página 6
A Profa. Andréa Marques e as alunas
Karoline Martins (esquerda) e Caroline
de Assis premiadas na Febrace 2010
impresso
JOÃO MARCO PROCÓPIO
Discentes e docentes da instituição
participam, com destaque,
de mostras de ciência e tecnologia
no Brasil e no exterior
Belo Horizonte • # 6 • abril 2010
cefetmg
é notícia
Informativo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Campeões do conhecimento
SÍLVIO SANTOS DE SOUZA
Alunos do CEFET-MG, vencedores de importantes competições estaduais e nacionais,
contam sobre os bastidores das disputas e as emoções da conquista do pódio. Páginas 4 e 5
Esperança para crescimento
profissional e pessoal
Instituição desenvolve projetos para ampliar
a inclusão e a acessibilidade de
portadores de necessidades especiais
página 3
Gerenciar melhor o tempo e estudar
diariamente podem ajudar no aprendizado
e a garantir um ano letivo sem apertos
VANESSA MOL
página 8
Os medalhistas apontaram o aprendizado em sala de aula como diferencial para a vitória
Aprendizado cultural e tecnológico na França
ARQUIVO PESSOAL
página 7
A pedagoga Maria Adélia convida os alunos a reverem velhos
hábitos que prejudicam o desempenho escolar
No Editorial, desvela-se os cenários da
educação superior no CEFET-MG
página 2
As obras do novo Campus de Varginha serão
concluídas no segundo semestre deste ano
página 7
Os estudantes do CEFET-MG participaram de aulas teóricas e práticas orientados pelos franceses
2 | CEFET-MG é notícia
abril | 2010
opinião
Cenários da Educação Superior no CEFET-MG
Profª Ivete Peixoto Pinheiro Silva
Diretora de Graduação do CEFET-MG
A Diretoria de Graduação (Dirgrad) realiza, desde
2007, trabalho de reestruturação curricular, visando à
adequação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação às Diretrizes Curriculares Nacionais e às da Instituição. As discussões sobre o tema acontecem desde
2004, por meio de palestras e reuniões, com participação
ativa da comunidade docente. A estrutura dos novos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação do CEFETMG baseia-se na análise da realidade contemporânea,
caracterizada pela diversidade e constante transformação,
aspectos que têm balizado a produção do conhecimento
e a definição dos conteúdos curriculares. Esse processo
de reestruturação curricular tem como fundamentos a valorização do ser humano, sua inserção na sociedade e a
conscientização da sua responsabilidade social.
Um grande avanço dos novos Projetos Pedagógicos foi
a inclusão das atividades complementares como: iniciação científica, monitoria, participação em eventos científicos, visitas técnicas, cursos extracurriculares, seminários,
notas
feiras, atividades culturais, dentre outras. A participação
do aluno nas atividades complementares propiciará o desenvolvimento da sua capacidade de inovação, solução
de problemas e ampliação dos conhecimentos adquiridos,
mediante experiências em espaços externos.
Visando tornar a formação do aluno da graduação
mais abrangente houve investimentos em projetos de internacionalização, convênios e acordos de cooperação
com várias instituições de ensino e pesquisa na Alemanha, França, Itália e Portugal, através da Secretaria de Relações Internacionais (SEAI).
Um dos grandes esforços da Dirgrad nos últimos
anos tem sido a expansão dos cursos de graduação e
ampliação do número de vagas. De 2006 para 2010,
houve um aumento de 9 para 15 cursos, sendo 4 ofertados nos campi do interior. Quanto ao número de vagas
ofertadas, houve ampliação de 492 para 850, um aumento de 73%.
A Dirgrad, através da Coordenação Geral de Fomento
organiza eventos visando o aprimoramento do ensino, tais
como Encontro de Professores da Graduação, Seminário
de Substitutos e Workshops com temas de relevância para
Heloísa Filardi
Mostra da Graduação 2010 acontece
nos dias 10 e 11 de maio
Pela primeira vez, a instituição abre suas portas para a
Mostra da Graduação. O
evento ocorrerá no Campus II,
nos dias 10 e 11 de maio de
2010, quando se espera a visita de 8 mil estudantes do ensino médio e de pré-vestibulares, em salas temáticas,
visitas guiadas e mini palestras
relacionadas aos cursos de graduação, além de palestras com
representantes da indústria. O
evento é gratuito e aberto ao
público.
Patrocínio:
Campus de Araxá comemora 18 anos
O Campus de Araxá completou 18 anos no dia 16 de
março. A data foi comemorada
por meio de um ato cívico, marcado pelos hasteamento das
bandeiras do Brasil, de Minas
Gerais, de Araxá e do CEFETMG. O evento, que contou com
a participação de estudantes,
professores e servidores (foto),
foi dirigido pelo Diretor do
Campus, Prof. Vicente Donizetti
o processo de ensino-apredizagem que possibilitem práticas pedagógicas inovadoras no Ensino de Graduação.
No processo de avaliação dos cursos pelo INEP/MEC,
ressalta-se o empenho da Dirgrad, por meio da Coordenação Geral de Avaliação do Ensino de Graduação, que vem
preparando as coordenações de cursos para receber as comissões avaliadoras, além de auxiliá-las no estabelecimento
de práticas e rotinas que contribuam para o aumento permanente da eficácia da educação. A Coordenação também
acompanha o processo de divulgação e orientação dos alunos participantes do Enade.
A melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem implica na avaliação permanente dos processos de
ensino, da organização escolar, dos recursos materiais
entre outros aspectos. Além de um permanente processo
de discussões coletivas no âmbito dos cursos de graduação, que são avaliados segundo as diretrizes do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes. O
CEFET-MG realiza a auto-avaliação desde 2007.
Essas ações contribuem para consolidar a implantação
dos novos Cursos e para o aprimoramento contínuo dos
Cursos de Graduação do CEFET-MG.
da Silva.
A aluna Amanda Borges, do
segundo ano de Mecânica, proferiu uma mensagem em nome
dos estudantes. “Parabenizo o
Campus de Araxá pelo importante trabalho desenvolvido na
região na qualificação de jovens. Para nós, do Grêmio Estudantil, ser do CEFET-MG é poder
participar de uma das melhores
instituições de ensino do país”.
REGINA GASPAR
Processos seletivos do
2º semestre de 2010
O período de inscrição nos processos seletivos do 2º semestre de
2010 do CEFET-MG será de 20 de
abril a 20 de maio, somente pelo
sítio www.copeve.cefetmg.br. As
provas para os cursos de graduação acontecem nos dias 19
e 20 de junho e para os cursos
de educação profissional técnica de nível Médio no dia 4 de
julho.
Os livros adotados para o
processo seletivo do ensino superior são Contos de Aprendiz,
de Carlos Drummond de Andrade, Editora Record; e Destino
Poesia, organizado por Ítalo Mariconi, Editora José Olympio.
Cursos e Vagas
Cursos técnicos
Cursos
Eletrônica
Eletrotécnica
Estradas
Química
Transporte e Trânsito
Concomitância externa
14 vagas
6 vagas
6 vagas
9 vagas
6 vagas
Subsequente
22 vagas
14 vagas
12 vagas
21 vagas
12 vagas
Cursos superiores
Bacharelado em Administração – 40 vagas
Engenharia Ambiental – 40 vagas
Engenharia de Computação – 40 vagas
Engenharia de Materiais – 40 vagas
Engenharia de Produção Civil – 40 vagas
Engenharia Elétrica – 40 vagas
Engenharia Mecânica – 40 vagas
Química Tecnológica – 40 vagas
Engenharia de Controle e Automação (Leopoldina) – 30 vagas
Fórum das Ipes mineiras homenageia parlamentares
FOCA LISBOA
O Fórum das Instituições Públicas de Ensino de Minas Gerais
(Ipes) homenageou os parlamentares da bancada mineira no Congresso Nacional, em solenidade
realizada no dia 8 de março, na
Reitoria da UFMG. O Diretor-Geral
do CEFET-MG, Prof. Flávio Santos,
participou do evento (foto), que
contou com a presença de dirigentes e representantes de 12 das
14 instituições de ensino superior
públicas de Minas Gerais.
Foram homenageados os deputados federais Ademir Camilo
(PDT), Jaime Martins (PR), Lincoln
Portela (PR), Reginaldo Lopes (PT)
e Vírgilio Guimarães (PT). Os deputados Leonardo Monteiro (PT) e
Mário Henringer (PDT), e o Sena-
dor Eduardo Azeredo (PSDB) enviaram representantes.
Segundo os números do Fórum das Ipes, de 2004 até o ano
passado, as 14 instituições mineiras receberam cerca de R$ 150 milhões em recursos provenientes de
emendas parlamentares. Nos últimos quatro anos, o número de
vagas nas instituições de ensino
público mineiras subiu de 15.274
para 30.141, enquanto os cursos
de graduação passaram de 281
para 490 nas instituições federais
do estado. Em 2012, a expectativa
é que haja 300 mil estudantes matriculados nos cursos superiores
dessas instituições.
Errata: na edição anterior, faltou o crédito de João Marco Procópio na matéria “Trânsito da Capital em Debate”.
expediente
Informativo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Diretor-Geral
Prof. Flávio Antônio dos Santos
Chefe da Ascom
Cláudia Murta
Vice-Diretora
Profa. Maria Inês Gariglio
Jornalista responsável
Nelson Nunes - MG07944JP
Chefe de Gabinete
Prof. Henrique Elias Borges
Estagiário
João Marco Procópio
Edição
Nelson Nunes, Heloísa Filardi,
Vanessa Mol e Clésio Teixeira
Revisão
Marília Dinis
Editoração
Fabrício Passos - SPM
Av. Amazonas, 5253 • Nova Suíça
Belo Horizonte • MG • CEP 30.421-169
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Impressão
MJR - Editora Gráfica
Tiragem
2.500 exemplares
abril | 2010
CEFET-MG é notícia | 3
inclusão
CEFET-MG auxilia pessoas com necessidades especiais
Instituição desenvolve projetos específicos e surge como esperança para crescimento profissional
e pessoal de pessoas com deficiências físicas e mentais
JOÃO MARCO PROCÓPIO
João Marco Procópio
Pessoas com necessidades especiais representam uma grande
parcela da população no Brasil,
mas ainda possuem poucas
oportunidades de trabalho e estudo. Nos últimos anos, o CEFETMG tem desenvolvido diversos
projetos e atividades com o intuito de ampliar a inclusão e a
acessibilidade dessas pessoas.
Atualmente, o Ministério da
Educação (MEC) gere o Programa Educação, Tecnologia e
Profissionalização para Pessoas
com Necessidades Especiais (TecNep), uma ação implementada
no CEFET-MG desde 2004 pela
Profa. Vera Lúcia de Souza e
Lima. A finalidade do programa
é inserir essas pessoas nos cursos
de formação inicial e continuada
de nível técnico e tecnológico
das instituições federais de educação tecnológica.
Para coordenar e articular institucionalmente tais ações, o TecNep conta com o Núcleo de
Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais
(Napne). Localizado no Campus
VI, em Belo Horizonte, o órgão
visa à criação da cultura de educação para convivência.
A Coordenadora do Napne,
Profa. Percília Melgaço de Morais,
conta que nos últimos anos
foram desenvolvidas diversas atividades. O Projeto Despertando
Talentos, que contou com duas
edições, ofereceu cursos de Libras
(Língua Brasileira de Sinais) a surdos, enquanto os deficientes
mentais tiveram a oportunidade
de se aprimorar com aulas de
info-inclusão, na área de construção civil, de pintura imobiliária e
assentamento de piso cerâmico.
Além disso, foi oferecido curso de
Libras com duração de 60 horas
para servidores do CEFET-MG.
As oportunidades oferecidas
tiveram sucesso garantido, tanto
que o MEC enviou uma nova
verba para o Despertando Talentos. Cerca de 50% dos alunos
estão incluídos na construção
civil, atuando na mão-de-obra,
de acordo com a Profa. Percília.
Não apenas o fato de estar no
mercado de trabalho é apontado
como ponto positivo. “Esse curso
fez com que o deficiente mental
percebesse que ele é capaz, despertando na cabeça de cada um
o desejo e uma segurança
maior”, observa.
A Coordenadora do Napne
relata ainda o sentimento de desenvolver um trabalho com deficientes. “Sou professora do
CEFET-MG há alguns e nunca me
senti tão realizada quanto agora.
Você percebe que a atenção dessas pessoas é muito maior. É uma
chance única pra eles”. De
acordo com ela, uma oportunidade que contou com o auxílio
de outros docentes, funcionários, estagiários e mães e que só
foi possível ser colocada em prática pela vontade de vencer dos
próprios deficientes.
ARQUIVO CEFET-MG
A Profa. Percília Malgaço se considera realizada pelo trabalho desenvolvido na instituição
Projeto inovador é referência em inclusão
O projeto “Inclusão de Pessoas com Deficiência Auditiva no
Mercado da Construção Civil
Através do Ensino de Desenho
Arquitetônico” já é referência no
que diz respeito à inclusão de
pessoas com necessidades especiais na educação. O trabalho,
orientado pela Profa. Vera Lúcia
Lima, envolvendo estudantes surdos é o único de iniciação científica no Brasil que trabalha com
esse tipo de aluno.
Trata-se de um projeto de criação de um manual de ensino de
desenho arquitetônico pra surdos
e um glossário de termos técnicos
em Libras da mesma área, iniciado
há cerca de 1 ano e meio. A idéia
partiu da dificuldade que os surdos tinham em lidar com termos
técnicos empregados na arquitetura. Muitas das palavras eram
desconhecidas e, por isso, era necessária a soletração por sinais, o
que atrasava o aprendizado.
Compõem a equipe os alunos
da Escola Estadual Maurício Murgel Bárbara Neves da Silva, Marcos Vinícius Oliveira da Silva,
Giselle Nogueira de Jesus e Rafael
Coelho Tavares. Além deles, há
outros dois bolsistas surdos, os estudantes Ademar Alves de Oliveira
Júnior da escola de Arquitetura da
Puc Minas, Thaís Magalhães
Abreu do curso de Letras Libras da
UFSC/CEFET-MG e duas alunas
ouvintes do curso de Edificações
do CEFET-MG, Thaís Juliane da
Cunha e Natália Batista.
A Profa. Vera Lúcia explica os
motivos que a levaram a propor
um projeto de pesquisa com bolsistas com necessidades especiais. “Achei interessante pegar o
surdo pelo fato de ele não saber
bem o português. Percebi que
não há barreira pior do que a da
língua. Além disso, queria reali-
zar uma ação de inclusão enraizada na instituição com esses
alunos”, conta.
Também participam do projeto as professoras do CEFET-MG
Maria Cristina Ramos de Carvalho e Regina Célia Guedes Leite e
o intérprete de Libras Renato
Messias Ferreira Calixto.
Prêmios
O projeto recebeu as premiações Projeto Inovação, na Feira
Inovatec, realizada pela Secretaria
de Estado de Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (Sectes) e Prêmio Sociedade e Cidadania na V
Semana da Ciência e Tecnologia
do CEFET-MG. “Esse projeto demonstra nossa capacidade na
condição de surdos de desenvolver uma pesquisa e nos preparar
para nosso futuro profissional”,
avaliou o bolsista Marcos Vinícius.
Despertando talentos proporciona inclusão de deficientes mentais
JOÃO MARCO PROCÓPIO
Graduação em
Letras Libras
Inclusão começa antes do
ingresso na instituição
Segundo a integrante da Comissão Permanente de Vestibular
do CEFET-MG (Copeve) Profa.
Janice Cardoso, existe um trabalho de acolhimento para que os
portadores de necessidades especiais participem do processo
seletivo em condições de igualdade com os demais candidatos.
No 1º semestre de 2010, 85
PNEs participaram da prova para
ingressar no ensino técnico e 10
para ingressar no superior.
Os PNEs se identificam no formulário de inscrição e são contatados. “Procuramos um por um,
às vezes pessoalmente, para descobrir a necessidade deles e adaptar de modo a facilitar a realização
da prova”. disse a docente.
São realizadas ações como
ampliação de provas para portadores de visão subnormal, adaptação física do ambiente e
contratação de intérprete de Libras para alunos surdos.
Projeto para surdos recebe certificado da V Semana C&T
Outra conquista do CEFET-MG
foi a incorporação de uma turma
de graduação em Letras/Libras,
em parceria com a Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC).
Oferecido a distância, por meio
de videoconferência, o Letras/Libras possui duas modalidades:
Licenciatura, para formar professores surdos, e Bacharelado, para
habilitar intérpretes.
Não há mais ingresso no
curso, e a turma que começou
em 2008 será graduada em
2012.
4 | CEFET-MG é notícia
abril | 2010
conhec
Conheça os alunos do CEFET-MG que
se destacaram em olimpíadas nacionais
de Física, Matemática, Química e História.
Em entrevista, eles falam sobre os
bastidores dessa conquista e detalham
as etapas das competições.
O valor de
SÍLVIO SANTOS DE SOUZA
Vanessa Mol e Nelson Nunes
Vêm aí as Olimpíadas Científicas 2010, voltadas para estudantes do ensino médio. Para
participar, não é necessário ser o
melhor velocista do país ou recordista em salto em altura. O
atleta desse tipo de competição
precisa mesmo é entender e
gostar de disciplinas como Física, Matemática, História e Química. Não é difícil encontrar, no
CEFET-MG, alunos com esse perfil. Apaixonados por conhecimento e pelo desafio em
testá-lo em competições acirradas, eles têm trazido muitas medalhas para a instituição. Só em
2009, foram seis importantes
conquistas.
Os vencedores
Jonhy Kenned Gomes Ferreira, que concluiu no ano passado o curso de Eletrônica, em
Belo Horizonte, faturou a medalha de ouro na Olimpíada de
Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2009. Depois de
ganhar bronze, em 2007, e
prata, em 2008, só faltava
mesmo o ouro para sua coleção
ficar completa. “É muito gratificante quando me lembro que,
desde mais novo, eu já gostava
de matemática e hoje me dou
conta aonde cheguei com isso”,
declarou.
Na mesma competição, o
também aluno do curso de Eletrônica do Campus I Marcelo Augusto Sousa ganhou a medalha
de prata. Para ele, a segunda
etapa foi a mais difícil pelo alto
nível dos concorrentes. “Cerca de
19 milhões de estudantes fizeram a primeira fase, e apenas 5%
passaram para a segunda, o que
equivale a um milhão de pessoas. Ficar entre os mil, aproximadamente, melhores do Brasil
que fizeram o nível três deixa a
nós, medalhistas, orgulhosos”.
Medalhista de bronze na
Olimpíada Brasileira de Química
e de prata na Olimpíada Mineira,
Hans Peter Van Putten, aluno do
curso de Química do Campus I,
prefere não se considerar um
gênio no assunto. “É uma ciência muito abrangente. Está ligada à física, matemática,
biologia. Com certeza tenho
muito a aprender”, disse. No entanto, revela uma grande satisfação por ter conhecimento nessa
área: “saber que você tem o
poder de transformar a matéria
de forma a obter realização pessoal ou realizar favores à humanidade dá certa sensação de
poder”.
Na Olimpíada Brasileira de Física, o CEFET-MG também faturou medalhas de prata e bronze
com, respectivamente, os estudantes Victor Antonio Diniz, do
curso de Mecânica, e William Teixeira Miranda, do curso de Química, ambos do Campus I. Para
Victor, um dos maiores desafios
foi vencer o nervosismo. “São milhares de concorrentes e estar
nervoso nessas situações só dificulta”, declarou
.
Outro título
E não é só na área de exatas
que a instituição tem alcançado
o pódio. Na 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, a
equipe Cavalo Branco de Napoleão, formada por quatro alunos
de Mecatrônica da Unidade de
Varginha, conquistou o segundo lugar. O líder do grupo,
Denys Luiz Ferreira, defende a
importância do título para a carreira.
“O certificado foi emitido
pela Unicamp, reconhecida como uma das maiores universidades do país, o que acrescenta
peso ao currículo. Além disso,
essa vontade de participar de discussões que vão além do foco
principal do curso mostra aos
nossos futuros chefes que temos
facilidade em trabalhar com
temas além daqueles que nos
são exigidos”, justificou.
Bons alunos sim, “nerds” não
Se sair bem em competições
que requerem conhecimento ou
tirar notas altas em algumas disciplinas nem sempre são feitos
que podem ser atribuídos a estudantes “nerds”.
Victor Diniz se considera “apenas” uma pessoa responsável, revelando se esforçar para não
deixar de lado o lazer. No entanto, quando não é possível seguir o planejado, ele prefere não
sofrer: “para fazer as provas da
competição, tive que abrir mão
do final de semana, mas valeu a
pena”.
Jonhy Kenned diz que até
gostaria de ser reconhecido como
“nerd”, mas prefere atribuir sua
vitória na OBMEP à facilidade em
compreender a matemática. “Para estudar para a Olimpíada, não
deixei de fazer nada, pelo contrário. Sinceramente é muito bom
parar um pouquinho e se divertir,
com muita moderação”, disse.
Já Hans confessa ter deixado
de lado os videogames e até hoje
não voltou a jogá-los. Sobre o rótulo de “nerd”, ele não se considera como tal porque seus
conhecimentos não abrangem a
área de humanas. “Também não
sou fã desses RPGs, Star Trek e
esses fatores que também definem um nerd”, justificou.
Em sentido horário, os medalhistas em Olimpíadas William (canto superior direito), Victor, Jonhy e Hans
Competições apostam no raciocínio
GEANINE NOGUEIRA
As Olimpíadas Científicas geralmente são divididas em fases
e compostas por provas com
questões fechadas e/ou abertas.
Na Brasileira de Física, por exemplo, a primeira etapa, realizada
no CEFET-MG, consistiu em um
teste de múltipla escolha com 30
questões, sendo que o competidor deveria resolver 20 delas. Na
segunda etapa, no Colégio Marista, foi aplicada uma prova
aberta com 16 perguntas, oito
delas deviam ser solucionadas.
Por fim, em Juiz de Fora, o participante precisou fazer uma prova
prática e outra teórica, ambas
abertas.
A Olimpíada Nacional em
História do Brasil foi composta
por seis fases – somente a última foi presencial, as demais
aconteceram pela internet, por
meio da aplicação de um questionário de múltipla escolha. De
acordo com Denys, ao fim das
perguntas on-line, sempre havia
uma tarefa extra, como organizar cronologicamente fotos e
elaborar um texto documentando um monumento histórico
local.
O Prof. Hércules Alves, que
acompanhou a equipe do Campus VIII, acrescentou que havia
também questões de interpretação de texto, em forma de charges, algumas remetiam à análise
de documentos, a analogias históricas e ao conhecimento de
todo o processo histórico brasileiro. “A fase final é que foi o
ponto alto. Todas as questões
Marcelo Sousa, medalhista na OBMEP Nacional: “Ninguém sabe
tudo de matemática, ela é assim como seus números: infinita”
foram dissertativas e sem nenhum tipo de consulta. Esse foi
o nosso diferencial”, contou.
Já a OBMEP Nacional contou
com uma primeira etapa realizada em dia letivo, com aplicação de prova para todas as
turmas; e uma segunda etapa,
promovida no sábado, com
prova aberta contendo seis questões que precisavam ser explicadas passo-a-passo.
Os interessados devem se
apressar, pois algumas olimpíadas já estão com inscrições abertas. Além de disputas nacionais,
há também regionais, como a
Olimpíada Mineira de Química,
com inscrições previstas para
agosto, e a Olimpíada Mineira
de Matemática, cujo site oficial é
www.mat.ufmg.br/olimpiada/.
Informe-se com o seu professor
ou pela internet.
abril | 2010
CEFET-MG é notícia | 5
cimento
Para além da
ciência exata e
da educação
uma medalha
ARQUIVO PESSOAL
Para Fernanda Garrides, ao centro, os laços de amizade formados com os jovens dos outros países foram o grande ganho
Além das Olimpíadas Científicas, uma série de outras competições, das mais diversas áreas do
conhecimento, acontecem anualmente no país. Em 2009, três
foram vencidas por alunos do
CEFET-MG.
Uma delas é o torneio nacional Bancos em Ação, promovido
pela ONG Junior Achievement,
com apoio do Citibank. Yargo Teixeira Gomes de Melo, ex-aluno
do curso de Estradas, e Igor
Gomes Pereira, ex-aluno do curso
de Mecatrônica, ambos do Campus I, sagraram-se campeões da
disputa. Com a vitória, eles representaram o Brasil na final latino-americana, no Peru.
Cada dupla precisava administrar um banco como gerente.
Para isso, trabalharam com taxas
de juros, poupança, cheque especial, Certificado de Depósito
Bancário – CDB, financiamento,
marketing e outras operações.
Venceu quem conseguiu o maior
lucro.
Segundo Yargo Melo, em
casa a notícia foi recebida com
muita alegria. No entanto, para
ele, a grande recompensa foi a
experiência vivenciada em São
Paulo e no Peru. “Conhecer novas
culturas e expor a nossa foi incrível”, revelou.
GEANINE NOGUEIRA
Caminhos da Liberdade
A aluna do curso técnico em
Equipamentos Biomédicos do
Campus I Fernanda Esthefane Garrides Oliveira obteve uma conquista diferente para a instituição:
foi um dos quatro estudantes brasileiros premiados no concurso Caminhos da Liberdade 2009,
promovido pela Organização dos
Estados Ibero-americanos (OEI) e
pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do
Ministério da Educação.
O concurso teve como objetivo
estimular o resgate da memória
histórico-cultural do processo de
independência do Brasil. Com o
trabalho, “Da liberdade teórica à liberdade crítica”, ela pensou a liberdade, tanto do indivíduo
quanto da nação. “É muito apagado o sentimento de ser brasileiro, fui buscar o que é isso, o que
é ser um país livre”, detalhou.
Como prêmio, ela viajou ao Paraguai e à Espanha. “Conviver durante algum tempo com pessoas
de realidades tão diferentes, uma
troca de cultura, de costumes, de
língua é um acréscimo muito
grande para a vida de qualquer
pessoa”, destacou.
Calendário das principais olimpíadas nacionais
Olimpíada
Alunos participantes
Período de Inscrição
Brasileira de Matemática
www.obm.org.br
Do 6º ano do ensino fundamental
ao 3º ano do ensino médio e
universitários
De março a maio
Brasileira de Matemática de Escolas Públicas
www.obmep.org.br
Do 6º ano do ensino fundamental
ao 3º ano do ensino médio
De março a maio
Brasileira de Física
www.sbf1.sbfisica.org.br/olimpiadas
9º ano do ensino fundamental e
ensino médio
Agosto
Língua Portuguesa - escrevendo o futuro
olimpiadadelinguaportugues.mec.gov.br
5º e 9º anos do ensino fundamental
e ensino médio
De fevereiro a abril
Nacional de História do Brasil
www.mc.unicamp.br
Todos os anos do ensino
fundamental e médio
Maio
Brasileira de Química
www.obq.ufc.br
8º e 9º anos do ensino fundamental
e ensino médio
Agosto
Brasileira de Biologia
www.abiojovem.org.br
Ensino médio
De março a abril
Brasileira de Informática
olimpiada.ic.unicamp.br
Todos os anos do ensino
fundamental e médio
De Abril a agosto
Brasileira de Robótica
HTTP://obr.ic.unicamp.br
Todos os anos do ensino
fundamental e médio
De abril a agosto
Brasileira de Saúde e Meio Ambiente
www.fiocruz.br/olimpiada
6º ao 9º ano do ensino fundamental
e ensino médio
Dezembro
Raissa Salvador, Jovem Embaixadora do Brasil nos EUA.
Jovens
Embaixadores
O Programa Jovens Embaixadores 2010 foi outra iniciativa interessante. Ex-aluna de Edificações
do Campus I, Raíssa Salvador
Costa Machado foi um dos 35 estudantes de escolas públicas brasileiras escolhidos para representar
o Brasil no programa, que é de
responsabilidade social da Embaixada dos Estados Unidos.
Como premiação, ela ganhou
uma viagem de três semanas aos
Estados Unidos com todas as
despesas pagas. Para conquistarem a vaga, os estudantes passaram por provas escrita e oral de
inglês e foram avaliados quanto
à liderança comprovada, atitude
positiva, consciência cidadã e excelência acadêmica.
6 | CEFET-MG é notícia
abril | 2010
pesquisa
Presença marcante em feiras nacionais e internacionais
Alunos e docentes da instituição participam anualmente, com destaque,
de mostras de ciência e tecnologia no Brasil e no exterior
ARQUIVO PESSOAL
João Marco Procópio
Ano após ano, o CEFET-MG
participa das principais feiras de
ciência e tecnologia no Brasil, onde
fatura diversos prêmios, e no exterior. A cultura da instituição, que
estimula a pesquisa e a capacidade
dos alunos, e a orientação dedicada dos professores despontam
como os principais ingredientes
para o sucesso.
A última Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a principal do país, realizada de 9 a 13 de
março, na Universidade de São
Paulo, apresentou números que
comprovam tal afirmação. Dos 21
trabalhos finalistas de Minas Gerais,
12 eram de alunos do CEFET-MG.
Ao todo, foram 15 premiações
contabilizadas, além de brindes
como Ipods e notebooks e, sobretudo, classificações para feiras internacionais.
A estudante do 3º ano de Edificações em Belo Horizonte Karoline
Elis Lopes Martins obteve grande
destaque. Seu projeto “Construção
de um canal com garrafas Pet acoplado ao concentrador solar: Sistema de fluxo contínuo de água
solarizada com alternativa para desinfecção microbiológica em estação de tratamento de água”
faturou o 1º lugar na modalidade
Engenharia, na categoria Individual, e o direito de participar da
principal feira internacional desse
segmento, a Intel International
Science and Engineering Fair (Intel
ISEF), a ser realizada em maio, na
Califórnia, Estados Unidos.
Karoline foi a única de Minas
Gerais a se classificar para a mostra
internacional. Na expectativa para
a viagem, ela conta que seu projeto, que tem o objetivo de obter
um maior aproveitamento da água
por meio de desinfecção microbiológica em estação de tratamento
de água de baixo custo, possui enfoque social. ”Tem uma aplicação
muito boa”, observa.
Outros alunos do CEFET-MG faturaram prêmios significativos na
nona edição da Febrace. Fernando
Augusto Gouvêa Reis e Caroline
Francisca de Assis Costa, ambos de
Belo Horizonte, conquistaram, respectivamente, o 2º lugar na categoria Ciências da Saúde e 1º lugar
em Ciências Biológicas. Com a pontuação obtida, Caroline participará,
em outubro, da Feira Explora na
Colômbia.
De acordo com a Profª Ana
Elisa Ribeiro, Coordenadora Geral
de Divulgação Científica e Tecnológica, o destaque que o CEFET-MG
conquistou só foi possível devido à
política da instituição de incentivo
a produção acadêmica e científica.
“As listas de finalistas apresentam
nossa sigla várias vezes. Enquanto
houver gente trabalhadora, dedicada e curiosa, haverá trabalhos
que ganharão prêmios”, ressalta.
O Prof. Alex Fernandes e os alunos Gustavo Novaes, Mauro Lúcio Filho
e Carla Rezende durante a participação na Intel ISEF
Participação internacional
O CEFET-MG continuamente
classifica-se para feiras internacionais, como a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia
(Mostratec), a International Movement for Leisure Activities in
Science and Technology (Milset)
e a Intel Isef.
O trabalho da estudante Karoline Martins assegurou vaga na
etapa continental da Milset, que
será realizada em São Luis, no Maranhão, devido ao Prêmio Especial
ganho na Mostratec 2009.
Essas feiras são uma grande
oportunidade de interação, o que
contribui para o enriquecimento
da cultura e do aprendizado. “É
importante participar de um
evento desse porte, porque se
aprende muito, observa-se o que
outros estudantes de outras instituições estão fazendo”, conta a
Profa. Ana Elisa.
Em 2008, os estudantes da
Unidade de Leopoldina Gustavo
Montes Novaes, Mauro Lúcio Ruy
de Almeida Filho e Carla Rezende
Barbosa Bonin e o Prof. Alex Fernandes da Veiga Machado, com o
projeto “Heurísticas Para Resolução de Problemas NP-Completos
no Domínio de Jogos”, participaram da Intel ISEF, em Atlanta, nos
Estados Unidos.
Segundo Mauro, a experiência
de participar de uma feira internacional foi diferente de qualquer
outro evento desse tipo. “É outro
patamar, um intercâmbio que vale
a pena. Havia pessoas de mais de
50 países. Foi proveitoso tanto
para o crescimento pessoal como
para o currículo”, avalia.
A Profa. Andréa Marques
Guimarães, orientadora e coorientadora dos dois projetos
mais premiados do CEFET-MG na
Febrace 2010, relata que existe
um grau de disputa muito elevado na Intel Isef. Contudo, os
estudantes aproveitam a feira
para socializar com pesquisadores de outros países. “É o momento que eles mais gostam,
sem dúvida. Eles aproveitam para
interagir e ver que em que nível
estão”, observa.
Projetos do CEFET-MG premiados na Febrace 2010
BELO HORIZONTE
• Análise das condições de comercialização de plantas medicinais
do mercado popular de Belo Horizonte - Minas Gerais
Fernando Augusto Gouvêa Reis
Fátima de Cássia Oliveira Gomes (Orientador)
Andréa Rodrigues Marques Guimarães (Co-Orientador)
Prêmios Organização FEBRACE *
2º Lugar em Ciências da Saúde
(Categoria Projetos Individuais)
Prêmios Internacionais **
RICOH Corporation - 2010 Regional Ricoh Sustainable
Development Award (Prêmio Regional Ricoh 2010 em Desenvolvimento Sustentável).
• Clarice Lispector e Octavio Paz: Poesia e erotismo no contexto
da atual crise epistemológica
Thaís Tunes Santos, Daiane Oliveira Santos
Olga Valeska Soares Coelho (Orientador)
Prêmios de Empresas e Organizações Científicas
Editora da Universidade de São Paulo - EDUSP
Prêmio Editora da USP
• Construção de um canal com garrafas pet acoplado ao
concentrador solar: Sistema de fluxo contínuo de água solarizada
com alternativa para desinfecção microbiológica em estação
de tratamento de água
Karoline Elis Lopes Martins
Guilherme Fernandes Marques (Orientador)
Andréa Rodrigues Marques Guimarães (Co-Orientador)
Prêmios Organização FEBRACE
1º Lugar em Engenharia (Categoria Projetos Individuais)
Prêmios FEBRACE
3º Lugar em Destaque Rigor Científico
Feiras e Intel ISEF ***
Selecionada para participar da Intel ISEF, que será realizada
de 9 a 14 de Maio, em San Jose Rrosse, na Califórnia, EUA.
Prêmios Internacionais
Association for Women Geoscientists
Student Awards for Geoscience Excellence (Prêmio Estudantil
para Excelência em Geociências).
Prêmios de Empresas e Organizações Científicas
Associação de Apoio ao Jovem Cientista - AAJC
Prêmio AAJC de Incentivo ao Jovem Cientista.
• Defesa química, germinação e dinâmica do banco de sementes
de leucaena leucocephala (lam.) de wit.: Espécie exótica que
ameaça a biodiversidade dos ecossistemas
Caroline Francisca de Assis Costa,
Fábio Soares dos Santos
Andréa Rodrigues Marques Guimarães (Orientador)
Fátima de Cássia Oliveira Gomes (Co-Orientador)
Prêmios Organização FEBRACE
1º Lugar em Ciências Biológicas
(Categoria Projetos em Grupo)
Feiras e Intel ISEF
Prêmios Mercosul do Ministério de Ciência e Tecnologia
Participação na FEIRA EXPLORA da Colômbia.
Prêmios de Empresas e Organizações Científicas
Departamento de Botânica IB da USP
Prêmio Semente Científica.
• O Origami arquitetônico como recurso didático
Marina Luiza Nunes Diniz
Érico Anderson de Oliveira (Orientador)
Rosália Caldas Sanábio de Oliveira (Co-Orientador)
Prêmios Patrocinadores ****
Centro Paula Souza
Prêmio Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza
VARGINHA
• Desenvolvimento de jogos multiplayer em XNA para Xbox 360
Bruno Ongaro Faria, Gustavo Andrade Penha,
Gustavo Henrique Sarto
Alex Fernandes da Veiga Machado (Orientador)
Douglas Machado Tavares (Co-Orientador)
Prêmios Internacionais
Intel Excellence in Computer Science
(Excelência em Ciência da Computação).
LEOPOLDINA
• Conversor Boost em modo descontínuo aplicado a reatores
eletrônicos com elevado fator de potência
Josimar Ribeiro Nolasco
Ricardo Henrique Rosemback (Orientador)
Prêmios de Empresas e Organizações Científicas
Fundação Atech
Prêmio de Inovação Atech.
Editora Saber
Prêmio Editora Saber.
Prêmios Patrocinadores
Instituto de Logística de Aeronáutica
(*) Prêmios da Organização da FEBRACE referentes à Classificação Geral dos participantes nas 7 categorias do conhecimento
(**) Prêmios internacionais destinados aos Projetos que mais se destacaram em aspectos específicos
(***) Contemplados que receberam como prêmio a participação em feiras e mostras científicas e, em destaque, a participação na Feira Internacional Intel ISEF
(****) Prêmios concedidos por Sociedades Científicas e Empresas estabelecidas no Brasil, aos Projetos que se destacaram em aspectos específico
abril | 2010
CEFET-MG é notícia | 7
unidades
Varginha entra no quarto ano com novas expectativas
Campus, que faz parte do plano de expansão da rede federal, terá sede própria ainda este ano e projeta cursos superiores;
atualmente, são oferecidos os cursos técnicos em Edificações, Mecatrônica e Informática Industrial, em três modalidades
ARQUIVO CEFET-MG
Clésio Teixeira
Criada em 2006, a Unidade
do CEFET-MG em Varginha entra
no quarto ano de fundação com
a expectativa de mudança para a
sede própria ainda no segundo
semestre de 2010, e com isso
expandir a oferta de cursos, além
de melhorias da infraestrutura e
conforto dos estudantes e
funcionários.
Atualmente, o Campus oferece os cursos técnicos em Edificações, Mecatrônica e Informática
Industrial, nas modalidades integrado, concomitância externa e
subseqüente, com 537 alunos,
28 professores efetivos e 23
substitutos.
Nos planos da comunidade
acadêmica do Campus VIII está a
criação e implantação do curso
superior de Engenharia de Sistemas Mecatrônicos e do primeiro curso de Engenharia Civil
público a ser oferecido no Sul de
Minas Gerais.
“A região tem excelente capacidade econômica e responde
muito bem a esses investimentos”, ressalta o Diretor da Unidade, Prof. Fernando Teixeira. O
dirigente aponta ainda que a
instituição tem como foco a
verticalização do ensino, mantendo para isso em sua grade
cursos técnicos, superiores e de
pós-graduação.
A Unidade finaliza os entendimentos com outras instituições
de ensino para oferecer cursos de
pós-graduação lato sensu. A parceria com outras instituições de
ensino superior do Sul de Minas
também possibilitará a implantação de um curso de mestrado
na região. “Sozinhos não teríamos condições para oferecer o
curso, mas podemos repetir aqui
parcerias como a existente entre
o CEFET-MG e a Universidade
Federal de São João Del-Rei
(UFSJ)”, disse o diretor.
As obras do novo campus serão concluídas no segundo semestre de 2010
SÍLVIO SANTOS DE SOUZA
Novo Campus no 2º semestre
Atualmente, o Campus VIII é
dividido em duas sedes, uma
administrativa, localizada no
Centro de Varginha, e uma escolar, localizada no bairro Vila
Pinto. O primeiro imóvel é cedido
pela Prefeitura, sem ônus, e o
segundo é alugado. Conforme o
Prof. Fernando Teixeira, com a
conclusão do novo Campus, prevista para o segundo semestre
deste ano, a ser utilizado no 1º
semestre de 2011, haverá uma
enorme economia nos gastos.
“Só ano passado gastamos R$
144 mil com aluguel”, disse.
O Campus de Varginha, em
construção no Bairro São Sebastião, na Avenida Imigrantes,
em um terreno de 58 mil m2, é
composto por quatro prédios:
escolar, administrativo, de portaria e outro para sociabilidade.
O prédio escolar contará com 10
salas de aula e 14 laboratórios.
Tão logo sejam concluídas as
obras físicas, segundo o diretor,
terá início o processo de aquisição
dos equipamentos que serão
implantados nos laboratórios.
Estão previstos espaços para laboratórios de elétrica e eletrotécnica
automação industrial, dois laboratórios de informática, laboratório
de soldagem, topografia, usinagem, metalografia e tratamento
térmico e materiais de construção
civil.
Campus em Números
• 537 alunos
• 27 professores efetivos
• 22 professores substitutos
• 17 técnicos administrativos
• 100% do corpo docente
com mestrado e 33%
com doutorado
De 30 a 40% dos alunos são oriundos do curso Pró-Técnico
Curso Pró-Técnico facilita acesso
Durante os últimos três anos,
a Unidade de Varginha ofereceu
o curso Pró-Técnico aos alunos
da rede pública municipal.
“Nos processos seletivos do
CEFET-MG cerca de 30 a 40%
dos nossos alunos são oriundos
do curso Pro Técnico, que visa
auxiliar os alunos da rede pública
a obterem um bom desempenho
no processo seletivo”, afirmou o
Diretor da Unidade.
Cursos oferecidos
• Edificações
• Mecatrônica
• Informática Industrial
(modalidades integrado,
concomitância externa e
subsequente).
Aprendizado cultural e tecnológico no continente europeu
Alunos do CEFET-MG conhecem um novo mundo ao participar de intercâmbio nas cidades francesas de Tours e Paris
ARQUIVO PESSOAL
Novo mundo
Nelson Nunes
Liberdade, igualdade e fraternidade, Torre Eiffel, Napoleão e
Carla Bruni (que é italiana). Se for
só isso que você conhece sobre a
França, esqueça. Em Tours, cidade
com 142.000 habitantes, situada
na região central do país europeu,
os participantes da Operação
França descobriram um novo
mundo.
De 6 de março a 4 de abril,
cinco alunos de Engenharia de
Produção Civil, nove de Edificações, um de Estradas, os professores Antônio de Pádua Nunes
Tomasi e Antônio Libério de Borba e a técnica-administrativa Jussara Teles da Silva participaram
dessa aventura. Eles fizeram parte da primeira edição do projeto,
desbravando a cultura e a tecno-
A equipe da Operação França durante a estadia no interior francês
logia francesa em Tours e Paris.
Durante a estadia em Tours, a
equipe participou de um curso
técnico de construção civil na escola de Lycée Martin Nadaud
Saint Pierre des Corps, que in-
cluiu aulas e visitas técnicas. Os
discentes entram em contato
com as tecnologias aplicadas no
país e conheceram equipamentos e materiais utilizados nas
obras e construções francesas.
Do Brasil a Tours, foram quase
24 horas entre avião e ônibus. A
primeira viagem internacional da
grande maioria dos alunos. Na
chegada ao interior da França,
coordenadores e participantes da
Operação Brasil (projeto da ONG
francesa Opération Brésil, parceira
do CEFET-MG) e familiares receberam a delegação. Na escola, outra
recepção. “No primeiro dia, tivemos uma aula inaugural na qual
nos foi apresentado o modelo de
divisão do ensino francês em comparação com o modelo brasileiro”,
disse Jussara Teles.
Os alunos foram divididos em
grupos de quatro e assistiram a
aulas de manhã e de tarde em laboratórios e aulas teóricas da área
da construção civil. Receberam o
material didático e atenção especial quando não entendiam o conteúdo, que foi passado em francês.
E o ensino extrapolava as paredes
da escola. “Visitamos uma parte da
cidade com construções positivas
que estão sendo pensadas com aspectos da sustentabilidade”, contou Jussara Teles.
O contato com as famílias no
fim de semana proporcionou
maior interação cultural aos participantes. Os alunos aprenderam sobre comidas, costumes,
roupas e modos. “Adorei a viagem, foi de grande aprendizado,
tanto na parte de cultura francesa como na escolar, porque
aprendemos algumas coisas que
não vimos no CEFET-MG. Ficar
com os franceses foi um aprendizado imenso”, observou o aluno Marcus Vinicius Almeida.
8 | CEFET-MG é notícia
abril | 2010
entrevista
Organização nos estudos contribui para aprendizado
A pedagoga Maria Adélia convida os alunos a reverem velhos hábitos que prejudicam o desempenho escolar. Gerenciar melhor o
tempo e estudar diariamente podem ajudar no aprendizado e a garantir um ano letivo sem apertos
VANESSA MOL
sempre perto o material que vai
utilizar, evitando ficar levantando
a toda hora para procurá-lo, pois
isso tira a concentração e faz o
rendimento cair.
Vanessa Mol
Atenção! Se você é um daqueles alunos que prefere estudar para a prova aos 48 minutos
do segundo tempo, leia com
atenção esta entrevista. A pedagoga do CEFET-MG, Maria Adélia
Costa, alerta ser este um hábito
não recomendado para o estudante que deseja aprender, ter
boas notas e, principalmente,
tranquilidade ao fim do ano/semestre letivo.
Nesta entrevista, Maria Adélia procura elencar algumas dicas
para que os alunos gerenciem
melhor o tempo, aprendam com
mais facilidade e até encontrem
alternativas para conciliar as atividades escolares com o lazer.
Aproveite que o ano letivo começou há pouco e mãos à obra.
O CEFET-MG é considerado
uma instituição rigorosa em
avaliações e na carga horária
de ensino...
Oferecer o ensino técnico de
nível médio com matriz curricular
única pode contribuir com essa
visão de “arrocho”. Os alunos
têm em média 37 aulas semanais, o que representa aulas de
segunda a sexta em um turno
completo, mais três ou quatro
partes do outro turno. Aqui também é comum haver mais de
uma avaliação por dia, considerando que são, em média, 15 disciplinas por série e que nem
sempre as atividades avaliativas
são avisadas com antecedência, o
que pressupõe que o aluno esteja
sempre em dia com seus estudos.
Geralmente os alunos das primeiras séries demoram um tempo, o
equivalente ao 1º bimestre, para
se acostumarem com a rotina e
as “regras” da escola.
Como os alunos devem se
organizar para cumprirem as
atividades escolares, estudarem para as provas e, ainda,
obterem boas notas?
A primeira coisa é aprenderem
a gerir bem o tempo. Não deixar
acumular atividades extra-escolares e não estudar só na véspera
das provas. O aluno que consegue
se comprometer com os estudos
diários terá maiores facilidades na
realização das provas e, consequentemente, poderá obter melhores notas. Rever conteúdos,
sobretudo aqueles em que apresentarem maior dificuldade de
compreensão ou aprendizagem.
Como conciliar toda essa rotina com as atividades pessoais
e de lazer?
O aluno que se organizar e
não deixar acumular tarefas poderá ter mais tempo nos finais de
semana para o lazer e/ou outras
atividades que julgar interessantes. Muito importante dizer que o
curso técnico de nível médio tem
de estar liderando a lista de prioridades, porque só assim o aluno
Estudo em grupo é válido?
Em que medida?
Estudar em grupo é um
modo produtivo de fazer render
ao máximo o esforço do aprendizado. E é uma das maneiras de
os estudantes se ajudarem. Tivemos experiências exitosas de grupos de estudo em 2009 nos
cursos de Edificações e Informáticas. Os alunos se reuniam nos
dias de “folga” e se organizavam
para estudar as disciplinas na
qual havia maior número de estudantes com dificuldades de
aprendizagem. Tínhamos o que
chamávamos de monitoria voluntária em Química, Física e Linguagem de Programação.
Fazer exercício pode ajudar
na compreensão da matéria?
Muito. Porque ao realizar as
atividades você tem a noção do
seu nível de conhecimento sobre
a matéria. Se você tiver dificuldade de compreensão, quer
dizer que necessita da ajuda do
professor para esclarecer as dúvidas. E quanto mais exercícios
você faz mais possibilidades você
tem de apreender o conteúdo
A pedagoga Maria Adélia defende que, com organização, é possível conciliar estudo e lazer
“Não tenho um dado científico,
mas acredito que o aluno que
se dedicar duas ou três horas por
dia não terá seus finais de semana
comprometidos e estará
diariamente se preparando para
a realização das provas”
fará com que sua trajetória escolar
seja trilhada pelo compromisso,
dedicação e responsabilidade, que
são aspectos fundamentais para o
seu sucesso na instituição.
Há alguma dica que contribua para maior aprendizado
em sala de aula?
Existem várias dicas interessantes e importantes. Pensando
em uma forma de contribuir com
os estudos dos alunos em sua
trajetória pelo CEFET-MG, a
Coordenação Pedagógica elaborou um “Manual de Orientações
de Estudo”, que será trabalhado
com os alunos. Nesse manual, o
aluno encontrará dicas de como
estudar em sala, em casa, como
elaborar resumos, como realizar
trabalhos em grupo, etc.
Qual a melhor forma para
se ter um estudo produtivo?
Ter foco. Estabelecer um ho-
“Tanto a má alimentação
quanto as noites mal
dormidas podem influenciar
em quase todas as
atividades de nossa vida.
O que não é diferente
com os estudos”
rário e lugar fixos para o estudo.
A organização de um horário de
estudo é, muitas vezes, útil para
estabelecer hábitos regulares de
estudo. Determinar um tempo
diário de estudo, em um local
tranquilo, de modo que não haja
a dispersão também é fundamental. Nesse local deverá manter todo o material necessário
aos estudos (livros, apostilas,
bloco anotações etc.).
Resumos são úteis para o
estudo?
Muito, porque o ato de fazer
o resumo é uma forma de estudar os conteúdos. Ao elaborar o
texto o aluno revê os conteúdos
e, portanto, tem a oportunidade
de dar-lhes outros significados.
Há outras técnicas de estudo
que facilitem o aprendizado?
Sim. Tanto que temos diferentes literaturas disponíveis no
mercado literário. O manual que
a CP estará disponibilizando aos
alunos é uma compilação de diferentes técnicas de estudo. Podemos citar, em sala de aula:
prestar atenção nas aulas solicitando esclarecimento do assunto
sempre que não entender; anotar, de forma clara, os esquemas
dados pelo professor, bem como
fazer anotações sobre os assuntos discutidos; esclarecer, de imediato, as dúvidas que surgem
com o professor da disciplina.
E em casa?
Em casa, podemos citar: resolver o maior número possível
de exercícios e rever as tarefas
antes de considerá-las prontas;
ter um mesmo horário do dia estabelecido para estudar; assim
será mais fácil criar o hábito de
fazer as tarefas diariamente;
manter em ordem o material escolar; ser organizado, deixar
Qual a antecedência ideal
para iniciar o estudo para uma
prova?
O ideal é que o estudo seja
contínuo. Estudar só para prova
pode não atingir o objetivo de
obtenção de êxito, ou seja, de alcançar uma boa nota.
É possível conseguir boas
notas e obter um aprendizado
consistente estudando somente durante a semana?
Com certeza. O aluno que for
organizado, comprometido, responsável, que sabe aproveitar as
aulas e mantém o hábito de estudo diário não deixará acumular atividades para os fins de
semana. Claro que alguns finais
de semana podem ficar comprometidos, mas nem todos.
Além do livro didático, há
outras fontes de pesquisa que
podem contribuir para o aluno
tirar suas dúvidas e melhorar o
aprendizado? Quais?
Visitar a biblioteca. Isto é importantíssimo e deveria fazer
parte da rotina do aluno. O hábito de estudo e pesquisa é fundamental para a aquisição de
novos conhecimentos. Existem
bons sites também, mas é importante nunca se esquecer de
visitar o bom e velho amigo
“livro”.
Veja mais dicas no
“Manual de Orientações
de Estudo”.
Download

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