Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Índices das Demonstrações Financeiras 2014 Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras F-3 Relatório da Administração F-5 Balanços Patrimoniais F-65 Demonstração do Resultado F-67 Demonstração do Resultado Abrangente F-68 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido F-69 Demonstrações dos Fluxos de Caixa F-70 Demonstrações dos Valores Adicionados F-72 Notas Explicativas F-73 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. Contexto operacional Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras Resumo das principais políticas contábeis Mudanças nas práticas contábeis e divulgações Gestão de risco Principais julgamentos e estimativas contábeis Caixa e equivalentes de caixa Caixa restrito Contas a receber de clientes Saldos e transações com partes relacionadas Agência Nacional de Águas - ANA Investimentos Propriedades para investimento Intangível Imobilizado Empréstimos e financiamentos Impostos e contribuições Impostos e contribuições diferidos Provisões Benefícios a funcionários Serviços a pagar Patrimônio líquido Lucro por ação Informações por segmento de negócios Receitas operacionais Custos e despesas operacionais Receitas e despesas financeiras Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Compromissos Informações suplementares aos fluxos de caixa Eventos subsequentes Declaração dos Diretores F-184 Parecer do Conselho Fiscal F-186 Relatório Anual Resumido do Comitê de Auditoria F-187 Orçamento de Capital F-191 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP São Paulo - SP Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP (“Companhia”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP em 31 de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas e como informação suplementar pelas IFRSs que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. São Paulo, 26 de março de 2015 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Délio Rocha Leite Contador CRC nº 1 SP 189302/O-8 F-4 Relatório da Administração 2014 MENSAGEM DO DIRETOR‐PRESIDENTE Nesses 41 anos de trajetória da Sabesp, o ano de 2014 foi certamente um dos mais desafiadores. Foram doze meses de muito empenho para enfrentar a mais grave seca que se tem notícia na região sudeste do país em mais de oito décadas, evento cuja probabilidade de ocorrência foi de 0,6%. As ações estratégicas empreendidas nas operações, conjugadas à excelente resposta da população às campanhas de conscientização e estímulo financeiro pelo uso racional da água, foram determinantes para que se evitasse o comprometimento do sistema público de abastecimento. A rápida reação implementada em municípios do interior e, sobretudo, na região metropolitana de São Paulo, área mais gravemente atingida, demonstrou a robustez da infraestrutura instalada e a elevada capacidade técnica de nossos profissionais. Somente uma companhia com esses atributos é capaz de substituir a fonte de abastecimento de regiões imensas e densamente habitadas por outros sistemas produtores de água, tal como realizado na Grande São Paulo em socorro ao sistema Cantareira, o mais afetado pela seca. Apenas uma empresa deste porte consegue executar obras como a realizada para a captação da reserva técnica do Cantareira. Entregue em curto espaço de tempo, tornou‐se um caso de estudo pela engenhosidade e perícia aplicada na captação de águas abaixo do nível das comportas de transporte por gravidade. Igualmente eficiente foi o fortalecimento de práticas contra as perdas de água a exemplo das intensas varreduras, mais rapidez nos consertos e troca de tubulações e ramais, além da intensificação da gestão das pressões nas redes de distribuição, mitigando vazamentos. As intensas campanhas de mídia, mobilização dos colaboradores, adoção do bônus e, mais recentemente, da tarifa de contingência completam o rol de ações que trouxeram resultados muito positivos. Pela primeira vez desde que entrou em operação, o sistema Cantareira deixou de ser o maior contribuinte da grande metrópole. Sua produção média de 14,03 m³/s em fevereiro de 2015 ‐ 56% a menos que a média de 33 m³/s anterior à crise, foi inferior ao produzido pelo sistema Guarapiranga, que ocupou o posto de maior produtor de água. Nossos mananciais produzem hoje 70% do que produziam em condições normais, até o final de 2013. Esse ritmo de redução de 30% tem que ser mantido ao longo de 2015. Portanto, estamos trabalhando em obras de aumento de segurança hídrica e de capacidade de produção e integração entre os sistemas produtores da região metropolitana, principalmente a interligação da Billings com o Sistema Alto Tietê, o reforço da Billings com o Guarapiranga e a ampliação da ETA ABV. É também essencial que a população não esmoreça e continue economizando água. Com esse conjunto de ações, ainda que a pluviometria nos seja desfavorável, será possível afastar a necessidade de se adotar medidas mais drásticas e aflitivas à população como o rodízio. F-5 Relatório da Administração 2014 Os esforços concentrados no combate à escassez hídrica demandaram a reprogramação de investimentos e o contingenciamento orçamentário para garantir a execução do programa de bonificação e as obras planejadas. Ainda assim, em 2014, a Companhia investiu R$ 3,2 bilhões e planeja investir mais de R$ 13,5 bilhões até 2019. Tais fatores também não impediram que a Sabesp desse continuidade aos avanços dentro da política de universalização da coleta e tratamento de esgotos na área operada. Estabelecida em conjunto com o governo do Estado e municípios operados, essa diretriz apresentou números positivos na execução da terceira etapa do projeto Tietê na RMSP e do programa Onda Limpa na Baixada Santista. Em 2014, foram entregues 20 estações de tratamento de esgoto (ETEs) e executamos 244,3 mil novas ligações ‐ o que totaliza 22,4 milhões de pessoas atendidas. Em relação ao abastecimento de água, embora universalizado, foi um serviço que demandou intenso trabalho em acompanhamento ao crescimento demográfico e do negócio. Para isso, foram realizadas 231,5 mil novas ligações. Hoje são 25,3 milhões de pessoas atendidas diretamente, número superior ao contingente populacional de muitos países. Superlativos também são os esforços pelo ganho de eficiência na gestão e na melhoria da qualidade da prestação de serviços dos municípios operados. Fazem parte dessas iniciativas a política de valorização e capacitação dos nossos colaboradores, o desenvolvimento de lideranças, e a modernização e aprimoramento tecnológico dos processos internos. Por sua vez, a postura transparente e ética dos negócios é reforçada por um programa de compliance estruturado em práticas referenciadas nas principais exigências mundiais, a exemplo da Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), e em antecipação à Lei Anticorrupção 12.846/2013, em vigor desde janeiro de 2014. Além disso, ao longo do ano realizamos um amplo diagnóstico dos mecanismos antifraude, tendo em vista o aprimoramento dos 93 processos existentes e a implantação de outras 77 iniciativas de proteção corporativa. O planejamento estratégico de longo prazo, a capacidade operacional da Companhia e a dedicação dos nossos profissionais foram fundamentais para que, em 2014, a população fosse poupada dos sofrimentos causados por um eventual desabastecimento generalizado. Os esforços devem seguir nesta mesma intensidade em 2015 e nos próximos anos, deixando legados importantes para o enfrentamento de futuras adversidades, tanto no aspecto estrutural, ainda mais robusto e seguro, quanto na relação mais consciente que nós cidadãos teremos em relação à água. JERSON KELMAN Diretor‐Presidente da Sabesp F-6 Relatório da Administração 2014 ENTRE AS MAIORES DO MUNDO EM POPULAÇÃO ATENDIDA Fundada em 1973 a partir da fusão de várias empresas de saneamento e sob as diretrizes do Plano Nacional de Saneamento (Planasa), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo tem como visão a universalização dos serviços de saneamento em sua área de atuação. Além disso, em consonância com os princípios do desenvolvimento sustentável e alinhada às políticas ambientais e socioeconômicas do Governo do estado de São Paulo, seu acionista controlador, tem como missão “Prestar serviços de saneamento, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente.” Sociedade anônima de capital aberto e economia mista, com sede no município de São Paulo, capital do Estado de São Paulo, no Brasil, a Companhia é regulada por princípios e normas de direito público e privado. Atualmente, a Companhia está posicionada como a maior empresa de saneamento das Américas e a quinta maior do mundo em população atendida, de acordo com classificação trazida pela 14ª edição (2012‐2013) do anuário Pinsent Masons Water Yearbook. Operamos serviços de água e esgotos no Estado de São Paulo, inclusive na cidade de São Paulo. Em 2014, geramos uma receita líquida de aproximadamente R$11,2 bilhões e um lucro líquido de R$903,0 milhões. Nossos ativos totalizam R$30,4 bilhões e nosso valor de mercado era de R$11,6 bilhões em 31 de dezembro de 2014. Fornecemos água para 28,4 milhões de pessoas (25,3 milhões diretamente e 3,1 milhões atendidas no atacado) e coletamos o esgoto gerado por 22,4 milhões de pessoas. Atendemos aproximadamente 67% da população urbana do Estado de São Paulo. Nossa estrutura é composta por cinco diretorias, além da presidência, sendo duas delas de atuação operacional e que se dividem em 17 unidades de negócio distribuídas pelo estado. Operamos 235 estações de tratamento de água e 524 estações de tratamento de esgotos, incluindo 9 emissários submarinos. Nossa rede de distribuição de água alcança 70,8 mil quilômetros e a de esgotos, 48,0 mil quilômetros. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia contava com 14.753 empregados, cuja produtividade foi de 1.008 ligações por empregado. A Companhia está presente em 364 municípios paulistas, além de atender parcialmente o município de Mogi das Cruzes. Entre 1º de janeiro de 2007, quando da publicação do novo Marco Regulatório (Lei 11.445/07) e 31 de dezembro de 2014, celebramos contratos para prestar serviços por mais 30 anos com 274 municípios (inclusive com a cidade de São Paulo), sendo que 8 desses contratos foram assinados em 2014. Em 31 de dezembro de 2014, esses 274 municípios respondiam por aproximadamente 73,4% da receita total da Companhia, e por 65,7% dos ativos intangíveis. Atualmente, continuamos operando nos 54 municípios em que os contratos expiraram e estamos negociando a renovação. F-7 Relatório da Administração 2014 Até 2030, outros 38 contratos vencerão. Juntos, eles representam 8,7% da receita total da Companhia, e cerca de 8,0% dos ativos intangíveis. Nestes casos, a Sabesp também empreenderá os esforços necessários para formalizar novos contratos por mais 30 anos. Adicionalmente, até 31 de dezembro de 2014 fornecemos água no atacado para outros cinco municípios localizados na região metropolitana de São Paulo (RMSP), dos quais quatro também utilizavam serviços de tratamento de esgotos. Em outros três municípios do estado de São Paulo, a Sabesp possui participação nas empresas Águas de Castilho S.A., Águas de Andradina S.A. e Saneaqua Mairinque S.A. que prestam serviços de água e esgotos e, no município de Mogi Mirim (SP), também como sócia, na empresa SESAMM – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S.A., para modernização, implementação e gestão do sistema de tratamento de esgotos. Cabe destacar que não houve aportes nessas investidas em 2014. No segmento de água de reuso, a Sabesp possui investimentos com a Odebrecht Ambiental na Aquapolo Ambiental, para produzir, fornecer e comercializar o produto para o Polo Petroquímico de Capuava e, no segmento de esgotos não domésticos criou, junto com a Estre Ambiental, a Attend Ambiental, que começou a operar no segundo semestre de 2014 uma estação de pré‐tratamento de esgotos não domésticos e condicionamento de lodo na Região Metropolitana de São Paulo, entre outras atividades. Oferecemos também serviços de consultoria sobre uso racional da água, planejamento e gestão comercial, financeira e operacional. Atualmente, atuamos no Panamá, Honduras e Nicarágua, sendo nos dois primeiros países, em parceria com a Latin Consult. Estamos habilitados a operar serviços de drenagem e limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, comercializar energia e executar outros serviços, fornecer produtos e auferir benefícios e direitos que direta ou indiretamente decorram dos seus ativos, operações e atividades, no Brasil e no exterior. As atribuições de controle, fiscalização e regulação, inclusive tarifária, de nossas operações em sua maioria são exercidas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – Arsesp. Nossas ações – todas ordinárias com direito a voto – são negociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) sob o código SBSP3 e na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), na forma de American Depositary Receipts (ADR Nível III), sob o código SBS. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos 5.010 acionistas registrados na BM&FBovespa e nosso capital social estava composto na seguinte proporção: F-8 Relatório da Administração 2014 24,9% 24,8% 50,3% Governo do Estado de São Paulo NYSE BM&Fbovespa A Companhia segue integrando os principais índices da BM&FBovespa, entre eles o Índice de Sustentabilidade Empresarial. Governança Corporativa A instância máxima de decisão na Companhia é a Assembleia Geral de Acionistas. Compete a ela, entre outros assuntos, eleger ou destituir os conselheiros de administração e fiscal, fixar a remuneração dos administradores e aprovar dividendos. Atualmente, o Conselho de Administração da Companhia é composto por dez membros com mandato unificado de dois anos, permitida a reeleição, sendo quatro deles independentes, de acordo com as regras do Novo Mercado da BM&FBovespa. Dentre eles, um foi eleito pelos acionistas minoritários. Exceto o diretor‐presidente, nenhum outro diretor compõe o Conselho de Administração, cabendo destacar que não é permitido ao diretor‐presidente ocupar a posição de presidente do Conselho de Administração. O ano de 2014 e os primeiros meses de 2015 foram marcados por grandes mudanças em nossa Administração. Na Diretoria, em março de 2014, registramos a renúncia de João Paulo Tavares Papa, Diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, que posteriormente (em agosto), foi substituído por Edson José Pinzan. Em janeiro de 2015, Jerson Kelman assumiu a Presidência da Companhia, em substituição a Dilma Seli Pena. No Conselho de Administração, também em março de 2014 recebemos o pedido de renúncia de Edson de Oliveira Giriboni, presidente do Conselho de Administração. Na Assembleia Geral Ordinária realizada em abril de 2014, o acionista controlador renovou parte do Conselho Fiscal da Companhia, elegendo Rui Brasil Assis para membro efetivo e, Enio Marrano Lopes e Marcio Rea como membros suplentes. Na mesma data, Joaldir Reynaldo Machado deixou o Conselho Fiscal. Na mesma ocasião, os acionistas minoritários promoveram mudanças no Conselho de Administração, elegendo Luís Eduardo Assis em substituição a Alexander Bialer e, no Conselho Fiscal, com a eleição F-9 Relatório da Administração 2014 de Alexandre Luis Oliveira de Toledo e Antonio Claudio Zeituni para membros efetivo e suplente, respectivamente, em substituição a Massao Fábio Oya e Jorge Michel Lepeltier. Em janeiro de 2015, após as eleições estaduais, Benedito Pinto Ferreira Braga Junior, novo Secretário Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos foi eleito como presidente do Conselho de Administração. Na sequência, em fevereiro de 2015, o conselheiro Mauro Guilherme Jardim Arce renunciou e Jerson Kelman, passou a integrar o Conselho. Outras informações sobre nossa estrutura de governança corporativa e seu funcionamento estão disponíveis na seção “Governança Corporativa”, da área de Relações com Investidores do website da Companhia: www.sabesp.com.br/investidores. Em 2014, a remuneração dos conselheiros de administração e diretores, incluindo benefícios, foi de aproximadamente R$ 3,4 milhões. A esse montante, somam‐se cerca de R$ 504 mil referente à remuneração variável dos diretores, cabendo lembrar que a remuneração variável não é permitida aos conselheiros de administração e conselheiros fiscais, conforme previsto no Decreto Estadual 58.265/12 e, ratificado pela Assembleia de Acionistas de abril de 2013. De acordo com a legislação societária brasileira, a remuneração dos conselheiros de administração, conselheiros fiscais e diretores é estabelecida, de forma agregada, pela Assembleia de Acionistas. Na Sabesp, a política de remuneração dos conselheiros e diretores é estabelecida de acordo com as diretrizes do governo do estado de São Paulo, baseada principalmente no desempenho, sempre sujeita à aprovação em Assembleia de Acionistas. F-10 Relatório da Administração 2014 PAINEL DE INDICADORES Indicadores Unidade (1) 2014 2013 2012 2011 2010 Atendimento Índice de atendimento em água Tende à universalização (1) Índice de atendimento em coleta de esgoto (2) Índice de tratamento dos esgotos coletados % 85 84 83 82 % 77 78 77 76 81 75 População residente atendida com abastecimento de água mil habitantes 25.264 24.560 24.249 23.911 23.625 População residente atendida com coleta de esgoto mil habitantes 22.353 21.483 20.992 20.498 20.024 80 89 89 92 89 7.295 (3) Percepção positiva de satisfação do cliente % Operacionais Ligações de água milhares 8.210 7.888 7.679 7.481 Ligações de esgoto milhares 6.660 6.340 6.128 5.921 5.718 km 70.800 69.619 67.647 66.389 65.379 km 47.992 % 21,3 % 29,8 (4) Extensão de rede de água (4) Extensão de rede de esgoto (5) Perdas de água ‐ faturamento (5) Perdas de água – relativas à micromedição 47.103 45.778 45.073 44.279 (11) 24,4 25,7 25,6 26,0 (11) 31,2 32,1 32,0 32,3 Perdas de água por ligação (5) litros por ligação por dia 319(11) 372 392 395 403 Volume produzido de água milhões de m3 2.840 3.053 3.059 2.992 2.952 Número de empregados un 14.753 15.015 15.019 14.896 15.330 Produtividade operacional ligações/empre gado 1.008 948 919 900 849 (6) Financeiros Receita bruta R$ milhões 11.823,4 11.984,8 11.391,2 10.529,7 9.785,9 R$ milhões 11.213,2 11.315,6 10.737,6 9.927,4 9.230,4 EBITDA Ajustado R$ milhões 2.918,7 4.006,6 3.605,0 3.371,0 3.222,5 Margem do EBITDA Ajustada % da receita líquida 26,0 33,6 34,0 34,9 Margem do EBITDA Ajustada sem receita e custo de construção % da receita líquida 34,4 44,7 Resultado operacional R$ milhões 1.910,7 Margem operacional (8) % da receita líquida 17,0 27,7 Resultado (lucro/prejuízo líquido) R$ milhões 903,0 1.923,6 Margem líquida % da receita líquida 8,1 Receita líquida (7) (8) Dívida líquida por EBITDA Ajustado Dívida líquida sobre patrimônio líquido (9) Investimento (10) 35,4 44,6 3.138,8 17,0 43,0 43,2 2.843,3 2.512,0 2.672,1 26,5 25,3 28,9 1.911,9 1.380,9 1.630,4 17,8 13,9 17,7 múltiplo 3,1 1,9 1,9 1,9 1,9 % 68,1 59,3 61,8 59,6 64,3 2.535,6 2.440,2 2.194,4 R$ milhões (2) (3) (4) (5) 3.210,6 2.716,0 99% ou mais. Por razões metodológicas, contempla uma margem de variação de mais ou menos 2 pontos percentuais. Pesquisa realizada em 2014 pela VR Consultoria Ltda. (5.850 entrevistas em toda a base operada com 1,3% de margem de erro e intervalo de confiança de 95%). Inclui adutoras, coletores‐tronco, interceptores e emissários. O percentual de perda de água representa o quociente resultante do Volume Perdido sobre o Volume Produzido. No cálculo de "Perdas de água ‐ faturamento", o Volume de Perdas é resultante do Volume Produzido, menos o Volume Faturado, menos o Volume de Outros Usos. No cálculo de "Perdas de água ‐ relativas à micromedição", o Volume de Perdas é resultante do Volume Produzido, menos o Volume Micromedido, menos o Volume de Outros Usos. O cálculo de "Perdas de água por ligação" é obtido pelo quociente do Volume de Perdas (resultante do Volume Produzido, menos o Volume Micromedido, menos o Volume de Outros Usos) sobre o número de ligações ativas. O Volume de Outros Usos corresponde à água utilizada na operação dos sistemas, como por exemplo na lavagem de filtros e desinfecção de redes; à água de uso emergencial, utilizada pelos bombeiros; e à água fornecida às favelas (calculada de forma estimada). (6) Número de empregados próprios. Não inclui os cedidos a outros órgãos. (7) O EBITDA Ajustado corresponde ao lucro líquido antes: (i) das despesas de depreciação e amortização; (ii) do imposto de renda e contribuição social (tributos federais sobre a renda); (iii) do resultado financeiro e (iv) outras despesas operacionais líquidas. (8) Não inclui receitas e despesas financeiras. (9) Dívida líquida compreende a dedução de caixa e equivalentes de caixa e juros e encargos de empréstimos e financiamentos internos e externos. (10) Não inclui compromissos financeiros assumidos nos contratos de programa (R$ 63 milhões, R$ 139 milhões, R$ 155 milhões, R$ 65 milhões e R$116, em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, respectivamente). (11) Resultado influenciado pela “gestão de pressões”, cujo efeito deve ser anulado quando a operação se normalizar. F-11 Relatório da Administração 2014 DESAFIOS PARA O ABASTECIMENTO EM UM AMBIENTE DE ADVERSIDADES CLIMÁTICAS Mais que operar em todas as regiões do vasto Estado de São Paulo, a Companhia atua na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), uma área de disponibilidade hídrica por habitante extremamente crítica. Com 22 milhões de habitantes – metade da população paulista e uma das maiores aglomerações urbanas do mundo – a RMSP está localizada na nascente da bacia do Alto Tietê, combinação que faz com que tenha uma oferta per capita de água comparável a regiões semiáridas. Entre o final de 2013 e o início de 2014, este cenário já historicamente desafiador para o abastecimento, ganhou proporções dramáticas com a mais grave seca desde o início da medição das vazões de água que entram nos principais mananciais que abastecem a RMSP. Acompanhada de picos recordes de temperatura, a estiagem afetou também regiões do interior paulista e estados próximos como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espirito Santo, e influenciou diretamente a queda acentuada dos estoques de água dos mananciais que compõem o Sistema Metropolitano de Água da RMSP, especialmente os sistemas Cantareira e Alto Tietê. Os sistemas produtores da RMSP foram concebidos considerando as disponibilidades hídricas referenciadas às vazões médias das séries históricas dos últimos 84 anos, sendo que o biênio 1953/1954 era apontado, até então, como o período mais crítico registrado na Região Metropolitana de São Paulo. Entretanto, a situação vivenciada entre o final de 2013 e início de 2015 colocou praticamente todos os mananciais da RMSP em declínio significativo de suas disponibilidades hídricas. O sistema Cantareira, localizado ao norte da RMSP e que possui capacidade total de armazenamento de aproximadamente 1,5 trilhão de litros de água, foi o primeiro a acusar os efeitos da seca, no início de 2014. São 982 bilhões de litros acima do nível da captação por gravidade (volume útil) e o restante abaixo dessa captação (reserva técnica). Em condições normais ele é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 9 milhões de habitantes e captação média de até 33 m³/s. As condições de retirada de água são definidas pela ANA (Agência Nacional das Águas) e DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), atendendo ao definido pela outorga datada de 2004. Para mais informações sobre as ações de enfrentamento da escassez de água, veja capítulo “Enfrentando a Crise Hídrica” deste Relatório. Impactos e consequências da crise hídrica As medidas tomadas para mitigar a seca resultaram na redução significativa do volume faturado de água e da receita de serviços prestados, o que produziu um efeito adverso relevante sobre a Companhia e poderá se agravar no futuro caso a seca se acentue. F-12 Relatório da Administração 2014 De tempos em tempos a Sabesp enfrenta uma redução da água disponível nos mananciais devido às secas. O sudeste do Brasil, particularmente, a região sul do estado de Minas Gerais, a Bacia do rio Piracicaba (do qual extraímos a água usada no Sistema Cantareira) e a zona norte da RMSP têm experimentado níveis de chuva abaixo da média desde 2012, tendo havido um agravamento da estiagem a partir do final de 2013 até setembro de 2014. Durante a estação chuvosa, iniciada em outubro de 2014, o nível de chuva na região esteve significativamente abaixo da média entre outubro/14 e janeiro/15, retornando a níveis satisfatórios em fevereiro de 2015, quando ficou acima da média para o mês. O resultado foi um impacto negativo no armazenamento de água dos reservatórios, já reduzidos, devido à forte seca no verão de 2013 e 2014. A restrição hídrica é maior no Sistema Cantareira, o maior sistema da RMSP. Como resultado da seca e do baixo volume nesse Sistema, desde março de 2014, o DAEE e a ANA reduziram gradativamente o volume de água que a Sabesp pode captar. Em fevereiro de 2015, a Sabesp recebeu autorização para extrair 13,5 m³/s. Em março de 2014, a Companhia tinha permissão para captar 33 m³/s, dos quais 31 m³/s da Bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e 2 m³/s da Bacia do Alto Tietê. Com o objetivo de manter o abastecimento e continuar a atender a demanda dos consumidores, mesmo com uma menor disponibilidade de água, a Companhia vem adotando uma série de medidas, dentre as quais: (i) transferência de água entre os sistemas produtores; (ii) adoção de um programa de incentivo à redução do consumo de água, por meio de sistema de bônus; (iii) redução do volume de água fornecida para dois municípios atendidos por atacado que recebem água do Sistema Cantareira; (iv) redução da pressão na rede de água – combate às perdas de água; e (v) utilização de água da reserva técnica, ou seja, da água localizada abaixo do nível mínimo de captação por gravidade. Cabe destacar que a captação da reserva técnica exige bombeamento. A extensão da seca e as medidas adotadas provocaram uma redução gradativa do volume faturado de água e, portanto, uma redução da receita. Em 2014, o volume faturado de água caiu 3,1% e a receita operacional bruta decresceu 6,7%, comparada a 2013. Se a estiagem continuar e os níveis dos reservatórios permanecerem reduzidos, a Sabesp não poderá assegurar que o programa de bônus e outras medidas tomadas em 2014 e início de 2015 serão interrompidas, nem se terá condições de atender toda a população de sua área de atuação. Cabe lembrar que com o aumento da conscientização dos usuários sobre a necessidade de economizar água e a implantação do programa de bônus, o volume de água per capita consumido diminuiu. A Sabesp não pode garantir que ao final do programa de bônus, o referido consumo retornará aos níveis anteriores à atual crise de água. Um menor consumo per capita pode afetar negativamente nossos negócios e o resultado das operações no futuro. Além disso, a Companhia foi obrigada a realizar uma série de investimentos para continuar fornecendo água à população, o que resultou em aumento de custos e revisão do plano de investimentos. Caso a seca persista, a Companhia poderá ser obrigada a tomar medidas mais drásticas, incluindo a implantação do rodízio de água. F-13 Relatório da Administração 2014 Outorga do Sistema Cantareira A captação de água do Sistema Cantareira é outorgada à Sabesp pela ANA e pelo DAEE, tendo sido renovada em 2004 por 10 anos, sendo que expirou em agosto de 2014. No entanto, em função da severa escassez hídrica observada no Sistema Cantareira, a outorga foi prorrogada até o final de outubro de 2015. A Companhia buscará renovar junto à ANA e ao DAEE a outorga na mesma base que vigorou de 2004 até 2014, a qual permitia retirada de 31 m³/s da bacia do PCJ. No entanto, a forte estiagem de 2014, o ano mais seco em 84 anos de registro, trouxe um novo patamar mínimo de chuvas e afluências, o que poderá tornar a discussão ainda mais complexa. Não é possível garantir a renovação da outorga na mesma base, principalmente, porque não se sabe como estas novas mínimas e o consequente esvaziamento do manancial serão considerados na negociação. Os parâmetros técnicos desses registros históricos, que eram utilizados para analisar as retiradas de água dos reservatórios, e consequentemente a outorga, poderão ser discutidos a partir dessa nova realidade e, por outro lado, não há como prever se a crise se manterá, se aprofundará ou será superada no futuro imediato. Gestão de Riscos As atividades de gestão de riscos na Sabesp obedecem a padrões internacionais e norma técnica brasileira, especificamente o COSO 2013 ‐ Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission e ABN NBR ISO 31.000 – Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes. Todos os trabalhos também estão alinhados ao Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, do IBGC ‐ Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, ao planejamento estratégico da Companhia, seus processos e à cultura organizacional. Além do risco associado à crise hídrica, estamos sujeitos a outros descritos no item 4.1 do nosso Formulário de Referência1, sendo que as ações mitigatórias são estabelecidas por planos de ação, com monitoramento contínuo. Processos Judiciais No curso regular das suas atividades, a Sabesp é parte em alguns processos judiciais, envolvendo questões de natureza cível, ambiental, trabalhista e fiscal, entre outros. Vários litígios individuais somados respondem por uma parte significativa do valor total de processos judiciais. Em nossas demonstrações financeiras constam processos classificados como de perda possível e provável, sendo provisionado somente os de perda provável. Os processos relevantes estão descritos na Nota Explicativa 19 das nossas demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual. 1 O Formulário de Referência pode ser acessado no website da Companhia em www.sabesp.com.br/investidores, seção Informações Financeiras e Operacionais – Formulário de Referência e IAN F-14 Relatório da Administração 2014 Gestão tecnológica: SIIS A Companhia está empenhada no aprimoramento da eficiência dos processos internos com a implantação do SIIS (Sistema Integrado de Informações Sabesp). O sistema é viabilizado a partir da tecnologia ERP ‐ Enterprise Resource Planning (sistema integrado de informações empresariais), composto pelo software da SAP e por um software comercial e de relacionamento com os clientes, da empresa Engineering. A previsão inicial era que SIIS estaria em operação em meados de 2014 com a implantação dos módulos do SAP. Entretanto durante os testes ficou claro que algumas funcionalidades fundamentais deveriam ser refeitas e exaustivamente testadas antes de serem implantadas. Por isso as atividades foram replanejadas, considerando, inclusive, a quantidade de profissionais alocados ao projeto. A equipe com aproximadamente 150 profissionais da Sabesp e outros 150 profissionais do Consórcio contratado continua trabalhando para que seja possível implantar os módulos do SAP ainda em 2015, e o novo sistema comercial em meados de 2016. A tecnologia oferece maior confiabilidade e assertividade para a tomada de decisões, tanto nas áreas financeiras e comerciais quanto no âmbito da governança corporativa. Isso será possível a partir da disponibilização de informações integradas, consolidadas e em tempo real. Outra vantagem competitiva está na mudança da cultura organizacional, a ser incorporada pelo conjunto de colaboradores, devido à necessidade de mudança nos atuais processos, para adotar as melhores práticas de mercado. ESTRATÉGIA E VISÃO DE FUTURO A universalização dos serviços na área operada permanece como horizonte a ser perseguido, alavancada pela execução de programas estruturantes e um grande volume de investimentos2. Saúde financeira, eficiência operacional, valorização da força de trabalho são alguns dos pilares que suportam nossa estratégia. O planejamento resultante desta estratégia foi concebido para a continuidade do serviço de abastecimento das regiões atendidas pela Companhia. Entre 1995 e 2014 a Sabesp investiu R$ 10,9 bilhões na RMSP com o propósito de aumentar a disponibilidade dos mananciais, a capacidade de produção e de transporte da água tratada, a integração entre os sistemas produtores e a rede de distribuição. Nesse período, a produção aumentou de 57 m³/s para mais de 73 m³/s. 2 Segundo dados do Sistema Nacional de Informação em Saneamento (SNIS) 2013, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, a Sabesp é responsável por cerca de 30% dos investimentos realizados em saneamento no Brasil. F-15 Relatório da Administração 2014 O planejamento e implantação dos nossos sistemas produtores da Região Metropolitana de São Paulo foram concebidos considerando as disponibilidades hídricas referenciadas às vazões médias das séries históricas dos últimos 84 anos, sendo que o biênio 1953/1954 era apontado, até então, como o período mais crítico registrado na Região Metropolitana de São Paulo. Entretanto, a situação vivenciada entre o final de 2013 e início de 2015 colocou praticamente todos os mananciais da RMSP em declínio significativo de suas disponibilidades hídricas, muito abaixo do patamar mínimo estabelecido em suas concepções. Para enfrentar esta situação, a Sabesp adotou uma série de medidas que permitiram a redução da dependência do Sistema Cantareira (maior sistema da RMSP e principal manancial afetado pela crise) e o consequente melhor aproveitamento da reserva disponível nos mananciais dos demais sistemas produtores de água da RMSP. Estas medidas permitiram reduzir à metade a vazão média retirada do Cantareira. Para saber mais sobre as ações adotadas, consulte o capítulo “Enfrentando a Crise Hídrica”. Com o objetivo de garantir uma oferta contínua dos serviços, a Companhia implantará ações de médio e curto prazo para aumentar a disponibilidade hídrica em 30% até o final da década. As Parcerias Público‐Privadas (PPPs) e a instalação de novas unidades por meio da locação de ativos são modalidades de parcerias já adotadas e podem ser ampliadas com o objetivo de reduzir o tempo na execução das obras, fortalecer nossa capacidade de investimentos, propiciar agilidade de resposta na implantação de infraestrutura, especialmente frente à crise, e proporcionar a troca de tecnologia e conhecimento entre os envolvidos. Balanço de Metas O ano de 2014 apresentou desafios importantes para a Companhia. Ainda assim, mantivemos a trajetória de ampliação dos serviços realizando 231,5 mil novas ligações de água e 244,3 mil novas ligações de esgoto. Ao final de 2014 o Índice de Tratamento do Esgoto Coletado foi 77%, mesmo patamar de 2012, e leve recuo em relação ao alcançado em 2013. Este desempenho, aquém do esperado, é decorrência da escassez hídrica, que levou a um menor consumo de água e consequentemente menor geração de volume de esgoto coletado e tratado, especialmente nas áreas atendidas, com tratamento de esgoto. O índice de perdas de faturamento de água apresentou uma redução e encerrou o ano em 21,3%, resultado que reflete os esforços do Programa Corporativo de Redução de Perdas, que contempla ações voltadas para manutenção de rede (reparos de vazamentos em redes, inspeção de ligações irregulares e inativas), a renovação de ativos (substituição de redes, ramais e hidrômetros), além da gestão de pressões na rede, intensificada para diminuir os efeitos da crise hídrica. F-16 Relatório da Administração 2014 Metas Realizadas 2014 e Metas Previstas 2014‐2020 Realizado 2014 2014 (1) 2015 Metas 2016 2017 2018 2020 Tende à Universalização Abastecimento de Água 85 Coleta de Esgoto (%) 85 86 88 89 90 95 78 81 86 88 90 95 180 177 172 164 164 316(2) 235 242 242 242 237 474 24,0 22,6 21,7 20,7 19,8 18,1 Tratamento de Esgoto Coletados (%) 77 231 Novas Ligações de Água (mil) (3) Novas Ligações de Esgoto (mil) 244 (2) Perdas de Faturamento de Água (%) (4) 21,3 (1) 99% ou mais (2) Meta acumulada 2019/2020 (3) Ligações totais de esgoto, incluem as realizadas no escopo do programa Se Liga na Rede (4) Resultado influenciado pela “gestão de pressões”, cujo efeito deve ser anulado quando a operação se normalizar. Nos mesmos moldes do ano anterior, o Programa de Participação nos Resultados da Companhia utilizou alguns indicadores de metas, juntamente com indicadores econômico‐financeiro e de satisfação do cliente. O programa segue as orientações do Decreto 59.598. de 16/10/2013, e regula a concessão de bônus salariais vinculados ao desempenho em relação às metas estabelecidas. A Companhia atingiu plenamente três das sete metas, conforme tabela a seguir: Programa de Participação nos Resultados 2014 Indicadores Unidade (1) Margem EBITDA Ajustada Índice de satisfação do cliente Número de novas ligações de água Número de novas ligações de esgoto (convencionais) Número de novas ligações de esgoto (Se Liga na Rede) Índice de perdas de faturamento de água Índice de tratamento dos esgotos coletados % % mil un mil un mil un % % Meta 34,0 85 180,0 215,4 19,6 24,0 78 Realizado 26,0 80 231,5 238,1 6,2 21,3(2) 77 (1) O EBITDA Ajustado corresponde ao lucro líquido antes: (i) das despesas de depreciação e amortização; (ii) do imposto de renda e contribuição social (tributos federais sobre a renda); (iii) do resultado financeiro e (iv) outras despesas operacionais líquidas. (2) Resultado influenciado pela “gestão de pressões”, cujo efeito deve ser anulado quando a operação se normalizar. A grave estiagem que tem atingido nossa região de operação desde final de 2013 nos levou a estimular nossos clientes a reduzir o consumo de água, o que resultou em queda de receitas e, consequentemente, na queda do EBITDA. F-17 Relatório da Administração 2014 Sobre a satisfação do cliente, embora a meta não tenha sido atingida, consideramos o resultado positivo, pois demonstra que em meio à crise hídrica que afeta todo o sudeste brasileiro, o nosso cliente reconhece a dedicação e o empenho do corpo técnico da Sabesp no atendimento às suas demandas. A meta de novas ligações de esgoto no âmbito do programa Se Liga na Rede não foi alcançada. A priorização dos esforços da Companhia na administração da crise hídrica aliada às dificuldades inerentes ao programa, que depende da adesão do cliente e de adaptações hidráulicas dentro das residências, não permitiram o desempenho desejado. ÉTICA E TRANSPARÊNCIA Os valores éticos que orientam a atuação da Sabesp no relacionamento com seus públicos estão explícitos em seu Código de Ética e Conduta. Seu cumprimento é acompanhado pelo Comitê de Ética e Conduta, que conta com ferramentas como o Canal de Denúncias, preparado para acatar também denúncias anônimas, o Procedimento Empresarial de Apuração de Responsabilidades, a Ouvidoria e o Serviço de Informação ao Cidadão. A Ouvidoria da Sabesp é um canal qualificado de relacionamento que, com acompanhamento atento, tem colaborado para a não inclusão da empresa no ranking de reclamações do Procon nos últimos cinco anos. Este resultado que demonstra nosso trabalho cotidiano de atenção ao cliente. Em 2014 foram registradas 108 denúncias, das quais 79% foram apuradas e 21% estão sob averiguação. Do total, 8% são relacionadas a comportamento inapropriado, como assédio, discriminação, perseguição e tratamento injusto. Para o total de denúncias consideradas procedentes, foram aplicadas penalidade a 43 empregados próprios ou terceirizados (8 advertências, 2 suspensões e 33 demissões). Aderente ao princípio da transparência em seus negócios e em atendimento à Lei Federal nº. 12.527/2011 e ao Decreto Estadual nº 58.052/2012, a Sabesp disponibiliza o Serviço de Informação ao Cidadão – SIC, que consiste em um canal de atendimento por meio do qual o cidadão pode ter acesso às informações de órgãos públicos. As informações mínimas sobre a Companhia, exigidas pela referida legislação, estão disponíveis no website da Companhia, em www.sabesp.com.br, no link SIC, localizado no menu superior, assim como o canal para abertura de solicitações de outras informações pelo cidadãos. Além do contato via internet, a Sabesp também coloca à disposição do cidadão o atendimento presencial na Rua Costa Carvalho, 300. Ao longo do ano de 2014, foram atendidas 533 solicitações de informações, todas registradas por telefone e internet. Nesse mesmo período ocorreram 37 interposições de recurso de 1ª instância e 19 de 2ª instância, geradas pelos cidadãos, buscando informações complementares. F-18 Relatório da Administração 2014 Combate à Corrupção Em 29 de janeiro de 2014 entrou em vigor no Brasil a Lei no. 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção, que introduziu o conceito da responsabilidade objetiva para a pessoa jurídica de direito privado no país, responsabilizando as empresas envolvidas em atos de corrupção na esfera administrativa e civil. Além de atender à Lei Anticorrupção brasileira, por ter ações listados na Bolsa de Valores de Nova York, a Sabesp está sujeita às previsões da FCPA – Foreign Corrupt Practices Act, lei semelhante que vigora no território norte‐americano desde 1977. Segundo esta lei, as empresas podem ser responsabilizadas, ainda que os atos de corrupção sejam praticados por agentes comerciais, representantes ou por outrem que atuem em seu nome, tanto nos Estados Unidos como fora daquele país. A Sabesp está comprometida a conduzir seus negócios de maneira legal, ética, transparente e profissional, estendida aos seus colaboradores e aos terceiros que a representam, a obrigação de assimilar, aceitar e executar estas diretrizes. Nosso programa de compliance observa as recomendações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) e do Banco Mundial. Por sermos uma Companhia de economia mista, nosso programa abrange dois cenários distintos, corrupção ativa e corrupção passiva, e está estruturado com base no Comprometimento da Alta Administração, Estruturação Funcional, Valores e Conduta e Canal de Denúncia, Relação com Terceiros, Governança e Controles Internos, Gestão de Riscos, Treinamento e Comunicação. Em 2014, fortalecemos nosso programa de compliance por meio do diagnóstico e do mapeamento de nossas práticas de compliance atuais e, definimos planos de ação para 23 processos considerados materiais com base na análise de riscos de corrupção e fraude corporativas realizadas em 2013. As orientações da Lei passaram a integrar todos os modelos de Editais e Minutas de Contrato Padrões da Companhia, e sua divulgação encontra‐se disponível no website http://sabesp‐info18.sabesp.com.br/forneced.nsf. Além disso, disseminamos a cerca de 1.520 empregados que exercem função de liderança, a conduta ética que esperamos de nossos colaboradores e parceiros, por meio de palestras e treinamentos presenciais e virtuais. F-19 Relatório da Administração 2014 ENFRENTANDO A CRISE HÍDRICA Aos primeiros sinais da estiagem, no início de 2014, a Sabesp colocou em prática ações emergenciais para que fosse mantida a regularidade no abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e em várias regiões atingidas em todo o estado. No interior, municípios que viviam situação de maior gravidade foram socorridos com o remanejamento dos pontos de captação, novas adutoras e o aumento da capacidade de produção de água. Na RMSP, área mais afetada pela seca, a capacidade de integração infraestrutural entre os sistemas produtores e as ações contingenciais empreendidas evitaram a adoção de medidas mais drásticas à população, como o rodizio3. Os esforços estratégicos para preservar o estoque de água resultaram na queda de 30% da retirada de água dos mananciais da Grande São Paulo – reduzida de 71 m3/s em janeiro de 2014 para 50 m3/s em fevereiro de 2015. O Cantareira, sistema mais gravemente impactado, foi o que recebeu maior atenção, sendo que sua contribuição para o abastecimento da metrópole apresentou queda de 56% na retirada de água ‐ de uma média de 31 m³/s em janeiro de 2014 para cerca de 14 m³/s em fevereiro de 2015. Tais números foram alcançados com as seguintes iniciativas: a) Concessão de bonificação a quem reduz o consumo da água e a tarifa de contingência que onera aqueles que desperdiçam. Com campanhas de divulgação e grande veiculação na imprensa, a aceitação foi instantânea. O consumo per capita na RMSP, que era de 163 L/hab/dia em janeiro de 2014 passou a 126 L/hab/dia no final de dezembro. Para saber mais sobre estas iniciativas, consulte a seção Gestão Econômico‐Financeira, deste Relatório. b) Transferência de vazões entre os sistemas produtores da RMSP, que em condições normais, têm a capacidade de produção de 73 m³/s. Pela primeira vez desde o início da sua operação, em 1973, o sistema Cantareira, que abastecia aproximadamente 8,8 milhões de pessoas antes da crise, deixou de ser o maior produtor de água de São Paulo, posto que desde fevereiro de 2015 pertence ao sistema Guarapiranga, que chegou a atender 5,8 milhões de pessoas nas regiões sul e oeste da capital, ante 3,9 milhões pessoas que atendia antes da crise. Apesar da infraestrutura instalada, as manobras setoriais para substituição dos sistemas demandaram uma série de readequações estruturais em sistemas hidráulicos, boosters, estações elevatórias, entre outras intervenções de urgência. c) Utilização de reservas técnicas de água, ou seja, da água que fica abaixo do nível de captação por gravidade. Como as simulações realizadas no verão de 2014 indicavam a perspectiva de esgotamento do volume útil do sistema Cantareira antes do início do verão 2014/2015, a Sabesp obteve autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo) para utilizar, pela primeira vez, parte da água da reserva técnica do sistema Cantareira. Foi necessária a construção emergencial de barragens, canais, instalações de tubulações e um conjunto de 17 bombas flutuantes. Executadas em menos de dois meses e finalizadas em maio de 2014, as intervenções permitiram a captação de 182,7 bilhões de litros de 3 Uma situação de rodizio é configurada quando são feitas alternadamente interrupções programadas do abastecimento de água de diferentes regiões (setores) de uma cidade por períodos determinados em horas ou dias. F-20 Relatório da Administração 2014 água. No final de outubro de 2014, foi necessária a utilização de uma segunda cota da reserva técnica que acrescentou mais 105,0 bilhões de litros ao sistema. A reserva técnica possui a mesma qualidade4 da água do volume útil do sistema. d) Redução do volume de água fornecida por atacado ao municípios atendidos pelo Sistema Cantareira, possibilitando redução de quase 2 m3/s. e) Intensificação das ações de redução das perdas de água. Apesar de ter ficado sob os holofotes em 2014, o controle de perdas é parte permanente dos esforços para a gestão eficiente da água. A redução da pressão na rede com a instalação de válvulas redutoras de pressão (VRPs), utilizadas pela Companhia desde 1997, foi intensificada, os mutirões caça‐vazamentos para contenção de avarias e desperdícios nas tubulações foram ampliados, derrubando o tempo médio de conserto de 60 horas para 17 horas. Para os vazamentosnão visíveis, cabe destacar que a Sabesp dispõe de sistema de geofonamento, tecnologia para a detecção de vazamento por meio de auscultação do solo com um pequeno sensor. Esta tecnologia está sendo aprimorada com a adaptação de um smartphone ao aparelho, conectando o trabalho de rua a uma central de dados, o que permitirá mais rapidez e assertividade no conserto, além da classificação dos diferentes perfis de vazamentos. O invento, ainda em fase de pesquisa, é fruto de parceria entre o Departamento de Execução de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Sabesp e o professor Linilson Padovese (USP) e tem apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O aparelho deve estar em funcionamento nas operações em cerca de três anos. Comparando a produção de fevereiro de 2014 com fevereiro de 2015, a retirada de água do Cantareira teve uma redução de 56%, o que significa uma economia de 17,74 m³/s no mês – volume suficiente para abastecer aproximadamente 7,1 milhões de pessoas durante o mês. Se forem considerados todos os sistemas que atendem a RMSP, a economia no mesmo período chegou a 21,4 m³/s, volume capaz de atender 8,6 milhões de habitantes, uma população maior que a da cidade do Rio de Janeiro5. Os novos índices de pluviometria e vazão afluente observados recentemente nos sistemas, antes baseados nos números do biênio 1953‐1954, trouxeram novos parâmetros de avaliação de riscos hidrológicos. Este novo cenário impacta diretamente na concepção de projetos e antecipa obras já planejadas no Plano da Macrometrópole Paulista para a expansão da infraestrutura de abastecimento. Diante deste novo cenário que se configura, o enfrentamento da crise passa pelo reposicionamento dos investimentos e por um conjunto de ações para aumentar a disponibilidade de água e a integração entre sistemas produtores, ampliando em 30% a oferta hídrica na RMSP até o final da década. Ele está dividido em três fases. A primeira integra medidas de curto prazo, com previsão de execução e funcionamento ao longo de 2015. Entre elas destacamos: a transferência de 0,5 m³/s do 4 A água fornecida pela Sabesp respeita a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, e é analisada nos laboratórios da Companhia, que seguem as normas NBR ISO/IEC-17025 e são certificados pelo Inmetro. São mais de 700 mil ensaios laboratoriais realizados anualmente pelos 15 laboratórios de controle da qualidade regionais, com amostras coletadas em diversos pontos da rede de distribuição. 5 Considerando 1 m³/s como consumo suficiente para atendimento de 400 mil pessoas. F-21 Relatório da Administração 2014 rio Guaratuba ao Sistema Alto Tietê, em funcionamento desde fevereiro de 2015, a interligação que possibilitará a transferência de 4 m³/s da Billings para o Sistema Alto Tietê, o aumento da transferência da Billings para o Guarapiranga em mais 1m³/s e a ampliação da ETA ABV em 1 m³/s. No final de janeiro de 2015, foi lançado o edital para a pré‐qualificação das empresas interessadas na licitação das obras da interligação entre as represas Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (bacia do Sistema Cantareira). Houve recurso junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que recebeu provimento parcial levando à republicação em 21 de março de 2015. Trata‐se de uma obra de grande porte, com vazão média prevista de 5,13 m³/s e máxima de 8,5 m³/s, que deve entrar em funcionamento no segundo semestre de 2016, reforçando o Sistema Cantareira. Na perspectiva de médio prazo, mais fontes devem ser incorporadas ao sistema integrado. O sistema Produtor São Lourenço (SPSL), cujas obras foram iniciadas em abril de 2014, é uma das principais. Com previsão para entrar em operação no final de 2017, ele permitirá a transferência de mais 4,7 m³/s (com capacidade máxima de 6,2 m³/s). O montante total estimado para este projeto é de R$6,0 bilhões, incluindo R$ 2,2 bilhões destinados à construção por meio de uma Parceria Público‐Privada com a empresa Sistema Produtor São Lourenço S.A e R$3,8 bilhões para 21 anos de operações e manutenção dos serviços da planta. Ainda no médio prazo, está em estudo a construção de duas estações de produção de água de reúso (EPARs), uma na Marginal Pinheiros (2m³/s) e outra em Barueri (1 m³/s). Nas EPARs o esgoto coletado é tratado, até se transformar em água de reuso, com qualidade próxima a da água potável, que depois é conduzida até as represas Guarapiranga e Isolina (Sistema Alto Cotia), respectivamente, onde será tratada e transformada em potável novamente. Para chegar a esse resultado, a estação de produção de água de reuso será equipadas com reatores biológicos de membranas, que fazem ultrafiltração e têm capacidade para remover partículas sólidas com tamanho correspondente a um diâmetro mil vezes menor que um fio de cabelo. Depois das membranas, poderá ser empregado o processo de osmose e eventualmente processos oxidativos. Como última etapa, a água será submetida a um processo de desinfecção final, para eliminar patógenos, como bactérias e vírus. O estudo das EPARs compreende ainda a comparação com alternativas de captação em novos mananciais, próximos da RMSP, com disponibilidade de água de boa qualidade. Programa Metropolitano de Água O Programa Metropolitano de Água (PMA), implantado na década de 90, trouxe regularidade para o abastecimento de água na RMSP até a crise hídrica iniciada em 2013. Concluída em 2000, a primeira fase do PMA acabou com os rodízios e ampliou a capacidade de todo o sistema com uma maior oferta de água bruta, aumento das estruturas de reservação, renovação e ampliação da capacidade de transporte (adução) e produção de água tratada. Entre 2006 e 2014, a segunda fase do programa F-22 Relatório da Administração 2014 demandou investimentos de R$1,9 bilhão, incluindo recursos próprios e financiamentos da CEF, BNDES e recursos de parceria público‐privada contratada ampliar em 5 m³/s a capacidade de produção no sistema Alto Tietê. Somente em 2014, foram investidos R$349 milhões no programa, registrando aumento de 173% em relação a 2013, em função de alterações na estratégia da Companhia com a antecipação de obras e ações emergenciais que estão sendo executadas para enfrentamento da crise hídrica. Proteção dos Mananciais A maior necessidade de contribuição dos mananciais para o abastecimento da RMSP tornam ainda mais urgente ações de recuperação ambiental dessas fontes, com atuação, sobretudo, do poder executivo municipal, que tem a prerrogativa de promover a regularização fundiária de regiões já ocupadas e impedir o assentamento irregular nos arredores de mananciais, áreas consideradas de preservação ambiental. O programa Mananciais, implantado em 2008 em parceria com a prefeitura da Capital tem como foco a melhoria e preservação das reservas de água na RMSP e o desenvolvimento urbano da região, especialmente as Represas de Guarapiranga e represa Billings. A maior parte dos recursos será investida na criação de infraestrutura para coleta de esgoto na região. Este Programa prevê intervenções para melhoria de loteamentos precários e conjuntos habitacionais em áreas das sub‐ bacias Guarapiranga e Billings. Dos US$ 100 milhões a serem investidos pela Sabesp, nesse projeto, até agora foram executados aproximadamente R$ 147,4 milhões, dos quais R$ 30,4 milhões em 2014. As ações serão feitas com recursos da União, Estado de São Paulo, municípios, Banco Mundial e SABESP. Paralelamente, a represa Billings conta ainda com o programa Pró‐Billings, cujas obras do sistema de esgotamento sanitário atenderão à população com coletores‐tronco, estações elevatórias de esgotos, redes coletoras e ligações domiciliares, levando os esgotos para tratamento na ETE ABC, com previsão de conclusão para este programa até o final de 2018. O Nossa Guarapiranga é uma terceira iniciativa dentro das ações pela recuperação dos mananciais metropolitanos. Iniciado no final de 2011, o programa conta com dez botes coletores e 11 ecobarreiras (estruturas com boias e telas metálicas submersas instaladas na desembocadura dos afluentes da represa, que fazem a retirada de lixos que chegam por esses canais). São retirados desde sofás, recipientes plásticos, televisores e carcaças de veículos, até os mais variados tipos de dejetos que contaminam a água e causam transtornos às operações de captação e tratamento. Entre dezembro de 2011 e outubro de 2014 foram retirados mais de 9 mil m3 de lixo. Além disso, desde julho de 2012, estamos desenvolvendo diagnósticos, controle e retirada de plantas aquáticas, as macrófitas, que obstruem a captação de água na represa. Este serviço conta com dois barcos especialmente equipados para essa F-23 Relatório da Administração 2014 operação. Até o final de 2014, R$ 15,1 milhões já foram destinados ao programa, devendo atingir R$ 17,9 milhões até o final de 2016. É importante destacar que, a tarefa de recuperar e preservar os mananciais urbanos em uma região conurbada como a Grande São Paulo é uma missão coletiva. A participação das companhias de saneamento de todos os municípios com a expansão do sistema de coleta e tratamento de esgotos, a fiscalização contra ocupações irregulares, a varrição urbana apropriada e a conscientização dos cidadãos pelo descarte correto de resíduos são medidas fundamentais para que se avance na preservação dessas importantes fontes de água em um ambiente de escassez hídrica. Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água O Programa Corporativo de Redução de Perdas se divide em duas frentes. A primeira está direcionada ao combate das perdas físicas ou reais, que são causadas por vazamentos nas redes de distribuição. O combate às perdas não físicas ou aparentes (comerciais) ‐ composta de água que é furtada das redes por meio dos "gatos" e fraudes ou imprecisão na medição dos hidrômetros ‐ constitui a outra frente de atuação. Nos doze anos previstos de atividade do programa (2009‐2020), os investimentos deverão somar R$ 5,1 bilhões, cuja fonte serão por meio de recursos próprios e financiamentos contraídos junto a Japan International Cooperation Agency (JICA), Caixa Econômica Federal e BNDES. Até o momento foram investidos R$ 2,6 bilhões, dos quais R$ 541 milhões somente em 2014. Atualmente o índice de perdas micromedido é de 29,8% (18,8% físicas e 11,0% comerciais), uma queda de 1,4 pontos percentuais em relação a 2013, sendo que em alguns estados brasileiros o índice é superior a 50%. Até o final da década, a Sabesp pretende atingir índice de 25,9% de perdas da micromedição, sendo deste total 16,8% de perdas físicas. Estas metas estão em revisão, em função da restrição orçamentária que o Programa sofreu, resultado da atual crise hídrica. Em relação à 2014, é importante frisar que a redução do índice foi influenciada pela intensificação da gestão de pressões nas redes. Embora esta prática tenha efeito direto na queda dos indicadores de perdas, não devem ser interpretados como decorrentes somente de ações de combate às perdas, mas também como resultado de uma situação de operação atípica e temporária. Abastecimento no litoral O abastecimento dos nove municípios da Baixada Santista é uma tarefa complexa e desafiadora. Considerada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a 15ª maior região metropolitana do país em número de habitantes – cerca de 1,8 milhão em 2014, sua população chega a dobrar na alta temporada. É nesta época que também são registrados altos picos de temperatura e o consequente aumento do consumo per capita de água, sobrecarregando o sistema de abastecimento. F-24 Relatório da Administração 2014 A necessidade de garantir segurança hídrica à região demandou a construção de um sistema integrado de captação, tratamento e distribuição de água que, assim como ocorre na grande São Paulo, tem a função de dar flexibilidade ao o abastecimento. O sistema integrado possibilita transferência de vazões de regiões com maior disponibilidade hídrica para regiões de maior demanda, compensando a limitação do volume disponível para captação de água na Serra do Mar. Com a entrada em operação no final de 2013 das estações Mambu‐Branco em Itanhaém e Jurubatuba no Guarujá, fornecendo juntas 3,6 m³/s de água tratada, a Baixada Santista conta atualmente com 15 ETAs. Após tratamento, a água é enviada aos 50 centros de reservação com capacidade total de 320 mil m³ e então distribuída estrategicamente entre as nove cidades. Em 2014 foram executados 1,3 km de adutoras de água tratada e a reservação foi ampliada em 17,3 mil m³ com a entrega de dois reservatórios, um em Vicente de Carvalho e outro em Bertioga. Além disso, foi iniciada a execução do reservatório de 25 mil m³ em Praia Grande. Também foram entregues duas estações: ETA Itu, em São Vicente e ETA Bertioga. Juntas, as estações demandaram investimentos de R$16,1 milhões e agregaram 380 l/s de água tratada ao litoral sul. Todas essas ações integram o programa Água no Litoral, que prevê R$ 1,1 bilhão em investimentos até o término da primeira fase do programa financiados com recursos próprios e da Caixa Econômica Federal. Desse montante, já foram aportados R$ 934 milhões, sendo R$ 76 milhões em 2014, incluindo investimentos executados no litoral Norte em melhorias no sistema e na construção em andamento de estações de tratamento em Ubatuba e Caraguatatuba com capacidade de tratamento de 150 l/s cada. A segunda fase do Água no Litoral está em fase de planejamento. Ações no interior A Sabesp opera em 310 municípios no interior do estado, onde os serviços de abastecimento de água são considerados universalizados. No entanto, a estiagem vivenciada em 2014 também afetou diversas regiões, secando rios e esvaziando reservatórios, o que demandou ações emergenciais para a manutenção da regularidade do abastecimento de 1,2 milhões de pessoas. Foram construídas 55 captações emergenciais em 26 municípios cuja situação era de maior gravidade. A um custo de aproximadamente R$21 milhões, tais ações também demandaram o assentamento de mais de 100 quilômetros de adutoras e resultaram na ampliação da capacidade de produção a partir de novos pontos de captação em mais de 1,8 m³/s, o que afastou a possibilidade racionamento de água nesses municípios. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, até os meses finais de 2014, 45 municípios do estado de São Paulo decretaram racionamento, nenhum deles operado pela Sabesp. No ano de 2014 foram concluídas 9 ETAs e 36 poços, disponibilizando 794 l/s a mais aos sistemas de abastecimentos de 33 cidades do Estado. Outra ação importante foi a construção de 44 reservatórios com capacidade total de 42,7 mil m³. Tais ações contribuíram para suprir situações de crise hídrica juntamente à demanda proveniente do crescimento populacional desses municípios, mantendo F-25 Relatório da Administração 2014 universalizado o abastecimento em todas as sedes operadas pela Sabesp. Para 2015,estão em construção oito ETAs (interior e litoral), que ampliarão a produção em 1,7 m³/s, o suficiente para o abastecimento de uma população de 680 mil pessoas. Ainda no interior, a Sabesp desenvolve ações com o objetivo de levar o acesso à água e esgotamento sanitário a comunidades isoladas e de baixa‐renda. Trata‐se do programa Água É Vida. Criado em novembro de 2011, atua nas regiões do Alto Paranapanema e Vale do Ribeira por serem áreas de grande contingente populacional no meio rural e apresentarem os piores índices de desenvolvimento humano do estado de São Paulo. Nesta tarefa, a Sabesp é responsável pelo abastecimento de água e oferta de suporte técnico aos municípios que, a partir de financiamento estadual, são incumbidos da instalação de Unidades Sanitárias Individuais (USIs). São equipamentos com a tecnologia mais adequada a regiões que, em razão do isolamento, não apresentam condições para receber a infraestrutura tradicional de saneamento básico. A meta inicial era atender 81 comunidades, beneficiando mais de 15 mil pessoas. Em 31 de dezembro de 2014 haviam sido concluídas obras em 11 comunidades e em outras 14 estavam em progresso. No total, foram executados 78 quilômetros de redes e dutos, além de 24 novos poços, já em funcionamento. Grande parte deste trabalho foi executada por mão de obra própria. Em relação ao suprimento de água, a Sabesp investiu R$7,4 milhões de um total de R$12,5 milhões previstos até 2015. O escopo e as metas deste programa estão sendo revistas, levando‐se em conta as medidas e consequências da seca que atingiu a região sudeste do Brasil durante 2014 e provocou uma continua redução da receita da Companhia.Os investimentos tiveram que ser direcionados para a ampliação da disponibilidade de água na Região Metropolitana de São Paulo e regiões com risco de abastecimento no interior e litoral. Uso consciente e sustentável da água Assim como o programa de redução de perdas, o desenvolvimento de ações direcionadas ao uso eficiente e responsável da água há décadas integram as diretrizes de gestão sustentável da Sabesp. A crise hídrica veio reforçar a importância dessas iniciativas. Um dos exemplos de destaque é o PURA (Programa de Uso Racional da Água), que reúne campanhas educativas em prédios públicos, com orientações práticas a funcionários para a redução do consumo da água. Paralelamente, são implantadas medidas estruturais tais como temporizadores, arejadores de saída d'água, troca de tubulações e encanamentos antigos e construção de reservatórios para captação e reaproveitamento da água da chuva. Iniciado em 1996, o programa já foi implantado em 6.604 mil imóveis em todo o Estado por meio de parceria com entidades públicas, estaduais e municipais. As escolas participantes que conseguirem reduzir o consumo de água em pelo menos 10% ganham desconto de 25% na conta. F-26 Relatório da Administração 2014 Adotada pelos mais avançados sistemas mundiais, a tecnologia de reúso está entre as mais eficientes iniciativas para o consumo sustentável da água. Neste sentido, desde 2012, a Sabesp, em parceria com a Odebrecht Ambiental, opera o Aquapolo Ambiental, o maior empreendimento para a produção de água de reúso industrial na América do Sul e quinto maior do mundo. O Aquapolo está localizado junto à Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) ABC, na divisa entre São Paulo e São Caetano do Sul. São aproximadamente 900 mil m³ por mês destinados a grandes empresas do Polo Petroquímico de Capuava, utilizados na lavagem de máquinas e galpões, esfriamento de caldeiras, geração de energia, dentre outros usos. A expectativa é que o Aquapolo alcance o pico de sua produção de 1 m³/s nos próximos anos. Além do Aquapolo, a Sabesp produz água de reúso em outras ETEs da RMSP, sendo estes destinados ao uso urbano, como lavagem de ruas, desobstrução de redes de esgotos, rega de jardins, assentamento de pó em canteiros de obra, entre outros. Em 2014 foram produzidos 5 mil m³para esses fins, com qualidade assegurada pelo sistema de gestão ISO 9001:2000. F-27 Relatório da Administração 2014 ESGOTAMENTO SANITÁRIO A CAMINHO DA UNIVERSALIZAÇÃO Expandir a infraestrutura de saneamento significa reduzir a mortalidade infantil, as internações por doenças de veiculação hídrica, a despoluição dos rios e mananciais, proporcionar mais empregos e valorizar os setores do turismo e imobiliário. Ou seja, saneamento é sinônimo de prosperidade, saúde, qualidade de vida e desenvolvimento. Segundo a World Water Development Report 2014, pesquisa realizada pela UNESCO, estima‐se que mais de 80% da água usada no mundo – e mais de 90% nos países em desenvolvimento – não é coletada e nem tratada. E mais: 36% da população mundial, cerca de 2,5 bilhões de pessoas, vivem sem saneamento adequado, o que é a provável causa da morte de mais de 1,5 milhão de crianças com menos 5 anos no mundo todos os anos. Em São Paulo, a expansão da coleta e tratamento de esgoto nos municípios atendidos pela Sabesp atingiu em 2014 índices de 85% de coleta e 77% de tratamento do esgoto coletada. A Sabesp atende atualmente 22,3 milhões de pessoas com a coleta de esgotos. Embora 2014 tenha sido um ano de esforços redobrados para a manutenção do abastecimento de água, as ações para expansão da coleta e tratamento de esgotos registraram resultados significativos. Ao longo do ano foram entregues novas estações de tratamento e executadas 244.280 novas conexões em todo o Estado, maior número de ligações desde 2011 – segundo maior valor nos últimos 16 anos. Universalização no interior Diante do agravamento da crise hídrica, desencadeada pela longa estiagem, a Sabesp, teve a necessidade de realocar recursos de forma a possibilitar a execução de obras nos sistemas de produção de água em munícipios que mais sofreram com a estiagem, o que provocou atraso em algumas obras de esgoto. Entre as principais ações realizadas em 2014 estão a entrega de 16 novas ETEs, a ampliação de uma unidade. Esse conjunto de obras aumentou a capacidade de tratamento em 1,9 m³/s, beneficiando 700 mil pessoas em 16 municípios. As intervenções para a universalização do saneamento no interior demandaram investimento de R$ 153,2 milhões ao longo do ano. Atualmente, a Sabesp conta com 524 estações em operação em todo o Estado. Em 2015 já estão em construção 27 novas ETEs em 25 municípios. Com isso, a vazão de tratamento será ampliada em aproximadamente 800 l/s, beneficiando diretamente mais de 300 mil pessoas. Paralelamente à oferta de mais saúde, conforto e qualidade de vida ao cidadão atendido, a expansão da infraestrutura sanitária tem reflexos diretos no meio‐ambiente, na forma de melhorias dos recursos hídricos. O resultado da expansão da infraestrutura já reflete na melhora de importantes rios, a exemplo das ETEs Pararangaba, Lavapés, Lavrinhas e Queluz que influenciaram na melhora do F-28 Relatório da Administração 2014 Paraíba do Sul e consequentemente da água que vai para o rio Guandú, sendo captada para o abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. Outro exemplo está na melhora do rio Jundiaí, que durante mais de 30 anos não pôde ser utilizado para abastecimento público e agora, após conclusão, em 2013, da ETE Campo Limpo e Várzea, e a entrada em operação, em 2014, da ETE Itupeva foi reclassificado para Classe 3, enquadramento que permite o consumo humano após tratamento convencional. Agora passará a fornecer água para cerca de 250 mil pessoas dos municípios de Itupeva e Indaiatuba, municípios situados na região de menor disponibilidade hídrica do estado, apenas 104 m³ por habitante por ano. Além disso, conjuntamente com o rio Sorocaba ‐ que foi beneficiado com as ETEs Pau D`alho em Boituva e Bairro do Porto em Capela do Alto – contribui para a redução da mancha de poluição do Tietê, o rio mais extenso do Estado. Entretanto, faz‐se necessário notar que a poluição dos corpos hídricos também se origina do processo industrial, do lixo descartado no solo que acaba carregado pelas chuvas para dentro dos rios (poluição difusa), do uso e ocupação desordenados do solo e lançamento clandestino de esgotos em água pluvial. Sendo assim, é imprescindível a participação da sociedade na conscientização pela destinação correta do lixo e conexão das residências à rede de esgoto, bem como do poder executivo local na limpeza das cidades e fiscalização de irregularidades. Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) Ocupações irregulares e desordenadas, descarga clandestina de esgotos, degradação ambiental de áreas de preservação, fiscalização deficitária do poder executivo e elevada concentração populacional fazem da RMSP uma área de alta complexidade para expansão do atendimento sanitário. O combate a esta soma negativa de fatores, visualmente representada na alta carga de poluição dos principais rios que cruzam a metrópole, está em iniciativas de grande porte, a exemplo do Projeto Tietê, o maior programa de saneamento ambiental do país. Implantado em 1992, o projeto reúne ações em 27 municípios da Grande São Paulo. Atualmente está em sua terceira fase cujo objetivo é ampliar o índice de coleta de efluentes dos atuais 84% para 87% e os níveis de tratamento do esgoto coletado de 68% para 84% na RMSP. Esta etapa demanda investimentos totais da ordem de US$2 bilhões com financiamentos contraídos via Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), BNDES e Caixa Econômica Federal. Deste montante, R$1,55 bilhão já foram executados, sendo R$ 497 milhões em 2014. Iniciada em 2010, cerca de 39% das obras programadas para esta fase já foram concluídas, 36% estão em execução e 25% em processo de licitação. Quando finalizadas, irão beneficiar mais 1,5 milhão de pessoas com coleta e 3 milhões de moradores da metrópole passarão a ter o esgoto tratado. A etapa atual complementa as ações empreendidas na primeira e segunda fases, realizadas entre os anos de 1990 e 2010, quando a construção de grandes estações de esgoto, instalação de emissário, F-29 Relatório da Administração 2014 dutos, redes coletoras, interceptores e ligações às redes disponibilizaram a coleta a 15,8 milhões de pessoas e o tratamento da carga coletada a mais de 8,5 milhões de habitantes da RMSP. A Sabesp está estruturando a quarta e última fase a qual tem investimentos estimados em US$2 bilhões. Contemplará obras de grande complexidade na região central da Capital paulista e a expansão de redes para áreas regularizadas mais periféricas e carentes da região metropolitana. No entanto, em função da crise hídrica e da necessidade de priorizar investimentos em água, o planejamento previsto para este projeto está em revisão. Além de um ambiente mais saudável, as ações refletem diretamente em benefício ambiental. O maior exemplo é a redução da mancha do rio Tietê, que, já recuou 230 quilômetros em relação à 1993, quando chegava até reservatório de Barra Bonita, localizada a 530 quilômetros de sua nascente, no município de Salesópolis. Os dados estão no estudo “O Retrato da Qualidade da Água e a evolução parcial dos indicadores de impacto do Projeto Tietê”, divulgado em 2014 pela Fundação SOS Mata Atlântica. Segundo o mesmo relatório, na RMSP, “investimentos em saneamento básico possibilitaram que 18 pontos de coleta distribuídos em córregos e pequenos rios da Capital deixassem uma condição péssima – de rios completamente mortos – e passassem para índices ruins, regulares e bons. Em toda a bacia, a ampliação da rede de coleta e do volume de esgoto tratados têm resultado na melhoria da qualidade da água”. Esses avanços também refletem ações desenvolvidas pelo programa Córrego Limpo, implantado em 2007. Realizado em parceria com o poder executivo municipal, a Sabesp é responsável pela identificação de descargas clandestinas, execução de benfeitorias nos sistemas de esgoto da região do córrego e a limpeza das margens. A prefeitura atua cadastrando as famílias em programas de moradia. Em sete anos, a Sabesp investiu R$144 milhões no programa, resultando na descontaminação de 148 córregos. Aproximadamente 2,2 milhões de pessoas foram diretamente beneficiadas em uma área de aproximadamente 180 km2. Em 2014, a Sabesp destinou R$ 14 milhões para completa descontaminação de dois grandes córregos, beneficiando 320 mil pessoas, além da manutenção dos 146 córregos já despoluídos e ações para iniciar a limpeza de outros 18 corpos d´água. Necessário ressaltar ainda que as ações do Projeto Tietê também contribuem para a queda da carga poluidora desses pequenos rios. Em 2013, com o início da quarta fase do programa, a expectativa era despoluir completa ou parcialmente mais de 20 grandes córregos até o final de 2014, com investimentos estimados em R$100 milhões. Entretanto, em função dos efeitos e as consequências da seca que atinge a região sudeste do Brasil e a dificuldade da prefeitura para remover e realocar as famílias de baixa‐renda, as metas precisaram ser revistas. Em 2014, foi iniciada sua implantação nos municípios de Arujá e um termo de cooperação foi assinado com prefeitura de Ribeirão Pires. Além disso, a viabilidade do programa está sendo analisada pelos municípios de Bragança Paulista, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano, Osasco, Taboão da Serra e Barueri. Até o final da década, a meta é despoluir aproximadamente 200 córregos na RMSP, cobrindo uma área de aproximadamente 250 km2. F-30 Relatório da Administração 2014 Saneamento no litoral O litoral paulista é outra região que está sendo beneficiada com a oferta de mais qualidade de vida, melhoria na balneabilidade de 82 praias, mais saúde e melhores condições para o desenvolvimento do turismo por meio do programa Onda Limpa. Maior intervenção de saneamento ambiental do litoral brasileiro, o programa avança na meta de universalização do atendimento em esgotamento sanitário dos municípios da Baixada Santista e litoral norte. Iniciado em 2007, as obras já demandaram investimentos de R$ 2,1 bilhões entre projetos, gerenciamento e obras de expansão de redes e ligações de esgoto, coletores‐tronco, estações elevatórias e de tratamento. Além de recursos próprios, a Sabesp tem financiamento da JICA, agência japonesa de fomento, e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Somente em 2014 foram investidos R$187 milhões no programa. Na Baixada Santista, o programa se encontra em sua fase complementar, iniciada em novembro de 2013, e que acontece subsequentemente à primeira etapa. A conclusão desta primeira fase (incluindo etapa complementar) , com investimentos totais estimados em R$ 780 milhões, permitirá um salto dos atuais 70% de atendimento para 88% nos índices de atendimento em esgoto na Baixada, com a execução de mais 33 mil conexões. A meta do programa é atingir o índice de 95% e 100%, respectivamente. No litoral norte, as obras iniciadas em 2008, serão responsáveis pelo salto do índice de coleta na região de 36% para 85% no final de 2016, quando terão sido investidos aproximadamente R$510 milhões na região, com recursos próprios e financiamentos com o BNDES e Caixa. Até 2014, o programa já demandou aportes de R$157 milhões, sendo R$12,8 milhões em 2014 na expansão de redes de coleta, ligações, linhas de recalque e estações elevatórias, incluindo a conclusão de duas ETE´s em São Sebastião (Una/Engenho e Baleia/Sahy), Se Liga na Rede Operacionalizado desde janeiro de 2012, o programa tem o objetivo de subsidiar os custos de ligações intradomiciliares de esgoto para famílias de baixa renda. Trata‐se de uma forma de incentivar a interligação de mais pessoas à rede pública de esgoto, com consequente aumento dos volumes encaminhados para tratamento. Os gastos são suportados pelo governo do estado de São Paulo e pela Sabesp, na proporção de 80% e 20%, respectivamente. A Companhia também responde pela execução das obras, que abarcam municípios de toda sua área de atuação – na região metropolitana de São Paulo, no interior e no litoral. Em oito anos, a meta é realizar as adequações intradomiciliares e conectar 192 mil residências de famílias com renda de até três salários mínimos, com investimento total de R$ 349 milhões. Até F-31 Relatório da Administração 2014 dezembro, foram realizadas mais de 21 mil ligações em 110 municípios paulistas, com investimento de R$ 67,6 milhões. Estima‐se que, com as ações do Se Liga na Rede, ao final do programa, 800 mil pessoas serão diretamente contempladas e cerca de 40 milhões de paulistas serão indiretamente beneficiados com rios, córregos e mananciais mais limpos. Destinação de Resíduos A destinação dos resíduos sólidos provenientes dos serviços de saneamento compõe uma complexa equação, composta por variáveis legais, ambientais e operacionais. Neste aspecto, a Sabesp está comprometida na busca de inovação e alternativas tecnológicas que contribuam para minimização da carga de lodo, uso benéfico e disposição final adequada desses resíduos. Do total de R$23,4 milhões investidos em pesquisa nos últimos três anos (R$ 10,7 milhões somente em 2014), parte foi destinada ao desenvolvimento de estudos relacionados à utilização do lodo, desde material de cobertura de aterros sanitários, passando pela compostagem e secagem via radiação solar até seu uso na construção civil. As pesquisas têm parcerias com a Agência Brasileira de Inovação – FINEP e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). No início de 2014, foi protocolado o pedido de registro no Ministério da Agricultura para a destinação de 70 toneladas diárias de lodo produzido na ETE de Lavapés, em São José dos Campos, para o uso agrícola. Em 2013 foi produzida uma quantia a título experimental. A expectativa é obter a autorização em 2015. Na ETE Barueri, a maior estação de tratamento de esgotos da América Latina, o planejamento está direcionado para a instalação de unidades de secagem de lodos e há estudos para o aproveitamento do biogás excedente gerado na digestão do lodo. Com relação ao tratamento de água, foi registrada uma redução de aproximadamente 30% na geração de lodos nos oito sistemas produtores nos últimos cinco anos. Isso foi possível em função da qualidade da água bruta, otimização do processo de tratamento e aplicação de novas tecnologias e produtos. Em paralelo, nos últimos 12 anos, o uso de produtos químicos utilizados no tratamento da água na Grande São Paulo tem sido reduzido gradualmente, com efeitos benéficos sobre o meio ambiente. F-32 Relatório da Administração 2014 GESTÃO ECONÔMICO‐FINANCEIRA Buscar o crescimento com sustentabilidade econômico‐financeira foi um objetivo especialmente desafiador em 2014. A grave seca que tem atingido nossa região de operação desde final de 2013, nos levou a tomar medidas indispensáveis para a superação das adversidades que se apresentam. O estímulo aos clientes para reduzir o consumo de água e as demais medidas que a Companhia tomou para enfrentar a crise hídrica, resultou em queda de receitas e nos obrigou a tomar ações de redução de custos e despesas ainda mais restritivas, além da reprogramação dos nossos investimentos. Com o objetivo de preservar o estoque de recursos hídricos, em fevereiro de 2014, a Companhia implementou um programa de incentivo à redução do consumo baseado em bônus, segundo o qual os clientes atendidos pelo Sistema Cantareira que, com base na média mensal de consumo verificado no período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014, reduzissem o consumo mensal em 20% teriam direito a um desconto de 30% na conta de água e esgoto. Em março, o programa foi ampliado para toda a Região Metropolitana de São Paulo e logo em seguida para a região da bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) localizados na área de influência do Sistema Cantareira. Inicialmente previsto para durar 7 meses, ele deverá continuar em vigor até dezembro de 2015. Para não desestimular a parcela da população que vinha reduzindo o consumo, mas sem alcançar o benefício, em outubro de 2014 criamos novas faixas de bônus, que passaram a oferecer os seguintes descontos: 10% para quem reduzir entre 10% e 15%; 20% para quem reduzir entre 15% e 20%; 30% para quem reduzir em mais de 20%. Em abril de 2014, após muitas discussões com participação pública desde 2011, o processo de Revisão Tarifária da Companhia foi concluído. Nesta data, fomos autorizados a aplicar reposicionamento tarifário de 5,4408%. No entanto, para não prejudicar o estímulo oferecido pelo programa de incentivo à redução do consumo de água, por decisão da Companhia, a implementação do reposicionamento da tarifa somente se efetivou em dezembro de 2014. De forma a compensar o período de postergação, a ARSESP, autorizou aplicar reposicionamento tarifário de 6,4952%. F-33 Relatório da Administração 2014 Apesar dos esforços para redução da demanda de água, em janeiro de 2015 ainda observamos um aumento do consumo de alguns clientes. Assim, para reforçar o estímulo à redução do consumo, a ARSESP aprovou e implementamos a tarifa de contingência, que consiste na cobrança de tarifa adicional na parcela de água da conta dos clientes6 cujo consumo mensal de água exceda a média mensal de consumo verificada no período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014, a mesma utilizada para o programa de incentivo à redução do consumo de água, nas seguintes condições: 40% quando o consumo exceder até 20%; 100% quando o consumo exceder mais de 20%. Os efeitos das medidas adotadas sobre o volume faturado de água é apresentado no item Desempenho Econômico Financeiro deste relatório. Em março de 2015, considerando as condições adversas impostas pela crise hídrica, a Companhia protocolou junto a ARSESP, solicitação de revisão extraordinária, conforme previsto na Nota Técnica Final RTS/01/2012 ‐ Metodologia Detalhada para o Processo de Revisão Tarifária da SABESP – Primeiro Ciclo Tarifário. Adicionalmente, com relação a questões regulatórias, a adaptação dos processos internos para o repasse ao cliente da taxa de regulação e supervisão de 0,5% da receita líquida de COFINS e PASEP obtida com a prestação de serviços nos municípios regulados, foi concluída em 2014, mas sua aplicação somente ocorrerá em momento oportuno. Cabe também informar que ainda se encontra suspenso o repasse do encargo legal7 aos consumidores residentes no município de São Paulo, previsto na legislação municipal, no convênio de cooperação e no contrato de prestação de serviços firmados com o Município de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo, e na forma estabelecida pela Deliberação Arsesp Nº 407/13. Ainda no contexto do combate do efeitos da crise hídrica, adotamos um contingenciamento de R$ 1,1 bilhão no orçamento base caixa de 2014, de forma a reduzir a pressão sobre o caixa nesse período e manter a liquidez da Companhia em nível adequado. Com relação aos investimentos, apesar de alterações nos planos iniciais e reprogramação para o enfrentamento da crise hídrica, conseguimos cumprir o plano de investimento originalmente previsto. Em 2014, investimos R$ 3,2 bilhões, conforme demonstrado no quadro a seguir: 6 Os clientes com contrato de demanda firme, embora não estejam incluído no programa de bônus, estão desobrigados a cumprir o consumo contratado e estão sujeitos à cobrança de tarifa de contingência, caso aumentem o consumo. Estão isentos clientes com consumo de água igual ou menor a 10 metros cúbicos, hospitais, prontos-socorros, casas de saúde, delegacias, presídios e unidades da Fundação CASA 7 Refere‐se ao montante correspondente a 7,5% da receita obtida com a prestação de serviços na capital, líquida de COFINS, PASEP e inadimplência dos próprios do município, que a Sabesp vem transferindo ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura desde a assinatura do contrato com o Município de São Paulo, em junho de 2010, F-34 Relatório da Administração 2014 Histórico de Investimentos O próximo quadro detalha os investimentos realizados em 2014, segregados por segmento e região: (R$ milhões correntes) Água Esgoto Total Região Metropolitana de São Paulo 833,8 1.174,2 2.008,0 Sistemas Regionais (interior e litoral) 472,9 729,7 1.202,6 1.306,7 1.903,9 3.210,6 Total Obs.: Não inclui os compromissos assumidos com os contratos de programa (R$ 115,6 milhões) Para o período de 2015 a 2019, o plano de investimento foi ajustado com o objetivo de aumentar os investimentos em água nos próximos anos, e com isto ampliar a disponibilidade e segurança hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. Entre 2015‐2019, prevemos investir cerca de R$ 13,5 bilhões, conforme quadro a seguir8: 3.500 (R$ milhões) 2.900 3.000 2.500 2.000 437 2.361 256 2.824 2.726 2.707 760 717 1.255 1.427 907 711 563 2017 2018 2019 662 544 587 1.255 1.500 1.000 1.919 1.518 500 ‐ 2015 2016 Água Coleta de Esgoto Tratamento de Esgoto Endividamento A maior parte da dívida da Companhia, cerca de 60%, esta contraída junto a agências oficiais de governos nacionais estrangeiros e organismos multilaterais, e apresentam custos baixos e prazos longos. O restante advém de captação de recursos no mercado de capitais nacional e internacional, preferencialmente para a gestão da dívida. Ao final de 2014, o endividamento total da Companhia era de aproximadamente R$ 10,8 bilhões, sendo que a dívida em moeda estrangeira totalizava 40,3% da dívida total. Do endividamento em moeda estrangeira, a maior parte é contraída junto a organismos de financiamento internacionais e 8 Para mais informações sobre nossos projetos de investimento e obras emergenciais para o enfrentamento da crise hídrica, consulte o capítulo “Enfrentando a Crise Hídrica”. F-35 Relatório da Administração 2014 apresenta prazos longos de vencimento, fluxo de amortização bastante diluído ao longo do tempo e baixas taxas de juros. Em 2014, amortizamos R$ 529,5 milhões de nossa dívida. Entre 2008 e 2013, com a aceleração dos investimentos, o indicador dívida total ajustada pelo EBITDA ajustado, manteve‐se estável em cerca de 2,5 vezes, pois o endividamento total cresceu de maneira consoante com o nível de geração de caixa operacional da Companhia. No entanto, em 2014 o nível de endividamento da Companhia se elevou para 3,64 vezes, devido aos efeitos adversos da crise hídrica, especialmente sobre o EBITDA, e não em função de aumento desproporcional de dívidas. Cabe destacar que temos limites determinados em contratos de dívida, sendo que este indicador não deve ultrapassar 3,65 vezes. A gestão que a Sabesp vem adotando ao longo dos anos tem resultado em um desempenho econômico‐financeiro robusto, o que foi fundamental para absorver os efeitos da crise hídrica no ano de 2014. Este desempenho econômico‐financeiro se refletiu na elevação gradual da classificação de risco de crédito nos últimos anos. No entanto, em função dos impactos financeiros da crise hídrica, houve uma alteração da perspectiva da classificação de neutra para negativa em 2014, conforme o gráfico abaixo: Empréstimos e Financiamentos Em 2014, a Companhia contratou um montante correspondente a aproximadamente R$ 382 milhões necessários aos investimentos previstos para o período de 2015‐2019. Caixa Econômica Federal – CAIXA Em junho de 2014 foram firmados contratos que totalizaram aproximadamente R$ 320,8 milhões. Estas contratações foram objeto das seleções PAC 2012‐2013 e PAC 2013‐2014 efetuadas pelo Ministério das Cidades, sendo destinadas à execução de obras do Projeto Tietê, do Programa F-36 Relatório da Administração 2014 Metropolitano de Água e obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios de Hortolândia e Itatiba. O prazo total é de até 24 anos, com carência de até 4 anos e juros indexados à TR mais 6% ao ano, acrescidos de taxa de administração de 1,4% ao ano e taxa de risco de 0,3% ao ano. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Em junho de 2014, firmamos contrato no valor de aproximadamente R$ 61,1 milhões, destinados a execução de obras do Programa Metropolitano de Água no município de Santana de Parnaíba. Esta contratação foi objeto da seleção PAC 2013‐2014 efetuada pelo Ministério das Cidades. O prazo total é de até 108 meses, com carência de até 36 meses e encargos financeiros de TJLP + 1,76% aa. Adicionalmente, o BNDES subscreveu e integralizou 13 debêntures das 42 previstas para a 3ª Série da 18ª Emissão de Debêntures, no valor total de R$ 35,8 milhões. O restante está previsto para ser subscrito até 2016. Mais informações sobre empréstimos e financiamentos estão disponíveis no Formulário de Referência da Companhia, disponível em www.sabesp.com.br/investidores, menu Informações Financeiras e Operacionais/Formulário de Referência e IAN. Mercado de Capitais Em junho de 2014, a Companhia realizou sua 19ª emissão de debêntures no montante total de R$ 500,0 milhões, em série única e com vencimento em junho de 2017, remunerada a CDI mais uma taxa de juros entre 0,80% e 1,08% ao ano. Os recursos destinaram‐se ao pagamento de compromissos financeiros com vencimento em 2014 e 2015. Mais informações sobre dívidas com o mercado de capitais estão disponíveis no Formulário de Referência da Companhia, disponível em www.sabesp.com.br/investidores, menu Informações Financeiras e Operacionais/Formulário de Referência e IAN. Mercado de Ações Apesar da conclusão do processo de reajuste tarifário em abril de 2014, muito aguardada pelo mercado, as ações da Sabesp ao longo do ano refletiram a imprevisibilidade dos efeitos da forte estiagem que tem atingido a área de atuação da Companhia desde o final de 2013. Assim, as ações e os ADRs apresentaram desvalorização, de 35,7% e 44,5%, em relação a 2013, encerrando o ano em R$ 17,01 e US$ 6,29, respectivamente. No mesmo período o Ibovespa desvalorizou 2,9%, enquanto o Dow Jones apresentou valorização de 7,5%. Com esse desempenho, o valor de mercado da Companhia que era de R$ 18,1 bilhões em 2013 passou a R$ 11,6 bilhões em 2014. O valor patrimonial era de R$ 19,46 por ação em 31 de dezembro de 2014. F-37 Relatório da Administração 2014 As ações da Sabesp participaram de 100% dos pregões da BM&FBovespa e movimentaram um volume financeiro anual de R$ 7,5 bilhões em 2014. No mercado americano, a Companhia fechou o ano com 169,9 milhões de ADRs em circulação. O volume financeiro anual negociado na NYSE, em 2014, manteve‐se estável em relação a 2013, em US$ 5,7 bilhões. Em 2014, a Sabesp continuou a ser acompanhada pelas principais instituições financeiras do mercado. Dividendos De acordo com o Estatuto Social da Companhia, as ações ordinárias têm direito ao dividendo mínimo obrigatório, correspondente a 25% do lucro líquido do exercício, obtido depois das deduções determinadas ou admitidas em lei e que pode ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio. Em 2014, a Sabesp creditou dividendos, na forma de juros sobre capital próprio no montante de R$ 537,5 milhões, relativos ao ano de 2013, correspondentes a cerca de R$ 0,78633094301 por ação ordinária e dividend yield de 3,0%. Referente ao ano de 2014, o Conselho de Administração aprovou a proposta de pagamento de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 252,3 milhões, correspondendo a R$ 0,36913009306 por ação ordinária e dividend yield de 2,2%, a ser pago em até 60 dias após a realização da Assembleia Geral Ordinária que aprovará as contas de 2014. Débito de municípios atendidos no atacado Os municípios de Guarulhos, Mauá e Santo André recebem água no atacado da Sabesp e, no entanto, atualmente Guarulhos não paga a conta, Mauá paga em torno de 2% da conta e Santo André em torno de 15% da conta. Os valores não pagos são cobrados judicialmente e a Sabesp tem tido êxito nas ações judiciais. Além disso, Mauá ainda deve à Sabesp os investimentos realizados pela Companhia e não indenizados por ocasião da retomada dos serviços pelo município. A Sabesp ajuizou ação, que foi julgada procedente com a condenação deste e da SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá) ao pagamento da dívida. A sentença transitou em julgado e a Sabesp chegou a iniciar a execução. Entretanto, o município ajuizou Ação Rescisória na tentativa de anular a decisão que era favorável à Companhia. O processo aguarda julgamento. Com relação ao município de Diadema, que também detinha dívidas relacionadas ao não pagamento de água no atacado e de ativos retomados e não indenizados, em março de 2014 a Sabesp assumiu a prestação direta dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário como parte do acordo judicial para a solução das dívidas. Para mais informações, veja Nota Explicativa 9 das Demonstrações Financeiras. F-38 Relatório da Administração 2014 Partes Relacionadas Em 18 de março de 2015 a Companhia, o Estado de São Paulo, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica ‐ DAEE, com interveniência da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, celebraram Termo de Acordo com o objetivo de equacionar o valor incontroverso de dívidas relacionadas aos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões de que trata a Lei do Estado de São Paulo nº 4.819, de 26 de agosto de 1958, pagos pela Companhia e não reembolsados pelo Estado. O valor do atual acordo é de R$ 1,01 bilhão sendo R$ 696,2 milhões referentes ao valor principal e R$ 316,0 milhões referentes à correção monetária do principal até fevereiro de 2015. Para mais informações, veja Nota Explicativa 31 c), das Demonstrações Financeiras Desempenho Econômico‐Financeiro Em 2014, a Companhia obteve lucro líquido de R$ 903,0 milhões. Histórico de lucro R$ milhões correntes 1.912 2.000 1.924 1.630 1.381 1.500 903 1.000 500 ‐ 2010 2011 2012 2013 2014 Em 2014, a receita operacional líquida manteve‐se praticamente estável, totalizando R$ 11,2 bilhões, com um ligeiro decréscimo de 0,9% em relação ao ano anterior. F-39 Relatório da Administração 2014 Histórico de receita operacional líquida R$ bilhões correntes 12,0 9,2 10,0 9,9 10,7 11,3 11,2 8,0 6,0 4,0 2,0 ‐ 2010 2011 2012 2013 2014 A receita operacional bruta sofreu um decréscimo de R$ 634,6 milhões ou 6,7%, quando comparado a 2013, o que é explicado principalmente pela adoção do Programa de Incentivo à Redução no Consumo de Água desde fevereiro de 2014 e pela consequente queda de 2,2% do volume faturado de água e esgoto, cujo impacto não foi compensado pelo reajuste tarifário de 3,1% aplicado desde dezembro de 2013. O índice de reposicionamento tarifário de 6,5%, aplicado em dezembro de 2014, tem impacto sobre a receita apenas a partir de janeiro de 2015. Volume faturado de água e esgoto (1) por categoria de uso ‐ milhões de m3 Residencial Água 2013 2014 Esgoto % 2013 2014 Água + Esgoto % 2013 2014 % 1.565,6 1.548,6 (1,1) 1.299,1 1.292,7 (0,5) 2.864,7 2.841,3 (0,8) Comercial 175,4 172,6 (1,6) 163,4 162,4 (0,6) 338,8 335,0 (1,1) Industrial 39,4 38,9 (1,3) 44,4 43,0 (3,2) 83,8 81,9 (2,3) Pública Total varejo Atacado Total 54,6 51,7 (5,3) 42,5 39,9 (6,1) 97,1 91,6 (5,7) 1.835,0 1.811,8 (1,3) 1.549,4 1.538,0 (0,7) 3.384,4 3.349,8 (1,0) 299,0 256,8 (14,1) 29,7 24,2 (18,5) 328,7 281,0 (14,5) 2.134,0 2.068,6 (3,1) 1.579,1 1.562,2 (1,1) 3.713,1 3.630,8 (2,2) (1) Não auditado F-40 Relatório da Administração 2014 Volume faturado de água e esgoto (1) por região ‐ milhões de m3 Água Metropolitana (2) Sistemas Regionais Total varejo Atacado Total Esgoto 2013 2014 1.206,9 1.172,4 % (2,9) 2013 2014 1.029,2 1.005,4 Água + Esgoto % (2,3) 2013 2014 2.236,1 2.177,8 % (2,6) 628,1 639,4 1,8 520,2 532,6 2,4 1.148,3 1.172,0 2,1 1.835,0 1.811,8 (1,3) 1.549,4 1.538,0 (0,7) 3.384,4 3.349,8 (1,0) 299,0 256,8 (14,1) 29,7 24,2 (18,5) 328,7 281,0 (14,5) 2.134,0 2.068,6 (3,1) 1.579,1 1.562,2 (1,1) 3.713,1 3.630,8 (2,2) (1) Não auditado (2) Composto pelas regiões do litoral e interior Em 2014, os custos dos produtos e serviços prestados, despesas administrativas, comerciais e de construção tiveram um acréscimo de 13,6% (R$ 1,1 bilhão). Desconsiderando os efeitos do custo de construção, o aumento foi de 11,3%. A participação dos custos e despesas na receita líquida passou para 82,9% em 2014, ante os 72,3% apresentados em 2013. Para mais informações sobre a composição e as variações dos custos e despesas, veja o Press Release de resultados, disponível no website da Companhia em www.sabesp.com.br/investidores, item Informações Financeiras e Operacionais do menu superior. O EBITDA ajustado registrou queda de 27,2%, passando de R$ 4,0 bilhões em 2013 para R$ 2,9 bilhões em 2014, e a margem EBITDA ajustada atingiu 26,0%, enquanto no exercício anterior foi de 35,4%. Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção a margem EBITDA ajustada resulta em 34,4% em 2014 (44,6% em 2013). Histórico do EBITDA Ajustado e Margem EBITDA Ajustada 4,0 3,2 3,4 44,7% 43,2% 3,6 2,9 43,0% 44,6% 34,4% 34,9% 34,0% 33,6% 35,4% 26,0% 2010 2011 2012 2013 2014 EBITDA ajustado (R$ bilhões correntes) Margem EBITDA Ajustado Margem EBITDA Ajustado sem receita e custo de construção F-41 Relatório da Administração 2014 Reconciliação do EBITDA Ajustado9 (Medições não contábeis) 2014 2013 2012 2011 2010 Lucro liquido 903,0 1.923,6 1.911,9 1.380,9 1.630,4 Resultado financeiro 635,9 483,2 295,7 633,0 378,8 1.004,5 871,1 738,5 768,7 552,2 Imposto de renda e contribuição social 371,8 732,0 635,7 498,1 662,7 Outras receitas/despesas operacionais 10 líquidas 3,5 (3,3) 23,2 90,3 (1,6) 2.918,7 4.006,6 3.605,0 3.371,0 3.222,5 26,0 35,4 33,6 34,0 34,9 (2.918,0) (2.444,8) (2.464,5) (2.224,6) (2.130,6) Custo de Construção 2.885,5 2.394,5 2.414,4 2.177,0 2.081,1 EBITDA Ajustado sem receita e custo de construção 2.856,2 3.956,3 3.554,9 3.323,4 3.173,0 Margem EBITDA Ajustado sem receita e custo de construção 34,4 44,6 43,0 43,2 44,7 Depreciação e amortização EBITDA Ajustado Margem EBITDA Ajustado Receita de construção Auditoria Externa A Sabesp respeita os princípios que preservam a independência do auditor externo quanto a não auditar seu próprio trabalho, não exercer funções gerenciais e não advogar pelo seu cliente. A Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes atua como auditor da Sabesp desde a revisão das informações trimestrais – ITR de 30 de setembro de 2012. Nesse período, auditou demonstrações financeiras, revisão das informações trimestrais e projetos de financiamento. Em 2014, a Companhia pagou R$ 1,2 milhão por esses serviços, dos quais 93,9% corresponde a auditoria de demonstrações financeiras. A Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes não audita nenhuma de nossas 9 O EBITDA Ajustado (“EBITDA Ajustado”) corresponde ao lucro líquido antes: (i) das despesas de depreciação e amortização; (ii) do imposto de renda e contribuição social (tributos federais sobre a renda); (iii) do resultado financeiro e (iv) outras despesas operacionais, líquidas. O EBITDA Ajustado não é uma medida de desempenho financeiro segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, IFRS - International Financial Reporting Standard ou USGAAP (princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos), tampouco deve ser considerado isoladamente ou como alternativa ao lucro líquido, como medida de desempenho operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais, ou como medida de liquidez. O EBITDA Ajustado não possui significado padronizado, e a definição da Companhia de EBITDA Ajustado pode não ser comparável àquelas utilizadas por outras empresas. A administração da Companhia acredita que o EBITDA Ajustado fornece uma medida útil de seu desempenho, que é amplamente utilizada por investidores e analistas para avaliar desempenho e comparar empresas. Outras empresas podem calcular o EBITDA Ajustado de maneira diferente da Companhia. O EBITDA Ajustado não faz parte das demonstrações financeiras. O EBITDA Ajustado tem como objetivo apresentar um indicador de desempenho econômico operacional. O EBITDA Ajustado da Sabesp equivale ao lucro líquido antes das despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e Contribuição Social (tributos federais sobre a renda), da depreciação e amortização, e das outras despesas operacionais líquidas. O EBITDA Ajustado não é um indicador de desempenho financeiro reconhecido pelo Método da Legislação Societária e não deve ser considerado individualmente ou como uma alternativa ao lucro líquido como indicador do desempenho operacional, como alternativa aos fluxos de caixa operacionais ou como indicador de liquidez. O EBITDA Ajustado da Sabesp serve como indicador geral do desempenho econômico e não é afetado por reestruturações de dívidas, oscilações das taxas de juros, alterações da carga tributária ou níveis de depreciação e amortização. Em consequência, o EBITDA Ajustado serve como instrumento adequado para uma comparação regular do desempenho operacional. Além disso, existe outra fórmula para calcular o EBITDA Ajustado que é adotado em cláusulas de alguns de compromissos financeiros. O EBITDA Ajustado permite uma melhor compreensão não apenas do desempenho operacional como também da capacidade de satisfazer as obrigações da Companhia e levantar recursos para investimentos em bens de capital e capital de giro. O EBITDA Ajustado, porém, tem limitações que o impedem de ser usado como indicador de lucratividade porque não leva em conta outros custos resultantes das atividades da Sabesp ou alguns outros custos que podem afetar consideravelmente seus lucros, como despesas financeiras, tributos, depreciação, despesas de capital e outros encargos relacionados. 10 Outras despesas operacionais liquidas, referem-se principalmente as baixas de ativo imobilizado, provisão para perda com ativos intangíveis, perda com projetos economicamente inviáveis, deduzidos das receitas com venda de ativo imobilizado, vendas de editais, indenizações e ressarcimento de despesas, multas e cauções, locação de imóveis, água de reuso, projetos e serviços do Pura e Aqualog. F-42 Relatório da Administração 2014 investidas. Os auditores não prestaram, durante o período de atuação na companhia, serviços não relacionados a auditoria externa. Controles internos A avaliação dos controles internos é realizada de forma estruturada e sistemática desde 2005, tendo como referência os parâmetros do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO) 2013 e do Control Objectives for Information and Related Technology (COBIT). Anualmente, o processo de avaliação dos controles internos é reavaliado considerando tanto a eventual existência de novos riscos associados à elaboração e divulgação das demonstrações financeiras quanto de possíveis alterações significativas nos processos e sistemas informatizados. Os controles, que são testados por uma unidade independente da Companhia, abrangem os procedimentos sobre a adequação dos registros contábeis; a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as regras oficiais; e a devida autorização das transações relacionadas com aquisições, uso e disposição dos bens da Companhia. A revisão realizada sobre a eficácia do ambiente de controles internos de 2013, em cumprimento à seção 404 da lei norte‐americana Sarbanes‐Oxley, foi concluída em abril de 2014 e não identificou qualquer deficiência considerada material, assim como já havia ocorrido em anos anteriores. Os testes relativos ao exercício 2014 serão concluídos em abril de 2015. F-43 Relatório da Administração 2014 SANEAMENTO AMBIENTAL NA BUSCA DA SUSTENTABILIDADE A gestão ambiental da Sabesp, pautada nas diretrizes propostas em sua Política de Meio Ambiente, é inerente à prestação de serviços de saneamento e essência do negócio. Na direção de consolidar a cultura ambiental a Companhia prioriza a disseminação interna e externa dos conhecimentos e experiências relacionados às boas práticas ambientais. São ações presentes nos programas de gestão ambiental corporativos que contam com envolvimento dos colaboradores, da comunidade e parcerias com organizações não governamentais. Em 2014 foram destinados R$29,8 milhões em programas e projetos de meio ambiente, associados diretamente ao desenvolvimento e implementação de programas corporativos de gestão ambiental, bem como ao Programa de Uso Racional da Água – Pura. Outros investimentos e gastos associados à proteção ambiental, estão contemplados no valor total de despesas operacionais e investimentos informados no presente relatório. Sistema de Gestão Ambiental e Certificação ISO 14001 Visando o aprimoramento da gestão operacional, mediante a inserção da vertente ambiental nos processos da Companhia de forma integrada e corporativa, a Sabesp estabeleceu, no ano de 2009, um programa para a implantação progressiva de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) e Estações de Tratamento de Água (ETAs), fortalecendo o processo de mudança de cultura em desenvolvimento na Companhia, que insere a gestão ambiental nas diretrizes empresariais. O SGA foi estruturado com base na norma ISO 14001, por ser internacionalmente reconhecida pelo mercado, considerando, ainda, a intenção da Companhia de certificação de ETEs e ETAs. Conforme suas realizações, o SGA encontra‐se implantado em 95 estações e em fase de implantação em mais 34 estações, totalizando 129 estações. A Sabesp, entendendo a necessidade de acelerar a implantação do SGA, realizou um realinhamento estratégico do Programa em 2014, visando implantar o SGA em todas as ETEs e ETAs até 2024. Para tanto, a SABESP passará a adotar um modelo misto, a partir de 2015. O modelo da ISO 14001 será mantido nas estações certificadas, podendo ser ampliado conforme a estratégia das Unidades de Negócio, enquanto que, para as demais estações, será aplicado um modelo próprio da Sabesp (SGA‐SABESP). Até março de 2015 a Sabesp possuía 51 estações certificadas ISO 14001. Considerando‐se o novo cenário apresentado, houve uma revisão do escopo das certificações, tendo a SABESP obtido a recomendação para recertificação 14001 de 35 estações a partir de abril de 2015. No período de 2009 a 2014, foram liberados aproximadamente R$ 30 milhões para o programa. Este montante destinou‐se ao aprimoramento de requisitos de gestão e da infraestrutura das estações, oferecendo maior segurança operacional, visando a minimização de riscos, acidentes e geração de passivos ambientais, além de estimular o desenvolvimento de ações preventivas. F-44 Relatório da Administração 2014 Mudanças climáticas e gestão de emissões de gases do efeito estufa As mudanças climáticas constituem atualmente um dos grandes desafios globais a serem enfrentados, sendo o saneamento um dos setores altamente impactados pelos efeitos das alterações do clima e dos eventos extremos a eles associados. A Sabesp, ciente de sua responsabilidade e da necessidade de cumprir seu papel nesse contexto, vem avançando no desenvolvimento de seu Programa Corporativo de Gestão de Emissões de Gases Efeito Estufa – GEE, alinhado às diretrizes da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) e cujo objetivo é a redução e a gestão de emissões desses gases. A elaboração de inventários anuais de emissões de GEE, bem como a promoção de ações de aprimoramento operacional e de controle das emissões de GEE são importantes frentes de trabalho desta iniciativa da Companhia. Tais diretrizes estão de acordo e visam atender o que estabelece a PEMC, tanto no que refere‐se ao mapeamento das principais fontes de emissões, quanto no levantamento e disseminação de ações com potenciais de redução de emissões de GEE. Em 2014, a Sabesp concluiu o inventário corporativo de GEE de 2013, totalizando 2.154.407 tCO2e, sendo o 7º inventário desde 2007, seguindo os princípios e requisitos da norma NBR ISO 14.064:2007 Parte 1 e do Programa Brasileiro GHG Protocol. A tendência observada nos inventários anteriores se repete, com as atividades de coleta e tratamento de esgoto sendo as maiores fontes de emissões de GEE, representando aproximadamente 89% do total. A energia elétrica contribui com 10% e as demais atividades representam aproximadamente 2%. Entre as ações de redução de emissões, um exemplo a ser destacado é o projeto desenvolvido em parceria com a prefeitura municipal de Botucatu e Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp. Trata‐se do trabalho “Transformando Lodo de Esgoto em Adubo Orgânico e Diminuindo a Geração de Gases de Efeito Estufa”, ganhador do 8º Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável, na categoria Empreendedorismo Ambiental para Empresas de Grande Porte, com reconhecimento nacional. O sistema prevê a secagem de 22 toneladas por dia de lodo e a adição de cascas e restos de podas de árvores, de modo a transformar a matéria‐prima, rica em fósforo e nitrogênio, em um fertilizante orgânico adequado para o uso agrícola. Além desse aspecto, o processo utiliza energia solar e promove o processamento mais adequado do material, em condições aeróbias e no próprio local de geração, reduzindo em 80% a necessidade de transporte e minimizando a geração de emissões de gases de efeito estufa em cerca de 76 toneladas de CO2e/mês. A Sabesp também tem buscado desenvolver iniciativas que visam a incorporação da geração de energia renovável em seus processos, como alternativas complementares ao sistema elétrico convencional. Um exemplo é o estudo‐piloto, no qual está sendo conduzido o diagnóstico para instalação de uma turbina eólica vertical em uma unidade operacional localizada no bairro de Sapopemba, no munícipio de São Paulo. F-45 Relatório da Administração 2014 Em 2014 a Sabesp participou pela 9ª vez do CDP ‐ Carbon Disclosure Project ‐ Climate Change, iniciativa internacional para uniformização e organização da forma pela qual as empresas divulgam seus resultados de emissões de GEE inventariadas, bem como demais aspectos da gestão da mudança do clima. Gestão de Recursos Hídricos e proteção de mananciais A Sabesp participa e atua nas diversas instâncias do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, representada por meio de aproximadamente 160 de seus funcionários, de diversas unidades da Companhia, mediante uma linha de atuação corporativa. No âmbito do Sistema, a Sabesp ocupa uma cadeira no Plenário do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e em três de suas câmaras técnicas; também tem representação no Plenário e em câmaras técnicas dos quatro comitês federais com abrangência no Estado de São Paulo. No âmbito do Sistema Estadual, a Sabesp participa das sete câmaras técnicas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e tem assento no Plenário dos 21 comitês de bacias hidrográficas estaduais e em câmaras técnicas, com prioridade para as câmaras de Planejamento, de Saneamento e de Cobrança pelo Uso da Água. Ainda na direção do aprimoramento da gestão dos recursos hídricos, a Sabesp vem acompanhando a implantação progressiva da cobrança pelo uso da água (sua matéria prima principal), que é o instrumento responsável por promover a conscientização sobre o valor econômico inerente à água, a importância do uso racional e proporcionando parte do aporte financeiro necessário às ações planejadas pelos integrantes do Sistema para a recuperação e preservação dos recursos hídricos. Também vem iniciando as discussões sobre o enquadramento dos corpos de água, instrumento de gestão através do qual a bacia estabelece um pacto por metas de qualidade da água associada aos seus usos preponderantes. Estes dois importantes instrumentos de gestão são diretamente relacionados ao negócio da Sabesp. Em 2014, a Companhia desembolsou R$ 40,7 milhões para o pagamento pelo uso da água de rios de domínio federal e estadual, nas bacias hidrográficas do rio Paraíba do Sul, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, dos rios Sorocaba e Médio Tietê, dos rios da Baixada Santista, do Alto Tietê e do Baixo Tietê. É aguardado para o período de 2015‐2016 o início da cobrança nas demais bacias hidrográficas do Estado de São Paulo. A Sabesp, reforçando a importância de sua participação na conservação dos recursos hídricos, é proprietária e mantém áreas dentro de unidades de conservação, realizando trabalhos de fiscalização e monitoramento, além de apoiar e incentivar ações de Universidades e Organizações Não Governamentais – ONGs em estudos socioambientais no âmbito de seu patrimônio e nas bacias hidrográficas onde estão inseridos os seus reservatórios. São quatro reservas conforme segue: Reserva Morro Grande (município de Cotia), Reserva do Rio Claro (municípios de Salesópolis e Bertioga), Fazenda Capivari (municipio de São Paulo) e Reserva São Francisco (município de São Sebastião). Além dessas áreas protegidas, a Sabesp mantém dois viveiros florestais, desde 1990, para a produção de mudas florestais de espécies nativas com o objetivo de atender aos projetos de restauração e recomposição de mata ciliar no entorno dos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São F-46 Relatório da Administração 2014 Paulo. O maior dos viveiros está instalado na barragem do Jaguari, do Sistema Cantareira, no município de Vargem, o outro, instalado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Alto Cotia, no município de Cotia. Ao longo de 2014, executamos ações voluntárias educativas e de recomposição da vegetação, nas quais foram plantadas cerca de 21 mil mudas de árvores. Em relação às outorgas e licenciamentos ambientais, o parque operacional existente é objeto dos Programas Corporativos de Obtenção e Manutenção das Outorgas de Direito de Uso de Recursos Hídricos e de Licenciamento Ambiental. Todos os usos de água estão com os pedidos de outorga protocolados junto ao órgão gestor, sendo que muitos já foram deferidos e outros estão em análise no Departamento de Águas e Energia Elétrica‐ DAEE e na Agência Nacional de Águas ‐ ANA. O Programa Corporativo associado ao licenciamento de ETEs, ETAs e Estações Elevatórias de Esgotos, encontra‐se em andamento, com previsão de conclusão até 2017. Para os novos empreendimentos, a obtenção das licenças e outorgas já faz parte de seu ciclo de vida, isto é, um novo empreendimento somente tem início mediante sua regularidade ambiental. Programa de educação ambiental – PEA O Programa de Educação Ambiental da Sabesp (PEA Sabesp) é composto por um conjunto de ações e projetos de Educação Ambiental no âmbito corporativo, voltado para a mudança de cultura dos empregados e da sociedade. Atualmente, essas ações se mostram ainda mais necessárias para levar informações à população, esclarecer dúvidas e ressaltar a importância da colaboração de todos na economia e no uso mais racional da água. Além disso, as ações de educação sanitária e ambiental possibilitam o uso adequado pela população dos equipamentos de saneamento disponibilizados e o alcance das metas empresariais de atendimento à população. Muitos destes projetos nasceram de iniciativas locais e depois se expandiram na Companhia e transmitem conceitos, de forma lúdica e interativa, por meio de teatro, dança, música, mímica, oficinas de desenho, cartilhas, exposições, soltura de peixes, plantio de árvores, limpeza de córregos, rios e praias, visitas monitoradas às estações de tratamento, palestras educacionais, etc. Eles se destinam, sobretudo, ao público infanto‐juvenil, alunos de escolas públicas e particulares, professores e comunidades de baixa renda. Entre as ações e projetos destacam‐se o Clubinho Sabesp, Programa de Uso Racional da Água‐ PURA, Dia do Milênio Sabesp, Navega São Paulo, Abraço Verde, Prol, Ecoposto, Sabesp 3Rs, Participação Comunitária, Sabesp Colorida, Verde Vida, Futurágua, Praia Limpa e Pequenos Cientistas, entre outros. Em 2014, foram realizadas aproximadamente 3 mil palestras em escolas, nas comunidades e em empresas, atendendo um público de 560 mil pessoas. Também tivemos aproximadamente 2 mil visitas monitoradas em nossas instalações, atendendo um público de aproximadamente 58 mil visitantes. Em 2014 foi publicado o livro “40 anos de Práticas de Educação Sanitária e Ambiental no Saneamento”, com o objetivo de registrar e divulgar uma amostra da abrangência dessas ações, seja por sua efetiva F-47 Relatório da Administração 2014 inserção no cotidiano das pessoas, alterando padrões de comportamento e promovendo melhoria na qualidade de vida, seja por seu potencial alcance no que se refere à preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Boas práticas ambientais em áreas administrativas Visando promover o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nas atividades administrativas da Sabesp, o Programa Corporativo Sabesp 3Rs tem como fundamentos os conceitos de Redução, Reutilização e Reciclagem. O programa, implantado em 2008, começou a ser desenvolvido a partir da necessidade identificada de organizar e padronizar as várias iniciativas de coleta seletiva realizadas pelas diferentes unidades da Companhia. Para tanto, foi elaborado procedimento empresarial que define as diretrizes para o gerenciamento desses resíduos e estabelece metodologia padrão para as fases de implantação da coleta seletiva, armazenamento temporário e destinação responsável dos resíduos gerados pelas atividades administrativas da Sabesp, em consonância com a legislação vigente e em parceria com as Cooperativas de Catadores. Além disso, a partir de práticas de Educação Ambiental e por meio da capacitação dos empregados e do treinamento de terceirizados, o programa estimula a adoção de hábitos de consumo responsável e de minimização na geração de resíduos tanto no âmbito corporativo quanto no convívio social. Em 2014, foram destinados para reciclagem cerca de 310 mil toneladas de resíduos sólidos gerados em atividades administrativas e capacitados cerca de 250 empregados para a gestão e monitoramento do programa. Desde o início do Programa já foram destinadas de forma adequada do ponto de vista social e ambiental, mais de 1.655 toneladas de resíduos, com capacitação de cerca de 1.800 profissionais entre empregados e terceirizados. Uma outra iniciativa, é o Selo Socioambiental para 206 especificações de compra da Sabesp, concedido pelo Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis. Atingimos 30% da meta prevista – a certificação de 700 especificações – em função da necessidade de realizar alterações técnicas no processo de emissão do selo, exigidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Instituído pelo Decreto Estadual nº 50.170/05, o selo sinaliza ao mercado fornecedor a intenção do Estado de São Paulo de adequar seu perfil de consumo às diretrizes internacionais de desenvolvimento sustentável. Nos procedimentos licitatórios da Sabesp não é permitida a participação de sociedades que se encontram interditadas por crimes ambientais, nos termos do artigo 10 da Lei 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Nas licitações é exigida declaração do Licitante que para a execução da(s) obra(s) e serviço(s) de engenharia somente serão utilizados produtos e subprodutos de madeira de origem exótica, ou de origem nativa de procedência legal. Os instrumentos contratuais da Sabesp também possuem cláusulas de exigência ao cumprimento das posturas do município e as disposições legais Estaduais e Federais que interfiram na execução das obras e/ou serviços, destacando o atendimento da legislação ambiental. F-48 Relatório da Administração 2014 São também utilizados os Estudos de Serviços Terceirizados do Governo do Estado de São Paulo ‐ Instruções Socioambientais Específicas. Este estudo estabelece a implementação de ações ambientais por meio de treinamento de empregados da contratada e conscientização de todos os envolvidos, apontadas especialmente nas Especificações Técnicas e obrigações da Sabesp e da Contratada. F-49 Relatório da Administração 2014 VALORIZANDO A EDUCAÇÃO NO USO CONSCIENTE DA ÁGUA O compromisso da Sabesp com a legalidade, a ética, a transparência e o respeito às pessoas e ao meio ambiente, orienta sua atuação sócio responsável e suas decisões empresariais. Para isso adotamos a premissa de que os impactos positivos que uma empresa pode exercer na cadeia de valor contribuem para o desenvolvimento social da população que está sob sua influência. Em um cenário suscetível a eventos climáticos e à baixa disponibilidade hídrica, a Sabesp assumiu o desafio de estimular mudanças de comportamento que contribuam para o consciente e racional da água. Neste sentido, em 2014 lançou o Programa Guardião das Águas, que reforça a necessidade de união de todos os empregados em uma rede para a conscientização dos clientes, comunidades, instituições, condomínios e crianças em relação à finitude dos recursos hídricos. O princípio da empresa‐cidadã é o norteador das ações promotoras da sustentabilidade entre aqueles com quem a Companhia mantém contato, fortalecendo seu compromisso com a sociedade. Nesse sentido estabelecemos diretrizes empresariais relativas à sustentabilidade socioambiental e à valorização do capital humano, alinhadas com nosso Código de Ética e Conduta, na busca do desenvolvimento sustentável, da gestão integrada, do respeito aos direitos humanos, à diversidade e na melhoria da qualidade de vida. A responsabilidade social perpassa transversalmente a Companhia e está refletida, no objetivo estratégico que incentiva o direcionamento de práticas de cidadania que promovem o relacionamento entre a Sabesp, voluntários e a comunidade. Trata‐se de um amplo conjunto de compromissos incorporados à cultura organizacional, às estratégias do negócio e ao modo ético de conduzir as operações. Consciente da importância do trabalho voluntário e dos benefícios de sua realização para a sociedade em geral, a Sabesp criou em 2009 o Programa de Voluntariado Empresarial como uma forma de reconhecimento da força do voluntariado na Companhia, o qual reage prontamente quando acionado tanto por necessidades emergenciais quanto por projetos estruturados. Apoiamos e incentivamos também os oito objetivos do milênio da ONU, integrados em nosso Programa de Voluntariado Empresarial com o apoio de uma rede de cerca de 1.100 voluntários e seu principal vetor são os “Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, da Organização das Nações Unidas, com ênfase no ODM 7 ‐ Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente. Nesta perspectiva, 150 facilitadores foram treinados com a missão de disseminar seus conhecimentos, formando assim uma rede de cidadania, cujos projetos foram inseridos no Sistema de Gestão do Voluntariado Sabesp, para controle dos indicadores. Com o apoio ao trabalho dos voluntários e os resultados conseguidos por eles, em 2014, as ações de voluntariado se interligaram com o programa “Guardião das Águas”, contribuindo para a educação ambiental da comunidade. A principal campanha eco social da Sabesp em 2014 foi relacionada à àgua com o foco “se economizar não vai faltar”, com dicas e orientações aos clientes sobre o não desperdício de água. Mantendo a tradição, a Sabesp participou da Campanha do Agasalho do FUSSESP ‐ Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, sob a temática “Roupa boa a gente doa”, que resultou em mais de 2,1 milhões de peças arrecadadas, 170 eventos realizados, 280 entidades beneficiadas e 52 mil famílias atendidas. Essas iniciativas se alinham ao nosso Código de F-50 Relatório da Administração 2014 Ética e Conduta, que tem como valores o respeito à sociedade e ao cliente, ao meio ambiente, às pessoas, integridade, competência e cidadania. Adesões voluntárias e programas institucionais Na área social, destacamos a manutenção de adesões voluntárias a movimentos e pactos globais de cidadania. Renovamos pelo sétimo ano consecutivo o certificado conferido pela Fundação Abrinq – Save the Children, por ser uma empresa amiga da criança, por manter ou participar de projetos direcionados ao público infantil, como o Clubinho Sabesp, Programa Aprendiz e o Instituto Criança Cidadã (ICC). Para saber mais sobre esses projetos, consulte o nosso Relatório de Sustentabilidade. A Sabesp também é signatária do Pacto Global, iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas) para promover o crescimento sustentável e a cidadania, alinhando suas atividades aos princípios de direitos humanos, do trabalho, de proteção ambiental e ao combate à corrupção, e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Comunidades locais O agravamento da crise hídrica levou a Companhia à potencialização de seu relacionamento com a comunidade, buscando fortalecer cada vez mais a disseminação do uso consciente da água, utilização adequada da rede de esgoto, descarte de resíduos e preservação das áreas de mananciais. A rede de “Guardiões das Águas” passou a ser o carro‐chefe da Companhia nesta tarefa, destacando‐ se a realização de gincana sobre uso consciente da água entre escolas, encontros de líderes com a comunidade, além de uma série de ações educativas em parceria com o banco Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco, e em mais duas unidades do banco, em Alphaville, buscando disseminar o conceito de “Água: a energia da vida” e, das atividades do Programa de Uso Racional da Água – Pura. Também por meio do programa Guardião das Águas, as equipes integradas por técnicos da Companhia visitaram milhares de imóveis. Além disso, a mobilização pela conscientização foi acompanhada da distribuição de caixas d’água para famílias em situação de vulnerabilidade social, com renda de até três salários mínimos e que tinham problemas de falta d´água causados pela baixa, ou nenhuma reservação em suas moradias. O objetivo foi adequar a capacidade de reservação dos imóveis às normas da ABNT e manter o abastecimento por período de até 24 horas. Com a parceria do Governo do Estado de São Paulo, foram distribuídas 700 unidades até fevereiro de 2015. Também foram fornecidos a milhões de clientes atendidos na RMSP dispositivos redutores de vazão para torneiras, que permitem reduzir em até 20% o consumo. Consciente das carências das comunidades do seu entorno, a Sabesp desenvolve ainda outras iniciativas nas áreas cultural, esporte e promoção da cidadania, tais como (i) Lazer educativo, que torna pública áreas antes fechadas de seus reservatórios para a comunidade ao seu redor; (ii) Cultura inclusiva, que em parceria com a Associação de Deficientes Visuais e Amigos (ADEVA), oferece uma sessão de cinema inclusiva (com legenda e áudio descrição) no Cine Sabesp, com entrada franca; (iii) F-51 Relatório da Administração 2014 Projeto Cadê Você, idealizado pelo Instituto Mara Gabrilli e apoiado pela Sabesp, onde se atua na identificação de pessoas com deficiência que residem nas comunidades mais carentes do município de São Paulo, levando informações sobre os principais serviços existentes nas áreas: saúde, trabalho, esporte, acessibilidade, educação e direito; além de apoios, patrocínios e incentivo à cultura por meio da Lei Rouanet, entre outros. A Sabesp realiza, anualmente, pesquisa de satisfação junto a seus clientes, aplicando sempre a mesma metodologia, o que possibilita comparar as diferentes unidades de negócio em diferentes períodos. Nosso objetivo é, a partir dos resultados apurados, aprimorar o atendimento e os serviços prestados aos clientes. Em 2014, obtivemos 80% de avaliação positiva, com relação a satisfação geral com a Sabesp. Foram realizadas 5.850 entrevistas em todo o Estado de São Paulo, onde a cada 10 entrevistados, 8 declararam‐se satisfeitos ou muito satisfeitos com a Companhia. Atribuímos este bom resultado à dedicação e empenho do corpo técnico da Sabesp no atendimento às demandas de seus clientes num momento em que a crise hídrica afeta todo o sudeste brasileiro, especialmente a Região Metropolitana de São Paulo. PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE A Sabesp, coerente com sua estratégia corporativa e prospectiva em relação a cenários futuros, definiu em seu Plano Estratégico, entre as diretrizes empresariais, a de desenvolver o capital humano como um diferencial competitivo para a realização de metas como a universalização sustentável e responsável dos serviços de água e esgoto, desenvolver soluções para contornar as limitações trazidas pela escassez hídrica, que tem mobilizado toda a Companhia no desenvolvimento de alternativas para a redução dos riscos e dos impactos sobre a prestação dos serviços à população. A competência e a expertise dos profissionais no negócio de saneamento têm sido decisivos para os resultados obtidos. Foi necessário também envolver e comprometer os diversos grupos de interesse em esforços convergentes. A gestão de pessoas desempenhou um papel preponderante nesse quadro, com ações coordenadas com austeridade no controle de indicadores de pessoal e na intensificação no desenvolvimento de lideranças com visão de futuro, integrada e empreendedora. Somou esforços para que a Companhia pudesse buscar soluções alternativas e inovadoras para dar respostas de qualidade à sociedade. A Sabesp investe em um modelo de Gestão de Pessoas por Competências, estimulando o desenvolvimento das capacidades críticas para os negócios. Desde sua adoção, nosso modelo de gestão de pessoas vem sendo aprimorado com o intuito de oferecer à Sabesp uma proposta de valor para os empregados, capaz de aumentar seu comprometimento e engajamento com os objetivos e a estratégia da organização. Neste campo, dá‐se particular destaque aos processos integrados que incorporam: a educação continuada, a gestão de carreiras, a qualidade de vida, a gestão do clima e dos serviços de recursos humanos. F-52 Relatório da Administração 2014 Considerando a Governança Corporativa, o estatuto da Sabesp estabelece que todas as decisões relativas à “Política de Pessoal”, como fixação do Quadro, Plano de Cargos e Salários, Negociação Coletiva, abertura de processo seletivo e Programa de Participação nos Resultados, devem ser deliberadas pelo Conselho de Administração e aprovadas pelos órgãos controladores do Estado de São Paulo. A Sabesp realiza o processo de recrutamento e seleção por meio de concurso público para empregados, estagiários e aprendizes, de forma a atender a legislação específica, garantindo a contratação de profissionais qualificados e preparados para atuar em diversas posições da Companhia. No período de 2011 a 2014, foram realizados sete concursos públicos, organizados pela Fundação Carlos Chagas – FCC, para o preenchimento de 1.013 vagas de Empregados, 1.117 Aprendizes e 2.838 Estagiários. A Sabesp dispõe de um Banco de Oportunidades, acessível a todos os empregados, e que compatibiliza interesses por meio de transferências internas na Companhia. Em 2014 a Sabesp iniciou o processo de incorporação da Empresa de Água e Esgoto de Diadema S.A., subsidiária da SANED – Companhia de Saneamento de Diadema Concessionária dos serviços de saneamento no Município de Diadema. Com o objetivo de alinhar os profissionais vindos da SANED às estratégias, à cultura e às competências da Sabesp, foram realizadas entrevistas com empregados para análise das atividades atuais e enquadramento no Plano de Cargos e Salários vigente. A transferência efetiva destes empregados para o quadro da Sabesp está prevista para 2015. Por sermos uma Companhia de economia mista e de capital aberto, a gestão do quadro de pessoal tem características distintas das realidades de empresas puramente públicas ou privadas. Por um lado, o quadro atende às determinações dos órgãos controladores do Estado de São Paulo e, por outro, é considerado altamente estratégico para o negócio, no qual a tomada de decisão tem impacto direto na qualidade da prestação dos serviços, bem como nos resultados para o governo e para os demais acionistas. Nesse sentido, o planejamento e o controle na área são fundamentais para garantir profissionais preparados que acreditem e compartilhem a Missão da Companhia. Em dezembro de 2014, a Sabesp contava com 14.753 empregados, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), predominantemente do sexo masculino (80%), com formação de ensino médio (50%), de etnia branca (82%), com mais de 40 anos de idade (76%). A permanência média na Companhia é de 18 anos e a taxa de retorno das 86 mulheres que usufruíram da licença maternidade em 2014 foi de 78%. O índice de rotatividade em 2014 concentrou‐se principalmente entre os profissionais acima de 55 anos e manteve o equilíbrio entre admissão e demissão nos últimos três anos. Além do pessoal efetivo, são oferecidas oportunidades de desenvolvimento para 942 estagiários e 559 jovens aprendizes, com atividades voltadas para a aprendizagem e a qualificação visando sua F-53 Relatório da Administração 2014 inserção no mercado de trabalho. A Sabesp efetua contratos de serviços, contando com aproximadamente 7.478 terceiros. A Companhia atende a legislação pertinente quanto ao direito de reserva das vagas, oferecidas nos processos seletivos públicos para pessoas com deficiência. Em 2014, tivemos 74 postos de trabalho ocupados nestas condições, sendo 74,3% colaboradores com deficiência física, 17,6% auditiva e 8,1% visual. Também mantemos convênio com associações, por meio das quais 145 pessoas com deficiência atuam em nossos postos de atendimento ao público, atividade para a qual recebem mais de 108 horas de treinamento prévio. Política Salarial A Sabesp adota uma Política Salarial que busca o equilíbrio interno e externo. Para tal, anualmente são realizadas pesquisas com consultorias externas especializadas, de forma a atrair e reter os profissionais capacitados e necessários para a adequada prestação de serviços. Até maio de 2014, a Sabesp considerava duas bases salariais regionalizadas que eram diferenciadas entre si em 20% e, a partir da negociação coletiva 2014‐2015, passou a adotar uma única base salarial. O Plano de Cargos e Salários (PCS) está estruturado de forma a atrair, reter e valorizar bons empregados, reconhecendo o desempenho diferenciado e proporcionando avanços contínuos de competências, contribuindo para a construção de diferenciais competitivos na área de saneamento ambiental. O PCS está alinhado à Gestão de Pessoas por Competências, integrada pelas seguintes diretrizes: gerir os recursos humanos com maior autonomia e flexibilidade; considerar as melhores práticas de mercado; contemplar medidas para atrair e reter bons profissionais; remunerar de acordo com a média de mercado e reconhecimento do esforço de qualificação do empregado. Este modelo proporciona a atração, a retenção e o desenvolvimento de profissionais qualificados e comprometidos, oferecendo perspectivas de carreira e de remuneração compatíveis com o mercado. A Remuneração dos empregados é composta de Salário base, correspondente a categoria do cargo, gratificação de função, se designado à função gerencial ou de liderança/supervisão, bem como por todos os benefícios concedidos pela Companhia. As funções gerenciais e de liderança estão distribuídas conforme a complexidade e as características das atividades lideradas e supervisionadas, indicadores ‐ quantidade de empregados liderados/supervisionados, de municípios atendidos, de ligações de água/esgotos e abrangência da área geográfica. Por meio da carreira em Y, o PCS permite a mobilidade e a ascensão profissional dos empregados da categoria Universitária, orientada em duas direções, uma de natureza técnica e outra de natureza gerencial, de forma que o empregado técnico que esteja num estágio mais avançado de sua carreira possa continuar se especializando na carreira técnica, conforme a área de atuação, com possibilidades de remuneração equivalente à carreira gerencial. F-54 Relatório da Administração 2014 Como remuneração variável, a Sabesp adota o Programa de Participação nos Resultados (PPR) que está alinhado ao cumprimento de metas estratégicas, engajando e envolvendo todos num mesmo objetivo. O PPR tem a finalidade de estimular e reconhecer os esforços dos empregados na superação das metas e indicadores estabelecidos no Planejamento Estratégico. No decorrer dos anos, o programa evoluiu em abrangência, formas de distribuição e indicadores, sempre no intuito de alinhar os critérios às estratégias da Companhia. É negociado anualmente com os sindicatos, cujas diretrizes gerais são estabelecidas pela Lei Federal n° 10.101/2000 e pelo Decreto Estadual n° 59.598/2013. Os empregados da Sabesp estão distribuídos em 364 municípios operados, o que representa 56,4% dos municípios do Estado de São Paulo. A proporção entre o menor salário e o salário‐mínimo pago na Companhia é de 1,90, não existindo diferença de salário base para homens e mulheres. Benefícios A Sabesp adota uma política de manter benefícios condizentes com os praticados no mercado e que contribuem para a melhoria na qualidade de vida dos empregados. Essa política propicia também a atração de profissionais, a retenção de talentos e a melhoria de desempenho. Benefícios Legais: Adicional Noturno, Descanso Semanal Remunerado, Horas Extras, Adicional de Insalubridade, Adicional de Periculosidade, Auxílio Creche e Auxílio Creche Especial, Limpeza de Uniforme, Plantão à Distância e Vale Transporte. Outras práticas: Serviço Social, Seguro de Vida em Grupo, Cartão Supermercado/ Farmácia. Benefícios Concedidos pela Companhia: Vale Refeição, Lanche em Horário Extraordinário, Cesta Básica, Cesta de Natal, Centro de Convivência Infantil – CCI, Garantia no emprego, Complementação Auxílio‐Doença, Gratificação de Férias, Assistência Médica e Previdência Privada (Fundação Sabesprev). Vale destacar que os benefícios Assistência Médica e Previdência Privada encontram‐se em discussão pela Companhia, exigindo estudos para aprofundar os impactos e subsidiar a tomada de decisão quanto a essas questões. Os Planos de Assistência Médica administrados pela Sabesprev estão em revisão pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, avaliando a possibilidade de melhoria nos planos dos inativos. Os empregados, até julho de 2010, tinham acesso a um único plano de benefício previdenciário, na modalidade Benefício Definido (BD). Devido a suas características, esse plano apresentou um déficit atuarial significativo. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar ‐ PREVIC aprovou uma proposta de extinção do plano BD e criação de um novo plano na modalidade Contribuição Definida (CD). A questão atualmente está subjudice, ficando por ora o Plano de Benefícios Definidos – G1 com 8.670 beneficiários ativos e o Plano de Contribuição Definida ‐ Sabesprev Mais com 5.188. F-55 Relatório da Administração 2014 Avaliação de Competências e Desempenho A Avaliação de Competências e Desempenho é um importante instrumento gerencial que propicia incentivar a comunicação contínua entre o gerente e a sua equipe, além de identificar o grau de desenvolvimento das competências e do desempenho dos empregados relacionados às estratégias empresariais. O ciclo da avaliação é direcionado a todos os empregados, com periodicidade anual, permitindo equilibrar as expectativas entre gerente e colaborador. A possibilidade de ascensão do empregado na sua carreira está condicionada ao resultado da Avaliação de Competências e Desempenho e da disponibilidade orçamentária. É importante lembrar que o processo de Avaliação de Competências e Desempenho vai além da questão das promoções, possibilitando uma percepção do clima organizacional, a identificação de lacunas de desempenho e a definição de planos individuais de desenvolvimento. No último ciclo, foram realizadas 3.640 promoções e estabelecidos 42.332 compromissos de desenvolvimento. Liberdade de Associação e Negociação Coletiva A Sabesp busca ser proativa no relacionamento com as entidades representativas e de classe, primando pela ética e harmonia. Em congruência também com os princípios de governança corporativa, a Companhia incentiva e apoia seus empregados a participar de entidades e associações, como um pleno exercício de seus direitos. É também uma maneira de auxiliar no desenvolvimento individual e colaborar para a manutenção de um bom clima organizacional. Da totalidade dos empregados, aproximadamente 70% são sindicalizados por livre opção. Os sindicatos possuem representação na Companhia, na proporção de um dirigente sindical para cada 478 empregados. Os principais sindicatos que atuam na Companhia são: SINTAEMA ‐ Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, SINTIUS ‐ Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Santos, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira, SEESP ‐ Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, SASP ‐ Sindicato dos Advogados de São Paulo, SINTEC ‐ Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo e Outros. Essas entidades desempenham seu papel de forma atuante e exercitam sua representação não somente nas reivindicações de melhorias, mas opinando em questões corporativas. Os processos de negociação coletiva ocorrem em maio de cada ano e as questões são discutidas diretamente com os sindicatos de trabalhadores, sem intermediação de sindicato patronal. A Companhia conduz as negociações com responsabilidade e transparência, valorizando o diálogo saudável com as entidades sindicais. Reúne‐se também, em qualquer tempo, para discussão de propostas razoáveis que tenham o objetivo de atender expectativas dos empregados e mantém uma agenda positiva com as lideranças, visando mitigar as limitações naturais dessa relação, respeitando, entretanto, sua capacidade financeira e as diretrizes governamentais. No quadriênio 2011‐2014, o atendimento de reivindicações deu prioridade a adequações de questões relevantes na relação do trabalho, alinhadas às melhores práticas do mercado. F-56 Relatório da Administração 2014 Além dos sindicatos, outras entidades e associações agregam os empregados com diferentes objetivos, proporcionando maior participação e integração. Nosso desafio no campo das relações do trabalho está em manter um plano de contingências que contemple estratégias e atitudes que garantam a continuidade dos processos produtivos. Isso requer um ambiente estimulante e sinérgico para que as lideranças empresariais e representativas dos empregados se mostrem empenhadas sempre em encontrar soluções conciliatórias para as eventuais diferenças. Saúde e segurança no trabalho Preservar a saúde e desenvolver uma cultura de segurança é prioridade na gestão de pessoas na Sabesp. Minimizar riscos e zerar os acidentes nos processo de trabalho são os principais desafios, que direcionam e fazem convergir as ações integradas para a preservação da saúde. A Sabesp tem aprimorado os programas de prevenção de Saúde e Segurança no Trabalho para garantir e melhorar as condições de exercício profissional, agregando e integrando qualidade de vida. Entre outras, as principais ações desenvolvidas são: o aprimoramento da normatização das regras, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, Programa de Vacinação de empregados e ações corretivas. A integração dos programas desenvolvidos e os investimentos realizados em Saúde e Segurança do Trabalho ao longo dos últimos anos contribuíram para a gradativa redução de 16% no número de acidentes do período. Qualidade de Vida O Programa de Qualidade de Vida – Viver Feliz tem como objetivos oferecer a oportunidade de, por meio de mudança cultural, assimilar a importância de manter uma vida saudável. O programa tem um caráter prevencionista, apoiando e encorajando hábitos pessoais e estilos de vida que promovam a saúde e o bem‐estar, e contribui também para a melhoria do ambiente de trabalho. Para direcionar as ações corporativas nesse campo, foi realizado o Mapeamento do Estilo de Vida dos Empregados Sabesp, com a participação de 6.274 funcionários (40% do efetivo), cujos resultados permitiram concluir que, implementando duas ações corporativas relacionadas à educação alimentar e combate ao sedentarismo, é possível contribuir para o controle e a prevenção de doenças crônicas como obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol alto e estresse, reduzindo assim esses riscos. Em 2014 a ênfase maior foi no combate ao sedentarismo, incentivando a prática regular da atividade física como, por exemplo: • Dia do Desafio: participação na campanha mundial de atividade física realizada toda última quarta‐feira do mês de maio, dia intitulado em prol da qualidade de vida. Com mais de 200 atividades físicas realizadas, entre jogos esportivos, dança, caminhada, ginástica e outras, a Sabesp somou mais de 22.600 participantes do Dia do Desafio no período de 2011 a 2014. F-57 Relatório da Administração 2014 • Convênio com Academias: Os empregados e dependentes são beneficiados com descontos nas mensalidades em 23 academias conveniadas. Diversas outras ações corporativas são realizadas regularmente para promover mudanças de comportamento, estilo de vida e despertar a preocupação com a saúde: Campanha de Doação de Sangue em 2014 resultou na coleta de 1.270 bolsas de sangue, Outubro Rosa e Novembro Azul: são campanhas de conscientização e prevenção ao câncer de mama e próstata, incluindo a iluminação de várias áreas da Companhia nas respectivas cores e a realização de palestras informativas, exibição de vídeos e depoimentos sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce. Treinamento e educação A Sabesp foi uma das pioneiras na adoção do conceito de educação corporativa no Brasil e naturalmente transformou‐se numa das influenciadoras de sua evolução contínua. A Universidade Empresarial Sabesp tem se mostrado um instrumento ideal para a atualização profissional, contribuindo para que a Sabesp se adapte ao cenário complexo e de inúmeras transformações do setor de saneamento e da economia brasileira. Para viabilização dos seus programas, a UES se vale de uma arquitetura de aprendizado que mescla métodos presenciais com autodesenvolvimento, práticas de compartilhamento do conhecimento e educação à distância. Numa empresa com operações geograficamente dispersas como é a Sabesp, a educação à distância, desempenha um papel fundamental no processo de difusão de conhecimento, e troca coletiva de informações. Com uma grade anual da ordem de 500 cursos à distância em diferentes formatos, a Sabesp proporciona em média 35 mil participações/ano. O número de adeptos tem crescido anualmente, sendo que a proporção dos que acompanham cursos à distância já atingiu 52% do total de participações em 2014. Anualmente é elaborado o Plano de Capacitação e Desenvolvimento – PCD, direcionado às demandas técnico‐operacionais com foco em Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Sustentabilidade, Saneamento Ambiental, Resíduos Sólidos, Legislação Ambiental, Educação Ambiental, Segurança, Qualidade, Responsabilidade socioambiental e Compliance. Outra fonte de levantamento de necessidades é o Plano Individual de Desenvolvimento – PID produto da Avaliação de Competências e Desempenho, no qual, a partir da prática do feedback ao final de cada ciclo de avaliação, gerente e empregado estabelecem um plano de desenvolvimento para o próximo período vigente. Em decorrência da realização dos dois ciclos de Avaliação de Competências e Desempenho, foram gerados 83.000 compromissos de desenvolvimento que direcionam os programas de capacitação e desenvolvimento da UES. A Universidade dispõe de um programa de subsídio com objetivo de elevar a escolaridade e a especialização dos profissionais para responder com expertise às demandas técnicas da organização, com ênfase para MBA / Pós‐graduação, Técnico Profissionalizante, Idiomas, Convênio Educacional e Certificação Profissional. O número médio de horas de treinamento por empregado em 2014 foi de 72,7h. F-58 Relatório da Administração 2014 Fortalecendo a Liderança da Sabesp A Universidade Empresarial Sabesp (UES) é responsável pelo desenvolvimento das lideranças preparando continuamente a organização para os desafios do negócio. Dentre as ações da UES destaca‐se o Programa Excelência Gerencial – PEG que visa o desenvolvimento das lideranças Sabesp, as quais têm como desafio contribuir para a universalização sustentável e responsável dos serviços de água e esgoto. Esta atividade é direcionada a contribuir para a implantação de uma cultura empreendedora, focada na gestão por resultados, na valorização e no desenvolvimento de pessoas e no incentivo à inovação nos processos de trabalho. Entre 2012 e 2014, foram realizadas três turmas, abrangendo 370 líderes. A renovação das lideranças e a perspectiva de aposentadoria de 50% do quadro gerencial da Sabesp, nos próximos cinco anos, exigiu o preparo de futuros sucessores. O Programa de Sucessão e Carreira da Sabesp visa desenvolver uma nova geração de líderes culturalmente alinhados para enfrentar a competitividade e garantir a sustentabilidade do negócio. O principal desafio da organização nesse programa foi a construção de um processo de desenvolvimento de sucessores consistente e alinhado às melhores práticas de mercado, oferecendo um diferencial na formação destes profissionais. Os resultados alcançados já se traduziram na ascensão de 19 profissionais (22% dos participantes), que assumiram cargos de gerência no período de 2011 a 2014. Visando a composição de nova turma do Programa Sucessão, em 2014 foi realizado um processo de assessment que resultou na seleção de 78 profissionais. Desta vez, a ênfase se deu nas indicações de novos sucessores pelas Unidades da Sabesp, valorizando a percepção do potencial de liderança detectada pelos respectivos gerentes das áreas. Outro impulso ao desenvolvimento é o processo de Coaching, onde as lideranças têm a oportunidade de refletir e rever competências e desafios e, a partir de planos de ação, prover o aprimoramento das mais variadas capacidades para que possam alcançar suas metas, de maneira alinhada à missão da Companhia. Até agora, 180 lideranças realizaram o coaching executivo. O direcionamento conferido aos Programas de liderança considera o plano externo da atividade de saneamento, que dia a dia se torna mais disputado com a presença de competidores nacionais e internacionais e com novas e maiores exigências por parte dos poderes concedentes, das autoridades regulatórias e da sociedade em geral. A evolução do setor, portanto, desafia as lideranças a encontrar novas respostas para questões novas – e os futuros gerentes precisam ser capacitados para isso. Gestão do Conhecimento Esse processo é fundamental para a troca intelectual entre os indivíduos, de maneira a construir um acervo de conhecimento coletivo que sirva o mais amplamente possível para os objetivos do negócio e envolva a participação de profissionais com qualificação e experiência. Dentre as práticas de gestão do conhecimento da Universidade Empresarial Sabesp destaca‐se: Repositórios de Conhecimentos, Rede Colaborativa Sabesp, Estímulo à Inovação, Conhecimento Crítico, Monografias, Trabalhos e F-59 Relatório da Administração 2014 Apresentações Técnicas, Relato de Viagens e Eventos Externos, 64 espaços virtuais e blogs; repositório do conhecimento, Gestão Eletrônica de 2.513 documentos sobre processos de trabalho, Artigos do Programa de Capacitação Nacional e Internacional. Gestão do Clima A Gestão do Clima Organizacional na Sabesp propicia a análise do ambiente interno e o monitoramento da satisfação dos empregados, permitindo identificar a motivação dos empregados em diversos aspectos: liderança, relacionamento, orgulho, valorização, entre outros. A última pesquisa de clima foi aplicada no 2º semestre de 2013, com 73% de participação dentre os empregados ativos. Como síntese do resultado, 77% dos empregados consideram a Sabesp um bom lugar para trabalhar e o Índice de favorabilidade médio ou satisfação ficou em 59%. Em 2014 a concentração foi no envolvimento dos empregados para elaboração de planos de ação e para tanto foram realizados 18 workshops, envolvendo 362 participantes em grupos focais com representantes das diretorias da Companhia. Nossa convicção é sustentada que o monitoramento do clima e o envolvimento dos colaboradores contribuem para o desenvolvimento de uma gestão eficaz de pessoas, e que o comprometimento conjunto da organização propicia resultados positivos. Avaliação de fornecedores Os processos de compras realizados pela companhia são amplamente divulgados no nosso portal de licitações eletrônicas, disponível em nosso website na internet, garantindo aos fornecedores iguais condições de participação. A relação com nossos fornecedores se pauta pela ética, transparência e critérios socioambientais, motivo pelo qual incentivamos as empresas com as quais mantemos relações comerciais a aderir a práticas de gestão e redução de emissões de gases de efeito estufa. Somos a primeira empresa pública a implantar um processo de compras eletrônicas no país. Além de reduzir custos, o sistema oferece a seus fornecedores e à população maior transparência, eficiência e agilidade. O sistema on‐line de compras eletrônicas da Sabesp segue oferecendo aos fornecedores as mesmas condições de concorrência e participação, independente do local onde estejam instalados, além de significativa redução de custos, desperdício e obsolescência. Todas as exigências para a comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas trazidas pela lei de licitações são aplicadas em nossos editais. O instrumento de contratação possui exigências trabalhistas, de segurança do trabalho e de meio ambiente. A empresa Contratada também se compromete a formar parcerias (subcontratadas ou terceirizadas) somente com empresas em situação regular previdenciária e trabalhista, bem como tributária, ficando exclusivamente responsável por eventuais atos ou fatos irregulares praticados pela subcontratada e/ou terceirizada em nome próprio, de seus empregados e prepostos. F-60 Relatório da Administração 2014 Os procedimentos licitatórios na Sabesp também determinam que o Licitante declare sua situação regular perante o Ministério do Trabalho na observância das regras que proíbem trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de catorze anos. Em fase de licitação o não atendimento a esta regra resulta em inabilitação do licitante e, durante e execução contratual, eventual revelação de infringência a esta regra, pode acarretar inclusive rescisão contratual. Além das condições previstas para os processos licitatórios, a Companhia possui processo de qualificação próprio de fornecedores e seus respectivos produtos, para compra de materiais estratégicos, tais como produtos químicos. Os fornecedores são avaliados em vários requisitos, dentre os quais o processo produtivo, desde a matéria prima até o produto final, e aspectos relacionados à responsabilidade social, como o emprego de mão de obra infantil. Ainda, no sentido de eliminar todas as formas de trabalho forçado ou análogo ao escravo, a Sabesp: a) consulta sistematicamente a área de cadastro na "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego, para verificar se há fornecedores da Sabesp utilizando mão de obra análoga à escrava; b) obriga que os licitantes interessados em participar de licitações ou, em qualificar seus respectivos produtos na Companhia, declarem que não utilizam mão de obra análoga à escrava na sua cadeia produtiva e; c) prevê em contrato que a empresa contratada assumirá a responsabilidade pelo eventual uso de mão de obra análoga à escrava na sua cadeia produtiva. Neste comento, destacamos que, a utilização de mão de obra análoga à Trabalho Forçado ou Compulsório, constitui motivo para a rescisão de contrato(s), com a Sabesp. F-61 Relatório da Administração 2014 PRÊMIOS RECEBIDOS EM 2014 ‐ Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) BM&FBovespa. Sabesp integra a carteira pelo 8º ano consecutivo. ‐ Prêmio Valor 1000 ‐ Setor de Água e Saneamento, conferido pelo jornal Valor Econômico. ‐ Os mais influentes do Brasil em 2014, título concedido a ex‐diretora‐presidente Dilma Pena pela Revista Época, considerada uma das personalidades de destaque do ano. ‐ Prêmio TI & Governo ‐ categoria e‐Administração Pública, concedido pela Fórum Editorial ao Siges ‐ Gestão Informatizada das Ordens de Serviços. ‐ Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente ‐ categoria serviços públicos estaduais, concedido pela Revista Consumidor Moderno, à Central de Atendimento da Diretoria de Sistemas Regionais ‐ Uma das 100 empresas mais inovadoras em TI do Brasil, título concedido pela IT Mídia, em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC), à Sabesp, que ficou em 50º lugar. ‐ Melhor Empresa do Brasil em Saneamento, segundo ranking elaborado pela consultoria espanhola Merco (Monitor Empresarial de Reputação Corporativa) em parceria com o Ibope Inteligência, que aponta as cem companhias com melhor reputação no Brasil. ‐ Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS) 2014, concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes): ‐ ‐ Nivel I – Troféu Bronze: Unidade de Negócio Vale do Paraíba Nível II – Troféu Ouro: Unidade de Gerenciamento Regional Mooca e Unidade de Gerenciamento Regional Interlagos Nível II – Troféu Prata: Unidade de Gerenciamento Regional São Mateus Nível III – Troféu Platina: Unidade de Gerenciamento Regional de Santo Amaro Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão PPQG/2014, promovido pelo Instituto Paulista de Qualidade da Gestão (IPEG): Nível III – Troféu Governador do Estado: Unidade de Gerenciamento Regional Billings Nível II – Medalha de Ouro: Unidade de Gerenciamento Regional Santo Amaro Umas das 15 obras prioritárias para o desenvolvimento do Brasil, concedido segundo estudo da KPMG, Auditores Independentes, Empresas de Auditoria, à PPP São Lourenço. F-62 Relatório da Administração 2014 ‐ Troféu Transparência Anefac 2014 – Categoria Empresas de Capital Aberto (faturamento acima de R$ 5 bilhões), concedido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), às demonstrações financeiras da Sabesp. ‐ Prêmio CIO Destaque SP 2014, concedido pela IT4CIO Network Technology ao superintendente de TI da Sabesp, Osvaldo Antonio Pazianotto, pela influência que exerce no setor de tecnologia da informação. ‐ Campeã Nacional do DatacenterDynamics Awards 2014 em duas categorias: inovação em um datacenter médio e liderança no setor público, concedido pela Datacenterdynamics ao datacenter da Sabesp. ‐ 1º Lugar no Ranking do Saneamento 2014, título concedido pelo Instituto Trata Brasil, à cidade de Franca, por deter os melhores índices nos principais indicadores de saneamento básico (abastecimento de água; coleta e tratamento de esgotos; perdas; investimentos/arrecadação). ‐ 2º Lugar no Ranking Benchmarking dos Detentores das Melhores Práticas de Sustentabilidade do País, concedido à Sabesp pela Benchmarking Brasil, reconhecida por ser referência em gestão de práticas de sustentabilidade. ‐ 3ª Instituição mais Confiável, título conferido pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) para o Rede Nossa São Paulo, um reconhecimento dos paulistanos ao foco que a Sabesp tem dado à prestação de serviços com qualidade. F-63 Relatório da Administração 2014 Balanço Social Anual / 2014 Empresa: COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 - Base de Cálculo 2014 Valor (Mil reais) Receita líquida (RL) 11.315.567 1.910.709 3.138.845 Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB) 2 - Indicadores Sociais Internos Valor ( m il) % sobre FPB 2013 Valor (Mil reais) 11.213.216 2.123.607 % sobre RL Valor ( m il) % sobre FPB 1.927.078 % sobre RL Alimentação 144.449 6,80% 1,29% 135.320 7,02% 1,20% Encargos sociais compulsórios 177.969 8,38% 1,59% 160.195 8,31% 1,42% 69.474 3,27% 0,62% 88.426 4,59% 0,78% 131.353 6,19% 1,17% 124.305 6,45% 1,10% 11.541 0,54% 0,10% 12.494 0,65% 0,11% 2.000 0,09% 0,02% 2.919 0,15% 0,03% Previdência privada Saúde Segurança e saúde no trabalho Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total - Indicadores sociais internos 3 - Indicadores Sociais Externos Educação Cultura Saúde e saneamento 457 0,02% 0,00% 846 0,04% 10.501 0,49% 0,09% 10.785 0,56% 0,10% 1.936 0,09% 0,02% 2.154 0,11% 0,02% 63.925 3,01% 0,57% 52.928 2,75% 0,47% 3.967 0,19% 0,04% 4.178 0,22% 0,04% 617.572 29,08% Valor ( m il) % sobre RO 0,01% 5,51% 594.550 30,85% 5,25% % sobre RL Valor ( m il) % sobre RO % sobre RL 1.256 0,07% 0,01% 2.028 0,06% 0,02% 14.445 0,76% 0,13% 24.933 0,79% 0,22% 838 0,04% 0,01% 5.396 0,17% 0,05% 2.584 0,14% 0,02% 4.341 0,14% 0,04% 0 0,00% 0,00% 26 0,00% 0,00% Outros 12.979 0,68% 0,12% 10.606 0,34% 0,09% Total das contribuições para a sociedade 32.102 1,68% 0,29% 47.330 1,51% 0,42% 1.470.003 76,93% 13,11% 1.834.843 58,46% 16,22% Esporte Combate à fome e segurança alimentar Tributos (excluídos encargos sociais) Total - Indicadores sociais externos 4 - Indicadores Am bientais 1.502.105 78,62% Valor ( m il) % sobre RO 13,40% 1.882.173 59,96% 16,63% % sobre RL Valor ( m il) % sobre RO % sobre RL Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 15.155 0,79% 0,14% 17.096 0,54% 0,15% Investimentos em programas e/ou projetos externos 14.695 0,77% 0,13% 15.437 0,49% 0,14% 29.850 1,56% 0,27% 32.533 1,04% 0,29% Total dos investim entos em m eio am biente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa 5 - Indicadores do Corpo Funcional ( X ) não po ssui metas ( ) cumpre de 51a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% ( X ) não po ssui metas ( ) cumpre de 51a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% 2014 Nº de empregados(as) ao final do período 2013 14.753 Nº de admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as) * Nº de estagiários(as) Nº de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres 15.015 26 536 7.478 7.108 942 924 8.648 8.234 2.977 3.047 19,44% 19,03% Nº de negros(as) que trabalham na empresa 2.261 2.307 % de cargos de chefia ocupados por negros(as) Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 6 - Inform ações relevantes quanto ao exercício da cidadania em presarial 3,76% 3,34% 219 2014 Valor (Mil reais) 174 Metas 2015 Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de acidentes de trabalho Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: ( ) direção Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 7 - Outras Inform ações 140 ( x ) direção e gerências ( ) to do s(as) empregado s(as) ( ) direção ( x ) direção e gerências ( ) to do s(as) empregado s(as) ( ) to do s(as) + Cipa ( x ) direção e gerências ( ) to do s(as) empregado s(as) ( ) to do s(as) + Cipa ( ) segue as no rmas da OIT (x ) incentiva e segue a OIT ( ) não se envo lve ( ) segue as no rmas da OIT ( x ) incentiva e segue a OIT ( ) não se envo lve ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) direção e gerências ( ) são sugerido s ( x ) to do s(as) empregado s(as) ( x ) to do s(as) empregado s(as) ( x ) são exigido s ( ) direção ( ) não se envo lve ( ) apó ia ( x ) o rganiza e incentiva ( ) não se envo lve ( ) apó ia ( x) o rganiza e incentiva na empresa Ouv. 65.762 na empresa Ouv. 98,16% no P ro co n CIP 2.000 no P ro co n CIP 89,6% na Justiça JEC/Co nc. 331 na Justiça JEC/Co nc. 76,7% na empresa nd na empresa nd no P ro co n nd no P ro co n nd na Justiça nd na Justiça nd ( ) direção % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: nd 157 ( x ) direção e ( ) to do s(as) gerências empregado s(as) A previdência privada contempla: A participação dos lucros ou resultados contempla: Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): 18,28 ( ) não são co nsiderado s ( ) direção ( ) não são co nsiderado s ( ) direção e (x ) to do s(as) gerências empregado s(as) ( ) direção e ( x ) to do s(as) gerências empregado s(as) ( ) são sugerido s ( x) são exigido s Em 2014: 5.731.007 Em 2013: 6.656.476 25,6% go verno 34,1% co labo rado res(as) 15,7% acio nistas 24,6% terceiro s 12,0% retido 27,6% go verno 26,3% co labo rado res(as) 6,9% acio nistas 17,2% terceiro s 22,0% retido "Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção”. “Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente." * O Nº de empregados(as) terceirizados(as) é estimado considerando a mão de obra alocada aos contratos de serviço, pois a Sabesp não contrata terceiros diretamente. F-64 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber de clientes Saldos com partes relacionadas Estoques Caixa restrito Impostos a recuperar Demais contas a receber Total do ativo circulante Não circulante Contas a receber de clientes Saldos com partes relacionadas Depósitos judiciais Imposto de renda e contribuição social diferidos Agência Nacional de Águas – ANA Demais contas a receber Investimentos Propriedades para investimento Intangível Imobilizado Nota 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 7 9 (a) 10 (a) 1.722.991 1.034.820 121.965 66.487 19.750 148.768 100.664 3.215.445 1.782.001 1.120.053 134.855 58.401 10.333 87.405 61.039 3.254.087 189.458 102.018 69.488 209.478 122.634 87.286 395.512 130.457 54.827 114.030 107.003 94.952 21.223 54.039 25.979.526 304.845 23.660 54.039 23.846.231 199.496 27.139.995 30.355.440 25.020.207 28.274.294 8 17 (a) 9 (a) 10 (a) 18 11 12 13 14 15 Total do ativo não circulante Total do Ativo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-65 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais Passivo e patrimônio líquido Circulante Empreiteiros e fornecedores Parcela corrente de empréstimos e financiamentos de longo prazo Salários, encargos e contribuições sociais Impostos e contribuições a recolher Juros sobre o capital próprio a pagar Provisões Serviços a pagar Parceria Público-Privada – PPP Compromissos Contratos de Programa Outras obrigações Total do passivo circulante Não circulante Empréstimos e financiamentos Cofins/Pasep diferidos Provisões Obrigações previdenciárias Parceria Público-Privada – PPP Compromissos Contratos de Programa Outras obrigações Total do passivo não circulante Nota 16 17 (b) 22 (c) 19 (a) 21 14 (h) 14 (d) (iv) 16 19 (a) 20 (b) 14 (h) 14 (d) (iv) Total do passivo Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reservas de lucros Ajuste de avaliação patrimonial Total do patrimônio líquido Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 323.513 1.207.126 387.971 74.138 214.523 625.092 318.973 38.047 189.551 101.642 3.480.576 275.051 640.940 314.926 115.382 456.975 631.374 323.208 20.241 77.360 116.924 2.972.381 9.578.641 129.351 595.255 2.729.598 330.236 18.208 189.172 13.570.461 8.809.134 129.849 549.008 2.327.016 322.267 88.678 145.160 12.371.112 17.051.037 15.343.493 10.000.000 3.694.151 (389.748) 13.304.403 30.355.440 6.203.688 124.255 6.736.389 (133.531) 12.930.801 28.274.294 22 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-66 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstração do Resultado para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Nota Receita operacional líquida 25 Custo operacional 26 Lucro bruto Despesas de vendas Despesas administrativas Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 26 26 28 Equivalência patrimonial 12 Lucro operacional antes do resultado financeiro Despesas financeiras Receitas financeiras Variações cambiais, líquidas 27 27 27 Despesas financeiras, líquidas Lucro antes do imposto contribuição social de renda Imposto de renda e contribuição social Corrente Diferido e 2013 11.213.216 (7.635.599) 11.315.567 (6.816.263) 3.577.617 4.499.304 (736.608) (924.359) (3.488) (2.453) (637.103) (729.117) 3.296 2.465 1.910.709 3.138.845 (712.293) 422.732 (346.305) (602.910) 386.110 (266.446) (635.866) (483.246) 1.274.843 2.655.599 (437.417) 65.557 (371.860) (742.578) 10.538 (732.040) 902.983 1.923.559 1,32 2,81 da 18 (d) 18 (d) Lucro líquido do exercício Lucro por ação - básico e diluído (em reais) 2014 23 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-67 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstração do Resultado Abrangente para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais Nota Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes 2014 2013 902.983 1.923.559 (256.217) 325.284 (256.217) 325.284 646.766 2.248.843 Itens que não serão reclassificados subsequentemente para a demonstração do resultado: Ganhos e (perdas) atuariais sobre planos de benefícios definidos 20 (b) Resultado abrangente total do exercício As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-68 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Reservas de lucros Nota Saldos em 31 de dezembro de 2012 reapresentado Lucro líquido do exercício Ganhos e (perdas) atuariais 20 (b) Total do resultado abrangente do exercício Capital social Reserva de capital Reserva legal Reserva de investimentos Dividendo adicional proposto Lucros acumulados Ajuste de avaliação patrimonial Total 6.203.688 124.255 616.814 4.690.619 - - - - 80.201 - (458.815) 11.256.762 - 1.923.559 - 1.923.559 - - - - - - - - - - 325.284 325.284 - 1.923.559 325.284 2.248.843 Reserva legal 22 (e) - - 96.178 - - (96.178) - - Juros sobre o capital próprio (R$ 0,6684 por ação) 22 (c) - - - - - (456.845) - (456.845) - - - - (80.201) - - (80.201) - - - - 80.620 (80.620) - - - - - - (37.758) - - (37.758) Dividendos adicionais de 2012, aprovados (R$ 1,99 por ação) Dividendos adicionais propostos 22 (c) IRRF s/juros s/capital próprio atribuídos como dividendos mínimos obrigatórios Transferências para reserva de investimentos Saldos em 31 de dezembro de 2013 Lucro líquido do exercício Ganhos e (perdas) atuariais 20 (b) Total do resultado abrangente do exercício - - - 1.289.916 - (1.289.916) - - 6.203.688 124.255 712.992 5.980.535 42.862 - (133.531) 12.930.801 - - - - - 902.983 - 902.983 - - - - - - (256.217) (256.217) - - - - - 902.983 (256.217) 646.766 Reserva legal 22 (e) - - 45.149 - - (45.149) - - Juros sobre o capital próprio (R$ 0,3138 por ação) 22 (c) - - - - - (214.458) - (214.458) - - - - (42.862) - - (42.862) - - - - 37.846 (37.846) - - Dividendos adicionais de 2013, aprovados (R$ 0,6684 por ação) Dividendos adicionais propostos IRRF s/juros s/capital próprio atribuídos como dividendos mínimos obrigatórios Capitalização de Reservas Transferências para reserva de investimentos Saldos em 31 de dezembro de 2014 22 (c) - - - - (15.844) - - (15.844) 3.796.312 (124.255) - (3.672.057) - - - - - - - 605.530 - (605.530) - - 10.000.000 - 758.141 2.914.008 22.002 - (389.748) 13.304.403 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-69 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 1.274.843 2.655.599 1.004.471 48.248 139.589 236.122 379.489 443.414 17.900 (36.227) (195.948) (62.520) 52.008 2.453 (23.306) 8.395 289.294 43.543 871.073 28.498 103.864 202.730 390.039 340.492 18.401 (7.671) (234.138) (50.248) 22.518 (2.465) 3.168 9.167 260.003 (33.576) 3.621.768 4.577.454 363.343 42.670 (8.699) (148.578) 4.528 (47.590) (11.515) 5.586 (6.133) 31.016 (1.669) (13.868) (85) 19.071 21.037 28.383 (498) (196.157) (172.820) (6.946) 3.519.427 (15.454) (65.883) 47.594 (146.664) 6.118 (211.502) (158.442) (59.211) 3.977.427 (603.563) (435.612) (533.362) (666.883) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.480.252 2.777.182 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aquisição de intangíveis Caixa restrito Aumento de investimento Aquisição de bens do ativo imobilizado Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (2.658.857) (9.417) (16) (89.451) (2.757.741) (2.305.031) 54.644 (369) (30.743) (2.281.499) Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro antes do imposto de renda e contribuição social Ajustes para reconciliação do lucro líquido: Depreciação e amortização Valor residual do imobilizado e intangível baixados Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisões e variações monetárias de provisões Juros calculados sobre empréstimos e financiamentos a pagar Variações monetárias e cambiais de empréstimos e financiamentos Juros e variações monetárias passivas Juros e variações monetárias ativas Encargos financeiros de clientes Margem de valor justo sobre ativos intangíveis resultantes de contratos de concessão Provisão para Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Resultado da equivalência patrimonial Repasse Prefeitura Municipal de São Paulo Provisão Sabesprev Mais Obrigações previdenciárias Outros ajustes Variação no ativo Contas a receber de clientes Saldos e transações com partes relacionadas Estoques Impostos a recuperar Depósitos judiciais Demais contas a receber Variação no passivo Empreiteiros e fornecedores Serviços recebidos Salários, encargos e contribuições sociais Impostos e contribuições a recolher Cofins/Pasep diferidos Provisões Obrigações previdenciárias Outras obrigações Caixa proveniente das operações Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-70 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais (continuação) 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Empréstimos e financiamentos Captações Amortizações Pagamento de juros sobre o capital próprio Parceria Público-Privada – PPP Compromissos Contratos de Programa Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamentos 1.258.101 (529.535) (467.469) (4.189) (38.429) 218.479 1.779.529 (1.780.673) (498.669) (13.809) (116.034) (629.656) Redução de caixa e equivalente de caixa (59.010) (133.973) Representado por: Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício Redução de caixa e equivalentes de caixa 1.782.001 1.722.991 (59.010) 1.915.974 1.782.001 (133.973) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-71 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Demonstrações dos Valores Adicionados para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais Receitas Operacionais Outras receitas Construção de ativos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Nota 2014 2013 25 (a) 8.905.335 123.718 2.918.036 (139.589) 11.807.500 9.540.021 64.272 2.444.735 (103.864) 11.945.164 (4.121.605) (631.894) (54.086) (4.807.585) 7.137.579 14 (c) 9 (c) Insumos adquiridos de terceiros Custos operacionais e de construção Materiais, força e luz, serviços de terceiros e outros Outras despesas operacionais 28 Valor adicionado bruto Retenções Depreciação e amortização (4.567.020) (811.889) (112.817) (5.491.726) 6.315.774 26 (1.004.471) (871.073) 5.311.303 6.266.506 (2.453) 422.157 419.704 5.731.007 2.465 387.505 389.970 6.656.476 1.290.046 515.355 139.642 1.945.043 1.179.618 466.760 108.388 1.754.766 1.368.101 70.919 30.983 1.470.003 1.747.351 57.311 30.181 1.834.843 1.336.288 76.690 1.412.978 1.075.763 67.545 1.143.308 214.458 688.525 902.983 5.731.007 456.845 1.466.714 1.923.559 6.656.476 Valor adicionado líquido produzido pela Companhia Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Pessoal Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições Federais Estaduais Municipais Remuneração de capitais de terceiros Juros, variações cambiais e monetárias Aluguéis Remuneração de capitais próprios Juros sobre o capital próprio Lucros retidos 22 (c) Valor adicionado distribuído As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-72 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 1 Contexto operacional A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (“SABESP” ou “Companhia”) é uma empresa de economia mista, com sede em São Paulo na Rua Costa Carvalho, 300, Cep 05429-900, que tem como acionista controlador o Governo do Estado de São Paulo. Atua na prestação de serviços de saneamento básico e ambiental no Estado de São Paulo, e também fornece água tratada e serviços de esgoto no atacado. Além de atuar na prestação de serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo, a SABESP pode exercer estas atividades em outros estados e países, podendo atuar nos mercados de drenagem, serviços de limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e energia. A nova visão da SABESP estabelece como objetivo ser reconhecida como a empresa que universalizou os serviços de saneamento em sua área de atuação, de forma sustentável e competitiva, com excelência no atendimento ao cliente. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia operava os serviços de água e esgotos em 364 municípios do Estado de São Paulo, na maioria dos municípios as operações decorrem de contratos de concessão, de programa e de prestação de serviços firmados por 30 anos. A Companhia possui dois contratos parciais com o município de Mogi das Cruzes, entretanto como a maior parte do município é atendida por atacado, o mesmo não foi considerado dentro dos 364 municípios. Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possuía 366 contratos. A SABESP não está operando temporariamente, em alguns municípios, por força de decisão judicial. Os processos encontram-se em andamento e são relativos aos municípios de Álvares Florence, Cajobi, Embaúba, Iperó e Macatuba sendo que o valor contábil dos intangíveis desses municípios era de R$ 11.328 em 31 de dezembro de 2014 (R$ 11.351 em 31 de dezembro de 2013). Encontram-se vencidos, em 31 de dezembro de 2014, 54 contratos de concessão, sendo que todos estão em fase de negociação com os municípios. Entre 2015 e 2030 vencerão 38 contratos de concessão. A Administração prevê que todos os contratos de concessão vencidos e ainda não renovados, resultarão em novos contratos, descartando o risco de descontinuidade na prestação dos serviços de água e esgoto nessas localidades municipais. Até 31 de dezembro de 2014, foram assinados 274 contratos de programa e de prestação de serviços (em 31 de dezembro de 2013 – 266 contratos). Em 31 de dezembro de 2014, o valor contábil do intangível utilizado nos 54 municípios em negociação totaliza R$ 6.182.431, que representam 23,80% do total, e a receita bruta desses municípios totaliza R$ 1.951.962 em 31 de dezembro de 2014, que representam 16,51% do total. As operações da Companhia estão concentradas no município de São Paulo, que representa 49,42% da receita bruta em 31 de dezembro de 2014 (dezembro/2013 – 51,75%) e 42,29% do ativo intangível (dezembro/2013 – 42,46%). F-73 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 23 de junho de 2010 o Estado de São Paulo, por intermédio do seu Governador, o Município de São Paulo, representado por seu Prefeito, com a interveniência e anuência da SABESP e da Agência Reguladora de Saneamento e Energia – ARSESP celebraram o Convênio com a finalidade de compartilhar a responsabilidade pelo oferecimento do serviço de abastecimento de água e esgoto sanitário na capital, pelo período de 30 anos, podendo ser prorrogado por igual período, nos termos da lei. Além disso, atribui à SABESP exclusividade na prestação dos serviços e define a ARSESP como responsável pelas funções de regulação, inclusive tarifária, controle e fiscalização dos serviços. Também em 23 de junho de 2010, foi assinado o “Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário”. O Contrato foi celebrado entre o Estado de São Paulo, o Município de São Paulo e a SABESP, pelo período de 30 anos, prorrogáveis por igual período, englobando as seguintes atividades: i. a proteção de mananciais, em articulação com os demais órgãos do Estado e do Município; ii. captação, adução e tratamento de água bruta; iii. coleta, transporte, tratamento e disposição final de esgotos sanitários; e iv. adoção de outras ações de saneamento básico e ambiental. No município de Santos, na Baixada Santista, que possui população expressiva, a Companhia opera amparada em escritura pública de autorização, situação similar a de alguns outros municípios das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, nos quais a Companhia passou a operar após a fusão das Companhias que a constituíram. O valor contábil do intangível em 31 de dezembro de 2014 do município de Santos era de R$ 205.261 (dezembro/2013 – R$ 340.530) e a receita bruta no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 era de R$ 231.493 (dezembro/2013 – R$ 249.393). A Lei 11.445/07 em seu art. 58, define que as concessões em caráter precário, as que estiverem com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo indeterminado, inclusive as que não possuam instrumento que as formalize, serão válidos até 31 de dezembro de 2010, porém a Lei 12.693 de 24 de julho de 2012 em seu art. 2º permite a celebração dos contratos de programa até 31 de dezembro de 2016. A Administração da Companhia entende que os contratos de concessão ainda não renovados estão válidos e são regidos pela Lei 8.987/95 combinado com a Lei 11.445/07, assim como os municípios atendidos sem contrato. As escrituras públicas são válidas e são regidas pelo código civil brasileiro. As ações da Companhia estão listadas no segmento “Novo Mercado” da BM&FBovespa sob o código SBSP3 desde abril de 2002, e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na forma de American Depositary Receipts (ADRs) Level III, sob o código SBS, desde maio de 2002. Em 2007, a SABESP passou a fazer parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial, ou ISE, da BM&FBovespa, o que reflete o alto grau de comprometimento com o desenvolvimento sustentável e as práticas de cunho social. F-74 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Desde 2008, a SABESP vem atuando em parceria com outras empresas, resultando na formação das seguintes companhias: Sesamm, Águas de Andradina, Saneaqua Mairinque, Aquapolo Ambiental, Águas de Castilho e Attend Ambiental. Embora a participação da SABESP no capital social destas empresas não seja majoritária, os acordos de acionistas preveem o poder de veto e voto de qualidade sobre determinadas matérias em conjunto com as empresas associadas, indicando controle compartilhado na gestão dessas investidas. Escassez hídrica - As operações da SABESP estão sendo influenciadas pelo calor recorde observado na região Metropolitana de São Paulo e pela menor pluviometria e afluência já observada em 84 anos nos reservatórios que compõem o Sistema Cantareira, que se encontram em nível abaixo do observado na série histórica, sendo os mesmos responsáveis, no início da escassez hídrica, pelo abastecimento direto de aproximadamente 8,8 milhões de pessoas. Para enfrentar esta situação e manter o abastecimento ininterrupto, a SABESP está: Captando água da reserva técnica do Sistema Cantareira, que é a disponibilidade de água que fica abaixo da captação por gravidade; Adotando incentivos econômicos para estimular moradores da Grande São Paulo a reduzir o consumo de água; Remanejando água entre os reservatórios para suprir hoje aproximadamente 2,5 milhões de consumidores localizados em regiões historicamente atendidas pelo Sistema Cantareira; Ampliando a veiculação de campanhas publicitárias para uso racional da água; Investindo em medidas operacionais para redução de perdas, com a ampliação da setorização e o controle da pressão noturna da rede; Antecipando investimentos para ampliar segurança hídrica. Cabe informar que a capacidade de reservação de água depende de diversos fatores, tais como, níveis de chuva, temperatura e umidade atmosférica, bem como tipo e umidade dos solos nas regiões dos mananciais. Esse cenário de escassez hídrica em 2014 e sua extensão para 2015 trouxe, também, impactos financeiros a Companhia. Diante deste fato, desde 2014 até este momento, foram tomadas decisões para minimizar esses efeitos, tais como, remanejamento dos investimentos, redução orçamentária das despesas, negociações de créditos vencidos (principalmente com o Governo do Estado de São Paulo e com os municípios atendidos no atacado), implementação da tarifa de contingência, solicitação de revisão tarifária extraordinária e outras ações. A expectativa da Administração da Companhia é que os recursos disponíveis em caixa em 31 de dezembro de 2014, no montante de R$ 1.722.991, a geração de caixa operacional prevista para 2015 e as linhas de créditos disponíveis para investimentos são suficientes para honrar seus compromissos de curto prazo e não comprometer as ações necessárias para superação da escassez hídrica preservando o abastecimento a nossos consumidores. F-75 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Ver outras divulgações sobre este assunto na nota explicativa 25 - receitas operacionais e nota explicativa 31 eventos subsequentes. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 26 de março de 2015. 2 Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas de acordo com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS), emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board – IASB), e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que seguem os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos quando requerido pelas normas. A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS e os CPC’s, exige a utilização de determinadas estimativas contábeis essenciais. Além disso, exige que a Administração exerça seu julgamento no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade ou que as premissas e estimativas sejam significativas às demonstrações financeiras estão descritas na Nota 6. 3 Resumo das principais políticas contábeis As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados. 3.1 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais inferiores a três meses da data da aplicação, e com risco insignificante de mudança de valor, bem como contas garantidas. F-76 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.2 Ativos e passivos financeiros Ativo Financeiro - Classificação A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a Companhia não tinha ativos financeiros classificados nas categorias de valor justo por meio de resultado, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem caixa e equivalentes de caixa, os saldos de contas a receber de clientes, saldos com partes relacionadas, demais contas a receber, saldos a receber da Agência Nacional de Águas – ANA. Os empréstimos e recebíveis são reconhecidos ao valor justo e subsequentemente contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. Passivo Financeiro - Classificação A Companhia classifica seus passivos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e outros passivos. A classificação depende da finalidade para a qual os passivos financeiros foram assumidos. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a Companhia não tinha passivos financeiros classificados na categoria de valor justo por meio de resultado. Outros passivos Incluem-se nessa categoria saldos a pagar para empreiteiros e fornecedores, empréstimos e financiamentos, serviços a pagar, saldos a pagar decorrente de Parceria Público-Privada – PPP, e compromissos contratos de programa. O método de juros efetivo é utilizado para calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (incluindo honorários, custo da transação e outros custos de emissão) ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido. F-77 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.3 Receita operacional (a) Receita de serviços de água e esgoto As receitas da prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto são reconhecidas por ocasião do consumo de água ou por ocasião da prestação de serviços. As receitas, incluindo receitas não faturadas, são reconhecidas ao valor justo da contrapartida recebida ou a receber pela prestação desses serviços e são apresentadas líquidas de impostos incidentes sobre a mesma, abatimentos e descontos. As receitas ainda não faturadas representam receitas incorridas, cujo serviço foi prestado, mas ainda não foi faturado até o final de cada período. São reconhecidas como contas a receber de clientes com base em estimativas mensais dos serviços completados. Para as receitas dos municípios permissionários que não pagam a fatura integral, a Companhia constitui provisão para créditos de liquidação duvidosa no momento do faturamento em conta redutora da receita. A Companhia reconhece a receita quando: i) os bens ou os serviços são entregues; ii) o valor pode ser mensurado com segurança; iii) seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia; e iv) é provável que os valores serão recebidos. Não se considera que o valor da receita seja mensurável com segurança até que todas as condições relacionadas à sua prestação estejam atendidas. Os valores a receber em disputa judicial são reconhecidos quando são recebidos. (b) Receita de Construção A receita de construção é reconhecida de acordo com o CPC 17 (R1) e IAS 11 (Contratos de construção), usando o método da percentagem completada, desde que todas as condições aplicáveis sejam concluídas. Segundo esse método, a receita contratual deve ser proporcional aos custos contratuais incorridos na data do balanço em relação ao custo total estimado. Contratos na modalidade custo mais margem (cost plus), a receita é reconhecida por referência aos custos incorridos dos contratos, adicionado de uma margem. Esta margem adicional é relativa ao trabalho executado pela Companhia sobre os contratos de construção, sendo adicionada aos custos de construção incorridos e o total é reconhecido como receita de construção. 3.4 Contas a receber de clientes e provisão para créditos de liquidação duvidosa As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pelo serviço prestado no decurso normal das atividades da Companhia. São classificadas como ativo circulante, exceto quando o prazo de vencimento for superior a 12 meses após a data do balanço. Nestes casos são classificadas como não circulantes. A Companhia constitui provisão para créditos de liquidação duvidosa para os saldos a receber em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis nas contas a receber, com base na análise dos dados objetivos do “contas a receber” e no histórico de recebimentos e garantias existentes, e não espera incorrer em perdas adicionais significativas. F-78 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.5 Estoques Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são demonstrados pelo menor valor entre o custo médio de aquisição ou o valor de realização, e estão classificados no ativo circulante. 3.6 Propriedades para investimento As propriedades para investimento são registradas pelo custo de aquisição ou construção, deduzido das respectivas depreciações acumuladas até a data de sua transferência para este grupo, quando aplicável, calculadas pelo método linear às taxas que levam em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Os gastos com reparos e manutenção são contabilizados no resultado quando incorridos. A Companhia mantém alguns ativos para futuro uso indeterminado, ou seja, não existe definição se a Companhia irá utilizar a propriedade na operação ou venderá a propriedade em curto prazo no curso ordinário do negócio. 3.7 Imobilizado O imobilizado compreende principalmente as instalações administrativas que não integram os ativos objeto dos contratos de concessão. Esses ativos são demonstrados ao custo histórico de aquisição ou construção menos a depreciação, e as perdas por recuperabilidade, quando necessário. Os juros, demais encargos financeiros e efeitos inflacionários decorrentes dos financiamentos, efetivamente aplicados nas imobilizações em andamento, são computados como custo do respectivo imobilizado. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. A depreciação é calculada de acordo com o método linear para alocar seus custos e é descrita na Nota 15 (c). Os terrenos não sofrem depreciação. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. Os ganhos e perdas sobre alienações são determinados pela diferença entre o valor de venda e o saldo residual contábil e reconhecidos em outras receitas (despesas) operacionais, na demonstração dos resultados. F-79 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.8 Intangível Os ativos intangíveis são demonstrados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo a margem de construção, os juros e demais encargos financeiros capitalizados durante o período de construção, neste último caso, para os casos de ativos qualificáveis quando aplicável. Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendido. A Companhia estabeleceu que este período seria superior a 12 meses. Este período foi definido considerando o prazo de término das obras, pois a maioria das obras possui prazo médio superior a 12 meses, o que equivale a um ano fiscal da SABESP. O ativo intangível tem a sua amortização iniciada quando está disponível para uso, em seu local e na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia. A amortização do ativo intangível reflete o período em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia, podendo ser o prazo final da concessão, ou a vida útil do ativo. A amortização do ativo intangível é cessada quando o ativo estiver totalmente consumido ou baixado, o que ocorrer primeiro. Doações, em bens para o poder concedente, recebidas de terceiros e entidades governamentais para permitir que a Companhia preste serviços de fornecimento de água e esgoto não são registrados nas demonstrações financeiras da Companhia, uma vez que esses bens são controlados pelo poder concedente. Os recursos financeiros, recebidos como doações, para a construção da infraestrutura são registrados na rubrica “outras receitas operacionais”. (a) Contratos de concessão/programa A Companhia opera contratos de concessão incluindo a prestação dos serviços de saneamento básico e ambiental, fornecimento de água e coleta de esgotos, firmados com o poder concedente. A infraestrutura utilizada pela SABESP relacionada aos contratos de concessão de serviços é considerada controlada pelo poder concedente quando: (i) O poder concedente controla ou regulamenta quais serviços o operador deve fornecer com a infraestrutura, a quem deve fornecê-los e a que preço; e (ii) O poder concedente controla a infraestrutura, ou seja, mantém o direito de retomar a infraestrutura no final da concessão. F-80 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os direitos da SABESP sobre a infraestrutura operada em conformidade com os contratos de concessão são contabilizados como intangível, uma vez que a SABESP tem o direito de cobrar pelo uso dos ativos de infraestrutura e os usuários (consumidores) têm a responsabilidade principal de pagar pelos serviços. O valor justo de construção e outros trabalhos na infraestrutura é reconhecido como receita, pelo seu valor justo, quando a infraestrutura é construída, desde que se espere que este trabalho gere benefícios econômicos futuros. A política contábil do reconhecimento de receita de construção está descrita na Nota 3.3 “Receita operacional”. Ativos intangíveis relacionados aos Contratos de Concessão e Contratos de Programa, onde não há direito de receber o saldo residual do ativo no final do contrato, são amortizados pelo método linear de acordo com o período do contrato ou vida útil do ativo subjacente, o que ocorrer primeiro. Os investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços, no prazo do contrato, deverão ser indenizados pelo poder concedente, (1) com caixa ou equivalentes de caixa ou ainda, em geral (2) com a prorrogação do contrato. Estes investimentos são amortizados pela vida útil do ativo. A Lei 11.445/07 indica que os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços, sendo preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente. Desta forma, os investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços, no prazo original do contrato, são mantidos como ativo intangível, amortizados pela vida útil do ativo, considerando o sólido histórico de renovação de concessões e, portanto, da continuidade da prestação de serviços. (b) Licenças de uso de software As licenças de uso de software são capitalizadas com base nos custos de aquisição e demais custos de implementação. As amortizações são registradas de acordo com a vida útil e as despesas associadas à sua manutenção são reconhecidas como despesas quando incorridas. 3.9 Avaliação do valor de recuperação dos ativos não financeiros (impairment) Imobilizado, intangível e outros ativos não circulantes com vida útil definida são revistos anualmente com a finalidade de identificar evidências que levem a perdas de valores não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. A Companhia não possui ativos com vida útil indefinida e avaliou que não há indicativo de perda por impairment, amparada, principalmente pela Lei 11.445/07, que garante que os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômicofinanceira assegurada, através da tarifa ou via indenização. F-81 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.10 Empreiteiros e fornecedores As contas a pagar aos empreiteiros e fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso ordinário dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes, exceto quando o prazo de vencimento for superior a 12 meses após a data do balanço. Caso contrário, são apresentadas como passivo não circulante e estão reconhecidas inicialmente ao valor justo, que em geral corresponde ao valor da fatura e subsequentemente ao custo amortizado. 3.11 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no momento do recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, são apresentados pelo custo amortizado, conforme Nota 16. Além disso, os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. As Debêntures emitidas pela Companhia não são conversíveis e são contabilizadas como empréstimos. 3.12 Custos de empréstimos Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda são capitalizados como parte do custo destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimos são juros e outros encargos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de recursos, incluindo variação cambial, nos termos descritos abaixo. A capitalização ocorre durante o período no qual o ativo encontra-se em fase de construção, considerando a taxa média ponderada dos empréstimos vigentes da data da capitalização. Para casos de empréstimos ou financiamentos em moeda estrangeira, a Companhia os analisa como se fossem tomados em moeda nacional, limitando a capitalização de juros e/ou variação cambial pelo montante que seria capitalizado se os mesmos fossem feitos no mercado local em linhas de financiamento similares. 3.13 Salários e encargos sociais Os salários, incluindo encargos de férias, de 13º salário e os pagamentos complementares negociados em acordos coletivos de trabalho, adicionados dos encargos sociais correspondentes, são apropriados pelo regime de competência. F-82 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.14 Participação nos resultados O programa de participação nos resultados para os funcionários da Companhia é baseado em metas operacionais e financeiras, da Companhia como um todo. A Companhia reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada (constructive obligation). A provisão para participação nos resultados é constituída de acordo com o período de competência, sendo contabilizada como despesa operacional e custo operacional. 3.15 Provisões, obrigações legais, depósitos judiciais, depósitos caução e ativos contingentes As provisões relativas às ações judiciais são reconhecidas quando: i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e iii) o valor possa ser estimado com segurança. Se houver diversas obrigações semelhantes, a probabilidade de uma saída de recursos ser exigida para a liquidação é determinada ao se considerar a natureza das obrigações como um todo. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos desembolsos que se esperam ser exigidos para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira. Para fins de apresentação das demonstrações financeiras, a provisão é demonstrada líquida dos depósitos caução embasados no direito legal de compensação. As bases e a natureza das provisões para riscos cíveis, tributários, trabalhistas e ambientais estão descritas na Nota 19. Os depósitos caução não vinculados às obrigações relacionadas são registrados no ativo não circulante. Os depósitos caução são corrigidos pelos índices estabelecidos pelas autoridades fiscais. Os ativos contingentes não são reconhecidos contabilmente. 3.16 Gastos ambientais Gastos relacionados a programas ambientais contínuos são registrados como despesa no resultado do exercício, quando da existência do fato gerador. Os programas contínuos são elaborados para minimizar o impacto ambiental causado pelas operações e para a gestão dos riscos ambientais relacionados às atividades da Companhia. 3.17 Imposto de renda e contribuição social – correntes e diferidos A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos correntes e diferidos. F-83 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Impostos correntes A provisão para imposto de renda e contribuição social está baseada no lucro tributável do exercício. O imposto de renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$240. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para imposto de renda e contribuição social é calculada individualmente (por cada controlada em conjunto) com base nas alíquotas vigentes no fim do exercício. A Administração avalia periodicamente, as posições assumidas nas declarações de impostos de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. Impostos diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade, conforme o conceito descrito no CPC 32 e IAS 12 - Tributos sobre o Lucro, sobre as diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes valores reconhecidos nas demonstrações financeiras; entretanto, não são reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que não afetam as bases tributárias, exceto em operações de combinação de negócios. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são determinados considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e que se espera sejam aplicáveis quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja provável que existirá base tributável positiva para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e os prejuízos fiscais possam ser compensados. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são compensados quando há um direito exequível legalmente de compensar os ativos fiscais correntes contra os passivos fiscais correntes e quando os impostos de renda diferidos ativos e passivos se relacionam com os impostos de renda incidentes pela mesma autoridade tributável sobre a entidade tributária. 3.18 Impostos sobre receitas As receitas de serviços de água e esgoto estão sujeitas à incidência do Pasep – Programa Formador do Patrimônio do Servidor Público e da Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, pelo regime de competência, calculadas pelas alíquotas de 1,65% e 7,60%, respectivamente. Os impostos incidentes sobre os valores faturados às entidades públicas são devidos quando as faturas são recebidas. Esses tributos são apurados pelo regime da não cumulatividade, sendo apresentados líquidos dos créditos decorrentes da não cumulatividade, como deduções da receita bruta. Os débitos apurados sobre “outras receitas operacionais” são apresentados dedutivamente na própria linha da demonstração do resultado. F-84 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.19 Plano de Previdência Privada (a) Benefício definido A Companhia faz contribuição, em bases contratuais, ao plano de beneficio previdenciário por ela patrocinado, na modalidade beneficio definido, administrado pela Fundação Sabesp de Seguridade Social (“Sabesprev”), entidade fechada de previdência complementar. As contribuições regulares compreendem os custos líquidos do custeio administrativo e são registradas no resultado do período em que são devidas. O passivo relacionado aos planos de pensão está representado pelo valor presente da obrigação na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano. As obrigações de benefícios definidos (G1), bem como do plano de complementação de aposentadoria e pensão (G0) são calculadas anualmente por atuários independentes, usando o método de crédito unitário projetado. A estimativa de saída futura de caixa é descontada ao seu valor presente, usando as taxas de juros de títulos públicos cujos prazos de vencimento se aproximam dos prazos do passivo relacionado. Com relação aos ganhos e perdas atuariais, decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais são registrados diretamente no patrimônio líquido, como ajuste de avaliação patrimonial (AAP), de forma que o ativo ou passivo líquido do plano seja reconhecido no balanço patrimonial para refletir o valor integral do déficit ou superávit do plano. As despesas com plano de pensão são classificadas no resultado como custo operacional, despesas de vendas ou despesas administrativas, de acordo com o centro de custo do respectivo funcionário. Quando ocorre uma redução ou liquidação do plano, mas esta se relaciona apenas a alguns empregados do plano, ou quando apenas parte da obrigação é liquidada, o ganho ou a perda inclui uma parcela proporcional do custo do serviço passado e dos ganhos e das perdas atuariais. A parcela proporcional é determinada com base no valor presente das obrigações antes e após a redução ou a liquidação. (b) Contribuição definida A Companhia faz contribuição, em bases contratuais, ao plano de beneficio previdenciário por ela patrocinado, na modalidade contribuição definida (Sabesprev Mais), administrado pela Sabesprev, entidade fechada de previdência complementar, que provê a seus empregados benefícios pós-emprego. Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia faz contribuições fixas a uma entidade separada. A Companhia não tem obrigação de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar a todos os empregados os benefícios relacionados com o serviço do empregado no período corrente e anterior. F-85 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.20 Receitas e despesas financeiras As receitas financeiras são substancialmente representadas por juros, atualizações monetárias e variações cambiais, resultantes de aplicações financeiras, depósitos judiciais e acordos de parcelamento com clientes, usando o método de taxa efetiva de juros. As despesas financeiras referem-se a juros, atualizações monetárias e variações cambiais decorrentes de empréstimos, financiamentos, provisões, parceria público privada, compromissos contratos de programa e provisões, usando o método de taxa efetiva de juros. As variações monetárias ativas ou passivas são decorrentes da cobrança ou pagamento a terceiros, conforme requerido por contrato, por lei ou por decisão judicial, reconhecidas pelo regime de competência pro rata temporis. As correções monetárias incluídas nos contratos não são consideradas como derivativos embutidos, pois são considerados como índices de correção para o ambiente econômico da Companhia. 3.21 Arrendamento mercantil Os contratos de arrendamento mercantil são classificados sob a modalidade financeira quando há transferência de propriedade e dos riscos e benefícios inerentes a propriedade do bem ao arrendatário. Todos os demais arrendamentos são classificados sob a modalidade operacional. Os arrendamentos operacionais são reconhecidos como uma despesa no resultado de forma linear durante o prazo do contrato do arrendamento. Os contratos de arrendamentos financeiros são valorizados com base no menor valor entre o valor presente dos pagamentos mínimos obrigatórios do contrato ou valor justo do bem na data de início do contrato de arrendamento. Os valores a pagar decorrentes das contraprestações dos contratos de arrendamento financeiro são reconhecidos e alocados entre despesa financeira e amortização do passivo de arrendamento financeiro de forma a alcançar uma taxa constante de juros. A correspondente obrigação ao arrendador é registrada como dívida de curto e longo prazo. 3.22 Demais ativos e passivos circulantes e não circulantes Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, reduzidos de provisão para ajuste ao valor recuperável, quando aplicável. Os demais passivos são registrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos financeiros. F-86 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.23 Dividendos e juros sobre capital próprio A Companhia utiliza o benefício fiscal da distribuição de dividendos na forma de Juros Sobre o Capital Próprio, como permitido por lei. Os juros são contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei n.º 9.249/95, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação pró-rata dia das taxas de juros de longo prazo – TJLP. O benefício atribuído aos acionistas é registrado no passivo circulante com contrapartida no Patrimônio Líquido, com base no Estatuto Social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral. O reflexo fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido no resultado do exercício, na mesma competência do reconhecimento. 3.24 Ajuste a valor presente Os ativos e passivos financeiros decorrentes de operação de longo prazo ou de curto prazo, quando há efeitos relevantes, são ajustados a valor presente com base em taxas de desconto de mercado da data da transação. 3.25 Demonstração do valor adicionado (“DVA”) Esta demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição durante determinado período e é apresentada conforme requerido pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e apresentada como informação suplementar às demonstrações financeiras para fins de IFRS. A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações financeiras. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Companhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e da recuperação de valores ativos, e a depreciação e amortização) e pelo valor adicionado recebido de terceiros (resultado de equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios. 3.26 Apresentação de relatórios por segmento O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com as informações utilizadas internamente pela Administração, para a tomada de decisões estratégicas, a alocação de recursos e avaliação de desempenho dos segmentos operacionais. Com base na forma como a Companhia trata seus negócios e da maneira em que as decisões de alocação de recursos são feitas, foram demonstrados dois segmentos operacionais (água e esgoto) para fins de reporte financeiro. As informações por segmento estão demonstradas na Nota 24. F-87 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.27 Conversão de saldos em moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico em que a entidade atua ("moeda funcional"). As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais (R$), que é também a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. (b) Conversão de moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais utilizando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os empréstimos e financiamentos que estão relacionados aos ativos imobilizados ou intangíveis em andamento, onde as perdas cambiais são reconhecidas em contrapartida do próprio ativo enquanto estiver em andamento, conforme descrito na nota explicativa 3.12. F-88 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 4 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações 4.1 Novas normas, alterações e interpretações de normas que entraram em vigor para períodos iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014 Novas normas e revisões Norma Exigências-chave IFRIC 21 - Tributos A International Financial Reporting Interpretations Committee – IFRIC 21 aborda a questão sobre quando reconhecer uma obrigação relativa a tributos. Tal interpretação define tributo, assim como especifica que o fato gerador que dá origem a obrigação de pagar um tributo é a atividade que gera o pagamento do tributo, conforme identificada pela legislação. A interpretação apresenta orientações sobre como tipos diferentes de tributos devem ser contabilizados; em particular, esclarece que a obrigação econômica, assim como a premissa de continuidade operacional na elaboração das demonstrações financeiras, não implica, em conjunto ou isoladamente, a obrigação presente de pagamento de um tributo que será gerado pela operação da entidade no futuro. 1º de janeiro de 2014 As modificações à IFRS 10 definem entidades de investimento e introduzem exceção à exigência de consolidar as controladas de uma entidade de investimento. No que se refere à exceção, uma entidade de investimento deve mensurar sua participação nas controladas ao valor justo por meio do resultado. A exceção não se aplica a controladas de entidades de investimento que prestem serviços relacionados às atividades da entidade de investimento. 1º de janeiro de 2014 ICPC 19 Modificações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – Entidade de Investimento CPC 36 (R3), CPC 45 e CPC 35 (R2) Data de vigência Para ser classificada como uma entidade de investimento, determinados critérios devem ser cumpridos. Especificamente, uma entidade será classificada como uma entidade de investimento quando: F-89 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Norma Exigências-chave Data de vigência Obtiver recursos de um ou mais investidores em troca da prestação de serviços de gestão de investimentos. Ter o compromisso com seu(s) investidor(es) de que seu objeto social é investir recursos somente para obter retornos sobre a valorização de capital, receita de investimentos, ou ambos. Mensurar e avaliar o desempenho de quase todos os seus investimentos ao valor justo. As alterações à IFRS 12 e IAS 27 introduziram novas exigências de divulgação para as entidades de investimento. Modificações à IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Compensação de Ativos e Passivos Financeiros CPC 39 Modificações à IAS 36 – Divulgações do Valor Recuperável de Ativos Não Financeiros CPC 01 (R1) Esclarecem as exigências relacionadas à compensação de ativos e passivos financeiros. Especificamente, essas alterações esclarecem o significado das expressões “atualmente possui o direito legalmente exequível de compensação” e “realização e liquidação simultâneas”. 1º de janeiro de 2014 Excluem a exigência de divulgação do valor recuperável de uma Unidade Geradora de Caixa (UGC), para a qual o ágio ou outros ativos intangíveis, com vidas úteis indefinidas, foram alocados, quando não houver redução ao valor recuperável ou reversão da redução ao valor recuperável da correspondente UGC. 1º de janeiro de 2014 Adicionalmente, as modificações introduzem exigências de divulgação adicionais, aplicáveis quando o valor recuperável de um ativo ou UGC é mensurado ao valor justo, deduzido dos custos de alienação. Essas novas divulgações incluem a hierarquia de valor justo, principais premissas e técnicas de avaliação utilizadas. Tais exigências estão em linha com a divulgação prevista na IFRS 13 - Mensurações do Valor Justo. F-90 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Norma Exigências-chave Modificações à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Novação de Derivativos e Continuação da Contabilização de Hedge Trazem a isenção da obrigatoriedade de descontinuar a contabilidade de hedge quando um derivativo, designado como instrumento de hedge, é novado sob determinadas circunstâncias. As alterações também esclarecem que qualquer alteração no valor justo do derivativo, designado como instrumento de hedge, resultante da novação, deve ser incluída na avaliação e mensuração da efetividade do hedge. CPC 38 Data de vigência 1º de janeiro de 2014 Análise do impacto das novas normas, alterações ou interpretações das normas para a Companhia: IFRIC 21 - Tributos A aplicação dessa interpretação não trouxe impactos materiais nas divulgações ou montantes reconhecidos nas demonstrações financeiras anuais. Modificações à IFRS 10/CPC 36 (R3), IFRS 12/CPC 45 e IAS 27/CPC 35 (R2) – Entidade de Investimento Como a Companhia não é uma entidade de investimento (utilizando os critérios definidos pela IFRS 10/CPC 36 (R3)), a aplicação dos ajustes não trouxe impactos nas divulgações ou nos montantes reconhecidos nas demonstrações financeiras. Modificações à IAS 32/CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Compensação de Ativos e Passivos Financeiros A Companhia avaliou se certos ativos financeiros e passivos financeiros se qualificam para a compensação baseando-se pelos critérios da alteração da norma e concluiu não existirem impactos nas demonstrações financeiras. Modificações à IAS 36/CPC 01 (R1) – Divulgações do Valor Recuperável de Ativos Não Financeiros A aplicação dessas alterações não teve impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. F-91 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Modificações à IAS 39/CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Novação de Derivativos e Continuação da Contabilização de Hedge Como a Companhia não possui nenhum derivativo que tenha sido submetido a novação, a aplicação dessas alterações não apresentaram impactos nas divulgações ou nos montantes reconhecidos nas demonstrações financeiras. 4.2 Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor A Companhia não adotou de forma antecipada, as IFRSs novas e revisadas a seguir: IFRS 9 Instrumentos Financeiros3 IFRS 14 Contas Regulatórias Diferidas1 IFRS 15 Receita de Contratos com Clientes2 Alterações a IFRS 11 / CPC 19 (R2) Contabilização para Aquisições de Participações em Operações em Conjunto1 Alterações à IAS 16 / CPC 27 e IAS 38 / CPC 04 (R1) Esclarecimento sobre Métodos Aceitáveis de Depreciação e Amortização1 1 Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016. 2 Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017. 3 Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018. 5 Gestão de risco 5.1 Gestão de Risco Financeiro Fatores de risco financeiro As operações da Companhia são afetadas pela conjuntura econômica brasileira, expondo-a a risco de mercado (taxa de câmbio e taxa de juros), risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco financeiro da Companhia se concentra na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia. A Companhia não utilizou instrumentos derivativos em nenhum dos períodos apresentados. F-92 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Risco de mercado Risco cambial A exposição cambial da SABESP implica riscos de mercado associados às oscilações cambiais, pois a Companhia possui passivos em moeda estrangeira, principalmente, empréstimos em dólares norte-americanos e em iene, de curto e longo prazo. A administração da exposição cambial da SABESP considera diversos fatores econômicos atuais e projetados, além das condições de mercado. Este risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de câmbio que impactem os saldos de passivo de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no mercado e, consequentemente, as despesas financeiras. A Companhia não mantém operações de “hedge” ou “swap” e também não possui qualquer instrumento financeiro derivativo para proteção contra tal risco, no entanto, faz uma gestão ativa da dívida, aproveitando as janelas de oportunidades, para trocar dívidas caras por dívidas mais baratas, reduzindo o custo por meio de antecipação de vencimentos. Uma parte significativa da dívida financeira da Companhia está atrelada ao dólar norte-americano e ao iene, no valor total de R$ 4.363.898 em 31 de dezembro 2014 (dezembro/2013 – R$ 3.715.645). A exposição da Companhia ao risco cambial é a seguinte: 31 de dezembro de 2014 Moeda estrangeira R$ 31 de dezembro de 2013 Moeda estrangeira R$ Empréstimos e financiamentos – US$ 1.231.188 3.270.282 1.181.256 2.767.210 Empréstimos e financiamentos – Iene 48.066.910 1.068.527 41.504.249 926.790 Juros e encargos de empréstimos e financiamentos – US$ 17.703 14.512 Juros e encargos de empréstimos e financiamentos – Iene 7.386 7.133 Total da exposição 4.363.898 3.715.645 Custo de captação (17.606) (17.092) 4.346.292 3.698.553 Total dos empréstimos em moeda estrangeira (Nota 16) O aumento de 18% do saldo da dívida em moeda estrangeira de 31 de dezembro de 2013 para 31 de dezembro de 2014 foi causado principalmente pelos seguintes motivos: 1) Aumento de 4% na dívida denominada em dólar e de 16% na dívida denominada em iene; e F-93 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2) Efeito cambial, pois a taxa do dólar aumentou 13%, de R$ 2,343 em 31 de dezembro de 2013 para R$ 2,656 em 31 de dezembro de 2014. As dívidas em dólar correspondem a 75% das dívidas em moedas estrangeiras. Em 31 de dezembro de 2014, caso o real tivesse se valorizado ou desvalorizado em 10% em comparação com o dólar e o iene com todas as outras variáveis mantidas constantes, o efeito no resultado antes dos impostos para o exercício teria sido de R$ 436.390 (dezembro/2013 - R$ 371.564), a mais ou menos, principalmente como resultado dos ganhos ou perdas cambiais com a conversão de empréstimos em moeda estrangeira. O cenário I abaixo apresenta o efeito no resultado para os próximos 12 meses considerando a projeção do dólar e do iene. Com todas as outras variáveis mantidas constantes estão demonstrados no cenário II e no cenário III os impactos, para os próximos 12 meses, de uma possível desvalorização do real em 25% e 50%, respectivamente. Cenário I (Provável) Cenário II (+25%) Cenário III (+50%) (*) Exposição cambial líquida em 31 de dezembro de 2014 (Passiva) em US$ 1.231.188 1.231.188 1.231.188 Taxa do US$ em 31 de dezembro de 2014 2,6562 2,6562 2,6562 Taxa cambial estimada conforme cenário 2,8000 3,5000 4,2000 (0,1438) (0,8438) (1,5438) (177.045) (1.038.876) (1.900.708) 48.066.910 48.066.910 48.066.910 Taxa do iene em 31 de dezembro de 2014 0,02223 0,02223 0,02223 Taxa cambial estimada conforme cenário 0,02334 0,02918 0,03501 (0,00111) (0,00695) (0,01278) (53.354) (334.065) (614.295) (230.399) (1.372.941) (2.515.003) Diferença entre as taxas Efeito no resultado financeiro liquido em R$ - (perda) Exposição cambial líquida em 31 de dezembro de 2014 (Passiva) em iene Diferença entre as taxas Efeito no resultado financeiro liquido em R$ - (perda) Total do efeito incremental no resultado financeiro liquido em R$ - (perda) (*) Para o cenário provável em moeda estrangeira (dólar e iene) foi considerada a taxa de câmbio média para o período de 12 meses após a data de 31 de dezembro de 2014, conforme BM&FBovespa. F-94 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Risco de taxa de juros Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge” contra esse risco, porém monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a necessidade de substituição de suas dívidas. A tabela abaixo mostra os empréstimos e financiamentos da Companhia sujeitos à taxa de juros variável: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 TR(i) 1.578.250 1.646.546 CDI(ii) 1.712.010 1.212.010 TJLP(iii) 1.059.074 990.273 IPCA(iv) 1.492.320 1.413.629 LIBOR(v) 1.953.989 1.599.815 133.776 120.839 7.929.419 6.983.112 Juros e encargos Total (i) TR – Taxa Referencial de Juros (ii) CDI - Certificado de Depósito Interbancário (iii) TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo (iv) IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (v) LIBOR - London Interbank Offered Rate Outro risco que a Companhia enfrenta é a não correlação entre os índices de atualização monetária de suas dívidas e das receitas de seus serviços. Os reajustes de tarifa de fornecimento de água e tratamento de esgoto não necessariamente acompanham os aumentos dos índices de correção dos empréstimos, financiamentos e taxas de juros que afetam as dívidas da Companhia. Em 31 de dezembro de 2014, se as taxas de juros sobre os empréstimos mantidos em reais variassem em torno de 1% a mais ou menos, com todas as outras variáveis mantidas constantes, o efeito no resultado do exercício antes dos impostos teria sido de R$ 79.294 (dezembro/2013 - R$ 69.831) a mais ou a menos, principalmente em decorrência de despesas de juros mais baixas ou mais altas nos empréstimos de taxa variável. F-95 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Risco de crédito O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto, caixa restrito e saldos com partes relacionadas. Os riscos de crédito com clientes são atenuados pela venda a uma base pulverizada. A exposição máxima ao risco de crédito na data de apresentação do relatório é o valor contábil dos títulos classificados como equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, caixa restrito, contas a receber de clientes e saldos com partes relacionadas na data do balanço. Vide Notas 7, 8, 9 e 10. Com relação aos ativos financeiros mantidos junto a instituições financeiras, a qualidade do crédito que não está vencido ou sujeito à provisão para deterioração, pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência das contrapartes. Para a qualidade de crédito de contrapartes que são instituições financeiras, como depósitos e aplicações financeiras, a Companhia considera o menor rating da contraparte divulgada pelas três principais agências internacionais de rating (Fitch, Moody's e S&P), conforme política interna de gerenciamento de riscos de mercado: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 1.722.347 1.781.327 Conta-corrente e depósitos bancários de curto prazo AAA(bra) Outros (*) 644 674 1.722.991 1.782.001 (*) Foram incluídas nesta categoria contas correntes e fundos de investimento em bancos que não possuem avaliação pelas três agências de rating utilizadas pela Companhia. Apresentamos a seguir um quadro com a avaliação de rating das instituições financeiras contrapartes, com as quais a Companhia realizou transações durante o exercício: Contraparte Fitch Moody's Standard Poor's Banco do Brasil S.A. AAA (bra) Aaa.br - Banco Santander Brasil S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA Caixa Econômica Federal AAA (bra) Aaa.br brAAA Banco Bradesco S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA Itaú Unibanco Holding S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA F-96 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Risco de liquidez A liquidez da Companhia depende principalmente do caixa gerado pelas atividades operacionais, empréstimos de instituições financeiras dos governos estaduais e federais, e financiamentos nos mercados internacionais e locais. A gestão do risco de liquidez considera a avaliação dos requisitos de liquidez para assegurar que a Companhia disponha de caixa suficiente para atender suas despesas de capital e operacionais, bem como o pagamento das dívidas. Os recursos mantidos pela Companhia são investidos em contas correntes com incidência de juros, depósitos a prazo e títulos e valores mobiliários, escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem suficiente conforme determinado pelas previsões acima mencionadas. A tabela abaixo demonstra os passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento, incluindo as parcelas de principal e juros futuros a serem pagos de acordo com as cláusulas contratuais. 2015 2016 2017 2018 2019 2020 em diante Total 1.685.090 1.653.018 1.775.960 1.336.078 1.373.623 6.810.293 14.634.062 Empreiteiros e fornecedores 323.513 - - - - - 323.513 Serviços a pagar 318.973 - - - - - 318.973 46.038 46.038 46.038 285.104 285.104 4.658.233 5.366.555 199.566 3.233 911 591 801 16.504 221.606 Em 31 de dezembro de 2014 Passivo Empréstimos e financiamentos Parceria Público-Privada – PPP (*) Compromissos Contrato de Programa (*) A Companhia considerou também compromissos futuros (obras não realizadas) ainda não reconhecidos nas demonstrações financeiras referentes a PPP São Lourenço devido a relevância dos fluxos de caixa futuros, dos impactos em suas operações e pela consideração de que a Companhia já possui esse compromisso formalizado através de contrato assinado entre as partes. Juros futuros Os juros futuros foram calculados considerando as cláusulas contratuais para todos os contratos. Para os contratos com taxa de juros pós-fixada, foram utilizadas as taxas de juros nas datas bases acima. Cross default A Companhia possui contratos de empréstimos e de financiamentos com cláusulas de “cross default”, ou seja, a decretação do vencimento antecipado de quaisquer dívidas poderá implicar no vencimento antecipado desses contratos. Constantemente são monitorados os indicadores a fim de evitar a execução de tal cláusula. F-97 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (d) Análise de sensibilidade para o risco de taxa de juros A seguir é apresentado o quadro do demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, elaborados de acordo com a instrução CVM nº 475/2008, a fim de demonstrar os saldos dos principais ativos e passivos financeiros, calculados à uma taxa projetada até a data de liquidação final de cada contrato, considerando um cenário provável (Cenário I), com apreciação de 25% (Cenário II) e 50% (Cenário III). Essa análise de sensibilidade tem como objetivo mensurar o impacto das mudanças nas variáveis de mercado sobre os referidos instrumentos financeiros da Companhia, considerando-se todos os demais indicadores de mercado constantes. Tais valores quando de sua liquidação poderão ser diferentes dos demonstrados acima, devido às estimativas utilizadas no seu processo de elaboração. Indicadores 31 de dezembro de 2014 Cenário I Exposição (Provável) (i) Cenário II 25% Cenário III 50% Ativo CDI 1.604.765 12,4700%(*) 15,5875% 18,7050% 200.114 250.143 300.171 12,4700%(*) 15,5875% 18,7050% (213.488) (266.860) (320.231) (107.245) (13.374) (16.717) (20.060) (1.578.250) 0,0178%(*) 0,0223% 0,0267% (281) (352) (421) Receita financeira Passivo CDI (1.712.010) Juros a incorrer Exposição líquida - CDI Passivo TR Despesa a incorrer IPCA (1.492.320) Despesa a incorrer TJLP (1.059.074) Juros a incorrer LIBOR (1.953.989) Juros a incorrer Despesas totais líquidas a incorrer (*) Fonte dos índices: Relatório Focus – BACEN de 26/12/2014 (**) Fonte do índice: Bloomberg F-98 6,5300%(*) 8,1625% 9,7950% (97.448) (121.811) (146.173) 5,0000%(*) 6,2500% 7,5000% (52.954) (66.192) (79.431) 0,4180%(**) 0,5225% 0,6270% (8.168) (10.210) (12.252) (172.225) (215.282) (258.337) Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Refere-se ao cenário de juros a incorrer para o período de 12 meses após a data de 31 de dezembro de 2014 ou até a data dos vencimentos dos contratos, o que for menor. 5.2 Gestão de capital Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de sua continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. A Companhia monitora o capital com base nos índices de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos subtraídos do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida. 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Total de empréstimos e financiamentos (Nota 16) (-) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 10.785.767 (1.722.991) 9.450.074 (1.782.001) Dívida líquida Total do Patrimônio Líquido 9.062.776 13.304.403 7.668.073 12.930.801 Capital total 22.367.179 20.598.874 41% 37% Índice de alavancagem Em 31 de dezembro de 2014 o índice de alavancagem aumentou para 41% em comparação aos 37% de 31 de dezembro de 2013, devido ao acréscimo de R$ 1.335,7 milhões no saldo de empréstimos e financiamentos principalmente em decorrência da entrada de recursos financeiros realizados em 2014 e de contratos de financiamentos em andamento, e o efeito da desvalorização do real frente ao dólar norte-americano. 5.3 Estimativa do valor justo Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes (circulante) e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos, tendo em vista o curto prazo de vencimento. As contas a receber de clientes de longo prazo também estão próximas dos seus valores justos, pois sofrerão correção e/ou juros contratuais no decorrer do tempo. F-99 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 5.4 Instrumentos financeiros Em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013 a Companhia não tinha ativos financeiros classificados nas categorias de valor justo por meio de resultado, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda e também não tinha passivos financeiros classificados como valor justo por meio de resultado. Os instrumentos financeiros da Companhia incluídos na categoria de empréstimos e recebíveis compreendem caixa e equivalentes de caixa, os saldos a receber de clientes, saldos com partes relacionadas, demais contas a receber e saldos a receber da Agência Nacional de Águas – ANA e, os instrumentos financeiros na categoria de outros passivos compreendem saldos a pagar com empreiteiros e fornecedores, empréstimos e financiamentos, saldos a pagar decorrente de Parceria Público-Privada-PPP e compromissos de contratos de programa, que são ativos e passivos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os valores justos estimados dos instrumentos financeiros são os seguintes: Ativos Financeiros 31 de dezembro de 2014 Valor contábil Caixa e equivalentes de caixa Valor justo 31 de dezembro de 2013 Valor contábil Valor justo 1.722.991 1.722.991 1.782.001 1.782.001 19.750 19.750 10.333 10.333 1.224.278 1.224.278 1.515.565 1.515.565 Saldos com partes relacionadas 223.983 223.983 265.312 265.312 Agência Nacional de Águas – ANA 122.634 122.634 107.003 107.003 Demais contas a receber 187.950 187.950 155.991 155.991 Caixa restrito Contas a receber de clientes Passivos Financeiros 31 de dezembro de 2014 Valor contábil Empréstimos e financiamentos Valor justo 31 de dezembro de 2013 Valor contábil Valor justo 10.785.767 10.641.611 9.450.074 9.439.094 Empreiteiros e fornecedores 323.513 323.513 275.051 275.051 Serviços a pagar 318.973 318.973 323.208 323.208 Compromisso Contratos de Programa 207.759 207.759 166.038 166.038 Parceria Público-Privada - PPP 368.283 368.283 342.508 342.508 F-100 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Para a obtenção dos valores justos dos empréstimos e financiamentos, foram adotados os seguintes critérios: (i) Os contratos com o Banco do Brasil e a CEF foram projetados até o vencimento final, às taxas contratuais (TR projetada + spread) e descontados a valor presente pela TR x DI, ambas as taxas foram obtidas da BM&FBovespa. (ii) As debêntures foram projetadas até a data de vencimento final de acordo com as taxas contratuais (IPCA, DI, TJLP ou TR), descontados a valor presente às taxas de mercado futuro de juros, divulgados pela ANBIMA no mercado secundário, ou pelas taxas equivalentes de mercado, ou dos títulos da Companhia negociados no mercado nacional. (iii) Financiamentos – BNDES, são instrumentos considerados pelo valor nominal atualizados até a data de vencimento, que possuem como característica a indexação pela TJLP. Esses financiamentos reúnem características próprias e as condições definidas nos contratos de financiamento do BNDES, entre partes independentes, e refletem as condições para aqueles tipos de financiamentos. No Brasil, não há um mercado consolidado de dívidas de longo prazo com as características dos financiamentos do BNDES, com o que a oferta de crédito às entidades em geral, com essa característica de longo prazo, normalmente está limitada ao BNDES. (iv) Os outros financiamentos em moeda nacional são considerados pelo valor nominal atualizados até a data de vencimento, descontados a valor presente às taxas de mercado futuro de juros. As taxas futuras utilizadas foram obtidas no site da BM&FBovespa. (v) Os contratos com o BID e BIRD, foram projetados até o vencimento final em moeda de origem, utilizando as taxas de juros contratadas, sendo descontados a valor presente utilizando a taxa futura da Libor, obtida na Bloomberg. Os Eurobonus foram precificados a valor de mercado pelas cotações divulgadas pela Bloomberg. Todos os valores obtidos foram convertidos em reais à taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2014. (vi) Os contratos com a JICA foram projetados até o vencimento final em moeda de origem, utilizando as taxas de juros contratadas e descontados a valor presente, utilizando à taxa futura da Tibor, obtida na Bloomberg. Os valores obtidos foram convertidos em reais utilizando a taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2014. (vii) Arrendamento mercantil são instrumentos considerados pelo valor nominal atualizados até a data de vencimento, que possuem como característica a indexação por uma taxa pré-fixada em contrato, que é uma modalidade específica, não sendo comparada a nenhuma outra taxa de mercado. Sendo assim, a Companhia divulga como valor de mercado o montante contabilizado em 31 de dezembro de 2014. Considerando a natureza dos demais instrumentos financeiros, ativos e passivos da Companhia, os saldos reconhecidos no balanço patrimonial se aproximam dos valores justos, levando-se em conta os prazos de vencimentos próximos à data do balanço, comparação das taxas de juros contratuais com as taxas de mercado em operações similares nas datas de encerramento dos exercícios, e sua natureza e prazos de vencimento. F-101 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 6 Principais julgamentos e estimativas contábeis As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados com base na experiência histórica e outros fatores, incluindo as expectativas dos eventos futuros que se acredita serem razoáveis de acordo com as circunstâncias. A Companhia estabelece estimativas e premissas referentes ao futuro. Tais estimativas contábeis, por definição, podem diferir dos resultados reais. As estimativas e premissas que possuem um risco significativo de provocar um ajuste importante nos valores contábeis de ativos e passivos dentro do próximo exercício contábil estão divulgadas abaixo: (a) Provisão para créditos de liquidação duvidosa A Companhia registra a provisão para créditos de liquidação duvidosa em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis, com base na análise do contas a receber de clientes, e de acordo com a política contábil estabelecida na Nota 3.4. A metodologia para determinar tal provisão exige estimativas significativas, considerando uma variedade de fatores entre eles a avaliação do histórico de recebimento, tendências econômicas atuais, estimativas de baixas previstas, vencimento da carteira de contas a receber e outros fatores. Ainda que a Companhia acredite que as estimativas utilizadas são razoáveis, os resultados reais podem diferir de tais estimativas. (b) Ativos intangíveis resultantes de contratos de concessão e contratos de programa A Companhia registra como ativos intangíveis os ativos decorrentes de contrato de concessão. A Companhia estima o valor justo das construções e outros trabalhos de infraestrutura para reconhecer o custo dos ativos intangíveis, sendo reconhecido quando a infraestrutura é construída e é provável que tal ativo gere benefícios econômicos futuros. A grande maioria dos contratos de concessão de serviço da Companhia firmados com o poder concedente é regulado por acordos de concessão de serviço nos quais a Companhia tem o direito de receber, ao fim do contrato, um pagamento equivalente ao saldo residual dos ativos intangíveis de concessão, que nesse caso, é amortizado de acordo com a vida útil dos respectivos bens tangíveis, e no final do contrato, o valor remanescente do ativo intangível será igual ao valor residual do relativo ativo fixo. Ativos intangíveis de concessão sob Contratos de Concessão e Contratos de Programa, onde não há direito de receber o saldo residual do ativo no final do contrato, são amortizados pelo método linear de acordo com a vida útil do ativo ou período do contrato, o que ocorrer primeiro. Informações adicionais na contabilização dos ativos intangíveis decorrentes dos contratos de concessão estão descritas na Nota 3.8. O reconhecimento do valor justo dos ativos intangíveis decorrente dos contratos de concessão está sujeito a premissas e estimativas, e o uso de diferentes estimativas pode afetar os registros contábeis. O uso de diferentes premissas e estimativas e mudanças futuras na vida útil desses ativos intangíveis podem gerar impactos relevantes no resultado das operações. F-102 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Provisões A Companhia é parte em vários processos legais envolvendo valores significativos. Tais processos incluem, entre outros, demandas fiscais, trabalhistas, cíveis, ambientais, contestações de clientes e fornecedores e outros processos. A Companhia constitui provisão referente a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a obrigação e o valor possa ser razoavelmente estimado. Julgamentos a respeito de eventos futuros, cujos resultados podem diferir significativamente das estimativas atuais e exceder os valores provisionados. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias que as envolvem. Informações adicionais sobre tais processos são apresentadas na Nota 19. (d) Obrigações Previdenciárias – Planos de Pensão A Companhia patrocina plano de benefício definido e, também, de contribuição definida, descritos na Nota 20. O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão. (e) Imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia reconhece e liquida os tributos sobre a renda com base nos resultados das operações apurados de acordo com a legislação societária brasileira, considerando os preceitos da legislação fiscal. De acordo com o CPC 32 (IAS 12), a Companhia reconhece os ativos e passivos tributários diferidos com base nas diferenças existentes entre os saldos contábeis e as bases tributárias dos ativos e passivos. A Companhia revisa regularmente os ativos de tributos diferidos quanto à recuperabilidade e reconhece provisão para redução ao valor recuperável caso seja provável que esses ativos não sejam realizados, baseada no lucro tributável histórico, na projeção de lucro tributável futuro e no tempo estimado de reversão das diferenças temporárias existentes. Esses cálculos exigem o uso de estimativas e premissas. O uso de diferentes estimativas e premissas poderiam resultar em provisão para redução ao valor recuperável de todo ou de parte significativa do ativo de tributos diferidos. F-103 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 7 Caixa e equivalentes de caixa 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 118.226 189.836 1.604.765 1.592.165 1.722.991 1.782.001 Caixa e bancos Equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo de alta liquidez, representados, principalmente, por operações compromissadas (remuneradas por CDI), depositados no Banco do Brasil, cujos vencimentos originais são inferiores a três meses, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Em dezembro de 2014 a remuneração média das aplicações financeiras equivale a 99,68% do CDI (dezembro/2013 – 100,00%). 8 Caixa restrito 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo (i) 9.176 7.460 Recursos captados junto ao BNDES (ii) 6.433 - Outros 4.141 2.873 19.750 10.333 (i) Contrato com a Prefeitura Municipal de São Paulo onde a Companhia repassa 7,5% da receita do Município para o Fundo Municipal. Conforme Nota 14 (d), item (v); (ii) Refere-se a recursos captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, aguardando liberação das restrições de uso. F-104 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 9 Contas a receber de clientes (a) Saldos patrimoniais 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Clientes de rol comum e rol especial (i) (ii) 852.815 1.008.335 Acordos (iii) 291.367 287.662 1.144.182 1.295.997 533.984 511.967 4.671 4.292 192.253 167.642 730.908 683.901 Guarulhos 776.674 661.908 Mauá 366.515 327.451 2.092 15.430 787.305 700.550 1.779 2.114 224.433 210.406 2.158.798 1.917.859 354.678 474.492 4.388.566 4.372.249 (3.164.288) (2.856.684) 1.224.278 1.515.565 Particulares: Entidades governamentais: Municipais Federais Acordos (iii) Por atacado – Prefeituras Municipais: (iv) Mogi das Cruzes Santo André São Caetano do Sul Diadema (*) Total por atacado – Prefeituras Municipais Fornecimento a faturar Subtotal Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total F-105 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 1.034.820 1.120.053 189.458 395.512 1.224.278 1.515.565 Circulante Não circulante (*) Em 18 de março de 2014, o Estado de São Paulo, o município de Diadema e a SABESP celebraram Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário no Município de Diadema. Por meio deste contrato, o Estado de São Paulo e o município de Diadema asseguraram à SABESP (ou subsidiária) o direito de explorar a prestação dos serviços, com exclusividade, pelo prazo de 30 anos. Nesta mesma data, foram assinados acordos judiciais nas ações promovidas pela SABESP contra o Município de Diadema e a Saned - empresa municipal. Por meio desses acordos, SABESP, Município de Diadema e Saned concordaram em suspender a execução das ações de cobrança pelo fornecimento de água no atacado inadimplidas e de cobrança da dívida de indenização. As dívidas serão progressivamente reduzidas ao longo dos 30 anos, sob a condição de que haja integral cumprimento dos acordos e do contrato de prestação dos serviços. Esse saldo está totalmente provisionado como perdas. (i) Rol comum - residenciais, pequenas e médias empresas (ii) Rol especial - grandes consumidores, comércios, indústrias, condomínios e consumidores com características especiais de faturamento (esgotos industriais, poços, etc.). (iii) Acordos - parcelamentos de débitos vencidos, acrescidos de atualização monetária e juros. (iv) Por atacado: prefeituras municipais - O saldo de contas a receber de clientes por atacado refere-se à venda de água tratada aos municípios, que são responsáveis pela distribuição, faturamento e arrecadação junto aos consumidores finais. Alguns desses municípios contestam judicialmente as tarifas cobradas pela SABESP, os quais possuem provisão para créditos de liquidação duvidosa integral. Além disso, os valores vencidos estão incluídos na provisão para créditos de liquidação duvidosa. F-106 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A movimentação do contas a receber por atacado é a seguinte: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 1.917.859 1.677.727 375.294 424.018 (134.355) (183.886) 2.158.798 1.917.859 Saldo no início do exercício Faturamento por serviços prestados Recebimentos Saldo no final do exercício (b) Sumário de contas a receber de clientes por idade de vencimento Valores a vencer 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 992.800 1.243.156 Vencidos: 136.666 191.668 Entre 31 e 60 dias Até 30 dias 93.534 105.542 Entre 61 e 90 dias 62.276 60.868 Entre 91 e 120 dias 54.725 51.932 Entre 121 e 180 dias 96.079 90.498 Entre 181 e 360 dias 202.024 149.242 Acima de 360 dias 2.750.462 2.479.343 Total vencidos 3.395.766 3.129.093 Total 4.388.566 4.372.249 O aumento no saldo vencido se deve principalmente ao contas a receber no atacado, onde os municípios contestam judicialmente as tarifas cobradas pela SABESP. Estes valores estão cobertos integralmente pela provisão para crédito de liquidação duvidosa. F-107 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Saldo no início do exercício 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 2.856.684 2.723.408 De particular/entidades públicas 130.398 93.272 Recuperações (59.341) (51.654) De fornecimento por atacado 236.679 218.687 Adições no exercício 307.736 260.305 (132) (127.029) 3.164.288 2.856.684 Baixa no exercício referente a contas a receber incobráveis Saldo no final do exercício Reconciliação provisão para perdas no resultado 2014 2013 Perdas (baixa) 52.900 63.102 Provisão entidades estaduais (partes relacionadas) (1.341) (856) 130.398 93.272 Provisão particular/entidades públicas Provisão fornecimento por atacado 16.973 - Recuperações (59.341) (51.654) Valor contabilizado como despesas com vendas 139.589 103.864 Foram contabilizados também como redução de receitas as perdas com vendas no atacado, no montante de R$ 219.706 em 2014 e R$ 218.687 em 2013. A Companhia não possui clientes que representam 10% ou mais da receita. F-108 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 10 Saldos e Transações com Partes Relacionadas A Companhia participa de transações com seu acionista controlador, o Governo do Estado, e empresas/entidades a ele relacionadas. (a) Contas a receber, juros sobre o capital próprio, receita e despesas com o Governo do Estado de São Paulo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Contas a receber Circulante: Serviços de água e esgoto (i) 96.162 110.615 (45.333) (46.674) 43.722 39.201 9.753 9.399 17.661 22.314 121.965 134.855 102.018 130.457 Total do não circulante 102.018 130.457 Total de recebíveis do acionista 223.983 265.312 Prestação de serviços de água e esgoto 50.829 63.941 Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão (G0) 155.493 179.057 17.661 22.314 223.983 265.312 Provisão para perdas (i) Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão –acordo Gesp (G0) (ii) e (vi) Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão pagos (G0) – fluxo mensal (ii) e (vi) Programa Se Liga na Rede (l) Total do circulante Não circulante: Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão pagos – Acordo GESP (G0) (ii) e (vi) Ativos: Programa Se Liga na Rede (l) Total F-109 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 107.784 229.605 1.569 1.791 Passivos: Juros sobre o capital próprio a pagar a partes relacionadas Outros (ver item “g” abaixo) 2014 2013 Venda de água 216.816 239.513 Serviços de esgoto 195.218 209.585 (431.607) (453.612) 112.534 110.912 Receita de serviços de água e esgoto Recebimentos de partes relacionadas Recebimento de reembolso GESP referente a Lei 4.819/58 (i) Serviços de água e esgoto A Companhia presta serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos para o Governo do Estado e demais Companhias a ele relacionadas, em termos e condições considerados pela Administração como normais de mercado, exceto quanto à forma de liquidação dos créditos, que poderá ser realizada nas condições mencionadas nos itens (iii), (iv) e (v). Foi constituída provisão para perdas de valores vencidos há mais de 360 dias, em função da incerteza no recebimento dos mesmos (R$ 45.333 em 2014 e R$ 46.674 em 2013). (ii) Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão pagos Refere-se a valores de benefícios de complementação de aposentadoria e pensão previstos na Lei Estadual Paulista nº 4.819/58 (“Benefícios”) pagos pela Companhia a ex-empregados ou pensionistas, denominados G0. Nos termos do Acordo referido em (iii), o GESP reconhece ser responsável pelos encargos decorrentes dos Benefícios, desde que obedecidos os critérios de pagamento estabelecidos pelo Departamento de Despesa de Pessoal do Estado – DDPE, fundados na orientação jurídica fixada pela Consultoria Jurídica da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado – PGE. F-110 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Conforme explicitado no item (vi), ao longo da validação pelo GESP dos valores devidos à Companhia por conta dos Benefícios, surgiram divergências quanto aos critérios de cálculo e de elegibilidade dos Benefícios aplicados pela Companhia. Ver informações adicionais sobre o plano G0 na Nota 20 (b) (iii). Em janeiro de 2004, os pagamentos de complementação de aposentadoria e pensão, foram transferidos para a Secretaria da Fazenda, e seriam feitos de acordo com os critérios de cálculos definidos pela PGE. Por força de decisão judicial, a responsabilidade pelos pagamentos retornou à SABESP, na forma original. (iii) Acordo GESP Em 11 de dezembro de 2001, a Companhia, o GESP (por intermédio da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, atualmente Secretaria da Fazenda) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, com a interveniência da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, atualmente Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, celebraram o Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, Compromisso de Pagamento e Outras Avenças (“Acordo GESP”), com o intuito de equacionar as pendências existentes entre o GESP e a Companhia relacionadas aos serviços de água e esgoto, bem como aos benefícios de aposentadoria. Tendo em vista a importância estratégica dos reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova (“Reservatórios”), para a garantia da manutenção do volume de água do Alto Tietê, a Companhia acordou recebê-los como parte do reembolso referente aos Benefícios. Os Reservatórios lhe seriam transferidos pelo DAEE, que, por sua vez, se sub-rogaria em crédito de mesmo valor perante o GESP. No entanto, o Ministério Público do Estado de São Paulo questiona a validade jurídica desse acordo, cujos argumentos principais são a falta de licitação e a ausência de autorização legislativa específica para a alienação de patrimônio do DAEE. Há decisão desfavorável para a SABESP ainda não transitada em julgado. Os advogados da Companhia avaliam o risco de perda desse processo como provável. Ver informações adicionais no item (vi) abaixo. (iv) Primeiro Aditamento ao Acordo GESP Em 22 de março de 2004, a Companhia e o Governo do Estado aditaram os termos do Acordo GESP original, (1) consolidando e reconhecendo valores devidos pelo Governo do Estado por serviços prestados de fornecimento de água e coleta de esgoto, corrigidos monetariamente, até fevereiro de 2004; (2) formalmente autorizando a compensação de valores devidos pelo Governo do Estado com juros sobre o capital próprio declarados pela Companhia e qualquer outro débito existente junto ao Governo do Estado em 31 de dezembro de 2003, corrigido monetariamente até fevereiro de 2004; e (3) definindo as condições de pagamento das obrigações remanescentes do Governo do Estado pelo recebimento da prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto. F-111 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (v) Segundo Aditamento ao Acordo GESP Em 28 de dezembro de 2007, a Companhia e o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Fazenda assinaram o segundo aditamento aos termos do acordo GESP original concordando com o parcelamento do saldo remanescente do Primeiro Aditamento, no valor de R$ 133.709 em 30 de novembro de 2007, a ser pago em 60 parcelas iguais, mensais e consecutivas, vencendo-se a primeira em 02 de janeiro de 2008. Em dezembro de 2012 foi realizado o pagamento da última parcela. O Estado e a SABESP concordam em retomar o cumprimento de suas obrigações recíprocas, pontualmente, sob novas premissas: (a) implementação de sistema de gerenciamento eletrônico de contas para facilitar e agilizar o acompanhamento dos processos de pagamento e os procedimentos de gestão orçamentária; (b) estruturação do Programa de Uso Racional da Água – PURA para racionalizar o consumo de água e o valor das contas de água e esgotos de responsabilidade do Estado; (c) estabelecimento, pelo Estado, de critérios na orçamentação de forma a evitar o remanejamento dos valores na rubrica específica de contas de água e esgotos a partir de 2008; (d) possibilidade de registro de órgãos e entidades estaduais em sistema ou cadastro de inadimplência; (e) possibilidade de interrupção do fornecimento de água aos órgãos e entidades estaduais em caso de inadimplemento do pagamento das contas de água e esgotos. (vi) Terceiro Aditamento ao Acordo GESP O GESP, a SABESP e o DAEE, celebraram em 17 de novembro de 2008, o Terceiro Aditamento ao Acordo GESP, por meio do qual o GESP confessou dever à SABESP o valor de R$ 915.251, atualizados monetariamente até setembro de 2008 pelo IPCA-IBGE, correspondente ao Valor Incontroverso, apurado pela FIPECAFI. A SABESP aceitou, provisoriamente, os Reservatórios (ver item (iii) acima) como parte do pagamento do Valor Incontroverso e ofereceu ao GESP quitação provisória, constituindo um crédito financeiro de R$ 696.283, correspondente ao valor dos Reservatórios no sistema Alto Tietê. A Companhia não reconheceu o valor a receber de R$ 696.283 referente aos Reservatórios, tendo em vista a incerteza relacionada à transferência dos mesmos pelo Governo do Estado. A quitação definitiva apenas ocorrerá com a efetiva transferência de propriedade no competente cartório de registro de imóveis. O saldo devedor restante de R$ 218.967 está sendo pago em 114 parcelas mensais e consecutivas, no valor de R$ 1.920 cada, atualizadas anualmente pelo IPCA-IBGE acrescidas de juros de 0,5% a.m., vencendo-se a primeira em 25 de novembro de 2008. O Terceiro Aditamento prevê também a regularização do fluxo mensal de benefícios. Enquanto a SABESP estiver responsável pelos pagamentos mensais, o Estado deverá reembolsar a Companhia com base nos critérios idênticos aos aplicados na apuração do Valor Incontroverso. Não havendo mais decisão judicial impeditiva, o Estado assumirá diretamente o fluxo de pagamento mensal da parcela tida por incontroversa. F-112 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (vii) Valor Controverso dos Benefícios Como antes mencionado, em 17 de novembro de 2008 a Companhia e o Estado assinaram o Terceiro Aditivo ao Acordo GESP, ocasião em que foram quantificados os valores denominados controversos e incontroversos. Nesse aditivo, ficaram estabelecidos esforços para equacionar o que foi denominado Valor Controverso dos Benefícios. De acordo com a cláusula quarta desse instrumento, o Valor Controverso é representado pela diferença entre o Valor Incontroverso e o valor efetivamente pago pela Companhia a título de Benefícios de complementação de aposentadoria e pensões previstos na Lei 4.819/58, de responsabilidade originária do Estado, mas pagos pela SABESP por força de decisão judicial. Ao celebrar o Terceiro Aditamento, ficou prevista uma reapreciação por parte da PGE das divergências que deram causa ao valor controverso dos benefícios previstos na Lei 4.819/58. Essa expectativa estava à época baseada na disposição da PGE reapreciar a questão e também no entendimento do direito da Companhia ao ressarcimento, baseado inclusive em pareceres técnicos jurídicos externos. Contudo, os novos pareceres emitidos pela PGE e recebidos em 04 e 22 de setembro de 2009 e em 04 de janeiro de 2010, negaram o reembolso da parcela anteriormente definida como valor controverso. Embora as negociações com o Estado ainda sejam mantidas, não é mais possível assegurar que a Companhia recuperará, de forma inteiramente amigável, os créditos relativos ao valor controverso. Dando continuidade às ações visando recuperar o crédito que a Administração entende como devido pelo Governo do Estado, relativo às divergências acerca do reembolso dos benefícios de complementação de aposentadoria e pensões pagas pela Companhia, a SABESP: (i) endereçou, em 24 de março de 2010, mensagem ao Acionista Controlador, encaminhando ofício deliberado pela Diretoria Colegiada, propondo ação arbitral de comum acordo, a ser encaminhada à Câmara Arbitral da Bovespa; (ii) em junho de 2010 encaminhou à Secretaria da Fazenda, proposta de acordo visando o equacionamento das referidas pendências. Esta proposta não obteve sucesso; (iii) em 09 de novembro de 2010, protocolou ação judicial contra o Estado de São Paulo, para pleitear o ressarcimento integral dos valores pagos a título de benefícios previstos na Lei Estadual nº 4.819/58, o que permitirá equacionar, em definitivo, o aludido valor controverso em discussão entre a Companhia e o GESP. A despeito da ação judicial, cuja expectativa é de possível ganho, a Companhia insistirá na obtenção de acordo durante o andamento da ação judicial, por entender que um acordo razoável é melhor para a empresa e seus acionistas do que aguardar o fim da demanda judicial. A Administração da Companhia optou por não reconhecer tais valores, em razão da incerteza que envolve o reembolso pelo Estado. Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os valores não registrados no ativo, referentes à complementação de aposentadoria e pensão pagos totalizavam R$ 1.479.705 e R$ 1.412.479, respectivamente, incluindo o valor de R$ 696.283 referentes à transferência dos reservatórios no sistema Alto Tietê. A Companhia também reconheceu a obrigação atuarial referente à complementação de aposentadoria e pensão mantida com os funcionários e pensionistas do Plano G0. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os valores correspondentes a essa obrigação atuarial eram de R$ 2.053.527 e R$ 1.780.268, respectivamente. Para mais informações sobre as obrigações de complementação de aposentadoria e pensão, ver Nota 20 (b) (iii). F-113 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Ativos contingentes - GESP (não contabilizados) Conforme mencionado acima, em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a SABESP possuía ativos contingentes com o GESP, não registrados no ativo, referentes à complementação de aposentadoria e pensão pagos (Lei 4.819/58), conforme abaixo: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Valores controversos a receber 783.422 716.196 Valor incontroverso referente à transferência para a SABESP dos reservatórios no sistema Alto Tietê (valor original)(*) 696.283 696.283 1.479.705 1.412.479 Total (*) Ver evento subsequente importante sobre este assunto na nota explicativa 31 (c). (c) Utilização de Reservatórios – EMAE A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE pretende o recebimento de crédito e compensação financeira pela utilização da água dos reservatórios Guarapiranga e Billings que a SABESP utiliza em suas operações, bem como o ressarcimento de danos relacionados ao não pagamento em época própria. A Companhia entende que não é devido qualquer valor pela utilização desses reservatórios haja vista as outorgas concedidas. Caso esses reservatórios não estivessem disponíveis para uso da Companhia, poderia haver necessidade de captar água em localidades mais distantes, havendo o risco de inviabilizar a prestação adequada de seus serviços na região, além de elevar o custo de captação. Diversas ações foram ajuizadas pela EMAE. Atualmente está em curso um procedimento arbitral com relação ao reservatório Guarapiranga e uma ação judicial em relação ao reservatório Billings, pretendendo, em ambos, compensação financeira em razão da captação de água pela SABESP para abastecimento público, alegando que tal conduta tem ocasionado perda permanente e crescente na capacidade de geração de energia elétrica da usina Hidrelétrica de Henry Borden com prejuízos financeiros. A SABESP entende que a expectativa para todos os casos é de possível perda, não sendo viável, por ora, estimar os valores envolvidos em face de não terem sido delimitados. Em 10 de abril de 2014, emitimos Comunicado ao Mercado com a informação sobre um eventual acordo futuro. No entanto, nenhum ajuste foi confirmado e nenhum acordo foi executado por qualquer das partes até este momento. F-114 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (d) Contratos com Tarifa reduzida para Entidades Públicas Estaduais e Municipais que aderirem ao Programa de Uso Racional de água (PURA) A Companhia tem contratos assinados com entidades públicas ligadas ao Governo do Estado e aos municípios operados que são beneficiados com uma redução de 25% na tarifa dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos, quando adimplentes. Os contratos preveem a implantação do programa de uso racional de água, que considera a redução no consumo de água. (e) Aval O Governo do Estado concede aval para alguns empréstimos e financiamentos da Companhia e não cobra qualquer taxa a ele relacionado. (f) Contrato de cessão de pessoal entre entidades ligadas ao GESP A Companhia possui contratos de cessão de funcionários com entidades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo, onde os gastos são integralmente repassados e reembolsados monetariamente. Em 2014, os gastos com os funcionários cedidos pela SABESP às outras entidades estaduais somaram R$ 9.651 (dezembro/2013 - R$ 12.879). Os gastos com funcionários de outras entidades à disposição da SABESP em 31 de dezembro de 2014 somaram R$ 403 (dezembro/2013 – R$ 695). (g) Serviços contratados de entidades ligadas ao GESP Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, a SABESP possuía em aberto o montante de R$ 1.569 e R$ 1.791 a pagar, respectivamente, referente a serviços prestados por entidades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo. (h) Ativos não operacionais A Companhia possuía, em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o valor de R$ 969 relativo a terreno cedido em comodato ao DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica. (i) Sabesprev A Companhia patrocina plano de benefício definido operado e administrado pela Sabesprev. O compromisso atuarial líquido, reconhecido até 31 de dezembro de 2014 é de R$ 676.071 (dezembro/2013 – R$ 546.748), conforme Nota 20 (b). F-115 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (j) Remuneração da Administração - Remuneração: A política de remuneração dos administradores é estabelecida de acordo com diretrizes do Governo do Estado de São Paulo, o CODEC (Conselho de Defesa dos Capitais do Estado), e é baseada no desempenho, competitividade de mercado, ou outros indicadores relacionados ao negócio da Companhia e está sujeita a aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária. A remuneração dos executivos está limitada a remuneração do Governador do Estado. A remuneração do Conselho de Administração corresponde a 30% da remuneração dos Diretores, condicionada à participação de no mínimo uma reunião mensal. O objetivo da política de remuneração é estabelecer um modelo de gestão privada, com o fim de incentivar a manutenção em seus quadros e recrutar profissionais dotados de competência, experiência e motivação, considerando-se o grau de eficiência atualmente exigido pela Companhia. Além da remuneração mensal, os membros do Conselho de Administração e a Diretoria Colegiada recebem: - Gratificação anual: Equivalente a um honorário mensal, calculada sobre uma base pro rata temporis, no mês de dezembro de cada ano. A finalidade dessa gratificação é estabelecer uma similaridade com o décimo terceiro salário do regime trabalhista dos empregados da Companhia, uma vez que a relação dos administradores com a Companhia é de natureza estatutária. Benefícios pagos apenas aos Diretores Estatutários – vale refeição, cesta básica, assistência médica, descanso anual remunerado por meio de licença remunerada de 30 dias e pagamento de um prêmio equivalente a um terço dos honorários mensais. - Bônus: A SABESP paga bônus para fins de remuneração dos administradores das companhias em que o Estado é o acionista controlador, como política motivacional, desde que a companhia efetivamente apure lucro trimestral, semestral e anual, e distribua dividendos obrigatórios aos acionistas, mesmo que na forma de juros sobre o capital próprio. Os bônus anuais não podem exceder seis vezes a remuneração mensal dos administradores, nem 10% dos juros sobre capital próprio pagos pela companhia, prevalecendo o que for menor. F-116 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os gastos relacionados a remuneração dos membros do Conselho de Administração e dos Diretores foi de R$ 3.446 e R$ 3.386 para os exercícios de 31 de dezembro de 2014 e 2013, respectivamente, e referem-se a benefícios de curto prazo. Uma quantia adicional de R$ 504, referente ao programa de bônus, foi registrado no exercício de 2014 (dezembro/2013 - R$ 566). (k) Contrato de mútuo mediante abertura de crédito A Companhia possui participação em algumas Sociedades de Propósito Específico (SPE), onde não possui maioria das ações, porém possui voto qualificado e poder de veto em algumas matérias não havendo capacidade de utilizar este poder sobre estas SPE’s de forma a afetar os valores de seus retornos. Desta forma, estas SPE’s são consideradas para fins contábeis como controladas em conjunto. A Companhia formalizou contrato de mútuo mediante abertura de crédito com as SPE’s Águas de Andradina S/A, Águas de Castilho S/A, Aquapolo Ambiental S/A e Attend Ambiental S/A, com o objetivo de financiar as operações destas empresas, até a liberação dos empréstimos e financiamentos solicitados junto às instituições financeiras. Os contratos firmados com as SPE’s Águas de Andradina S/A e Águas de Castilho S/A, foram liquidados. Os demais contratos firmados com Aquapolo Ambiental S/A, em 30 de março de 2012 e Attend Ambiental S/A, em 09 de maio de 2014, permanecem com as mesmas características, conforme quadro a seguir: SPE Limite de crédito Saldo principal desembolsado Saldo de juros Total Taxa de juros Vencimento Attend Ambiental 5.400 5.400 494 5.894 SELIC + 3,5 % a.a. (*) Aquapolo Ambiental 5.629 5.629 2.559 8.188 CDI + 1,2% a.a. 30/04/2016 Aquapolo Ambiental 19.000 19.000 7.284 26.284 CDI + 1,2% a.a. 30/04/2015 Total 30.029 30.029 10.337 40.366 (*) O contrato de mútuo com a SPE Attend Ambiental S/A, possui prazo de vencimento de 180 dias, contados a partir da data da disponibilização do respectivo valor na conta da mutuária, renováveis por igual período. O limite de crédito estará disponível à mutuária até 31 de dezembro de 2014. O valor desembolsado está contabilizado no Ativo da Companhia na rubrica “Demais Contas a Receber”, sendo R$ 24.400 de principal e R$ 7.778 de juros classificados no Ativo Circulante e R$ 5.629 de principal e R$ 2.559 de juros no Ativo Não Circulante. Em 31 de dezembro de 2014 o saldo de principal e juros destes contratos é de R$ 40.366 (em 31 de dezembro de 2013 – R$ 32.058). No período de janeiro a dezembro de 2014, a receita financeira reconhecida foi de R$ 5.222 (janeiro a dezembro de 2013 – R$ 3.977). F-117 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (l) Programa Se Liga na Rede O Governo do Estado sancionou a Lei Estadual nº 14.687/12, criando o Programa Pró-conexão, destinado a subsidiar financeiramente a execução de ramais intradomiciliares necessária à efetivação de ligações às redes coletoras de esgoto, em domicílios de famílias de baixa renda que concordem em aderir ao programa. Os gastos com o programa, exceto custos indiretos, margem de construção e custos de financiamentos, serão custeados com 80% dos recursos oriundos do Governo do Estado e os 20% restantes investidos pela SABESP, que também é responsável pela execução das obras. Em 31 de dezembro de 2014 o valor total com o programa foi de R$ 67.576 (em 31 de dezembro de 2013 – R$ 35.513), sendo R$ 17.661 (em 31 de dezembro de 2013 – R$ 22.314) registrado em saldos a receber com partes relacionadas, o montante de R$ 24.862 (em 31 de dezembro de 2013 – R$ 9.896) registrado no grupo de intangível e R$ 25.053 (em 31 de dezembro de 2013 – R$ 3.303) reembolsado pelo GESP. 11 Agência Nacional de Águas - ANA Referem-se a contratos firmados no âmbito do Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES), também conhecido como "Programa de Compra de Esgoto Tratado". O programa não financia obras ou equipamentos, remunera pelos resultados alcançados, ou seja, pelo esgoto efetivamente tratado. Nesse programa, a Agência Nacional de Águas (ANA) disponibiliza recursos, que ficam bloqueados em conta corrente específica e são aplicados em fundos de investimentos na Caixa Econômica Federal (CEF), até que sejam comprovados os cumprimentos das metas de volume de esgoto tratado e de abatimento de cargas poluidoras de cada contrato. No momento da disponibilização dos recursos é constituído um passivo até que sejam liberados os recursos pela ANA. Após a comprovação das metas estipuladas em cada contrato é reconhecida a receita decorrente desses recursos, porém caso tais metas não sejam cumpridas os recursos são devolvidos ao Tesouro Nacional com os devidos rendimentos dos fundos. Em 31 de dezembro de 2014 os saldos do ativo e do passivo eram de R$ 122.634 (31 de dezembro de 2013 – R$ 107.003), sendo que o passivo está registrado na rubrica "Outras obrigações" do passivo não circulante. 12 Investimentos A Companhia possui participação em algumas Sociedades de Propósito Específico (SPE), embora a participação da SABESP no capital social de suas investidas não seja majoritária, o acordo de acionistas prevê o poder de veto sobre determinadas matérias de gestão não havendo capacidade de utilizar este poder sobre estas SPE’s de forma a afetar os valores de seus retornos, indicando controle compartilhado participativo (joint venture ou “negócios em conjunto” – CPC 19(R2)). F-118 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A Companhia possui participação avaliada por equivalência patrimonial nas seguintes investidas: Sesamm Em 15 de agosto de 2008, a Companhia, em conjunto com as empresas OHL Medio Ambiente, Inima S.A.U. Unipersonal (“Inima”), Técnicas y Gestion Medioambiental S.A.U. (“TGM”) e Estudos Técnicos e Projetos ETEP Ltda. (“ETEP”), constituíram a empresa Sesamm – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S/A, com prazo de duração de 30 anos contados da data de assinatura do contrato de concessão com o município, cujo objeto social é a prestação dos serviços de complementação da implantação do sistema de afastamento de esgotos e implantação de operação do sistema de tratamento de esgotos do município de Mogi Mirim, incluindo a disposição dos resíduos sólidos gerados. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da Sesamm era de R$ 19.532, divididos em 19.532.409 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 36% de participação acionária e Inima detém 46% de participação. As operações foram iniciadas em junho de 2012. Águas de Andradina Em 15 de setembro de 2010, a Companhia, em conjunto com a empresa Companhia de Águas do Brasil – Cab Ambiental constituiu a empresa Águas de Andradina S/A, com prazo indeterminado, cujo objeto social é a prestação de serviços de água e de esgoto no Município de Andradina. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da empresa era de R$ 3.097, divididos em 3.096.866 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. Está registrado, no patrimônio líquido da investida, como adiantamento para futuro aumento de capital o valor de R$ 12. As operações foram iniciadas em outubro de 2010. Águas de Castilho Em 29 de outubro de 2010, a Companhia, em conjunto com a Companhia de Águas do Brasil – Cab Ambiental, constituiu a empresa Águas de Castilho cujo objeto social é a prestação de serviços de água e esgoto no município de Castilho. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da empresa era de R$ 770, divididos em 770.000 ações nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. As operações iniciaram-se em janeiro de 2011. F-119 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Saneaqua Mairinque Em 14 de junho de 2010, a Companhia, em conjunto com a empresa Foz do Brasil S.A., constituiu a empresa Saneaqua Mairinque S/A, com prazo de duração indeterminado, cujo objeto é a exploração do serviço público de água e esgoto do município de Mairinque. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da empresa era de R$ 2.000, divididos em 2.000.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. As operações foram iniciadas em outubro de 2010. Attend Ambiental Em 23 de agosto de 2010, a Companhia, em conjunto com a Companhia Estre Ambiental S/A, constituiu a empresa Attend Ambiental S/A cujo objeto social é a implantação e operação de uma estação de pré tratamento de efluentes não domésticos e condicionamento de lodo, na região metropolitana da capital do Estado de São Paulo, bem como o desenvolvimento de outras atividades correlatas e a criação de infraestrutura semelhante em outros locais, no Brasil e Exterior. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da empresa era de R$ 13.400, divididos em 13.400.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 45% de participação acionária. O valor que estava registrado, no patrimônio líquido da investida, como adiantamento para futuro aumento de capital no montante de R$ 11.400 foi totalmente integralizado em 1º de março de 2013. As operações foram iniciadas em dezembro de 2014. Aquapolo Ambiental S/A. Em 8 de outubro de 2009, a Companhia, em conjunto com a empresa Odebrecht Utilities S/A, antiga Foz do Brasil S.A., constituiu a empresa Aquapolo Ambiental, cujo objeto é a produção, fornecimento e comercialização de água de reuso para a Quattor Química S.A.; Quattor Petroquímica S.A.; Quattor Participações S.A. e demais empresas integrantes do Polo Petroquímico. Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da empresa era de R$ 36.412, divididos em 42.419.045 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 49% de participação acionária. As operações foram iniciadas em outubro de 2012. F-120 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Abaixo segue resumo da participação da SABESP nas demonstrações financeiras dessas investidas: Empresa Resultado de equivalência patrimonial Percentual de participação Patrimônio líquido Resultado do período 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 Sesamm 9.644 8.239 1.405 2.479 36% 36% 26.788 22.884 3.904 6.885 Águas de Andradina 1.375 1.087 288 336 30% 30% 4.582 3.622 960 1.119 Águas de Castilho 860 619 241 145 30% 30% 2.866 2.064 802 484 Saneaqua Mairinque 809 931 (122) 209 30% 30% 2.697 3.102 (405) 695 - 2.707 (2.707) (1.672) 45% 45% (111) 6.016 (6.127) (3.715) 7.948 9.506 (1.558) 968 49% 49% 16.220 19.400 (3.180) 1.976 20.636 23.089 (2.453) 2.465 53.042 57.088 (4.046) 7.444 587 571 21.223 23.660 Attend Ambiental Aquapolo Ambiental Total Outros investimentos Total geral 13 Investimentos Propriedades para Investimento Em 31 de dezembro de 2014 o saldo das “Propriedades para investimento” é de R$ 54.039 (dezembro/2013 – R$ 54.039). Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, o valor de mercado destas propriedades é de aproximadamente R$ 350.000 e R$ 296.000, respectivamente. F-121 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 14 Intangível (a) Saldos patrimoniais 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Amortização Amortização Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido Intangíveis decorrentes de: Contratos de concessão valor patrimonial (i) 8.983.492 (1.614.221) 7.369.271 8.578.886 (1.499.096) 7.079.790 Contratos de concessão – valor econômico (ii) 1.679.042 (397.782) 1.281.260 1.529.096 (342.950) 1.186.146 Contratos de programa (iii) 7.338.985 (1.959.832) 5.379.153 6.473.507 (1.804.940) 4.668.567 808.662 (105.753) 702.909 693.029 (79.709) 613.320 12.916.939 (1.930.553) 10.986.386 11.555.381 (1.430.778) 10.124.603 326.045 (65.498) 260.547 209.156 (35.351) 173.805 32.053.165 (6.073.639) 25.979.526 29.039.055 (5.192.824) 23.846.231 Contratos de programa – compromissos (iv) Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) Licença de uso de software Total (b) Movimentação 31 de dezembro de 2013 Renovação Contrato Adições Provisão para perdas Transferências Baixas e alienações Amortização 31 de dezembro de 2014 Intangíveis decorrentes de: Contrato de concessão valor patrimonial (i) 7.079.790 693.960 (165.093) (1.598) (34.011) (14.542) (189.235) 7.369.271 Contratos de concessão - valor econômico (ii) 1.186.146 150.647 - - (57) (496) (54.980) 1.281.260 4.668.567 878.947 165.093 (2.919) (122.940) (9.726) (197.869) 5.379.153 613.320 115.632 - - - - (26.043) 702.909 10.124.603 1.264.861 - (30.352) 112.507 (23.162) (462.071) 10.986.386 173.805 132.734 - - - - (45.992) 260.547 23.846.231 3.236.781 - (34.869) (44.501) (47.926) (976.190) 25.979.526 Contratos de programa (iii) Contratos de programa compromissos (iv) – Contrato de prestação serviços – São Paulo (v) de Licença de uso de Software Total F-122 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2012 Reapresentado Renovação Contrato Adições Transferências 31 de dezembro de 2013 Baixas e alienações Amortização Intangíveis decorrentes de: Contrato de patrimonial (i) concessão valor 6.896.194 647.318 (310.844) (6.690) (3.458) (142.730) 7.079.790 Contratos de concessão - valor econômico (ii) 1.109.936 126.853 - 82 (86) (50.639) 1.186.146 Contratos de programa (iii) 3.819.172 733.796 310.844 4.789 (2.390) (197.644) 4.668.567 571.091 65.040 - - - (22.811) 613.320 9.568.487 975.913 - 177 (21.939) (398.035) 10.124.603 2.646 201.399 - 5.155 - (35.395) 173.805 21.967.526 2.750.319 - 3.513 (27.873) (847.254) 23.846.231 Contratos de programa compromissos (iv) – Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) Licença de uso de Software Total Durante 2014 a Companhia formalizou contratos de programa com os municípios de Itapevi, Jaborandi, Lucélia, Parapuã, Piedade, Rosana, Registro e Diadema, todos pelo prazo de 30 anos. Ver informações sobre o contrato com Diadema na nota explicativa 9 (a). (c) Serviços de construção 2014 Receita de construção Custo de construção Margem Água Esgoto Total 1.204.380 1.713.656 2.918.036 1.181.596 1.673.920 2.855.516 22.784 39.736 62.520 2013 Receita de construção Custo de construção Margem F-123 Água Esgoto Total 1.011.412 1.433.323 2.444.735 988.281 1.406.206 2.394.487 23.131 27.117 50.248 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (d) Intangíveis decorrentes de contratos de concessão A Companhia opera contratos de concessão incluindo a prestação de serviços de saneamento básico e ambiental, fornecimento de água e coleta de esgoto. Esses contratos de concessão estabelecem direitos e deveres relativos à exploração dos bens relacionados à prestação de serviço público (ver Nota 3.8 (a)). Os contratos preveem que os bens serão revertidos ao poder concedente ao fim do período de concessão. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia operava em 364 municípios no Estado de São Paulo (em 2013 – 363). Na maior parte desses contratos o período de concessão é de 30 anos. A prestação de serviços é remunerada na forma de tarifa, regulamentada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP). Os intangíveis decorrentes de contratos de concessão incluem: (i) Contratos de concessão – valor patrimonial Referem-se a municípios assumidos até o ano de 2006, exceto municípios assumidos pelo valor econômico, através de laudo de avaliação patrimonial efetuado por peritos independentes. A amortização dos ativos é calculada de acordo com o método linear, que considera a vida útil dos bens. (ii) Contratos de concessão – valor econômico No período de 1999 a 2006, as negociações relacionadas às novas concessões foram realizadas considerando o resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação emitido por peritos independentes. O montante definido no respectivo instrumento de contratação, após a concretização do negócio junto ao município, com realização mediante subscrição de ações da Companhia ou em dinheiro, está registrado nessa rubrica e é amortizado pelo período da respectiva concessão (normalmente de 30 anos). Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não existiam valores pendentes relativos a esses pagamentos aos municípios. Amortização dos bens intangíveis é realizada durante a vigência dos contratos ou pela vida útil dos bens adjacentes (dos dois o menor) de concessão pelo método linear. (iii) Contratos de programa Refere-se a renovação dos contratos antigamente denominados contratos de concessão cujo objetivo é a prestação de serviços de saneamento. A amortização dos ativos adquiridos até as datas das assinaturas dos contratos de programa é calculada de acordo com método linear, que considera a vida útil dos bens. Os ativos adquiridos ou construídos após as datas das assinaturas dos contratos de programa são amortizados durante o período do contrato (30 anos) ou durante a vida útil dos ativos adjacentes, dos dois o menor. F-124 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iv) Contratos de programa - Compromissos A partir do marco regulatório de 2007 as renovações passaram a ser feitas por meio de contratos de programa. Em alguns desses contratos de programa, a Companhia assumiu o compromisso de participar financeiramente em ações Sócio-ambientais. Os bens construídos e compromissos financeiros assumidos dentro dos contratos de programa são registrados como ativo intangível e são amortizados pelo método linear de acordo com a vigência do contrato de programa (em sua maioria 30 anos). Em 31 de dezembro de 2014, as despesas de amortização relacionadas aos compromissos dos contratos de programa foram de R$ 26.043 (dezembro/2013 – R$ 22.811). Os valores ainda não desembolsados estão registrados na conta “Compromissos Contratos de Programa” no passivo circulante o montante de R$ 189.551 e R$ 77.360 em 31 de dezembro de 2014 e 2013, respectivamente e no passivo não circulante o montante de R$ 18.208 e R$ 88.678 em 31 de dezembro de 2014 e 2013, respectivamente. Em 2014 foi utilizada a taxa de 8,06% ao ano (WACC), para cálculo do ajuste a valor presente destes contratos. (v) Contratos de prestação de serviços – São Paulo Em 23 de junho de 2010 a Companhia celebrou um Contrato com o Estado e o Município de São Paulo de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município de São Paulo por um período de 30 anos, prorrogável por mais 30 anos. Também em 23 de junho de 2010, foi assinado o Convênio entre o Estado e Município, com interveniência e anuência da SABESP e Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (“ARSESP”), cujos principais aspectos são os seguintes: 1. O Estado e o Município atribuem à SABESP o direito de explorar a prestação dos serviços de saneamento da Capital do Estado de São Paulo, o que envolve a obrigação de prover os serviços e o direito de ser remunerada por intermédio do recebimento de receitas tarifárias; 2. O Estado e Município definem a ARSESP como responsável pelas funções de regulação, inclusive tarifária, controle e fiscalização dos serviços; 3. O modelo de avaliação utilizado foi o de fluxo de caixa descontado, o qual considerou a sustentabilidade econômico-financeira da operação da SABESP na Região Metropolitana de São Paulo; 4. Foram considerados no fluxo de caixa todos os custos operacionais, tributos, investimentos e a remuneração do custo de oportunidade dos investidores e credores da SABESP; F-125 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 5. O contrato prevê investimentos equivalentes a 13% da receita bruta obtida pela prestação de serviços no Município de São Paulo, líquida de Cofins e Pasep. Os planos de investimentos, no que tange à execução da SABESP, deverão ser compatibilizados com as atividades e programas previstos nos planos de saneamento Estadual, Municipal, e se for o caso, Metropolitano. O Plano de Investimentos não é definitivo e será revisado pelo Comitê Gestor a cada quatro anos, em especial quanto aos investimentos a serem executados no período subsequente; 6. O repasse ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura para aplicação em ações pertinentes ao saneamento da capital constitui encargo a ser recuperado na tarifa, conforme disposição contratual. Este valor corresponde a 7,5% (sete e meio por cento) da receita bruta obtida pela prestação de serviços no Município de São Paulo, líquida de Cofins e Pasep, e inadimplência do período, reconhecido contabilmente no resultado, como custo operacional; 7. O custo de oportunidade dos investidores e credores da SABESP foi estabelecido pela metodologia CMPC (custo médio ponderado de capital). Este custo foi utilizado como taxa de desconto do fluxo de caixa; e 8. O Contrato prevê a remuneração dos ativos líquidos em operação, apurados preferencialmente por meio de avaliação patrimonial, ou pelo valor contábil atualizado monetariamente, conforme vier a ser definido pela ARSESP. Além disso, prevê, também, a remuneração dos investimentos a serem executados pela SABESP, de forma que não haja valor residual ao final do Contrato. Com relação à recuperação, por meio de tarifa, mencionada no item 6 acima, do repasse ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura, a ARSESP editou em abril de 2013 a Deliberação nº 413, adiando a aplicação da Deliberação nº 407 e postergando, até a conclusão do processo de revisão tarifária, o repasse na fatura dos serviços os valores referentes aos encargos municipais que estava estipulado na Deliberação nº 407. O adiamento da aplicação da Deliberação nº 407 se deveu à solicitação do Governo do Estado de São Paulo para estudar, entre outras coisas, métodos de redução nos impactos aos consumidores. Em 18 de abril de 2014, foi publicada a Deliberação ARSESP nº 484 apresentando o resultado definitivo da Revisão Tarifária da SABESP, porém tanto a Prefeitura Municipal de São Paulo, através do Ofício nº 1.309/14-SGM/GAB, como o Estado de São Paulo por meio de requerimento apresentado pela Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, através do ofício ATG/Ofício nº 092/14-CC, solicitaram a prorrogação dos efeitos da Deliberação ARSESP nº 413, publicada no DOE em 20 de março de 2013, até a conclusão da revisão do Contrato celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo e a SABESP. Por meio da Deliberação 488, de 07 de maio de 2014, a ARSESP manteve a suspensão da eficácia da Deliberação ARSESP nº 407, publicada em 22 de março de 2013, até serem conhecidos os resultados obtidos na revisão do Contrato celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo e a SABESP, postergando a autorização para o repasse na fatura dos serviços dos valores referentes aos encargos municipais, legalmente estabelecidos, que, por força dos Contratos de Programa e Contratos de Prestação de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, devam ser considerados na Revisão Tarifária. F-126 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A contratualização com o Município de São Paulo, que representa 49,42% da receita total da Companhia, em 31 de dezembro de 2014, garante segurança jurídica e patrimonial à SABESP, retorno adequado aos acionistas e prestação de serviços de qualidade aos seus clientes. A Prefeitura Municipal de São Paulo e a Companhia não concluíram um acordo para o equacionamento das pendências financeiras existentes até a data da assinatura do Contrato, relacionadas à prestação dos serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos aos imóveis da Municipalidade, motivo pelo qual, a Companhia ajuizou as referidas contas, que estão provisionadas para perdas. (e) Capitalização de juros e demais encargos financeiros Em 2014, a Companhia capitalizou juros e variação monetária, inclusive variação cambial nos ativos intangíveis de concessão no valor de R$ 278.265 (dezembro/2013 – R$ 205.012), durante o período no qual os ativos eram apresentados como obras em andamento. (f) Margem de construção A Companhia atua como responsável primária pela construção e instalação da infraestrutura relacionada à concessão, quer seja com seus próprios esforços ou por meio de contratação de terceiros, estando exposta, significativamente, aos seus riscos e benefícios. Dessa forma, a Companhia reconhece receita de construção, correspondente aos custos de construção adicionados de uma margem bruta. Em geral as construções relacionadas com as concessões são realizadas por terceiros contratados pela Companhia. Nesse caso a margem implícita da Companhia é menor, em geral, para cobrir os custos de administração, bem como, a assunção do risco primário. Em 2014 e 2013 a margem apurada foi de 2,3%. O valor da margem de construção para o ano de 2014 e de 2013 foi de R$ 62.520 e R$ 50.248, respectivamente. (g) Desapropriações Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de desapropriações em propriedades de terceiros, cujos proprietários serão ressarcidos por meios amigáveis ou judiciais. Os custos dessas desapropriações deverão ser registrados nos ativos intangíveis de concessão quando concretizada a operação. Em 2014, o total referente às desapropriações foi de R$ 13.200 (dezembro/2013 - R$ 61.102). F-127 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (h) Parceria Público-Privada - PPP Sistema Produtor Alto Tietê A SABESP e a sociedade de propósito especifico CAB-Sistema Produtor Alto Tietê S/A, formada pelas empresas Galvão Engenharia S/A. e Companhia Águas do Brasil – CAB Ambiental, assinaram em junho de 2008, os contratos da Parceria Público-Privada do Sistema Produtor Alto Tietê. O contrato de prestação de Serviços tem prazo de 15 anos, com o propósito de ampliação da capacidade da Estação de Tratamento de Água de Taiaçupeba, de 10 para 15 mil litros por segundo, cuja operação iniciou em outubro de 2011. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o valor contábil registrado no intangível da Companhia, relacionado a esta PPP, era de R$ 404.447 e R$ 415.619, respectivamente. Com relação às obrigações assumidas pela Companhia, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos no passivo circulante eram de R$ 38.047 e R$ 20.241, e no passivo não circulante eram de R$ 307.991 e R$ 322.267, respectivamente. Em 2014 foi utilizada a taxa de desconto de 8,06% ao ano, para cálculo do ajuste a valor presente deste contrato. Sistema Produtor São Lourenço A SABESP e a sociedade de propósito específico CAB-Sistema Produtor São Lourenço S/A, formada pelas empresas Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e Construtora Andrade Gutierrez S/A, assinaram em agosto de 2013, os contratos de Parceria Público-Privada do Sistema Produtor São Lourenço. O contrato de prestação de serviços tem prazo de 25 anos, com o propósito de prestação de serviços de operação do sistema de desidratação, secagem e disposição final do lodo, manutenção e obras do Empreendimento Sistema Produtor São Lourenço, tendo como valor estimado o montante de R$ 6,0 bilhões, sendo que o início das obras ocorreu em abril de 2014. Em 31 de dezembro de 2014, o valor contábil registrado no intangível da Companhia, relacionada a esta PPP, era de R$ 22.756, sendo que a obrigação assumida no montante de R$ 22.245 foi registrado no passivo não circulante. (i) Obras em andamento Encontra-se registrado no intangível o montante de R$ 5.180 milhões de obras em andamento em 31 de dezembro de 2014 (dezembro/2013 – R$ 6.498 milhões), sendo que em 2014 as maiores obras estão localizadas nos municípios de São Paulo, Praia Grande e São José dos Campos, nos montantes de R$ 2.219, R$ 229 e R$ 253, respectivamente. F-128 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (j) Amortização do Intangível A taxa média de amortização foi de 3,8% em 2014 e 3,9% em 2013. (k) Licença de uso de software As licenças de uso de software são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os softwares e fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. No primeiro trimestre de 2013 a Companhia iniciou a implantação de solução integrada de gestão empresarial (Sistema ERP), que inclui a implementação do módulo administrativo/financeiro e do módulo comercial. 15 Imobilizado (a) Saldos patrimoniais 31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2014 Depreciação Depreciação Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido 100.533 - 100.533 88.332 - 88.332 74.235 (31.720) 42.515 54.187 (30.233) 23.954 299.921 (152.999) 146.922 202.498 (130.665) 71.833 Equipamentos de transporte 14.051 (6.438) 7.613 13.856 (5.961) 7.895 Móveis e utensílios 16.556 (9.432) 7.124 17.060 (10.239) 6.821 688 (550) 138 1.201 (540) 661 505.984 (201.139) 304.845 377.134 (177.638) 199.496 Terrenos Edificações Equipamentos Outros Total F-129 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Movimentação 31 de dezembro de 2013 Adições Transferências Baixas e alienações Depreciação 31 de dezembro de 2014 Terrenos 88.332 - 12.201 - - 100.533 Edificações 23.954 28.407 (8.561) - (1.285) 42.515 Equipamentos 71.833 58.002 42.481 (280) (25.114) 146.922 Equipamentos de transporte 7.895 1.481 (707) - (1.056) 7.613 Móveis e utensílios 6.821 1.187 (29) (39) (816) 7.124 661 374 (884) (3) (10) 138 199.496 89.451 44.501 (322) (28.281) 304.845 31 de dezembro de 2012 Reapresentado Adições Transferências Baixas e alienações Depreciação 31 de dezembro de 2013 Terrenos 88.328 - 4 - - 88.332 Edificações 25.561 - (133) (216) (1.258) 23.954 Equipamentos 69.633 24.678 (1.358) (350) (20.770) 71.833 Equipamentos de transporte 6.615 4.096 (1.795) - (1.021) 7.895 Móveis e utensílios 6.187 1.458 (5) (59) (760) 6.821 386 511 (226) - (10) 661 196.710 30.743 (3.513) (625) (23.819) 199.496 Outros Total Outros Total (c) Depreciação As taxas de depreciação são revisadas anualmente conforme segue: edificações 2%; equipamentos 10%; equipamentos de transportes 10% e móveis e utensílios 6,7%. Os terrenos não são depreciados. A taxa média da depreciação foi de 11,4%, nos anos de 2014 e 2013. F-130 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 16 Empréstimos e Financiamentos Saldo devedor de empréstimos e financiamentos Instituição financeira EM MOEDA NACIONAL Banco do Brasil 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Circulante Não Circulante Total Circulante Não Circulante Total - - - 100.497 - 100.497 Debêntures 10ª Emissão 38.027 187.352 225.379 37.171 220.109 257.280 Debêntures 12ª Emissão 45.450 431.174 476.624 22.727 476.702 499.429 Debêntures 14ª Emissão 37.038 239.192 276.230 20.079 269.862 289.941 Debêntures 15ª Emissão 94.819 761.497 856.316 - 820.887 820.887 Debêntures 16ª Emissão 498.731 - 498.731 - 499.434 499.434 Debêntures 17ª Emissão - 1.067.760 1.067.760 - 1.027.925 1.027.925 Debêntures 18ª Emissão - 202.145 202.145 - 160.859 160.859 Debêntures 19ª Emissão - 497.793 497.793 - - - Caixa Econômica Federal 67.085 1.031.438 1.098.523 83.267 959.853 1.043.120 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES BAIXADA SANTISTA 16.309 65.237 81.546 16.309 81.546 97.855 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC 10.287 76.975 87.262 9.370 79.644 89.014 4.068 35.318 39.386 2.308 29.192 31.500 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9751 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9752 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ONDA LIMPA Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES TIETE III Arrendamento Mercantil Outros Juros e Demais Encargos TOTAL EM MOEDA NACIONAL 1.725 25.875 27.600 - 20.400 20.400 20.183 186.374 206.557 19.230 196.821 216.051 - 187.420 187.420 - 98.404 98.404 8.997 473.593 482.590 - 382.492 382.492 716 1.886 2.602 498 2.431 2.929 125.011 - 125.011 113.504 - 113.504 968.446 5.471.029 6.439.475 424.960 5.326.561 5.751.521 F-131 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Saldo devedor de empréstimos e financiamentos Instituição financeira EM MOEDA ESTRANGEIRA Inter-American Development Bank - BID 713 – US$75.293 mil (dez/13 – US$100.391 mil) Inter-American Development Bank - BID 896 – US$5.555 mil (dez/13 – US$8.333 mil) 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Circulante Não Circulante Total Circulante Não Circulante Total 66.664 133.329 199.993 58.794 176.382 235.176 7.377 7.378 14.755 6.507 13.014 19.521 27.301 273.007 300.308 24.077 264.854 288.931 Inter-American Development Bank - BID 2202 – US$347.190 mil (dez/13 – US$243.687 mil) - 914.189 914.189 - 564.443 564.443 Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -BIRD – US$45.860 mil (dez/13 – US$37.335 mil) - 121.447 121.447 - 87.077 87.077 Euro Bônus – US$140.000 mil (dez/13 – US$140.000 mil) - 371.655 371.655 - 327.640 327.640 Inter-American Development Bank - BID 1212 – US$113.059 mil (dez/13 – US$123.337 mil) Euro Bônus – US$350.000 mil (dez/13 – US$350.000 mil) - 924.741 924.741 - 813.650 813.650 JICA 15 – Iene 17.286.450 mil (dez/13 – Iene 18.438.880 mil) 25.619 358.659 384.278 25.733 386.007 411.740 JICA 18 – Iene 15.542.400 mil (dez/13 – Iene 16.578.560 mil) 23.034 322.166 345.200 23.137 346.733 369.870 - 22.437 22.437 - 9.704 9.704 JICA 17 – Iene 1.029.992 mil (dez/13 – Iene 450.484 mil) JICA 19 – Iene 14.208.068 mil (dez/13 – Iene 6.036.325 mil) - 314.526 314.526 - 134.010 134.010 BID 1983AB – US$154.231 mil (dez/13 – US$178.173 mil) 63.596 344.078 407.674 56.087 359.059 415.146 Juros e Demais Encargos 25.089 - 25.089 21.645 - 21.645 238.680 4.107.612 4.346.292 215.980 3.482.573 3.698.553 1.207.126 9.578.641 10.785.767 640.940 8.809.134 9.450.074 TOTAL EM MOEDA ESTRANGEIRA TOTAL DOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Cotação de 31 de dezembro de 2014 US$ 2,6562; Iene 0,022230 (em 31 de dezembro de 2013 US$ 2,34260; Iene 0,022330) Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia não possuía saldos de empréstimos e financiamentos captados durante o ano com vencimento em até 12 meses. F-132 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA GARANTIAS VENCTO. FINAL TAXA ANUAL DE JUROS Debêntures 10ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2020 TJLP +1,92% (1ª e 3ª séries) e 9,53% (2ª série) Debêntures 12ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2025 TR + 9,5% Debêntures 14ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2022 TJLP +1,92% (1ª e 3ª séries) e 9,19% (2ª série) IPCA (2ª série) Debêntures 15ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2019 CDI + 0,99% (1ª série) e 6,2% (2ª série) IPCA (2ª série) Debêntures 16ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2015 CDI + 0,30% à 0,70% Debêntures 17ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2023 CDI +0,75 (1ª série) e 4,5% (2ª série) e+4,75% (3ª série) Debêntures 18ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2024 TJLP + 1,92 % (1ª e 3ª séries) e 8,25% (2ª série) Debêntures 19ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2017 CDI + 0,80% à 1,08% Caixa Econômica Federal RECURSOS PRÓPRIOS 2015/2037 5% a 9,5% Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES BAIXADA SANTISTA RECURSOS PRÓPRIOS 2019 2,5% + TJLP Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC RECURSOS PRÓPRIOS 2023 2,15% + TJLP Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9751 RECURSOS PRÓPRIOS 2027 1,72%+TJLP Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9752 RECURSOS PRÓPRIOS 2027 1,72%+TJLP Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ONDA LIMPA RECURSOS PRÓPRIOS 2025 1,92% + TJLP Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES TIETE III RECURSOS PRÓPRIOS 2028 1,66% + TJLP 2035 7,73% a 10,12% IPC 2015/2018 TJLP + 2% (Fehidro) e 12% (Presidente Prudente) TR EM MOEDA NACIONAL Arrendamento Mercantil Outros RECURSOS PRÓPRIOS F-133 IPCA (2ª série) IPCA (2ª e 3ª série) IPCA (2ª série) TR Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma VARIAÇÃO CAMBIAL GARANTIAS VENCTO. FINAL TAXA ANUAL DE JUROS Inter-American Development Bank - BID 713 - US$75.293 mil GOVERNO FEDERAL 2017 3,04% US$ Inter-American Development Bank - BID 896 - US$5.555 mil GOVERNO FEDERAL 2016 3,00% US$ Inter-American Development Bank - BID 1212 - US$113.059 mil GOVERNO FEDERAL 2025 2,51% US$ Inter-American Development Bank - BID 2202 - US$347.190 mil GOVERNO FEDERAL 2035 1,12% US$ Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD US$45.860 mil GOVERNO FEDERAL 2034 0,43% US$ Euro Bônus – US$140.000 mil - 2016 7,50% US$ Euro Bônus – US$350.000 mil - 2020 6,25% US$ JICA 15 – Iene 17.286.450 mil GOVERNO FEDERAL 2029 1,8% e 2,5% Iene JICA 18– Iene 15.542.400 mil GOVERNO FEDERAL 2029 1,8% e 2,5% Iene JICA 17– Iene 1.029.992 mil GOVERNO FEDERAL 2035 1,2% e 0,01% Iene JICA 19– Iene 14.208.068 mil GOVERNO FEDERAL 2037 1,7% e 0,01% Iene BID 1983AB – US$154.231 mil - 2023 2,49% a 2,99% US$ EM MOEDA ESTRANGEIRA F-134 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Cronograma de liquidação – saldos contábeis em 31 de dezembro de 2014 2016 2015 2017 2018 2019 2020 2021 até 2037 TOTAL EM MOEDA NACIONAL Debêntures 714.065 357.831 880.837 574.842 651.485 363.759 558.159 4.100.978 Caixa Econômica Federal 67.085 67.921 71.757 75.741 79.015 82.732 654.272 1.098.523 BNDES 52.572 65.056 68.965 68.965 68.966 51.350 253.897 629.771 8.997 21.851 22.675 23.571 24.543 26.313 354.640 482.590 Arrendamento Mercantil Outros 716 638 719 529 - - - 2.602 125.011 - - - - - - 125.011 968.446 513.297 1.044.953 743.648 824.009 524.154 1.820.968 6.439.475 101.342 101.343 142.502 75.838 75.838 75.838 856.544 1.429.245 BIRD - - - - 4.060 8.121 109.266 121.447 Euro Bônus - 371.655 - - - 924.741 - 1.296.396 48.653 48.652 49.271 49.890 66.963 66.963 736.049 1.066.441 BID 1983AB 63.596 63.596 63.596 63.302 46.994 46.231 60.359 407.674 Juros e Demais Encargos 25.089 - - - - - - 25.089 238.680 585.246 255.369 189.030 193.855 1.121.894 1.762.218 4.346.292 1.207.126 1.098.543 1.300.322 932.678 1.017.864 1.646.048 3.583.186 10.785.767 Juros e Demais Encargos TOTAL EM MOEDA NACIONAL EM MOEDA ESTRANGEIRA BID JICA TOTAL EM MOEDA ESTRANGEIRA Total Geral F-135 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Debêntures O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 8.770 (2013 – R$ 6.402), que serão amortizados durante a vigência de cada contrato. (i) Principais captações Debêntures (19ª emissão) Em 30 de junho de 2014, a Companhia realizou a 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, para distribuição pública, no valor total de R$ 500.000, quantidade de 50.000 debêntures, valor unitário de R$ 10, cujas características são as seguintes: Série única Quantidade Atualização Juros Pagamento de juros Amortização Vencimento 50.000 - DI+ 0,80% à 1,08% a.a. Semestral (junho e dezembro) Parcela única Junho/2017 Os recursos provenientes da captação por meio da 19ª Emissão de Debêntures foram destinados ao pagamento de compromissos financeiros da Companhia. Debêntures (18ª emissão – 3ª série) Em 15 de outubro de 2013, a Companhia promoveu o lançamento de 100 debêntures, mediante subscrição exclusiva pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Essas debêntures foram distribuídas em três séries, não conversíveis em ações, pelo valor unitário de R$ 2.753,70 (dois mil, setecentos e cinquenta e três reais e setenta centavos), perfazendo um total de R$ 275.370. O BNDES subscreveu e liquidou a 1ª e 2ª séries em 16 de dezembro de 2013. Em 15 de dezembro 2014 o BNDES subscreveu e liquidou parte da 3ª série, no valor de R$ 35.798, correspondente a 13 debêntures das 42 previstas. O restante da 3ª série, 29 debêntures, deverá ser subscrita até 2016. A 1ª e 3ª séries possuem prazo total de 132 meses com carência de 36 meses e serão remuneradas através da TJLP + 1,92% a.a. A 2ª série possui prazo total de 133 meses com carência de 37 meses, a partir de 15 de outubro de 2014, e será remunerada à taxa de 8,25% a.a. + IPCA. F-136 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Quantidade Atualização Juros Pagamento de juros 1ª Série 28 - TJLP + 1,92% a.a. 2ª Série 30 IPCA 8,25% a.a. 3ª Série 42 - TJLP + 1,92% a.a. Amortização Vencimento Trimestral até Mensal (a partir de outubro/2016 e a partir novembro de dessa data mensal 2016) Outubro/2024 Anual Anual (a partir de novembro de 2017) Novembro/2024 Trimestral até Mensal (a partir de outubro/2016 e a partir novembro de dessa data mensal 2016) Outubro/2024 Os recursos são usados para reembolsar investimentos feitos em obras em sistemas de abastecimento de água e coleta de esgoto, composto pelos seguintes projetos: ETA Rio Grande, Litoral Norte, Vale do Paraíba e Mantiqueira, Bacia do Piracicaba - Capivari - Jundiaí (PCJ) além de suportar parte do Programa de Redução de Perdas da SABESP. A amortização antecipada, parcial ou total, das debêntures subscritas, quando autorizado pelo BNDES e/ou pela BNDESPAR, deverá ser realizada sempre em conjunto, respeitada a proporcionalidade existente entre os saldos devedores das Debêntures da 1ª Série, das Debêntures da 2ª Série e das Debêntures da 3ª Série, da totalidade das emissões. O contrato não contempla prêmio pela antecipação. (ii) Covenants Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas: Aplicáveis a 10ª emissão, 14ª emissão e 18ª emissão: A Companhia e o BNDES vem discutindo desde 2014 a padronização das cláusulas de obrigações especiais, referentes à manutenção de “covenants”, no que diz respeito à forma de apuração, às regras de caracterização dos descumprimentos e à constituição de garantias adicionais. No final de 2014 a Companhia e o BNDES formalizaram a intenção de padronizar as cláusulas. Na sequência a Sabesp finalizou em 27 de fevereiro de 2015 as tratativas junto ao BNDES e repactuou as cláusulas de “covenants”, a vigorar desde 31 de dezembro de 2014, excluindo o indicador de Margem EBITDA (sobre receita operacional líquida). As novas cláusulas de “covenants” repactuadas foram: I) manter os seguintes índices, apurados trimestralmente e relativos aos valores acumulados nos últimos 12 meses, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais revisadas ou demonstrações financeiras anuais auditadas: - Ebitda ajustado / Despesas financeiras ajustadas deve ser igual ou superior a 3,50; - Dívida líquida ajustada / Ebitda ajustad0 deve ser igual ou inferior a 3,0; - Outras dívidas onerosas(*) / Ebitda ajustado deve ser igual ou inferior a 1,0. F-137 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (*) “Outras Dívidas Onerosas” é igual ao somatório das obrigações previdenciárias e com plano de assistência médica, parcelamento de dívidas tributárias e parcelamento de dívidas com o fornecedor de Energia Elétrica. II) O descumprimento de uma ou mais de uma obrigação referente aos covenants definidos no item (I) ficará caracterizado quando: a) não atingidas por no mínimo 2 trimestres, consecutivos ou não, dentro de um período de 12 meses, as metas estipuladas no item (I) para qualquer dos índices nele definidos, dentro dos limites estipulados no item (III). b) não atingidas por no mínimo 01 (um) trimestre, dentro de um período de 12 (doze) meses, as metas estipuladas no quadro do item (I) para qualquer um dos índices nele definidos, fora dos limites estipuladas no item (III). III) Caso fique caracterizado o descumprimento de um ou mais de um dos “covenants” nos termos do item (II) (a), cujos limites estão estabelecidos abaixo, o valor mensal relativo à parcela dos direitos cedidos fiduciariamente nos termos da Cláusula “Cessão Fiduciária de Direitos” será automaticamente acrescido em 20% (vinte por cento), o que deverá ser efetivado pela Companhia em até 30 dias da publicação das demonstrações financeiras auditadas e/ou revisadas. - Ebitda ajustado / Despesas financeiras ajustadas deve ser inferior a 3,50 e igual ou superior a 2,80; - Dívida líquida ajustada / Ebitda ajustad0 deve ser igual ou inferior a 3,80 e superior a 3,00; - Outras dívidas onerosas / Ebitda ajustado deve ser igual ou inferior a 1,30 e superior a 1,00. O não atingimento de um ou mais de um índice dentro da faixa estipulada acima, em um mesmo período ou em períodos sucessivos ao que gerou o reforço automático da garantia, não gera nova obrigação de constituir a garantia adicional pactuada. IV) Caso fique caracterizado o descumprimento de qualquer dos “covenants” nos termos do item (II) (b), e/ou da obrigação estipulada para a Companhia de reforço automático da garantia nos termos do item (III), os debenturistas poderão, a seu exclusivo critério: requerer a Companhia a constituição de outras garantias adicionais, no prazo a ser por ele fixado em notificação; suspender a liberação dos recursos; e/ou decretar o vencimento antecipado dos Contratos de Promessa de Subscrição de Debêntures Simples em Emissões Privadas e Outros Pactos. Os contratos também possuem cláusulas de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da Companhia, cujo montante possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento de suas obrigações previstas na Escritura, implicará em vencimento antecipado do mesmo. Aplicável a 12ª emissão: Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: - Liquidez corrente ajustada (ativo circulante dividido pelo passivo circulante, excluída do passivo circulante a parcela registrada no circulante das dívidas do não circulante contraídas pela Companhia) maior que 1,0; - Ebitda/Despesas financeiras pagas igual ou superior a 1,5; F-138 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma - Alienação de ativos operacionais, extinção de licença, perda de concessão ou perda de capacidade da Emissora para a execução e operação dos serviços públicos de saneamento básico em áreas do território do Estado de São Paulo que, consideradas isoladamente ou em conjunto durante a vigência da escritura, resultem em uma redução da receita líquida de vendas e/ou serviços da Emissora superior a 25% (vinte e cinco por cento). O limite acima estabelecido será apurado trimestralmente, levando-se em conta as receitas operacionais líquidas da Emissora durante os 12 (doze) meses anteriores ao encerramento de cada trimestre e utilizando-se as informações financeiras divulgadas pela Emissora; e A falta de cumprimento dessas obrigações somente ficará caracterizada quando verificada nas suas demonstrações financeiras trimestrais, por no mínimo dois trimestres consecutivos, ou ainda por dois trimestres não consecutivos dentro de um período de doze meses. Na falta de observância dos “covenants” o agente fiduciário deverá convocar no prazo de 48 horas da data que tomar conhecimento do ocorrido, uma assembleia geral de debenturistas para deliberar sobre a declaração do vencimento antecipado das debêntures. O contrato possui cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da Companhia, em montante igual ou superior a R$ 50 milhões, corrigidos pela variação do IPCA a partir da data de emissão, em razão de inadimplemento contratual, cujo montante possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento das obrigações pecuniárias da Companhia decorrentes da Emissão, implicará em vencimento antecipado deste contrato. . Aplicáveis a 15ª emissão, 16ª emissão , 17ª emissão e 19ª emissão: Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: - Dívida total ajustada em relação ao Ebitda menor ou igual a 3,65; - Ebitda/Despesas financeiras pagas igual ou superior a 1,5; - Alienação de ativos operacionais, extinção de licença, perda de concessão ou perda de capacidade da Emissora para a execução e operação dos serviços públicos de saneamento básico em áreas do território do Estado de São Paulo que, consideradas isoladamente ou em conjunto durante a vigência da escritura, resultem em uma redução da receita líquida de vendas e/ou serviços da Emissora superior a 25% (vinte e cinco por cento). O limite acima estabelecido será apurado trimestralmente, levando-se em conta as receitas operacionais líquidas da Emissora durante os 12 (doze) meses anteriores ao encerramento de cada trimestre e utilizando-se as informações financeira divulgadas pela Emissora; e O não cumprimento das cláusulas de “covenants”, por no mínimo dois trimestres consecutivos, ou ainda por dois trimestres não consecutivos dentro de um período de doze meses, levará ao vencimento antecipado do contrato. F-139 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os contratos possuem cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da Companhia, em montante igual ou superior a R$ 90 milhões (para 19ª emissão montante igual ou superior a R$ 120 milhões), corrigidos pela variação do IPCA a partir da data de emissão, em razão de inadimplemento contratual, cujo montante possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento das obrigações pecuniárias da Companhia decorrentes da Emissão, levará ao vencimento antecipado destes contratos. (b) Banco do Brasil Em 5 de março de 2014, a SABESP efetuou o pagamento da última parcela do contrato firmado com o Banco do Brasil. (c) Caixa Econômica Federal (i) Principais captações Em 2014 ocorreu a captação de R$ 19,0 milhões destinados a obras do Projeto Tietê e Programa Metropolitano de Água. Os recursos são parte das nove operações de crédito formalizadas em 02 de dezembro de 2013 entre a SABESP e a Caixa Econômica Federal e são oriundos do Programa Saneamento para Todos, seleção do Ministério das Cidades – PAC 2012/2013. A garantia para os contratos é a vinculação de parte da arrecadação proveniente do pagamento das tarifas de água e esgoto, até o valor total da dívida. Para os contratos firmados, também é realizada a constituição de conta reserva com saldo não inferior ao montante equivalente à uma prestação de amortização do principal e acessórios da dívida. (ii) Covenants Os contratos possuem Cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da Companhia, em razão de inadimplemento contratual, cuja ocorrência possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento de suas obrigações pecuniárias decorrentes destas contratações, implicará em vencimento antecipado. Para os contratos vigentes, formalizados entre 28 de maio de 2007 e 13 de março de 2013, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas: AMD – Acordo de Melhoria de Desempenho (*) AMD - Acordo de Melhoria de Desempenho, calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: De acordo com a Instrução Normativa nº 05 de 22 de janeiro de 2008, os contratos que são objetos de fundos públicos de investimento, tendo como fonte de recurso o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (“FGTS”) ou Fundo de Amparo ao Trabalhador (“FAT”), os quais passam por seleção do Ministério das Cidades, devem manter um Acordo de Melhoria de Desempenho (“AMD”) válido, tendo metas, para indicadores financeiros e operacionais, projetadas anualmente para os 5 anos seguintes, com base na média dos dois últimos anos. F-140 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O Acordo de Melhoria de Desempenho, datado de 28 de maio de 2007 e aditado em agosto de 2012, foi celebrado entre a SABESP e o Governo Federal, tendo como intervenientes a Caixa Econômica Federal e o BNDES. De acordo com este contrato, a Companhia deve cumprir com pelo menos quatro dos oito indicadores operacionais e financeiros, estipulados para o período de 2012 à 2016. Se deixarmos de cumprir cinco destes indicadores, a Caixa Econômica Federal e o BNDES podem suspender os desembolsos e seríamos impedidos de celebrar quaisquer outros contratos de financiamento com essas instituições até que novas metas sejam negociadas. É previsto a possibilidade de renegociar as metas se necessário. Em 14 de março de 2013, através da Instrução Normativa nº 06, o Ministério das Cidades revogou a Instrução Normativa nº 05 de 22 de janeiro de 2008, que regulamentava o Acordo de Melhoria de Desempenho. Conforme estipula o artigo 2º da Instrução Normativa nº 06, os AMD´s assinados até 13 de março de 2013 permanecerão válidos até a data de expiração de suas respectivas vigências, não sendo necessário a celebração ou a repactuação de AMD para as novas contratações. (d) BNDES O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 1.011 (2013 – R$ 531), que serão amortizados durante a vigência de cada contrato. (i) Principais captações Em 2014 ocorreram captações no montante de R$ 89.000, referente ao contrato 12.2.1381.1 (BNDES Tietê III), firmado em fevereiro de 2013. A garantia para os contratos é a vinculação de parte da arrecadação proveniente do pagamento das tarifas de água e esgoto, até o valor total da dívida. (ii) Covenants Vide item (a), (ii), covenants aplicáveis a 10ª emissão, 14ª emissão e 18ª emissão, desta nota explicativa. Aplicáveis a Baixada Santista, PAC, Onda Limpa e PAC II 9751, PAC II 9752: AMD – Acordo de Melhoria de Desempenho (*) (*) Vide item (c), (ii) desta nota explicativa. (e) Arrendamento mercantil A Companhia possui contratos de obras firmados na modalidade Locação de Ativos. Durante o período de construção, as obras são capitalizadas ao ativo intangível em andamento e o valor do arrendamento é registrado na mesma proporção. Está previsto para 2016 a finalização das obras. Após a entrada em operação, é iniciado o período de pagamento do arrendamento (240 parcelas mensais), cujo valor é periodicamente corrigido pelo índice de preços contratado. F-141 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 31 de agosto de 2013, iniciou a operação do Sistema de Esgotamento Sanitário Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista e o valor correspondente em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é de R$ 138.602 e R$ 144.384, respectivamente. Em 22 de março de 2014, iniciou a operação da Estação de Tratamento de Esgoto Campos do Jordão e o valor correspondente em 31 de dezembro de 2014 é de R$ 135.303. (f) Eurobônus O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 5.142 (2013 – R$ 6.584), que serão amortizados durante a vigência do contrato. (i) Covenants Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas: Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: Limitar a captação de novas dívidas de modo que: - a dívida total ajustada em relação ao Ebitda não seja superior a 3,65; - o índice de cobertura do serviço da dívida da Companhia, determinado na data de incursão dessa dívida, não seja inferior a 2,35. O não cumprimento das cláusulas de “covenants” levará ao vencimento antecipado do contrato. O contrato possui cláusula “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de qualquer endividamento por empréstimos da Companhia ou qualquer de suas Subsidiárias (*) tendo um valor de principal total de US$ 25.000.000,00 ou mais (ou seu valor equivalente em outras moedas) implicará em vencimento antecipado deste contrato. (*) Conforme contrato, entende-se por subsidiária: “a empresa, associação ou outra sociedade da qual mais de 50% de suas ações com direito a voto são de propriedade ou controle, direto ou indireto, de qualquer Pessoa ou uma ou mais outras Subsidiárias de Pessoa, ou suas combinações”. (g) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 8.017 (2013 – R$ 6.418), que serão amortizados durante a vigência do contrato. F-142 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Principais captações Em 2014 ocorreram captações no montante de R$ 244.203, referente ao contrato 2202 (BID 2202). (ii) Covenants Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas: Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: - Contratos 713, 896 e 1.212 - As tarifas devem: a) produzir uma receita suficiente para cobrir os gastos de exploração do sistema, inclusive os relacionados com administração, operação, manutenção e depreciação; b) proporcionar uma rentabilidade sobre o ativo imobilizado superior a 7%; e c) durante a execução do projeto os saldos dos empréstimos contratados a curto prazo não deverão ser superiores a 8,5% do seu patrimônio líquido. O não cumprimento das cláusulas de “covenants” levará ao vencimento antecipado do contrato. O contrato possui cláusula de “cross default” entre os contratos do BID (mesmo banco financeiro), ou seja, o vencimento antecipado ocorrerá, caso haja inadimplemento de qualquer obrigação com este ou quaisquer outros contratos subscritos com o Banco para financiamento de projeto. (h) Agência Japonesa para Cooperação Internacional - JICA (i) Principais captações Em 2014 ocorreram captações no montante de R$ 181.653, referente ao contrato BZ-P19 (JICA 19). O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 2.086 (2013 – R$ 1.466), que serão amortizados durante a vigência do contrato. (i) AB Loan (IADB 1983AB) O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 1.994 (2013 – R$ 2.243), que serão amortizados durante a vigência do contrato. (i) Covenants A Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas: Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeiras anuais: F-143 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma - Índice de cobertura do serviço da dívida da Companhia, determinado a partir das demonstrações consolidadas, deve ser maior ou igual a 2,35; e - Dívida total ajustada em relação ao Ebitda, determinado a partir das demonstrações consolidadas, deve ser menor ou igual a 3,65. O contrato possui clausula de “cross default”, ou seja, se ocorrer e continuar ocorrendo um Evento de Inadimplemento (quer voluntário quer involuntário, quer resultante do efeito de qualquer lei aplicável quer de acordo com ou em virtude de qualquer ato ou omissão em agir por qualquer Autoridade ou outra), o BID pode, por comunicação para a Tomadora, determinar o vencimento antecipado do empréstimo ou parte dele como especificado no aviso (com juros acumulados sobre o mesmo) e todas as outras obrigações estão vencidas e são pagáveis imediatamente. (j) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 366 (2013 – R$ 384), que serão amortizados durante a vigência do contrato. (k) Compromissos financeiros – “Covenants” Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia cumpriu os requisitos vigentes em seus contratos de empréstimos e financiamentos. (l) Empréstimos e financiamentos contratados e ainda não utilizados Agente 31 de dezembro de 2014 (em milhões de Reais (*)) Caixa Econômica Federal 2.349 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social 1.924 Inter-American Development Bank – BID 672 Agência Japonesa para Cooperação Internacional – JICA 546 Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD 144 Outros 79 TOTAL 5.714 (*) Utilizada cotação de fechamento de 31/12/2014. (US$ 1,00 = R$ 2,6562; ¥ 1,00 = R$ 0,02223). F-144 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Caixa Econômica Federal Em junho de 2014 foram firmados contratos que totalizaram R$ 320,8 milhões de financiamento. Estas contratações foram objetos da seleção PAC 2013/2014, efetuada pelo Ministério das Cidades, sendo os recursos financeiros destinados à execução de obras do Projeto Tietê, Programa Metropolitano de Água e obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios de Hortolândia e Itatiba. O prazo total é de até 24 anos, com carência de até 4 anos e juros indexados à TR mais 6% ao ano, acrescidos de taxa de administração de 1,4% ao ano e taxa de risco de 0,3% ao ano. BNDES Contrato nº 14.2.0535.1 – Firmado em junho de 2014, no valor de R$ 61.143, destinado às obras de implantação do Setor Gênesis e execução de rede primária de interligação da Sede ao Setor Fazendinha, no município de Santana de Parnaíba. Os recursos são oriundos do Programa Saneamento para Todos, seleção do Ministério das Cidades – PAC 2013/2014. As condições contratuais são: Período de Carência de 36 meses, Período de Amortização de 108 meses e Juros de 1,76% aa + TJLP. Para este contrato, até o momento, não ocorreu nenhum desembolso. A SABESP, para cumprir seu plano de investimentos, conta com um plano de captações de financiamento. Os recursos dos financiamentos contratados possuem propósitos específicos, sendo liberados para a execução de seus respectivos investimentos, de acordo com o andamento das obras. 17 Impostos e contribuições (a) Ativo circulante 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 10.121 - 132.447 79.548 IRRF sobre aplicações financeiras 3.718 2.437 Outros tributos federais 2.313 4.764 169 656 148.768 87.405 Impostos a recuperar Cofins e Pasep Imposto de renda e contribuição social Outros tributos municipais Total dos tributos a recuperar O aumento no saldo de impostos a recuperar, decorre principalmente do acréscimo na rubrica “Imposto de renda e contribuição social”, devido ao maior valor recolhido no exercício, em função dos efeitos da declaração dos juros sobre o capital próprio e da queda no lucro tributável ocorridos durante o último trimestre de 2014. F-145 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Passivo circulante 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 - 21.797 INSS 33.324 30.822 IRRF 17.377 39.330 Outros 23.437 23.433 Total 74.138 115.382 Impostos e contribuições a recolher Cofins e Pasep A redução dos tributos a pagar do passivo circulante decorre da recuperação de créditos de Cofins e Pasep gerando assim um valor a recuperar, registrado no ativo circulante na rubrica “Impostos a recuperar”. Houve também, redução no valor do imposto de renda retido na fonte dos juros sobre capital próprio, em decorrência do menor valor declarado no exercício de 2014. 18 Impostos e contribuições diferidos (a) Saldos patrimoniais 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 524.728 506.568 85.271 85.271 229.266 215.187 45.742 43.901 Provisão para perdas de crédito 222.587 172.482 Outros 112.566 87.266 1.220.160 1.110.675 Impostos diferidos ativo Provisões Obrigações previdenciárias – G0 (1) Obrigações previdenciárias – G1 Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão Total do ativo fiscal diferido F-146 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (559.411) (595.285) Capitalização de custos de empréstimos (253.581) (200.343) (87.092) (81.711) (2.514) (32.405) (108.084) (86.901) (1.010.682) (996.645) 209.478 114.030 Impostos diferidos passivo Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos Ganho/perda atuarial – Plano G1 Outros Total do passivo fiscal diferido Ativo fiscal diferido líquido (1) Refere-se à parcela de R$ 250.798 da correção do contas a receber (GESP), que foi provisionada como perda em anos anteriores. (b) Realização 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 216.063 216.515 a ser realizado depois de um ano 1.004.097 894.160 Total do ativo fiscal diferido 1.220.160 1.110.675 (39.836) (37.126) (970.846) (959.519) (1.010.682) (996.645) 209.478 114.030 Impostos diferidos ativo a ser realizado em até 12 meses Impostos diferidos passivo a ser realizado em até 12 meses a ser realizado depois de um ano Total do passivo fiscal diferido Ativo fiscal diferido F-147 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Movimentação 31 de dezembro de 2013 Variação líquida 506.568 18.160 524.728 Obrigações previdenciárias – G0 85.271 - 85.271 Obrigações previdenciárias - G1 215.187 14.079 229.266 43.901 1.841 45.742 172.482 50.105 222.587 87.266 25.300 112.566 1.110.675 109.485 1.220.160 31 de dezembro de 2013 Variação líquida Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (595.285) 35.874 (559.411) Capitalização de custos de empréstimos (200.343) (53.238) (253.581) (81.711) (5.381) (87.092) Ganho/perda atuarial – G1 (32.405) 29.891 (2.514) Outros (86.901) (21.183) (108.084) (996.645) (14.037) (1.010.682) 114.030 95.448 209.478 Impostos diferidos ativo Provisões Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão Perdas de créditos Outros Total Impostos diferidos passivo Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos Total Ativo fiscal diferido líquido F-148 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2014 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2012 Reapresentado Variação líquida 31 de dezembro de 2013 512.107 (5.539) 506.568 Obrigações previdenciárias – G0 85.271 - 85.271 Obrigações previdenciárias - G1 193.125 22.062 215.187 41.312 2.589 43.901 162.670 9.812 172.482 97.425 (10.159) 87.266 1.091.910 18.765 1.110.675 31 de dezembro de 2012 Reapresentado Variação líquida 31 de dezembro de 2013 Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (650.093) 54.808 (595.285) Capitalização de custos de empréstimos (158.298) (42.045) (200.343) (77.827) (3.884) (81.711) 9.405 (41.810) (32.405) (69.795) (17.106) (86.901) (946.608) (50.037) (996.645) 145.302 (31.272) 114.030 Impostos diferidos ativo Provisões Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão Perdas de créditos Outros Total Impostos diferidos passivo Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos Ganho/perda atuarial – G1 Outros Total Ativo fiscal diferido líquido F-149 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 114.030 145.302 Saldo inicial Variação líquida no ano: - contrapartida na demonstração de resultado - contrapartida em ajuste de avaliação patrimonial 65.557 10.538 29.891 (41.810) Total da variação líquida 95.448 (31.272) 209.478 114.030 Saldo final (d) Conciliação da alíquota efetiva de imposto Os valores registrados como despesas de imposto de renda e contribuição social nas demonstrações financeiras estão conciliados com as alíquotas nominais previstas em lei, conforme demonstrado a seguir: 2014 2013 1.274.843 2.655.599 34% 34% (433.447) (902.904) 100.327 182.596 (48.380) (33.279) (7.080) (12.218) 16.720 33.765 Imposto de renda e contribuição social (371.860) (732.040) Imposto de renda e contribuição social correntes (437.417) (742.578) Imposto de renda e contribuição social diferidos 65.557 10.538 29% 28% Lucro antes dos impostos Alíquota nominal Despesa esperada à taxa nominal Benefícios fiscais dos juros sobre capital próprio Diferenças permanentes Provisão Lei 4.819/58 (i) Doações Outras diferenças Alíquota efetiva (i) Diferença permanente relativa a provisão da obrigação atuarial (Nota 20 (iii)). F-150 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (e) Regime Tributário de Transição (RTT) e Lei 12.973/2014 Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios de 2009 e 2008, a Companhia optou pelo RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei 11.638/07 e da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro real – LALUR ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e adota as mesmas práticas tributárias desde 2008, uma vez que o RTT passou a ser obrigatório. Em 13 de maio de 2014, a Medida Provisória nº 627 de 11 de novembro de 2013 foi convertida na Lei nº 12.973 que altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e revoga o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. De acordo com a lei, a pessoa jurídica poderia adotar as regras a partir de 1º de janeiro de 2014, mediante opção a ser manifestada de maneira irretratável perante a Receita Federal, exceto com relação aos artigos 3º, 72 a 75 e 93 a 119, que entram em vigor na data da publicação. A Companhia decidiu não fazer tal opção antecipada. As análises preparadas pela Companhia não demonstram impactos relevantes em suas operações e em suas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. 19 Provisões (a) Processos com probabilidade de perda provável (i) Saldos Patrimoniais A Companhia é parte em uma série de ações judiciais decorrentes do curso normal dos negócios, incluindo processos de natureza cível, tributária, trabalhista e ambiental. A Administração acredita que as provisões são suficientes para cobrir eventuais perdas. Essas provisões, líquidas dos depósitos judiciais, estão assim demonstradas: F-151 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Provisões Depósitos judiciais vinculados 31 de dezembro de 2014 Provisões Depósitos judiciais vinculados 31 de dezembro de 2013 Ações com clientes (i) 638.637 (114.463) 524.174 621.999 (110.384) 511.615 Ações com fornecedores (ii) 260.854 (195.478) 65.376 340.100 (183.606) 156.494 Outras questões cíveis (iii) 126.403 (9.990) 116.413 129.400 (11.965) 117.435 Ações tributárias (iv) 55.554 - 55.554 59.659 (1.956) 57.703 Ações trabalhistas (v) 235.466 (2.233) 233.233 156.060 (1.614) 154.446 Ações ambientais (vi) 226.404 (807) 225.597 182.689 - 182.689 1.543.318 (322.971) 1.220.347 1.489.907 (309.525) 1.180.382 Circulante 625.092 - 625.092 631.374 - 631.374 Não circulante 918.226 (322.971) 595.255 858.533 (309.525) 549.008 Total (ii) Movimentação Provisões adicionais Juros e atualização monetária Valores utilizados da provisão Valores não utilizados (reversão) 31 de dezembro de 2014 621.999 66.895 87.987 (74.308) (63.936) 638.637 Ações com fornecedores (ii) 340.100 1.917 18.922 (66.608) (33.477) 260.854 Outras questões cíveis (iii) 129.400 31.224 37.607 (14.507) (57.321) 126.403 Ações tributárias (iv) 59.659 983 6.818 (2.313) (9.593) 55.554 Ações trabalhistas (v) 156.060 123.631 22.205 (42.107) (24.323) 235.466 Ações ambientais (vi) 182.689 53.829 21.257 (13) (31.358) 226.404 Subtotal 1.489.907 278.479 194.796 (199.856) (220.008) 1.543.318 Depósitos judiciais vinculados (309.525) (24.999) (21.613) 28.698 4.468 (322.971) Total 1.180.382 253.480 173.183 (171.158) (215.540) 1.220.347 31 de dezembro de 2013 Ações com clientes (i) F-152 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Processos com probabilidade de perda possível A Companhia é parte integrante em ações judiciais e processos administrativos, as quais são consideradas pela Administração como sendo de perda possível e que não estão registradas contabilmente. Os processos de naturezas passivas, classificados como de perda possível, estão assim representados: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 461.900 737.800 1.346.400 1.071.000 447.900 422.400 Ações com clientes (i) Ações com fornecedores (ii) Outras questões cíveis (iii) Ações tributárias (iv) 632.100 570.700 Ações trabalhistas (v) 304.000 278.700 Ações ambientais (vi) 586.800 163.900 3.779.100 3.244.500 Total (c) Explicação sobre as naturezas das principais classes de processos (i) Ações com clientes Aproximadamente 1.240 ações foram ajuizadas por clientes comerciais que pleiteiam que suas tarifas deveriam ser iguais às de outras categorias de consumidores, 720 ações em que pleiteiam a redução da tarifa de esgotos em função de perdas ocorridas no sistema, requerendo, em consequência, a devolução de valores cobrados pela Companhia e 60 ações cujos clientes pleiteiam a redução de tarifa com o enquadramento na categoria Entidade de Assistência Social. A Companhia obteve decisões definitivas, tanto favoráveis como desfavoráveis, nas diversas instâncias judiciais, sendo constituídas provisões quando a expectativa de perda é considerada provável. O acréscimo ocorrido de R$ 12.559 nos processos com expectativa de perda provável (líquidos dos depósitos judiciais), está relacionado aos novos processos ajuizados e a juros, honorários e atualizações de processos em andamento, compensados em parte por pagamentos ocorridos no período e pelas revisões de expectativas ocasionadas por decisões favoráveis à Companhia, durante o período de 2014. O decréscimo ocorrido de R$ 275.900 nos processos com expectativa de perda possível está relacionado, principalmente, a revisões de expectativas ocasionadas por decisões favoráveis à Companhia. F-153 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Ações com fornecedores As reclamações com fornecedores foram ajuizadas por alguns fornecedores alegando pagamento a menor de ajustes de atualização monetária, retenção de valores relacionados a expurgos decorrentes do Plano Real e desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Essas ações estão em tramitação nas diversas esferas judiciais, sendo provisionadas quando a expectativa de perda é considerada provável. O decréscimo ocorrido de R$ 91.118 nos processos com expectativa de perda provável (líquidos dos depósitos judiciais) está relacionado, principalmente, a pagamentos ocorridos no período e as revisões de expectativas ocasionadas por decisões favoráveis à Companhia, durante o período de 2014. O acréscimo ocorrido de R$ 275.400 nos processos com expectativa de perda possível está relacionado aos novos processos ajuizados no ano de 2014 e a juros, honorários e atualizações de processos em andamento. (iii) Outras questões cíveis Referem-se principalmente a indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes alegadamente causados a terceiros, que se encontra em diversas instâncias judiciais, provisionados quando classificados como de perda provável. O acréscimo ocorrido de R$ 25.500 nos processos com expectativa de perda possível está relacionado a juros, honorários e atualizações de processos em andamento e ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2014. (iv) Ações Tributárias Os processos de natureza tributária referem-se, principalmente, a questões ligadas à cobrança de tributos, questionada em virtude da divergência de interpretação da legislação por parte da Administração da Companhia, provisionados quando classificados como de perda provável. O acréscimo ocorrido de R$ 61.400 nos processos com expectativa de perda possível está relacionado ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2014 e principalmente à atualização decorrente das ações ajuizadas pelo município de São Paulo, conforme descritos no item “b” abaixo. (a) Em 2006, a Receita Federal, por meio de ação fiscal, verificou o cumprimento por parte da Companhia das obrigações tributárias relativas ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, no ano calendário 2001, apurando crédito tributário atualizado em 31 de dezembro de 2014 no valor de R$ 431.853 (dezembro/2013 – R$ 411.890). A Companhia protocolou impugnação, tempestivamente, e recorrerá à autuação em todas as instâncias administrativas e judiciais. A Administração da Companhia considera que aproximadamente 90% desse processo administrativo, é considerado como de perda remota, e 10% como de perda possível. F-154 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) O Município de São Paulo, por meio de lei, revogou a isenção do imposto sobre serviços que até então a empresa detinha e na sequência efetuou autuações relativas ao serviço de esgotamento sanitário e sobre atividades meio, em um montante atualizado de R$ 357.528 (dezembro/2013 – R$ 307.817), que atualmente são objeto de três Executivos Fiscais, classificadas pela Administração como possível perda. A SABESP impetrou mandado de segurança contra a revogação, que teve a segurança denegada, estando atualmente em fase de admissibilidade dos Recursos Especial e Extraordinário interpostos. Ajuizou ainda medidas cautelares e ações anulatórias, visando a suspensão da exigibilidade dos créditos e a nulidade das autuações, por entender que, não obstante a revogação da isenção, as atividades relativas ao esgotamento sanitário e às atividades meio não estão no rol das atividades passíveis de serem tributadas pelo Município. Por não haver decisão final de mérito, a Administração da Companhia avaliou o risco como de possível perda. (c) A Receita Federal do Brasil indeferiu alguns pedidos de compensação realizados pela Companhia, que objetivavam a extinção de créditos tributários do IRPJ/CSLL, com aproveitamento de montantes que lhe eram favoráveis, oriundos de recolhimentos indevidos do IRPJ/CSLL, pagos por estimativa mensal. O valor envolvido nesses processos atualizados em 31 de dezembro de 2014 é de R$ 53.486 (dezembro/2013 – R$ 50.065). A Administração da Companhia avaliou o risco como de perda possível. (d) A Companhia teve indeferido Pedido de Compensação de tributos, devidos nas competências de julho, agosto e setembro de 2002, com o aproveitamento dos créditos advindos do excesso de recolhimentos do IRPJ nos anos de 1997 e 1998 causados pela realocação das parcelas de correção monetária sobre as demonstrações financeiras (Lei 8.200/91), que haviam sido antecipadas no ano de 1996 por força de liminar, posteriormente excluídas por desistência do processo e adesão à MP 38/02. Após o julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, restou não homologado pelo Fisco o crédito provindo da competência de 1997. O valor envolvido está estimado e atualizado em 31 de dezembro de 2014 em R$ 45.401 (dezembro/2013 – R$ 43.689). A Administração da Companhia avaliou o risco como de perda possível. (e) Em 23 de junho de 2010, a SABESP celebrou com o Município de São Paulo contrato, cujo objeto é a prestação dos serviços de água e coleta de esgotos. Para a celebração do presente acordo, algumas ações judiciais entre as partes foram extintas. Porém outras não fizeram parte do mencionado ajuste, prosseguindo o feito normalmente. Estas ações, cujas expectativas são de provável e possível perda, versam sobre tributos e multas em geral e o montante atualizado até 31 de dezembro de 2014 é de R$ 15.746 (dezembro/2013 – R$ 13.696) e R$ 71.677 (dezembro/2013 – R$ 62.979), respectivamente. (f) Em 2005 a Receita Federal indeferiu parcialmente Pedido de Compensação realizado pela Companhia, que objetivava a extinção de crédito tributário do IRPJ, de aproximadamente R$ 56.118, e da CSLL, de aproximadamente R$ 8.659, dos períodos de apuração janeiro a abril de 2003, com o aproveitamento de saldos negativos de IRPJ e CSLL de anos anteriores. No despacho decisório, a autoridade não homologou o equivalente a R$ 11.164 de IRPJ e R$ 698 de CSLL, totalizando valor aproximado de R$ 11.862. A Companhia obteve provimento parcial no recurso de manifestação de inconformidade interposto, de maneira que classificou como de possível perda o valor atualizado em 31 de dezembro de 2014 de R$ 7.288 (dezembro/2013 – R$ 6.999) e de perda provável o valor de R$ 1.243 (dezembro/2013 – R$ 1.194). F-155 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (g) A SABESP interpôs dois mandados de segurança, visando a declaração de inconstitucionalidade de legislações municipais que impunham a cobrança de taxa decorrente de uso de áreas públicas para a instalação de rede de água e de esgoto, para a prestação de serviços públicos de saneamento básico. O primeiro mandado foi julgado improcedente em primeira instância e o Tribunal de Justiça de São Paulo, nos autos do Recurso de Apelação deu provimento parcial para reconhecer a impossibilidade da cobrança de contribuição mensal, por inconstitucionalidade dando como válida a necessidade de caução e demais exigências para a expedição do Termo de Permissão de Uso – TPU, no entanto, esta decisão não surtiu efeito porque as normas, objeto deste primeiro mandado, foram revogadas. No segundo mandado foi concedido parcialmente a segurança para vedar a exigibilidade do preço público e da caução pelo uso das áreas públicas decorrentes da incidência de legislação municipal. Foi negado provimento ao Recurso de Apelação da Municipalidade e aguarda julgamento em instância superior. A Administração avaliou o risco como possível perda, porém, não foi possível fazer uma estimativa do valor envolvido, tendo em vista que seria necessário saber a extensão das redes de água e esgotos e demais equipamentos instalados no solo urbano do município (vias públicas), bem como definir o valor do respectivo terreno com base na metragem utilizada. (v) Ações Trabalhistas A Companhia está envolvida em diversos processos trabalhistas, tais como questões referentes à horas-extras, escala de revezamento, adicionais de insalubridade e periculosidade, aviso-prévio, desvio de função, equiparação salarial e outros pleitos, sendo que parte do montante envolvido encontra-se em execução provisória ou definitiva, nas diversas instâncias judiciais, classificado, dessa forma, como de probabilidade de perda provável e, consequentemente, provisionados. O acréscimo de R$ 78.787 ocorrido nos processos de perda provável (líquidos dos depósitos judiciais) e o acréscimo de R$ 25.300 ocorrido nos processos de perda possível se devem a juros, honorários e atualizações de processos em andamento e ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2014. (vi) Ações Ambientais As ações ambientais referem-se a vários processos administrativos e judiciais instaurados por órgãos públicos, inclusive pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e outros, que objetivam algumas obrigações de fazer e não fazer, com previsão de multa pelo descumprimento, além da imposição de indenização por danos ambientais alegadamente causados pela Companhia. Os valores provisionados representam a melhor estimativa da Companhia nesse momento, no entanto podem diferir do montante a ser desembolsado a título de indenização aos danos alegados, tendo em vista a fase atual em que se encontram os referidos processos. O acréscimo ocorrido de R$ 42.908 nos processos com expectativa de perda provável (líquido dos depósitos judiciais) está relacionado principalmente ao complemento de estimativas dos processos em andamento e ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2014. O acréscimo de R$ 422.900 ocorrido nos processos de perda possível se deve ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2014 e ao complemento de estimativas dos processos em andamento. F-156 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Dentre os principais casos que a Companhia está envolvida, existem cinco ações civis públicas, cujos objetos são: a) condenar a SABESP a abster-se de lançar ou deixar cair o esgoto sem o devido tratamento; b) investir no sistema de tratamento de água e esgoto do Município, sob pena de pagamento de multa; c) pagamento de indenização pelos danos ambientais; dentre outros. A Administração classificou parte das demandas como de provável perda, no montante de R$ 187.669 (dezembro/2013 – R$ 169.939) e, outras sete ações como possível perda no montante de R$ 558.872 (dezembro/2013 – R$ 145.107), sendo que a principal variação refere-se a um novo processo ocorrido no quarto trimestre de 2014, onde o valor considerado para fins de divulgação trata-se do valor questionado pela parte contrária, não sendo possível ainda, uma estimativa do montante envolvido por parte da Companhia, considerando o estágio inicial do processo. (vii) Processos com acordos firmados em 2014 A Companhia firmou, durante o exercício de 2014, diversos acordos judiciais e administrativos, sendo que os principais totalizam o montante de R$ 28.982. Desse valor, R$ 25.532 está relacionado a obras e R$ 3.450 relacionados às compensações ambientais, este último, registrado como “outras obrigações”, no Balanço Patrimonial. O saldo acumulado, em 31 de dezembro de 2014, relativo a essas obrigações ambientais totalizam o montante de R$ 18.497. (viii) Outros processos relacionados às concessões A Companhia é parte em processos relacionados às concessões, casos em que pode perder o direito de explorar os serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto em alguns municípios, dentre os quais destacamos: a) O Município de Cajobi ajuizou ação de reintegração de posse contra a SABESP, julgada procedente em primeira e segunda instâncias para manter o Município na posse dos bens e do serviço de água e esgoto, sendo que encontrase pendente Recurso Especial interposto pela SABESP. A expectativa é de provável perda; b) O Município de Tarumã ajuizou ação cautelar contra a SABESP, a qual foi julgada improcedente, sem recurso por parte do autor, razão pela qual a expectativa foi alterada para remota perda. A operação está mantida; c) A Companhia ajuizou ação ordinária contra o Município de Santos, com decisão favorável à Sabesp em 2ª instância. Em 11 de julho de 2014 foi disponibilizada a intimação da publicação da sentença de extinção do processo de execução e remessa dos autos ao arquivo geral; d) A Companhia ingressou com ação de reintegração de posse contra o Município de Álvares Florence, a decisão de segunda instância foi desfavorável para SABESP e a operação não está mantida. Interposição de recursos extremos, com expectativa de provável perda; e) O Município de Macatuba ajuizou contra a SABESP ação de reintegração de posse objetivando liminarmente retornar à posse das instalações afetadas à concessão, a medida liminar foi deferida e a Ação foi julgada procedente, em primeira e segunda instâncias. A SABESP deixou de operar no Município até a presente data, com expectativa provável perda; f) A Companhia ingressou com ação de manutenção de posse em face do Município de Iperó, esta foi julgada improcedente em primeira e 2ª instâncias. Atualmente aguarda aceitação dos recursos extremos, todavia, o processo encontra-se suspenso para possíveis tratativas de acordo entre as partes. A expectativa é de perda provável; g) O município de Embaúba ajuizou ação de reintegração de posse contra a Sabesp, com pedido de liminar, para mantê-lo na posse, sendo que o pedido foi deferido e cumprido em 20 de maio de 2013. A decisão foi contestada e interpusemos agravo de instrumento contra a decisão liminar, a qual foi mantida pelo Tribunal. A ação de reintegração de posse aguarda julgamento, com expectativa de provável perda. Ver informações sobre processos referente a EMAE na Nota 10 (c). F-157 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20 Benefícios a funcionários (a) Plano de benefício assistencial Administrado pela Sabesprev e constituído por planos de saúde optativos, de livre escolha, mantidos por contribuições da patrocinadora e dos participantes, que no exercício foram às seguintes: . Da Companhia: 7,2% (31 de dezembro de 2013 – 7,3%) em média da folha bruta de salários; . Dos participantes: 3,21%, sobre o salário base e gratificação, que corresponde à média de 2,1% da folha de pagamento. (b) Planos de benefícios previdenciários 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 2.249.794 1.988.912 (1.573.723) (1.442.164) 676.071 546.748 Valor presente das obrigações de benefício definido 2.053.527 1.780.268 Passivo líquido reconhecido para obrigações de benefício definido 2.053.527 1.780.268 2.729.598 2.327.016 Plano financiado – G1 (i) Valor presente das obrigações de benefício definido Valor justo dos ativos do plano Passivo líquido reconhecido para obrigações de benefício definido Plano não financiado – G0 (iii) Passivo no balanço patrimonial – obrigações previdenciárias (*) (*) O aumento do passivo em 2014 é devido, principalmente, pelo impacto do aumento real de salários e benefícios e pela diminuição na taxa de desconto para 6,11% e 6,09% em 2014 em comparação a 6,36% e 6,46% em 2013, respectivamente, para os planos G1 e G0. A Companhia em atendimento a CPC33 (R1) e IAS19, reconhece os (ganhos)/perdas no patrimônio líquido, como ajuste de avaliação patrimonial, conforme demonstrado a seguir: F-158 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Plano G1 Plano G0 Total (113.727) (198.192) (311.919) Ganhos/(perdas) nos ativos financeiros 28.208 - 28.208 Outros (2.397) - (2.397) (87.916) (198.192) (286.108) 29.891 - 29.891 (58.025) (198.192) (256.217) Plano G1 Plano G0 Total 432.426 244.121 676.547 (312.857) - (312.857) 3.404 - 3.404 Total dos ganhos/(perdas) 122.973 244.121 367.094 Imposto de renda e contribuição social diferidos – Plano G1 (41.810) - (41.810) 81.163 244.121 325.284 Em 31 de dezembro de 2014 Ganhos/(perdas) atuariais sobre as obrigações Total dos ganhos/(perdas) Imposto de renda e contribuição social diferidos – Plano G1 Ajuste de avaliação patrimonial Em 31 de dezembro de 2013 Ganhos/(perdas) atuariais sobre as obrigações Ganhos/(perdas) nos ativos financeiros Outros Ajuste de avaliação patrimonial (i) Plano G1 Administrado pela Sabesprev, o plano de benefício definido (“Plano G1”) recebe contribuições paritárias estabelecidas em plano de custeio do estudo atuarial da Sabesprev que é o seguinte: 1,19% da parte do salário de participação até 20 salários unitários; e 10,13% do excesso, se houver, da parte do salário de participação sobre 20 salários unitários. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía um compromisso atuarial, líquido de R$ 676.071 (R$ 546.748 em 31 de dezembro de 2013) que representa a diferença entre o valor presente das obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados e pensionistas e o valor justo dos ativos do plano. F-159 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2014 2013 1.988.912 2.262.440 30.736 27.947 Custo dos juros 199.528 206.429 (Ganhos)/perdas atuariais contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial 113.727 (432.426) (83.109) (75.478) 2.249.794 1.988.912 2014 2013 1.442.164 1.657.608 144.678 151.139 Contribuições esperadas da Companhia 21.223 10.876 Contribuições esperadas dos participantes 20.559 10.876 (83.109) (75.478) 28.208 (312.857) 1.573.723 1.442.164 Obrigação de benefício definido, início do exercício Custo do serviço corrente Benefícios pagos Obrigação de benefício definido, final do exercício A movimentação do valor justo dos ativos do plano ao longo do ano é como segue: Valor justo dos ativos do plano, início do exercício Rentabilidade esperada dos ativos do plano Benefícios pagos Ganhos/(perdas) financeiras contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial Valor justo dos ativos do plano, final do exercício Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são como segue: 2014 Custo do serviço líquido 9.513 Custo dos juros 199.528 Rentabilidade esperada dos ativos do plano (144.678) Total reconhecido na demonstração do resultado 64.363 Em 2014 as despesas relacionadas à obrigação de benefício definido nos montantes de R$ 43.133, R$ 6.168 e R$ 15.062, foram alocadas em custos operacionais, despesas de vendas e despesas administrativas. F-160 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Despesas previstas 2015 Custo do serviço líquido 23.303 Custo dos juros líquido 80.755 (23.052) Contribuição dos participantes 81.006 Total da despesa adicional a reconhecer Premissas atuariais: 2014 2013 Taxa de desconto – taxa real (NTN-B) 6,11% a.a. 6,36% a.a. Taxa de inflação 6,49% a.a. 5,80% a.a. 13,00% a.a. 12,53% a.a. 8,62% a.a. 7,92% a.a. AT-2000 AT-2000 Taxa de rendimento esperada dos ativos Aumento salarial futuro Tábua de mortalidade O número de participantes ativos em 31 de dezembro de 2014 era de 8.670 (8.885 em 31 de dezembro de 2013), e inativos era de 6.675 (6.597 em 31 de dezembro de 2013). O benefício a ser pago do plano de pensão G1, esperado para o ano de 2015 é de R$ 86.042. As contribuições da Companhia e dos participantes ao Plano G1 para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram de R$ 22.956 (dezembro/2013 – R$ 18.348) e R$ 23.621 (dezembro/2013 – R$ 18.416), respectivamente. A Companhia e a Sabesprev estão em processo de negociação para que o déficit atuarial seja equacionado, mediante a continuidade da migração do Plano BD para o Plano Sabesprev Mais. A Administração estima reduzir o déficit atuarial em decorrência da mudança dos referidos planos. A análise de sensibilidade do passivo total do plano de pensão de benefício definido, em 31 de dezembro de 2014 às mudanças nas principais premissas ponderadas é: Plano de pensão - G1 Alteração da premissa Impacto sobre o valor presente das obrigações de benefício definido Taxa de desconto Aumento de 1,0% Redução de R$ 213.044 Redução de 1,0% Aumento de R$ 244.103 Aumento de 1,0% Aumento de R$ 71.093 Redução de 1,0% Redução de R$ 68.916 Aumento de 1 ano Aumento de R$ 44.096 Redução de 1 ano Redução de R$ 43.248 Taxa de crescimento salarial Expectativa de vida F-161 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Ativos do plano As políticas e estratégias de investimento do plano têm como objetivo obter retornos condizentes e reduzir os riscos associados a utilização de ativos financeiros disponíveis no Mercado de Capitais por meio da diversificação, considerando fatores tais como as necessidades de liquidez e a natureza de longo prazo do passivo do plano, tipos e disponibilidade dos instrumentos financeiros no mercado local e internacional, condições e previsões econômicas gerais, assim como exigências estipuladas pela legislação. A alocação dos ativos do plano e as estratégias de seu gerenciamento são determinadas com o apoio de relatórios e análises preparados pela Sabesprev e consultores financeiros independentes: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 - NTNB's 790.779 712.017 - NTNC's 139.200 132.265 - NTNF's 6.206 5.858 Renda fixa Títulos públicos em carteira própria (a) 936.185 850.140 Cotas de fundos de renda fixa (b) 120.413 80.931 Cotas de fundos de investimento em crédito privado (c) 103.736 78.034 1.160.334 1.009.105 223.167 259.717 223.167 259.717 Total renda fixa Renda variável Cotas de fundos de investimento em ações (d) Total renda variável Investimentos estruturados Cotas de fundos de investimento em participações (e) 83.204 76.338 Cotas de fundos de investimento imobiliários (f) 30.672 40.220 Cotas de fundos de investimento multimercados (g) 28.206 25.806 142.082 142.364 Total investimentos estruturados Investimentos no exterior (h) 19.079 - Outros (i) 29.061 30.978 1.573.723 1.442.164 Valor justo dos ativos do plano F-162 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Renda fixa: composta por títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, que vão de 2017 a 2050. Esses papeis tem como indexador os seguintes índices: NTN-b indexado pelo IPCA, NTN-c indexado pelo IGPM e NTN-f que tem indexador pré-fixado. (b) Cotas de Fundo de Renda Fixa: Fundos de investimentos que buscam retorno em ativos de renda fixa e devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, sintetizados via derivativos, ao fator de risco. (c) Cotas de Fundos de Investimento em Crédito Privado: Fundos que buscam retorno por meio de aquisição de operações representativas de dívidas corporativas ou de carteira de recebíveis pulverizadas (diretos ou títulos), originadas e vendidas por diversos cedentes, que antecipam recursos e têm como de lastros recebíveis de atividades empresariais diversas. (d) Renda variável: Fundo de ações, composto por ações de empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa. (e) Cotas de Fundos de Investimento em Participações: Constituído em forma de condomínio fechado. Os recursos sob sua administração são destinados à aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas. (f) Cotas de Fundos de Investimento Imobiliários: Fundos que investem em empreendimentos imobiliários (edifícios comerciais, shopping centers, hospitais, etc.). O retorno do capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do Fundo ou pela venda das suas cotas no Fundo. (g) Cotas de Fundos de Investimento Multimercados: Podem ser classificados como Multimercados Referenciados DI ou Multimercado Long & Short, buscam retorno básico do CDI ou arbitragem em ações, respectivamente. (h) Investimentos no exterior: cotas de fundos de investimento em ações de empresas globais, majoritariamente empresas americanas. (i) Outros: basicamente formado por empréstimos e imóveis. As restrições a respeito dos investimentos da carteira de ativos, no caso de títulos do governo federal são: i) papéis securitizados pelo Tesouro Nacional não serão permitidos; ii) instrumentos derivativos só devem ser utilizados para proteção. As restrições a respeito dos investimentos da carteira de ativos, no caso de títulos de renda variável para gerenciamento interno, são como segue: F-163 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma i) operações de day-trade não serão permitidas; ii) é proibida a venda de ações a descoberto; iii) são proibidas operações de swap sem garantia; iv) não será permitida a alavancagem, i.e., operações com derivativos que representam uma alavancagem do ativo ou venda a descoberto, tais operações não podem resultar em perdas maiores que os valores investidos. Ao final de 2014, a Sabesprev possuía em sua carteira de investimentos debêntures emitidas pela Companhia no valor de R$ 1.893. Em 2013, não havia ativos emitidos pela Companhia na carteira. Os imóveis mantidos em carteira não são usados pela Companhia. O Mercado de Capitais brasileiro foi afetado em 2014 pela percepção negativa sobre a condução da Política Macroeconômica, pela persistência da inflação em níveis considerados altos e pelo baixo crescimento econômico; entretanto, mesmo diante desse cenário os ativos do plano renderam 9,92% em 2014 e 7,43% em 2013, sendo esta variação positiva impactada substancialmente pelos títulos públicos (NTNB’s, NTNC’s e NTNF’s). Na Renda Fixa, os investimentos em Fundos de Renda Fixa e em Crédito Privado tiveram retornos positivamente impactados pelo efeito de marcação a mercado dos preços dos títulos públicos federais, que experimentaram uma significativa apreciação de valor em 2014 em relação ao fechamento de 2013. Na Renda Variável, as ações de empresas brasileiras listadas na BMF&Bovespa tiveram seus preços reduzidos. O retorno do principal índice bursátil brasileiro em 2014, o Ibovespa, de -2,91% ilustra a afirmação. Em 2013, o retorno do Ibovespa foi de -15,50%. Na carteira de Investimentos Estruturados, os principais detratores de retorno foram os investimentos em Fundos de Investimento Imobiliários e os Fundos de Investimento em Participações, que tiveram retorno negativo no período. Os Fundos Multimercados tiveram um retorno superior ao obtido em 2013, contudo, sofreram também os impactos do cenário traçado acima. (ii) Plano de benefício previdenciário – Contribuição definida Em 31 de dezembro de 2014, o Plano Sabesprev Mais, modelado em contribuição definida tinha 5.188 participantes entre ativos e assistidos (5.627 em 2013). Para o Plano Sabesprev Mais, as contribuições da patrocinadora corresponderão ao resultado obtido com a aplicação de um percentual de 100% sobre a contribuição básica efetuada pelo participante. F-164 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma No Plano Sabesprev Mais, o montante de compromisso apurado para todos os participantes que migraram até 31 de dezembro de 2014, foi de R$ 9.214 (dezembro/2013 – R$ 10.613) referentes a participantes ativos. A Companhia efetuou contribuições no montante R$ 8.936, no exercício de 2014 (dezembro/2013 – R$ 8.446). (iii) Plano G0 De acordo com a Lei Estadual nº 4819/58, funcionários que iniciaram a prestação de serviço antes de maio de 1974 e foram aposentados como funcionários da Companhia adquiriram o direito de receber pagamentos complementares às aposentadorias e pensões pagas dentro do Plano G0. A Companhia paga a complementação dessas aposentadorias e pensões em nome do Governo do Estado e busca o reembolso desses valores, que são registrados como contas a receber de acionista, limitando-se aos valores considerados praticamente certos que serão reembolsados pelo Governo do Estado. Em 31 de dezembro de 2014, a obrigação de benefício definido para o Plano G0 era de R$ 2.053.527 (dezembro/2013 - R$ 1.780.268). 2014 2013 1.780.268 1.987.718 Custo dos juros e serviço corrente 224.931 176.766 (Ganhos)/perdas atuariais contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial 198.192 (244.121) (149.864) (140.095) 2.053.527 1.780.268 Obrigação de benefício definido, início do exercício Benefícios pagos Obrigação de benefício definido, final do exercício Valores reconhecidos na demonstração de resultado: 2014 Custo dos juros e serviço corrente 224.931 Valor recebido do GESP (incontroverso) (82.638) Total 142.293 Em 2014 a despesa relacionada à obrigação de benefício definido nos termos do Plano G0 foi registrada em Despesas Administrativas. Despesas previstas 2015 Custo dos juros 247.859 Total da despesa adicional a reconhecer 247.859 F-165 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Principais premissas atuariais utilizadas: 2014 2013 Taxa de desconto – taxa real (NTN-B) 6,09% a.a. 6,46% a.a. Taxa de inflação 6,49% a.a. 5,80% a.a. Aumento salarial futuro 8,62% a.a. 7,92% a.a. AT-2000 AT-2000 Tábua de mortalidade O número de participantes ativos do plano G0 em 31 de dezembro de 2014 é de 22 (24 em 31 de dezembro de 2013) e o número de participantes assistidos e pensionistas em 31 de dezembro de 2014 é de 2.375 (2.412 em 31 de dezembro de 2013). O benefício a ser pago do plano de pensão G0, esperado para o ano de 2015 é de R$ 157.616. A análise de sensibilidade do passivo total do plano de pensão de benefício definido, em 31 de dezembro de 2014 às mudanças nas principais premissas ponderadas é: Plano de pensão – G0 Alteração da premissa Impacto sobre o valor presente das obrigações de benefício definido Taxa de desconto Aumento de 1,0% Redução de R$ 197.768 Redução de 1,0% Aumento de R$ 194.469 Aumento de 1,0% Aumento de R$ 204.121 Redução de 1,0% Redução de R$ 185.665 Aumento de 1 ano Aumento de R$ 71.258 Redução de 1 ano Redução de R$ 68.867 Taxa de crescimento salarial Expectativa de vida (c) Participação nos resultados Com base nas negociações realizadas entre a Companhia e as entidades representativas de classe funcional, foi implementado o Programa de Participação nos Resultados, considerando o período de janeiro a dezembro de 2014, com a distribuição do valor correspondente de até uma folha de pagamento, mediante o estabelecimento de metas. No ano de 2014 o montante foi de R$ 72.946 (2013 – R$ 68.495). F-166 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 21 Serviços a pagar Na conta de serviços, são registrados os saldos a pagar principalmente relativos aos serviços recebidos de terceiros, tais como fornecimento de energia elétrica, serviços de leitura de hidrômetros e entrega de faturas de água e esgoto, serviços de limpeza, vigilância e segurança, cobrança, assessoria jurídica, auditoria, publicidade e propaganda, consultorias entre outros. Também são registrados os valores a pagar de participação na receita da Prefeitura Municipal de São Paulo (Nota 14 (d)(v)). Os saldos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 era de R$ 318.973 e R$ 323.208, respectivamente. 22 Patrimônio líquido (a) Capital autorizado A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de R$ 15.000.000 (dezembro/2013 – R$ 10.000.000), mediante deliberação do Conselho de Administração e ouvido o Conselho Fiscal. Em caso de aumento do capital social, emissão de debêntures conversíveis e/ou bônus de subscrição mediante subscrição particular, os acionistas terão direito de preferência na proporção do número de ações que possuírem na ocasião, observado o disposto no Artigo 171 da Lei nº 6.404/76. (b) Capital social subscrito e integralizado O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2014 é composto de 683.509.869 ações ordinárias (dezembro/2013 – 683.509.869), escriturais, nominativas, sem valor nominal, assim distribuídas: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Número de ações % Número de ações % Secretaria da Fazenda 343.524.285 50,26% 343.524.258 50,26% Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 169.000.272 24,73% 174.076.755 25,47% The Bank Of New York (equivalente em ações) (*) 170.351.902 24,92% 165.291.202 24,18% 633.410 0,09% 617.654 0,09% 683.509.869 100,00% 683.509.869 100,00% ADR Department Outros (*) cada ADR corresponde a 1 ação. F-167 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Remuneração aos acionistas Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado de acordo com a legislação societária. Sobre os dividendos aprovados não incidem juros, e os montantes não reclamados dentro de 3 anos da data da Assembleia Geral que os aprovou prescreverão em favor da Companhia. 2014 Lucro líquido do exercício 902.983 (-) Reserva legal - 5% (45.149) 857.834 Dividendo mínimo obrigatório – 25% (R$ 0,3138 por ação) 214.458 Foi aprovada pela Assembleia Geral de Acionistas, em 30 de abril de 2014, a distribuição de dividendos na forma de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 537.465, relativo ao exercício de 2013. Dessa forma, o valor de R$ 42.862, relativo ao excedente aos dividendos mínimos obrigatórios de 25%, estabelecido no estatuto, registrado no patrimônio líquido de 2013 na rubrica “Dividendos adicionais propostos” foi transferido para o passivo circulante. Tais juros tiveram início de pagamento em junho de 2014. A Companhia propôs “ad referendum” da Assembleia Geral de Acionistas de 2015, dividendos na forma de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 214.458, correspondentes a R$ 0,3138 por ação ordinária, líquidos do imposto de renda na fonte, de R$ 15.844, a serem referendados na Assembleia Geral em 30 de abril de 2015. A Companhia registrou dividendos a pagar na forma de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 214.458, considerando o limite mínimo estabelecido no estatuto. O montante excedente ao valor do dividendo mínimo obrigatório devido no exercício, de R$ 37.846 foi reclassificada dentro do Patrimônio Líquido para a conta de “Dividendos adicionais propostos”, neste montante está considerado o valor do imposto de renda na fonte de R$ 15.844. De acordo com a Deliberação CVM nº 207/1996, a Companhia imputou os juros sobre o capital próprio ao dividendo mínimo, pelo seu valor líquido do imposto de renda na fonte. O valor de R$ 15.844 referente ao imposto de renda na fonte foi reconhecido no passivo circulante, para cumprir com as obrigações fiscais relativas ao crédito do juros sobre o capital próprio. O saldo a pagar de juros sobre capital próprio, em 31 de dezembro de 2014, no montante de R$ 214.523, refere-se ao valor declarado em 2014 de R$ 214.458, líquido do imposto de renda retido na fonte e R$ 65 declarados em exercícios anteriores. F-168 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (d) Reserva de capital A reserva de capital compreende incentivos fiscais e doações recebidas pela Companhia e que poderá ser utilizada apenas para aumento de capital. O valor de R$ 124.255 referente ao saldo de dezembro/2013 foi integralmente capitalizado em 2014, conforme Nota 22 (j). (e) Reserva legal Reserva de lucros - reserva legal: é constituída pela alocação de 5% do lucro líquido do exercício até o limite de 20% do capital social. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital exceder de 30% do capital social. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Além disso, tal reserva não pode ser utilizada para pagamento de dividendos. (f) Reserva de investimentos Reserva de lucros - reserva para investimentos: é constituída especificamente da parcela correspondente aos recursos próprios que serão destinados à ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, baseado em orçamento de capital aprovado pela Administração. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o saldo da reserva para investimentos era de R$ 2.914.008 e R$ 5.980.535, respectivamente. De acordo com o disposto no parágrafo quarto do Artigo 28 do estatuto social, o Conselho de Administração poderá propor à Assembleia Geral que o saldo remanescente do lucro do exercício, após dedução da reserva legal e do dividendo mínimo obrigatório, seja destinado à constituição de uma reserva de investimentos que obedecerá os seguintes critérios: I- seu saldo, em conjunto com o saldo das demais reservas de lucros, exceto as reservas para contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social; II- a reserva tem por finalidade assegurar o plano de investimentos e seu saldo poderá ser utilizado: a) na absorção de prejuízos, sempre que necessário; b) na distribuição de dividendos, a qualquer momento; c) nas operações de resgate, reembolso ou compra de ações, autorizadas por lei; d) na incorporação ao capital social. F-169 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (g) Destinação do lucro do exercício 2014 Lucro líquido (+) Lucro do exercício 902.983 (-) Reserva legal – 5% 45.149 (-) Dividendos mínimos obrigatórios 214.458 (-) Dividendos adicionais propostos 37.846 Reserva de investimentos constituída em 2014 605.530 A Administração encaminhará para aprovação da Assembleia Geral proposta para a transferência dos saldos de lucros acumulados, no valor de R$ 605.530 para a conta de Reserva para Investimentos, para fazer face às necessidades de investimentos prevista no Orçamento de Capital. (h) Lucros acumulados Lucros acumulados: o saldo estatutário desta conta é zero, pois todo lucro acumulado deve ser destinado ou alocado para uma reserva de lucro. (i) Ajuste de avaliação patrimonial Os ganhos e perdas decorrentes de mudanças nas premissas atuariais são contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial, líquidos dos efeitos do imposto de renda e contribuição social. Ver na Nota 20 (b) a divulgação da composição dos valores contabilizados em 2014 e 2013. Saldo em 31 de dezembro de 2013 Ganhos e (perdas) atuariais do exercício (Nota 20 (b)) Saldo em 31 de dezembro de 2014 F-170 G1 G0 Total 62.905 (58.025) (196.436) (198.192) (133.531) (256.217) 4.880 (394.628) (389.748) Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (j) Aumento do Capital Foi aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas, em 30 de abril de 2014 o aumento do Capital Social de R$ 6.203.688 para R$ 10.000.000 em função da capitalização de parte da reserva de lucros e do total de reserva de capital no montante de R$ 3.672.057 e R$ 124.255, respectivamente. Foi aprovado também o novo limite para aumento de capital social para R$ 15.000.000, conforme Nota 22 (a) 23 Lucro por ação Básico e diluído O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação durante o exercício. A Companhia não possui potenciais ações ordinárias em circulação, como por exemplo, dívida conversível em ações ordinárias. Assim, o lucro básico e o diluído por ação são iguais. Lucro atribuível aos acionistas da Companhia Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas Lucro básico e diluído por ação (reais por ação) F-171 2014 2013 902.983 1.923.559 683.509.869 683.509.869 1,32 2,81 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24 Informações por segmento de negócios A Administração da Companhia, composta pelo Conselho de Administração e Diretoria Colegiada, definiu os segmentos operacionais utilizados para a tomada de decisões estratégicas como prestação de serviço de água e esgoto. (i) Resultado 2014 Água Esgoto Reconciliação para as Saldo conforme Demonstrações Demonstrações Financeiras Financeiras Receita operacional bruta 4.896.657 4.008.678 2.918.036 11.823.371 Deduções da receita bruta (335.498) (274.657) - (610.155) Receita operacional líquida 4.561.159 3.734.021 2.918.036 11.213.216 (3.929.755) (2.511.295) (2.855.516) (9.296.566) 631.404 1.222.726 62.520 1.916.650 Custos, despesas com vendas e administrativas Lucro operacional antes das outras despesas operacionais líquidas e equivalência patrimonial Outras receitas / (despesas) operacionais líquidas (3.488) Equivalência patrimonial (2.453) Resultado financeiro, líquido (635.866) Lucro operacional antes dos impostos 1.274.843 Depreciação e amortização 526.876 F-172 477.595 - 1.004.471 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2013 Água Esgoto Reconciliação para as Saldo conforme Demonstrações Demonstrações Financeiras Financeiras Receita operacional bruta 5.276.056 4.263.965 2.444.735 11.984.756 Deduções da receita bruta (370.091) (299.098) - (669.189) Receita operacional líquida 4.905.965 3.964.867 2.444.735 11.315.567 (3.512.559) (2.275.437) (2.394.487) (8.182.483) 1.393.406 1.689.430 50.248 3.133.084 Custos, despesas com vendas e administrativas Lucro operacional antes das outras despesas operacionais líquidas e equivalência patrimonial Outras receitas / (despesas) operacionais líquidas 3.296 Equivalência patrimonial 2.465 Resultado financeiro, líquido (483.246) Lucro operacional antes dos impostos 2.655.599 Depreciação e amortização 461.426 409.647 - 871.073 Explicação para os itens de reconciliação para as Demonstrações Financeiras: Os impactos na receita operacional bruta e nos custos são como segue: 2014 Receita bruta de construção referente ao ICPC 1 (R1) (a) Custo de construção referente ao ICPC 1 (R1) (a) Margem de construção 2013 2.918.036 2.444.735 (2.855.516) (2.394.487) 62.520 50.248 (a) A receita de construção é reconhecida conforme CPC 17 (R1), “Contratos de Construção” (IAS 11) usando o método de execução percentual. Vide Nota 14 (c) e (f). F-173 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Intangível Os ativos correspondentes aos segmentos reportados apresentam-se conciliados com o total do ativo intangível, conforme segue: 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Serviços de água 10.289.735 9.741.582 Serviços de esgoto 13.492.613 12.298.412 Ativos dos segmentos reportados 23.782.348 22.039.994 Outros intangíveis 2.197.178 1.806.237 Total do intangível 25.979.526 23.846.231 Ativo intangível: Não há passivo alocado aos segmentos reportados. 25 Receitas operacionais (a) Receita de serviços de água e esgoto: 2014 2013 Região Metropolitana de São Paulo 6.235.276 6.984.364 Sistemas Regionais (i) 2.670.059 2.555.657 Total (ii) 8.905.335 9.540.021 (i) Compreende os municípios operados no interior e litoral do Estado de São Paulo. (ii) A receita de serviços de água e esgoto, apresentou um decréscimo de 6,7% em 31 de dezembro de 2014 quando comparado ao exercício de 2013, devido ao Programa de Incentivo à Redução de Consumo (Bônus) e redução de 2,2% no volume faturado total da Companhia. F-174 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma *Bônus: Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água da Sabesp Após ser aprovado em caráter emergencial pela ARSESP por meio da Deliberação nº 469/2014, a SABESP adotou um incentivo econômico para estimular moradores da Grande São Paulo a reduzir o consumo de água. A medida foi adotada em função do calor recorde e da inédita falta de chuvas na área do Sistema Cantareira, que está em nível crítico e responsável pelo abastecimento de quase 10 milhões de pessoas. Os clientes que reduzirem em pelo menos 20% o consumo médio de um período de 12 meses: de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, recebem desconto de 30% na conta. Esse abatimento é aplicado sobre um valor menor, já que a diminuição no consumo resulta em uma fatura mais barata para a aplicação do benefício. A medida vale para residências, comércios e indústrias abastecidos pelo Sistema Cantareira: toda a zona norte e o centro de São Paulo, parte das zonas leste e oeste da capital, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba. Em Guarulhos e São Caetano do Sul, também atendidos pelo Cantareira, a distribuição é responsabilidade das prefeituras, que compram água da SABESP. Caberá aos serviços municipais a decisão sobre a concessão do incentivo. Inicialmente o benefício teve validade para as contas dos meses de referência de fevereiro a agosto, que chegaram aos consumidores de março a setembro. Para Santana de Parnaíba, a medida foi aplicada nos meses de referência de março a agosto, com a chegada da fatura entre abril e setembro. No entanto, por meio da Deliberação Arsesp nº 480/2014, de 31 de março, o programa de incentivo à redução do consumo de água foi prorrogado até o final de 2014 e ampliado para toda a Região Metropolitana de São Paulo ou até que o nível de água nos reservatórios seja normalizado. Em função da seca e do baixo volume de água no Sistema Cantareira, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e a Agência Nacional de Águas (ANA) determinaram que, desde 10 de março de 2014, somos obrigados, temporariamente, a restringir a vazão de água captada do Sistema Cantareira de 33 m³/s para 27,9 m³/s. Para suprir essa menor disponibilidade de água e continuar abastecendo a população, nós estamos realizando uma ampliação do uso da água de outros mananciais. Isso pode levar a um aumento nos custos para servir os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo. Se a situação dos reservatórios atingidos pela seca não melhorar, podemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas. Em 26 de maio de 2014 o Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água foi ampliado para os municípios operados pela Sabesp que fazem parte das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jaguari, localizados na área de influência do Sistema Cantareira. Da mesma maneira, também teve direito ao bônus o cliente que reduziu em pelo menos 20% o consumo mensal, comparado ao consumo médio dos últimos 12 meses, ou seja, de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Para esses clientes, haverá desconto de 30% na conta de água e esgoto. Os municípios que farão parte desta ampliação são: Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia, Vargem, Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia. A medida contemplou os clientes residenciais, comerciais, industriais e públicos e teve validade para as contas emitidas a partir de junho de 2014 com vigência até dezembro de 2014. F-175 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Escalonamento do bônus Em 22 de outubro de 2014, a ARSESP publicou a Deliberação nº 514 que aprovou a bonificação por faixas de redução de consumo para o Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água da SABESP. A bonificação por faixas de redução de consumo durante o período de vigência do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água será: (a) Bônus de 30% (trinta por cento), para os usuários cujo consumo mensal seja reduzido em pelo menos 20% (vinte por cento) em relação à média de consumo do período de fevereiro/2013 a janeiro/2014. (b) Bônus de 20% (vinte por cento), para os usuários cuja redução de consumo mensal seja maior ou igual a 15% (quinze por cento) e inferior a 20% (vinte por cento) em relação à média de consumo do período de fevereiro/2013 a janeiro/2014. (c) Bônus 10% (dez por cento), para os usuários cuja redução de consumo mensal seja maior ou igual a 10% (dez por cento) e inferior a 15% (quinze por cento) em relação à média de consumo do período de fevereiro/2013 a janeiro/2014. A bonificação por faixas de redução de consumo está sendo aplicada a todos os municípios que atualmente já recebem o bônus sobre os valores cobrados de água e esgoto. As novas faixas do Programa de Bônus tiveram como referência consumos a partir de 01 de novembro de 2014. O valor do bônus para o período de janeiro a dezembro de 2014 foi de R$ 376.414. Postergação da vigência do bônus Por meio da Deliberação 536, de 18 de dezembro de 2014, a ARSESP autorizou a postergação da vigência do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água até o final de 2015 ou até a normalização dos níveis dos reservatórios, o que ocorrer primeiro. Ver na nota 31 (a), evento subsequente sobre a tarifa de contingência. (b) Reconciliação da receita operacional bruta para a receita operacional líquida: 2014 2013 Receita de serviços de água e esgoto 8.905.335 9.540.021 Receitas de construção (Nota 14 (c)) 2.918.036 2.444.735 (610.155) (669.189) 11.213.216 11.315.567 Impostos sobre vendas Receita líquida F-176 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 26 Custos e despesas operacionais 2014 2013 1.494.147 1.348.933 47.855 59.237 2.855.516 2.394.487 Custos operacionais Salários e encargos Obrigações previdenciárias Custos de construção (Nota 14 (c)) Materiais gerais 191.723 179.771 Materiais de tratamento 261.205 240.730 Serviços de terceiros 856.960 786.515 Energia elétrica 597.454 551.630 Despesas gerais 404.367 444.663 Depreciação e amortização 926.372 810.297 7.635.599 6.816.263 236.109 215.083 Obrigações previdenciárias 6.225 8.470 Materiais gerais 4.549 6.995 252.628 208.943 Despesas com vendas Salários e encargos Serviços de terceiros Energia elétrica 579 557 Despesas gerais 86.590 82.470 Depreciação e amortização 10.339 10.721 139.589 103.864 736.608 637.103 Provisão para créditos de liquidação duvidosa, líquida dos recuperados (Nota 9 (c)) Despesas administrativas Salários e encargos Obrigações previdenciárias Materiais gerais Serviços de terceiros 180.845 176.845 158.114 118.600 5.861 6.700 205.341 116.735 Energia elétrica 1.032 694 Despesas gerais 228.737 183.874 Depreciação e amortização 67.760 50.055 Despesas fiscais 76.669 75.614 924.359 729.117 F-177 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2014 2013 1.911.101 1.740.861 212.194 186.307 2.855.516 2.394.487 202.133 193.466 Custos e despesas operacionais Salários e encargos Obrigações previdenciárias Custos de construção (Nota 14 (c)) Materiais gerais Materiais de tratamento 261.205 240.730 1.314.929 1.112.193 Energia elétrica 599.065 552.881 Despesas gerais 719.694 711.007 1.004.471 871.073 76.669 75.614 139.589 103.864 9.296.566 8.182.483 Serviços de terceiros Depreciação e amortização Despesas fiscais Provisão para créditos de liquidação duvidosa, líquida dos recuperados (Nota 9 (c)) 27 Receitas e despesas financeiras 2014 2013 (272.975) (294.729) (92.180) (84.648) (104.060) (62.882) Imposto de renda sobre remessa ao exterior (14.334) (10.662) Variação monetária sobre empréstimos e financiamentos (iv) (98.309) (72.657) (1.169) (1.334) Despesas financeiras Juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos - moeda nacional (i) Juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos - moeda estrangeira (ii) Outras despesas financeiras (iii) Variação monetária sobre déficit incentivo Sabesprev Mais (v) (10.597) (5.731) Juros e variações monetárias sobre provisões (vii) (118.669) (70.267) Total de despesas financeiras (712.293) (602.910) 91.930 85.245 Rendimento de aplicações financeiras (ix) 202.898 151.106 Juros e outras (x) 127.904 149.759 422.732 386.110 (289.561) (216.800) Outras variações monetárias (vi) Receitas financeiras Variações monetárias ativas (viii) Total de receitas financeiras Financeiras, líquidas antes das variações cambiais F-178 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2014 2013 (345.105) (267.835) Outras variações cambiais (625) (6) Variação cambial ativa (575) 1.395 (346.305) (266.446) (635.866) (483.246) Variações cambiais Variação cambial sobre empréstimos e financiamentos (xi) Variações cambiais, líquidas Financeiras líquidas (i) A variação nas despesas com juros sobre empréstimos e financiamentos em moeda nacional sofreu decréscimo em função principalmente, da maior capitalização de juros ocorrida em 2014, quando comparada ao ano de 2013. (ii) O acréscimo na despesa com juros sobre empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira, reflete principalmente, o aumento no saldo da dívida em razão das novas captações. (iii) Outras despesas financeiras sofreu acréscimo principalmente devido a entrada em operação de duas SPEs SES Campo Limpo Paulista/Várzea Paulista e ETE Campos do Jordão, respectivamente em agosto de 2013 e março de 2014. Após a entrada de operação, conforme CPC 20, os juros apropriados para pagamento às SPEs são reconhecidos como despesa financeira. (iv) A variação monetária é decorrente do aumento nos indexadores definidos nos contratos de empréstimos e financiamentos, tais como, TR e IPCA, que foram de 0,9% e 6,4%, respectivamente, em 2014 (0,2% e 5,9%, respectivamente, em 2013). As exposições a essas taxas são demonstradas na Nota 5.1 (d). (v) O decréscimo é decorrente do menor saldo dos compromissos da SABESP com relação ao déficit do plano de pensão Sabesprev Mais. (vi) Outras despesas com variação monetária são substancialmente atualizações dos passivos referente aos compromissos de investimento exigidos pelas parcerias públicos-privada e principalmente, contratos de programa que são indexados pelo IPC/FIPE e IPCA/IBGE que foram de 5,2% e 6,4%, respectivamente, em 2014 e 3,9% e 5,9%, respectivamente, em 2013. (vii) A variação é decorrente, principalmente, de atualização dos processos judiciais de clientes e ambientais que são corrigidos pela tabela do tribunal de justiça, considerando a variação do INPC/IBGE que foi de 6,3% em 2014 e 5,6% em 2013. (viii) A variação é decorrente, principalmente, de atualização dos depósitos judiciais que são corrigidos pelo INPC/IBGE que apresentou variação de 6,3% em 2014, comparado a 5,6% de variação em 2013. F-179 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ix) O acréscimo nos rendimentos das aplicações financeiras ocorreu em função da Companhia manter os valores aplicados financeiramente num prazo superior ao realizado em 2013, houve também um acréscimo nas taxas de juros de mercado que impactou positivamente os rendimentos auferidos em 2014. (x) A variação da conta é decorrente, principalmente, da aplicação de juros sobre acordos e parcelamentos. (xi) O acréscimo nas despesas reflete principalmente do aumento no saldo da dívida em razão das novas captações. Adicionalmente em 2014 e 2013 houve uma valorização do dólar com variação de 13,4% e 14,6%, respectivamente. 28 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Outras receitas operacionais, líquidas (i) Outras despesas operacionais (ii) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 2014 2013 109.329 57.382 (112.817) (54.086) (3.488) 3.296 As outras receitas operacionais compõem-se, de lucro nas vendas do ativo imobilizado, vendas de editais, indenizações e ressarcimento de despesas, multas e cauções, locação de imóveis, água de reuso, projetos e serviços do Pura. (i) As outras receitas operacionais apresentaram um acréscimo de R$ 51,9 milhões, devido principalmente à: (a) maior aplicação de multas a fornecedores e prestadores de serviço, no montante de R$ 25,8 milhões; e (b) maior receita obtida através do Programa de Uso Racional da Água (PURA), no montante de R$ 20,9 milhões. As outras despesas operacionais compõem-se, da baixa de bens das concessões por obsolescência, obras desativadas, poços improdutivos, projetos economicamente inviáveis, perda do ativo imobilizado. (ii) As outras despesas operacionais apresentaram um acréscimo de R$ 58,7 milhões, devido principalmente à: (a) provisão de obras e projetos, no montante de R$ 21,3 milhões; (b) provisão para perdas com verbas contratuais, decorrente da realização do acordo com o município de Diadema, no montante de R$ 15,0 milhões; (c) baixa de bens obsoletos, no montante de R$ 11,4 milhões; e (d) provisão referente à baixa de hidrômetros, no valor de R$ 11,4 milhões. F-180 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 29 Compromissos A Companhia possui contratos para a administração e manutenção de suas atividades, bem como, contratos para construção de novos empreendimentos, visando atingir os objetivos propostos em seu plano de metas. Abaixo os principais valores compromissados em 31 de dezembro de 2014: 1 ano 1-3 anos 3-5 anos Mais de 5 anos Total Obrigações contratuais Despesas Obrigações contratuais Investimentos 1.279.797 548.538 51.687 3.784.736 5.664.758 1.790.549 1.807.801 97.535 2.188.033 5.883.918 Total 3.070.346 2.356.339 149.222 5.972.769 11.548.676 O principal compromisso se refere a PPP São Lourenço. Vide Nota 14 (h). 30 Informações suplementares aos fluxos de caixa 2014 2013 Total das adições do intangível (Nota 14) 3.236.781 2.750.319 Itens que não afetaram o caixa (ver composição abaixo) (577.924) (445.288) Total das adições no intangível conforme demonstração do fluxo de caixa 2.658.857 2.305.031 278.265 205.012 Empreiteiros a pagar 48.547 (4.887) Compromissos de contratos de programas 62.250 28.197 Parceria Público-Privada – PPP (Nota 14 (h)) 22.245 - 104.097 166.718 62.520 50.248 577.924 445.288 Transações de investimentos e financiamentos que afetaram o intangível, mas não envolveram caixa: Juros capitalizados no período (Nota 14 (e)) Arrendamento Mercantil Margem de construção (Notas 14 (f) e 24) Total F-181 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31 Eventos subsequentes (a) Adoção de tarifa de contingência A ARSESP publicou em 07 de janeiro de 2015, a Deliberação nº 545, por meio da qual autoriza a adoção da tarifa de contingência aos usuários cujo consumo mensal ultrapasse a média apurada no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, conforme segue: (i) 40% de acréscimo sobre o valor da tarifa, aplicável à parte do consumo de água que exceder até 20% da média; ou (ii) 100% de acréscimo sobre o valor da tarifa, aplicável à parte do consumo de água que exceder a mais de 20% da média. Estão sujeitos à tarifa de contingência todos os usuários, inclusive aqueles com contratos de demanda firme, ressalvados os seguintes casos: (i) aqueles com consumo mensal de água menor ou igual a 10 m³; e (ii) hospitais, prontos-socorros, casas de saúde, delegacias, presídios, casas de detenção, e os centros de atendimento da Fundação CASA. A tarifa de contingência vigorará para os consumos medidos a partir da publicação da Deliberação até 31 de dezembro de 2015, e somente é aplicável aos usuários dos municípios: (i) em que a regulação e a fiscalização dos serviços de saneamento sejam de competência da ARSESP; e (ii) que tenham sido incluídos no Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água da SABESP. (b) Solicitação de revisão extraordinária Em 6 de março de 2015, a Companhia protocolou junto a ARSESP, solicitação de revisão extraordinária buscando o reequilíbrio tarifário, decorrente da queda do volume faturado e aumento do preço de energia resultantes do agravamento da crise hídrica em 2014, conforme previsto na Nota Técnica Final RTS/01/2012 - Metodologia Detalhada para o Processo de Revisão Tarifária da SABESP - Primeiro Ciclo Tarifário. Até a data da emissão desse relatório, a Companhia não obteve aprovação do órgão regulador sobre essa revisão extraordinária. (c) Termo de Acordo – Contas a Receber Incontrovers0 Em 18 de março de 2015 a Companhia, o Estado de São Paulo, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE, com interveniência da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, celebraram Termo de Acordo nos termos abaixo resumidos. Ver informações adicionais na nota explicativa 10 (a), (vi). F-182 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 17 de novembro de 2008, a Companhia, o Estado de São Paulo, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica, com a interveniência da Secretaria de Saneamento e Energia, celebraram o Terceiro Aditamento ao Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, Compromisso de Pagamento e Outras Avenças com o objetivo de equacionar o valor incontroverso de dívidas relacionadas aos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões de que trata a Lei do Estado de São Paulo nº 4.819, de 26 de agosto de 1958, pagos pela Companhia e não reembolsados pelo Estado. Nesse documento, os Reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova foram dados como pagamento provisório de parte do valor total incontroverso. No entanto, até a presente data não foi possível realizar a transferência dos reservatórios em função de ação judicial ainda não transitada em julgado. Assim, Estado, Sabesp e DAEE, por meio do Termo de Acordo firmado em 18 de março de 2015, acordaram na substituição dos Reservatórios pelo pagamento parcelado da dívida. O valor do atual acordo é de R$ 1.012.310, sendo R$ 696.283, referentes ao valor principal (“Valor Principal”) e R$ 316.027 referentes à correção monetária do principal até fevereiro de 2015. O Valor Principal será pago em 180 parcelas, da seguinte forma: a) As primeiras vinte e quatro parcelas serão quitadas mediante a transferência imediata de 2.221.000 ações preferenciais de emissão da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP do tipo TRPL4, no valor total de R$ 87.174, com base no preço de fechamento das ações em 17 de março de 2015. b) O saldo de R$ 609.109 será atualizado pelo IPCA até a data de início dos pagamentos e pago em espécie, por meio das demais 156 parcelas mensais, iniciando-se em 5 de abril de 2017. A partir do início de pagamento, as parcelas serão atualizadas pelo IPCA mais juros simples de 0,5% ao mês. Considerando que a ação que contesta a possibilidade de transferência dos reservatórios não foi transitada em julgado, o acordo prevê, ainda, as seguintes situações: 1) Caso haja possibilidade de transferência e os Reservatórios efetivamente sejam transferidos para a Sabesp com registro em cartório, a Sabesp reembolsará ao Estado os valores pagos em substituição aos Reservatórios (Valor Principal) por meio de 60 parcelas mensais atualizadas pelo IPCA até a data de pagamento de cada parcela; e 2) Caso não se efetive a transferência dos Reservatórios, o Estado pagará à Sabesp, em adição ao Valor Principal, o crédito de correção monetária parcelado em 60 vezes, iniciando-se esses pagamentos ao final do parcelamento do Valor Principal. O valor será atualizado pelo IPCA para a data de início dos pagamentos e, a partir desta data, incidirá atualização monetária – IPCA, mais 0,5% de juros simples ao mês sobre o valor de cada parcela. F-183 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras DECLARAÇÃO Os Diretores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, inscrita no Ministério da Fazenda sob o CNPJ nº 43.776.517/0001-80, com sede na Rua Costa Carvalho, nº 300, Pinheiros, São Paulo, declaram para os fins do disposto no § 1º, do artigo 25, incisos V e VI, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que: Reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. São Paulo, 26 de março de 2015. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP /s/ Jerson Kelman Diretor Presidente /s/ Rui de Britto Álvares Affonso Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores /s/ Manuelito Pereira Magalhães Junior Diretor de Gestão Corporativa /s/ Edson José Pinzan Diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente /s/ Paulo Massato Yoshimoto Diretor Metropolitano /s/ Luiz Paulo de Almeida Neto Diretor de Sistemas Regionais F-184 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Declaração dos Diretores sobre o Relatório dos Auditores Independentes DECLARAÇÃO Os Diretores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, inscrita no Ministério da Fazenda sob o CNPJ nº 43.776.517/0001-80, com sede na Rua Costa Carvalho, nº 300, Pinheiros, São Paulo, declaram para os fins do disposto no § 1º, do artigo 25, incisos V e VI, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que: Reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. São Paulo, 26 de março de 2015. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP /s/ Jerson Kelman Diretor Presidente /s/ Rui de Britto Álvares Affonso Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores /s/ Manuelito Pereira Magalhães Junior Diretor de Gestão Corporativa /s/ Edson José Pinzan Diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente /s/ Paulo Massato Yoshimoto Diretor Metropolitano /s/ Luiz Paulo de Almeida Neto Diretor de Sistemas Regionais F-185 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SABESP, pela totalidade dos seus membros abaixo assinados, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, procederam ao exame das Demonstrações Financeiras, do Relatório Anual da Administração e da Proposta da Administração para Destinação do Resultado, referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2014 e, com base em análises efetuadas, em esclarecimentos adicionais prestados pela Administração e pelo Comitê de Auditoria, considerando, ainda, o Relatório dos Auditores Independentes, Deloitte Touche Tohmatsu, datado de 26 de março de 2015, concluíram que estão adequadamente apresentados, motivo pelo qual opinam pelo seu encaminhamento para deliberação da Assembleia Geral de Acionistas. São Paulo, 26 de março de 2015. HORÁCIO JOSÉ FERRAGINO HUMBERTO MACEDO PUCCINELLI JOSÉ ANTONIO XAVIER RUI BRASIL ASSIS ALEXANDRE LUIZ OLIVEIRA DE TOLEDO F-186 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP RELATÓRIO ANUAL RESUMIDO DO COMITÊ DE AUDITORIA - 2014 Aos Conselheiros de Administração Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 1. APRESENTAÇÃO O Comitê de Auditoria (Comitê) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp é órgão estatutário, criado na reunião do Conselho de Administração de 26 de junho de 2006, e é composto por três Conselheiros de Administração Independente. Em atendimento à U.S. Securities and Exchange Commission – SEC, o Comitê desempenha a função de Audit Committee da Sabesp, em conformidade com o disposto na Sarbanes-Oxley Act. O Comitê reporta-se ao Conselho de Administração, e atua com autonomia e independência no exercício de suas funções, funcionando como órgão auxiliar, consultivo e de assessoramento, sem poder decisório ou atribuições executivas. As funções e responsabilidades do Comitê são desempenhadas em cumprimento às atribuições legais aplicáveis, estatutárias e definidas no seu Regimento Interno. A responsabilidade do Comitê está relacionada com a revisão e o monitoramento, dentro de sua capacidade de supervisão, dos processos de elaboração e publicação de relatórios financeiros e de auditoria. As avaliações do Comitê baseiam-se nas informações recebidas da Administração, dos auditores independentes, da auditoria interna, dos responsáveis pelo gerenciamento de riscos e de controles internos e nas suas próprias análises decorrentes de sua atuação de supervisão e monitoramento. Na Assembleia Geral Ordinária de 30 de abril de 2014, os Srs. Jerônimo Antunes, Reinaldo Guerreiro e Francisco Vidal Luna foram reeleitos membros do Conselho de Administração e na Reunião do Conselho de Administração de 14 de maio de 2014 foram reconduzidos como membros do Comitê, sendo que o Sr. Jerônimo Antunes foi também reconduzido como membro especialista, na função de coordenador do Comitê. 2. ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO No período de 28/03/2014 a 26/03/2015, o Comitê reuniu-se 25 vezes. Essas reuniões envolveram os Diretores, Superintendentes e Gerentes da Sabesp. As atas das reuniões do Comitê são distribuídas nas reuniões do Conselho de Administração, ocasião em que o Coordenador do Comitê relata e enfatiza aos demais Conselheiros, quando julgado apropriado, os assuntos relevantes e pertinentes, identificados nas atividades do Comitê. As principais atividades realizadas foram: F-187 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Revisão, aprovação e supervisão do plano de trabalho da Auditoria Interna; Aprovação do plano de trabalho de Fraud Risk Assessment; Monitoramento das provisões e contingências judiciais; Acompanhamento das atividades de gestão de riscos corporativos; Acompanhamento das atividades de compliance; Avaliação e monitoramento da eficácia dos Controles Internos; Acompanhamento das averiguações e das denúncias recebidas via Canal de Denúncias; Supervisão da atuação dos auditores independentes; Monitoramento da implantação dos planos de ação, decorrentes das recomendações feitas pela Auditoria Interna e Auditoria Independente; Identificação e recomendação para melhorias nos processos, durante as discussões com as diversas áreas convocadas, bem como acompanhamento e monitoramento das implantações dessas recomendações; Acompanhamento do processo de apresentação das demonstrações contábeis, em conformidade com a legislação aplicável e boas práticas de governança corporativa; e Revisão das Informações Trimestrais, do Relatório Anual da Administração, das Demonstrações Financeiras, e do Relatório 20-F. O Comitê realizou quatro reuniões em conjunto com o Conselho Fiscal da Sabesp para a revisão das Informações Trimestrais dos trimestres findos em 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro de 2014 e das Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. 3. RECOMENDAÇÕES PARA MELHORIAS NOS PROCESSOS DE NEGÓCIOS Nos debates estabelecidos nas reuniões, realizadas no período em questão, com os gestores das diversas áreas da Companhia, foram efetuadas diversas recomendações de ações corretivas para processos de controles e gestão dos negócios. As pendências e os respectivos atendimentos às ações corretivas são devidamente registrados em atas. O Comitê monitora periodicamente a implantação dessas melhorias e das adequações sugeridas. 4. AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS SISTEMAS DE CONTROLES INTERNOS A metodologia adotada pela Sabesp para a análise dos controles internos está em consonância com a estrutura do Internal Control - Integrated Framework, definido pelo The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), e com a Lei Sarbanes-Oxley. F-188 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP A Administração da Sabesp é responsável pelo desenho e pela implantação de políticas, procedimentos, processos e práticas de controles internos que propiciem a salvaguarda de ativos, o tempestivo reconhecimento de passivos, a aderência às regras e a integridade e precisão das informações. A Auditoria Interna é responsável por aferir o grau de atendimento ou observância, por todas as áreas da Sabesp, dos procedimentos e práticas de controles internos e que estes se encontrem em efetiva aplicação. A Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes é a firma de auditoria responsável por examinar as demonstrações financeiras e emitir opinião quanto ao seu preparo consoante às práticas contábeis adotadas no Brasil. De forma complementar, como resultado de sua revisão dos controles internos para fins de emitir a opinião sobre as demonstrações financeiras, a Auditoria Independente produz relatório de recomendações sobre práticas contábeis e de controles internos. 5. AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DAS AUDITORIAS INDEPENDENTE E INTERNA O Comitê mantém um canal regular de comunicação com os auditores internos e independentes, permitindo ampla discussão dos resultados de seus trabalhos, de aspectos contábeis e de controles internos relevantes e, em decorrência, avalia como plenamente satisfatório o volume e a qualidade das informações fornecidas por esses profissionais, as quais apoiam sua opinião acerca da adequação e integridade dos sistemas de controles internos e das demonstrações financeiras. Ademais, não foram identificadas situações que pudessem afetar a objetividade e a independência dos auditores independentes e/ou a autonomia dos auditores internos. O Comitê de Auditoria acompanhou as atividades realizadas pela Auditoria Interna e pela Auditoria Independente, quer por meio da realização de reuniões periódicas, quer pela revisão dos relatórios emitidos. Em decorrência, o Comitê de Auditoria avalia positivamente a cobertura e a qualidade dos trabalhos realizados pela Auditoria Interna e pela Auditoria Independente, concernentes às demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2014. 6. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Administração é responsável pela definição e implantação de sistemas de informações que produzam as demonstrações financeiras da Sabesp, em observância à legislação societária, práticas contábeis, com as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e, por ser listada na NYSE, das normas emitidas pela SEC e Lei Sarbanes-Oxley. O Comitê de Auditoria reuniu-se com os responsáveis pelas áreas de contabilidade para análise dos procedimentos que envolveram o processo de preparação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2014. F-189 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Por fim, discutiu com os auditores independentes os resultados dos trabalhos e suas conclusões sobre a auditoria das referidas demonstrações financeiras, cujo relatório se apresenta sem ressalvas. Os principais pontos discutidos também se relacionaram com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e, ainda, com recomendações e demais apontamentos nos relatórios de controles internos e apresentação das demonstrações financeiras. O Comitê de Auditoria verificou que as demonstrações financeiras estão apropriadas em relação às práticas contábeis e à legislação societária, bem como às normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e das normas emitidas pela SEC e Lei Sarbanes-Oxley. 7. CONCLUSÕES Durante a condução dos trabalhos, o Comitê não identificou nenhuma situação que pudesse afetar a objetividade e a independência da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes com relação à Sabesp. Dessa forma, nos termos do Regimento Interno do Comitê de Auditoria, o Comitê informa ao Conselho que não tem conhecimento de nenhum tipo de relacionamento entre a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes e a Sabesp que possa ter afetado sua independência na execução dos trabalhos da auditoria independente das demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2014. O Comitê registra, ainda, que não foi identificada nenhuma situação de divergência significativa entre a Administração da Sabesp, os Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu e o próprio Comitê em relação às Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. As opiniões e julgamentos do Comitê dependem das informações que são apresentadas pela Sabesp, em particular dos Administradores, das Superintendências de Contabilidade, Jurídica e Auditoria Interna e demais superintendências, além da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Neste sentido, o Comitê julga que todos os assuntos pertinentes que lhe foram dados a conhecer estão adequadamente divulgados nas Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2014 acompanhadas do Relatório dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu, emitido sem ressalvas, e, portanto, recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das referidas Demonstrações Financeiras auditadas. São Paulo, 26 de março de 2015. Jerônimo Antunes Coordenador e Especialista Financeiro Reinaldo Guerreiro Membro F-190 Francisco Vidal Luna Membro Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP ORÇAMENTO DE CAPITAL Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Est.São Paulo-SPDR Cia. Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Quadro III - Estrutura de Financiamento - 2015 Proposta Empresarial 2015 (Orçamento Aprovado pela Diretoria e Conselho de Administração) R$ mil Fontes Aplicações OPERAÇÃO DE CRÉDITO FINANCIAMENTOS EXTERNOS INTERNOS INVESTIMENTOS Abastecimento de Água Coleta de Esgotos Tratamento Esgotos Coletados RECURSOS PRÓPRIOS TESOURO DO ESTADO TOTAL EXT.+INT. 342.772 506.178 848.950 1.512.249 1 2.361.200 141.781 329.917 471.698 1.046.205 1 1.517.904 98.892 154.528 253.420 333.854 0 587.274 102.099 21.733 123.832 132.190 0 256.022 F-191