Retrato Faan Grobbelaar cuidando das vinhas sul-africanas Notícias FELCO 820: a novidade da FELCO para 2012. Um olhar Insólito: o gelo para combater... o gelo! FELCO PASSION 2012 EDITORIAL P. 3 P. 5 P. 7 P. 9 P. 11 P. 13 P. 15 P. 16 P. 17 - Inovação e internacional, dois sólidos valores da FELCO NOTÍCIAS - FELCO 820: a novidade da FELCO para 2012. RETRATO - Faan Grobbelaar cuidando das vinhas sul-africanas REPORTAGEM - Como escolher uma tesoura de podar? FELCO - RESPONSABILIDADE - FELCO: a mão verde EM DIRECTO DOS ATELIERS - FELCO, ferramentas para durar INICIATIVAS - A FELCO espalha a palavra pelas redes sociais UM OLHAR - Insólito: o gelo para combater... o gelo! COLABORAÇÃO - Julien Taramarcaz: um parceiro natural 2 EDITORIAL Inovação e internacional, dois sólidos valores da FELCO No seu editorial, Christophe Nicolet fala sobre estes dois valores fundamentais da marca suíça: a inovação e abertura internacional. A inovação da FELCO é um valor obrigatório para manter a sua posição de líder nos mercados. Por várias razões, nomeadamente a de que somos frequentemente copiados, sobretudo as nossas ferramentas manuais sob a forma de ferramenta genérias que copiam o nosso desenho, os nossos códigos de cores... somos obrigados a inovar permanentemente para manter a distância em relação à concorrência. Há dois tipos de inovações. Em primeiro lugar, a inovação evolutiva. É feita diariamente em produtos de gamas existentes que procuramos aperfeiçoar constantemente: alterando os materiais, melhorando a ergonomia, expandido a gama de ferramentas.... O que consideramos inovações evolutivas, são pequenas evoluções contínuas. Temos alguns exemplos, como os punhos rotativos. Depois, temos a inovação de ruptura. Inovação que fazemos rompendo com aquilo que já existe. Falamos obviamente do corte triangular que os nossos corta-cabos permitem fazer. Um verdadeiro salto tecnológico. Na FELCO, criamos estes dois tipos de inovações. O resultado foi o lançamento da FELCO 820 em 2012. É a primeira vez que registamos tantas patentes para um só produto: existem 7 ao todo. 3 A FELCO 820 está actualmente disponível na nossa rede de vendas. A reacção foi boa. Muitos milhares de ferramentas foram distribuídas pelas nosso vários mercados e utilizadas no terreno. 3 Outro ponto que quero abordar neste editorial é a importância estratégica da nossa presença à escala mundial. Com os nossos produtos de elevado valor acrescentado, as nossas operações recaem principalmente sobre nichos de mercado e aqui falamos de profissionais espalhados por todo o mundo. 90% dos nosso produtos são exportados. No actual contexto, a expansão da nossa quota de mercado passa também pela penetração de novos mercados nos quais já temos alguma presença. Temos que tentar sempre ir mais longe na compreensão das especificidades destes novos mercados e tentar responder o melhor possível às exigências dos nossos potenciais clientes. Isto é feito com ferramentas que já fazem parte das nossas gamas e também criando novas tesouras de podar. Neste mesmo espírito, teremos também em conta as diferenças culturais. Por exemplo, no sul da Europa é habitual utilizarem-se tesouras de podar de bigorna, enquanto que no norte, as pessoas utilizam principalmente tesouras de podar bypass. E no início de 2013 lançaremos a FELCO 220, uma tesoura de podar desmultiplicada de duas mãos de bypass, justamente para integrar esta diferença cultural. A nossa função é oferecer aos nossos clientes em todo o mundo as ferramentas de que precisam para as suas actividades. Como podem ver, esta presença no mercado mundial é particularmente importante para a FELCO. Como prova do artigo que lhe é consagrado nesta edição de FELCO Passion: irá connosco em viagem até aos E.U.A., à Rússia e à África do Sul. Boa leitura! 4 NOTÍCIAS FELCO 820: a novidade da FELCO para 2012. A tesoura de podar eléctrica portátil FELCO 820 foi revelada em 2012. Esta ferramenta polivalente estará disponível através dos nossos representantes a partir de Outubro. 2012 foi para a FELCO um ano especialmente importante, com o lançamento da nova tesoura de podar eléctrica portátil FELCO 820. No seguimento desta busca constante pela inovação descrita por Christophe Nicolet no seu editorial, a mais recente ferramenta da marca de Geneveys-sur-Coffrane foi inteiramente projectada, concebida e produzida na Suíça. Uma agenda de trabalho simples "Fornecer aos profissionais de poda uma tesoura de podar eléctrica poderosa, rápida, fiável, de utilização fácil e polivalente"é o agenda de trabalho atribuída aos engenheiros do departamento de pesquisa. Missão cumprida, segundo os primeiros comentários dos clientes que louvam a polivalência da ferramenta, pela facilidade de utilização na arboricultura, silvicultura, parques e jardins, paisagismo e mesmo na viticultura. Apresentada em maio aos importadores reunidos para a ocasião na sede em Neuchâtel, a FELCO 820 está disponível em todos os membros da rede de distribuição a partir do mês de outubro. Características ao seu serviço A FELCO 820 foi concebida para satisfazer as suas necessidades: - Corte s ramos de todos os tamanhos. O seu poder de corte atinge 45 mm. - Respeite os vegetais. O corte limpo e preciso favorece a regeneração da 5 madeira. - Trabalhe como quiser. Pode optar pelo modo progressivo (para controlo 5 preciso do movimento da lâmina) e pelo modo de impulso (para experimentar a sensação do corte pneumático). - Poupe tempo com cortes pequenos e médios, graças ao modo de semi-abertura. - O conforto é perfeito, graças à sua forma leve e elegante. Pode encontrar informações mais detalhadas, vídeos e fotografias no website dedicado: www.felco820.com. Pode também encontrar o revendedor mais próximo de si. A brochura da FELCO 820 também lhe permitirá saber quais as novas vantagens deste nova tesoura de podar eléctrica portátil. 6 RETRATO Faan Grobbelaar cuidando das vinhas sul-africanas Em Wellington, na África do Sul, Faan Grobbelaar prepara meticulosamente as porta-enxertos que receberão os canivetes de enxertia das futuras vinhas. Reportagem deste perfeccionista... que nunca se separa da sua FELCO 4. São 7 horas da manhã e a neblina dispersa-se lentamente nos campos de vinhas nas proximidades de Wellington. É aí, na sua quinta em Soetendal, no coração das vinhas do Cabo ocidental na África do Sul, que Faan Grobbelaar faz prosperar as suas vinhas. Ele é a quinta geração de viticultores que vivem da exploração das suas terras desde 1884. Todos os anos, este viticultor de 39 anos recolhe, nos seus 60 hectares de vinhas, mais de 1300 toneladas de uvas que vende na cooperativa de Vinhos de Wellington. Esta colheita produzirá aproximadamente um milhão de litros de vinho, tinto e branco. A África do Sul é o 7º principal produtor de vinho do mundo mas a maioria da sua população ainda vive, 20 anos após o fim do Apartheid, no limiar da pobreza. "O vinho continua a ser um produto de luxo", reconhece Faan. "Assim, produzo para o consumo em massa para poder ter algum lucro. No entanto, arrisquei na preparação e produção de porta-enxertos." Esta actividade em grande crescimento é ainda pouco conhecida pelo público em geral. No entanto, é 7 uma actividade vital porque desde a proligeração da filoxera em meados do séc. XVII, a enxertia é a única maneira de combater este flagelo das vinhas europeias (vitis vinifera): os trabalhadores recolhem os sarmentos dos campos de vinhas principais especialmente seleccionadas para enxertar um enxerto. É este outro sarmento que permitirá cultivar a videira criada deste modo. 7 Wellington é a terra de cultivo das principais vinhas sul africanas. Graças a este solo excepcionalmente fértil e ao seu clima típico das regiões mediterrânicas, 90% das viveiros do país são ali cultivados. Vinte e três viveiristas dos vinte e sete estabelecidos em Wellington recorrem aos serviços de Faan. Entre maio e julho, enviam-lhe muitas toneladas de sarmentos de vinha. "Os sarmentos não estão preparados, explica Faan. Por isso, é necessário prepará-los para a enxertia. É um trabalho muito preciso."Estes trabalhos sazonais estão todos equipados com uma tesoura de podar FELCO 4 que utilizarão em cada fase da preparação. Durante a fase de desbaste, cortam os sarmentos para eliminar os ramos mais pequenos. Eliminam também os botões para evitar a rebentação intempestiva e não desejada (moda de botões). De seguida, cortam os ramos, vindos dos campos das principais vinhas, criando porta-enxertos de 265 mm. Estes serão enxertados com os enxertos de variedade vegetal. As plantas cortadas serão parafinadas após algumas semanadas na serradura húmida e temperada (máximo de 30 graus) e serão enviadas de novo para os viveiristas. Estas últimas serão reenviadas para os viticultores da região para serem plantadas e serem as futuras videiras sul africanas. Quinze anos após o início desta actividade, Faan trata de mais de 75% das vinhas do país. "No primeiro ano, atingimos os 2 milhões de cortes de porta-enxertos (ou seja, potencialmente dois milhões de futuras vinhas), recorda Faan. Mas sofri uma lesão no pulso. Estava desamparado. Nem sequer conseguia cumprir as encomendas."Desamparado mas não vencido! Com a ajuda de um empregado, que se tornou no seu braço direito, ultrapassa todas as expectativas: 9 milhões de cortes. Objectivo cumprido. Na altura, tinha apenas 22 tesoura de podar FELCO 4 para equipar os seus trabalhadores. Actualmente, encontramos 450 tesouras de podar alinhadas nas prateleiras da empresa. Faan optou pelo trabalho manual. A tarefa é difícil. Alguns dos trabalhadores conseguem fazer 6000 cortes por dia. "Poderíamos utilizar máquinas mas recuso-me a isso. Estragam os sarmentos, explica Faan Grobbelaar. A qualidade do trabalho manual é incomparável. A sem bom equipamento, a produtividade diminui." Gys Liebenberg, exportador da FELCO na África do Sul, confirma: "Alguns viticultores utilizam tesoura de podar eléctrica, mas Faan conhece bem a FELCO 4. Em 15 anos de trabalho, nunca partiu uma lâmina." 8 A estação está quase a terminar. "Um trabalho de loucos!", exclama Faan. Ainda faltam duas semanas e os 450 trabalhadores apressam-se na exploração. "Cortámos 22 milhões de porta-enxertos estes ano, um recorde!"Mal temos tempo para respirar. Agora é altura de tratar das suas próprias vinhas. A desrama começou. Uma operação essencial de corte dos ramos secundários que permitirá cultivar as suas vinhas. REPORTAGEM Como escolher uma tesoura de podar? Nada melhor para o ajudar a escolher a sua próxima tesoura de podar do que a experiência de um profissional. Todd Major ensina horticultura no jardim botânico da Universidade de Columbia. Os seus conselhos. Como horticultor, exerci várias tarefas, como jardineiro privado, arboricultor, criador de jardins, viveirista, especialista na criação de bonsaïs e director do jardim botânico. Nos meus longos 26 anos de experiência, tive ocasião de testar a maioria das ferramentas de marca fabricadas na América do Norte, na Europa e no Japão. Algumas ferramentas são definitivamente melhores que outras! As ferramenta de podar de qualidade facilitam sempre o trabalho, tornando-o mais rentável e mais agradável. passagem do tempo. Segundo a minha experiência, uma boa ferramenta de podar deve ter um design ergonómico para facilitar o esforço do trabalho físico repetitivo. Este conforto permite prolongar o tempo de trabalho, mantendo a produtividade, sem cansar. Uma ferramenta de podar bem concebida deve assentar bem na mão, para se tornar numa extensão da própria mão. E acima de tudo, uma boa ferramenta de podar deve ser suficientemente sólida para suportar as várias tensões estruturais resultantes do corte. Deve poder funcionar em qualquer condição meteorológica e resistir à Na minha opinião, todas as ferramentas de podar fabricadas à base de plástico, de aço de baixa qualidade ou em liga de alumínio de má qualidade são inúteis. Essas ferramentas não são resistentes e não satisfazem. Implicam cortes de substituição e uma significativa redução da produtividade. E na horticultura, tempo é dinheiro. Algumas ferramentas de podar ficam presas ao frio ou quando chove e como chove bastante em Vancouver no Canadá, as minhas ferramentas de podar têm que funcionar em todas as circunstâncias. Quer se trate de um jardineiro amador ou profissional, as ferramenta de qualidade são importantes, são rentáveis e tornam o trabalho mais fácil e agradável. As ferramentas baratas dão maus resultados e a sua utilização é estressante. 9 No que diz respeito à manutenção das minhas ferramentas manuais de podar e das minhas tesouras de podar, recorro a uma técnica simples. Para assegurar a lubrificação contínua, em todas as circunstâncias, aplico grafite no interior dos pontos de lubrificação, cuja acção é contínua seja à chuva, na neva ou ao sol. Para uma limpeza rápida durante o trabalho e para evitar a propagação de doenças 9 patogénicas, ou para melhorar a acção da ferramenta, pulverizo um desinfectante Lysol na bigorna e na lâmina. De seguida, esfrego as superfícies de metal com lixa de grão 300, para eliminar todos os resíduos de seiva ou de plantas. Quando as peças cortantes da ferramenta forem completamente limpas, limpo todos os resíduos e estou pronto para trabalhar. O meu processo de limpeza permite desinfectar mecânica e quimicamente e evitar a propagação da maioria das doenças durante o corte. É um procedimento ecológico, barato e portátil´. Bons trabalhos de poda no Canadá. 10 FELCO - RESPONSABILIDADE FELCO: a mão verde Energia ecológica, redução do consumo verte, reciclagem das águas utilizadas, organização dos materiais... A FELCO multiplica as suas iniciativas para manter a sua liderança em matérias ambientais. Consumir menos para consumir melhor, este slogan aplica-se perfeitamente às práticas da FELCO no seu local de produção em Geneveys-sur-Coffrane. No centro das preocupações ecológicas da firma suíça figura, em particular, o controlo dos custos de energia. Aumento da eficiência "O nosso consumo de água passou de 60 para 40 m3 por semana, quando alterámos o nossos sistema de tratamento térmico", explica também Pierre-Olivier Matile, responsável pela Segurança e Ambiente. Enquanto o anterior sistema utilizava a água corrente para refrigeração das instalações, o actual sistema permite utilizar quase exclusivamente o ar exterior, entre 7 a 8 meses por ano. "Substituímos também as antigas caldeiras. O aquecimento da maioria da nossa água sanitária é, no entanto, assegurado em grande parte pela energia solar". A modernização do conjunto dos compressores (ver anexo) contribuiu também para a estabilização do consumo de electricidade, não obstante o aumento da produção e do número de máquinas completamente automatizadas. Desde 2011, a FELCO só importa do estrangeiro energia eléctrica hidráulica e solar. "Optámos por pagar uma sobretaxa de cerca de 2 %, mas é uma maneira de incentivar o fabricante a tirar maior partido destas fontes de energia e não recorrer à energia nuclear ou à energia fóssil térmica". Nada se perde... As razões para esta opção são várias. "É por uma questão de imagem, sim, que utilizamos na nossa comunicação. Mas se todos adoptarem este comportamento, os produtores de electricidade receberão mais meios para desenvolver tecnologias ecológicas e poderão fazer face às necessidades dos consumidores". 11 Em simultâneo com este política de energia voluntária, a FELCO também investiu significativamente na recuperação das águas utilizadas e na triagem de resíduos. "Recebemos o certificado ISO 14001. O objectivo é não despejar nos esgotos 11 os resíduos considerados especiais. Todas as nossas águas de corte ou líquidos de usinagem são recicladas e enviadas para uma estação de tratamento". O mesmo princípio se aplica aos resíduos e outras lascas. "Colaboramos com um parceiro que recolhe todos estes materiais: por fim, isso permite-nos recuperar estes materiais, vendendo-os em vez de os deitar fora". Independentemente da sua natureza, as melhores práticas ecológicas implicam também uma mais valia económica. É uma prova de que, pelo menos nesta área, existem sempre vantagens. Temos como exemplo o ar comprimido Activada em 2000, a usina está equipada com dois compressores de 45 e de 36 kW e a produção de ar comprimido é de 0,025 CHF por m3. O ar comprimido é utilizado na maioria dos processos de fabrico de ferramentas. Quando foi necessário carregar o mais pequeno dos dois compressores, uma análise detalhada dos requisitos revelou que o consumo é importante durante o dia e toda a semana, mas diminui significativamente durante a noite e os fins de semana. Assim, foram substituídas por dois compressores de 30 e de 11 kW. O custo de m3 foi reduzido em 20 % para os 0,020 CHF. Cinco anos depois, entraram em actividade novas instalações correspondentes às exigências de volume da empresa. Um quatro compressor de 22 kW foi adicionado à estrutura de produção. Finalmente, no outono de 2010, o compressor de 45 kW foi, por seu turno, substituído por um aparelho de 37 kW equipado com um variador, que permite reduzir os custos de produção para 0,016 CHF por m3. Em finais de 2011, o valor mínimo da pressão atingiu os 6,5 à 6,3 bares. Os efeitos desta última modificação ainda não foram avaliados. Não impede, dentro de uma dúzia de anos, e com um investimento total repartido em três partes, a redução do custo de m3 em 36 %, com um ganho anual compensando o investimento, durante o desenvolvimento do local. 12 EM DIRECTO DOS ATELIERS FELCO, ferramentas para durar As ferramentas FELCO são feitas para durar Mais do que uma promessa comercial, trata-se de uma verdadeira filosofia, herdada do fundador da empresa, Félix Flisch. A prova disto mesmo são os serviços pós-venda dirigidos por Richard Konrad. "A ferramentas FELCO são feitas para durar."É assim que Richard Konrad recebe os visitantes que lhe colocam perguntas sobre os serviços pós-venda. "Chegamos a ter que reparar tesouras de podar de 1946, FELCO 1, o nosso primeiro modelo, que ainda funcionam!" As ferramentas manuais Para que uma ferramenta dure, é preciso cuidar dela. E grande parte da manutenção pode ser feita pelo próprio cliente. Richard faz a distinção entre manutenção de prevenção (afiação, lubrificação, limpeza) e a manutenção de serviço (substituição de determinadas peças). Na manutenção de serviço, o cliente tem que substituir determinadas peças. A mola, em primeiro lugar; com o tempo, ganha folga, fica comprimida e, a longo prazo, não assenta correctamente. Um profissional substitui a peça em média uma vez por ano. A lâmina: quando é afiada com frequência, a geometria da lâmina varia e acaba por não se cruzar correctamente com a contra-lâmina. Para não falar das lâminas danificadas pelo corte dos fios de ferro. A contra-lâmina é substituída com menos frequência que a lâmina. Mas por causa da fricção contra a lâmina, o limpa-seiva diminui e, com o tempo, desaparece. O amortecedor e o batente ficam desgastados com os repetidos choques e, com o tempo, ficam ressequidos. São facilmente substituídos. A fricção das mãos nas pegas desgasta estas últimas. As tesouras de podar utilizadas intensivamente podem não ter já o revestimento vermelho! Estas operações de serviço são simples e são completamente descritas nos vídeos pedagógicos disponíveis no website www.felco.com. O que esta marca tem de especial é que é possível encontrar todas as peça de substituição para todos os modelos desde o original. "Uma FELCO não é ferramenta que compramos, que utilizamos e que deitamos fora, explica Richard Konrad. É uma ferramenta que mantemos e que dura muito tempo porque podemos substituir as peças que se desgastam". "Desde logo, Félix Flisch teve a ideia genial de poder substituir todas as peças", diz ainda. As operações mais complexas são realizadas pelos importadores e pela empresa mãe. Por exemplo, a substituição das peças com rebites ou as pegas de plástico requer equipamento especial e movimentos seguros. 13 Por seu lado, os corta cabos requerem muito pouca manutenção. A operação principal é a substituição das lâminas porque são bastante utilizadas. As ferramentas eléctricas Para tesouras de podar pneumáticas, Richard é formal: "é necessário evitar a todo o custo a entrada de arei no circuito de ar comprimido". A manutenção é simples e semelhante à das ferramentas manuais: 13 afiação, limpeza, lubrificação e substituição da lâmina/contra-lâmina. Estas operações são feitas pelo próprio utilizador. Para substituir os componentes internos da ferramenta, a responsabilidade é do importador ou do serviço de pós-venda. Nas tesouras de podar eléctricas portáteis, a manutenção também é muito semelhante à de uma tesoura de podar manual. De salientar que a afiação é muito importante para estes modelos: é o motor quem garante a força do corte. Uma lâmina mal ou menos afiada implica um maior consumo de energia e a autonomia das baterias diminui. O papel do utilizador na manutenção é limitado: afiação, ajustamento, lubrificação, limpeza da cabeça de corte. Por outro lado, "tudo o que é mecânico no interior exige competências específicas e para efeitos de garantia, preferimos que sejam os nossos concessionários ou importadores a tratarem disso". Como é o serviço pós-venda? Para garantir uma maior proximidade e uma melhor resposta, o serviços de pós-venda são assegurados em cada país pelo importador da FELCO ou pelo concessionário FELCOtronic no caso de tesouras de podar eléctricas. Richard Konrad é responsável pelo serviço de pós-venda para o mercado suíço. Mas também fornece assistência técnica a redes internacionais. "Uma grande parte do meu trabalho é da resposta a perguntas específicas formuladas pelos importadores ou pelos concessionários", explica. Como outra faceta importante desta actividade, Richard assegura a formação dos importadores e emite, de seguida, os certificados FELCO. Sem este certificado, é impossível ser um concessionário de tesouras de podar eléctricas portáteis. 14 INICIATIVAS A FELCO espalha a palavra pelas redes sociais 2012 foi o ano em que a FELCO descobriu as redes sociais. Facebook, Linkedin, Twitter, Pinterest, FlickR, YouTube... a lista é extensa. Objectivo? Iniciar conversas com os utilizadores das ferramentas da marca suíça. Desde o início do ano, a FELCO contactou em massa os seus utilizadores finais nas redes sociais. Facebook, Linkedin, FlickR e ouTube para começar e depois Twitter e Pinterest desde setembro. Não é apenas para a marca uma maneira de iniciar uma conversa directa com os seus clientes, mas também para que eles possam dialogar entre si e partilhar as suas práticas profissionais. Para Michèle Charpié, responsável pela comunicação da FELCO, no caso das redes sociais, "não se trata de enviar apenas mensagens mas de estabelecer o diálogo. É uma nova maneira de comunicar, de partilhar, de intervir e de reunir. Passamos da comunicação ao diálogo". Para a empresa de Geneveys-sur-Coffrane, o contacto directo com os utilizadores é especialmente importante. Desde há algum tempo, são organizadas recolhas de informações. As equipas na sede procuram periodicamente pelo mundo por clientes da FELCO, para encontrar melhores maneira de distribuir as tesouras de podar suíças. "Esta proximidade fez sempre parte da filosofia da FELCO, que teve sempre em conta as necessidades dos utilizadores ao desenvolver as suas ferramentas. Actualmente, esta proximidade é possível à escala mundial", afirma Michèle. Para Christophe Nicolet, director geral da empresa, "as redes sociais e a participação de milhares de utilizadores nessas redes, permitem à FELCO são um complemento extraordinário em termos de comentários e de opiniões que devemos ter em consideração". Michèle confirma o mesmo. A marca pretende, por este meio, contactar todos os "fãs"da natureza, sejam profissionais ou amadores exigentes". Isto implica abandonar os canais de comunicação tradicionais? "Não, indica a responsável pela comunicação, o diálogo nas redes sociais complementa aquele que é feito por meios mais tradicionais. Isto implica a criação de uma nova forma de comunicação, evolutiva, imagética, dinâmica e de proximidade: "um novo desafio para a FELCO!" 15 15 UM OLHAR Insólito: o gelo para combater... o gelo! Philippe Monney é formal: é possível proteger as árvores de frutos do gelo, aplicando gelo nas suas flores. Estranho? Sim, mas funciona. As explicações do nosso especialista em culturas nas regiões alpinas. Existe um método de combater o gel que poderá surpreender um amador: o método " por aspersão ", consiste em pulverizar água sobre as flores esperando que congele. O processo assenta num princípio simples: a 0 graus C, a água em estado líquido deve absorver energia negativa (e assim, frio) para passar ao estado sólido. Isto significa que ao congelar, transmite calor à planta que cobre. A quantidade não é irrisória porque corresponde aproximadamente ao calor necessário para ferver a água à temperatura ambiente: 80 cal/g. O choque ditado " pela pulverização " é utilizado na arboricultura de frutas para proteger as culturas contra as temperaturas negativas. As árvores de frutos são, com efeito, muito vulneráveis: temperaturas inferiores a -3 graus C provocam a morte das flores. Mas, ao contrário daquilo que geralmente se pensa, a flor não é o único elemento sensível. Nos alpercheiros, espécie onde as flores brotam precocemente, os jovens frutos são expostos a temperaturas a partir de -1 grau C. Um pouco de técnica Na sua tese de doutoramento, em 1961, o Dr. Gabriel Perrodin, então Director da Estação de Fougères à Conthey em Valais, definiu algumas referências técnicas: os jatos devem executar obrigatoriamente uma rotação completa em 30 segundos e a pluviometria do sistema deve ser superior a 3 mm/hora. Nestas condições, o pomar é protegido até -6 °C! Para ser eficaz, o fenómeno de congelamento deve ser contínuo: a fina camada de água pulverizada no pomar deve ser constantemente renovada através da rotação dos jatos e a quantidade de água suficiente distribuída. 16 De salientar que nas regiões gélidas como Valais, este processo pode ser também aplicado em outras culturas sensíveis, como morangos, espargos ou batatas. COLABORAÇÃO Julien Taramarcaz: um parceiro natural Campeão de cyclo-cross da da Suíça, Julien Taramarcaz espera poder estar este ano, com 25 anos, entre os dez melhores ciclistas mundiais da especialidade. Como seria de esperar, os seus resultados e personalidade atrairam a FELCO, que decidiu patrociná-lo. "Procuramos um embaixador que seja o portaestandarte das nossas cores na Suíça. Através da sua modalidade e da sua história familiar, Julien é a pessoa ideal para nos representar". De tal modo que Christophe Nicolet, director geral da FELCO, teve a iniciativa de o contactar pessoalmente. O espírito livre "Os directores da FELCO viram uma foto numa revista. Estava a usar uma das suas tesouras de podar na exploração arborícula da família e onde trabalho ocasionalmente e para onde planeava ir assim que a minha carreira no ciclismo terminasse", recorda Julien Taramarcaz. Com Philippe Sella, a FELCO encontrou em França um parceiro mundialmente famoso, com um palmarés impressionante. Com Julien Tarmarcaz, antigo campeão da Europa e vice-campeão do mundo de cyclo-cross junior, é uma aposta no futuro. "Escolhemos alguém jovem, mas também já conhecido em Valais ou no cantão de Vaud, que são mercados importantes para nós. Além disso, a sua legitimidade será total quando nos acompanhar em algumas exibições", explica Christophe Nicolet. Foi em 2011, com a criação da equipa de BMC moutain-bike, que o sonho de se tornar profissional se concretizou para Julien. "Mesmo que eu tenha ao meu dispor mecânicos e um logística importante, mantive a mesma estrutura, ou seja, uma equipa que me acompanha desde que sou júnior. Mas esse estado de espírito já mudou significativamente. Espero atingir o objectivo a que me propus há vários anos. Actualmente, sem esta pressão, posso concentrar-me totalmente nas minhas outras ambições, como ser um dos dez melhores a nível mundial". Christophe Nicolet vê nesta parceria com Julien Taramarcaz um aspecto quase simbólico: "Como as nossas tesouras de podar, as bicicletas de montanha e as bicicletas que Julien utiliza são fabricadas na 17 Suíça. Representam um bom exemplo dos sólidos valores que é possível acrescentar a um produto tecnológico". E como o cyclo-cross, também é muito popular na Bélgica onde dezenas de milhares de espectadores acompanham as provas. "A sua presença nos cursos de podar em todo o mundo beneficiará a imagem da nossa filial belga". 17 Um campeão exemplar A personalidade de Julien pesou na escolha da FELCO. "Julien partilha os nossos valores. Sabe que os resultados só serão possíveis com trabalho, com treino e com uma preparação física impecável. A sua metodologia ética do desporto que o torna o centro das atenções noutrasáreas também nos seduziu. Sentimos que é uma pessoa fundamental e intrinsecamente muito sã". Entre vinte e trinta horas por semana, Julien Taramarcaz treina nas suas bicicletas, corre ou treina no seu ginásio, com toda a serenidade. Porque a FELCO não lhe impôs qualquer obrigatoriedade de resultados. "Não é esse o nosso estilo, conclui Christophe Nicolet com um sorriso. Estes jovem atletas já sofrem demasiadas pressões sem que contribuamos para isso!" jovem desportista!" 18 Uma liberdade que atrai os interessados: "Venci esta etapa com equipamento de ponta de nível mundial como no primeiro reconhecimento do meu título mundial. Que me tenham contactado pela minha imagem é qualquer coisa de extraordinário. E a ajuda financeiro que isso implica não é irrisória para um 19 99032-V12/12