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Islamismo (Islã ou Islão)
Introdução
O islamismo era pouco conhecido no Brasil antes de 11 de setembro de 2001. O ataque de terroristas
muçulmanos ao prédio World Trade Center em Nova Iorque e os acontecimentos que se seguiram com
as guerras no Afeganistão e Iraque mudaram este cenário com uma atenção muito maior sendo dada a
esta religião. As informações que se têm na mídia não são suficientes para se conhecer o islamismo. A
palavra Islã (escrita Islão em Portugal) significa submissão, referindo-se à submissão que o muçulmano
deve a Alá (ou Allah). A religião muçulmana requer obediência e submissão aos seus preceitos. Se
considerarmos a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa e o Protestantismo como religiões diferentes,
o islã é a religião com o maior número de adeptos no mundo.
Origem
O islã é uma religião fundada por Maomé. Seu nome completo é
Abulgasim Mohammad ibn Abdullah ibn Abd al-Muttalib ibn Hanshim.
Maomé nasceu em Meca em 570 dC. Seus pais morreram quando ainda
era jovem. Ele se casou com uma viúva rica, Kadidja, quando tinha 25
anos.
Maomé conta ter tido visões e ouvido vozes em uma caverna ao norte
da cidade de Meca. Disse que eram os anjos de Alá (Deus). Estas visões
continuaram durante algum tempo. Ele disse ter sido chamado por Alá
para ser seu último profeta e seu apóstolo. O anjo Gabriel mostrou-lhe
um manuscrito trazido do céu e lhe disse que o lesse (apesar de ele ser
analfabeto). Maomé leu e memorizou o manuscrito, sendo que o
original voltou para o céu, para ser guardado em segurança. As recitações de Maomé daquilo que ele
havia lido no manuscrito tornaram-se o Alcorão (ou Corão – o prefixo al é um artigo), o principal livro
sagrado dos muçulmanos.
Naquela época existia na região algumas pequenas comunidades de cristãos e judeus. A maior parte do
povo era politeísta (cria em muitos deuses), sendo que Alá era um dos deuses mais importantes. Maomé
começou a pregar suas ideias e falar de suas visões. Ele obteve alguns adeptos, mas fez muitos inimigos.
Em 22 de setembro (alguns dizem 16 de julho) do ano 622 ele foi obrigado a fugir de Meca, indo se
refugiar em Medina. Esta data é considerada como a data de fundação do islamismo (o marco zero do
calendário islâmico, baseado no ano lunar).
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Em Medina Maomé obteve mais sucesso com sua pregação e logo conseguiu muitos adeptos, montou
um exército e obteve várias vitórias. Em 628, voltou a Meca e a conquistou. Ele destruiu todos os ídolos
no templo politeísta, mas deixou uma grande pedra negra conhecida como Caaba. Segundo a tradição
islâmica esta pedra foi trazida do céu pelo anjo Gabriel. Maomé propagou sua nova religião através da
conquista militar, obrigando muitos povos a aceitarem o islã.
Maomé morreu em 8 de junho do ano 632 aos 62 anos de idade. Seus sucessores continuaram as
conquistas militares espalhando o islã por toda a península arábica, Síria, Pérsia, Índia, África do norte e
península ibérica (Espanha e Portugal).
Na Idade Média a Palestina estava sob o contrôle dos muçulmanos. Católicos romanos da Europa
organizaram cruzadas (guerras santas) contra os muçulmanos para a libertação da Terra Santa. As várias
cruzadas foram realizadas durante muitas décadas e causaram milhares de mortes dos dois lados e uma
inimizade que dura até os dias atuais.
Crenças principais
1. Monoteísmo. O islã crê em um só Deus, Alá. Juntamente com o cristianismo e o judaismo é
conhecido como uma das três principais religiões monoteístas (crê em um só Deus). Segundo o islã:
Alá é todo-poderoso e soberano. Em suas orações, o muçulmano se prostra de joelhos e curva a
cabeça com a testa ao chão, assumindo a posição de um escravo.
Não é possível ter um relacionamento pessoal com Alá, pois ele é muito superior aos seres
humanos.
Em sua soberania, Alá pode fazer o que quiser, mesmo se fôr contrário à sua própria natureza.
Tudo que acontece no mundo foi decretado por Alá (é a vontade dele). Ele é a fonte tanto do
bem quanto do mal. O ser humano quase não tem livre arbítrio.
Alá é misericordioso para com os muçulmanos, mesmo se cometeram alguma iniquidade.
Alá possui 99 atributos e o seu nome, Alá, é o centésimo e a síntese de todos os outros. O amor
não faz parte de seus atributos.
A ideia de um Deus-Pai é totalmente inimaginável à fé muçulmana e é considerada uma
blasfêmia.
O islã não aceita a ideia da trindade. Para eles os cristãos crêem em 3 deuses: Deus, Jesus e
Maria. Portanto, são considerados idólatras e infiéis. A ideia de Deus ter um filho é repugnante,
pois implicaria ter tido relações sexuais com uma mulher.
2. Anjos e espíritos maus. O Alcorão ensina a existência de anjos e espíritos maus como criação de
Deus, mas inferiores aos seres humanos.
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3. Os livros sagrados.
O islã
oficialmente classifica como livros
sagrados: a Torá (o Pentateuco), Zabur
(os Salmos), o Injil (Evangelho) e o
Alcorão, sendo este último superior e o
mais importante. Na prática aconselha-se
somente a leitura do Alcorão. Ele é a
fonte de autoridade. Sendo o Alcorão
superior, a leitura dos outros não é
necessária, pois eles estão contidos no
Alcorão. O Alcorão é visto como algo
milagroso. É um texto eterno (não foi
criado; existe desde a eternidade passada). Gabriel mostrou o texto sagrado a Maomé, que o
memorizou. Ao recitá-lo, auxiliares o colocaram por escrito, formando o Alcorão. Há um respeito muito
grande por este livro. Ele só pode ser tocado depois de um cerimonial de purificação. O Alcorão não
pode ser colocado no chão e nenhum outro livro pode ser colocado em cima dele. Qualquer tradução do
Alcorão é considerada corrupção. O verdadeiro evangelho teria sido perdido depois de modificado e
corrompido pelos cristãos para defenderem suas doutrinas. Por isso, Alá enviou o Alcorão a Maomé por
meio do anjo Gabriel. Os cristãos são conhecidos como “o povo do livro”. O Alcorão é dividido em 114
suras (capítulos) e cada sura subdividida em versos de forma muito parecida com a Bíblia.
4. Profetas. A religião muçulmana ensina que Alá enviou profetas, sendo os mais importantes: Adão,
Abraão, Moisés e Jesus. Maomé foi designado o último profeta e apóstolo de Alá, portanto e superior a
todos os anteriores.
5. O julgamento final. O islã ensina que haverá um julgamento final em que todos terão que prestar
contas. As obras de cada um serão julgadas e se as boas obras forem mais numerosas do que as más, o
muçulmano poderá herdar o paraíso. Mas isto depende de Alá e ele poderá enviar ao paraíso quem ele
quiser. Não há nenhuma certeza de salvação. As boas obras incluem aquelas praticadas para a expansão
do islamismo. O muçulmano que morrer enquanto estiver lutando pelo avanço do islã será
imediatamente purificado e entrará direto ao paraíso. Maomé intercede por todos os muçulmanos. No
julgamento final, alguns terão que passar algum tempo no inferno para purificação de seus pecados
antes de serem admitidos ao paraíso.
6. O paraíso. A ideia do paraíso é um lugar onde o muçulmano poderá satisfazer todos os seus desejos
sexuais com virgens, onde correrá um rio de vinho e onde haverá outros prazeres mundanos. Não existe
a ideia de morada do Pai.
7. Jesus Cristo. O Alcorão reconhece Jesus (Issa no Alcorão) como um sêr humano que foi chamado por
Alá para ser profeta: o profeta da palavra de Deus. Reconhece o nascimento virginal de Jesus por um
milagre de Alá. Jesus teria sido levado ao céu pouco antes da crucificação e foi substituido por outra
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pessoa (alguns dizem Judas Iscariotes). Jesus voltará novamente juntamente com um descendente de
Maomé quando ele terminará a islamização do mundo e instituirá 40 anos de reinado de paz antes de
morrer e ser enterrado em Medina, ao lado do profeta Maomé. Ele ressuscitará e passará pelo
julgamento final.
O islamismo não reconhece: a divindade de Jesus, sua identidade como Filho de Deus, seu sacrifício em
favor da salvação da humanidade, sua morte na cruz, sua ressurreição, e nem aceitam a centralidade de
Jesus Cristo como Senhor.
8. A sexta-feira. A sexta-feira é considerada dia santo, pois, segundo a tradição, Adão se arrependeu
de seus pecados neste dia. É o dia principal de reunião na mesquita quando, além das orações, um
sermão é proferido pelo imã (guia espiritual dos muçulmanos). Este dia equivale ao sábado dos judeus e
ao domingo cristão. O local de reuniões islâmicas é a mesquita. Cada mesquita tem pelo menos uma
torre, ou minareta, que é usada para chamar os fiéis à oração nas horas designadas.
9. O pecado. Há diferentes graus de pecado. Em geral, a ideia muçulmana de pecado é o adultério, o
assassinato ou o pecado de comparar um homem a Alá (inclusive Jesus). Este último é considerado o
pecado mais grave.
Costumes e práticas
O islã tem cinco pilares principais que contituem os deveres de um bom muçulmano:
1. Recitação do credo islâmico. “Não existe nenhum outro deus além de Alá e Maomé é o seu profeta”.
Este é o credo islâmico. Para se tornar membro da comunidade muçulmana basta recitar este credo com
sinceridade. A repetição deste testemunho não exige nenhuma mudança de vida.
2. Oração. O muçulmano tem o dever diário de
orar cinco vezes por dia em horários
predeterminados. Antes da oração ele deve se
preparar através de um ritual de purificação que
consiste em lavar as mãos e o rosto. Os gestos
durante a oração incluem: se inclinar, se ajoelhar
e se prostrar até tocar o solo com a testa, tendo
o cuidado de fazê-lo sempre voltado para Meca.
A oração do muçulmano consiste na recitação de
versos do Alcorão em idioma árabe. É um ato de
adoração e submissão a Alá, não uma
intercessão ou um diálogo com Deus. Além
destas orações rituais, ele pode fazer petições a Alá com os braços estendidos e as palmas das mãos
voltadas para cima (para o céu).
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3. O jejum. O jejum é obrigatório durante o mês lunar de Ramadã. Todos os dias o jejum deve ser
observado entre o amanhecer e o pôr do sol. O jejum consiste da abstinência de qualquer líquido,
alimento, ato sexual e fumo (cigarro). Após o pôr do sol tudo isto é permitido. A bebida alcoólica é
sempre proibida.
4. Esmolas. O muçulmano tem o dever de contribuir
com, pelo menos, 2,5% de sua renda para ajudar aos
necessitados e contribuir com a causa muçulmana. Acima
disto podem-se dar ofertas voluntárias.
5. Peregrinagem. Todo muçulmano deve fazer uma
peregrinagem (hajj) à cidade santa de Meca pelo menos
uma vez na vida, contanto que tenha condições físicas e
financeiras. Os que cumprem esta peregrinagem passam
a usar o título de Hajj na frente de seu nome. O local mais
sagrado da peregrinagem a Meca é a Caaba (pedra negra)
que deve ser beijada. Outro local importante de
peregrinação é o túmulo de Maomé em Medina. As três
cidades consideradas santas para todos os muçulmanos
são: Meca, Medina e Jerusalém. Para os muçulmanos
Xiítas as cidades de Karbala e Najaf, no Iraque, são
também consideradas sagradas.
Os ítens acima são os 5 pilares principais do islamismo,
mas existem várias outras práticas que caracterizam o islã:
6. Jihad. Em alguns casos significa guerra santa ou então simplesmente peleja. É a luta pela defesa ou
pela expansão do islã. Algumas vezes esta luta inclui a violência física, mas nem sempre. Os que morrem
nesta peleja tem acesso direto ao paraíso garantido. Este é o aspecto do islamismo radical que mais tem
chamado a atenção da humanidade por causa da luta armada e violenta que estes grupos adotam
fazendo uso do terrorismo contra populações inocentes. Os homens-bomba são destemidos, pois a sua
recompensa é certa.
7. Mulheres. Segundo o Dr. Salim Almahdy, no islamismo, a mulher é considerada um “brinquedo”. Ela
é considerada inferior ao homem e deficiente em intelectuo e religiosidade. A mulher não tem direitos
no casamento, somente o homem. Ele pode se casar com até 4 mulheres ao mesmo tempo e possuir
quantas concubinas quiser. A mulher, no entanto, deve total fidelidade a um só homem. A mulher não
tem direito de escolher com quem vai se casar. O pai é quem decide. Em muitas sociedades
muçulmanas, meninas de 10 anos ou até mais novas são entregues em casamento pelo pai. Quando
ainda muito crianças, nem sempre o casamento é consumado de imediato. O prazer sexual é visto como
direito apenas do homem, não da mulher. A discriminação e repressão da mulher é vista pela restrição
de vestimentas (roupas que cobrem o corpo todo, a cabeça e, em alguns casos, o véu no rosto),
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segregação (mulheres não podem conversar com
homens e nem possuem o direito de ficar em certos
ambientes, inclusive na parte principal da mesquita)
e em algumas sociedades, proibição de certos
direitos e atividades, como o direito ao voto, a
habilitação como motorista e mesmo a prática de
esportes em público.
8. Xariá (ou sharia). Segundo o Pr. João Flávio,
estudioso do islã, a xariá é “a doutrina dos direitos e
deveres religiosos do islã. Abrange as obrigações
cultuais (orações, jujuns, esmolas, peregrinações), as normas éticas, bem como os preceitos
fundamentais para todas as áreas da vida (matrimônio, herança, propriedade e bens, economia e
segurança interna e externa da sociedade). Originou-se entre os séculos VII e X d.C. a partir dos
trabalhos de sistematização realizadas por eruditos e legisladores islâmicos e baseia-se no Corão,
suplementado pela Suna, a descrição dos atos normativos do profeta Maomé”. Este sistema de lei é
radical e contrário à democracia. Ele nega grande parte dos direitos civis da sociedade ocidental. A xariá
só é aplicada em países que conseguem maioria absoluta de muçulmanos, muitas vezes expulsando com
violência os de outras religiões (como é o caso do norte da Nigéria). Castigos extremos são aplicados sob
este regime tais como a amputação das mãos para um ladrão.
Divisões principais
A religião muçulmana não é homogênea, existindo diferenças de interpretação quanto aos ensinos do
Alcorão e a aceitação ou não da prática de outros livros islâmicos. Existem várias divisões diferentes
entre os muçulmanos, mas as duas principais são: os sunitas (83% dos muçulmanos) e os xiítas. Os xiítas
(mais rígidos e radicais) usam uma interpretação mais rígida do Alcorão e não aceitam nenhum outro
livro como regra de fé e prática. Eles crêem que a seleção dos líderes muçulmanos deve ser feita pela
“nação islâmica”. Os sunitas, além de aceitarem o Alcorão, dão importância também à Suna (ou hadith),
livro que contém os ensinamentos e práticas de Maomé. Eles só aceitam que a liderança muçulmana
seja exercida por um descendente direto de Maomé.
Os fundamentalistas islâmicos são radicais que exigem a pureza do islã segundo a sua visão e estão
dispostos a empregar meios violentos para impor as suas ideias. São eles que pleiteiam a adoção do
sistema jurídico de xariá.
Outro fator a ser levado em consideração é o islã folclórico ou popular, uma manifestação sincrética
(mistura) entre o islã e o animismo (religiões indígenas). Este tipo de islã se encontra muito na África.
Neste ambiente aparece a figura do marabú, uma espécie de sacerdote, xamã ou pagé. Apesar de
nominalmente funcionar como guia espiritual muçulmano, funciona na prática como místico, médium
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entre o mundo visível e o invisível espiritual. Ele diagnostica problemas espirituais e prescreve meios
místicos para a resolução dos problemas (tanto de saúde física, obtenção de bens materiais e
dificuldades em relacionamentos). No islã folclórico ou popular, há uma fachada externa cerimonial
muçulmana, mas com crença interior animista.
Presença mundial e distribuição
O Islã tem mais ou menos o mesmo número de adeptos que o Catolicismo Romano e o Protestantismo
juntos: 1,6 bilhões de pessoas. Isto equivale a 22,4% da população mundial. Veja a distribuição dos
muçulmanos no mundo:
Ásia: 61,9% - 972 milhões de adeptos
Oriente médio e norte da África: 20,1% - 315 milhões
de adeptos
África sub-saariana: 15,3% - 240 milhões de adeptos
Europa: 2,4% - 38 milhões de adeptos
Américas: 0,3% - 4,6 milhões de adeptos
O país com maior população muçulmana é a Indonésia.
Quase metade dos muçulmanos (48%) mora em 4 países:
Indonésia, Paquistão, Índia e Bangladesh.
Centro islâmico de Campinas
De acordo com o censo de 2000 do IBGE, pouco mais de 27 mil pessoas se identificaram como
muçulmanos no Brasil. Dez anos mais tarde estima-se que este número tenha aumentado para 191 mil.
Apesar de representarem apenas 0,1% da população, o seu crescimento tem sido vertiginoso. As
organizações muçulmanas no país alegam possuir 1,5 milhões de adeptos, com 50 mesquitas e mais de
80 centros culturais islâmicos.
A maior comunidade islâmica
no Brasil encontra-se em Foz
do Iguaçu, PR. O município de
Chuí, RS, conta com a maior
porcentagem de muçulmanos
em sua população (3% da
população em 2000).
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Sugestões para a evangelização de muçulmanos
Sugestões práticas:
Desenvolver amizades em um clima amistoso, de confiança e respeito mútuos.
Deixar de lado preconceitos quanto aos muçulmanos.
Ter uma atitude de amor e de humildade. Atitudes polêmicas ou de superioridade criam
barreiras.
Saiba ouvir com atenção.
Evite condenar o Islã ou falar mal de seu profeta, Maomé.
Evite discussões inúteis.
Seja um servo daquele ao qual deseja levar as Boas Novas.
Conheça o máximo que puder sobre a religião muçulmana e sobre o Alcorão.
Viva uma vida pura diante do muçulmano (2 Tm 2:21). A mensagem é julgada pelo mensageiro.
Prepare-se em oração. A evangelização é um combate espiritual. Permita ser guiado pelo
Espírito Santo.
Escolha cuidadosamente o vocabulário religioso que será utilizado para que seja mais
compreensivo e para que não ofenda. Exemplos: povo do livro (em vez de cristãos), as santas
Escrituras (em vez de Bíblia), casa de Deus (em vez de igreja), pedir a benção de Deus (em vez de
oração – para o muçulmano, oração é apenas um ritual, uma formalidade, não uma
comunicação com Deus).
Para os que trabalham exclusivamente com muçulmanos, adotar alguns de seus costumes que
não são contrários à Bíblia pode facilitar o contato (veja 1 Co 9:20-22):
 Se vestir como eles (principalmente importante para as mulheres);
 Conversar com os líderes muçulmanos;
 Visitar muçulmanos;
 Fazer refeições com muçulmanos (respeitando suas proibições alimentares).
Sugestões para evangelização:
É importante comunicar uma ideia correta sobre a pessoa de Deus: ele é espírito, amor, justiça e
é o Pai celestial (conceitos diferentes dos que os muçulmanos têm de Alá). A visão que os
muçulmanos têm de Alá é diferente em certos aspectos da descrição bíblica dos atributos de
Deus. No entanto, em vez de considerar Alá como sendo “outro deus”, talvez seja melhor
considerar a compreensão deles de Deus como sendo defeituosa e ajudá-los a entender o
ensino das Escrituras.
Deve-se começar a evangelização usando aquilo que o muçulmano já conhece para então
ensiná-lo o restante da Palavra de Deus.
Deve-se enfatizar que a Bíblia ensina que há um só Deus. É melhor não entrar inicialmente na
questão da trindade.
Pode-se mostrar que os profetas na Bíblia pregavam contra a idolatria.
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Leia (ou deixe-os ler) as histórias do Antigo Testamento, começando com a criação. Há vários
personagens bíblicos que são conhecidos pelos muçulmanos, pois aparecem como profetas no
Alcorão: Adão (Adama); Abraão (Ibrahim), Isaque (Ishaq), Moisés (Mussa), Davi (Dawud) e
Salomão (Sulemane). Conhecem também Maria (Mariame) e Jesus (Issa).
Leia (ou deixe-os ler) a história do nascimento de Jesus. Falar de Jesus como o messias (o
Alcorão usa este título para Jesus 11 vezes).
Leia Mt 7:13-14 – os dois caminhos. A história do filho pródigo em Lucas 15 também é útil.
Demonstre que Deus é um pai que nos ama.
Fale do julgamento final. “Prepara-te... para encontrares com teu Deus”. Amós 4:12 e Jonas 5:114 e 24.
Fale dos milagres de Jesus. Em Mateus capítulos 8 e 9 há vários milagres que demonstram:
 que Deus estava com Jesus;
 que Jesus recebia seu poder do Espírito de Deus;
 que Jesus tinha poder sobre os demônios (Mt 8:28-34; 9:32-22; 12:22-29);
 que o Reino de Deus chegou;
 que Jesus tinha o poder para perdoar pecados.
A crucificação de Jesus, o messias.
Jesus, o messias, ressuscitou.
Finalmente, Jesus, o Filho de Deus. Responder as questões que irão surgir sobre a trindade.
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