DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÂO Licenciatura em Ciências da Educação Animação Sociocultural Carga horária: 60 horas Unidades de crédito: 7.5 ECTS Docente responsável: Profª. Doutora Alice Mendonça e-mail: [email protected] web page: http://www.uma.pt/alicemendonca/ 1 OBJECTIVOS A Animação Sociocultural é uma estratégia de intervenção que trabalha para um determinado modelo de desenvolvimento comunitário que tem como finalidades promover a participação e dinamização social, a partir de processos de responsabilização dos indivíduos na gestão e direcção dos seus próprios recursos. Um desenvolvimento entendido como “integral e endógeno; integral, visto que é capaz de unir entre si os progressos económicos, sociais, culturais, morais, reforçando-os na sua relação mútua. Endógeno, como a passagem de si mesmo a um nível superior, em relações de soma positiva com os outros…” (Lenoir, 1989, p. 50). Com esta unidade curricular pretende-se que os futuros profissionais em educação reflitam sobre o intervir/interagir com pessoas, famílias, grupos, instituições, organizações e comunidades no sentido de contribuir activamente para o seu desenvolvimento social e educacional, contribuindo assim para o seu bem estar. Neste sentido, visa-se facultar aos alunos um suporte conceptual de referência, ao nível da Animação Sociocultural, susceptível de possibilitar a planificação e concretização de actividades destinadas a públicos diversificados. Num primeiro momento far-se-á uma abordagem geral contemplando as especificidades do lazer e recreação, assim como o perfil profissional requerido a um animador sociocultural. De seguida faculta-se conhecimento de técnicas de comunicação, recursos logísticos, métodos e técnicas específicos para desenvolver programas de animação sociocultural. I. Competências Específicas • Capacidade de reflectir a intervenção com pessoas, famílias, grupos, organizações e comunidades para produzir mudança num contexto de Animação Sociocultural (ASC); • Capacidade de analisar o desenvolvimento de redes para lidar com necessidades sociais e trabalhar em prol da implementação de projectos de Animação Sociocultural; • Capacidade de analisar e sistematizar informação com vista a uma intervenção sociocultural eficaz para a tomada de decisão consciente e autónoma suportadas cientificamente; • Capacidade de contribuir, organizar actividades relacionadas com eventos lúdicos, culturais ou desportivos; 2 II. Processo ensino - aprendizagem: As aulas num total de 60 horas presenciais, terão uma componente teóricoprática, assente em documentos seleccionados pela docente, em trabalhos elaborados e apresentados pelos alunos e na realização de um projecto de animação socio-cultural. III. Requisitos da avaliação contínua desta U.C. : 1- Ao longo das aulas será realizado, em grupo, um portefólio contendo: Trabalhos escritos realizados nas aulas. (A) Um projecto de animação sociocultural. (B) 2- Cada grupo apresentará oralmente trabalhos com recurso a power-point. (C) Ponderação dos elementos de avaliação: Classificação final = A (35%) + B (35%) + C (30%) = 100% IV. Avaliação dos alunos com estatuto de trabalhador-estudante: 1- Entrega de um portefólio contendo: Trabalhos escritos realizados nas aulas. (A) Um projecto de animação sociocultural. (B) Classificação final = A (50%) + B (50%) = 100% A nota mínima, no final dos processos de avaliação para a aprovação na disciplina é de 9,5 valores. Os alunos que reprovarem nesta avaliação poderão realizar um exame na época de recurso. A avaliação realizada na época de recurso terá a ponderação de de 50% na nota final obtida na avaliação contínua. Para os alunos que beneficiam do estatuto de trabalhador-estudante a época de recurso terá a ponderação de 100% V. Assiduidade: Esta U.C. pressupõe uma presença e participação regulares nas aulas ao longo do semestre. Caso esta assiduidade –no mínimo 75% do total das aulas - não possa ser manifestamente assegurada, existe a alternativa, legalmente consagrada, de realização dos trabalhos realizados nas aulas em contexto extra-aula. VI. Conteúdos Programáticos 1. Problemática da Animação Sociocultural 1. 1. Fundamentação do conceito de Animação Sociocultural 1. 2. Periodização da evolução da Animação Sociocultural 1. 3. Enquadramento da Animação Sociocultural: relações e diferenças 1. 4. Funções sociais da Animação Sociocultural 3 1. 5. Técnicas de Intervenção em Animação Sociocultural 1. 6. Perfil e qualidades do Animador Sociocultural 1. 7. Organização e Gestão de Instituições Socioculturais 2. . Elaboração de projectos de Animação Sociocultural 2. 1. Diagnóstico 2. 2. Planificação 2.. 3. Aplicação ou Execução 2. 4. Avaliação 3. Destinatários e âmbitos da Animação Sociocultural 3. 1. Animação Sociocultural na Infância 3. 2. Animação Sociocultural na Juventude 3. 3. Animação Sociocultural na Educação de Adultos 3. 4. Animação Sociocultural na Educação Senior 3. 5. Animação Sociocultural, Conflito Social e Marginalização 4. Perspectivas e Dinâmicas da Animação Sociocultural. Bibliografia Princípal: Ander-Egg, E. (1999). O Léxico do Animador. Cadernos de Inovação Didáctica nº 2. Ourense: ASPGP/Portugaliza Editora dos Oito. Ander-Egg, E. (1989). La Animación y los Animadores: Pautas de acción y de formación. Madrid: Narcea. Ander-Egg, E. (s/d). Metodología y Práctica de la Animación Socio Cultural. (Col. Desarrollo Social). Buenos Aires: Editorial Humanitas. Azevedo, C. (2009). O Animador Empreendedor, In Revista “Práticas de Animação” Ano 3 – Número 2, Outubro, pp. 1- 4. (Dig) Badesa, M. (1995). Perfil del Animador Sociocultural. Madrid: Narcea. Bustelo, M. (1988). La Animación Sociocultural. Una Propuesta Metodológica. Madrid: Editora Popular. 4 Barbosa, F. (2004). A Educação de Adultos. Uma visão crítica. S/l: Estratégias Educativas. Barco, M. J. (1993). El Animador Solidario y Comprometido. Madrid: CCS. Bento, A. (2007), Afinal que animadores devemos formar? In Revista “Práticas de Animação” Ano 1 – Número 0, Outubro. pp. 1-14. (Dig) Bruner, J. (2000). Cultura da Educação. Lisboa: Edições 70. Cardim, L. (1992). A Comunicação. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional. Carvalho, N.(2009). Dinâmicas para Idosos, Brasil : Editora Vozes. Correia, V. (1995). Recursos Didácticos. Lisboa: Companhia Nacional de Serviços. Dias, J. M. (1992). Elaboração de Programas de Formação. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação. Fachada, A. (2008). Contributos da Animação Socioeducativa para uma pedagogia de Lazer1 In Revista “Práticas de Animação” Ano 2 – Número 1, Outubro, pp. 1-9. (Dig) Gervilla, E. (1992). El Animador. Perfil y Opciones. Madrid: CCS Hart, B. (1993). Métodos e Estratégias Inovadoras de Formação. Lisboa: MonitorEdições para Profissionais. De Ketele, J. (1998). Guia do Formador. Lisboa: Instituto Piaget. Jacob, L. (2008). Animação de Idosos, 4ª ed., Âmbar, 2008. Jardim, J. (2002). O Método da Animação. Manual para o Formador. Porto: AVE 5 Lopes de Ceballos, P; Salas Larrazábal, M (1997). Formación de Animadores y Dinámicas de la Animación. Madrid: Editora Popular. Lopes, M. (2006). Animação Sociocultural em Portugal, Intervenção. Llull P. (1999). Teoría y Práctica de la Educación en el Tiempo Libre. Madrid: EditorialCCS. Marcellino, N. (org),(2006). Lazer e Recreação – Repertório de Actividades por Fases da Vida, SP, Brasil : Papirus Editora. Ministério da Educação. (2006). Programa de Práticas de Animação Sociocultural 12º Ano, Curso Tecnológico de Acção Social. Lisboa: Ministério Da Educação. Pérez S. (1997). Elaboración de Projectos Sociales. Casos Práticos. Madrid: Narcea. Quintana, J. M. (1986). Fundamentos de Animación Sociocultural. Madrid: Narcea. Sacadura, A. (1993). Relação Pedagógica. Lisboa: Companhia Nacional de Serviços. Sánchez, A. (1995). Cauces Vivos de la Animacion. Madrid: CCS. Serrano, G. (2008). Elaboração de Projectos Sociais, Porto: Porto Editora. Silva, M. G. (1993). Avaliação. Lisboa: Companhia Nacional de Serviços. Silva, M. S. (1992). Métodos e Técnicas Pedagógicas. Lisboa: Companhia Nacional de Serviços. Silvestre, S. (2003). Educação/Formação de Adultos como Dimensão Dinamizadora do Sistema Educativo/Formtivo. Lisboa: Instituto Piaget. Simões, H. (2006). Animação Cultural, três andamentos de compreensão. Lisboa: Livros Horizonte. 6 Sousa, J. M. (2000). O Professor como Pessoa. Porto: Edições Asa. Tarrinha, A. (1997). O Formador: Estatuto e Papeis. Lisboa: Companhia Nacional de Serviços. Trilla, J. (Coord.) (2004). Animação Sociocultural. Teorias, Programas e Âmbitos. Lisboa: Instituto Piaget. Horizontes Pedagógicos. Ucar, X. (1992). La Animación Sociocultural. Barcelona: Ediciones Ceac. Zayas, I. (1996). Talleres para la Animación. Madrid: CCS. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AAVV, (2009). Idosos no Brasil - Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade, Brasil: Edições Sesc. Alves, R. (2004). As Cores do Crepúsculo – A Estética do Envelhecer, Lisboa: Edições Asa. Alinsky, S. (1976). Manuel de L’Animateur Social: Une action directe non violente. Paris: Éditions du Seuil. Besnard, P. (1986). Animateur Socioculturel: Fonctions, formation, profession. Paris: ESF. Bouillin-D., R.; Thoveron, G.; Noel, F. (1991). Temps Libre et Pratiques Culturelles. Liége: Mardaga. Campbell, J. (1993). Técnicas de Expressão Oral. (Colecção Textos de Apoio, nº 51). Lisboa: Editorial Presença. 7 Canário, R. (1999). Educação de Adultos. Um campo e uma problemática. Lisboa: Educa. Cavallari, V.; Zacharias, V.(2008). Trabalhando com Recreação, 10ª ed., Ícone Editora, SP, Brasil, 2008. Colom, A. J. (1987). Modelos de Intervención Socioeducativa. Madrid: Narcea. Espinoza, V. M. (s/d) . Programación. Elementos de programación para trabajadores sociales. Buenos Aires: Editorial Humanitas. Figueira, A. P. (2001). A animação Sócio-Cultural numa Óptica de Marketing. Particularidades da Animação Turística. Beja: IPB (texto policopiado). Freire, P. et al. (1988). Una Educación para el desarrollo. La Animación Sociocultural. Madrid: Fundación Banco Exterior. Froufe, Q.; Gonzalez S. M. (1999). Para comprender la Animación Sociocultural. Madrid: EVD. Gomes, F. (2007), A importância do Animador Sociocultural numa escola de 1º ciclo. In Revista “Práticas de Animação” Ano 1 – Número 0, Outubro de 2007, pp 1-3. (Dig) Gillet, Jean-Claude (1995). Animation et Animateurs. Paris: L’Harmattan. Jacob, L. (2007) Animação de idosos. In Cadernos Socialgest, nº 4. (Dig) Leif, J. (1992). Tiempo Libre para uso mismo. Un reto educativo y cultural. Madrid: Narcea. Limón, M. R.; Crespo, J. A. (2002). Grupos de debate para mayores. Guia práctica para animadores. Madrid: Narcea. 8 López , A., et al. (1990). El Voluntariado en la Accion Sociocultural. Madrid: Ed. Popular. Lopes, C. (2008). Compartilhar Jogos e Vivências, Brasil: Ed. Expressão e Arte. Martin, G. (1988). Psicologia Humanística, Animación Sociocultural y Problemas Sociales. Madrid: Editorial Popular. Marques. A. (2011), A animação cultural com idosos e o processo de individuação. In Revista “Práticas de Animação” Ano 5 – Número 4, Outubro, pp.1-9. (Dig) Melo, A. (1991). Educação para a formação para o desenvolvimento rural. Fórum 9/10, pp. 149-160. Mintzberg, H. (1995). Estrutura e Dinâmica das Organizações. Lisboa: Publicações D. Quixote. Osório, A.; Pinto, F. (2007). As Pessoas Idosas – Contexto Social e Intervenção Educativa, Lisboa: Instituto Piaget. Puig, P. (1989). Animación Sociocultural. Cultura y território. Madrid: Editora Popular. Silva, A. S. (1990). Educação de Adultos. Rio Tinto: Ed. Asa. Silva, A. S. (1988). Projectos para a promoção sociocultural: o Centro Regional de Artes Tradicionais. Porto: CRAT. Ventosa, P., Victor, J. (1993). Fuentes de la Animación Sociocultural en Europa. Madrid: Editorial Popular. 9