Fisioterapia na
Atenção Primária à Saúde
Formas de trabalho
neste
Cenário de Atenção
Fst. Ms. Priscylla Knopp
Mestre em Psicologia/ Psicologia social e da
saúde – UFJF/PPG-Psi
Pesquisadora do Grupo de estudo e práticas
sociais em Saúde Coletiva – UFJF
30|out
Fisioterapia na Atenção Primária à Saúde:
formas de trabalho neste cenário de atenção
• Perspectiva geral sobre a atuação do Fisioterapeuta na
Atenção Primária a Saúde
• No que diz respeito aos eixos: formação e prática
profissional
• Segundo preveem as Diretrizes Curriculares Nacionais
para os Cursos de graduação em Fisioterapia (DCN´s)
• Os princípios doutrinários e organizativos do SUS, APS,
ESF e NASF.
• Enfim, apresentar algumas formas
de exercer a profissão, neste cenário
de atenção à saúde.
DCN
Graduação em
Fisioterapia ?
• Estabelecidas em 2002 pela CES- Conselho Nacional de
Educação.
• Definem: princípios, fundamentos, condições e
procedimentos da formação de Fisioterapeutas.
• Objeto: construção de um perfil acadêmico/profissional
capaz de atuar com qualidade, eficiência e
resolutividade no Sistema Único de Saúde.
• Perfil egresso/profissional: generalista, humanista, crítico e
reflexivo, capaz de atuar em todos os níveis de atenção à
saúde, com base no rigor científico e intelectual.
Movimento da
Reforma
Sanitária
VIII
Conferência
Nacional de
Saúde (1986)
Constituinte de 1987
Constituição de 1988
Art. 196-200
Regulamentação
SUS
Leis 8.080
set/1990
8.145
dez/1990
“A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.”
• Princípios doutrinários: Universalidade, equidade e
integralidade
• Princípios Organizativos: regionalização, hierarquização,
resolubilidade descentralização participação dos
cidadãos, complementariedade do setor privado
Atenção Primária a Saúde
Conjunto de ações em
saúde, no âmbito individual
e coletiva, para promoção e
proteção, prevenção de
agravos, diagnóstico,
tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde, É a
entrada no sistema de
saúde e centro de
comunicação das RAS’s.
Estratégia de reorientação do modelo assistencial,
operacionalizada mediante a implantação de
equipes multiprofissionais em unidades básicas de
saúde (UAPS). Equipe mínima e ampliada não
prevê o Fisioterapeuta.
Ampliar a abrangência e o
escopo das ações da APS,
bem como dar resolutibilidade
através do apoio matricial
pelas equipes de referência.
Prevê o Fisioterapeuta na
equipe.
Perfil generalista
Apto a atuar no
Sistema de Saúde
vigente SUS
Hierárquico 
Poliárquico com
centralidade na APS.
Fisioterapia na Atenção Primária à Saúde:
complicadores
Acadêmico/Formação
Prática profissional
• Origem/historicidade: caráter
essencialmente curativo e
reabilitador (Bispo-Junior, 2010)
• Prevalece a formação
individualizada, tecnicista,
centrada na doença, na
reabilitação (Brasil et al, 2005)
• Grades curriculares que pouco
contemplam disciplinas do
campo das ciências humanas,
• Grande quantidade de
pacientes que não consegue
ter acesso ao serviço,
principalmente para os níveis
secundário e terciário (Formiga e
(Brasil et al, 2005)
• Dinâmica das Universidades,
como horários, recessos entre
os períodos e a rotatividades
dos acadêmicos (Formiga e Ribeiro,
2012)
Ribeiro, 2012)
• Falta de estrutura física para
realização das atividades
• Reduzido número de
profissionais capacitados para
atuação na APS
• Desconhecimento de usuários,
gestores e dos outros
profissionais da saúde (Formiga e
Ribeiro, 2012)
Fisioterapia na Atenção Primária à Saúde:
formas de trabalho neste cenário de atenção
1. Educação em saúde
Processo de trocas de saberes e
experiências entre usuários,
profissionais e gestores de
saúde. Cada pessoa é
valorizada como dono de um
saber, um aprendiz e um
educador.
Visa a prevenção de doenças,
a promoção da saúde e
promove a autonomia dos
sujeitos envolvidos,
Junto aos grupos
Salas de espera
Visita
domiciliares
2. Atividades
Domiciliares
Visita
Atendimentos
– Atendimentos
Individual (Telha et al, 2007; Brasil et al. 2005)
Orientação aos cuidadores (Formiga e Ribeiro, 2012)
Estimulação essencial em crianças com atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor (Brasil, 2005)
Treinamento de cuidadores (Telha et al, 2007)
Identificar fatores de risco (e proteção) socioeconômico cultural,
psicológico, geográfico e biológico. Orientar sobre saúde e outras
questões.
Encaminhar a serviços específicos.
3. Atividade de Grupo
Características variadas: faixas etárias,
demandas específicas (Treinamento
de cuidadores, Telha et al, 2007) ou
por patologias (?).
• Grupos de gestantes; Grupos de
mães de crianças com infecção
respiratória aguda (IRA) (Brasil et al, 2005)
• Grupo de prevenção de
incapacidades em hanseníase;
Atuação no climatério; Atuação na
saúde da criança (Brasil et al, 2005)
Permite a troca de experiências
Formação de vínculos e de redes de
apoio
Identificar situações de risco social,
psicológico e biológico (predisposição
a patologias).
4. Investigação epidemiológica e
Planejamento das ações
Conhecer a demanda inicial
Melhor planejamento das
ações
Maior eficácia nos serviços
prestados à população.
Busca de novos casos de
hanseníase
(Brasil et al, 2005)
Vigilância dos distúrbios
cinesiofuncionais (Bispo Junior,
2010)
5. Atividades
Interdisciplinares
Variadas
Difícil aplicabilidade (Formiga e
Ribeiro, 2012)
7. Atuações
Intersetoriais
• Educação: Atuação nas creches
(Brasil et al, 2005)
• ONG´s
• Grupos religiosos
• Assistência psicossocial
•Atuação nas creches (Brasil et al, 2005)
•Nos Centros de Atenção
Psicossocial Infanto-Juvenil
(CAPSi) (Filho et al, 2013)
• Junto à Equipe do Centro de
•Atenção Psicossocial (CAPS) (Formiga e Ribeiro, 2012)
Para finalizar
• Apesar da:
Forte associação da imagem do profissional a atuação
reabilitacional.
Incertezas sobre a atuação (do profissional e da
população).
Poucas contratações e condições de trabalho
desfavoráveis.
• A literatura científica já aponta significativos benefícios
da inserção do Fisioterapeuta na APS e uma crescente
produção teórico-prática sobre tema, em busca de uma
atuação cada vez mais qualificada e condizente com os
princípios do SUS.
OBRIGADA
"E uma das condições necessárias a
pensar certo é não estarmos demasiado
certos de nossas certezas.“ Paulo Freire
Contatos:
Redes Sociais – Priscylla Knopp
[email protected]
Blog: umolharaesquerda.wordpress.com
Referências
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Freire P. (2011). Pedagogia da Autonomia
Paula L. T; Portes L. H. (2009). Discussão sobre a atuação do fisioterapeuta na
Atenção Básica à Saúde: uma revisão da literatura brasileira. Monografia.
Conselho Nacional Educação/CES (2002). Resolução 4, de 19 de fevereiro de
2002. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Fisioterapia.
Bispo Junior J. P. (2010). Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas
responsabilidades profissionais. Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 1):16271636.
Filho et al. (2013). Contribuições fisioterapêuticas na saúde mental: relato de
experiência do Pet-saúde no CAPSi. An Congr Bras Med Fam Comunidade.
Belém,Maio; 12:501
Trelha et al (2007). O fisioterapeuta no programa de saúde da família em
Londrina (PR). Revista Espaço para a Saúde. v.8,n.2, p.20-25.
Brasil ACO et al (2005). O papel do fisioterapeuta do programa saúde da família
do município de Sobral-Ceará. RBPS 18 (1) : 3-6.
Formiga NFB e Ribeiro KSQS (2012). Inserção do Fisioterapeuta na Atenção
Básica: uma Analogia entre Experiências Acadêmicas e a Proposta dos Núcleos
de Apoio à Saúde da Família (NASF). Revista Brasileira de Ciências da Saúde.
V.16, 2, 113-122.
Mendes Vilaça E. (2011). As Redes de Atenção. Organização Pan-Americana
da Saúde.
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Fisioterapia na Atenção Primária à Saúde: formas