UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA JOÃO ALTAMIRO LOPES PREVALÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA INSUFICIENTE E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS NO MUNICÍPIO DE LAGES, SANTA CATARINA: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL Lages 2008 JOÃO ALTAMIRO LOPES PREVALÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA INSUFICIENTE E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS NO MUNICÍPIO DE LAGES, SANTA CATARINA: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva para obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Orientadora: Profa. Dra. Marina Patrício de Arruda. Lages 2008 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus filhos, minha esposa, meus pais e amigos que me acompanharam neste desafio. E a todos os educadores físicos que acreditam na possibilidade de atuação com vistas à qualidade de vida. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço aos professores do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, em especial, à coordenadora Izabella Barison de Matos pela compreensão e paciência ao longo destes dois anos. Á minha orientadora Marina Patrício de Arruda, agradeço o companheirismo e responsabilidade no encaminhamento dessas idéias. Ao prof. Boing, por me orientar na organização e compreensão dos dados coletados para a pesquisa. Aos colegas do mestrado – turma 2006/2008, pela amizade conquistada, os conhecimentos e os momentos de ânimo e desânimo compartilhados. Aos meus amigos e parentes, pela compreensão, apoio e incentivo. Registro também o meu agradecimento a todos os participantes do estudo, pela riqueza de dados fornecidos para que o estudo fosse concretizado. SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ................................................................................................5 RESUMO ...............................................................................................................7 ABSTRACT............................................................................................................8 INTRODUÇÃO .......................................................................................................9 CAPÍTULO I - REVENDO A LITERATURA........................................................13 1.1 A relação entre atividade física e qualidade de vida ...............................13 1.2 O paradigma do estilo de vida ativa ..........................................................16 1.3 Qualidade de vida e estratégias de intervenção ......................................18 CAPÍTULO II - OBJETIVOS DO ESTUDO ........................................................23 2.1 Objetivo geral ..............................................................................................23 2.2 Objetivos específicos ................................................................................23 CAPÍTULO III - METODOLOGIA DE PESQUISA ..............................................24 3.1 Procedimentos metodológicos ..................................................................25 3.2 Critérios de exclusão e perda para o estudo ...........................................27 3.3 Local do estudo ...........................................................................................28 3.4 Procedimentos éticos em pesquisa ..........................................................29 CAPÍTULO IV – RESULTADOS .........................................................................30 CAPÍTULO V – DISCUSSÃO..............................................................................33 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................37 REFERÊNCIAS ...................................................................................................41 ANEXOS .............................................................................................................47 LISTA DE SIGLAS AF CEP CNS DCNT Atividade Física Comitê de Ética em Pesquisa Conselho Nacional de Saúde Doenças Crônicas Não- IBGE Transmissíveis Instituto brasileiro de Geografia e IC IDH LILASC Estatística. Intervalo de Confiança Índice de Desenvolvimento Humano Literatura Latino Americana e do OMS PNUD Caribe em Ciências da Saúde Organização Mundial da Saúde Programa das Nações Unidas para o PPGSC MEDLINE RDC RS SC Desenvolvimento Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Literatura Internacional em Ciências da Saúde Resolução da Diretoria Colegiada Rio Grande do Sul Santa Catarina SUS TCLE UNIPLAC Sistema Único de Saúde Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Universidade do Planalto Catarinense RESUMO O objetivo desse estudo foi estimar a prevalência de atividade física (AF) insuficiente na população adulta do município de Lages (SC) em 2007 e testar sua associação com variáveis independentes. Trata-se de um estudo transversal de base populacional. A amostra foi obtida em múltiplos estágios de adultos entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos (n = 2.051). Empregou-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, para estimar a prevalência de AF insuficiente, definida como tempo gasto em atividade física moderada ou vigorosa menor do que 150 minutos por semana. Considerouse como referência a semana anterior à entrevista. A prevalência de AF insuficiente foi de 30,2% (IC95%: 28,1%; 32,2%) e se associou positivamente com idade elevada, renda familiar alta e obesidade. As prevalências de AF insuficiente foram menores do que as relatadas pela maioria dos estudos brasileiros. Pesquisas que distingam diferentes tipos de atividade física podem contribuir para melhor conhecer o perfil de uma população a fim de contribuir para a implantação de políticas públicas que estimulem a população à prática regular de exercícios. Palavras-chave: Exercício Físico; Atividade Física; Epidemiologia; Estudos Transversais. ABSTRACT The goal of this study was to estimate the prevalence of insufficient physical activity and associated factors in Lages, SC. A population-based cross-sectional study with subjects aged 20-59 was carried out in 2007. A representative sample of households was selected in multiple stages (n=2.051) and the individuals were measured and interviewed. Physical activity was evaluated using the short version of International Physical Activity Questionnaire. The insufficient physical activity was defined as time spent in moderate or vigorous physical activity less than 150 minutes per week. The prevalence of insufficient physical activity was 30,2% (IC95%: 28,1;32,2). Higher age and higher family income were positive associated with insufficient physical activity. After adjusting for confounding variables, the associated factors with insufficient physical activity were to be male, obese, present higher income, and negative self-perceived health condition. The prevalence of insufficient physical activity was lower than reported by others Brazilian studies. Researches that distinguish different types of physical activity can contribute to better understand the profile of population, in order to contribute the implementation of public policies that encourage the practice of regular exercises. Key-words: Exercise; Motor Activity; Epidemiology; Cross-Sectional Studies. INTRODUÇÃO A presente pesquisa tem como objetivo central estimar a prevalência da atividade física da população adulta da cidade de Lages SC. O interesse pelo estudo sobre a interferência da prática de atividade física em relação à saúde articula-se à possibilidade de trazer informações para a prevenção de doenças e a promoção da saúde da população. Considera-se ainda o compromisso social do educador físico e o seu papel como professor universitário que investiga a relação entre atividade física e saúde, advinda do entrelaçamento de uma multiplicidade de questões. Os relatórios sobre a saúde mundial (WHO, 1998) e da região das Américas (OPAS, 1998) mostram que as condições de vida e saúde têm melhorado de forma contínua, graças aos progressos políticos, econômicos, sociais e ambientais, assim como aos avanços na saúde pública e na medicina. A literatura atual focaliza a saúde não apenas como a ausência de doenças, mas a identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social, conceito que identifica a atividade física como parte desse processo. A clássica epidemiologia que entende o espaço como um conjunto de determinantes, geralmente de natureza biológica ou natural, como clima, vegetação, latitude (HEUNIS et al., 1995; SINHA & BENEDICT, 1996), evidencia uma clara associação entre atividade física/exercício físico e saúde. Entretanto os principais trabalhos, nessa perspectiva, são realizados no exterior (PITANGA, 2002). Desta forma, a realização de pesquisas sobre o tema no Brasil 12 torna-se necessária tendo em vista que as características da população são diferenciadas por fatores ambientais, comportamentais, sociais, entre outros. No Brasil, a relação entre atividade física e saúde surge alicerçada em bases médicas e em programas que visam formar o indivíduo “saudável” com uma boa postura e aparência física (PITANGA, 2000). Na década de 1930, surgiu a tendência militar nos programas de atividade física escolar, privilegiando a eugenia da raça. No final da década de 1940, inspirada no discurso liberal da escola-nova, a Educação Física ingressou a área pedagógica e, na década de 1970, influenciada pelo sucesso de algumas equipes desportivas no exterior, emerge a tendência esportiva na Educação Física, cujo pressuposto básico era formar equipes desportivas competitivas. Em que pese à evolução desse processo histórico, a atividade física relacionada à saúde nunca chegou a ser privilegiada no contexto nacional, mas, segundo Testh (1988), ela aparece como um dos fatores que poderia modificar o risco dos indivíduos para adoecerem. Nessa perspectiva, os estudos epidemiológicos sobre atividade física apresentam tendências para desenvolvimento de trabalhos sobre prevalência do sedentarismo em populações e sobre a teoria e os determinantes para prática de atividades física (CRESPO, 2001.; GRZYWACZ, 2001.; MMWR, 2001). Os resultados desses estudos podem identificar estratégias de intervenção para adoção e manutenção da atividade física, e seu impacto sobre a saúde pública. A adoção do estilo de vida fisicamente ativo, como parte do processo de saúde, pode contribuir para a redução de diversos agravos à saúde. Maiores níveis de prática de atividades físicas parecem ser um dos fatores determinantes da saúde por influenciar na melhoria da qualidade de vida da população (PITANGA, 2004). A atividade física apresenta-se, então como um antioxidante natural do corpo, propiciando melhoria no estado de saúde das pessoas e, conseqüentemente, na qualidade de vida. Esta prática pode ser determinada como o conjunto de ações que um grupo de pessoas desenvolve para o gasto energético e alterações orgânicas, exercícios que envolvam movimento corporal com a aplicação de uma ou mais atividades físicas, associados à atividade mental e também social. A idéia é que se obtenha benefícios para a saúde, melhorando a qualidade de vida com a diminuição dos riscos de doenças (MONTTI, 1997). 13 Para Nahas (2003), a atividade física regular reduz o risco de uma pessoa desenvolver algumas doenças cardiovasculares, ajuda no controle da pressão arterial, mantém a autonomia e a independência do idoso, auxilia no controle de peso corporal, promove o bem-estar psicológico, dentre outros. Alguns estudos como o de Araújo (2002) reforçam ainda a idéia de que a prática regular de atividades ou exercícios físicos contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas agindo nos níveis de sociabilidade, entre outros. Considerando que a atividade física é importante por tratar de um conjunto de atributos que se relacionam proporcionando diretamente a melhoria do nível de saúde das pessoas, é que o presente estudo buscou estimar a prevalência de atividade física (AF) insuficiente na população adulta do município de Lages (SC) em 2007. Ao buscar dados acerca da prevalência da atividade física, essa dissertação apresenta informações sobre os fatores associados à atividade física, subsídios para a elaboração de políticas públicas saudáveis e desenvolvimento humano local. Considera-se que a difusão ampla da relação entre saúde e atividade física, assim como da construção de mecanismos de atuação eficientes, é uma estratégia da promoção da saúde e de reivindicação por políticas públicas saudáveis. Dessa forma, os inquéritos populacionais apresentam-se como instrumentos que identificam os obstáculos existentes a uma maior cobertura e eqüidade da assistência, do ponto de vista da população. Esta investigação fez parte do estudo de base populacional nomeado Autoavaliação das condições de saúde e fatores associados: estudo de base populacional em adultos de Lages (SC), realizado em 2007 pelos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da UNIPLAC. O estudo se justifica por apresentar dados que podem servir como referencial para pesquisas posteriores que busquem avançar por este mesmo tema, e por descrever a prevalência de atividade física insuficiente numa população adulta urbana de um município de médio porte do sul do país considerando que, no Brasil, pesquisas de base populacional regionais ainda são escassas (MATSUDO, 2002). Esta dissertação está organizada em seis capítulos, quais sejam: o capítulo da revisão de literatura pertinente ao tema; um capítulo com a apresentação dos objetivos: gerais e específicos, outro reservado à metodologia do estudo, posteriormente, de modo mais descritivo, o capítulo contendo os resultados da 14 pesquisa e outro reservado à discussão dos dados. Finalmente, de forma reflexiva, as considerações finais sobre o estudo. Cabe ainda mencionar que o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/PPGSC, em seu regimento interno, prevê que a dissertação, ora apresentada, dê origem a um artigo científico a ser submetido para publicação em periódico, definido pelo Colegiado do Programa. CAPÍTULO I - REVENDO A LITERATURA A concepção de vida urbana atual demanda hábitos de vida saudável. O exercício físico/atividade física influencia diretamente a saúde física, o humor, e indiretamente a vida social. Assim sendo, torna-se importante revisar conceitos que fundamentam o estudo e que consideram a atividade física como parte integrante do processo de saúde da população. 1.1 A relação entre atividade física e qualidade de vida Nas últimas décadas, em grande parte, influenciadas pelo processo de globalização econômica e cultural, verifica-se um aumento da pressão por resultados cada vez mais rápidos e lucrativos em todos os setores da economia. Nesse contexto, o fenômeno natural conhecido como estresse tornou-se excessivamente elevado a ponto de causar sofrimento psíquico em um percentual expressivo da população (SANTOS, 2006). Uma outra conseqüência desse contexto é que, com o processo de mecanização e automatização do trabalho, houve um aumento no número de pessoas insuficientemente ativas fisicamente que buscam obter benefícios para a saúde como forma de se de proteger dos transtornos gerados pelo novo modo de vida imposto pelas mudanças no mundo do trabalho (BARROS, 1998.; NAHAS, 2003). Assim, as condições de trabalho responsáveis pela mobilização das 16 capacidades físicas, cognitivas e afetivas para atingir os objetivos da produção podem gerar uma sobrecarga excessiva nas funções psicofisiológicas do trabalhador. Caso não haja tempo para a recuperação destas sobrecargas, sao desencadeados sintomas clínicos que excplicariam os altos índices de afastamento do trabalho por transtornos psiquicos menores em diferentes profissões (GASPARINI et al.; 2005; GIL, 2004; GOETZEL et al.; 2002). As evidências epidemiológicas têm mostrado que a atividade física pode ser considerada uma ótima ferramenta para a saúde pública, em virtude da economia direta e indireta que pode gerar no sentido de prevenir diversos transtornos de saúde física, mental e social (MATSUDO & MATSUDO, 2000; NAHAS, 2003). Contudo, afirma Nahas (2003), o comportamento do homem contemporâneo evidencia que as pessoas utilizam cada vez menos suas potencialidades corporais e que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas, inclusive, psíquicas. Seja no trabalho ou em seu cotidiano, as pessoas que têm um estilo de vida ativo, baseado numa prática constante de exercícios físicos, como crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, investem num dos melhores meios de promoção de saúde e qualidade de vida, inclusive combatendo os diversos estresses da vida diária (NAHAS, 2003). Entretanto, demonstrar que a atividade física afeta a saúde e que esta influencia fortemente a qualidade de vida não é o único desafio. Embora esta relação já tenha sido bastante discutida, restam muitas questões a serem resolvidas e respondidas neste campo de investigação. Uma destas questões diz respeito às intervenções que fazemos em nossa prática profissional orientando e divulgando a necessidade de atividade física que, por si só, não determina a saúde, mas que somada a outros fatores influencia a qualidade de vida da população. A revisão aqui realizada mostra com clareza os benefícios que a atividade física regular proporciona à saúde. Entretanto, convém ressaltar a visão hegemônica que aponta para um viés biológico e individualizado da doença. Hoje, já existem, pesquisas com fortes evidências das relações entre condições sócio-econômicas e estado de saúde (PALMA, 2000). Considera-se ainda que as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) respondem, no início do século XXI, pelas mais elevadas taxas de morbidade e de mortalidade em diversas regiões do mundo. Estima-se que no ano 2005, em torno 17 de 60% das 58 milhões de mortes que ocorreram em todo o mundo foram decorrentes de DCNT (ARAÚJO, 2002). Tais agravos impactam severamente na qualidade de vida dos doentes, causam grande quantidade de mortes prematuras e acarretam volumosas perdas econômicas às famílias e às sociedades. Essa elevada e crescente carga de doença contrasta com o conhecimento já estabelecido na literatura científica de importantes fatores de risco para tais agravos, destacando-se a inatividade física, o tabagismo e a dieta deficiente (ARAÚJO, 2002). A atividade física, entendida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos e que resulta em gasto energético maior que os níveis de repouso (WHO, 2005), pode ser desempenhada, por exemplo, em atividades de lazer, esportes recreativos, danças e jogos (PITANGA, 2002) ou também por meio de movimentos corporais da vida diária, como caminhar para o trabalho ou subir escadas (BRASIL, 2002). Mesmo quando desenvolvida em níveis moderados, a atividade física regular está associada a menores taxas de morbidades por doenças cardíacas, diabetes e determinados tumores, por exemplo (HEALTHY PEOPLE 2010, 2000). Estima-se que cerca de 1,9 milhão de pessoas morrem anualmente em decorrência da inatividade física (ARAÚJO, 2002). Apesar das vantagens na qualidade de vida e no perfil de morbi-mortalidade que a atividade física regular pode representar, a prevalência de sedentarismo é bastante elevada no Brasil. Ao analisarem dados de abrangência nacional, Monteiro, et al, (MONTEIRO; CONDE; MATSUDO, 2003). Reportaram que apenas 13,0% dos adultos brasileiros praticam 30 minutos de atividade física de lazer ao menos uma vez por semana e que uma proporção ainda menor de pessoas, 3,3%, referiram praticar atividade física por 30 minutos, cinco vezes por semana. Destaca-se, além disso, o elevado custo econômico direto da inatividade física, valor que chegou a 1,06 bilhão de dólares no Reino Unido (ALLENDER; FOSTER; SCARBOROUGH, RAYNER, 2007) e a 1,6 bilhão no Canadá (KATZMARZYK; JANSSEN, 2004) acrescidos, neste país, mais 3,7 bilhões de custos indiretos. Apesar da literatura internacional e nacional relacionada à epidemiologia da atividade física ter crescido muito nos últimos anos (HALLAL; DUMITH; BASTOS; REICHERT; SIQUEIRA; AZEVEDO, 2007), estudos de base populacional em municípios de pequeno e médio porte ainda são escassos no Brasil. 18 1.2 O paradigma do estilo de vida ativa “Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (KUHN, 1997). A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas, sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Por conseguinte, o interesse em conceitos como “Atividade Física”, “Estilo de vida” e “Qualidade de vida” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população. Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de vida ativa. Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, conseqüentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção de saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de movimento vida ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral. 19 Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença – USA (CDC), o Colégio de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 à 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde, (MATSUDO1999). Nessa mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (POWELL et al, 1985). Uma crítica importante a este paradigma vem de Burnley (1998) ao lembrar que, entre as teorias que buscam explicar as causas das doenças, a teoria do “estilo de vida”, congruente com a ideologia dominante de saúde, sugere que a prevenção é uma responsabilidade individual. Entretanto, diz o autor, este processo não é tão simples assim. O conceito de saúde como qualquer categoria construída socialmente precisa ser revisto e atualizado. Para tal, destaca a concepção de saúde apresentada no relatório final da VIII Conferência Nacional de Saúde: (...) saúde é o resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida (MINAYO, 1992, p. 10). Afora a relação entre condições sócio-econômicas e estado de saúde, temos ainda o viés biológico (PALMA, 2000) que marca a atividade física e reduz as suas possibilidades também articuladas à outras condições e relações sociais. A inclusão de outros elementos que interferem na condição de saúde de um indivíduo vem sendo possibilitada pelo processo de democratização dos direitos sociais no país. A promulgação da Constituição de 1988, contempla, dentre outros direitos sociais, o esporte e o lazer. 20 Dessa forma, é preciso questionar qual intervenção a educação física se propõe a fazer em termos de saúde, por meio das atividades físicas. FARIA JR. (1999) participa desses questionamentos, ao propor o conceito de atividade física que inclua as questões sociais: Qualquer movimento humano estruturado (organizado), não utilitário (no sentido laboral ou ocupacional do termo) ou terapêutico, produzido por músculos esqueléticos, produzindo substancial aumento de dispêndio de energia, usualmente manifestado em jogos ativos, desportos, ginástica, dança e formas de lazer ativo - cuidar do jardim, rastelar, passear o cachorro, caminhar, correr, pedalar, nadar, etc. (p. 102). 1.3 Qualidade de vida e estratégias de intervenção Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Os eventos científicos, nacionais e internacionais realizados nos últimos anos, enfatizam esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido. O Simpósio Internacional de Ciências do Esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS, com o tema Atividade Física: passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais. Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física. No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também nesse evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biopsicológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida. 21 Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento. Katch & Mcardle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas. A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física. Matsudo & Matsudo (1999, 2000) reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida. Lima (1999), por sua vez, afirma que a atividade física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar. Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde. Com base em estudos epidemiológicos e fisiopatológicos, formou-se o consenso de que os exercícios físicos estimulam a saúde em diversos aspectos, alívio de tensões emocionais, melhoria da composição sanguínea, redução da pressão arterial, estímulo ao emagrecimento, aumento da densidade óssea, aumento da massa muscular e desenvolvimento da aptidão física (NAHAS, 2003). E, na atualidade, os principais estudos sobre epidemiologia da atividade física continuam a investigar a relação entre sedentarismo e o estilo de vida ativa fisicamente, agravos cardiovasculares (KOHL, 2001); câncer (FRIEDENREICH, 2001; THUNE & FURBERG, 2001), diabetes (HU et al, 2001) e saúde mental (YAFFE et al, 2001). Embora, outro aspecto necessite ser conhecido; a intensidade ideal da atividade física necessária para provocar associação ou relação de causaefeito em relação às variáveis citadas (SHEPHARD, 2001). Após o êxito do Dia Mundial da Saúde 2002, a OMS – Organização Mundial de Saúde passa a celebrar o Dia: “Por sua Saúde, Mova-se”. De acordo com BLAIR (1995), o exercício físico é inversamente associado à morbidade e mortalidade por diversas doenças crônico-degenerativas, como também altos níveis de atividade física no tempo livre estão associados ao aumento da longevidade. Afirmam ainda Adner & Castelli (1980) que numerosas reportagens de estudos longitudinais sugerem um forte relacionamento inverso entre quantidade de 22 atividade física e incidência de doença arterial coronariana. Com relação ao investimento em saúde pública, o Brasil gasta aproximadamente 55 dólares per capita, valor similar aos gastos com saúde da Somália, um dos países mais pobres do mundo. Além de gastar pouco com saúde pública, o Brasil investe de maneira equivocada seus recursos. O investimento é mais concentrado nos atendimentos cirúrgicos e tratamento das doenças já instaladas. Se o principal enfoque fosse o trabalho de prevenção das doenças e promoção e saúde, certamente seria evitado o surgimento dos agravos, e os gastos excessivos com saúde pública. Em que pese todos esses estudos, vale atentar para o conceito de saúde já apontado no texto observando que atividade física por si só não abona a qualidade de vida. Ela faz parte do processo de saúde do qual não podemos desconhecer a complexidade que lhe é peculiar. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica (ao físico), pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes. Considerando o modelo tradicional de planejamento de cuidados médicos, as expectativas seriam curar e/ou recuperar todas as funções; as estratégias seriam substituir órgãos e restaurar partes do corpo, enquanto que as atividades concretas seriam cirurgias, imunizações e pílulas. Por outro lado, no modelo de planejamento holístico de saúde para o bem-estar, crescimento e prevenção; as estratégias seriam atividades físicas, consciência nutricional, gerenciamento do estresse, educação, saneamento, renda familiar, etc.; enquanto que as atividades concretas seriam correr, nadar, caminhar, pedalar, alimentos saudáveis e avaliações periódicas de saúde (DEVER, 1988). Nesse sentido, destaca-se a importância do gerenciamento ao estilo de vida da população, quando a atividade física, alimentação e riscos ocupacionais da produção podem contribuir de maneira significativa para a redução do surgimento de diversas disfunções crônico-degenerativas. Assim, as políticas públicas para a promoção de atividades físicas devem, inicialmente, identificar a situação de saúde da população, os agravos com maior prevalência e, em seguida, identificar a prevalência da atividade física insuficiente. Esses dados deverão servir de subsídios para a elaboração das políticas públicas de promoção de atividades físicas (PITANGA, 2004). Dishman (1994), por sua vez, ressalta as principais variáveis consideradas como determinantes para a prática de atividades físicas: 23 a) Variáveis demográficas: idade, sexo, educação e status sócio- econômico; b) Variáveis cognitivo-comportamentais: identificação de barreiras para a prática de atividades físicas, intenção para exercícios, distúrbios de humor, percepção sobre atividade física e saúde e auto-deficiência; c) Social: suporte da família, dos amigos e escola; d) Ambientais: aspectos climáticos e existência/facilidade de acesso aos locais apropriados para a prática de atividades físicas. Com relação às estratégias de intervenção, Pitanga (2004) relata que existe a necessidade de desenvolvimento de efetivas abordagens que encorajem a adoção e manutenção da atividade física por longos períodos. Essas estratégias podem ter início na escola, através de atividades que levem as crianças a adotarem um estilo de vida ativo fisicamente até a fase adulta. Além disso, devem ser feitas propostas de intervenção para vários subgrupos, incluindo mulheres, idosos e grupos especiais em vários estágios de agravos à saúde, através da sistemática exploração dos determinantes de atividade física: cognitivos, sociais, psicológicos, biológicos, comportamentais e ambientais. Entende-se que uma das principais metas das políticas públicas para promoção de atividades físicas, depois de identificada a prevalência da atividade física insuficiente e os determinantes para adoção e manutenção do estilo de vida fisicamente ativo, seria a criação de espaços adequados para prática de atividades físicas. Em conformidade com Pitanga (2004, p. 65): Nessa proposta estaríamos trabalhando na perspectiva de mudança de comportamento ou estilo de vida da população. Ao mesmo tempo, no momento em que proporcionamos locais adequados para prática de atividades físicas estaremos desenvolvendo atividades ambientais (ecológicas). Assim, as pessoas poderão desenvolver diversas práticas corporais, culturais e sociais. E em se tratando de esporte, é preciso considerar que também as atividades físicas regulares não competitivas devem ser estimuladas. Os coletivos como o futebol, natação, basquete, vôlei, handebol e outros são recomendados por trazerem maior sociabilização e aprendizado. O trabalhar em equipe é muito 24 importante para uma boa formação humana na vida adulta. Uma vitória ou uma derrota será dividida entre todos, trazendo uma convivência harmoniosa. Os benefícios da atividade física para a saúde só serão mantidos, caso ela não seja abandonada. Jovens ativos que depois passaram a uma vida sedentária quando adultos, tiveram alta incidência de doenças cardiovasculares, semelhante a dos sedentários (GHORAYEB, 1999). O tema qualidade de vida, já, há muito tempo, vem sendo discutido em cursos e palestras sobre saúde no mundo. Cada vez mais as pessoas procuram melhorar sua qualidade de vida, embora às vezes sejam mal orientadas. Vários são os fatores que influenciam o processo de mudança. A redução na mortalidade infantil, o incremento na esperança de vida, o acesso à água e ao saneamento básico, o gasto em saúde, a fecundidade global e o incremento na alfabetização de adultos foram função direta do produto nacional bruto dos países. Entretanto, demonstra que a qualidade/condições de vida afeta a saúde e que influencia fortemente a qualidade de vida não é o único desafio. Embora sobejamente demonstradas, restam muitas questões a serem resolvidas e respondidas neste campo de investigação, inclusive no que diz respeito ás intervenções que, a partir do setor saúde, possam, mais eficazmente, influenciar de forma favorável a qualidade de vida (BUSS, 2000). A qualidade de vida encontra-se imbricada por diferentes fatores, dentre eles está à prevalência da atividade física. Neste estudo, optou-se por se utilizar o termo “Atividade Física Insuficiente” (HALLAL et al, 2007), definida como tempo gasto em atividade física moderada ou vigorosa menor do que 150 minutos por semana conforme recente estudo realizado no Brasil. Dados sobre esta atividade podem nos fazer refletir sobre a questão das políticas públicas voltadas à promoção da qualidade de vida da população e sobre um conceito menos reducionista para a saúde. CAPÍTULO II - OBJETIVOS DO ESTUDO 2.1 Objetivo geral Estimar a prevalência de atividade física (AF) insuficiente na população adulta do município de Lages (SC) em 2007. 2.2 Objetivos específicos - Explorar as variáveis associadas à atividade física (condições socioeconômicas, demográficas, sexo, idade, etc.,); - Abordar a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida; - Refletir sobre a responsabilidade social do educador físico. CAPÍTLO III - METODOLOGIA DE PESQUISA Este estudo se insere num estudo epidemiológico transversal observacional mais amplo, intitulado Auto-avaliação das condições de saúde e fatores associados: estudo de base populacional em adultos de Lages, SC, 2007, que investigou diferentes aspectos socioeconômicos e de saúde auto-referida da população, da zona urbana de Lages SC, e os fatores associados a estas condições. Ao longo do 1º semestre de 2007, os onze mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/PPGSC, da UNIPLAC, junto ao corpo docente do referido Programa e a 39 alunos dos cursos de graduação, realizaram todo o proceso de coleta de dados. Estudos de base populacional são hoje largamente utilizados em todo o mundo, entre suas diversas funções. Este tipo de inquérito busca revelar o estado de saúde e doença na população e ainda (...)identificar, descrever, mensurar ou analisar a natureza dos processos que levam à doença; as necessidades por diversos tipos de cuidados de saúde, segundo a prevalência de doenças ou queixas; os comportamentos e atitudes diante da doença; o grau de incapacidade resultante dos quadros mórbidos; os gastos (tempo, esforço, dinheiro) individuais relacionados à saúde e ao uso dos serviços; os efeitos dos cuidados; o acesso aos serviços e aos recursos de saúde; a utilização dos serviços; a organização do cuidado; a confiança da população no sistema de saúde; a efetividade das intervenções em promover a saúde e reduzir a doença; e o consumo de medicamentos (CAMPOS apud CARTWRIGHT, 1983; KROEGER, 1985; WHITE, 1985). 27 Os inquéritos de saúde apresentam-se como (...) um instrumento que permite priorizar as necessidades sanitárias da população, tendendo a subordinar e, a médio prazo, substituir a dinâmica do mercado pela lógica da epidemiologia. Epidemiologia que deve ser entendida como instrumento técnico capaz de realizar diagnósticos coletivos de saúde e de estabelecer um diálogo do saber técnico com os interesses sociais e com a consciência sanitária dos cidadãos, servindo como princípio orientador para a tomada de decisões no setor saúde (CAMPOS, 1989). 3.1 Procedimentos metodológicos Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, desenvolvido entre maio e outubro de 2007 no município de Lages, Santa Catarina. A população de referência do estudo foi constituída por adultos da faixa etária entre 20 e 59 anos de idade, completos no momento da pesquisa, de ambos os sexos e residentes na zona urbana do município. Esta faixa etária compreende aproximadamente 52% da população total do município, perfazendo cerca de 86.998 pessoas no ano de 2006 (IBGE, 2007). Para o cálculo do tamanho da amostra, utilizaram-se como parâmetros a população de referência igual a 86.998, nível de confiança de 95%, prevalência esperada do fenômeno igual a 41%, erro amostral de 3,5 pontos percentuais e efeito do desenho do estudo (amostra por conglomerados), estimado como igual a 2. Adicionaram-se 10% a fim de compensar recusas e perdas e 20% considerando a presença de variáveis de confusão. A amostra calculada foi de 1.985 adultos. Como o presente estudo fez parte de uma pesquisa que investigou outros desfechos em saúde e fatores associados, a amostra efetivamente considerada foi maior, equivalendo a 2.051 pessoas. Para o cálculo do tamanho da amostra utilizou-se a fórmula para cálculo de prevalência, através do programa Epi-Info, de domínio público que é: n = N. z2. P (1-P)/d2. (N – 1) + z2. P (1-P) X deff + % de perdas estimadas Onde: n = Tamanho mínimo da amostra necessária para o estudo N = Número da população de referência: 86.998 Z = nível de confiança (geralmente igual a 95%) expresso em desviospadrão (1,96) P = prevalência esperada do fenômeno a ser investigado na população: 50% 28 (dados desconhecidos) d = Erro amostral previsto (precisão): 3,5% deff = efeito do desenho do estudo, por conglomerados, estimado como igual a 2 % Perdas estimadas: 10% % controle de fatores de confusão: 20%. Por meio do processo amostral por conglomerados, foram sorteados, através de amostragem casual simples, sessenta setores censitários do município (unidade de primeiro estágio), dentre os 186 existentes. Posteriormente, dentro de cada setor foi sorteado um quarteirão e neste, uma esquina a partir da qual se iniciou a coleta de dados nos domicílios, que se configurou como a unidade de segundo estágio. Em cada um dos domicílios selecionados todos os moradores com idade entre 20 e 59 anos eram potencialmente elegíveis para participar do estudo. Foram consideradas como perdas pessoas não encontradas nos domicílios visitados pelo menos quatro vezes, incluída visita em finais de semana e no período noturno, ou caso houvesse recusa em participar. Foram excluídos da amostra gestantes (medidas antropométricas), indivíduos amputados, acamados, portadores de aparelho gessado, portadores de distúrbios psiquiátricos e aqueles que, por algum motivo, não apresentavam condições de permanecer na posição adequada para aferição das medidas. Para avaliar o nível de atividade física insuficiente foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), na forma curta, versão 8. Foi considerada a atividade física realizada na semana anterior à entrevista e o escore relativo à mesma foi calculado como sendo a soma dos minutos de atividade moderada (por exemplo, pedalar leve na bicicleta, dançar ou fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim) mais duas vezes os minutos de atividade vigorosa (por exemplo, correr, fazer ginástica aeróbica e jogar futebol). O desfecho foi dicotomizado em pessoas com atividade física insuficiente (com escore abaixo de 150 minutos de atividades por semana) e pessoas fisicamente ativas (escore ≥ 150 minutos por semana) (CRESPO, 2001). As variáveis independentes selecionadas para a análise foram sexo, idade (em anos completos e categorizada como 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49anos e 50-59 anos), escolaridade em anos de estudo (0-4, 5-8, 9-11, 12 e mais); renda mensal per capita em salários mínimos por quartis (0,026-0,500; 0,510–0,880; 29 0,890–1,580; 1,590–19,740); estado conjugal (com companheiro e sem companheiro); percepção de saúde (avaliação positiva, regular e negativa) e estado nutricional (eutrófico, sobrepeso e obeso). Para classificar o estado nutricional, foi calculado o índice de massa corporal (IMC), obtido pelo quociente entre o peso (em quilogramas-kg) e a estatura (em metros -m) elevada ao quadrado (IMC=kg/m 2). O peso corporal foi aferido com os indivíduos trajando roupas leves, sem calçados, posição ereta, pés juntos e braço posicionado ao longo do corpo. Para aferição do peso, foram utilizadas balanças digitais portáteis com variação de 0,1 kg e capacidade de até 130 kg; os participantes foram pesados uma única vez e os valores registrados. A medida da estatura foi realizada com fita métrica inelástica, fixada em superfície vertical sem rodapés a um ponto distante 100 cm do chão. A estatura foi avaliada com o indivíduo sem calçados ou adornos na cabeça, de pé, com os calcanhares unidos. Estes, os glúteos, ombros e cabeça tocavam a superfície vertical da parede sendo que a linha de visão foi a horizontal no momento da inspiração. Os dados foram digitados por dois digitadores independentemente, sendo, posteriormente, verificadas a consistência dos bancos. A análise dos dados foi realizada no pacote estatístico Stata 9. Inicialmente foi realizada análise descritiva através de médias, desvios-padrão, percentis, valores mínimos e máximos e proporções. Para verificar as associações entre a variável dependente e cada variável independente foi realizado o teste de qui-quadrado, adotando-se valor de p<0,05 para identificar diferenças estatisticamente significantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Planalto Catarinense sob protocolo nº. 01/2007. 3.2 Critérios de exclusão e perda para o estudo Foram excluídas pessoas institucionalizadas (prisões, asilos, hospitais e outras) e aquelas apresentando algum impedimento físico ou mental; também o não consentimento para responder ao questionário, foi um critério de exclusão. Convencionou-se que seriam consideradas como perdas: residentes em domicílios visitados, no mínimo, quatro vezes incluída pelo menos uma visita em final de semana e outra no período noturno, sem que se conseguisse localizar a pessoa a ser aplicado o instrumento. Ou caso houvesse recusa dessa em participar. Cada um 30 desses tipos de perdas foi devidamente anotado na ficha do responsável pela aplicação do questionário (anexo 1). 3.3 Local do estudo O estudo foi desenvolvido na zona urbana do município de Lages, Santa Catarina. O município de Lages situa-se na região serrana de Santa Catarina a 176,5 Km da capital do estado, Florianópolis. Fundado em 1765, o município apresenta uma área de 2651,4 Km2 com uma densidade demográfica de 59 habitantes por Km2. A população do município no ano 2005 foi de 166.733 habitantes sendo 97,4% na zona urbana (162.397 habitantes). No período 1996-2000 a taxa anual de crescimento estimada foi de 1,4%. Os menores de 15 anos representam 29,44% da população enquanto os entre 15 e 59 anos e os com 60 anos e mais atingem 62,33% e 8,23%, respectivamente. O município apresenta uma razão de dependência de 53,8%. O índice de desenvolvimento humano municipal (IDH-M) foi de 0,813 em 2000, alto índice de desenvolvimento humano, colocando o município na 316a posição dentre todos os municípios brasileiros e na 73a posição no estado de Santa Catarina. A mortalidade infantil foi de 22,8/1000 nascidos vivos em 2004, a esperança de vida de 71,9 anos e a taxa de fecundidade de 2,5 filhos por mulher, a média de anos de estudo foi de 6,6 e 8,4% foi à taxa de analfabetismo. A renda média em 2000 foi de R$ 335,4 e a proporção de pobres foi de 22%. Pobres são considerados aqueles que vivem com rendimento mensal per capita inferior a metade do salário mínimo, ou seja, R$ 75,5 em agosto de 2000. Gráfico 1: Localização do município de Lages. 31 3.4 Procedimentos éticos em pesquisa O projeto do inquérito Auto-avaliação das condições de saúde e fatores associados: estudo de base populacional em adultos de Lages (SC) foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNIPLAC, sob Protocolo nº 001-07, em fevereiro de 2007. O Termo de Avaliação e Aprovação desse Comitê encontra-se no anexo 2. Para cada pessoa que respondeu ao questionário, foi solicitado previamente o consentimento; se positivo, na seqüência, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido1 (anexo 3) era assinado em duas vias, sendo uma deixada com o respondente. A outra cópia, devidamente assinada, foi anexada ao questionário correspondente e ambos devidamente arquivados e guardados em local de acesso restrito na Universidade. Assim, os procedimentos relativos à ética em pesquisa envolvendo seres humanos foram seguidos. 1 O TCLE foi elaborado na disciplina de Bioética, durante o terceiro trimestre do curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, em novembro de 2006, com a participação de docentes, alunos e colaboração de membros do CEP da UNIPLAC. CAPÍTULO 4 - RESULTADOS Da amostra inicialmente calculada, foram efetivamente entrevistados 2.022 indivíduos. Destes, 87 não souberam reportar as questões referentes à atividade física e foram excluídos da análise. Assim, compuseram a amostra final 1.935 pessoas. Do total, 748 (38,7%) eram homens, 52,9% das pessoas tinham entre 20 e 39 anos, 30,1% eram solteiros e 46,5% tinham no máximo 8 anos de estudo (tabela 1). TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA (N = 2.022) SEGUNDO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E VARIÁVEIS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS, ESTADO NUTRICIONAL E PERCEPÇÃO DE SAÚDE. LAGES, SANTA CATARINA, 2007 Variáveis Insuficientement Suficientemen e ativos te ativos Total n (%) n (%) n Sexo (n=1935) Feminino Masculino 345 (29,1) 239 (31,9) 842 (70,9) 509 (68,1) 1187 748 Idade (anos) (n=1931) 20-29 30-39 40-49 50-59 160 (26,9) 126 (29,7) 153 (29,9) 142 (35,5) 435 (73,1) 298 (70,3) 359 (70,1) 258 (64,5) 595 424 512 400 Escolaridade (n=1914) 0 -4 5–8 9 – 11 12 e mais 102 (30,1) 154 (28,2) 169 (28,7) 153 (34,9) 237 (69,9) 393 (71,8) 420 (71,3) 286 (65,1) 339 547 589 439 Renda (salários mínimos per p* 0,178 0,037 0,101 0,002 33 capita) (n=1898) 0,02-0,50 0,60-0,88 0,89-1,58 1,59-10,74 124 (26,1) 143 (30,2) 138 (27,8) 167 (36,9) 351 (73,9) 330 (69,8) 359 (72,2) 286 (63,1) 453 497 473 475 Estado conjugal (n=1932) Com companheiro Sem companheiro 418 (30,9) 166 (28,7) 935 (69,1) 413 (71,3) 1348 584 Estado nutricional (n=1887) Eutrófico Sobrepeso Obeso 216 (27,3) 195 (29,9) 154 (34,7) 575 (72,7) 457 (70,1) 290 (65,3) 791 652 444 Avaliação de saúde (n=1935) Positiva Regular Negativa 409 (29,1) 144 (32,1) 31 (38,8) 998 (70,9) 304 (67,9) 49 (61,2) 1407 448 80 0,329 0,025 0,109 *: teste de qui-quadrado A distribuição do escore de atividade física está demonstrada na figura 1 e é caracterizada por uma curva descendente. FIGURA 1 – DISTRIBUIÇÃO DO ESCORE DE ATIVIDADE FÍSICA (MINUTOS 0 10 % 20 30 40 POR SEMANA) EM ADULTOS DE LAGES, SANTA CATARINA, 2007 150 450 750 1050 1350 1650 Score de atividade física (min/sem) 1950 // //: o eixo x foi interrompido no minuto 1.950. O gráfico não mostra dados acima desse valor (10% da amostra). Os dados omitidos continuam em declínio. A proporção de indivíduos com escore zero de atividade física por semana foi de 10,43% entre os homens e de 11,63% entre as mulheres (tabela 2). Observou- 34 se grande variabilidade quanto ao número mínimo de minutos de atividade física por semana, sendo o valor mínimo equivalente a 0 e o máximo a 5.760. A mediana de minutos de atividade física por semana não foi significativamente diferente entre os homens (317) e as mulheres (360) (tabela 2). TABELA 2 – DESCRIÇÃO DO PADRÃO DE ATIVIDADE FÍSICA EM LAGES, SANTA CATARINA, 2007 Parâmetro Amostra total Homens Mulheres 726,80 795,34 683,60 1165,65 1162,66 846,60 25 105 100 110 Mediana* 340 317 360 960 900 990 Porcentagem com escore=0 (min sem ) 11,16 10,43 11,63 Mínimo 0 0 0 Máximo 5760 5760 4980 Média score (min sem-1) -1 Desvio-padrão (min sem ) Percentis 75 -1 *: a diferença entre os sexos não foi estatisticamente significante (teste de Mann-Whitney; p=0,62) Verificou-se que 30,2% (IC95% 28,13; 32,22) da população investigada apresentava nível de atividade física insuficiente. Identificou-se que a prevalência de atividade física insuficiente foi maior entre aqueles com idade mais elevada (p=0,037), maior renda (p=0,002) e obesos (p=0,025) (tabela 1). Maior prevalência de atividade física insuficiente foi ainda, reportada entre os homens, aqueles com doze ou mais anos de estudo, pessoas que avaliam negativamente a sua saúde e aqueles com companheiro. Porém, tais diferenças não foram estatisticamente significativas. CAPÍTULO 5 - DISCUSSÃO No presente estudo foram descritos a prevalência de atividade física insuficiente e os fatores a ela associados em uma população adulta urbana de um município de médio porte do sul do país. Quanto à mensuração da atividade física, destaca-se que o IPAQ, tanto em sua versão longa quanto curta, já demonstrou validade e reprodutibilidade satisfatórias (CRAIG et al, 2003; MATSUDO et al, 2001; GRZYWACZ et al, 2001). No entanto, como limitações de suas aplicações são citadas a dificuldade por parte do sujeito de pesquisa em estimar e quantificar em freqüência e duração as sessões de pelo menos 10 minutos de atividade contínua e determinar com precisão o que seria uma semana usual ou normal (MATSUDO et al, 2001; GRZYWACZ et al, 2001). Além disso, os valores reportados a partir do IPAQ consideram as atividades físicas desenvolvidas não apenas no lazer, mas também no trabalho, deslocamento e em serviços domésticos. Apesar do aspecto positivo de tal agrupamento incorporar diferentes dimensões em que a atividade física pode ser desenvolvida, a impossibilidade de se avaliar cada uma isoladamente impõe limites na análise dos dados. Vale ressaltar, no entanto, que o IPAQ é o instrumento mais utilizado em estudos brasileiros sobre atividade física e, por isso, permite comparações entre diferentes pesquisas (CRESPO et al, 2001). Comparações de prevalência de atividade física insuficiente devem ser cautelosas, uma vez que os pontos de corte adotados nem sempre são os mesmos. Ainda assim, dentre os estudos de base populacional com adultos e que também empregaram o IPAQ, verificou-se que a prevalência global de atividade física insuficiente nesta pesquisa foi inferior aos valores reportados na maior parte das 36 capitais brasileiras. Dentre 15 investigadas, em João Pessoa identificou-se a maior prevalência de indivíduos com atividade física insuficiente (55,1%) e em Belém foi descrita a menor proporção (27,4%) (INCA, 2005). Já Hallal, et al (2003) descreveram prevalência de atividade física insuficiente em Pelotas (RS) igual a 41,1% e em Joaçaba (SC) o valor encontrado por Barreta, et al (2007) foi de 57,7%. No âmbito internacional, Al-Hazzaa (2007) verificou na Arábia Saudita uma proporção de 40,6%. Apesar de grande parte dos estudos avaliarem apenas as atividades físicas desenvolvidas no lazer, em países em desenvolvimento a importância do deslocamento e do trabalho no total de atividades físicas realizadas pelo indivíduo justifica a sua incorporação na presente análise (HALLAL et al, 2003). Tal consideração é importante quando são comparadas as diferentes prevalências de atividade física entre os extratos populacionais. Considerando apenas a dimensão do lazer, por exemplo, é reportada maior atividade física entre os homens, sobretudo nos jovens e adultos jovens, porém ela tende a se assemelhar entre ambos os sexos quando incluídas as atividades relacionadas ao trabalho, deslocamento e serviços domésticos (MONTEIRO et al, 2003). Hallal, et al (2003), ao não identificarem diferença na prevalência de atividade física entre homens e mulheres destacaram a importância dos trabalhos domésticos no total de atividades desempenhadas. Como de maneira geral as mulheres estão mais envolvidas nessas práticas. Tal fato pode ser importante fator para explicar a maior atividade física entre as mulheres identificada no presente estudo. De maneira análoga, a maior prevalência de atividades físicas entre as pessoas com menor renda per capita pode estar relacionada com a maior carga de atividades ocupacionais desempenhada por esse grupo socioeconômico, uma vez que está sedimentado na literatura que os estratos mais privilegiados realizam mais atividade física de lazer (SALMON et al, 2000; GAL et al, 2005). Ao comparar o nível de atividade física entre regiões com diferentes condições socioeconômicas, VAN LENTHE et al, 2005) identificaram que os residentes em áreas mais desprivilegiadas apresentaram maior chance de caminhar ou andar de bicicleta para fazer compras ou ir trabalhar, porém menor probabilidade de executar tais atividades no tempo de lazer ou de praticar esportes. Verificou-se que houve maior prevalência de indivíduos com atividade física insuficiente entre os obesos. No entanto, dado o delineamento transversal do 37 estudo, não é possível estabelecer relação causa-efeito dessa associação em razão da possibilidade de causalidade reversa. Ressalta-se que o desenvolvimento de atividades físicas é uma prática largamente recomendada para indivíduos obesos. Estudos conduzidos no Brasil (HALLAL et al, 2003), Austrália (ATLANTIS et al, 2008), Índia (SINGH et al, 2007) e Canadá (KAPLAN et al, 2003) indicaram associação positiva entre obesidade e atividade física insuficiente. Brownson, et al (2005) descreveram a existência nas últimas décadas de declínio na atividade física total entre a população dos Estados Unidos. Dos componentes específicos, foi reportada queda nas atividades ocupacionais, domésticas e para transporte, enquanto houve um estacionamento ou leve acréscimo nas atividades físicas de lazer e um claro aumento de atividades sedentárias. Tal comportamento, semelhante ao ocorrido em outros países, certamente refletirá nos padrões futuros de morbi-mortalidade. Para subsidiar políticas nacionais que promovam a atividade física, a Organização Mundial de Saúde vem propondo ações e objetivos gerais a serem desempenhados pelos estados membros. Nesse sentido, é ressaltada a importância, para que os indivíduos assumam práticas saudáveis, de um contexto social, econômico e ambiental favorável (WHO, 2006). Além disso, também devem ser assumidas práticas de monitoramento, avaliação e vigilância das políticas adotadas a fim de aperfeiçoarem as políticas públicas adotadas. Na perspectiva de prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, a OMS elaborou uma proposta de Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde que se mostra como uma oportunidade singular para a formulação e implementação de uma linha de ação efetiva para reduzir substancialmente as mortes e doenças em todo o mundo. Um dos objetivos é reduzir os fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis advindas de alimentação inadequada e de falta de atividade física através da ação em saúde pública e promoção da saúde e medidas preventivas. Para tal, está sendo estimulada a criação de espaços urbanos que propiciem o aumento da atividade física na população. Em São Paulo foi desenvolvido o programa “Agita São Paulo”, uma iniciativa que congregou governo e sociedade civil e propunha que as pessoas desenvolvessem atividades físicas moderadas durante 30 minutos ao dia, na maior parte dos dias da semana (MATSUDO et al, 2003). A proposta de incentivar 38 mudanças de comportamento que sejam factíveis aos indivíduos, numa escala gradual e progressiva, é de grande relevância e tem mostrado indicadores de avaliação positivos, mas deve estar acompanhada ao provimento de condições estruturais para que as pessoas tenham condições de desempenhar essas práticas positivas. Em Lages, uma importante experiência foi a recente criação de pequenas academias nas praças públicas, contanto com aparelhos e educadores físicos que auxiliam e incentivam a prática de atividade física na população. Estudos longitudinais podem contribuir para avaliar o impacto dessa medida na saúde da população do município. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final, tecemos algumas considerações sobre a relação da saúde, qualidade de vida e os resultados da prevalência de Atividade Física insuficiente levantada por esse estudo. Considera-se que a atividade física por si só não determina a qualidade de vida já que esta demanda outros fatores igualmente influentes. A concepção de que a saúde é: "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade" definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1986 apud PALMA 2001, p. 29) nos permite incluir a atividade física no processo de saúde enquanto bem-estar físico e aqui convém não deixar fora uma reflexão sobre o educador físico que como um profissional da saúde se dedica à formação integral das pessoas e ao desenvolvimento de estilos de vida ativos. Até onde se pôde verificar pela revisão bibliográfica realizada, há uma variedade de estudos que indicam a prática da atividade física como um fator que influencia vários problemas relacionados à saúde, incluindo as doenças cardiovasculares, a obesidade, o sedentarismo e outros. Conforme já foi destacado, estudos sobre a prevalência no Brasil são raros. Um desses estudos, realizados por pesquisadores das universidades Federal e Católica de Pelotas (RS) (HALLAL et al, 2003), destacou que a prevalência de sedentarismo ainda é elevada no Sul e no Nordeste: 31,8% dos adultos e 58% dos idosos dessas regiões não praticam atividades físicas. Em Lages, verificou-se que 30,2% da população investigada apresentou nível de atividade física insuficiente o 40 que se associa aos índices da região sul. Identificou-se ainda que a prevalência de atividade física insuficiente foi maior entre aqueles com idade mais elevada , maior renda e obesos. Observou-se que o sexo feminino é mais ativo que o sexo masculino, o que pode ser explicado pelo fato das perguntas do questionário aplicado, contemplar serviços domésticos mais relacionados às mulheres como, por exemplo, aspirar cuidar do jardim, fazer serviços domésticos pesados. Ainda que a diferença apresentada na tabela seja muito pequena não chegando a 2%. O fator escolaridade não influenciou na prática da atividade física. Observouse que aqueles que têm de 0 – 4 anos de estudo são menos ativos, mas em outras faixas existe uma alternância de resultados, o que não nos permite afirmar que pessoas que têm menor grau de escolaridade fazem menos atividade física. Quanto à renda, observou-se que quanto maior menos ativas são as pessoas, fato que também pode estar relacionado às perguntas sobre os serviços domésticos e também ao meio de locomoção utilizado por esta população considerando que a topografia da cidade favorece a utilização de bicicleta e de caminhadas. Caso houvesse perguntas mais relacionadas ao lazer este indicador poderia mudar o resultado. O estado conjugal também não foi significativo para a prática da atividade física. Quanto à auto avaliação de saúde negativa, vale destacar que esta observação diz respeito àqueles que fazem menos atividade física. E, ainda de acordo com a figura 1 observou-se que quando aumenta o número de minutos de atividade física diminui o percentual de indivíduos que a praticam. De qualquer forma, a alta prevalência de atividade física insuficiente eleva o custo, tanto diretos quanto indiretos, do sistema de saúde. Diminuir o sedentarismo e promover estilos de vida mais ativos com a participação de profissionais da área de Educação Física pode possibilitar a melhoria dos índices de saúde populacional e amenizar os custos relacionados à gestão dos serviços. O Manifesto Mundial da Educação Física (2000) da Fédération Internationale D’Education Physique (FIEP), na defesa de um dos direitos fundamentais de todas as pessoas refere-se a uma educação efetiva para a saúde e ocupação saudável do tempo livre de lazer. Em que pese o fato do inquérito populacional de Lages não ter envolvido também os idosos, pois a população alvo foi de adultos de 20 a 59 anos, uma estratégia relevante para a prática da atividade física vem chamando a atenção 41 da população lageana de todas as idades. Instaladas nas praças públicas da cidade de Lages SC, as chamadas "Academias da Terceira Idade", configuram-se em espaços para a prática de atividade física ao ar livre e incluem horários em que professores de Educação Física ficam à disposição dos praticantes. Este projeto foi inicialmente implantado em Maringá/PR e com a implantação do Projeto ATI, constatou-se entre pessoas acima de 60 anos, uma diminuição de 30% no número de consultas e 27% nas solicitações de anti-inflamatórios no postos de saúde onde foram implantados os aparelhos. Aqui em Lages, muito embora esse projeto esteja voltado à prática de exercícios físicos de idosos, observou-se que os aparelhos vêm sendo usados por pessoas de todas as idades. Por essa particularidade, ressalta-se a importância da implementação de políticas municipais, estaduais e nacionais com ênfase à projetos que envolvam a população de um modo geral e a orientação efetiva de um educador físico. Registramos em fotos algumas visitas realizadas a estes locais e nelas observamos que jovens, adultos, idosos procuram orientações, diálogos e informações acerca da atividade física (anexo 5). Desta forma, a reversão da alta prevalência de atividade física insuficiente observada na comunidade pesquisada pode ganhar um aliado capaz de orientar sobre um conceito de saúde amplo e fundamental na preservação e promoção da saúde. De acordo com o superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FME) da cidade de Lages, Marcelo Kowalski, atualmente, sete professores prestam atendimento nas Academias da Terceira Idade. Para fazer uso das Academias, os interessados procuram encaminhadas para um os professores para se atendimento médico cujas cadastrarem e recomendações serem são adequadamente observadas. Nesse sentido, cada pessoa é atendida na sua particularidade e orientada sobre os exercícios que cada um pode fazer. “É bom lembrar aos interessados que o acompanhamento de um profissional de saúde é importante" (http://www.lages.sc.gov.br/dinamica). Assim, a Educação Física pode assumir um papel fundamental na promoção da saúde e qualidade de vida da população. O educador físico surge como um elemento articulador cuja responsabilidade social está em contribuir e orientar a prática da atividade física como possibilidade de mudança de vida. Entretanto, é preciso que sejam ampliados os espaços de “promoção da saúde”, espaços propícios à sociabilidade humana, ao lazer, sem restrição à idade do cidadão e no 42 qual se possa também educar para a saúde. Concordamos com Oléias (1999) quando diz que É possível pensarmos, enquanto profissionais em Educação Física, numa proposta política que não seja excludente e que proporcione a inserção da maioria da sociedade em espaços possíveis para o desenvolvimento do esporte e do lazer com a característica popular (p. 76). REFERÊNCIAS Adner, M. M.; Castelli, W. P. Elevated High-density lipoprotein levels in marathon runners. The Journal of the American Medical Association, v. 243, n. 6, p. 534-536, 1980. Allender, S.; Foster, C.; Scarborough, P.; Rayner, M. The burden of physical activityrelated ill health in the UK. J Epidemiol Community Health, 2007;61(4):344-8. Al-Hazzaa, H. M. Health-enhancing physical activity among Saudi adults using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Public Health Nutr, 2007;10(1):59-64. Araújo, C. G. S. Manual do ACSM para teste de esforço e prescrição de exercício. (Trad.) Paula Chermont P. Estima. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. 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QUESTIONÁRIO Setor censitário __ ___ ___ Número do domicílio: ___ ___ ___ ___ Nome _____________________________________________________________ Nome do entrevistador: _______________________________________________ Data da 1a visita: _____/ _____/ _____ Data da 2a visita: _____/ _____/ _____ Data da 3a visita: _____/ _____/ _____ Data da 4a visita: _____/ _____/ _____ Endereço completo __________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Telefones __________________________________________________________ Telefone de um parente/amigo próximo __________________________________ Ponto de referência do domicílio ________________________________________ Meu nome é <…> e estamos trabalhando para a UNIPLAC. Este ano estamos coletando algumas informações sobre a saúde em geral dos adultos de Lages e precisamos de sua colaboração e compreensão. Sua participação é muito importante. Podemos conversar? (Se tiverem dúvidas é um bom momento para explicar – Entregar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Agradecer se sim ou não. Se marcou p/outro dia – anotar na planilha de campo Dia e Hora da entrevista agendada). Caso concordou ou ficou na dúvida continue: gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas sobre a sua saúde e também tomar algumas medidas como, por exemplo, sua altura e peso. Este questionário não possui respostas certas ou erradas. As informações dadas pelo Sr(a) não serão divulgadas nem as respostas que o Sr(a) nos der. 1. Sexo do(a) entrevistado(a) (observar e marcar) (1) masculino (2) feminino 2. Quantos anos o(a) Sr(a) tem? (marcar os anos completos) idade |__ __| 3. Neste momento o(a) Sr(a) está? (ler as alternativas) (1) casado/companheiro (2) solteiro (3) divorciado/separado (4) viúvo (9) IGN 4. Quantos filhos naturais (biológicos) a Sra tem ou teve? (só para __ __ (88) NA mulheres) 5. O(a) Sr(a) considera a sua cor da pele, raça ou etnia: (ler as (1) branca opções, exceto a alternativa 9) (2) parda (3) negra ou preta (4) amarela (5) indígena (9) IGN 6. Quantas pessoas no total moram nesta casa? npess |__ __| (99) IGN 7. No mês passado, quanto receberam EM REAIS, as pessoas renda 1|__________| que moram na casa? (lembrar que inclui salários, pensões, renda 2|__________| mesadas, aluguéis, etc.). renda 3|__________| renda 4|__________| renda 5|__________| (9) IGN 8. O Sr(a) poderia me mostrar a sua última conta de luz? (ver na kilow |________| conta e anotar) (888) NA (999) IGN 9 .O Sr(a) estudou na escola? (1) sim (2) não (9) IGN 10. Até que ano o(a) Sr(a) completou na escola? (marcar o número anesc |__ __| de anos de estudo) (88) NA (99) IGN AGORA EU VOU PERGUNTAR SOBRE A SUA CASA. O(A) SR(A) TEM?: 11. Rádio (0) não (1) sim 12. Aparelho de som (0) não (1) sim 13. Televisão (0) não (1) sim 14. Carro (0) não (1) sim 15. Aquecedor elétrico (0) não (1) sim 16. Fogão à lenha, carvão , com madeira, esterco, palha, lareira (0) não (1) sim 17. Aspirador de pó (0) não (1) sim 18. Máquina de lavar roupa (0) não (1) sim 19. Vídeo cassete ou DVD (0) não (1) sim 20. Computador (0) não (1) sim 21. Internet (0) não (1) sim 22. Geladeira (0) não (1) sim 23. Freezer separado, geladeira duplex (0) não (1) sim 24. Banheiros na casa (0) não (1) sim 25. Quantos banheiros com chuveiro têm na casa? Banheiro|__ __| 26. Água encanada em casa (0) não (1) sim 27. Quantos cômodos são usados para dormir? Cômodos |__ __| 28. De que material é feita a sua casa? (1) tijolo com reboco (2) tijolo sem reboco (3) apartamento (4) madeira/material (5) madeira regular (6) madeira irregular (7) papelão ou lata (8) barro AGORA UMA ÚLTIMA PERGUNTA SOBRE A SUA CASA 29.Nesta casa trabalha empregada doméstica mensalista? (0) não (1) sim (9) IGN AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE A SUA SAÚDE. EU GOSTARIA DE VERIFICAR ALGUMAS MEDIDAS DO SR(A) E DEPOIS LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS. 30. Peso (Kg) peso |__ __ __, ___| (999,9) IGN 31. Altura (cm) alt |__ __ __, __| (999,9) IGN 32. Perímetro da cintura (cm) cint |__ __ ___, __| (999,9) IGN 33. Pressão arterial sistólica (1a medida) pas1 |__ __ __| (999) IGN 34. Pressão arterial diastólica (1a medida) pad1 |__ __ __| (999) IGN 35. De um modo geral, em comparação com pessoas de sua idade (1) excelente como o(a) Sr(a) considera seu estado de saúde. (ler as alternativas, (2) muito bom exceto a alternativa 9) 36. O(a) Sr(a) usa remédio para emagrecer? (aguarde a resposta e, em caso positivo, pergunte: sempre ou de vez em quando? E em seguida marque a resposta) 37. O Sr(a) usou algum tipo de remédio nos últimos 15 dias, ou ainda está usando? Caso positivo pedir para olhar a caixa do medicamento ou, se não tiver mais, perguntar qual era o medicamento e anotar o nome ao lado.______________________________________ ______________________________________________________ ________________ ______________________________________________________ _________________ 38. O Sr(a) já teve alguma fraqueza ou paralisia em algum lado do rosto/face, um braço ou uma perna, que durou mais de cinco minutos? 39. O Sr(a) já teve perda marcante da visão em um olho ou forte escurecimento ou embaralhamento da visão em ambos os olhos, que durou mais de cinco minutos? 40. O Sr(a) já teve um período em que perdeu a fala ou a capacidade de entender o que uma pessoa estava dizendo? 41. O Sr(a) já teve “derrame”? (se respondeu “não”, marque NA na 42) 42. Procurou atendimento médico por causa destes problemas? 43. Alguma vez o médico disse que o Sr(a) teve derrame, ou AVC (Acidente Vascular Cerebral)? 44. O médico ou outro profissional de saúde alguma vez lhe disse que o Sr(a) tinha Diabetes? 45. O(a) Sr(a) toma remédio para controlar a pressão alta? (3) bom (4) regular (5) ruim (9) IGN (1) não uso (2) sim uso, sempre (3) sim, uso de vez em quando (9) IGN (1) não (2) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS AGORA SOBRE SUA RESPIRAÇÃO E SEUS PULMÕES. RESPONDA SIM OU NÃO, SE POSSÍVEL. SE TIVER DÚVIDA, RESPONDA NÃO. 46. O(a) Sr(a) costuma ter tosse, sem estar resfriado(a)? (Se “sim”, pergunte Questão 47; se “não”, vá para a questão 50 e marque NA de 47 a 49) 47. Existem meses em que o(a) Sr(a) tosse na maioria dos dias ou quase todos os dias ? (Se “sim”, pergunte Questão 48; se “não”, vá para a questão 50 e marque NA de 48 e 49) 48. O(a) Sr(a) tosse na maioria dos dias, no mínimo por três meses, a cada ano? 49. Há quantos anos o(a) sr(a) vem tendo essa tosse ? 50. O(a) Sr(a) geralmente tem catarro que vem do seu pulmão, ou catarro difícil de por para fora, mesmo sem estar resfriado(a)?(Se “não”, vá para a questão 54 e marque NA de 51 a 53) 51. Existem meses em que o(a) sr(a) tem esse catarro na maioria dos dias ou quase todos os dias ? [se “sim”, continue; se “não”, vá para a questão 54 e marque NA nas 52 e 53)] 52. O(a) Sr(a) tem esse catarro na maioria dos dias, no mínimo por três meses, a cada ano ? 53. Há quantos anos o(a) Sr(a) vem tendo esse catarro ? (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (1) <2 anos (2) entre 2 e 5 anos (3) mais do que 5 anos (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (1) <2 anos (2) entre 2 e 5 anos (3) mais do que 5 anos (8) NA (9) IGN 54. O Sr(a) teve chiado no peito, alguma vez, nos últimos 12 meses? (0) não (1) sim (9) IGN (se “sim”, pergunte as questões 55 e 56; se “não”, vá para a questão 57 e marque NA nas 55 e 56) 55. O(a) Sr(a) teve esse chiado no peito, nos últimos 12 meses, (0) não (1) sim (8) NA somente quando esteve resfriado? (9) IGN 56. Alguma vez, nos últimos 12 meses, o(a) Sr(a) teve um ataque (0) não (1) sim (8) NA (crise) de chiado no peito com falta de ar? (9) IGN 57. O(a) Sr(a) tem algum problema que não o(a) deixa andar, sem (0) não (1) sim (9) IGN ser problema de pulmão ou coração ? (se “sim”, por favor, diga Qual?_____________ qual é esse problema, então vá para a questão 63 marcando NA de 58 a 62; se “não”, vá para a questão 58). 58. O(a) Sr(a) sente falta de ar quando anda (caminha) mais rápido (0) não (1) sim (8) NA no chão reto e/ou quando anda numa pequena subida? (Se (9) IGN respondeu “não”, marque NA até a 62) ATENÇÃO! Se responder “sim” para qualquer questão entre 59 até 62, vá para a questão 63 e marque NA nas restantes; se “não”, pergunte a próxima. 59. O(a) Sr(a) tem que andar (caminhar) mais devagar no chão reto, (0) não (1) sim (8) NA do que pessoas da sua idade, por causa da falta de ar ? (9) IGN 60. O(a) Sr(a) já teve que parar de andar (caminhar), no chão reto, (0) não (1) sim (8) NA para puxar o ar, no seu passo normal ? (9) IGN 61. O(a) Sr(a) já teve que parar de andar (caminhar) no chão reto (0) não (1) sim (8) NA para puxar o ar, depois de andar uns 100 metros ou alguns (9) IGN minutos ? 62. A sua falta de ar é tão forte que não deixa o(a) Sr(a) sair de casa (0) não (1) sim (8) NA ou não deixa o(a) Sr(a) trocar de roupa ? (9) IGN 63. O médico alguma vez lhe disse que o(a) Sr(a) tem enfisema nos (0) não (1) sim (8) NA seus pulmões? (9) IGN 64. O médico alguma vez lhe disse que o(a) Sr(a) tem asma, (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN ou bronquite asmática ou bronquite alérgica ? (se “sim”, pergunte a questão 65; se “não”, vá para a questão 66 e marque NA na 65) 65. O(a) Sr(a) ainda tem asma ou bronquite asmática ou bronquite alérgica? 66. O médico alguma vez na vida lhe disse que o(a) Sr(a) tem bronquite crônica? (se “sim”, pergunte a questão 67; se “não”, vá para a questão 68 e marque NA na 67) 67. O(a) Sr(a) ainda tem bronquite crônica? (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN 68. O médico alguma vez na vida lhe disse que o(a) sr(a) tem (0) não (1) sim (8) NA doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)? (9) IGN 69. O(a) Sr(a) alguma vez na vida trabalhou por um ano ou mais em (0) não (1) sim (8) NA um trabalho com poeira ou pó? (se “sim”, vá para a questão 70, se (9) IGN “não”, vá para a questão 71 e marque NA na 70) 70. Por quantos anos o(a) Sr(a) trabalhou em lugar assim? ________ anos (88) NA 71. Alguma vez o médico lhe disse que o (a) Sr(a) tinha (0) não (1) sim (8) NA Tuberculose? (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA 72. O(a) Sr(a) esteve internado quando criança(≤9 anos) por (9) IGN problemas de pulmão? 73. O médico ou outro profissional de saúde lhe disse que seu pai, (0) não (1) sim (8) NA mãe ou irmãos tiveram Enfisema, ou bronquite crônica ou DPOC? (9) IGN 74. Na sua casa, por mais de 6 meses em toda a sua vida, usaram (0) não (1) sim (9) IGN fogão com carvão para cozinhar? Na média, quantos anos? _______anos 75. O(a) Sr(a) AGORA fuma cigarro industrializado (pronto) ou feito (0) não (1) sim (8) NA a mão? (se “sim”, pergunte a questão 76 e marque NA na 77 e na (9) IGN 79. Se “não”, pule para 77 e marque NA na 76) 76. Quantos cigarros o Sr(a) fuma por dia? 77. Alguma vez na vida o(a) Sr(a) fumou regularmente?(se “não”, pule para 80 e marque NA na 78 e 79) 78. Que idade o(a) Sr(a) tinha quando começou a fumar regularmente? 79. Que idade o(a) Sr(a) tinha quando parou totalmente de fumar cigarros? ____ cigarros (88) NA (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN ___________anos (88) NA ___________anos (88) NA MAIS ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE SAÚDE 80. O Sr(a) sabe o que é Fisioterapia? 81. O Sr(a) sabe o que um fisioterapeuta faz? 82. O médico ou outro profissional de saúde alguma vez lhe indicou os serviços de fisioterapia? 83. O Sr(a) já utilizou serviços de fisioterapia? Se sim, para quê? _________________ Caso “sim”, marcar NA na 84, Caso “não”, marcar NA na 85 e na 86 84. Por que não utilizou o serviço de Fisioterapia quando foi necessário? (marque NA para quem nunca utilizou) 85. O Sr(a) fez uso dos serviços de Fisioterapia através: (ler as opções, ou marcar NA para quem não usou o serviço) (0) não (1) sim (0) não (1) sim (8) NA (0) não (1) sim (9) IGN (0) não (1) sim (9) IGN _________________ (8) NA (9) IGN (1) convênios/particular (2) SUS (8) NA (9) IGN 86. Onde o Sr(a) recebeu este atendimento? (ler as opções, ou (1) Posto de Saúde marcar NA para quem não recebeu atendimento) (2) Hospital (3) Clínica/ Consultório (4) Domicílio (5) Outro. Qual? _____________ (8) NA (9) IGN 87. Nos últimos 12 meses o Sr (a) consultou com médico? (se (1) Sim (2) Não (9) IGN “não”, vá para 92 e marque NA na 88 a 91) 88. Qual o motivo da última consulta neste período? (anotar o ___________________ motivo principal) ___________________ ____ 89. O Sr (a) fez esta última consulta através de: (ler as opções, (1) convênios/particular exceto as alternativas 8 e 9) (2) SUS (8) NA (9) IGN 90. Onde o Sr(a) recebeu esta última consulta? (Espere a resposta (1) Posto de Saúde e marque o que for relatado, não leia as alternativas). (2) Hospital (3) Clínica/ Consultório (4) Domicílio (5) Outro. Qual? _____________ (8) NA (9) IGN 91. Na última vez que o(a) senhor(a) foi ao médico, o senhor achou (1) Muito Bom o atendimento? (2) Bom (Ler a resposta e marque a opção escolhida) (3) Razoável (4) Ruim (5) Muito ruim (8) NA (9) IGN 92. Nos últimos 12 meses o(a) Sr (a) recebeu orientações dos (0) não (1) sim profissionais de saúde sobre cuidados com sua saúde, como por (8) NA (9) IGN exemplo: atividade física, alimentação saudável, tabagismo, uso de _________________ álcool e outros? Aguarde a resposta e, caso positivo, pergunte orientação sobre o quê e anote ao lado? 93. O seu pai é ou era gordo? (0) não (1) sim (8) NA 94. A sua mãe é ou era gorda? (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN (0) não (1) sim (8) NA (9) IGN 95. O Sr(a) costuma tomar bebida de álcool? (Espere a resposta e marque o que for relatado, não leia as alternativas. Se “não”, vá para a 100 e marque NA nas 96 a 99) 96. Alguma vez o sr(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de (1) Sim (2) Não (8) NA bebida alcoólica ou parar de beber? (9) IGN 97. As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de (1) Sim (2) Não (8) NA tomar bebida alcoólica? (9) IGN 98. O Sr (a) se sente chateado(a) consigo mesmo (a) pela maneira (1) Sim (2) Não (8) NA como costuma tomar bebida alcoólica? (9) IGN 99. O Sr(a) precisa tomar bebidas alcoólicas pela manhã para (1) Sim (2) Não (8) NA diminuir o nervosismo ou ressaca? (9) IGN AS PRÓXIMAS PERGUNTAS ESTÃO RELACIONADAS AO TEMPO QUE O SR(A) GASTOU FAZENDO ATIVIDADE FÍSICA NA ÚLTIMA SEMANA. 100. Em quantos dias da última semana o Sr(a) caminhou por pelo Dias _________ por menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma semana de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou ( ) Nenhum (999) como forma de exercício? IGN 101. Nos dias em que o Sr(a) caminhou por pelo menos 10 minutos horas: ______ Minutos: contínuos quanto tempo no total o Sr(a) gastou caminhando por _____ dia? (marcar o menor tempo) (888) NA (999) IGN 102. Em quantos dias da última semana, o Sr(a) realizou atividades Dias _________ por MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como, por SEMANA exemplo, pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica ( ) Nenhum aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer (888) NA serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, (999) IGN aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR, NÃO INCLUA CAMINHADA) 103. Nos dias em que o Sr(a) fez essas atividades moderadas por Horas: _______ pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total o Sr(a) Minutos: ______ gastou fazendo essas atividades por dia? (888) NA (999) IGN 104. Em quantos dias da última semana, o Sr(a) realizou atividades Dias ________ por VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por SEMANA exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar ( ) Nenhum rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos (888) NA pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos (999) IGN elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração 105. Nos dias em que o Sr(a) fez essas atividades vigorosas por horas: ______ Minutos: pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total o Sr(a) _____ gastou fazendo essas atividades por dia? (888) NA (999)IGN AGORA GOSTARIA DE CONVERSAR SOBRE OS SEUS DENTES 106. Alguma vez o(a) Sr(a) precisou ir ao dentista? (se “não”, marque NA na107) 107. Quando o(a) Sr(a) precisou ir ao dentista, conseguiu atendimento? (Aguarde a resposta e, se “não”, pergunte o por quê?) 108. Quando Sr(a) foi ao dentista pela última vez? (Espere a (1) Sim (2) Não (9) IGN (1) Sim (2) Não, era longe (3) Não, não tinha vaga (4) Não, não tinha dinheiro (5) Não, o dentista não estava no dia (6) Não outros motivos:__________ (8) NA (9) IGN (1) menos de 1 ano resposta e marque o que for relatado, não leia as alternativas. Atenção! Perguntar se foi em razão de acompanhamento de aparelho ortodôntico e se “sim”, não considerar) (2) De 1 ano a 2 anos (3) 3 anos ou mais (4) Nunca foi ao dentista (9) IGN 109. Onde foi a última consulta no dentista? (Espere a resposta e (1) Posto de Saúde marque o que for relatado, não leia as alternativas) (2) UNIPLAC (3) Clínica/ Consultório (4) Pronto Socorro (5) Outro. Qual? _____________ (8) NA (9)IGN 110. Qual foi o motivo da última consulta? (espere a resposta e (1) Consulta de assinale ao lado) rotina/reparos/manuten ção (2) Dor (3) Sangramento gengival (4) Cárie (5) Extração/tirar um dente (6) Outros_____________ __(8) NA (9) IGN 111. Na última vez que o(a) senhor(a) foi ao dentista, o que achou (1) Muito Bom do atendimento? (ler as opções) (2) Bom (3) Razoável (4) Ruim (5) Muito ruim (8) NA (9) IGN 112. O(a) Sr(a) considera que o seu problema foi resolvido neste (1) Sim (2) Não (8) atendimento? NA(9) IGN 113. Com relação aos teus dentes o(a) senhor(a) está (ler as (1) Muito satisfeito alternativas, exceto as alternativas 8 e 9) (2) Satisfeito (3) Nem satisfeito nem insatisfeito (4) Insatisfeito (5) Muito insatisfeito (8) NA (9) IGN 114. O Sr(a) considera que necessita tratamento dentário (1) Sim (2) Não (9) IGN atualmente? 115. Lembrando dos seus dentes de cima, o Sr(a) tem: (ler as (1) 10 dentes naturais alternativas, exceto as alternativas 9. Se a resposta for: tenho ou mais todos os dentes naturais, marcar alternativa 1) (2) < 10 dentes naturais (3) nenhum dente natural (9) IGN 116. Lembrando dos seus dentes de baixo, o Sr(a) tem: (ler as (1) 10 dentes naturais alternativas, exceto a alternativa 9. Se a resposta for: tenho todos ou mais os dentes naturais, marcar alternativa 1) (2) < 10 dentes naturais (3) nem dente natural (9) IGN 117. Faz mais de 6 meses que o(a) Sr(a) perdeu todos os dentes? (1) Sim (2) Não (8) NA (só para quem não tem TODOS os dentes) (9) IGN 118. O Sr(a) usa chapa (dentadura)? (só para quem não tem (1) Sim (2) Não (8) NA TODOS os dentes embaixo ou em cima) (9) IGN 119. O Sr(a) acha que precisa de chapa (dentadura, próteses total)? (1) Sim, embaixo (só para quem não tem TODOS os dentes. Se a resposta for sim, (2) Sim, em cima; pergunte imediatamente se em cima e/ou embaixo) (3) Em cima e embaixo (4) Não (8) NA (9) IGN 120. Nos últimos 6 meses, isto é, desde <MÊS>, o Sr(a) teve dor de (1) Sim (2) Não (8) NA dente? (9) IGN 121. Nas últimas 4 semanas o Sr(a) teve dor de dente? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 122. O Sr(a) poderia apontar na linha ao lado o quanto esta dor te (88) NA (99) IGN doeu? 0 (zero) significa nenhuma dor e 10 (dez) uma dor muito forte 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (mostrar a escala e anotar o número diretamente na escala) 123. Esta dor que o Sr(a) sentiu impediu de realizar alguma (0) Não atividade? Se sim, qual? (1) Trabalhar (2) Realizar os trabalhos domésticos (3) Dormir (4) Mastigar certos tipos de alimentos (5) Conversar com outras pessoas (6) Estudar (7) Outros_____________ __ (8) NA (9) IGN AGORA EU GOSTARIA DE VERIFICAR NOVAMENTE SUA PAS 2 |__ __ __| PRESSÃO PAD 2 |__ __ __| AGORA ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA ALIMENTAÇÃO 124. Quantos dias da semana o (a) sr(a) costuma comer frutas? (Se (1) todos os dias marcar alternativa 3 ou 4, pular para a questão 126 e marcar NA na (2) 5 a 6 dias 125) (3) 1 a 4 dias (4) quase nunca ou nunca 125. Nestes dias, quantas vezes o(a) sr(a) come frutas? (1) 1 vez no dia (2) 2 vezes no dia (3) 3 ou mais vezes no dia (8) NA 126. Quantos dias na semana o(a) sr (a) costuma comer saladas (1) todos os dias cruas, como exemplo: alface, tomate, pepino? (Se marcar (2) 5 a 6 dias alternativa 3 ou 4, pular para a questão 128 e marcar NA na 127) (3) 1 a 4 dias (4) quase nunca ou nunca 127. Nestes dias, o(a) sr(a) come saladas cruas: (ler as alternativas) (1) no almoço, (2) no jantar (3) no almoço e no jantar. (8) NA 128. Quantos dias na semana o(a) sr (a) costuma comer verduras e (1) todos os dias legumes cozidos, como couve, cenoura, chuchu, (2) 5 a 6 dias berinjela,abobrinha, sem contar batata ou mandioca? (Se marcar (3) 1 a 4 dias alternativa 3 ou 4, pular para a questão 130 e marcar NA na 129) (4) quase nunca ou nunca 129. Nestes dias, o(a) sr(a) come verduras e legumes cozidos: (ler (1) no almoço, as alternativas) (2) no jantar (3) no almoço e no jantar (8) NA 130. Quantos dias da semana o (a) sr(a) come feijão? (1) todos os dias (inclusive sábado e domingo) (2) 5 a 6 dias por semana (3) 3 a 4 dias por semana (4) 1 a 2 dias por semana (5) quase nunca (6) nunca 131. Em quantos dias da semana o (a) sr(a) toma refrigerante? (Se (1) todos os dias marcar alternativa 5 ou 6, pular para a questão 134 e marcar NA na (2) 5 a 6 dias por 132 e 133) semana (3) 3 a 4 dias por semana (4) 1 a 2 dias por semana (5) quase nunca (6) nunca 132. Que tipo? (1) normal (2) diet/light (3) ambos (8) NA 133. Quantos copos/latinhas costuma tomar por dia? (anotar o _________(88) NA número) (99) IGN 134. O sr(a) costuma tomar leite? (não vale soja) (Se “não”, pule (1) sim (2) não para questão 136 e marque NA 135) 135. Quando o sr(a) toma leite, que tipo de leite costuma tomar? (1) integral (2) desnatado ou semidesnatado (3) os dois tipos (4) não sabe (8) NA 136. O sr(a) costuma comer carne de boi ou porco?(Se “não”, pule (1) sim, (2) não para questão 138) 137. Quando o sr(a) come carne de boi ou porco com gordura, o(a) (1) tirar sempre o sr(a) costuma: (ler as alternativas) excesso de gordura (2) comer com a gordura (3) não come carne vermelha com muita gordura 138. O sr(a) costuma comer frango? (Se “não”, marcar NA na (1) sim, (2) não questão139) 139. Quando o sr(a) come frango com pele, o(a) sr(a) costuma: (3) tirar sempre a pele (4) comer com a pele (5) não come pedaços de frango com pele (8) NA AGORA VAMOS FALAR SOBRE ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À SAÚDE DA MULHER (só para mulheres. Se for homem marcar NA em todas as outras questões seguintes, agradecer e encerrar a entrevista). 140. Nos últimos 12 meses, a Srª. teve marido, noivo, namorado, ou (1) Sim (2) Não (8) NA qualquer outro tipo de relacionamento amoroso? (Se a resposta for (9) IGN “não”, pule para a questão 179) 141. Algum destes relacionamentos durou um mês ou mais?(1) (SeSim a (2) Não (8) NA (9) IGN resposta for “não”, pule para a questão 178) AS PRÓXIMAS PERGUNTAS SÃO SOBRE A ÚLTIMA PESSOA COM QUEM A SRª. RELACIONOU-SE POR UM MÊS OU MAIS DESDE <MÊS> DE 2006. Entrevistador: Antes de começar as perguntas, tente falar com suas palavras a informação do quadro abaixo. Ressalte a importância das perguntas que se seguem e garanta a confidencialidade. Agora eu gostaria de conversar um pouquinho sobre como a Sra e o seu companheiro resolvem os desentendimentos e desavenças do dia-a-dia. Nós sabemos que algumas das próximas perguntas podem ser delicadas e pessoais e que, as vezes, parece difícil falar sobre elas. Mas é muito importante para nossa pesquisa que a Srª. faça um esforço para relembrar com a gente como vocês se entenderam no último ano. Eu queria lembrar que tudo que será dito aqui ficará somente entre nós. Entrevistador, leia o quadro abaixo: Não importa como as pessoas se relacionem, tem horas que elas discordam, ficam irritadas ou brigam umas com as outras só por estarem de mau-humor, cansadas ou por qualquer outra razão. Nesses momentos, as pessoas têm muitas maneiras de tentar resolver suas diferenças e desavenças. Agora eu vou ler uma lista de coisas que podem acontecer quando existem diferenças e desavenças entre pessoas que se relacionam. Para cada uma das coisas que vou dizer a seguir, eu gostaria que a Srª. me dissesse se já aconteceu em momentos de discussão e brigas entre vocês. 142. Nos últimos 12 meses, quer dizer, desde <mês> de 2006, nos (1) Sim (2) Não momentos de discussão e brigas entre vocês, como a Srª reagiu: a (8) NA (9) IGN Srª discutiu o problema calmamente? 143. E ele, discutiu o problema calmamente? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 144. A sra. procurou conhecer melhor o modo dele pensar? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 145. E ele, procurou conhecer melhor o seu modo de pensar? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 146. A Srª trouxe, ou tentou trazer alguém para ajudar a acalmar as (1) Sim (2) Não (8) coisas? NA (9) IGN 147. E ele trouxe, ou tentou trazer alguém para ajudar a acalmar as (1) Sim (2) Não (8) coisas? NA (9) IGN 148. A Srª xingou ou insultou ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 149. E ele xingou ou insultou a Srª? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 150. A Srª ficou emburrada ou não falou mais no assunto? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 151. E ele ficou emburrado ou não falou mais no assunto? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 152. A Srª retirou-se do quarto, da casa ou do local? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 153. E ele retirou-se do quarto, da casa ou do local? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 154. A Srª fez ou disse coisas só para irritar ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 155. E ele fez ou disse coisas só para irritar a Sra? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 156. A Srª ameaçou bater ou jogar coisas nele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 157. E ele ameaçou bater ou jogar coisas na Srª? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 158. A Srª destruiu, bateu, jogou ou chutou objetos? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 159. E ele destruiu, bateu, jogou ou chutou objetos? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 160. A Srª jogou coisas sobre ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 161. E ele jogou coisas sobre a Srª? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 162. A Srª empurrou ou agarrou ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 163. E ele empurrou ou agarrou a Srª? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 164. A Sra deu um tapa ou bofetada nele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 165. E ele deu um tapa ou bofetada na Sra? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 166. A Srª chutou, mordeu ou deu um murro nele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 168. A Srª bateu ou tentou bater nele com objetos? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 169. E ele bateu ou tentou bater na Srª com objetos? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 170. A Srª espancou ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 171. E ele espancou a Srª? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 172. A Srª estrangulou ou sufocou ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 173. E ele estrangulou ou sufocou a Sra? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 174. A Sra ameaçou ele com faca ou arma? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 175. E ele ameaçou a Srª com faca ou arma? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 176. A Sra usou faca ou arma contra ele? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 177. E ele usou faca ou arma contra a Sra? (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Entrevistador: observar se houve respeito à privacidade, (1) Sozinha (2) ou seja, a informante foi entrevistada: Presença do cônjuge ou companheiro (3) Na presença de filhos/ou pais (4) Na presença de outras pessoas Qual? __________ EU GOSTARIA DE FAZER UMAS PERGUNTAS SOBRE AS CRIANÇAS DESTA CASA (só para mulheres) 178. A Sra tem filhos com idade entre 0 e 12 anos? (Se a resposta (1) Sim (2) Não (8) for “não”, marcar 8(NA) nas demais questões e encerre a NA entrevista.) 179. Quantos? Filhos____________ (88) NA EU GOSTARIA DE CONVERSAR UM POUCO SOBRE OS SEUS FILHOS DE 0 A 12 ANOS. PARA FACILITAR A NOSSA CONVERSA, PODERIA, POR FAVOR , ME DIZER O PRIMEIRO NOME DE CADA UM, COMEÇANDO PELO MAIS VELHO? 180. Seu(s) filho(s) (entre 0 e 12 anos) usam ou usaram a chupeta? Filho 1 (1) Sim (2) Não (marcar para cada filho, escrevendo o seu 1º nome e iniciando pelo (8) NA (9) IGN mais velho) Filho 2 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 3 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 4 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 5 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 6 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 7 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 8 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Havendo crianças que usam ou usaram a chupeta aplicar o questionário até o fim, caso contrário, marcar a alternativa(8) NA nas próximas questões, agradecer e encerrar a entrevista. 167. E ele chutou, mordeu ou deu um murro na Srª? 181. Com que idade começaram a usar a chupeta? (marcar para Filho cada filho, com idade entre 0 e 12 anos,.. Após a entrevista, 1_______________ (8) transformar cada resposta em dias. NA (9) IGN Filho 2_______________ (8) NA (9) IGN Filho 3_______________ (8) NA (9) IGN Filho 4_______________ (8) NA (9) IGN Filho 5_______________ (8) NA (9) IGN Filho 6_______________ (8) NA (9) IGN Filho 7_______________ (8) NA (9) IGN Filho 8_______________ (8) NA (9) IGN 182. A chupeta foi levada para a maternidade? (marcar para cada Filho 1 (1) Sim (2) Não filho) (8) NA (9) IGN Filho 2 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 3 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 4 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 5 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 6 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 7 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 8 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 183. A chupeta foi usada em conjunto com a amamentação? Filho 1 (1) Sim (2) Não (marcar para cada filho) (8) NA (9) IGN Filho 2 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 3 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 4 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 5 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 6 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 7 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN Filho 8 (1) Sim (2) Não (8) NA (9) IGN 184. Por que a chupeta foi oferecida? (esperar a resposta e anotar EXATAMENTE a fala da mãe) ______________________________________________________ ______________________________________________________ (8) NA ______________________________________________________ ______________________________________________________ ________________________________ 185. A Sra. acredita que a chupeta pode: (leia as alternativas e aguarde a resposta. Se a resposta não corresponder às alternativas, anote abaixo EXATAMENTE a fala da mãe) ______________________________________________________ ___ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ________________________________ 186. Quem indicou o uso da chupeta? (aguardar a resposta, não ler as alternativas) ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ________________________________________________ AGRADEÇA E ENCERRE A ENTREVISTA (1) acalmar o bebê (2) ajudar o bebê a dormir (3) tranqüilizar a mãe (4) todas as anteriores (8) NA (9) IGN (1) avó (2) outros parentes (3) amigas (4) pediatra (5) dentista (6) ninguém, já tinha comprado ou ganhou a chupeta (8) NA (9) IGN 63 ANEXO 2 - CÓPIA DO TERMO DE AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP) DA UNIPLAC 64 ANEXO 3 – CÓPIA DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CEP – COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa AUTO-AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E FATORES ASSOCIADOS: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL EM ADULTOS DE LAGES, SC, 2007, cujo objetivo é avaliar as condições de saúde de adultos da zona urbana de Lages. Sua colaboração neste estudo é MUITO IMPORTANTE, mas a decisão de participar é VOLUNTÁRIA, o que significa que o(a) senhor(a) terá o direito de decidir se quer ou não participar, bem como de desistir de fazê-lo a qualquer momento. Garantimos que será mantida a CONFIDENCIALIDADE das informações e o ANONIMATO. Ou seja, o seu nome não será mencionado em qualquer hipótese ou circunstância, mesmo em publicações científicas. NÃO HÁ RISCOS quanto à sua participação e o BENEFÍCIO será conhecer a realidade da saúde dos moradores de Lages, a qual poderá melhorar os serviços de saúde em sua comunidade. Será realizada uma entrevista e também verificadas as seguintes medidas: pressão arterial (duas vezes), peso, altura e diâmetro da cintura, que não causarão prejuízos à sua saúde. Para isso será necessária uma hora. Em caso de dúvida o(a) senhor(a) poderá entrar em contato com GIANA ZARBATO LONGO, coordenadora de campo da pesquisa, no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – Mestrado, na UNIPLAC, na Av. Castelo Branco, 170 – Bloco do Centro de Ciências Jurídicas/CCJ (piso térreo), ou pelo telefone (49) 3251 11 08, ou e-mail: [email protected] Eu.............................................................................................., declaro estar esclarecido(a) sobre os termos apresentados e consinto por minha livre e espontânea vontade em participar desta pesquisa e assino o presente documento em duas vias de igual teor e forma, ficando uma em minha posse. Lages, _____ de _________________ de 2007. _________________________________ (assinatura do participante ) 65 ANEXO 4 – FOTOS DAS ACADEMIAS AO AR LIVRE PARA A 3ª IDADE LAGES SC Foto 1 – Academia ao ar livre para a terceira idade Lages SC. Foto 2 – As academias estão sendo utilizadas também pelos mais jovens. 66 Foto 3 – O educador físico orienta e acolhe também os mais jovens. Foto 4 – Jovens e idosos partilham a prática da atividade física. Criam formas de sociabilidade adequadas para relacionar-se com distintas pessoas e grupos.