Física Frente III – Prof Markito CAPITULO 2 – CALORIMETRIA Vimos no capítulo anterior os conceitos de Calor, Equilíbrio Térmico e a Lei Zero da Termodinâmica. É imprescindível dominar esses conceitos para o estudo deste 2° Capítulo, então vale a pena dar uma revisada rápida nas folhinhas antes de prosseguir! Calor é a energia térmica transferida de um corpo para outro devido exclusivamente à diferença de temperatura entre eles. Calor Sensível Quando um corpo cede ou recebe calor, variando apenas a sua temperatura, sem mudar o seu estado físico, dizemos que ele recebeu ou cedeu calor sensível. Verificamos experimentalmente que a quantidade de calor sensível (Q) recebida ou cedida por um corpo apenas para variar sua temperatura (sem ocorrer mudança de fase) é diretamente proporcional à sua massa (m) e à variação da sua temperatura (∆T). 0,11 0,20 0,093 0,58 Ferro Vidro Cobre Álcool Aulas 05 a 07 Capacidade Térmica (C) Definimos a capacidade térmica (C) de um corpo como sendo o produto da massa pelo calor específico do material que o constitui. Assim, a capacidade térmica é característica do objeto e não da substância. Da definição obtemos: C = m.c e Q = C.∆Ti Unidade de C → cal/°C ou J/°C * Equivalente em Água (E) O equivalente em água de um corpo é a massa de água cuja capacidade térmica é igual à capacidade térmica do corpo considerado. Assim: E=C Exemplo: A capacidade térmica de 100g de álcool é: C = 100.0,58 = 58 cal/°C. Assim, sabendo que o calor específico da água é de 1 cal/gºC, o equivalente em água dessa quantidade de álcool é: E = 58g. Isto quer dizer que 58g de água possuem a mesma capacidade térmica que o objeto em questão (100 g de álcool). Calor Latente Desse resultado obtemos a Equação Fundamental da Calorimetria: Q = m.c.∆T ∆T = TF – Ti → variação da temperatura c → calor específico m → massa do corpo Unidades usuais: Q → caloria (cal) m → grama (g) Unidades no SI: Q → joule (J) m → quilograma (kg) Sinal: Q > 0 → corpo recebe calor Q < 0 → corpo cede calor Calor Específico (c) O calor específico (c) é uma grandeza característica de cada substância e seu valor depende da temperatura e do estado físico do corpo. Sua unidade mais comum é a cal/g°C. No SI devemos usar J/kg°C. Calores específicos de algumas substâncias: Calor específico Substância (cal/g°C) 1,00 Água 0,55 Gelo 0,48 Vapor d´água 0,033 Mercúrio 208 Durante as mudanças de estado físico, as substâncias podem receber ou ceder calor sem que sua temperatura se altere. Se desejarmos, por exemplo, transformar um bloco de gelo de 10g a 0°C em 10g de água líquida a 0°C devemos através de uma fonte de calor transferir 800 calorias para o gelo. Isso quer dizer que cada grama de gelo, para se transformar em água líquida, necessita 80 calorias. Assim, a quantidade de calor latente (QL) é dada por: QL = m.L L→ calor específico latente ou calor latente Unidades de L → cal/g ou J/kg Calores latentes da água: Mudança de Fase Fusão Vaporização Solidificação Condensação Calorimetria Calor latente LF = 80 cal/g LV = 540 cal/g LS = - 80 cal/g LC = - 540 cal/g CASD Vestibulares Exercícios de Sala 01. Uma barra de ferro com 300g de massa é aquecida de 20°C até 170°C. Sendo 0,11 cal/g°C o calor específico do ferro, calcule: a) A capacidade térmica da barra b) A quantidade de calor que ela recebe Trocas de Calor Corpos, a temperaturas diferentes, quando colocados em um Calorímetro, trocam calor entre si até atingirem o equilíbrio térmico. Calorímetro ideal O Calorímetro ideal é um sistema termicamente isolado do ambiente, cujas paredes são adiabáticas, ou seja, não permitem nem que o calor saia nem que ele entre. Ele pode ou não participar das trocas energéticas com os corpos colocados dentro dele. Se isso ocorrer, então o calorímetro possui uma capacidade térmica. Como exemplos de calorímetros que se aproximam do comportamento ideal, temos a garrafa térmica e a caixa de isopor. Lei Geral das Trocas de Calor A soma algébrica das quantidades de calor, sensível ou latente, trocadas entre os corpos é nula. Assim: ∑Q = 0 ou Qrecebido = Qcedido Equivalência entre Calor e Energia O físico inglês James Joule demonstrou a equivalência entre as unidades de calor e de energia mecânica, isto é, entre caloria e joule. Através da famosa experiência de Joule, demonstrou-se que: 02. Uma panela de vidro de 500g é aquecida de 30°C até 100°C. Ela recebe um total de 7000 calorias durante o processo.Determine: a) O calor específico do vidro b) A capacidade térmica da panela c) O equivalente em água da panela de vidro 03. Determine a quantidade de calor necessária para: a) Fundir 400g de gelo a 0°C b) Condensar 200g de vapor d´água a 100°C 04. Em um calorímetro de capacidade térmica 40cal/°C, com 600g de água, a 20°C, introduzimos um pedaço de ferro (c = 0,1cal/g°C) de massa 1200g a 300°C. Determine a temperatura de equilíbrio térmico. 05. Tem-se uma massa de 200g de uma substância, inicialmente a -5°C. a) Calcule a quantidade total de calor que se deve fornecer para se atingir 90°C b) Trace a curva de aquecimento do processo c) Se o fluxo de calor é constante e vale 130 cal/s determine o tempo necessário para a temperatura atingir 90°C. Dados: TF: 5°C TV: 80°C Calor específico na fase sólida: cs = 2 cal/g°C Calor específico na fase líquida: cl = 0,8cal/g°C Calor específico na fase gasosa: cv = 1,5cal/g°C Calor latente de fusão: LF = 10 cal/g Calor latente de vaporização: LV = 25 cal/g Exercícios Resolvidos 1 cal = 4,19 Jt Curvas de Aquecimento Fornecendo-se continuamente calor a uma massa de uma substância qualquer, inicialmente sólida, ocorrerão as seguintes etapas, pela ordem: 1 - Aquecimento na fase sólida até T F (Q1) 2 - Fusão da substância (TF cte) (Q2) 3 - Aquecimento da fase líquida até TV (Q3) 4 - Vaporização da substância (T V cte) (Q4) 5 - Aquecimento na fase gasosa (Q5) 01. Um vaporizador contínuo possui um bico pelo qual entra água a 20ºC, de tal maneira que o nível da água no vaporizador permanece constante. O vaporizador utiliza 800W de potência, consumida no aquecimento da água até 100ºC e na sua vaporização a 100°C. A vazão da água pelo bico é? 3 Dados: c = 1,0 cal/gºC ; Lvap = 540 cal/g ; H20=1.10 3 kg/m Resolução: O calor necessário para aquecer e vaporizar a água é dado por: Q m.c.T m.L m. c.T L (I) Sendo a densidade da água dada por e seu volume por V, temos que m .V Como é fornecida a potência (P) do vaporizador, devemos dividir a equação (I) por ∆t, pois da definição de potência, temos que: CASD Vestibulares Calorimetria 209 P Q t A energia (calor) consumida pelo derretimento de parte do gelo é dada por: Assim, a equação (I) fica: Q m.L 25.80 Q 2000 cal Q .V . c.T L t t A vazão (Z) é quanto o volume varia no tempo e é definida por: Z V t Colocando em joules: Igualando a energia gerada pelo atrito com a consumida pela fusão do gelo, temos: Q 8400 10000 c Assim, a equação acima se torna: c 0,84 P .Z.( c.T L) Explicitando a vazão Z, obtemos: Exercícios P .( c.T L ) Z Substituindo os dados do problema e colocando todas as grandezas no SI, temos: 3 (Lembrando que 1 cal/g = 4,2.10 J/kg) Z 800 1.10 .( 4,2.10 .80 540.4,2.10 3 ) 3 3 Z 3,1.10 7 m3 / s Z 0,31ml / s 02. Um bloco de gelo, de massa igual a 50 kg e a 0ºC, é empurrado por uma força horizontal, sobre um piso também horizontal e a 0ºC. O bloco é empurrado com velocidade constante, percorrendo uma distância de 20m. Observa-se que 25 gramas do gelo se fundem. Admitindo-se que todo o calor gerado pelo atrito foi absorvido pelo gelo, calcule o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o piso. 2 Considere g = 10 m/s e 1cal = 4,2 J Resolução: Iremos utilizar nossos conhecimentos de Mecânica para resolver este problema. Este problema poderia ser bastante complicado caso não façamos algumas considerações: 1) Consideramos que todo o sistema está a 0ºC, incluindo o solo, ar, quem empurra o bloco, etc. Assim, tudo está em equilíbrio térmico e não haverá fluxo de calor sensível. O único tipo de calor gerado é pelo atrito, que será inteiramente consumido como calor latente para derretimento de parte do gelo. 2) Consideraremos que a força exercida em todo o percurso é constante, não variando, em função de um gradual derretimento do gelo (O peso do bloco diminui muito pouco). A energia gerada pelo atrito é medida pelo trabalho realizado pela força de atrito cinético. Fatrito .d c .N.d c .m.g.d Substituindo os dados disponíveis, obtemos: c .50.10.20 10000 c 210 Q 8400 J Nível 1 01. (UEBA) O calor específico sensível de uma substância indica o valor: a) do seu ponto de ebulição ao nível do mar b) da capacidade térmica de um corpo feito com essa substância c) da quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de um grama dessa substância d) de sua condutividade térmica no estado sólido e) da quantidade de calor necessária para fundir um grama dessa substância 02. (UFPR) Dois corpos de massas diferentes estão inicialmente em contato térmico, de modo que suas temperaturas são iguais. Em seguida isola-se um do outro e ambos recebem a mesma quantidade de calor de uma fonte térmica. A respeito de suas temperaturas imediatamente após esta operação, é correto afirmar que: 01) Devem ser iguais 02) Serão iguais se os dois corpos tiverem igual volume 04) Seriam iguais de suas capacidades caloríficas fossem iguais. 08) Somente seriam iguais se o calor específico sensível de um corpo fosse igual ao outro. 16) Seriam as mesmas se os corpos tivessem a mesma massa e o mesmo calor específico sensível. 03. (MED. POUSO ALEGRE-MG) O calor específico o sensível do chumbo é 0,030 cal/g C enquanto que o o do ferro é 0,10cal/g C. Isso significa que: a) Se fornecemos a mesma energia calorífica a 1kg de ferro e a 1kg de chumbo, o chumbo aquecerá mais. o o b) Se 1kg de chumbo a 100 C e 1 kg de ferro a 100 C são colocados para esfriar até atingirem a temperatura ambiente, o chumbo liberará maior quantidade de energia calorífica para o ambiente c) Para a mesma quantidade desses materiais, é mais fácil (menor gasto de energia) aquecer o ferro do que aquecer o chumbo até uma determinada temperatura. d) Para efeitos de aquecimento podemos dizer que 100g de ferro equivalem a 30g de chumbo. e) Se o calor específico sensível do ferro é maior do que o do chumbo, a capacidade térmica do ferro também será maior do que a do chumbo. Calorimetria CASD Vestibulares d) 33 joules/s e) 42 joules/s o Dado: calor específico da água = 4.2 J/g C 04. (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma queda o de temperatura de 8,0 C (Zero Hora – 04/11/94). Sabendo que o calor específico sensível da água é 1,0 o cal/g C, a quantidade de calor liberada por 1000g de o água, ao reduzir sua temperatura de 8,0 C, em cal, é: a) 8 b) 125 c) 4000 d) 8000 e) 64000 05. (MACK) Um corpo de certo material com 200g, ao o receber 1000 cal aumenta sua temperatura de 10 C. Outro corpo de 500g, constituído do mesmo material, terá capacidade térmica de: o o o a) 50cal/ C b) 250cal/ C c) 150cal/ C o o d) 100cal/ C e) 300cal/ C 06. (UFSE) A tabela abaixo apresenta a massa m de cinco objetos de metal, com seus respectivos calores específicos sensíveis c. o Metal c (cal/g C) m (g) Alumínio 0,217 100 Ferro 0,113 200 Cobre 0,093 300 Prata 0,056 400 Chumbo 0,031 500 O objeto que tem maior capacidade térmica é de: a) alumínio b) prata c) chumbo d) ferro e) cobre 07. (UNISA-SP) O gráfico representa a temperatura de uma amostra, de massa 100g, de uma substância em função da quantidade de calor por ela absorvida. O calor específico sensível dessa substância, em o cal/g C, é: a) 0,10 b) 0,20 c) 0,40 d) 0,60 e) 0,80 08. (MACK) Uma fonte calorífica fornece calor continuamente, à razão de 150cal/s, a uma determinada massa de água. Se a temperatura da º º água aumenta de 20 C para 60 C em 4 minutos, podese concluir que a massa de água aquecida, em gramas, é: a) 500 b) 600 c) 700 d) 800 e) 900 09. (FUVEST) Um ser humano adulto e saudável consome em média, uma potência de 120J/s. Uma “caloria alimentar” (1kcal) corresponde, 3 aproximadamente, a 4,0.10 J. Para nos mantermos saudáveis, quantas “calorias alimentares” devemos utilizar, por dia, a partir dos alimentos que ingerimos? 3 3 5 a) 33 b) 120 c)2.6.10 d) 4,0.10 e) 4,8.10 10. (FGV-SP) Colocam-se 500 gramas de água a º 100 C dentro de uma garrafa térmica. O gráfico mostra a variação da temperatura da água no decorrer do tempo. Podemos afirmar que, entre os instantes T1 = 1000s e T2 = 2000s, a água perdeu calor à razão média de, aproximadamente: a) 0,85 joules/s b) 2,4 joules/s c) 10 joules/s CASD Vestibulares 0 0 11.(FUVEST) Dispõe-se de água a 80 C e gelo a 0 C. Deseja-se obter 100 gramas de água a uma 0 temperatura de 40 C (após o equilíbrio), misturando água e gelo em um recipiente isolante e com capacidade térmica desprezível. Sabe-se que o calor específico latente de fusão do gelo é 80cal/g e o calor o específico sensível da água é 1,0cal/g C. A massa de gelo a ser utilizada é: a) 5g b) 12,5 c) 25g d) 33g e) 50g 0 12. (UFRJ) Misturam-se 100g de gelo a 0 C com 100g 0 0 de água a 0 C, em 1000g de água a 14 C em um recipiente de capacidade térmica desprezível. Sabendo que o calor específico latente de fusão do gelo vale 80cal/g e que o calor específico sensível da 0 água vale 1,0cal/g C, calcule a temperatura de equilíbrio dessa mistura. 13. (ITA ) Num dia de calor, em que a temperatura 0 ambiente era de 30 C, João pegou um copo com 3 volume de 200cm de refrigerante à temperatura ambiente e mergulhou nele dois cubos de gelo de massa 15g cada um. Se o gelo estava à temperatura 0 de – 4 C e derreteu-se por completo e supondo que o refrigerante tem o mesmo calor específico sensível que a água, a temperatura final da bebida de João ficou sendo aproximadamente de: 3 Dado: densidade absoluta da água = 1,0 g/cm 0 0 0 0 0 a) 0 C b) 12 C c) 15 C d) 20 C e) 25 C 14. (UFC) O gráfico representa a variação de temperatura de uma amostra de 20g de um líquido, a partir de 0ºC, em função do calor por ela absorvido. O calor específico cL do líquido e seu calor específico c G na fase gasosa guardam a seguinte relação: a) cL = cG b) cL = cG/2 c) cL = 2.cG d) cL = 2.cG/3 e) cL = 3.cG 15. (PUC-PR) No interior de um calorímetro adiabático contendo 500g de água a 20ºC, são colocados 100g de chumbo a 200ºC. O calor específico da água é 1 cal/gºC e o do chumbo é 0,031 cal/gºC. A temperatura final de equilíbrio é aproximadamente: a)31ºC b)28,4ºC c)25,3ºC d) 23,5ºC e) 21,1ºC Calorimetria 211 16. (ITA ) Um bloco de massa m 1 e calor específico sensível c1, à temperatura T1, é posto em contato com um bloco de outro material, com massa, calor específico sensível e temperatura respectivamente m 2, c2 e T2. Depois de estabelecido o equilíbrio térmico entre os dois blocos, sendo c1 e c2 constantes e supondo que as trocas de calor com o resto do universo sejam desprezíveis, a temperatura final T deverá ser igual a: m1T1 m2T1 m1 m2 c T c 2T2 c) 1 1 c1 c 2 a) m1c 1 m 2 c 2 T2 T1 m1c 1 m 2 c 2 m c T m2c 2T2 d) 1 1 1 m1c1 m2c 2 b) 17. (FATEC - SP) O calor específico da água é 1,0 g/ºC e o seu calor latente de vaporização é 540 cal/g. Sob pressão normal, uma chama constante gasta 1 minuto para elevar a temperatura de certa massa de água de 40ºC a 100ºC. Desde o início da vaporização até o seu final, decorrem: a) 6 min b) 9 min c) 12 min d)15 min e) 30 min 18. (Mack) Colocam-se, num mesmo recipiente, 0,3 kg de gelo a 0°C, 1,8kg de água a 10°C e 0,15 kg de vapor d’água a 100°C. Calcular a temperatura de equilíbrio. Dados: Calor de fusão do gelo: 80 cal/g. Calor de vaporização: 540 cal/g. Nível 2 – Aprofundamento 01. (FUVEST) Um recipiente de isopor, que é um bom isolante térmico, tem em seu interior água e gelo em equilíbrio térmico. Num dia quente, a passagem de calor por suas paredes pode ser estimada, medindo-se a massa de gelo Q presente no interior do isopor, ao longo de algumas horas, como representado no gráfico. Esses dados permitem estimar a transferência de calor (em kJ/h) pelo isopor, como sendo, aproximadamente de: Calor latente de fusão do gelo ≈ 320 kJ/kg 02. (VUNESP) Massas iguais de água e óleo foram aquecidas num calorímetro, separadamente, por meio de uma resistência elétrica que forneceu energia térmica com a mesma potência constante, ou seja, em intervalos de tempo iguais cada uma das massas recebeu a mesma quantidade de calor. Os gráficos na figura representam a temperatura desses líquidos no calorímetro em função do tempo, a partir do instante em que se iniciou o aquecimento. 212 a) Qual das retas, I ou II, é a da água, sabendo-se que seu calor específico sensível é maior que o do óleo? Justifique sua resposta. b) Determine a razão entre calores específicos sensíveis da água e do óleo, usando os dados do gráfico. 03. (Unesp 2011) Foi realizada uma experiência em que se utilizava uma lâmpada de incandescência para, ao mesmo tempo, aquecer 100 g de água e 100 g de areia. Sabe-se que, aproximadamente, 1 cal = 4 J e que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC e o da areia é 0,2 cal/g ºC. Durante 1 hora, a água e a areia receberam a mesma quantidade de energia da lâmpada, 3,6 kJ, e verificou-se que a água variou sua temperatura em 8 ºC e a areia em 30 ºC. Podemos afirmar que a água e a areia, durante essa hora, perderam, respectivamente, a quantidade de energia para o meio, em kJ, igual a (A) 0,4 e 3,0. (B) 2,4 e 3,6. (C) 0,4 e 1,2. (D) 1,2 e 0,4. (E) 3,6 e 2,4. 04. (Unesp 2012) Clarice colocou em uma xícara 50 mL de café a 80 °C, 100 mL de leite a 50 °C e, para cuidar de sua forma física, adoçou com 2 mL de adoçante líquido a 20 °C. Sabe-se que o calor específico do café vale 1 cal/(g.°C), do leite vale 0,9 cal/(g.°C), do adoçante vale 2 cal/(g.°C) e que a capacidade térmica da xícara é desprezível. Considerando que as densidades do leite, do café e do adoçante sejam iguais e que a perda de calor para a atmosfera é desprezível, depois de atingido o equilíbrio térmico, a temperatura final da bebida de Clarice, em °C, estava entre (A) 75,0 e 85,0. (B) 65,0 e 74,9. (C) 55,0 e 64,9. (D) 45,0 e 54,9. (E) 35,0 e 44,9. 05. (UNICAMP) Um aluno simplesmente sentado numa sala de aula dissipa uma quantidade de energia equivalente à de uma lâmpada de 100W. O valor energético da gordura é de 9,0kcal/g. Para simplificar adote 1,0 cal = 4,0 J. a) Qual o mínimo de kcal que o aluno deve ingerir por dia para repor a energia dissipada? b) Em média, quantas calorias por segundo a água transferiu para o ambiente? Calorimetria CASD Vestibulares 06. (FUVEST) Um recipiente contendo 3600g de água º à temperatura inicial de 80 C é posto num local onde a temperatura ambiente permanece sempre igual a º 20 C. Após 5 horas, o recipiente e a água entram em equilíbrio térmico com o meio ambiente. Durante esse período, ao final de cada hora, as seguintes 0 temperaturas foram registradas para a água: 55 C, 0 0 0 0 40 C, 30 C, 24 C e 20 C. Pede-se: o Dado: calor específico da água = 1,0 cal/ C. a) um esboço indicando valores nos eixos do gráfico da temperatura da água em função do tempo; b) em média quantas calorias por segundo a água transferiu para o ambiente. 07. (FUVEST) O calor específico de um sólido, a pressão constante, varia linearmente com a temperatura, de acordo com o gráfico abaixo: Qual a quantidade de calor, em calorias, necessária 0 0 para aquecer 1,0g desse sólido de 10 C até 20 C? 08. (EN – RJ) Uma barra de gelo de massa 100g a 0 -20 C é colocada num recipiente com 15g de água 0 liquida a 10 C. Sabe-se que o calor específico sensível 0 do gelo vale 0,55 cal/g C, o calor específico latente de fusão do gelo, 80cal/g e o calor específico sensível da 0 água líquida, 1,0 cal/g C. Qual a temperatura de equilíbrio? 09. (UnB) Um pedaço de 100g de gelo, inicialmente à 0 temperatura de -30 C, é imerso em 400g de água cuja 0 temperatura é de 25 C. A mistura é agitada até que um estado final de equilíbrio seja alcançado. Supondo que não haja troca de energia térmica entre o sistema e o seu recipiente, qual a temperatura final de equilíbrio? Dados: 0 calor específico sensível da água: 1,0cal/g C 0 calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g C calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g a) Determine o valor do calor latente de fusão LB da substância B. b) Determine a temperatura de equilíbrio do conjunto no final do experimento. c) Se a temperatura final corresponder à mudança de fase de uma das substâncias, determine a quantidade da mesma em cada uma das fases. 11. (Desafio) Um calorímetro cujo vaso de alumínio tem massa de 200g, contém 500g de água, tudo a 20ºC. Uma amostra de granalha de alumínio, com 300g, é aquecida a 100ºC e depois transferida para o calorímetro. a) Sendo o calor específico do alumínio dado por 0,900 kJ/kg.K, determine a temperatura final do sistema, admitindo que não haja perdas térmicas para o ambiente. b) O erro provocado pela transferência de calor entre o calorímetro e suas vizinhanças pode ser minimizado se a temperatura inicial do calorímetro estiver ΔTW/2 abaixo da temperatura ambiente, sendo ΔTW a variação de temperatura da água do calorímetro durante a medida calorimétrica. A temperatura final de equilíbrio, nestas circunstâncias, estará ΔTW/2 acima do ambiente. Qual deve ser a temperatura inicial do vaso e da água do calorímetro, sendo 20ºC a temperatura ambiente? Gabarito 10. (FUVEST) As curvas A e B na figura representam a variação da temperatura (T) em função do tempo (t) de duas substâncias A e B, quando 50 g de cada uma são aquecidas separadamente, a partir da temperatura inicial de 20ºC, na fase sólida, recebendo calor a uma taxa constante de 20 cal/s. Considere agora um experimento em que 50 g de cada uma das substâncias são colocadas em contato térmico num recipiente termicamente isolado, com a substância A na temperatura inicial TA = 280ºC e a substância B na temperatura inicial TB = 20ºC. CASD Vestibulares Calorimetria Nível 1 1. c 2. 20 (04 + 16) 3. a 4. d 5. b 6. e 7. b 8. e 9. c 10. e 11. c 12. 5ºC 13. c 14. b 15. e 16. d 17. b 18. θE = 40°C Nível 2 1. 160 kJ/h 2. a) II é água b) 2 3. c 4. c 3 5. a) 2,16.10 kcal b) 108 6. b) 12 cal/s 7. 5,50 cal 8. 0ºC 9. 1ºC 10. a) LB = 24 cal/g b) T = 80ºC c) ms = 33,3 g ml = 16,7 g 11. a) 28,5ºC b) 15,5ºC 213