PMEnews ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA Especial Renting 30 DE SETEMBRO DE 2011 OFERTA: GRENKE FUTURDATA E NEWRENT Pág. 6 e 7 Equipa da Quidgest responsável pelo projecto de internacionalização no Brasil, da esq. p/ a dta.: Joana Barroso (consultora), Carlos Costa (coordenador do Departamento de Marketing) e Cristina Marinhas (presidente do Conselho de Administração). Foto Victor Machado TECNOLÓGICA PORTUGUESA QUIDGEST PREPARA ENTRADA NO BRASIL ▲ INTERNACIONALIZAÇÃO POR ALMERINDA ROMEIRA A QUIDGEST, empresa tecnológica portuguesa, está, neste momento, a estudar a sua entrada no mercado brasileiro, através da procura de parceiros locais, revelou ao PME NEWS João Paulo Carvalho, senior partner da empresa. Esta decisão surge do reconhecimento do enorme crescimento económico que o Brasil tem tido nos últimos anos. “O mercado brasileiro apresenta inúmeras oportunidades de negócio para as empresas portu- ENTREVISTA José de Almeida Martins faz o balanço de 25 anos da NET Págs. 4 e 5 guesas, dada a proximidade linguística e cultural”, salienta João Paulo Carvalho. Segundo nos avançou o senior partner da Quidgest, a estratégia definida para o mercado brasileiro baseia-se no estabelecimento de parcerias com outras empresas nacionais e com empresas locais, na participação de concursos e no desenvolvimento de propostas inovadoras, que sejam criadoras de valor. Neste sentido, a empresa tecnológica vai apostar em sistemas de Controlo de Gestão (como o Balanced Scorecard), de Gestão Documental, de Gestão de Recursos Humanos e de Contabilidade Pública. A Quidgest pretende ainda constituir, neste mercado, uma rede de parceiros assente na partilha do Genio, a plataforma de geração automática de código. Esta é a base do programa Quidnet. “Partilhando o CERTIFICAÇÃO A Quidgest renovou, em 2011, a certificação do seu sistema de gestão da qualidade, de acordo com a norma NP ISO 9001:2008. OMNIFLOW Pedro Ruão prepara a entrada no sector eólico de micro-geração em 2012 Pág. 8 Genio, as empresas produzem tecnologia e serviços que constituem soluções de negócio competitivas, rápidas e rentáveis”, declara João Paulo Carvalho. Tanto a Quidnet como o Genio, contribuem para a criação de valor para os clientes a um preço significativamente mais baixo. Este valor decorre de ser software “built-to-fit, built-to-change, built-to-improve”. Com estes projectos, a Quidgest pretende revolucionar a indústria de desenvolvimento de software, mudando o curso do desenvolvimento global de soluções para as organizações. DOGNAEDIS A Quidgest, fundada em 1988 por João Paulo Carvalho (Senior partner) e Cristina Marinhas (presidente do Conselho de Administração), foi eleita PME Excelência 2010 e integra a rede de PME inovadoras da COTEC, tendo empresas já constituídas em Espanha, Reino Unido, Timor-Leste e Moçambique, para além de parcerias em Angola, Lituânia, Alemanha e Macau. Facturação 2010: 3 276 000 € Empregos criados: 80 pessoas Desenvolveu tecnologia que corrige problemas de segurança em software Pág. 8 II x PMEnews SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 Portugueses criam aplicação para smartphone VEÍCULOS ELÉCTRICOS UMA aplicação para smartphone Android, 100% nacional, vai informar os condutores, em tempo real, sobre o local mais próximo para troca ou carregamento de baterias de veículos eléctricos. Apresentado este mês no Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, na Maia, este software permite comparar preços e importar itinerários pré-definidos pelo utilizador. A aplicação para Android é um dos componentes do projecto Mobiles, que conta ainda com uma plataforma Web e um software de navegação da NDrive. “A aplicação pretende facilitar a vida aos condutores de veículos eléctricos, nomeadamente em percursos de longa duração, ultrapassando barreiras como a reduzida autonomia das baterias”, explica o INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto), um dos parceiros do projecto. Lançado em 2009 no âmbito de uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), este projecto foi promovido pela empresa NDrive Navigation Systems e desenvolvido por um consórcio que envolve apenas parceiros portugueses. O consórcio integra igualmente, além do já referido INESC Porto, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o INTELI e o Centro para a Excelência e Inovação. Foodintech e SAport chegam ao mercado www.oje.pt Portivity recebe candidaturas até 10 de Outubro INDÚSTRIAS CRIATIVAS A ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários recebe, até 10 de Outubro, candidaturas ao Portivity, uma nova competição multimédia que visa premiar os melhores “short films” sobre o Porto criativo. Lançando o repto às comunidades ligadas à produção audiovisual e às artes digitais, a associação pretende, através deste concurso, “reconhecer vídeos que representem a dinâmica das Indústrias Criativas no Norte do país e no Porto em particular”. “Uma Atitude de Moda”, “Lugares de Arquitectura” e “A Cidade com Vida” são os motes das três categorias do galardão. O montante global de prémios é de 21 mil euros e a selecção dos vencedores conta o knowhow da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, parceira da iniciativa. Em comunicado, a ANJE explica que “os vídeos devem ser a expressão de uma cidade repleta de projectos e espaços, onde a arte, o design, a tec- nologia e o negócio se fundem de um modo inovador”. Em destaque estão as áreas-chave das Indústrias Criativas que a ANJE pretende promover no âmbito desta acção do projecto Porto Show Time. Numa altura em que os vídeos virais ultrapassam fronteiras e despertam atenções para as mais variadas mensagens, o Portivity ambiciona ainda captar em vídeo “as boas ideias e o rasgo criativo da região Norte, num registo inspirador, que possa espoletar um movimento de criatividade e inovação”. Entre os destinatários principais da competição encontram-se precisamente as novas gerações de criativos, que vêem na multimédia uma forma de expressão e de divulgação de novos conceitos, estéticas e projectos. As candidaturas são individuais e, não obstante o enfoque pretendido, estão abertas a todos os cidadãos nacionais com mais de 18 anos, independentemente das actividades profissionais desempenhadas e dos percursos académicos efectuados. APIDOLCE: Apicultura em modo de produção biológica em Macedo de Cavaleiros A FOODINTECH e SAport, empresas incubadas na Universidade Católica do Porto desde 2008, anunciaram o seu lançamento no mercado. A FoodInTech desenvolve tecnologias de informação concebidas para apoiar as empresas do sector agro-alimentar nas suas operações de transformação. Conta com um total de sete colaboradores e um volume de negócios superior a 150 mil euros. A SAport emprega nove pessoas e alcançou já um volume de negócios de 120 mil euros, estando direccionada para a consultoria nas áreas da engenharia, qualidade e segurança alimentar também do sector agro-alimentar. A Católica Porto possui, actualmente, 30 projectos incubados. Pedro Nunes obtém de selo de qualidade BIC INCUBADORA Menina Design reforça aposta internacional EXPORTAÇÕES ANDRÉ VAZ, promotor da APIDOLCE, de Macedo de Cavaleiros, um dos vencedores do Prémio Empreendedor Sustentável da EDP em 2010, aumentou, desde Abril, a sua exploração apícola e já se encontra a operar nos regimes de qualidade – Modo de Produção Biológico e Denominação de Origem Protegida como factor de diferenciação. O apicultor produz mel mono floral característico da Foto DR região (rosmaninho e castanheiro) e prepara a introdução no mercado de méis de oliveira, carvalho e urze. PME Investe na opção só juros CONSULTORIA EMPRÉSTIMOS A VENTURA Hospitality Consulting anunciou o lançamento de um novo conceito de consultoria para a área da hotelaria e restauração, o Hotel & Restaurant Check-Up. Apresentado com um serviço de consultoria completo, o mesmo está direccionado a pequenas e médias empresas do ramo turístico que pretendem investir nesta área ou que necessitem de reestruturação. EMPREEDEDORISMO O MILLENNIUM bcp Microcrédito e o Instituto da Segurança Social estabeleceram uma parceria que tem como objectivo “identificar, estimular e apoiar a capacidade de iniciativa e a vocação empreendedora”, com vista à criação de micro-empresas e autoemprego, no âmbito do Programa Contratos Locais de Desenvolvimento Social - CLDS. Este programa tem por finalidade promover a inclusão social dos cidadãos de forma multi-sectorial integrada, através de acções a executar em parceria, com o objectivo de combater a pobreza persistente e a exclusão social em territórios deprimidos. O programa aplica-se a todo o território nacional. O INSTITUTO Pedro Nunes (IPN) acaba de obter o selo de qualidade de BIC - Business Innovation Centre. Os BIC são centros de apoio à criação de empresas que seguem um modelo europeu e estão integrados na EBN European Business & Innovation Centres Network. A sua missão é contribuir para a criação de novas gerações de Pequenas e Médias Empresas (PME) inovadoras e para o desenvolvimento e modernização das empresas existentes. EMPREENDEDORISMO Ventura especializa-se na hotelaria BCP microcrédito e Segurança Social cooperam OS PEQUENOS empresários vão poder adiar o pagamento dos empréstimos bancários durante um ano. A medida, anunciada este mês, permite que todos os contratos de crédito contraídos através do programa PME Investe passem a pagar apenas os juros. “Foi concedida a possibilidade de as empresas beneficiárias do programa de financiamento PME Investe verem adiado o pagamento do crédi- to por doze meses. Durante esse período, as empresas pagam apenas juros, que serão renegociados para o efeito”, explica a Teamvision, empresa de consultoria de gestão do grupo Onebiz. O objectivo da medida passa por “apoiar as empresas na execução dos seus projectos e o respeito dos seus compromissos durante esta fase de maior constrangimento económico do mercado”. O universo potencial de empresas que venham a beneficiar desta medida é de 50 mil empresas, num volume máximo de 1850 milhões de euros. Restringido a medida ao universo de empresas beneficiárias cumpridoras de requisitos específicos, a concepção deste acordo exige uma pré análise do pedido do promotor. Os bancos confirmam a utilidade da medida, mas não excluem a necessidade de aplicação de taxas de spread superiores às praticadas até à data. A MENINA Design Group apresentou esta semana, em Londres, a terceira marca do sector casa – Brabbu -, reforçando a sua aposta na internacionalização. A nova marca abrange peças de mobiliário, estofo, iluminação, tapeçaria, arte e acessórios. Salientando que este tem sido o melhor ano de sempre da empresa, o seu fundador e CEO, Amândio Pereira, revelou que a Boca do Lobo, primeira marca criada pela Menina Design Group, marcará presença, no final deste ano, em cerca de 50 pontos de venda em todo o mundo, contando com cerca de 300 clientes. “Duplicámos a oferta de produtos da Delightfull (segunda marca) e preenchemos páginas de jornais e revistas especializadas internacionalmente”, acrescentou o gestor, que anunciou ter em desenvolvimento mais dois projectos: uma marca produto destinada às crianças e outra de mobiliário de exterior”. Ficha Técnica O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE, O Mirante e Vida Económica Director Luís Pimenta Editora-executiva Helena Rua Redacção Almerinda Romeira e Vítor Norinha Fotografia Victor Machado Gestores de Contass Alexandra Pinto – 217922096 Isabel Silva – 217 922 094 Arte Carlos Hipólito Director comercial João Pereira – 217 922 088 [email protected] Tiragem total 81 000 exemplares www.oje.pt PMEnews XXXXXX-FEIRA xx de xxxxx de 2011 III PUB Portugal precisa de 110 mil PME por ano Da esq. p/ dta.: Luís Barata, do núcleo de Empreendedorismo da SEDES, João Salgueiro, Henrique Neto e Luís Campos e Foto/DR Cunha PORTUGAL precisa de 110 mil novas pequenas e médias empresas (PME) por ano para que dentro de 20 anos atinja os mesmos níveis de crescimento da União Europeia. Neste momento está a criar apenas 66 mil. Estes números são avançados por Luís Barata, secretário-geral da SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social fundada por João Salgueiro e presidida por Luís Campos e Cunha, no livro “Portugal Entre Gerações” da jornalista do OJE, Almerinda Romeira, que entre vários temas aborda a Economia. Luís Barata, licenciado em Gestão com carreira feita no sector bancário, lembra que Portugal tem uma série de recursos únicos no mundo, a nível da sua história, das suas paisagens, da sua gastronomia e das suas vinhas. Mas está tudo desagregado, não há um fio que ligue estas suas múltiplas facetas…. “O turismo é, por tudo isso, um factor-chave do nosso desenvolvimento”, avança. O responsável pelo núcleo de empreendedorismo da SEDES é de opinião que ao lançar um negócio “devemos começar pequenos, devendo sempre que possível recorrer a capitais próprios ou convidar parceiros com capacidade económica”. Como alternativa, acrescenta, temos o “microcrédito, vocacionado para os pequenos negócios, visto que o crédito bancário exige cada vez mais garantias e é cada vez mais escasso. O capital de risco, que se tem desenvolvido muito em Portugal, os business angels, que representam uma forma muito interessante de financiamento e de apoio/acompanhamento efectivo do negócio, a AlterNext da Euronext, que é bem a bolsa para as PME, a meu ver, irá a curto prazo atrair muitos dos empresários a nível nacional como fonte alternativa, funcional e eficaz de financiamento”. Almerinda Romeira entrevistou 12 pessoas de seis faixas etárias diferentes e diferentes profissões. As conclusões apontam para grandes pontos de convergência tanto no que se refere aos problemas e à sua origem como às soluções apresentadas, conforme sublinhou na apresentação do livro na Fundação de Serralves, no Porto, o fundador e chairmasn do BPI, Artur Santos Silva. O turismo é, de resto, apontado por praticamente todos os entrevistados como um dos principais sectores de futuro. Artur Santos Silva salienta as muitas condições que Portugal tem para oferecer, aponta como prioridade o sector primário, de forma a “melhorar a capacidade de produção” e refere a necessidade de requalificar cidades e de pensar a sério num turismo para a terceira idade, como faz o estado norte- americano da Florida. A agricultura, floresta, pescas, recursos naturais abandonados ou inexplorados, caso do mar são, segundo o fundador do BPI, outras áreas em que se deve apostar. No vinho, fruta e produtos frescos registam-se progressos, mas o País tem ainda que aprender com a Itália e a Espanha. “Não há estratégias na cultura nem no turismo, dois sectores por onde poderia passar o futuro”, salienta a artista plástica Sofia Areal . “O turismo será, na minha visão, o futuro não só de Portugal mas também da Europa. As pessoas virão de todo o mundo conhecer o berço da civilização ocidental”, diz, acrescentando: ”O turismo é um sector importantíssimo para o futuro de Portugal, mas há muito descuido, falta de cultura e caos em que a falta de educação estética deita tudo a perder. Custa a entender e é inaceitável que não haja mais cuidado”. Maria Perpétua Rocha, coordenadora da PASC – Plataforma Activa da Sociedade Civil, diz que uma visão estratégica significa não trabalhar apenas para a legislatura. “Temos estado sem direito ao futuro por essa incapacidade de visão a longo prazo”, salienta. Para esta médica, com vasta experiência em gestão empresarial no sector da saúde e um profundo envolvimento nas organizações da sociedade civil “apostas claras e determinadas no desenvolvimento do potencial humano português, no mar e na consolidação do espaço lusófono são alavancas para dar novo rumo à História de Portugal, renovando a sua afirmação no mundo”. IV SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 PMEnews www.oje.pt JOSÉ DE ALMEIDA MARTINS, DIRECTOR GERAL DA NET - NOVAS EMPRESAS E TECNOLOGIAS “NÃO PREMIAMOS IDEIAS, PREMIAMOS EMPRESAS QUE SEJAM CRIADAS COM BASE NESSAS IDEIAS” O Director-Geral da NET evidencia as vantagens do programa de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica EIBTnet, revela as linhas gerais da iniciativa Softlanding de apoio à internacionalização e faz o balanço de um quarto de século da NET. Por Almerinda Romeira Quantas empresas de base tecnológica foram criadas com o apoio da NET – Novas Empresas e Tecnologiass (Business Innovation Centre do Porto) nos seus 25 anos de existência? Desde a sua fundação em 1987, a NET – BIC Porto apoiou a criação de 116 empresas inovadoras e, na sua grande maioria, de base tecnológica. Mas tão ou mais importante do que criar empresas é criar empresas de sucesso, e a taxa de sucesso das empresas criadas com o apoio da NET é muito elevada face ao normal. Estamos a falar de 93% ao fim de cinco anos, quando o habitual é uma taxa que ronda os 50% ao fim de três anos. De forma a contribuir para o factor sucesso, temos sempre o cuidado de apoiar os empreendedores que nos contactam no sentido de avançarem com empresas com elevado potencial de sucesso, para não se gerarem falsas expectativas nos casos em que se possa tratar de um projecto que à partida não tenha viabilidade. Estamos a falar de quantos empregos? Relativamente à empregabilidade, uma vez que temos empresas com 25 anos, existem situações em que as empresas criadas foram adquiridas por multinacionais, o que não nos permite avançar um número exacto dos empregos gerados por todas essas empresas. Contudo, podemos tomar como base uma média de quatro postos de trabalho no arranque das empresas e, ao fim de algum tempo, consequência do crescimento, temos situações em que as empresas integram aproximadamente 20 a 30 pessoas. Estamos a falar de projectos com continuidade, com grande potencial de crescimento em termos de negócio e de empregabilidade. Quantas empresas estão actualmente incubadas na NET e quantas recorrem à incubação virrtual? Neste momento, temos 19 empresas incubadas fisicamente, algumas a ocupar mais do que um espaço e outras que se deslocaram para um de maior dimensão, na sequência da evolução e crescimento do negócio. Em incubação virtual estão actualmente cinco empresas. O que é o programa EIBTnet, qual a sua duração e o que oferece às empresas? O EIBTnet é um programa de apoio ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica, financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte, o ON2 – O Novo Norte, que tem como objectivos quer o apoio à criação de novas empresas, quer o apoio a empresas em early stage que reúnam características inovadoras ou de base tecnológica. O programa decorre até ao final de 2012 e oferece, não só aos empreendedores, mas também às empresas jovens, apoio na maturação do projecto, no desenvolvimento do plano de negócios, disponibilizando um espaço para pré-incubação desses projectos e apoio à criação da empresa e na fase de crescimento, prestando serviços de consultoria em termos de incubação de valor acrescentado. É um programa no qual estamos muito envolvidos e no qual depositamos grandes expectativas, precisamente porque se foca em projectos de fortes características inovadoras e de base tecnológica, uma tipologia de projectos que a NET tem vindo acompanhar e de que a Região Norte tanto necessita. Até ao momento, a resposta tem sido muito interessante. Que inicia ativas estão previstas lançar a curto prazo? No âmbito do EIBTnet, vamos continuar com os consultórios de ideias, acções constantes para os empreendedores e vamos lançar, brevemente, o concurso de ideias e os seminários de geração e maturação de ideias. Vamos ainda promover jornadas temáticas de apoio ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica. Temos, aliás, já programada uma jornada sobre internacionalização em que vamos apresentar e lançar um novo projecto, o Softlanding. Pode explicar, em linhas gerais, no que consiste o concurso de ideias? Qual é o prazo de recepção de candidaturas? Todos os concursos de ideias que a NET organiza visam a criação de empresas. Não premiamos ideias, premiamos empresas que sejam PMEnews www.oje.pt SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 V PUB criadas com base nessas ideias. O concurso divide-se em duas fases: uma primeira de recepção das candidaturas e avaliação das mesmas no binómio ideia - promotor, em que os dez melhores projectos usufruem do apoio da NET para o desenvolvimento do plano de negócios, e uma segunda em que serão seleccionados os três melhores planos de negócio. As ideias e projectos são avaliados e seleccionados por um júri composto por entidades ligadas ao empreendedorismo, inovação e tecnologia e os prémios são atribuídos quando os projectos vencedores se transformarem em empresas. Só haverá três vencedores, mas existirão, com certeza, outros projectos com grande viabilidade de se tornarem empresas. A divulgação do Concurso de Ideias terá início em Outubro e o prazo limite previsto para envio das candidaturas é o dia 30 de Dezembro de 2011. No que consiste o projecto Softlanding? Quando será lançado? Que objectivos visa atingir? O Softlanding é uma iniciativa piloto da Associação Europeia de Business and Innovation Centres, a EBN, que visa prestar apoio à internacionalização de empresas ou projectos. A fase de arranque será de testes e o objectivo é que esteja a funcionar em pleno a partir do próximo ano. No fundo, temos um país, uma região, um Business and Innovation Centre (BIC) e uma empresa que necessita de apoio noutro país, numa determinada região. O BIC da respectiva região, tendo em conta as necessidades específicas da empresa, entrará em contacto com o BIC da região de destino, que prestará à empresa o apoio de que necessitar. Não é um programa que se pretende de apoio ao investimento no estrangeiro ou de apoio ao investimento do estrangeiro em Portugal, mas um programa que pretende funcionar de uma forma biunívoca, no sentido de termos um apoio à medida das necessidades que poderá ser ao nível da avaliação de mercados, a nível logístico, de consultoria, enfim, todo o apoio de que a empresa necessitar para alcançar os seus objectivos, num país que não o seu. No caso de o país de destino em questão não ter um BIC, apesar de existirem cerca de 200 BIC, com forte incidência na Europa, a associação vai servir-se de parcerias já bem institucionalizadas. A título de exemplo, temos a National Business Incubation Association (NBIA) nos gias muito relevantes que gerariam ainda mais valor se dessem origem a uma empresa. O empreendedorismo por motivo e sem motivação é também um elevado factor de risco. Por isso, é importante que os promotores, sem qualquer relutância, se rodeiem de entidades que possam ajudá-los a amadurecer o seu projecto e a minimizar os riscos, utilizando as ferramentas e metodologias adequadas para que, quando avançarem, avancem com uma base sólida, de forma a alcançarem a taxa de sucesso de que falámos no início. É este o grande apoio da NET. Não queremos apoiar mais um projecto, mas apoiar a criação de uma empresa inovadora, de sucesso e geradora de emprego. Esta é a cultura empreendedora de que Portugal precisa. Que programas tem a UE de apoio ao empreendedorismo e que montantes envolvem? O Programa - Quadro para a Competitividade e Inovação 2007-2013 integra uma linha de acção directamente relacionada com o incentivo ao empreendedorismo, que é o Programa de Empreendedorismo e Inovação (PEI) e que apoia actividades que visam impulsionar a cultura empreendedora e criar melhores condições para as PME que actuem na União Europeia. Mas, mais do que os programas da União Europeia, porque a União Europeia é um somatório de países e os programas variam de O EIBTnet é um programa de apoio ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica. O programa decorre até ao final de 2012 e oferece, não só aos empreendedores, mas também às empresas jovens, apoio na maturação do projecto, no desenvolvimento do plano de negócios, disponibilizando um espaço para pré-incubação desses projectos, e apoio à criação da empresa e na fase de crescimento, prestando serviços de consultoria em termos de incubação de valor acrescentado. EUA, o EU Project Innovation Centre (EUPIC) na China, a Anprotec no Brasil, entre outras. Os parceiros já estão bem definidos. Os objectivos do Softlanding passam fundamentalmente por facilitar de uma forma directa, com o apoio dos agentes económicos da região através dos BIC, o processo pelo qual as empresas país para país, em função das necessidades de cada um, seria interessante perceber de que forma os países canalizam os incentivos e fundos europeus, nomeadamente o Fundo de Euro- O Softlanding é uma iniciativa piloto da Associação Europeia de Business and Innovation Centres, a EBN, que visa prestar apoio à internacionalização de empresas ou projectos. têm de passar num país estrangeiro, seja para conhecer o mercado, para encontrar parceiros e fornecedores e para recrutamento. A construção de uma cultura empreendedora forte em Portugal depende de quê? Quais são os principais entraves? A cultura empreendedora depende exactamente da eliminação desses entraves. Não há uma forte cultura empreendedora em Portugal, não tanto como poderia ou deveria existir. Os entraves começam na forte penalização do insucesso, o denominado estigma do insucesso. Quando um projecto não corre bem penaliza o promotor durante muito tempo, durante um período indefinido. Frequentemente, também a burocracia constitui um obstáculo e ainda há procedimentos administrativos que não facilitam a criação das empresas e da empregabilidade. O próprio encerramento das empresas muitas vezes não é fácil, ficando estas no mercado a criar situações que vão penalizar as outras que estão operacionais e de boa saúde. A cultura empreendedora depende de haver incentivos não só financeiros, mas em termos de carreira. Estou a lembrar-me dos investigadores que não têm incentivos para criar empresas porque não é significativo para a carreira, quando, muitas vezes, desenvolvem tecnolo- peu de Desenvolvimento Regional (FEDER) para projectos relacionados com o empreendedorismo. No caso de Portugal, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), podemos falar de sistemas de incentivos às empresas como o SI Inovação, Sistema de Incentivos à Inovação, que enquadra uma linha de acção específica para o empreendedorismo qualificado, e, ao nível regional, no caso particular da Região Norte, do Programa Operacional Regional do Norte (ON2) que contempla linhas de acção para o empreendedorismo tecnológico. Há sempre programas de apoio ao empreendedorismo e à inovação. Todos os países têm valores alocados em função das necessidades, mas, para um bom projecto, há sempre financiamento. VI x PMEnews SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 www.oje.pt ALUGUER OPERACIONAL DE EQUIPAMENTO O renting, mais conhecido no sector automóvel, tem vindo a ganhar terreno na informática e nos equipamentos de escritório, posicionando-se como a solução mais lógica para as pequenas e médias empresas nestes tempos de abrandamento económico. Conheça a oferta da Futurdata e da Newrent e as soluções de financiamento para bens de baixo valor da Grenke Renting Grenke Renting prevê aumentar financiamento às PME em 28% este ano Em contra-ciclo com o mercado, esta empresa especializada no renting para PME de baixo valor continua a expandir a sua actividade em Portugal, preparando-se para colocar no mercado três novos produtos no início do próximo ano. A Grenke Renting tem o seu enfoque, ou core business, no renting de equipamentos de TIC de baixo valor para PME. Ou seja, no renting de pequenos projectos de investimento em tecnologia de informação e comunicação, como é exemplo o financiamento de hardware (computadores, fotocopiadoras, impressoras, servidores), software, sistemas de comunicações, segurança, entre outros equipamentos tecnológicos. “Este é o nicho de mercado que escolhemos e a nossa principal vantagem competitiva”, salienta Rui Franco, Senior Account Manager desta empresa especializada no renting para PME de baixo valor. Qual é a estratégia da Grenke para o mercado português? Somos líderes e especialistas no renting para PME de baixo valor (desde 500 euros de financiamento), com o know-how do grupo Grenkeleasing AG com mais de 30 anos de experiência no mercado. E somos a única empresa em Portugal com este posicionamento, sendo que não será nossa estratégia diversificar a nossa oferta, mas sim complementá-la. No âmbito dessa estratégia, está previsto o lançamento de novos produtos? Sim. A Grenke lançará, já em Janeiro de 2012, três novos produtos que vão complementar a sua oferta de renting. Destes três, destacamos a cobrança por parte da Grenke, para além das rendas do renting, do serviço de manutenção dos equipamentos que é prestado pelo revendedor ao cliente, em vez de ser o próprio revendedor a assumir respectiva cobrança à PME. Isto significa que apenas uma entidade - a Grenke - realizará o débito de serviços à PME que resultam do projecto de investimento financiado. Este serviço irá, de acordo com a nossa experiên- cia, ao encontro das necessidades de revendedores e PME e potenciará ainda mais o seu envolvimento com a Grenke e a nossa qualidade de serviço. O segundo produto considera, caso os mesmos equipamentos possuam contador, a contabilização de consumo, a cobrança de cópias ao locatário de máquinas fotocopiadoras. Exemplo: cópias excedentes às que foram contratadas entre revendedor e PME. O terceiro produto encontra-se ainda em fase de testes na nossa sede na Alemanha. Em seu entender, quais são as vantagens que o renting oferece a nível da gestão financeira das PME? Existem três vantagens principais e muito objectivas do renting para a gestão financeira das PME. Em primeiro lugar, o incentivo à preservação da liquidez das empresas, ou seja, o incentivo ao financiamento faseado do investimento em equipamentos com prestações fixas e, consequentemente, com planeamento total de custos futuros. Portanto, pagamentos fixos e regulares (por exemplo: mensais ou trimestrais), ao invés de custos iniciais elevados de investimento. Em segundo lugar, o renting proporciona benefícios fiscais às PME. As rendas liquidadas são integralmente aceites como custo do exercício a que respeitam com dedução a 100% em sede de IRC. Assim sendo, o renting não interfere com linhas de crédito que, potencialmente, as PME poderão vir a necessitar para as suas actividades correntes e que produzem lucro. Em terceiro lugar, o renting promove a renovação e modernização dos equipamentos. Promove a competitividade das PME num mercado em permanente mudança, minimizando o risco de obsolescência dos equipamentos, com benefícios para a sua gestão financeira. Quantos pedidos de financiamento receberam nos primeiros meses deste ano? Recebemos semanalmente, nos três escritórios da Grenke em Portugal (Lisboa, Porto e Leira), em média, 250 pedidos de financiamento de PME. Significa que, só em 2011, foram cerca de nove mil as empresas que solicitaram financiamento através de renting à Grenke. Para a dimensão e pouca maturidade do mercado português neste tipo de ferramenta financeira, as expectativas a curto e médio prazo são muito optimistas. Qual o número de contratos e o montante dos financiamentos? Temos actualmente 3020 contratos de renting financiados que totalizam 21,2 milhões de euros, o que corresponde a uma média de valor de operação de 7 mil euros e o financiamento de mais de 80 contratos/semana, sendo que a previsão de crescimento no volume de financiamento para este ano é de 28% face a 2010, ano em que financiámos 24 milhões de euros, crescimento muito significativo, atendendo à conjuntura actual e falta de confiança existente entre empresários e gestores de PME. De referir igualmente o importante crescimento registado no número de revendedores de equipamentos (agentes/integradores na área das TIC) que colaboram em parceria com a Grenke. No total, são 940 revendedores activos, mais 180 revendedores activos face a igual período em 2010. Em que medida as dificuldades financeiras das PME estão a impulsionar o recurso ao renting? Efectivamente, devido ao actual contexto de crise financeira, temos tido uma maior procura de pedidos de renting por parte das PME, o que tem impulsionado o nosso crescimento. A dificuldade de acesso aos mercados financeiros por parte de bancos comerciais e instituições financeiras presentes em Portugal tem condicionado a sua liquidez e a injecção de financiamentos à economia e, consequentemente, diminuído a capacidade destas instituições para conceder crédito às PME. De acordo com dados de Agosto divulgados pelo Banco de Portugal, o volume de empréstimos concedidos Rui Franco Senior Account Manager pelas instituições financeiras nacionais continua a diminuir. Foram também maiores as restrições financeiras às empresas para as operações de baixo valor, ou seja, nas operações que são o nosso enfoque. A Grenke encontra-se, portanto, em contra-ciclo com o mercado. Temos a vantagem de pertencer ao grupo multinacional alemão Grenkeleasing AG, um grupo independente de bancos, com solidez financeira e capacidade de liquidez para injectar na economia. Quais os trunfos com que contam para crescer no mercado português? Para além da crescente procura, necessidade e dificuldade no acesso ao crédito por parte das PME, que representam mais de 99% do tecido empresarial português e cerca de 60% do volume de negócios do País, a Grenke beneficia também do facto de o renting estar ainda pouco dinamizado em Portugal. É esta a nossa maior motivação na Grenke. Informar o mercado, os revendedores de equipamentos e os gestores das PME em Portugal sobre os benefícios do renting e a simplicidade de acesso a este tipo de solução de financiamento. Por exemplo, na Grenke, num processo que não utrapasse os 50 mil euros, a análise e resposta do financiamento é dada, no limite, em 20 minutos sem burocracia. Esta simplicidade operativa promove a concretização de vendas dos revendedores às PME e a realização imediata dos projectos das respectivas PME. Em síntese, com estes procedimentos, estamos a criar valor quer para os revendedores de equipamentos, bem como para as PME, que vêem os seus projectos de investimento ou modernização de equipamentos tecnológicos concretizarem-se, melhorando a sua competitividade. Futurdata disponibiliza oferta integrada para pequenas e médias empresas Eduardo Gonçalves, Director-Geral da Futurdata Informática A Futurdata é uma empresa de tecnologias de informação fortemente direccionada para a prestação de serviços. Criada em 2002 com o objectivo de inovar na implementação de soluções que permitam às empresas enfrentar a rápida evolução do hardware e software num mundo empresarial cada vez mais competitivo, propõe um serviço de renting que permite às empresas, sem grande investimento inicial, manter o parque informático actualizado. No seguimento da parceria que tem vindo a desenvolver com a OKI, a Futurdata entrou no canal fidelizado OKI Colour Partner, o que lhe permite proporcionar soluções de impressão mais competitivas aos seus clientes. equipamentos de impressão. No entanto, gostava de destacar a gama Executive Series, cujos modelos associados ao programa Buy & Print permitem que as empresas paguem apenas o que imprimem. O modelo ES5461MFP será talvez o que tem mais potencial para PME, pois é uma impressora multifunções laser a cores com a combinação perfeita da impressão, digitalização, cópia e fax. Funcionalidades avançadas, tais como os modos ECO e Deep Sleep, bem como a impressão, digitalização e cópia duplex (frente e verso) reduzem o impacte no meio ambiente, o consumo de energia e os custos de funcionamento. Quais são os equipamentos da OKI com mais potencial para PME? A OKI tem uma vasta gama de Esses equipamentos agregam serviços? Quais? Toda a gama OKI Executive Series tem associado um programa de custo por página. Este programa inclui sempre, durante a vigência do contrato, os serviços de garantia “on site” na assistência ao equipamento e do envio rápido e sem custos de consumíveis. Que vantagens oferece o renting a nível da gestão financeira das PME? As principais vantagens do renting Futurdata para as PME são as seguintes: vantagens fiscais (prestações dedutíveis como despesas operacionais); permite manter a liquidez e as linhas de crédito; financiamento a 100% sem entrada inicial; prestações mensais constantes e possibilidade de incluir na prestação do renting a manutenção dos equipamentos. www.oje.pt Com os negócios em ritmo lento, as pequenas e médias empresas (PME) estão a cortar no investimento em soluções e equipamentos tecnológicos, com amortização a vários anos e um financiamento, que quase sempre obriga a uma entrada inicial em função do valor total e prestações mensais subsequentes. A alternativa é o renting, ou aluguer operacional, como também é designado, na medida em que dá às empresas a possibilidade de se manterem tecnologicamente actualizadas sem perderem liquidez financeira. Transformar o investimento num serviço com pagamentos mensais fixos, dedutíveis no exercício fiscal parece, assim, estar a funcionar como solução na aquisição de computadores de secretária, portáteis, impressoras, multifunções e, de forma geral, todo o tipo de software. Os equipamentos da Newrent incluem manutenções e seguros multi-riscos Vasco Seco Rodrigues Administrador da Newrent - Aluguer de Equipamentos No mercado desde o ano 2000, a Newrent orgulha-se de ter sido a primeira empresa a dedicar-se exclusivamente à locação operacional (renting) de equipamentos, nomeadamente mobiliário de escritório, equipamentos de climatização e electrónica (imagem e gestão documental). A empresa proporciona, por esta via, um conceito “chave-na-mão”, dando aos seus clientes a possibilidade de usufruírem da generalidade dos equipamentos necessários para equipar os seus escritórios neste sistema. Quais são os equipamentos da Newrent com mais potencial para PME? À excepção da parte informática, trabalhamos com a generalidade dos equipamentos de escritório necessários ao funcionamento das empresas: do mobiliário à climatização, passando pelos multifunções de cópia e equipamentos de imagem - projectores, LCD, etc, pelo que, sendo todos eles essenciais, torna-se difícil eleger qual o que apresenta um maior potencial. Esses equipamentos agregam serviços? Se sim, quais? Os equipamentos que locamos têm as manutenções incluídas (correctivas para a generalidade e preventivas para a climatização e multifunções) e os seguros multi-riscos. No fundo, o serviço prestado resume-se ao fornecimento e manutenção dos equipamentos necessários ao funcionamento das empresas, equipamentos estes que, não fazendo parte do core business dos nossos clientes, permite-lhes concentrar os recursos humanos e financeiros disponíveis na sua actividade. O renting, na nossa óptica, representa um conceito full service, em que nos tornamos parceiros dos nossos clientes e que se inicia bem antes da colocação dos equipamentos. Assim, a relação inicia-se no estudo e selecção das melhores opções para, caso a caso, fazer face às necessidades, passando pela implementação da solução que, em conjunto, definimos e terminando na sua manutenção, garantindo, desta forma, a permanente adequacidade da mesma. No seu entender, que vantagens oferece o renting a nível da gestão financeira das PME? São várias as vantagens ao nível da gestão financeira. Em primeiro lugar, há que destacar a mais óbvia, que é o reduzido valor de renda mensal. Contudo, merecem ainda realce a facilidade de planeamento ao nível de tesouraria, na medida em que o valor das rendas mantém-se constante ao longo do período contratual, a inexistência de investimento inicial, a não afectação da capacidade de endividamento - vantagem crítica em momentos conturbados como os que vivemos - o não ter de afectar recursos com a gestão do imobilizado e a inexistência de surpresas desagradáveis com reparações e manutenções, as quais representam, normalmente, custos avultados. PMEnews SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 VII VIII PMEnews SEXTA-FEIRA 30 de Setembro de 2011 www.oje.pt TECNOLOGIA OMNIFLOW PREPARA ENTRADA NO MERCADO Esta startup da área das energias renováveis prepara a sua entrada no sector eólico de micro-geração em 2012 e estima chegar às grandes instalações off-shore em 2015. Por Almerinda Romeira A raiz da Omniflow foi lançada no âmbito do prémio de inovação promovido pela EDP e pelo milionário ingês Richard Branson, em 2009. O projecto, apresentado pelo jovem engenheiro da FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) Pedro Ruão consistia num dispositivo de geração de energia eléctrica com um conceito inovador, tendo sido um dos três finalistas do concurso. Nessa altura, a ideia de negócio e o próprio produto ainda se encontravam em estado embrionário, sendo necessário mais algum tempo até ao nascimento da empresa, em Janeiro de 2010, ano em que foi distinguida com uma Menção Honrosa no Prémio Jovem Empreendedor da ANJE. Pedro Ruão da Cunha, 32 anos, realizou os primeiros testes num edifício de sete andares em Vila Nova de Gaia e, desde então, muito se evoluiu. Neste momento, refere o empreendedor, “já foram executados e testados vários pro- BI Data: Janeiro de 2010 Actividade: Produção e comercialização do dispositivo de produção de energia eléctrica, Omniflow Mercados: Entrada no sector Eólico de micro-geração em 2012; Expansão para as grandes instalações, nomeadamente o off-shore em 2015 PUB tótipos de pequena e grande escala do produto e os resultados obtidos mostram claramente um futuro promissor”. O grande trunfo está – sublinha no produto. “Estamos na presença de uma turbina completamente diferente e inovadora que não obedece ao mesmo balanço de massas que os dispositivos convencionais, sendo possível obter um rendimento superior, para além de ter um funcionamento notável em ambientes difíceis, como o urbano, onde existem factores como a turbulência, que impedem o correcto funcionamento dos actuais dispositivos”. Além da componente técnica, o dispositivo Omniflow permite, segundo Pedro Ruão, uma melhor integração no ambiente, pois funde-se com a arquitectura dos edifícios e a paisagem circundante. bilizou-lhe a solução robótica para que pudesse validar o trabalho de investigação com recurso à execução de protótipos tanto de pequena como de grande escala. A primeira unidade instalada, um protótipo de três metros em material compósito, foi inteiramente fabricada com este processo inovador, o qual foi também alvo de pedido de patente. Posteriormente, foram executados mais ensaios em colaboração com a EDP Inovação, empresa com a qual, desde que venceu o prémio, Pedro Ruão mantém uma relação de proximidade. Ao que nos diz o empreendedor, o financiamento foi garantido por um investidor externo, para uma fase de pré-produção já este ano e entrada em produção em 2012. De acordo com o planeado, a entrada no sector eólico de micro-geração internacional será feita em 2012, enquanto a expansão para as grandes Pedro Ruão da Cunha FINANCIAMENTO A obtenção de financiamento foi a etapa mais difícil para o arranque. Até lá, a maior parte dos custos tiveram de ser auto financiados, inclusive os custos de propriedade industrial e todos os ensaios e protótipos. “É uma fase muito dura do processo em que muitas vezes nos sentimos vulneráveis, desapoiados e questionamos se realmente valerá a pena tanto empenho pessoal e financeiro”, salienta Pedro Ruão. Em termos logísticos, o empreendedor contou com o apoio da empresa onde trabalhava: a NORCAM disponi- A obtenção de financiamento foi a etapa mais difícil para o arranque. Até lá, a maior parte dos custos tiveram de ser auto financiados, inclusive os custos de propriedade industrial e todos os ensaios e protótipos instalações, nomeadamente o off-shore, deverá ocorrer em 2015. A Omniflow, adianta Pedro Ruão, prevê “um crescimento positivo tanto a nível nacional como internacional, dado que vai oferecer soluções competitivas num mercado com claros índices de expansão e crescimento motivado pelas metas ambientais traçadas para 2020 pela União Europeia, das quais se destacam a redução em 30% das emissões de gases causadores do efeito-estufa e também atingir uma quota de 20% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo geral da comunidade”. No primeiro ano de produção, a Omniflow vai apostar na micro-geração, com potências até 10 kW, prevendo o aumento gradual deste valor, perseguindo o objectivo de entrar no mercado de instalação de dispositivos de grande potência, como, por exemplo, instalações em terrenos montanhosos e parques off-shore. CODE V: TECNOLOGIA DE SEGURANÇA INFORMÁTICA NASCE NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Uma tecnologia inovadora que permite detectar e corrigir, em tempo útil, problemas de segurança em software, foi desenvolvida pela Dognaedis, start up especialista em segurança de informação formada por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Explicado de modo simples, o Code V (código de verificação) é um “inspector-professor inteligente que detecta problemas de segurança no software em todas as suas fases de desenvolvimento, dispara alertas, produz relatórios e dá instruções para a rápida correcção dos problemas identificados. Em suma, é um perito de segurança informática”, explica Francisco Rente, investigador da Universidade de Coimbra e Director Executivo da Dognaedis. Testado nos 40 maiores softwares livres existentes no mercado, nomeadamente em softwares utilizados pelos Estado, o Code V identificou 28 vulnerabilidades do tipo zero-dias, isto é, problemas de segurança não conhecidos até a data. Estas 28 vulnerabilidades serão divulgadas publicamente, mas de forma responsável, garantindo que não são utilizadas para fins maliciosos “antes de haver um antídoto disponível”. O que distingue o Code V, resultado de dois anos de investigação, é o facto de “ser um sistema que encara a segurança informática como um processo contínuo e holístico. Por isso, está dotado de algoritmos inteligentes que utilizam um elevadíssimo nível de que desenvolvem software. Assim, e considerando os custos de alguns softwares dedicados, os clientes têm a garantia de que estão a comprar um programa do computador seguro. conhecimento e lógica que permitem detectar uma vasta gama de problemas como, por exemplo, violação de bases de dados para fins criminosos, intrusão nos sistemas de autenticação”, sustenta Francisco Rente. Por outro lado, a solução tecnológica desenvolvida em Coimbra fornece um certificado de qualidade às empresas Um maior controlo nas equipas responsáveis pelo desenvolvimento de software e um aumento significativo na eficiência das empresas são outras mais-valias do Code V, que está pronto a entrar no circuito comercial. Uma versão simples da tecnologia vai ser disponibilizada gratuitamente pela Dognaedis.