ContandoContos
Diversos Autores
8º ano - Sigma 910 Norte
8º ano - Sigma 910 Norte
ContandoContos
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AUTORES
. Giulia Filippi Giannetti
. Julia de Castro
. Laura Galvam
. Thiago Tomás de Paula
. Luiz Carlos Schonarth Júnior
. Thainara Moura Cunha
. Yasmin Fernandes Lima Nunes
. Ana Gabriela Ramos Blanco
. Diego Adetayó Camargo Assumpção
. Arthur Itapa de Mattos
. Matheus Costa de Jesus
. Amanda Maria Aragão Meneses
. Iara S. Mussel Santos Crizóstimo
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Diversos Autores
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Projeto e orientação
Professora Maria Eliane Barros Carneiro Couto
Colaboração
Professora Elaine de Sousa Santos (8ºA)
Wallan Daniel Duarte (Informática)
Diagramação
Raí
Sigma 910 Norte - 2014
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SUMÁRIO
Apresentação ..........................................................................................................................4
Mais uma noite - Giulia
Filippi Giannetti ..............................................................................5
O labirinto - Laura Galvam
e Julia de Castro ........................................................................8
O caso terrível - Thiago Tomás de Paula e Luiz Carlos Schonarth Júnior ....................................9
O mistério do besouro - Thainara Moura Cunha ...........................................................12
Plano perfeito - Yasmin Fernandes Lima Nunes e Ana Gabriela Ramos Blanco ...........14
Feliz? - Diego Adetayó Camargo Assumpção e Arthur Itapa de Mattos ...........................16
Os espíritos - Matheus Costa de Jesus ..................................................................................17
O rapaz de verde - Amanda Maria Aragão Meneses ...................................................20
O telefone - Iara S. Mussel Santos Crizóstimo .......................................................................22
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Diversos Autores
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Apresentação
Por ser um instrumento de surpresa, que guardei para os meus alunos a fim de
homenageá-los, este livro torna-se muito especial. Com a certeza de que todos que lerem cada
conto serão surpreendidos pelas belas e envolventes narrativas, apostei nesta publicação.
Com nove contos, esta coletânea nasceu da empolgação e muito orgulho que senti ao ler
os textos dos meus alunos escritores do 8º ano. Centrados em temas diversos e estilos próprios,
eles criaram textos que seduzem pela criatividade para fantasiar histórias, inventar enredos,
compor personagens, coisas que são comuns aos grandes profissionais das letras. Juntos por um
ano, percebi a transformação desses pequenos escritores no desenvolvimento da escrita sem que
houvesse uma receita pronta para despertá-los para o bem escrever.
E por ser especial, agradeço a esses escritores, a quem tanto admiro, pelo mérito desta
produção publicada e por me permitir participar um pouquinho do crescimento intelectual de
cada um.
Professora Maria Eliane Barros Carneiro Couto
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Mais uma noite
Era uma noite escura e sombria. Melissa andava cautelosamente pela estrada
poeirenta. Ela estava pálida e assustada. Os trovões altos e escandalosos anunciavam
a breve tempestade, que prometia ser duradoura. Tinha que encontrar um abrigo. Os
arbustos rasteiros da região não lhe dariam muita proteção, e não havia sinal de vida
por perto.
Melissa estava à procura de aventura. Por isso, adentrou os lugares
desconhecidos. Estava ficando frio, quando ela percebeu uma grande sombra à sua
frente. Estranhou, mas resolveu ver o que era. Assim que entrou na construção, o ar
quente e úmido do local a deixou exausta, mas não podia parar.
- Olá? Tem alguém aí?
Nenhuma resposta. Apenas o eco da sua voz, soando no infinito. Ela olhou
ao redor, o que não adiantou por causa da escuridão. Vasculhou um pouco as coisas
que tinha na mochila e encontrou um fósforo. Ascendeu e percebeu uma poltrona. A
viagem foi longa, então ela sentou e dormiu.
A luz penetrava nas janelas da casa. Já havia amanhecido. Melissa acordou
assustada. Tinha se esquecido do lugar novo. Agora que podia ver, ela observava o
ambiente. Uma casa bem arrumada, mas completamente abandonada. O enorme
quadro na parede chamou sua atenção. Maior que três portas enfileiradas
verticalmente. E que pintura! Um vale com o mais belo jardim. Gardênias e tulipas
balançando ao vento. E então ela percebeu um pequeno objeto no canto da
gigantesca moldura.
- Talvez seja só um enfeite.
Virou-se e subiu as escadas. Enquanto caminhava, pensava sobre o estranho
elemento da obra. Decidiu então voltar e procurar por pistas.
Tentou virá-lo de todos os jeitos, mas estava firme. Também não era um
botão. Mas quando decidiu puxá-lo, o quadro começou a tremer. Melissa deu alguns
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passos para trás, ainda olhando a figura com terror e.... Bum! A pintura despencou e
revelou uma passagem secreta.
Seus olhos ainda procuravam uma explicação. Pena que tal coisa não lhe
chegava à cabeça. O túnel era escuro e estreito. Pegou sua lanterna e continuou a
investigar.
O medo invadiu seus pensamentos como um vírus. Não fazia ideia do que
iria encontrar. Melissa, em uma tentativa de acalmar-se, começou a cantar os trechos
de sua música favorita: “Mais uma noite, sobre o céu estrelado ...”. Mas as estrelas
não eram visíveis, infelizmente, naquela situação.
Continuou andando, até perceber que as paredes logo mudaram de cor. Virou
a lanterna de lado e viu que os tijolos, que as cobriam, todos tinham palavras muito
pequenas. De novo, pegou sua mochila e encontrou uma lupa.
- O que seria de mim sem essa mochila?
Pensou, rapidamente, em ligar para a polícia, mas estava querendo muito
descobrir o final daquilo tudo. As palavras escritas eram, para sua surpresa: “Mais
uma noite, sobre o céu estrelado. Queria que todo dia você estivesse ao meu lado.”
- O que é que esse lugar tem a ver com essa música?
A parede inteira estava coberta por essas frases. Melissa, apenas ignorou o
fato e continuou o mistério.
No final do túnel, havia uma sala, com uma forma humana, em pé.
- Ah, finalmente! Oi, você poderia me dizer o que...
Nem teve tempo de terminar, quando a luz da lanterna bateu na “pessoa” e
revelou a triste verdade. Era um cadáver, amedrontado, vestido com roupas brancas,
nem tão brancas assim e só estava em pé, porque estava encostado em uma pilastra.
- Hein?
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Olhando para os ferimentos, deduziu que fora morta a tiro. Melissa espantou-se: sabia quem era a triste figura: Anne Holt, autora de “Mais uma noite.”
Como um raio, ela correu para fora da casa e ligou para a polícia.
- Alô?
- Sim, pois não?
- Eu gostaria de denunciar um assassinato.
- Sim, qual o local?
Melissa virou-se para olhar o endereço.
- Estou na parte Sul, rua três, casa trinta e quatro.
- Desculpe, mas esse endereço não existe. A rua três fica na parte Norte.
- É claro que existe, seu tolo. Essa casa está bem...
Virou-se novamente para ver a construção. A casa havia desaparecido.
Giulia Filippi Giannetti (8º "B")
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O labirinto
Joãozinho, filho único, de seis anos, se despede de seus pais que estão indo a
um jantar de negócios.
Assiste um pouco de tevê e vai se deitar. Porém sente sede e vai à cozinha
pegar um como d’água. Na volta vê um vulto. Pensando ser algo de sua cabeça, não
dá importância e se deita.
Quando puxa sua coberta, há um corpo não identificado em sua cama. De
repente esse corpo começa a andar em sua direção. Joãozinho, muito nervoso e
assustado, derruba o copo e a água se espalha pelo chão. Quanto mais o corpo se
aproxima, menos ele consegue identificá-lo, parece uma sombra. Joãozinho,
desesperado, tenta fugir correndo até a porta principal de sua casa, mas ao abri-la se
depara no seu quarto novamente. Sua casa está sem saída. O corpo não identificado
já o espera em sua cama. Joãozinho tenta achar um saída, quando escorrega na água
que havia derrubado anteriormente e cai em um buraco escuro e profundo.
Quando Joãozinho alcança o chão, vê diversos caminhos e segue o que está à
sua frente. Porém se depara com uma parede. Confuso, decide voltar e segue o
caminho à sua direita, esse caminho se bifurca. Ele não entende nada, ainda não sabe
onde está.
Joãozinho, com sua inocência, continua a caminhar sem entender onde está.
Escuta um barulho e se vira. A sombra, que estava em seu quarto, volta a segui-lo.
O garoto começa a correr desesperado, olhando para trás, bate de cara em uma
parede e acorda. Havia caído de sua cama.
Julia de Castro e Laura Galvam (8º ano "B")
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O caso terrível
Os detetives Robert e Sheila estavam num happy hour quando foram
chamados para investigar o assassinato de uma mulher famosa. Chegando à cena do
crime, viram que a janela do segundo andar estava aberta. A mulher estava estatelada
no chão e morta ao lado de um container de lixo embaixo da janela. Era uma atriz
bonita e, embora vaidosa, estava sem joias. Entretanto, ela não era a primeira a ser
assassinada daquela forma: era obra de um assassino em série que matava e roubava
mulheres ricas, famosas. Vendo novamente a cena do crime, o detetive Robert notou
três folhas de grama no apartamento da vítima, o qual estava investigando. Eram
finas e bem aparadas demais para serem naturais, pareciam forração de algum tipo
de campo. Era uma pista, apesar de não ser suficiente para incriminar alguém. Sem
mais nada o que fazer por lá, foram para a delegacia.
- Que saco! Isso é tudo muito estranho, afinal o que aconteceu? Um golfista
veio e resolveu matá-la ou o quê? – Robert disse.
- Parece que não há motivos... – completou Sheila, decepcionada.
- E agora? Voltamos à cena do crime ou ficamos aqui vendo nossas unhas
crescerem?
- Não tenho nenhum interesse de ficar na delegacia. Vamos voltar.
E voltaram para a estranha cena, dessa vez sem o corpo da mulher (o corpo da
atriz havia sido levado para autópsia). Recomeçaram a procurar por qualquer pista
que os ajudasse. Cavando o entulho do container, Sheila achou duas botas pretas
muito sujas e fedidas. Estava prestes a jogá-las fora quando viu um logo na sola,
junto a mais pedaços de grama. O logotipo era de um clube de alta classe que Sheila
tinha certeza de que a vítima frequentava. Mas a bota era muito grande para ser da
atriz. Era, sem dúvida, do assassino. Com o pulso acelerado, a detetive chamou
Robert que ficou tão elétrico quanto a irmã quando olhou a descoberta.
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Entraram no carro e foram para o clube. Chegaram à note, contudo não tão
tarde. Estava frio. E um pouco nublado. Mesmo não havendo luzes artificiais acesas,
as estrelas não se mostravam. O portão estava aberto e o clube silencioso demais,
deserto demais. “Vamos com cuidado agora.”, comentou cochichando Robert, já
sacando a arma.
Não adiantou. Assim que passaram pelos portões ornamentados, foram
nocauteados e tudo escureceu. Desmaiaram. Depois de várias horas, acordaram e
viram--se amarrados em cadeiras, cercados por figuras sinistras e escuras que
murmuravam entre si.
- Quem... Quem são vocês? – perguntou Sheila com dor de cabeça.
- Somos capangas de nosso mestre, senhor Grey (o dono do clube). Vocês nos
causaram muita preocupação ao investigar nossos crimes. Estou contando isso
porque vocês morrerão em instantes. – um homem de voz grossa havia respondido.
Ele se destacava da multidão.
Robert e Sheila sentiram um gosto venenoso na boca. Morrer...
Não parecia possível morrer daquele jeito, daquela forma...
- O que é isso? O que... – Robert fazia careta cuspia no chão como se tivesse
algo amargo na boca.
- É um veneno. Afetará seu raciocínio e depois matará as células em seu
cérebro. Desculpe, mas nosso senhor pediu por essa forma e dessa forma. Vejo vocês
no submundo. Assim o homem e as figuras que murmuravam foram embora.
O lugar parecia ser um galpão.
Agora ambos os detetives espumavam pela boca e agonizavam... O coração
batia rápido e tudo retorcia. O lugar parecia mudar de cor e pulsar. Tremiam
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violentamente, tudo doía. A dor chegou ao ápice, tudo embaçou e depois
simplesmente se foi. Estava tudo escuro, mas um branco foi lentamente ganhando
brilho. Sheila ouvia seu coração batendo. Parecia um barulho distante, porque sua
mente zumbia. Logo percebeu que o branco era um cobertor, e que seu irmão dormia
ao lado. Despertavam.
Fora tudo um sonho.
Thiago Tomás de Paula e Luiz Carlos Schonarth Júnior (8º B)
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O mistério do besouro
Rubens era um belo rapaz modelo. Era um jovem muito famoso e requisitado
por agências de modelo. Em sua cidade, começaram a ocorrer assassinatos
misteriosos, mas o único problema é que eram mortos somente modelos. O rastro
deixado pelo assassino era um besouro com um prego enfincado no meio, dentro de
uma caixinha e, um dia antes do acontecimento, a vítima recebia uma carta com uma
gota de sangue.
O seu melhor amigo foi morto de forma cruel. Até então só se sabia que tinha
sido a mesma pessoa que tinha matado os demais colegas da agência.
Após algumas investigações feitas pela polícia local, pôde-se perceber que o
assassino, pelo visto, não gostava de modelos ruivos do sexo masculino. Então, todas
as vítimas tinham sido mortas dessa forma e ao lado do cadáver tinha um besouro
com um prego enfincado no seu centro dentro de uma caixinha.
Rubens e seus familiares começaram a ficar muito preocupados, pois ele podia
ser uma das vítimas. O rapaz começou a ficar paranoico. Já não conseguia mais sair
de casa, decidiu deixar a profissão. Todos os dias morriam mais homens com as
mesmas características de Rubens e sempre da mesma forma.
Noticiários surgiam a cada instante e pessoas ficavam cada vez mais
desesperadas.
Rubens recebeu a carta, mas nela havia uma diferença: não estava com um
pingo de sangue e sim com um coração partido desenhado com sangue e abaixo uma
mensagem ilegível, toda borrada. Não era possível ler. Rubens entrou em desespero
e, imaginando que seria a próxima vítima, se atirou rumo ao infinito.
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Após o sepultamento de Rubens, um outro suicídio ocorreu. Em um dos bolsos
da calça do morto, foi encontrada uma carta por meio da qual ele assumia todos os
crimes os quais foram praticados por ciúmes visto que ele queria reatar sua relação
amorosa com Rubens (por isso lhe enviara um coração partido). Em sua cabeça,
todos os modelos eram seus concorrentes pelo amor de Rubens. Adalberto se matou
na tentativa de ficar perto do amado eternamente.
Thainara Moura Cunha (8.º C)
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O plano Perfeito
Dona Paula era uma senhora de 80 anos muito rica. Um dia, conheceu Enzo,
um repaz muito bondoso de apenas 35 anos.
Eles se conheceram no parque, enquanto Dona Paula realizava sua
caminhada e Enzo andava de bicicleta. Se deram bem de cara. Ele a levou para tomar
chá e fazer yoga.
Logo depois, passaram a fazer planos juntos todos os dias. Até que um dia,
em especial, Dona Paula recebeu um pedido inesperado:
- Quer se casar comigo? – disse Enzo de joelhos, segurando suas mãos.
- Mas você é muito novo, rapaz! – disse Dona Paula.
- Mas o amor não tem idade. – insistiu Enzo.
Contudo, Dona Paula não aceitou o pedido, mesmo se sentindo tocada por
tais palavras.
Dias se passaram e Enzo, a cada oportunidade, continuava pedindo a mão
de Dona Paula, até que um dia:
- Certo, eu aceito me casar com você! – disse ela – Mas lembre-se, sou muito
mais velha que você. Então não quero que você perca oportunidades de conhecer
alguém mais nova com quem possa compartilhar experiências que minha idade não
me permite mais proporcionar.
- Mas eu te amo! Mulher nenhuma pode ser tão perfeita para mim quanto
você!
O casamento, que ocorreu um ano após o pedido, foi muito chique e caro.
Dona Paula sempre dizia “dinheiro não é para ser guardado, e sim gasto!”;
Porém, na noite de núpcias, algo terrível e inesperado acontece: o marca-
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passos, que Dona Paula usava desde seu ataque cardíaco anos antes, parou de
funcionar, o que causou sua morte.
- Ela nem chegou ao quarto. – disse Enzo à Claire, filha de sua ex-mulher,
no funeral da falecida.
Quando viu a quantidade de policiais no local, Enzo saiu do funeral com
uma certa pressa, suando frio, pois ele guardava um segredo que ninguém
desconfiava: ele havia pressionado um ímã contra o peito de Dona Paula, gerando
graves problemas ao marca-passos, que levou à sua posterior parada de
funcionamento. Mas por que ele teria feito isso? Um combinado.
Claire estava precisando, urgentemente, de dinheiro para poder pagar suas
contas atrasadas. Porém sua mãe se recusava a lhe dar, porque sabia que Claire só ia
aprender a ser responsável no mundo das finanças parando de receber seu dinheiro.
Com excesso de raiva de sua mãe, Claire contratou um assassino de aluguel, Enzo.
Como Claire não tinha como pagar adiantado a quantia requisitada por
Enzo, lhe prometeu o seguinte: se ele conseguisse se casar, mas, postteriormente,
matar Dona Paula, eles dividiriam igualmente a enorme herança dela. Ele aceitou, e
concluiu o trabalho que lhe foi passado, sem deixar vestígios de sua participação na
morte de Dona Paula.
Após algum tempo, Enzo e Claire se apaixonaram e, como agora são ricos,
viajaram para a França, Espanha e Portugal e se hospedaram nos melhores hotéis,
comeram nos melhores restaurantes e compraram nas melhores lojas. Mas, um dia,
Enzo pegou sua arma e um travesseiro (para abafar o som) e deu um tiro certero na
cabeça de Claire; foi fatal. Agora Enzo tem todo o dinheiro da herança de Dona
Paula, e nunca será acusado por esses assassinatos, pois não há indícios e seu
envolvimento. Ele havia criado o plano perfeito.
Yasmin Fernandes e Ana Gabriela Ramos Blanco (8º B)
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Feliz?
Minha existência na Terra é tão antiga que eu não tenho certeza da minha
idade. Eu me lembro que, no começo, eu senti um tremor no canto Sudoeste, logo
depois lá havia umas elevações e fazia muito frio na pontinha…
Eu sou um planalto. Isso mesmo, um planalto.
Um “plano alto”, estou a 1200 metros de altura em relação ao nível do mar. No canto
Sudoeste eu tenho umas elevações, vou chamá-las de … cordilheiras, que tal?
Eu tenho mais ou menos um bilhão de anos, mas acho que minha existência
está chegando ao fim.
Tenho sentido tremores mais frequentemente do que estou acostumado, e uma
certa “quentura” vindo do meu interior. Eu sou meio indiferente com essas coisas,
não ligo se eu tiver que acabar… hã… chegar ao fim… sei lá! Mas eu fico
preocupado com quem vive em mim. Aquele povinho vivendo no Norte, aquela
floresta no Oeste, o lago no Noroeste…
Não queria que todos morressem carbonizados só porque eu estou “velho”. Já
sei! vou tremer um pouco! O povinho sempre foge quando eu acordo tremendo. Se
eu tremer um pouquinho, eles vão fugir e, pelo menos, eu vou ter salvo uma parte
deles. Depois disso eu posso acabar sem preocupações, apesar de ainda ter as
florestas e os lagos… por esses eu não posso fazer nada…
Bom, o que resta é aguardar o fim, eu vou morrer mesmo. As florestas serão
carbonizadas, os lagos vaporizados, e toda minha extensão na terra será apagada da
geografia do planeta… Assim até parece um drama! Eu vou morrer e pronto!
Estranho… aaaaahh… hã… passou?
…
Acho que passou, não sinto mais nada… Os tremores, o calor, todos se foram… o
povinho até está voltando…
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É isso então… vivo… volto à rotina de sempre… não morri… acho até que…
não, achava que eu estava até um pouco feliz…
Mas, imagina, um planalto feliz?
Diego Adetayó Camargo e Arthur Itapa de Mattos (8º B)
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Os espíritos
A noite estava fria e chuvosa. Relâmpagos e trovões produziam barulhos
ensurdecedores. Era uma noite fora do comum, pois nas ruas não se viam carros.
A escuridão tomava conta de tudo e eu estava a caminho de casa depois de um
longo dia de trabalho. Eu estava cansada, irritada e sozinha, pois o dia tinha sido
horrível. Passei por uma rua desconhecida, o asfalto estava esburacado, mas
dessa vez alguns carros passavam perto do meu.
Dirigi muito. Às dez horas da noite, cheguei a um local deserto e ao longe
avistei uma mansão que todos diziam ser mal-assombrada. A casa tinha a pintura
envelhecida pelo sol quente de muitos anos. O local não era habitado há muitos
anos e ninguém sabia o que acontecera com os habitantes daquele local. Essa
mistura de chuva forte, rua deserta e casa abandonada não eram bons prenúncios
para mim.
Ainda faltavam muitos quilômetros para chegar a minha casa. Resolvi
entrar no meu carro para continuar a minha viagem, mas, de repente, um
estrondo saiu de dentro do capô do meu carro e ele parou. Fiquei confusa, pois
não sabia o porquê daquela catástrofe, não tinha explicação. O meu carro tinha
acabado de passar por uma revisão e não podia parar. Chorei. Gritei. Berrei.
Ninguém apareceu. Eu estava sozinha naquele lugar. O que fazer, meu Deus?
Peguei o celular, mas não havia sinal. A tempestade continuava com aquele
vento forte. Não havia nada próximo a não ser aquela casa que a pouco por ela
eu havia passado. Decidi que o melhor seria passar à noite naquela casa
abandonada.
Saí do carro e corri alguns metros até chegar ao portão da mansão. O
portão estava trancado. Peguei uma pedra e tentei quebrar o cadeado, mas para
minha surpresa um casal de velhinhos abriu a porta da casa e veio em minha
direção. Sorriram para mim e estenderam um guarda-chuva para que eu pudesse
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ContandoContos
chegar até a porta da casa. Achei muito estranho eles estarem ali, pois eu todos
comentavam que a casa era abandonada. Entrei na casa e sentei em um sofá
espaçoso e velho, mas confortável. A senhora ofereceu-me uma toalha e um
copo de café para que eu pudesse me esquentar. Pouco tempo depois a senhora
trouxe-me um prato de sopa, mas aquele alimento não tinha gosto de nada.
Conversamos muito. Aquele casal era muito simpático, porém tinha algo neles
que era estranho. Comecei a olhar tudo na casa que estava perto de mim, mas
era tudo estranho também. Algo naquela casa me assustava, não sei o quê.
As horas passaram-se e com ela veio o sono. Perguntei se poderia ficar lá
naquela noite e o casal gentilmente balançou a cabeça positivamente. Durante à
noite era possível ouvir conversas e alguns sons estranhos, mas mesmo assim
consegui dormir devido ao cansaço do dia anterior. Acordei cedo e, antes de eu
sair, resolvi agradecer àquele casal simpático, mas para meu espanto a casa
estava vazia. Saí correndo de lá e fui até o carro, peguei o celular e liguei para o
mecânico que veio ao meu encontro rapidamente.
O rapaz mexeu no meu carro e para meu espanto não encontrou problema.
Olhou profundamente em meus olhos e, nesse momento, cheguei a ter calafrios.
As palavras que saíram de sua boca ecoaram como um sufoco para mim. Não
havia casal ali, segundo ele, aquele casal tinha sido assassinado, naquela casa,
em um assalto há vinte e cinco anos. Fiquei surpreso ao ouvi aquele fato, pois
como poderia ter acontecido um crime naquela casa há tanto tempo e fantasma
estarem lá. Percebi então que passei a noite com espíritos.
Matheus Costa de Jesus (8º A)
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ContandoContos
O rapaz de verde
A rua está vazia. As casas parecem que me observam. Estou sozinha. De
repente, um calafrio toma conta de mim. Meu Deus, que sensação ruim! O medo
agora me acompanha. Meu coração bate forte, sinto que não consigo respirar. Olho
para os lados várias vezes. Minhas pernas estão trêmulas. Tenho a impressão de que
há alguém me seguindo. Um suspeito vulto verde. Dobro a esquina e localizo o meu
destino, uma pequena cafeteria onde gosto de passar meu tempo.
Apresso o passo e chego a uma mesinha na calçada, sento-me. Tento manter
a calma, mas é difícil. Chamo a garçonete e peço um copo de suco de laranja. Olho
para o lado e observo um rapaz alto, magro, pele clara e de olhos fundos usando uma
blusa clara e uma bermuda verde sentar-se a minha frente. A moça aproxima-se de
mim com o meu pedido, agradeço com um sorriso. Tomo o suco vagarosamente e,
nesse momento, sinto meu corpo novamente. A sensação é boa, pois já estou
tranquila. Chamo a moça novamente e peço um café.
Continuo olhando para aquele rapaz e vejo-o colocar um caderninho
desgastado em cima de sua mesa. Seus dedos longos e finos envolvendo um lápis
estavam inquietos, escrevendo com rapidez sobre o papel. Inúmeras vezes ele
levanta os olhos e observa-me de maneira intensa.
Meu café chega e trato de bebê-lo calmamente para não demonstrar medo ao
homem. Percebo que o café está sem açúcar. Levanto-me e abro a porta da cafeteria.
Nesse momento ouço o sino suave que tilintava sempre que alguém passava pela
porta. Vou para o balcão e opto pelo adoçante.
Ainda com a sensação ruim, ando até a porta e, ao pegar a maçaneta, ouço um
barulho de mesas caindo e vozes grossas gritando entre si. Dou um passo para trás e
troco olhares com a garçonete. Encorajo-me e entrevejo pela porta o rapaz de verde
algemado e cercado por policiais. Uma multidão curiosa já cercava a cafeteria. O
meu coração estava acelerado pela situação. Olho para a mesa ocupada pelo rapaz e
para minha surpresa e espanto vejo um desenho do meu rosto. Desmaio. Depois do
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ContandoContos
susto, um policial informou-me que o rapaz era um assassino em série conhecido
por descrever atentamente suas vítimas em seu caderno antes de matá-las.
Amanda Maria Aragão Meneses (8º A)
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ContandoContos
Telefone
Estou sozinha e lendo um livro policial. Meu telefone toca insistentemente,
mas não sinto vontade de atender. Continuo a leitura e novamente o barulho toma
conta da minha sala. Resolvo atender e para meu espanto uma voz pede por socorro.
Que estranho, pois não tenho amigos.
Aquela voz ficou vários dias na minha cabeça: “Helena, socorro tem um
homem tentando entrar em minha casa, estou sozinha e com muito medo”. O que
estaria acontecendo? Só poderia ser um trote.
Mais uma noite chegava e eu não via a hora de ler o meu livro. Tomei um
banho, jantei e corri para a sala. De repente o telefone tocou. Meu coração acelerou.
Quem seria àquela hora? Ignorei. O telefone ficou silencioso e eu peguei o meu
livro. Naquela noite pude ler várias páginas daquele romance.
No outro dia, no mesmo horário do telefonema do dia anterior, o
meu telefone toca outra vez. Corri em direção ao aparelho e atendi a ligação.
Ninguém falou nada e resolvi desligar. Durante cinco meses, ocorreu a mesma coisa,
até que um dia resolvi ligar para o número, mas uma voz dizia que o mesmo era
inexistente. Fiquei assustada, pois era muito estranho.
Depois de seis meses, o telefone não mais tocou. Era um alívio para mim não
mais escutar aquele som. Mas a felicidade não durou muito tempo, pois quando
achei que aquilo tinha acabado, um homem bateu a minha porta e tentou entrar sem
minha autorização. Meu Deus, o que está acontecendo? Ajude-me! Era o que saía
da minha boca. O desespero tomou conta de mim. Eu não sentia as minhas pernas.
O meu coração estava acelerado. Corri para o telefone e liguei para a polícia.
Disseram-me para procurar um local seguro. Mas onde? Resolvi me trancar em um
quarto enquanto os policiais não chegavam.
O silêncio tomou conta do lugar e durante muito tempo não ouvi realmente
nada. De repente uma pancada na porta do meu quarto. Mais outra e outra. O homem
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ContandoContos
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