivas principais. e) A retomada discursiva da identidade dos animais como forma de reforço irônico. Questão 3 O texto de J. Simões Lopes Neto enquadra-se no tipo narrativo, porque possui as características básicas de uma narração. Uma dessas características é a seguinte: a) as expressões regionais têm a função de dar mais veracidade às cenas. b) a progressão temporal está presente entre os acontecimentos relatados. c) as opiniões do narrador são sempre apresentadas em primeira pessoa. d) os personagens e as situações são compatíveis com a realidade apresentada. e) os personagens e as situações são compatíveis com a realidade apresentada. Questão 4 Chama-se de coesão referencial aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro ou outros elementos nela presentes ou inferíveis a partir do universo textual. (Ingedore Koch, “A Coesão Textual”, 1991). Em qual dos trechos abaixo transcritos, a coesão referencial está corretamente explicada? a) Pois dessa feita, no Rincão das Tunas, vi; do outro lado do rio Camaquã. Com estes que a terra há de comer, vi... e se me fosse contado não acreditaria [segundo parágrafo] – O demonstrativo “estes” remete ao “outro lado do rio Camaquã”. b) Periga a verdade, mas lá vai, e, demais, estavam presentes o Capitão Felizardo, já falecido, o licenciado Silvinha (que perdi de vista), além dos peões [terceiro parágrafo] – A expressão “além dos peões” remete à locução “lá vai”. c) De chegada soltamos os cachorros, e daí um quase-nada já lhes ouvíamos o ganiçado (nono parágrafo) – O substantivo “ganiçado” remete ao pronome pessoal do caso oblíquo “lhes”. d) Cachorro farejava, cavava na entrada da toca, e nós já rente, de enxada, dá-le que dá-le! (décimo parágrafo) – A interjeição “dála que dá-le” remete à locução regionalista “nós já rente”. e) Já em rapaz eu ouvira falar numa raça de tatus-rosqueira, porém punha minhas dúvidas nessas histórias [primeiro parágrafo] – A locução “nessas histórias” remete a “histórias de tatus-rosqueira”. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3 PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG LÍNGUA PORTUGUESA Questão 5 Questão 7 Em caminho é que o brigadeiro Felizardo me foi contando a coisa pelo miúdo. – Romualdo, você conhece o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros; mas parece que este nunca viu... Nos parágrafos 11 e 12, o narrador nos dá conta de como começou a caçada: “Eu é que tive a sorte de descobrir o primeiro tatu; o primeiro tatu, não, o primeiro rabo de tatu. E no que descobri, agarrei-o. Tironeei, tironeei e nada, o bicho não vinha; já ia meter o dedo... sabem, hein?... quando o licenciado Silvinha gritou-me: – Não faça isso, Romualdo... Destorça a rosca do rabo!...” Na volta para casa, Felizardo explicou para Romualdo como se dava o processo de reenroscamento do rabo do tatu. A explicação começa com uma frase em discurso direto, como se vê no trecho transcrito acima. Se a opção do narrador fosse reproduzir a fala de Felizardo usando o discurso indireto, poderíamos ter como resultado a seguinte frase: a) Felizardo contou para Romualdo que ele conhecia o tatupeludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que parecia nunca ter visto um desses. b) Felizardo me contou que eu conhecia o tatu-peludo ou o derabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que eu parecia nunca ter visto esse. c) Felizardo me disse que Romualdo conhecia o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas que parecia nunca ter visto um desses. d) Ele disse que eu conhecia o tatu-peludo ou o de-rabo-mole, o bola, o guaçu e outros, mas parecia que eu nunca vira um daqueles. e) Ele me falou que eu conhecia o tatu-peludo ou o de-rabomole, o bola, o guaçu e outros, mas parecia que Romualdo nunca vira aquele. Questão 6 Descobri logo umas sete covas, portanto sete tatus; destorci sete rabos, pu-los no chão; trepei a uma árvore copada e esperei: vieram os tatus, fizeram os tais buracos, fincaram as caudas, sentaram-se em cima delas e começaram a rodar, a rodar, a rodar. Dentro em pouco um primeiro cessou o movimento e atirou-se para a frente, na sua posição natural, de quatro patas; e logo outro, enfim todos os sete, perfeitamente bons, enrabados, completos. Sem querer fiz um movimento, e os bichos fugiram rápidos como setas. Era a pino do meio-dia. O penúltimo parágrafo do texto mostra uma combinação expressiva de recursos linguísticos a serviço da construção do sentido. Qual dos comentários abaixo está de acordo com essa afirmação? a) Recorrendo a uma grande quantidade de frases curtas, o narrador contrabalança a imobilidade do espectador colocado em cima de uma árvore com a agilidade dos tatus. b) Empregando verbos de ação, a narrativa sugere uma movimentação descompassada dos animais enquanto o narrador se posiciona sem muito cuidado na observação da cena. c) Utilizando uma sucessão de orações coordenadas, a narração se vale da descrição das ações dos animais e da estaticidade do narrador para construir o cenário desejado. d) Suprimindo o uso de orações adverbiais, o autor demonstra certa dificuldade na descrição dos movimentos dos tatus por estar imobilizado no alto de uma árvore. e) Valendo-se de orações reduzidas, a apresentação das ações dos animais condiz com a intenção do narrador de confirmar a história do enroscamento que lhe contaram. 4 01/10/2009 Observa-se aqui que há uma relação entre o emprego dos sinais de pontuação e a intenção de reproduzir traços da oralidade. Isso está confirmado na seguinte alternativa: a) O advérbio “não” está separado por duas vírgulas porque tem uma finalidade retificadora. b) A ideia de “dar puxões” do verbo “tironear” é reforçada pelo uso do indefinido “nada” c) As três reticências do parágrafo têm como função indicar a enumeração de outras ações. d) O vocativo “Romualdo” está separado de “Não faça isso” para enfatizar a reação de Silvinha. e) A fala de Silvinha termina com um ponto de exclamação porque expressa a ironia da situação. Questão 8 Ao longo do texto, o personagem Felizardo é apresentado, sucessivamente, como Capitão, Major, Tenente-coronel, Coronel e Brigadeiro. Embora estranha, essa variedade de tratamento em relação ao personagem tem como suporte o fato de a) a linguagem popular empregar essas denominações como marca de autoritarismo. b) as patentes indicadas no texto servirem como hipônimos da denominação “militar”. c) a obra literária estar autorizada para infringir a lógica e o rigor científico. d) os substantivos desse campo semântico serem equivalentes na construção argumentativa. e) o jargão militar admitir que oficiais superiores sejam identificados pela hierarquia. Questão 9 Ao final do parágrafo 25, há um trecho em que se combinam dois pronomes oblíquos: “quando ele (o tatu) sente que (a terra) está firme, senta-se-lhe em cima”. Qual a maneira correta de descrever o emprego dos pronomes SE e LHE? a) Têm função de apassivador e de objeto indireto, respectivamente. b) Têm valor de expletividade e de posse, respectivamente. c) Têm função de indeterminador e de adjunto adnominal, respectivamente. d) Têm valor reflexivo e locativo, respectivamente. e) Têm função de objeto direto e de conectivo, respectivamente. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG Questão 10 O emprego do acento de crase ocorre por razões diferentes nos dois trechos transcritos abaixo. Parágrafo 15: Sem ter consciência do que fazia, às mãos ambas dei umas quantas voltas para a esquerda. Parágrafo 27: E começa a andar à roda, à roda, sempre para a direita, até atarraxar-se de novo ao rabo. A única opção que repete, na mesma ordem, as duas ocorrências dos trechos acima é: a) Ainda irei à Rússia, pois viajo à beça pelo leste europeu. b) Dedicarei àquela moça que passa uma poesia à Vinícius. c) Saio às dez em ponto para poder chegar cedo à tua casa. d) Entrei à frente de todos, direto para o baile à fantasia. e) Mostrei o livro às duas e pedi que o copiassem à mão. FUNRIO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AGENTE ADMINISTRATIVO 2009 QUESTÕES SELECIONADAS TEXTO 1 SANTOS NA POLÍCIA João Ubaldo Ribeiro A respeito da polícia, costumamos agir da mesma forma que em relação a outros grupos ou categorias. Quando falamos mal dos políticos - e não é que não tenhamos razão, é outro aspecto do problema - costumamos descrevê-los como se eles não se originassem de nós mesmos, o povo brasileiro. Como já disse aqui algumas vezes, não são marcianos, são gente como nós, a maior parte dos quais com biografias semelhantes às nossas. Aprendemos uma espécie de defesa automática, para exorcizar o grau de responsabilidade que cada um de nós tem, quer queira ou quer não, e usamos logo a terceira pessoa: os políticos brasileiros fazem isso ou aquilo, os funcionários públicos idem idem, e assim por diante, nada conosco. [...] Com a polícia, o comportamento não é diverso. A polícia são ‘eles’, nunca nós. Não são homens e mulheres nascidos e criados da mesma maneira que outros brasileiros, são ‘eles’. Claro que nunca defendi (e, aliás, não estou defendendo nada, são somente uns pontos de vista que quero expor) a brutalidade, a ineficiência ou a corrupção na polícia, nem tampouco encaro os marginais como gente fina que esta vida cruel levou ao crime, enquanto ignoro as mortes, o sacrifício e o heroísmo de muitos policiais – prática infelizmente comum na imprensa e em certos grupos de opinião. Nos últimos dias, tem havido uma cobertura intensiva do crescente número de policiais mortos simplesmente porque carregam uma carteira funcional, ou vestem um uniforme. Foi polícia, tiro nele. E, porque são ‘eles’, encaramos suas mortes como algo alheio a nós e já ouvi até gente discursando para que se aja assim, porque afinal ‘essa polícia merece mesmo isso’, é o troco que está recebendo por não servir bem ou maltratar o cidadão. Fico imaginando a vida de um policial honesto e, com toda a certeza, independentemente de alguma vocação, não a quereria para mim ou para ninguém em cujo destino pudesse influenciar. Agora, policiais mal pagos, mal preparados e vergonhosamente equipados convivem, ainda por cima, com a condenação à morte a que estão sujeitos, simplesmente por exercerem a profissão. E não só a condenação deles mesmos, mas também de suas famílias, da mulher aos filhos 01/10/2009 LÍNGUA PORTUGUESA de colo. Vários deles, num ato impensável em qualquer país civilizado, mandam tirar carteiras de alguma outra profissão, para carregá-las nos bolsos quando estão de folga e assim escapar da ‘vingança’ dos marginais. Outros escondem dos vizinhos e dos próprios filhos sua condição de policial. E, ao que tudo indica, estamos achando isso tudo normal. Policial é policial, não só ‘ganha pra isso’ como não é gente como nós, não tem medo, não tem fraquezas, não é sujeito a inveja, ressentimento, frustração, neurose ou até estresse. Executivo de multinacional tem estresse, dona de casa tem estresse, jornalista tem estresse, mas policial não, é moleza subir morro enfrentando armas de última geração e a hostilidade dos que sofrem com isso. Naturalmente, nada justifica atrocidades, brutalidade, venalidade, cumplicidade com criminosos - o que muitos policiais praticam e continuam praticando. Mas, se está muito longe de justificar, está muitíssimo perto de explicar. Que queremos na polícia? Santos? No país em que vivemos, somente santos com vocação ao martírio seriam os policiais que desejamos. Temos o direito de querer contar com uma polícia eficiente, atuante e respeitada pela comunidade, assim como temos o direito de exigir (apesar de nunca obtermos) mais ou menos as mesmas coisas de todas as autoridades. [...] A maioria de nós que fosse levada à condição de policial agiria até bem pior do que aqueles que critica. Bastariam uns meses, ou nem tanto, convivendo com a corrupção, que vem de cima e de todos os lados, a iniqüidade, a desonestidade de parceiros, a grana curta, a execração da imprensa e do público (e quem é o primeiro a oferecer uma cervejinha ao guarda de trânsito, para ele esquecer a infração, não somos nós? Quem chegou primeiro, o ovo ou a galinha?), o medo de morrer ou encontrar a família morta e tanta nojeira e pavor em que o policial é obrigado a chafurdar. Mas não, nós queremos santos, iguais a nós, povo pacífico, cordato, incorruptível e respeitador da lei. Não temos um plano de segurança pública merecedor desse nome, negligenciamos a polícia, de que só lembramos para criticar, queremos que ela se lixe e também queremos que, em troca disso, seja exemplar. Quer dizer, queremos santidade. Não me considero exceção pessoal. Também tenho medo da polícia e também me horrorizo com muito do que ela faz. Acho que temos uma polícia que pode ser qualificada de ruim ou péssima. Mas também não acho que melhor qualificativo pode ser dado a nós como um todo, com a possível exceção de alguns padres, frades, freiras, pastores ou rabinos. Chato lembrar, mas a nossa polícia também somos nós, não foi o Diabo que a criou; fomos e continuamos sendo nós. (Fonte: O Globo, 15/10/00) Questão 1 De acordo com o texto 1, a opção em que o significado da palavra destacada está correto é a) negligenciamos – odiamos. b) execração – mitificação. c) venalidade – corrupção. d) iniqüidade – paralisia. e) chafurdar – emergir. Questão 2 O vocábulo “QUE”, no texto 1, apresenta valor anafórico em a) “... queremos que, em troca disso, seja exemplar.” b) “Acho que temos uma polícia...” c) “... para exorcizar o grau de responsabilidade que cada um de nós tem...” d) “... e não é que não tenhamos razão...” e) “Que queremos na polícia?” Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5 PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG LÍNGUA PORTUGUESA Questão 3 Questão 8 O fragmento do texto 1 que NÃO apresenta traço de informalidade é “Aprendemos uma espécie de defesa automática, para exorcizar o grau de responsabilidade que cada um de nós tem, quer queira ou quer não, e usamos logo a terceira pessoa: os políticos brasileiros fazem isso ou aquilo, os funcionários públicos idem, e assim por diante, nada conosco.” a) “... nem tampouco encaro os marginais como gente fina que esta vida cruel levou ao crime...” b) “... é o troco que está recebendo por não servir bem ou maltratar o cidadão.” c) “... a iniqüidade, a desonestidade de parceiros, a grana curta, a execração da imprensa e do público...” d) “... queremos que ela se lixe e também queremos que, em troca disso, seja exemplar.” e) “Não temos um plano de segurança pública merecedor desse nome, negligenciamos a polícia, de que só lembramos para criticar...” Questão 4 O vocábulo do texto 1 cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra “automática” é a) possível. b) também. c) heroísmo. d) país. e) públicos. Sobre o emprego do presente do indicativo nesse fragmento do texto 1, é correto afirmar que a) enuncia um fato atual, que ocorre no momento em que se fala, com valor de ação simultânea à enunciação. b) indica ações ou estados permanentes ou considerados como tal em qualquer momento de enunciação. c) refere-se a fatos ocorridos em momentos passados, com o objetivo de dar-lhes vivacidade. d) expressa ações ou estados habituais ou uma faculdade do sujeito exercidas no momento em que se fala. e) marca um fato futuro que se insere em um lugar próximo do momento atual de enunciação. Questão 9 Sobre o uso das aspas no texto 1 (A polícia são ‘eles’, nunca nós. Não são homens e mulheres nascidos e criados da mesma maneira que outros brasileiros, são ‘eles’), vale dizer que Questão 5 Em “A respeito da polícia, costumamos agir da mesma forma que em relação a outros grupos ou categorias. Quando falamos mal dos políticos - e não é que não tenhamos razão, é outro aspecto do problema - costumamos descrevê-los como se eles não se originassem de nós mesmos, o povo brasileiro”(texto 1), o trecho entre travessões estabelece com o fragmento que o antecede uma relação de a) explicação. b) comparação. c) enumeração. d) recapitulação. e) ênfase. a) tem a função de indicar que não se trata de uma voz citada e que pertence ao enunciador do texto. b) marca que a palavra não está sendo usada no seu sentido de 3ª pessoa do plural. c) determina que a palavra está sendo usada para designar o signo linguístico em si mesmo. d) visa a chamar a atenção do leitor e questionar o uso que se dá à palavra no contexto mencionado. e) pretende indicar que a palavra pertence a outro código linguístico, não ao do texto. TEXTO 2 O QUE É O PRONASCI Questão 6 Pronasci inova no enfrentamento ao crime Sobre o texto 1, pode-se afirmar que Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) marca uma iniciativa inédita no enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública. [...] a) justifica a brutalidade policial a partir da consideração de que os seres humanos não são santos. b) argumenta que os policiais são pessoas como todos nós, com fraquezas e problemas. c) compara policiais e políticos, grupos excluídos socialmente e sempre tratados em 3ª pessoa. d) explica que as mortes de policiais se relacionam com o fato de que eles não são santos. e) expressa o desejo de que policiais não sejam santos, pois não devem ser pacíficos e cordatos. Questão 7 Quanto ao gênero discursivo, o texto 1 é um(a): a) crônica. b) reportagem. c) conto. d) ensaio. e) editorial. 6 01/10/2009 Questão 10 A oração “que levam à violência” (primeiro parágrafo do texto 2) pode ser classificada como: a) subordinada adverbial causal. b) coordenada sindética explicativa. c) subordinada adjetiva restritiva. d) subordinada adverbial consecutiva. e) coordenada assindética. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG ANEXO (REFORMA ORTOGRÁFICA) ACENTUAÇÃO GRÁFICA REGRA 1. NÃO HÁ MAIS ACENTO NOS DITONGOS ABERTOS DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS. ANTES IDÉIA PLATÉIA ESTRÉIA APÓIO ASSEMBLÉIA EUROPÉIA JÓIA DEPOIS IDEIA PLATEIA ESTREIA APOIO ASSEMBLEIA EUROPEIA JOIA REGRA 2. NÃO HÁ MAIS ACENTO CIRCUNFLEXO EM LETRAS DOBRADAS – ÊE E ÔO. ANTES LÊEM DÊEM VÊEM CRÊEM PREVÊEM ENJÔO VÔO DEPOIS LEEM DEEM VEEM CREEM PREVEEM ENJOO VOO ANTES PÊLO (SUBSTANTIVO) PÁRA (VERBO) PÓLO (EXTREMIDADE, ESPORTE) PÊRA (SUBSTANTIVO) CÔA (VERBO COAR) OS ANTES AVERIGÚE APAZIGÚE DEPOIS AVERIGUE APAZIGUE HÍFEN USOS DO HÍFEN EM PALAVRAS FORMADAS POR PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS, COMO OS SEGUINTES: AB, AD, AERO, AGRO, ALÉM, ALFA, ANTE, ANTI, AQUÉM, ARQUI, AUTO, BEM, BETA, BI, BIO, CIRCUM, CONTRA, DI, ELETRO, ENTRE, EX, EXTRA, FOTO, GAMA, GEO, GIGA, GÃ, GRÃO, HETERO, HIDRO, HIPER, HIPO, HOMO, INFRA, INTRA, INTER, LACTO, LIPO, MACRO, MAL, MAXI, MEGA, MESO, MICRO, MINI, MONO, MORFO, MULTI, NEFRO, NEO, NEURO, OB, PALEO, PAN, PARA, PERI, PLURI, POLI, PÓS, PRÉ, PRÓ, PROTO, PSEUDO, PSICO, RECÉM, RETRO, SEM, SEMI, SOB, SUB, SOBRE, SUPER, SUPRA, TELE, TETRA, TRI, ULTRA. REGRA 1 COM HÍFEN SOMENTE SE O SEGUNDO ELEMENTO FOR INICIADO POR H OU PELA MESMA VOGAL. DEPOIS FEIURA BAIUCA BOCAIUVA REGRA 4. FORAM EXTINGUIDOS ACENTOS DIFERENCIAIS: REGRA 5. NÃO HÁ MAIS ACENTO AGUDO NO U TÔNICO DO GRUPOS GUE, GUI, QUE, QUI DE VERBOS COMO AVERIGUAR E APAZIGUAR. PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS TERMINADOS EM VOGAL REGRA 3. NÃO HÁ MAIS ACENTO NO U E NO I TÔNICOS DEPOIS DE DITONGOS EM PALAVRAS PAROXÍTONAS. ANTES FEIÚRA BAIÚCA BOCAIÚVA LÍNGUA PORTUGUESA EXEMPLOS: ANTI-HIGIÊNICO MINI-HOSPITAL SEGUINTES DEPOIS PELO PARA POLO ANTI-IBÉRICO AUTO-ORGANIZAÇÃO MICRO-ONDAS ANTI-INFLAMATÓRIO INFRA-AXILAR MICRO-ÔNIBUS CONTRA-ATAQUE PERA COA CUIDADO! PODE POR FORMA PÔDE PÔR FÔRMA REGRA 4. EXTINGUIU-SE O TREMA EM TODAS AS PALAVRAS. ANTES FREQÜENTE SEQÜESTRO LINGÜIÇA DEPOIS FREQUENTE SEQUESTRO LINGUIÇA USA-SE, PORÉM, O TREMA EM NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS E EM TERMOS DELES DERIVADOS. GISELE BÜNDCHEN 01/10/2009 BÜNDCHENIANO EXCEÇÃO: OS PREFIXOS CO E RE LIGAM-SE, SEM HÍFEN, AO SEGUNDO ELEMENTO. EXEMPLOS: COOBRIGAÇÃO COAUTOR COERDEIRO COERDAR REELEIÇÃO REEDUCAÇÃO NOS DEMAIS CASOS, VALE A JUSTAPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7 PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG EXEMPLOS: LÍNGUA PORTUGUESA EXEMPLOS: AUTOESCOLA AUTOAJUDA SEMIABERTO SEMIÁRIDO CONTRAINDICAÇÃO EXTRAOFICIAL SEMIEXTENSIVO INFRAESTRUTURA AUTODIDATA CONTRAGOLPE INFECTOCONTAGIOSO PARADIDÁTICO PAN-HELÊNICO PAN-AMERICANO CIRCUM-MURADO CIRCUM-NAVEGAÇÃO 2. ALÉM, AQUÉM, RECÉM, SEM, EX, VICE, SOTO, SOTA, PÓS, PRÓ, PRÉ, GRÃO E GRÃ. USA-SE SEMPRE ELEMENTOS. O HÍFEN COM ESSES EXEMPLOS: ALÉM-MAR AQUÉM-FRONTEIRA PRÉ-VESTIBULAR VICE-GOVERNADOR GRÃO-MESTRE SOTO-PÔR SEM-VERGONHA REGRA 2 SE O SEGUNDO ELEMENTO SE INICIAR POR R OU S, ESSAS LETRAS SE DUPLICAM. EXEMPLOS: 3. PREFIXO “NÃO” ANTISSOCIAL AUTORRETATO SEMIRRETA CONTRARREGRA ULTRASSECRETO O PREFIXO “NÃO” PERDE O HÍFEN EM TODAS AS SITUAÇÕES. EXEMPLOS: ANTES NÃO-ÍNDIOS NÃO-FUMANTES NÃO-LEAL PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS TERMINADOS EM CONSOANTE REGRA 1 COM HÍFEN SE O SEGUNDO ELEMENTO FOR INICIADO POR H, R OU MESMA CONSOANTE. EXEMPLOS: INTER-RACIAL AB-ROGAÇÃO OB-REPÇÃO AD-DIGITAL SUB-HUMANO NOS DEMAIS CASOS, VALE A JUSTAPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS. DEPOIS ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL PACTO DE NÃO PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES USOS DO HÍFEN EM PALAVRAS COMPOSTAS REGRA 1 USA-SE HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS QUANDO O PRIMEIRO ELEMENTO FOR SUBSTANTIVO, ADJETIVO, VERBO OU NUMERAL. EXEMPLOS: AMOR-PERFEITO BOA-FÉ GUARDA-CHUVA SEGUNDA-FEIRA EXEMPLOS: SUBSEÇÃO SUBPREFEITURA INTERATUAÇÃO INTERCLUBE INTERESTADUAL INTERSINDICAL SUPERSÔNICO CASOS ESPECÍFICOS 1. CIRCUM E PAN COM HÍFEN SE O SEGUNDO ELEMENTO FOR INICIADO POR H, VOGAL, M OU N. 8 01/10/2009 ATENÇÃO! SE A NOÇÃO DE COMPOSIÇÃO DESAPARECEU COM O TEMPO, DEVE-SE UNIR O COMPOSTO SEM HÍFEN. EXEMPLOS: PONTAPÉ MADRESSILVA GIRASSOL PARAQUEDISMO PARAQUEDAS MANDACHUVA Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores PRF (EXERCÍCIOS) FELIPE OBERG CUDADO! LÍNGUA PORTUGUESA REGRA 6 PARA-BRISA PARA-CHOQUE USA-SE HÍFEN COM BEM. EXEMPLOS: BEM-ESTAR BEM-AVENTURADO BEM-HUMORADO BEM-MERECIDO REGRA 2 USA-SE O HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS QUE DESIGNAM ESPÉCIES BOTÂNICAS OU ZOOLÓGICAS. QUADRO COMPARATIVO EXEMPLOS: COUVE-FLOR ERVILHA-DE-CHEIRO FORMIGA-BRANCA BEM-TE-VI ANDORINHA-DO-MAR BEM-ME-QUER EXCEÇÃO: MALMEQUER BEM BEM-CRIADO BEM-DOTADO BEM-NASCIDO BEM-VISTO *O ADVÉRBIO BEM APARECE, PORÉM, AGLUTINADO COM O SEGUNDO ELEMENTO EM ALGUNS COMPOSTOS: BENFAZER BENFEITO BENFEITOR BENFEITORIA BENQUERER BENQUISTO BENQUERENÇA BENDIZER REGRA 3 USA-SE O HÍFEN PARA LIGAR DUAS OU MAIS PALAVRAS QUE FORMEM ENCADEAMENTO VOCABULAR E NAS COMBINAÇÕES HISTÓRICAS. EXEMPLOS: LIBERDADE-IGUALDADE-FRATERNIDADE PONTE RIO-NITERÓI LIGAÇÃO ANGOLA-MOÇAMBIQUE RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO REGRA 4 USA-SE HÍFEN NOS ADJETIVOS PÁTRIOS. EXEMPLOS: MATO GROSSO PORTO ALEGRE PONTA GROSSA → MATO-GROSSENSE → PORTO-ALEGRENSE → PONTA-GROSSENSE REGRA 5 REGRA 7 NÃS LOCUÇÕES DE QUALQUER TIPO NÃO SE EMPREGA, EM GERAL, O HÍFEN, SALVO ALGUMAS EXCEÇÕES JÁ CONSAGRADAS PELO USO (COMO É O CASO DE ÁGUA-DE-COLÔNIA, ARCO-DA-VELHA, COR-DE-ROSA, MAIS-QUE-PERFEITO, PÉ-DE-MEIA, AO DEUS-DARÁ, À QUEIMA-ROUPA). EXEMPLOS: LOCUÇÕES SUBSTANTIVAS CÃO DE GUARDA FIM DE SEMANA SALA DE JANTAR PÉ DE MOLEQUE PÔR DO SOL USA-SE HÍFEN COM MAL ANTES DE VOGAIS, H OU L. CUIDADO: ESTRELA-DO-MAR LOCUÇÕES ADJETIVAS COR DE AÇAFRÃO CAFÉ COM LEITE COR DE VINHO EXEMPLOS: MAL-ESTAR MAL-HUMORADO MAL-LIMPO MAL-INTENCIONADO MAL-ENTENDIDO MAL-EDUCADO MAL-OLHADO NÃO SE USA HÍFEN NOS DEMAIS CASOS. EXEMPLOS: MALCRIADO MALFEITO MALFORMADO MALDOTADO 01/10/2009 MAL MALCRIADO MALDOTADO MALNASCIDO MALVISTO REGRA 8 COM OS “SUFIXOS” DE ORIGEM TUPI-GUARANI AÇU, GUAÇU E MIRIM, USA-SE HÍFEN SE A ÚLTIMA SÍLABA DO ELEMENTO ANTERIOR FOR ACENTUADA. EXEMPLOS: ABARÉ-GUAÇU (GRANDE FEITICEIRO) ANDÁ-AÇU (ESPÉCIE DE ÁRVORE) INGÁ-MIRIM (ESPÉCIE DE ÁRVORE) Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9