Informe
2º Fórum Cristão Global
Por Jorge Henrique Barro
- representante oficial da FTL Manado, Indonésia, 3 a 8 de Outubro de 2011
Manado
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Introdução
O Fórum Cristão Global (FCG) busca oferecer novas oportunidades para ampliar e
aprofundar os encontros entre os cristãos. É especialmente destinado para promover
novas relações entre grupos e entre os cristãos:
 que não tem mantido diálogo com outros;
 que estão em diálogo somente um grupo seleto de cooperação;
 que tem participado nas relações ecumênicas existentes.
O FCG está buscando estes objetivos mediante a criação de um espaço onde todos os
participantes estão em igualdade de condições, para fomentar o respeito mutuo e para
explorar e abordar juntos os problemas comuns. Faz isso porque entende que não tem
havido nenhum lugar onde os representantes de todas as principais igrejas cristãs e
famílias da igreja, e as organizações internacionais podem unir-se ao redor de uma
mesa.
O primeiro FCG foi realizado debaixo do lema Nossa jornada com Jesus Cristo. Teve
lugar em Nairóbi, de 6 a 9 de novembro de 2007, na Conferência Jumuia e Casa de
Campo em Limuru, cerca de Nairobi, Kenia. Ali assistiram 226 líderes e representantes
de todas as principais tradições cristãs do mundo: Anglicanos, Evangélicos, Santidade,
Independiente, Ortodoxa (do Leste e Oriente), Pentecostais e Protestantes. Todas as
partes do mundo estiveram representadas: África, Ásia, o Caribe, Europa, América
Latina, Oriente Médio, América do Norte e o Pacífico.
O segundo encontro do FCG, foi celebrado de 4 a
7 de outubro de 2011, na cidade de Manado,
Indonésia, no Novotel (ver foto), tendo como
tema: Vivendo juntos em Cristo Jesus,
fortalecidos pelo Espírito Santo. Ali se reuniram
ao redor de 281 líderes e representantes de igrejas
e organizações de todas as principais tradições
cristãs de todas as partes do mundo.
Primeiro dia, terça-feira
04/10/2011 - Culto e abertura do FCG
O 2º FCG abriu seus trabalhos com um culto na Gereja Masehi Injil di Mnahasa, que é
uma igreja Presbiteriana de tradição reformada holandesa. A celebração, em caráter
litúrgico tradicional, contou com a participação do coral Betel Kembuan Choir, com
músicas e danças da cultura Indonésia.
A pregação teve como ênfase unidos nos fortalecemos, divididos fracassamos, baseado
em João 17:20-26. O pregador enfatizou duas tarefas da igreja: 1. Crescer
espiritualmente; 2. Crescer socialmente, especialmente diante dos desafios da
globalização, Aids, pobreza).
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Na segunda da parte da manhã, houve a
abertura oficial do 2 FCG. Mostrou-se um
pouco da história, propósito e onde se encontra
o FCG hoje. Foi dito que o FCG é um espaço
aberto onde líderes cristãos do mundo se
reúnem para compartilhar sobre o cristianismo
global. Hubert van Beek, secretário do FCG,
afirmou que o FCG surgiu porque não existia
na época um espaço para que líderes, igrejas,
instituições pudessem sentar juntas, a despeito
de duas tradições e denominações, para
compartilharem experiências diante dos desafios do cristianismo global. Um espaço
para a diversidade da igreja global (ver foto).
Em seguida, pessoas de várias experiências
religiosas compartilharam sua relação como o
FCG: pentecostais e católicos, ortodoxos e
evangelicais. O bispo ortodoxo enfatizou que
não importa se somos ortodoxos, pentecostais,
católicos e evangelicais; o que importante é que
todos são chamados para sofrer em Cristo e
cada um experimenta isso dentro de suas
tradições. Valdir Steuernagel (ver foto),
representando os evangelicais e Visão Mundial,
reconheceu o FCG como um modelo de
encontro onde podemos nos reunir a partir de diferentes estórias. Afirmou que o FCG “é
um dom de Deus para este tempo”, especialmente porque esse tempo reclama de nós
trabalharmos juntos contra a pobreza.
Na plenária a
noite teve a
presença do
governador,
um cristão e
uma
muçulmana.
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am
como
tem sido a
relação entre cristãos e muçulmanos visando o bem do país. Percebe-se que os
muçulmanos asiáticos não possuem o sentimento bélico comparado aos árabes e que
pode estabelecer um diálogo mais pacífico visando o bem da Indonésia nas relações
religiosas.
Segundo dia, quarta-feira
05/10/2011 – Tendências do Cristianismo Global
Todas as manhãs eram iniciadas com um estudo bíblico indutivo, com 45 minutos.
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A plenária da manhã foi sobre as grandes tendências e mudanças no cristianismo
mundial, tendo como palestrantes a Dra. Dana Robert e o Ver. Dr. Kim Sang-Bok
David.
Dra. Dana Robert falou sobre os quatro aspectos tradicionais da igreja – una, santa,
católica, apostila – e seus desafios diante das grandes tendências e mudanças no
cristianismo mundial. Para ela, essas características são temas comuns de todas as
igrejas em todo o mundo.
Dr. Kim Sang-Bok David, pastor norte coreano e professor de teologia, enfatizou os
dados estatísticos do cristianismo mundial, o crescimento dos evangélicos, pentecostais
e carismáticos. Falou de temas comuns que ultrapassam as barreiras denominações
como movimentos de redes de oração mundial, missão integral, missão a partir do
mundo não ocidental, grandes colaborações para cumprir a tarefa da grande comissão.
Por outro lado, enfatizou o grande e rápido crescimento dos muçulmanos, o sofrimento
dos cristãos, a necessidade da re-evangelização do mundo cristão (nominalismo).
Finalmente terminou com sua própria experiência com CFM e como tem impactado sua
vida.
Na segunda metade da manhã houve encontros
por tradições eclesiásticas para discutir sobre
as mudanças no cristianismo mundial. Os
grupos foram: anglicanos e católicos antigos,
católicos, evangelicais, luteranos, metodistas,
ortodoxos, pentecostais, outros protestantes e
reformados. Fiquei em dúvida em qual deveria
participar, pois pertence em três destes:
evangelicais, outros protestantes (presbiteriano)
e reformado. Decide pelos reformados. As
reflexões e discussões giraram em torno dos
desafios, dificuldades que os de tradição reformada estão enfrentando diante do
cristianismo global. Diante de vários comentários, comentou-se sobre o decréscimo de
membros das igrejas reformados. Eu fiz um comentário sobre a identidade reformada,
pois muitas igrejas estão se carismatizando e usando métodos neo-pentescostais para
fazer a igreja crescer. Enfatizei a necessidade de se repensar a identidade reformada a
partir da missio Dei e não da doutrina, liturgia e catecismos/doutrina.
Na parte da tarde, em plenário, houve uma exposição sobre o atlas global do
cristianismo, por Peter Crossing, com dados e informações estatísticas.
A noite houve encontros por grupos/regiões para discutir sobre as mudanças no
cristianismo mundial. Participei da região da América Latina, com cerca de 20 pessoas,
sendo evangélicos e católicos. Como é comum entre os latinos, o elemento mais crítico
apareceu nos comentários, não do FCM propriamente dito, mas do cristianismo latinoamericano. Num primeiro momento refletimos sobre as mudanças do cristianismo
global na América Latina e em seguida sobre como a região vê a participação do FCM
nessas mudanças globais do cristianismo. Dentre os muitos comentários, destaco:
 o nominalismo entre os evangélicos
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 a secularização do cristianismo
 igrejas que em vez de formar discípulos de Jesus Cristo comprometidos dom a
missão, formaram membros institucionalizados
 alta porcentagem de pastores sem formação teológica
Comentou-se também como FCM poderia ter sua continuidade na América latina. Da
minha parte comentei a necessidade de regionalização do fórum, mas mão como uma
iniciativa nova, mas em cooperação com instituições já existentes na América Latina e
que possuem objetos similares aos do FCM. Também falei da necessidade de produção
literária a partir de temáticas contextuais e relevantes para a América Latina e que o
FCM não fique apenas na expressão tradicional de formular um documento final sem
seguimento posterior. Para isso propus a criação de grupos de trabalhos a partir de
temáticas específicas.
Ao final tive a oportunidade de compartilhar sobre o CLADE V e que muitas das
temáticas ali levantadas seriam tratadas em CLADE V. Antes eu havia comentado com
Hubert van Beek sobre a possibilidade de que o FCM pudesse ter uma consulta dentro
do CLADE V. Ele ficou de ver essa possibilidade com o Comitê Timón.
De modo informal, me reuni com alguns colegas. Dois da Espanha, um do Brasil
(Expedito) e outro da Argentina (Saracco). Uma conversa livre e agradável sobre os
desafios de se formarem alianças representativas, especialmente diante das autoridades
políticas em cada país. Também comentamos sobre o crescimento e expansão da china e
algumas conseqüências para o mundo, uma vez que estão penetrando em todas as partes
do mundo. Saracco afirmou que hoje existem 2.000.000 de Bolivianos na Argentina,
trabalhando especialmente com frutas e verduras.
Terceiro dia, quinta-feira
06/10/2011 – Vivendo juntos em Jesus Cristo capacitados pelo Espírito Santo
Começamos o dia em oração com os grupos pré-determinados desde o início do FCM.
Meu grupo é o A1. Desde o início foi distribuído o Prayer Booklet, com orientações
para cada dia.
O plenário desta manhã teve como tema vivendo juntos em Jesus Cristo capacitados
pelo Espírito Santo.
Dr. K. M. George, da Índia, compartilhou sobre
bearing witness to Christ and to each other in the
Power of the Holy Spirit. Compartilhou sobre a
importância da amizade e relacionamentos como
fruto da presença do Espírito Santo em nossas vidas.
Compartilhou alguns temas recorrentes da tradição
ortodoxa patrística que enfatizam o testemunho e
empoderamento do Espírito Santo que cura divisões e
dicotomias.
Michelle Moran, presidente internacional da Renovação Carismática Católica (Catholic
Charismatic Renewal - CCR). Apresentou uma breve histórico da renovação carismática
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católica, demonstrando a importância da presença do Espírito Santo na igreja católica,
citando várias papas e suas ênfases no pentecoste. Afirmou que existem hoje 120.000
milhões de pessoas que estão debaixo da influência desse movimento, a qual chamou de
“graça ecumênica”.
Dr. Opoko Onyinah, da África, compartilhou sobre o movimento pentecostal,
fornecendo breves perspectivas históricas na Europa, Ásia, América Latina e África.
Falou sobre o pentecostalismo entre as comunidades da diáspora e, finalmente, as
contribuições do pentecostalismo pra o cristianismo mundial. Ele afirmou:
“Pentecostais e Carismáticos dentro das suas tradições históricas estão em melhores
condições e capacitados para unidade porque entendem melhor as tradições e porque
também têm experimentado o fenômeno do Pentecoste”.
Nas outras partes da programação, continuamos as discussões em grupos, refletindo
sobre a temática do dia, especialmente em “ouvir o Espírito”.
Quarto dia, Sexta-feira
06/10/2011 – Visão e direção do Fórum Cristão Global
Começamos o dia com estudo bíblico na passagem de Atos 15 sobre a discussão do
Concílio de Jerusalém entre judeus e gentios.
No plenário teve início a apresentação de estudantes e representantes de estudantes no
FCG de várias partes do mundo, agradecendo pela oportunidade de participar no fórum.
A seguir, foi apresentado o primeiro documento procurando responder a pergunta: O
que o Espírito Santo está dizendo a igreja?
Logo em seguida foi lido o segundo documento, chamado Discernindo o futuro do
FCG, que trata sobre as responsabilidades e compromissos dos participantes em relação
ao FCG e seu futuro.
Após a leitura dos dois documentos no plenário, abriu-se a oportunidade para discutir os
mesmos. Aproveitei a oportunidade e fui ao microfone para expor minha preocupação
pelo fato do primeiro documento relatar apenas as palestras das plenárias e não o
imenso trabalho reflexivo dos grupos por regiões e tradições, transparecendo a idéia de
que o FCG teve apenas palestras no plenário.
Agradecimentos
Minha gratidão a FTL por representá-la junto ao
FCG. Espero ter cumprido essa missão com a
honra que a FTL merece. Também espero que
esse informe possa de alguma forma demonstrar
minha participação no FCG. Agradeço também
pela oportunidade e investimento que o FCG fez
para que a FTL, fosse por mim representada, se
tornasse possível. Especialmente minha gratidão
ao Dr. Hubert van Beek (ver foto) por facilitar
esse processo de participação da FTL.
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Agradeço também a Deus por essa maravilhosa oportunidade para poder discernir e
ouvir as muitas vozes de Sua igreja ao redor do mundo sobre as tendências do
cristianismo global.
Conclusão
Meus objetivos específicos
Meus objetivos apresentados para o Comitê Diretivo da FTL para participar do 2º
FCG foram:
1. Representar a FTL, como uma expressão dos cristãos da América Latina
comprometidos com o reino de Deus;
2. Compreender os modos e dinâmicas deste foro global em sua prática para que
seja possível una avaliação dos congressos, fóruns e consultas promovidas pela
FTL;
3. Estabelecer novas relações com os líderes mundiais em diálogo com a teologia
intercultural;
4. Escutar e discernir novos sopros de Espírito diante do cristianismo global e a
missão da igreja.
Reflexão em relação aos objetivos:
Em relação ao objetivo 1 - Representar a FTL, como uma expressão dos cristãos da
América Latina comprometidos com o reino de Deus.
Reflexão:
1. Participei de todas as atividades do FCG, comunicando, sempre que possível,
que estava representado a FTL. Na reunião dos grupos, entre os Latinos,
relembrei que estamos em processo para o CLADE V e que muitos dos assuntos
levantados no 2º FCG serão também tratados em CLADE V;
2. Nas discussões dos grupos, especialmente das tradições denominações, procurei
demonstrar como a teologia latino-americana tem ajudado as igrejas em sua
tarefa missional.
Ações para a FTL:
1. Sempre que possível, como já vem fazendo, participar desses tipos de encontros
que muito enriquece a caminhada da FTL.
Em relação ao objetivo 2 - Compreender os modos e dinâmicas deste foro global em
sua prática para que seja possível una avaliação dos congressos, fóruns e consultas
promovidas pela FTL
Reflexão:
1. Percebi que as dinâmicas internas tiveram uma forte ênfase nas experiências
pessoais e institucionais. Para isso, houve três momentos: os estudos bíblicos, os
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encontros por tradição eclesiástica, e os encontros por região. Em todos esses
encontros priorizaram-se os testemunhos e as experiências de cada pessoa em
seu contexto atual;
2. Esse compartilhar de experiência nos permitiu perceber as muitas fazes do
cristianismo global e muitas das suas dificuldades. Por exemplo, um bispo de
uma igreja ortodoxa do Egito compartilhou o que está se passando em relação
aos muçulmanos. Disse que muitas igrejas estão sendo destruídas e queimadas e
que pastores estão sendo assassinados. Ficamos toso sensibilizados com essa
situação e que bem ali ao nosso lado havia um líder de uma igreja em pleno
processo de perseguição.
Ações para a FTL:
1. Creio que a partir dessa dinâmica do 2º FCG, podemos repensar algumas
programações e atividades do CLADE V que priorize o compartilhar das
experiências que pessoas, igrejas e instituições estão experimentando na
América Latina.
2. Por exemplo, podíamos pensar em dinâmicas em que as pessoas possam
compartilhar as experiências com a missão integral na América Latina. Uma das
críticas recorrentes que se faz a FTL é que ela não é prática. Apesar de achar
essa crítica muito generalizada, poderíamos aproveitar CLADE V como também
um espaço onde as pessoas podem contar suas histórias com o envolvimento na
missão integral. Algumas dela, poderiam inclusive ser no plenário para que
todos percebam a forte presença e influência da FTL na América Latina.
Em relação ao objetivo 3 - Estabelecer novas relações com os líderes mundiais em
diálogo com a teologia intercultural
Em relação ao objetivo 4 - Escutar e discernir novos sopros de Espírito diante do
cristianismo global e a missão da igreja
Reflexão:
1. Um foro como esse proporciona o contato com pessoas e liderança de todas as
partes do mundo;
2. Além disso, proporciona também perceber as teologias e tendências do
cristianismo global.
Ações para a FTL:
1. Creio que poderíamos, de forma intencional, aprimorar nossa relação com as
outras fraternidades teológicas existentes no mundo. Uma possível ação seria
realizarmos uma consulta/conferência, de cunho teológico-missiológico, com
representantes dos cinco continentes para uma reflexão sobre o estado e desafios
da teologia global a partir das realidades locais;
2. Penso que seria interessante termos em nossa webpage um espaço de
intercâmbio com artigos, experiências, etc., com a teologia intercultural,
demonstrando assim que a FTL se interessa com o desenvolvimento teológicomissiológico dos outros continentes;
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3. Talvez outra ação seja a organização de um livro sobre as tendências e desafios
da teologia no século XXI;
4. Em diálogo com o Dr. Hubert van Beek pensamos na possibilidade de o 2º FCG
realizar um consulta dentro do CLADE V sobre o pentecostalismo na América.
Ele ficou de entrar em contato com o CD para tal.
Finalmente, espero ter representado a FTL com dignidade e honra. Foi um espaço de
crescimento para a minha vida que, por sua vez, pode também contribui para o avanço
da FTL e suas relações internacionais.
Agradeço ao Comitê Diretivo da FTL por ter apoiado minha participação. Também pela
FTSA (Faculdade Teológica Sul Americana) por ter me concedido esse tempo.
Agradeço também ao 2º FCG, especialmente ao Dr. Hubert van Beek, pelo incentivo e
apoio. Acima de tudo, a Deus-Pai por seu amor e proteção!
Em Cristo e por Seu reino!
Jorge Henrique Barro
Representante Oficial da FTL no 2º FCG
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