PRIMEIRO TEXTO
Jornal Laboratório do 3º semestre de Jornalismo (FaAC) - Noite - Ano XIV nº 8 - Abril 2011
CAMPUS
Clínica de Fisioterapia atende
de 200 a 300 pacientes por dia
Juliana Sousa
Juliana Sousa
A Universidade Santa
Cecília presta diversos serviços voltados à comunidade, entre eles está a clínica
de fisioterapia. Com cerca
de mil metros de área física,
distribuídos em várias salas
de atendimento ao público,
o local oferece atendimento
gratuito à região há 11 anos.
É dividido por áreas como
ortopedia, neurologia, pediatria, além de um espaço
reservado para a saúde da
mulher e uma parte específica para prótese e órtese.
Os atendimentos da clínica são comandados por
professores supervisores
de estágio do curso de Fisioterapia da Universidade.
Segundo o coordenador
do curso e da clínica de Fisioterapia José Luiz Portolez, é elevado o número de
pessoas que passam pelo
Clínica onde os alunos estagiam oferece atendimento gratuito à comunidade
Além da grande estrulocal diariamente. “Na faixa
de 200 a 300 pacientes por tura que assiste a popudia, em todos os setores”, lação, a clínica ainda dá
ressalta o coordenador. treinamento e estágio aos
Gratuito, espaço atende a 90%
dos amputados da região
Daiane Zanellato
A clínica de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília atende a cerca
de 90% dos amputados
da Baixada Santista, sendo
a maioria dos pacientes da
comunidade local. O atendimento é feito gratuitamente sendo que os pacientes
deverão estar cadastrados
no Instituto Nacional do
Seguro
Social
(INSS).
A clínica existe há 11 anos
e atende em média a 24 pacientes por mês, que passam por um processo de
preparo pós–cirurgia para a
colocação de prótese. O coordenador do curso de Fisioterapia e responsável pela
clínica, José Luiz Marinho
Portolez, disse que o tratamento para essas pessoas
começa na primeira semana da amputação, pois logo
após a cirurgia é preciso fazer o tratamento adequado
para que o músculo onde
será colocada a prótese
não enrijeça e proporcione
maior comodidade à pessoa.
Na própria clínica, um
técnico de prótese tira as
medidas do paciente para
a colocação do aparelho.
Esse tratamento leva, em
média, dois meses, pois
após o procedimento é preciso que o amputado tenha
um período de adaptação.
“As próteses são as mais
modernas, feitas de acor-
do com novas tecnologias e
melhores materiais” diz Portolez. Para os cadastrados
no INSS, elas são gratuitas.
O tratamento psicológico, fundamental nesse processo, não é oferecido na
clínica, porém os alunos
de Fisioterapia que acompanham todo o tratamento
dos pacientes encarregam-se de animar, conversar
e ajudar psicologicamente
as pessoas em tratamento.
Para o serviço, a clínica
atende às terças-feiras
e quintas-feiras, à Rua
Cesário Mota, 8, 1º andar – bloco E. O horário
de atendimento é das 15
às 17 horas. O telefone
para contato é 3202-7156.
Expediente
PRIMEIRO TEXTO é o Jornal laboratório do Curso de Jornalismo. Redação, edição e diagramação dos alunos do 2º ano de Jornalismo do período noturno.
Diretor da FaAC: Humberto Iafullo Challoub.
Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos.
Professores Responsáveis: Prof. Esp. Fernando Claudio Peel (diagramação), Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Ms. Luiz Carlos Bezerra (textos).
Editor: Vinícius Morales.
Editores gráficos: Juliana Sousa (Primeira página) e João Pedro V. Diwan (Páginas 2 e 3).
O teor das matérias e artigos são de responsabilidade de seus autores não representando,
portanto, a opinião da instituição mantenedora.
alunos do curso. Segundo
o coordenador, são eles
que, supervisionados pelos professores, atendem
aos pacientes. O estágio
de observação começa no
primeiro ano, mas a partir
do quarto, os alunos passam a praticar na clínica,
em um período de duas
horas, o que aprendem
em sala de aula. Os alunos que atuam no espaço
são os do quinto ano, que
fazem o estágio durante o
horário de funcionamento.
Para usufruir do espaço, basta fazer um cadastro e entrar na listagem de
espera, onde os pacientes vão sendo chamados
conforme a necessidade
de cada um. “O atendimento gratuito é para todos”, destaca Portolez.
A clínica da Universidade, que é referência em toda região,
funciona de segunda a
sexta-feira, das 14h às
18h30, na Rua Cesário Motta, 8, 1º andar.
ARTES
Exposição traz obras de
Aldemir Martins à Pinacoteca
Gustavo Pereira
Amantes das artes plásticas
podem conferir obras do artista cearense Aldemir Martins,
que estarão expostas na Pinacoteca Benedito Calixto até 1º
de maio. A mostra inaugura o
projeto Galerias, cujo objetivo
é apresentar ao público da região as obras de artistas plásticas de renome nacional.
Nascido no Ceará, Aldemir
foi um dos fundadores da Sociedade Cearense de Artistas
Plásticas (SCAP), e ao longo
de sua carreira já participou de
diversas exposições tanto no
Brasil quanto no exterior.
Em suas obras, encontra-se
com facilidade a natureza e temas que dizem respeito à vida
dos brasileiros, principalmente
os da região Nordeste. Gatos,
cangaceiros e galos são algu-
mas das marcas registradas
de suas obras.
A exposição traz 36 trabalhos de Aldemir, incluindo desenhos em nanquim e caneta,
esculturas em acrílico e metal
e dez tampas de pizza, que o
artista utilizava para reproduzir
suas obras.
A obra Paisagem Casa Acarapé é a mais cara do acervo
disponível na Pinacoteca, e
seu custo é de R$ 80 mil. A
exposição traz ainda a obra
Marinha, feita por Aldemir em
2006. Além das telas à venda,
existem peças que fazem parte do acervo da família, como
cartas para sua esposa.
A Pinacoteca Benedito Calixto fica à Avenida Bartolomeu
de Gusmão, 15, no Boqueirão. A exposição é gratuita e
pode ser conferida de terça a
domingo, das 14h às 19h.
http://peregrinacultural.files.wordpress.com
Obras de Aldemir retratam cenários do Nordeste brasileiro
Primeiro Texto
2
MÚSICA
Quer ser DJ? São Vicente
oferece curso gratuito
Divulgação
O curso de DJ faz parte do projeto Ponto de Cultura, que oferece ações culturais em São Vicente
Natacha Negrão
A ONG Associação Vida
Esperança está disponibilizando o curso gratuito de
DJ na cidade de São Vicente, com início na segunda
semana de abril, pretendendo se estender por mais
três anos. O projeto da AVE
contará também com oficinas culturais de produção
musical e artes cênicas.
O projeto chama-se Ponto de Cultura. Tem como
objetivo proporcionar uma
melhor percepção social
por meio de Arte e Cultura
para toda a população, mas
principalmente, aos menos
favorecidos. É uma parceria do Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura do
Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura de São
Vicente, Prefeitura de São
Vicente e da própria ONG.
A oficina de DJ e produção musical será realizada
pelos Djs Will Beats e Jully
Beats. Will é conhecido internacionalmente, por ter
uma de suas músicas na trilha sonora do seriado canadense Queer As Folk, e junto com sua esposa Jully, se
apresentaram na casa Litoral The Club. Serão aulas
às terças e quartas-feiras,
das 14h às 17h ou das 18h
até as 22h, com duração de
um mês.
A iniciativa dos cursos
surgiu da percepção social
de um grupo de amigos voluntários da AVE. “Preocupados com uma sociedade
mais justa e igualitária, a
idéia básica era proporcionar à população cultura, arte, bem como uma
perspectiva profissional da
musica e do teatro, mas
faltava o recurso”, diz o
responsável pela associação Caio Panighel. Assim
que foi publicado o edital
do Governo Federal, surgiu a possibilidade de realizar a ação, que se inicia
em 2011 e se estenderá
até 2013.
As inscrições estarão
abertas a cada mês e serão feitas na sede da ONG
– Rua Newton Prado, 406,
Morro dos Barbosa, São
Vicente – das 13h até as
18h. Os documentos necessários para a inscrição
são RG, foto 3x4 recente
e comprovante de residência. No caso de menores
de idade, a companhia do
responsável legal. Informações sobre a programação e cursos pelo telefone
3379-6805.
Abril 2011
TELEVISÃO
Mudanças no
controle remoto
Mariá Ruibal
Há mais de uma semana os telespectadores da
Baixada Santista estão
conferindo as mudanças nos canais de sua
TV. Isso está acontecendo devido à transição da
TVB (antiga afiliada do
SBT) para a Band, e da
rede VTV (antiga afiliada
da Rede TV) para o SBT.
O que parece ser
normal, para algumas
pessoas está sendo
confuso. É o caso do telespectador Rodrigo Nepomuceno, que não está
conseguindo sintonizar a
Rede TV. “Gosto de alguns programas desse
canal, mas como não
tenho TV a cabo e não
consigo assisti-los. Não
dá para entender como
eles podem fazer isso
com quem gosta da
emissora”, reclama.
Após as mudanças, o
telespectador sintoniza
a TVB no canal 12 (TV
aberta) e no canal 18
(TV a cabo). Já a rede
VTV exibe os programas do SBT pelos canais 46 (TV aberta) e
19 ( TV a cabo). Para o
taxista José Alfredo, as
mudanças não fazem
diferença. “Gosto de assistir programas de São
Paulo. Da região não
SOCIEDADE
Sem idade para
viajar na internet
Mônica R. Barreto
Assistir à televisão, jogar
dama com os amigos, tricotar ou passar as tardes dormindo não são mais a forma de lazer preferida dos
aposentados acima dos 60
anos. O tempo passou e as
coisas evoluíram ao ponto que as atividades costumeiras tomaram rumos
diferentes. Navegar na internet agora tem adeptos
de todas as idades, pois
a web tem se tornado o lazer predileto de idosos.
A inclusão digital tem ajudado os novos internautas, principalmente para
acessar os bancos online
e comunicar-se pelo telefone. Para alguns destes
novos usuários, o uso da
webcam tem sido inovador.
A secretária Tatiane Azevedo, 32 anos, do curso
de informática e assistência técnica da Megabyte
de Santos disse que atualmente a procura pelos
cursos de computação por
parte dos aposentados tem
crescido bastante. O motivo
é que eles querem se alfabetizar virtualmente. Entre
os matriculados da terceira
idade a maioria são mulheres e os sites que elas mais
gostam de acessar são os
de revistas e os de busca.
Pedro Sciarretta, 68
anos, morador de Mongaguá, teve o seu primeiro
contato com o mundo virtual há uns anos e a partir daí não parou mais.
Gostou tanto de acessar
as redes sociais, que para
se especializar e ter um
conhecimento
profundo
sobre a web, resolveu fazer um curso completo de
computação, e para não ter
dor de cabeça com o seu
computador, recentemente
fez um curso de manutenção destes equipamentos.
gosto de qualquer
programa, pois nada
me atrai , diz.
Já para o comerciante
Cláudio José de Aquino,
as mudanças não foram
interessantes. “Essa semana tentei assistir a
um programa de esporte na Band e não consegui. Eles manipulam
a gente como querem.
Na verdade nem quero
mais assistir a esse canal, pois acho muito errado”, reclama.
Com as modificações de transmissão,
a Baixada Santista
“perde” um canal pela
TV aberta, o da Rede
TV, e as mudanças na
programação dos dois
canais. O jornalismo
também sofreu alterações. A TVB-Band aumentou o tempo com
o jornal Band Cidade,
que passou de 18 minutos para 30 minutos,
mas o Jornal da Rede
VTV-SBT diminuiu o
tempo de exibição de
1 hora para 20 minutos, transmitindo o telejornal para Baixada e
também para a região
de Campinas. Agora
o público terá que se
acostumar com as mudanças.
Divulgação
Cada vez mais idosos têm se conectado à rede mundial de computadores para se atualizarem
As páginas que Sciarretta mais gosta de visitar são
aquelas voltadas para o
jornalismo diário e quando
quer descobrir alguma informação recorre ao Google.
Sobre comprar algum
produto pela internet ele
ainda não arriscou, mas
afirma que não faltará
oportunidade.
Quando
precisa tirar xerox de documentos, scannear ou passar algum e-mail, ele não
precisa mais ir até uma
lan house, pois faz tudo
isto dentro de sua própria
casa por meio de sua impressora
multifuncional.
Neusa Sciarretta, 64
anos, esposa de Pedro,
disse que não tem interesse em acessar à internet. Como lazer, prefere visitar os amigos,
mas não esconde que
admira a aptidão
do
marido pelo mundo dos
bytes e da rede mundial de computadores.
Primeiro Texto
ABRIL 2011
3
SAÚDE & QUALIDADE DE VIDA
Conhecimento e Paixão pela dor
Wilson T. Ohoseki
dade de Botucatu, onde
conheceu Lino Lemonica,
profissional que a fez se
apaixonar pelo tratamento
da dor. Graduou-se anestesiologista e em seguida
algiologista. O passo seguinte foi se especializar
em dor de câncer no Instituto do Tumor de Milão.
Para a obtenção do título
de especialista em dor, ou
algiologista, são necessários três anos de residência
em anestesia mais um ano
em dor, passar por uma
avaliação na Sociedade
Brasileira de Medicina de
Anestesia e Dor e no Conselho Regional de Medicina. Atualmente, na Baixada
Santista, além de Mônica
há somente outra especialista, Roseni Lopes Bertini.
“Eu uso as técnicas de
anestesia para analgesiar,
com todos os métodos que
posso. Geralmente são
analgésicos ou anestésicos
de ação rápida e prolongada
e medicações para retirar a
ardência do procedimento.
Então a gente vai naquela
técnica: primeiro um anestésico tópico, depois uma
agulha pequenina,depois
uma maior, tudo delicado
para a pessoa sair bem daqui. A nossa finalidade é a
pessoa entrar com dor e sair
sem ela, independente da
doença”, informa Mônica.
O especialista em dor trabalha em conjunto com médicos eliminando-a antes,
durante ou após procedimentos. Ou quando após o
médico aplicar todos os recursos disponíveis não conseguir eliminar a dor. Atuando há 15 anos em Santos
e divulgando o trabalho em
congressos e encontros,
com apoio da SBE – Sociedade Brasileira para Estudos
da Dor, ou mesmo divulgando seu trabalho para os médicos da Baixada Santista,
ainda são poucos os casos
de pacientes encaminhados por colegas de profissão
“Alguns colegas ortopedistas, clínicos, médicos do trabalho encaminham seus pacientes, mas cerca de 90% vem por
indicação”, informa Mônica.
tura, simples movimentos,
como sentar-se e andar representam os riscos à coluna.
Um estudo da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo - USP,
em 2006, avaliou a postura de 115 pessoas que não
se queixavam de dor, com
idade entre 19 e 43 anos. A
conclusão foi de que 76%
das pessoas ditas como
“saudáveis” possuem diferenças entre o alinhamento
do lado direito e esquerdo
– ou seja, três em quatro
jovens tinham assimetria
postural.
Em termos biológicos, a
coluna vertebral é formada
por quatro curvas fisiológicas – lordose cervical, cifo-
se torácicas, lordose lombar, e cifose sacrococcígea
-, 24 vértebras, sendo sete
cervicais, 12 torácicas e
cinco lombares. Entre elas,
estão situados 23 discos
invertebrais que servem
como “amortecedores”. Enquanto está apoiada nos
ossos do lado esquerdo e
direito do quadril, também
é entornada por uma complexa musculatura. Esse
sistema músculo esquelético é como uma edificação
que possui cimento entre
seus cabos de ferro, a fim
de sustentá-los de forma
concreta.
Músculos fortes, treinados e com boa flexibilidade
protegem a coluna contra
lesões. Portanto, as pes-
soas que sofrem por dores
na coluna necessitam fortalecer os músculos que
estão relaxados ou flácidos
e alongar os que estão tensos. Assim, não só se adquire flexibilidade, como se
evita futuras lesões.
Segundo o fisioterapeuta Flávio Y. Nishimura
Asada, algumas atividades físicas não possuem
qualquer risco de impacto sobre as articulações
e coluna. Hidroginástica
e natação são as mais
aconselháveis por serem praticadas dentro
da água, a qual reduz
o impacto gravitacional
e dá a possibilidade de
execução para certos
movimentos que seriam
impossíveis fora do meio
aquoso.
Ao falar sobre quiropraxia, Flávio explica ser um
estudo de origem oriental que está voltado mais
para o alívio das dores do
que para a formação de
uma boa postura óssea.
Assim, é geralmente procurada por pessoas que
já possuem seqüelas no
sistema músculo-esquelético. Asada enfatiza
que a melhora postural e a manutenção da
mesma acontece pela
prática de exercícios físicos periódicos, que
irão fortalecer o sistema
músculo-esquelético e,
assim, sustentar a coluna vertebral de forma natural.
Wilson T. Ohoseki
Mônica Yasmin Pinto Corrado, 49 anos, filha de renomado médico de Ribeirão
Preto, depois de terminar
a Faculdade de Enfermagem, foi cursar obstetrícia,
que era seu sonho desde criança. Mas, no último
ano, ela teve uma dor nas
costas, que nenhum procedimento ou médico conseguia curar. Fez todos os
exames necessários: não
tinha problema cardíaco,
nem hérnia de disco... Só
que mal conseguia respirar.
Foi então que entrou em
cena um profissional de
ortopedia, que tinha uma
especialização em câncer ortopédico no Instituto do Tumor em Milão, na
Itália. Ele fez um bloqueio
no nervo periférico que originava a dor, denominado gatilho. A dor desapareceu
instantaneamente.
Fascinada pelo procedimento, foi encaminhada
pelo pai, Alexandre Pinto
Corrado, para a Universi-
Dra. Mônica explica o mecanismo da dor e suas conexões através do corpo que interferem no nosso cotidiano.
Boa postura é alicerce para uma boa saúde tranquila
João Pedro V. Diwan
Pessoas adeptas da boa
forma física querem levar
uma vida mais saudável e,
quem sabe, mais feliz. Em
contrapartida, o mundo atual criou uma obsessão entre
o ser humano e seu ofício.
Todos os dias, as pessoas
submetem suas colunas a
posturas inadequadas, esforços e impactos, seja na
frente do computador, no
sofá da sala ou na posição
que se escolhe para dormir.
Os danos ocorrem com a
persistência da postura errada e quanto antes a mesma for corrigida mais fácil
fica para eliminar vícios
posturais do dia a dia.
Para quem tem má pos-
Escoliose: um mal a evitar
Douglas Lucena
As fortes dores nas costas enfrentadas por crianças
pode ser um problema chamado escoliose. A doença
costuma aparecer durante a
infância e é um desvio da coluna vertebral, que acontece
para a direita ou esquerda,
formando uma espécie de
"S". Dependendo do grau,
provoca um incômodo forte
e se não tratada pode comprometer as funções cardiopulmonares e em casos especiais até atingir o sistema
nervoso e causar paralisia
nos membros inferiores.
Para combater a progres-
são da escoliose é necessário
manter um acompanhamento ortopédico no nascimento
do bebê. O ortopedista Marcio da Silva Cunha explica
que existe diferença entre
problemas posturais considerados comuns e a escoliose. “Ocorrem à assimetria
dos ombros, costas e cintura, esses problemas são comuns no dia a dia das crianças e podem ser corrigidos
espontaneamente, ou seja,
sem tratamento. A escoliose
aparece quando os esforços
para corrigi-los não fazem
efeito”, explica.
Os tratamentos dependem da deformidade da
coluna da criança. Para
isso, é preciso uma observação médica. “O primeiro
passo é o uso de coletes que servem como um
aparelho de contenção e
previnem o aumento das
curvas e alinham a coluna.
Se o problema persistir, é
necessário fazer cirurgia
da coluna vertebral”, ressalta o médico.
A criança pode ser submetida à cirurgia em qualquer idade de acordo com
a gravidade da doença.
Como forma de tratamento, também são indicadas
a fisioterapia e a prática
da natação.
institutocoluna.com.br
Tipos de escoliose
Idiopática: na maioria
das vezes, é hereditária.
Ela é rara e costuma
aparecer antes dos três
anos.
Congênita: a mais
comum. É uma má formação vertebral. Pode
ser detectada logo quando o bebê nasce. Na
pré-adolescência, essa
escoliose pode comprometer a criança em desenvolvimento. Por isso,
o acompanhamento médico é fundamental.
Raio-X de escoliose
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