PMEnews
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA
Especial Renting
30 DE SETEMBRO DE 2011
OFERTA: GRENKE
FUTURDATA
E NEWRENT Pág. 6 e 7
Equipa da Quidgest responsável pelo projecto de internacionalização no Brasil, da esq.
p/ a dta.: Joana Barroso (consultora), Carlos Costa (coordenador do Departamento de
Marketing) e Cristina
Marinhas (presidente do
Conselho de Administração).
Foto Victor Machado
TECNOLÓGICA PORTUGUESA QUIDGEST
PREPARA ENTRADA NO BRASIL
▲
INTERNACIONALIZAÇÃO
POR ALMERINDA ROMEIRA
A QUIDGEST, empresa tecnológica
portuguesa, está, neste momento, a
estudar a sua entrada no mercado
brasileiro, através da procura de
parceiros locais, revelou ao PME
NEWS João Paulo Carvalho, senior
partner da empresa.
Esta decisão surge do reconhecimento do enorme crescimento económico que o Brasil tem tido nos últimos anos. “O mercado brasileiro
apresenta inúmeras oportunidades
de negócio para as empresas portu-
ENTREVISTA
José de Almeida
Martins faz
o balanço de 25
anos da NET
Págs. 4 e 5
guesas, dada a proximidade linguística e cultural”, salienta João Paulo
Carvalho.
Segundo nos avançou o senior
partner da Quidgest, a estratégia definida para o mercado brasileiro baseia-se no estabelecimento de parcerias com outras empresas nacionais
e com empresas locais, na participação de concursos e no desenvolvimento de propostas inovadoras,
que sejam criadoras de valor. Neste
sentido, a empresa tecnológica vai
apostar em sistemas de Controlo de
Gestão (como o Balanced Scorecard), de Gestão Documental, de
Gestão de Recursos Humanos e de
Contabilidade Pública.
A Quidgest pretende ainda constituir, neste mercado, uma rede de
parceiros assente na partilha do Genio, a plataforma de geração automática de código. Esta é a base do
programa Quidnet. “Partilhando o
CERTIFICAÇÃO
A Quidgest renovou, em 2011,
a certificação do seu sistema de
gestão da qualidade, de acordo
com a norma NP ISO 9001:2008.
OMNIFLOW
Pedro Ruão prepara
a entrada no sector
eólico de micro-geração em 2012
Pág. 8
Genio, as empresas produzem tecnologia e serviços que constituem
soluções de negócio competitivas,
rápidas e rentáveis”, declara João
Paulo Carvalho.
Tanto a Quidnet como o Genio,
contribuem para a criação de valor
para os clientes a um preço significativamente mais baixo. Este valor decorre de ser software “built-to-fit,
built-to-change, built-to-improve”.
Com estes projectos, a Quidgest pretende revolucionar a indústria de desenvolvimento de software, mudando o curso do desenvolvimento global de soluções para as organizações.
DOGNAEDIS
A Quidgest, fundada em 1988 por
João Paulo Carvalho (Senior partner) e Cristina Marinhas (presidente
do Conselho de Administração), foi
eleita PME Excelência 2010 e integra a rede de PME inovadoras da
COTEC, tendo empresas já constituídas em Espanha, Reino Unido,
Timor-Leste e Moçambique, para
além de parcerias em Angola, Lituânia, Alemanha e Macau.
Facturação 2010: 3 276 000 €
Empregos criados: 80 pessoas
Desenvolveu tecnologia
que corrige problemas
de segurança em
software
Pág. 8
II
x
PMEnews
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
Portugueses
criam aplicação
para smartphone
VEÍCULOS ELÉCTRICOS
UMA aplicação para smartphone
Android, 100% nacional, vai informar os condutores, em tempo real,
sobre o local mais próximo para troca ou carregamento de baterias de
veículos eléctricos.
Apresentado este mês no Centro
para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, na Maia, este
software permite comparar preços e
importar itinerários pré-definidos
pelo utilizador.
A aplicação para Android é um
dos componentes do projecto Mobiles, que conta ainda com uma plataforma Web e um software de navegação da NDrive.
“A aplicação pretende facilitar a
vida aos condutores de veículos eléctricos, nomeadamente em percursos
de longa duração, ultrapassando
barreiras como a reduzida autonomia das baterias”, explica o INESC
Porto (Instituto de Engenharia de
Sistemas e Computadores do Porto),
um dos parceiros do projecto.
Lançado em 2009 no âmbito de
uma candidatura ao QREN (Quadro
de Referência Estratégico Nacional),
este projecto foi promovido pela empresa NDrive Navigation Systems e
desenvolvido por um consórcio que
envolve apenas parceiros portugueses. O consórcio integra igualmente,
além do já referido INESC Porto, a
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o INTELI e o
Centro para a Excelência e Inovação.
Foodintech
e SAport chegam
ao mercado
www.oje.pt
Portivity recebe candidaturas
até 10 de Outubro
INDÚSTRIAS CRIATIVAS
A ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários recebe, até 10 de
Outubro, candidaturas ao Portivity,
uma nova competição multimédia
que visa premiar os melhores “short
films” sobre o Porto criativo.
Lançando o repto às comunidades
ligadas à produção audiovisual e às
artes digitais, a associação pretende,
através deste concurso, “reconhecer
vídeos que representem a dinâmica
das Indústrias Criativas no Norte do
país e no Porto em particular”.
“Uma Atitude de Moda”, “Lugares
de Arquitectura” e “A Cidade com Vida” são os motes das três categorias
do galardão. O montante global de
prémios é de 21 mil euros e a selecção dos vencedores conta o knowhow da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, parceira da
iniciativa.
Em comunicado, a ANJE explica
que “os vídeos devem ser a expressão
de uma cidade repleta de projectos e
espaços, onde a arte, o design, a tec-
nologia e o negócio se fundem de um
modo inovador”.
Em destaque estão as áreas-chave
das Indústrias Criativas que a ANJE
pretende promover no âmbito desta
acção do projecto Porto Show Time.
Numa altura em que os vídeos virais ultrapassam fronteiras e despertam atenções para as mais variadas
mensagens, o Portivity ambiciona
ainda captar em vídeo “as boas ideias
e o rasgo criativo da região Norte,
num registo inspirador, que possa espoletar um movimento de criatividade e inovação”.
Entre os destinatários principais da
competição encontram-se precisamente as novas gerações de criativos,
que vêem na multimédia uma forma
de expressão e de divulgação de novos conceitos, estéticas e projectos.
As candidaturas são individuais e,
não obstante o enfoque pretendido,
estão abertas a todos os cidadãos nacionais com mais de 18 anos, independentemente das actividades profissionais desempenhadas e dos percursos académicos efectuados.
APIDOLCE: Apicultura em modo de produção biológica em Macedo de Cavaleiros
A FOODINTECH e SAport, empresas
incubadas na Universidade Católica
do Porto desde 2008, anunciaram o
seu lançamento no mercado.
A FoodInTech desenvolve tecnologias de informação concebidas para
apoiar as empresas do sector agro-alimentar nas suas operações de transformação. Conta com um total de sete colaboradores e um volume de negócios superior a 150 mil euros.
A SAport emprega nove pessoas e
alcançou já um volume de negócios
de 120 mil euros, estando direccionada para a consultoria nas áreas da engenharia, qualidade e segurança alimentar também do sector agro-alimentar.
A Católica Porto possui, actualmente, 30 projectos incubados.
Pedro Nunes
obtém de selo
de qualidade BIC
INCUBADORA
Menina Design
reforça aposta
internacional
EXPORTAÇÕES
ANDRÉ VAZ, promotor da APIDOLCE, de Macedo de Cavaleiros, um dos vencedores do Prémio Empreendedor Sustentável da EDP
em 2010, aumentou, desde Abril, a sua exploração apícola e já se encontra a operar nos regimes de qualidade – Modo de Produção
Biológico e Denominação de Origem Protegida como factor de diferenciação. O apicultor produz mel mono floral característico da
Foto DR
região (rosmaninho e castanheiro) e prepara a introdução no mercado de méis de oliveira, carvalho e urze.
PME Investe na opção só juros
CONSULTORIA
EMPRÉSTIMOS
A VENTURA Hospitality Consulting
anunciou o lançamento de um novo
conceito de consultoria para a área da
hotelaria e restauração, o Hotel &
Restaurant Check-Up.
Apresentado com um serviço de
consultoria completo, o mesmo está
direccionado a pequenas e médias
empresas do ramo turístico que pretendem investir nesta área ou que necessitem de reestruturação.
EMPREEDEDORISMO
O MILLENNIUM bcp Microcrédito e o
Instituto da Segurança Social estabeleceram uma parceria que tem como
objectivo “identificar, estimular e
apoiar a capacidade de iniciativa e a
vocação empreendedora”, com vista
à criação de micro-empresas e autoemprego, no âmbito do Programa
Contratos Locais de Desenvolvimento
Social - CLDS.
Este programa tem por finalidade
promover a inclusão social dos cidadãos de forma multi-sectorial integrada, através de acções a executar
em parceria, com o objectivo de combater a pobreza persistente e a exclusão social em territórios deprimidos.
O programa aplica-se a todo o território nacional.
O INSTITUTO Pedro Nunes (IPN) acaba de obter o selo de qualidade de
BIC - Business Innovation Centre. Os
BIC são centros de apoio à criação de
empresas que seguem um modelo
europeu e estão integrados na EBN European Business & Innovation
Centres Network. A sua missão é
contribuir para a criação de novas
gerações de Pequenas e Médias
Empresas (PME) inovadoras e para o
desenvolvimento e modernização
das empresas existentes.
EMPREENDEDORISMO
Ventura
especializa-se
na hotelaria
BCP microcrédito
e Segurança
Social cooperam
OS PEQUENOS empresários vão poder
adiar o pagamento dos empréstimos
bancários durante um ano. A medida,
anunciada este mês, permite que todos os contratos de crédito contraídos
através do programa PME Investe
passem a pagar apenas os juros.
“Foi concedida a possibilidade de
as empresas beneficiárias do programa de financiamento PME Investe
verem adiado o pagamento do crédi-
to por doze meses. Durante esse período, as empresas pagam apenas juros, que serão renegociados para o
efeito”, explica a Teamvision, empresa de consultoria de gestão do grupo
Onebiz.
O objectivo da medida passa por
“apoiar as empresas na execução dos
seus projectos e o respeito dos seus
compromissos durante esta fase de
maior constrangimento económico
do mercado”.
O universo potencial de empresas
que venham a beneficiar desta medida é de 50 mil empresas, num volume máximo de 1850 milhões de euros. Restringido a medida ao universo de empresas beneficiárias cumpridoras de requisitos específicos, a concepção deste acordo exige uma pré
análise do pedido do promotor.
Os bancos confirmam a utilidade
da medida, mas não excluem a necessidade de aplicação de taxas de
spread superiores às praticadas até à
data.
A MENINA Design Group apresentou
esta semana, em Londres, a terceira
marca do sector casa – Brabbu -, reforçando a sua aposta na internacionalização.
A nova marca abrange peças de
mobiliário, estofo, iluminação, tapeçaria, arte e acessórios.
Salientando que este tem sido o
melhor ano de sempre da empresa, o
seu fundador e CEO, Amândio Pereira, revelou que a Boca do Lobo, primeira marca criada pela Menina Design Group, marcará presença, no final deste ano, em cerca de 50 pontos
de venda em todo o mundo, contando com cerca de 300 clientes.
“Duplicámos a oferta de produtos
da Delightfull (segunda marca) e preenchemos páginas de jornais e revistas especializadas internacionalmente”, acrescentou o gestor, que anunciou ter em desenvolvimento mais
dois projectos: uma marca produto
destinada às crianças e outra de mobiliário de exterior”.
Ficha Técnica
O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE,
O Mirante e Vida Económica
Director
Luís Pimenta
Editora-executiva
Helena Rua
Redacção
Almerinda Romeira
e Vítor Norinha
Fotografia
Victor Machado
Gestores de Contass
Alexandra Pinto – 217922096
Isabel Silva – 217 922 094
Arte
Carlos Hipólito
Director comercial
João Pereira – 217 922 088
[email protected]
Tiragem total
81 000 exemplares
www.oje.pt
PMEnews
XXXXXX-FEIRA
xx de xxxxx de 2011
III
PUB
Portugal precisa de
110 mil PME por ano
Da esq. p/ dta.: Luís
Barata, do núcleo de
Empreendedorismo
da SEDES, João
Salgueiro, Henrique
Neto e Luís Campos e
Foto/DR
Cunha
PORTUGAL precisa de 110 mil novas pequenas e médias empresas (PME) por
ano para que dentro de 20 anos atinja os mesmos níveis de crescimento da
União Europeia. Neste momento está a criar apenas 66 mil. Estes números
são avançados por Luís Barata, secretário-geral da SEDES, Associação para o
Desenvolvimento Económico e Social fundada por João Salgueiro e presidida por Luís Campos e Cunha, no livro “Portugal Entre Gerações” da jornalista do OJE, Almerinda Romeira, que entre vários temas aborda a Economia.
Luís Barata, licenciado em Gestão com carreira feita no sector bancário,
lembra que Portugal tem uma série de recursos únicos no mundo, a nível da
sua história, das suas paisagens, da sua gastronomia e das suas vinhas. Mas
está tudo desagregado, não há um fio que ligue estas suas múltiplas facetas…. “O turismo é, por tudo isso, um factor-chave do nosso desenvolvimento”, avança.
O responsável pelo núcleo de empreendedorismo da SEDES é de opinião
que ao lançar um negócio “devemos começar pequenos, devendo sempre
que possível recorrer a capitais próprios ou convidar parceiros com capacidade económica”. Como alternativa, acrescenta, temos o “microcrédito,
vocacionado para os pequenos negócios, visto que o crédito bancário exige
cada vez mais garantias e é cada vez mais escasso. O capital de risco, que se
tem desenvolvido muito em Portugal, os business angels, que representam
uma forma muito interessante de financiamento e de apoio/acompanhamento efectivo do negócio, a AlterNext da Euronext, que é bem a bolsa para
as PME, a meu ver, irá a curto prazo atrair muitos dos empresários a nível
nacional como fonte alternativa, funcional e eficaz de financiamento”.
Almerinda Romeira entrevistou 12 pessoas de seis faixas etárias diferentes e diferentes profissões. As conclusões apontam para grandes pontos de
convergência tanto no que se refere aos problemas e à sua origem como às
soluções apresentadas, conforme sublinhou na apresentação do livro na
Fundação de Serralves, no Porto, o fundador e chairmasn do BPI, Artur
Santos Silva.
O turismo é, de resto, apontado por praticamente todos os entrevistados
como um dos principais sectores de futuro. Artur Santos Silva salienta as
muitas condições que Portugal tem para oferecer, aponta como prioridade o
sector primário, de forma a “melhorar a capacidade de produção” e refere a
necessidade de requalificar cidades e de pensar a sério num turismo para a
terceira idade, como faz o estado norte- americano da Florida. A agricultura,
floresta, pescas, recursos naturais abandonados ou inexplorados, caso do
mar são, segundo o fundador do BPI, outras áreas em que se deve apostar.
No vinho, fruta e produtos frescos registam-se progressos, mas o País tem
ainda que aprender com a Itália e a Espanha.
“Não há estratégias na cultura nem no turismo, dois sectores por onde
poderia passar o futuro”, salienta a artista plástica Sofia Areal . “O turismo
será, na minha visão, o futuro não só de Portugal mas também da Europa.
As pessoas virão de todo o mundo conhecer o berço da civilização ocidental”, diz, acrescentando: ”O turismo é um sector importantíssimo para o
futuro de Portugal, mas há muito descuido, falta de cultura e caos em que
a falta de educação estética deita tudo a perder. Custa a entender e é inaceitável que não haja mais cuidado”.
Maria Perpétua Rocha, coordenadora da PASC – Plataforma Activa da
Sociedade Civil, diz que uma visão estratégica significa não trabalhar apenas
para a legislatura. “Temos estado sem direito ao futuro por essa incapacidade de visão a longo prazo”, salienta. Para esta médica, com vasta experiência em gestão empresarial no sector da saúde e um profundo envolvimento
nas organizações da sociedade civil “apostas claras e determinadas no desenvolvimento do potencial humano português, no mar e na consolidação do
espaço lusófono são alavancas para dar novo rumo à História de Portugal,
renovando a sua afirmação no mundo”.
IV
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
PMEnews
www.oje.pt
JOSÉ DE ALMEIDA MARTINS, DIRECTOR GERAL DA NET - NOVAS EMPRESAS E TECNOLOGIAS
“NÃO PREMIAMOS IDEIAS,
PREMIAMOS EMPRESAS QUE
SEJAM CRIADAS COM BASE
NESSAS IDEIAS”
O Director-Geral da NET evidencia as vantagens do programa de apoio ao empreendedorismo
de base tecnológica EIBTnet, revela as linhas gerais da iniciativa Softlanding de apoio à internacionalização e faz o balanço de um quarto de século da NET. Por Almerinda Romeira
Quantas empresas de base tecnológica foram
criadas com o apoio da NET – Novas Empresas
e Tecnologiass (Business Innovation Centre do
Porto) nos seus 25 anos de existência?
Desde a sua fundação em 1987, a NET – BIC
Porto apoiou a criação de 116 empresas inovadoras e, na sua grande maioria, de base tecnológica. Mas tão ou mais importante do que
criar empresas é criar empresas de sucesso, e a
taxa de sucesso das empresas criadas com o
apoio da NET é muito elevada face ao normal.
Estamos a falar de 93% ao fim de cinco anos,
quando o habitual é uma taxa que ronda os
50% ao fim de três anos. De forma a contribuir
para o factor sucesso, temos sempre o cuidado
de apoiar os empreendedores que nos contactam no sentido de avançarem com empresas
com elevado potencial de sucesso, para não se
gerarem falsas expectativas nos casos em que
se possa tratar de um projecto que à partida
não tenha viabilidade.
Estamos a falar de quantos empregos?
Relativamente à empregabilidade, uma vez que
temos empresas com 25 anos, existem situações em que as empresas criadas foram adquiridas por multinacionais, o que não nos permite avançar um número exacto dos empregos
gerados por todas essas empresas. Contudo, podemos tomar como base uma média de quatro
postos de trabalho no arranque das empresas e,
ao fim de algum tempo, consequência do crescimento, temos situações em que as empresas
integram aproximadamente 20 a 30 pessoas.
Estamos a falar de projectos com continuidade,
com grande potencial de crescimento em termos de negócio e de empregabilidade.
Quantas empresas estão actualmente incubadas na NET e quantas recorrem à incubação
virrtual?
Neste momento, temos 19 empresas incubadas
fisicamente, algumas a ocupar mais do que
um espaço e outras que se deslocaram para
um de maior dimensão, na sequência da evolução e crescimento do negócio. Em incubação
virtual estão actualmente cinco empresas.
O que é o programa EIBTnet, qual a sua duração e o que oferece às empresas?
O EIBTnet é um programa de apoio ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica,
financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte, o ON2 – O Novo Norte, que tem
como objectivos quer o apoio à criação de novas empresas, quer o apoio a empresas em early stage que reúnam características inovadoras
ou de base tecnológica. O programa decorre
até ao final de 2012 e oferece, não só aos empreendedores, mas também às empresas jovens, apoio na maturação do projecto, no desenvolvimento do plano de negócios, disponibilizando um espaço para pré-incubação desses projectos e apoio à criação da empresa e na
fase de crescimento, prestando serviços de
consultoria em termos de incubação de valor
acrescentado. É um programa no qual estamos
muito envolvidos e no qual depositamos grandes expectativas, precisamente porque se foca
em projectos de fortes características inovadoras e de base tecnológica, uma tipologia de projectos que a NET tem vindo acompanhar e de
que a Região Norte tanto necessita. Até ao momento, a resposta tem sido muito interessante.
Que inicia
ativas estão previstas lançar a curto
prazo?
No âmbito do EIBTnet, vamos continuar com
os consultórios de ideias, acções constantes para os empreendedores e vamos lançar, brevemente, o concurso de ideias e os seminários de
geração e maturação de ideias. Vamos ainda
promover jornadas temáticas de apoio ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica. Temos, aliás, já programada uma jornada
sobre internacionalização em que vamos apresentar e lançar um novo projecto, o Softlanding.
Pode explicar, em linhas gerais, no que consiste o concurso de ideias? Qual é o prazo de recepção de candidaturas?
Todos os concursos de ideias que a NET organiza visam a criação de empresas. Não premiamos ideias, premiamos empresas que sejam
PMEnews
www.oje.pt
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
V
PUB
criadas com base nessas ideias. O concurso divide-se em duas fases: uma primeira de recepção das candidaturas e avaliação das mesmas
no binómio ideia - promotor, em que os dez
melhores projectos usufruem do apoio da NET
para o desenvolvimento do plano de negócios,
e uma segunda em que serão seleccionados os
três melhores planos de negócio. As ideias e
projectos são avaliados e seleccionados por um
júri composto por entidades ligadas ao empreendedorismo, inovação e tecnologia e os prémios são atribuídos quando os projectos vencedores se transformarem em empresas. Só haverá três vencedores, mas existirão, com certeza, outros projectos com grande viabilidade de
se tornarem empresas.
A divulgação do Concurso de Ideias terá início em Outubro e o prazo limite previsto para
envio das candidaturas é o dia 30 de Dezembro
de 2011.
No que consiste o projecto Softlanding? Quando será lançado? Que objectivos visa atingir?
O Softlanding é uma iniciativa piloto da Associação Europeia de Business and Innovation
Centres, a EBN, que visa prestar apoio à internacionalização de empresas ou projectos. A
fase de arranque será de testes e o objectivo é
que esteja a funcionar em pleno a partir do
próximo ano. No fundo, temos um país, uma
região, um Business and Innovation Centre
(BIC) e uma empresa que necessita de apoio
noutro país, numa determinada região. O BIC
da respectiva região, tendo em conta as necessidades específicas da empresa, entrará em
contacto com o BIC da região de destino, que
prestará à empresa o apoio de que necessitar.
Não é um programa que se pretende de apoio
ao investimento no estrangeiro ou de apoio ao
investimento do estrangeiro em Portugal, mas
um programa que pretende funcionar de uma
forma biunívoca, no sentido de termos um
apoio à medida das necessidades que poderá
ser ao nível da avaliação de mercados, a nível
logístico, de consultoria, enfim, todo o apoio
de que a empresa necessitar para alcançar os
seus objectivos, num país que não o seu. No
caso de o país de destino em questão não ter
um BIC, apesar de existirem cerca de 200 BIC,
com forte incidência na Europa, a associação
vai servir-se de parcerias já bem institucionalizadas. A título de exemplo, temos a National
Business Incubation Association (NBIA) nos
gias muito relevantes que
gerariam ainda mais valor
se dessem origem a uma
empresa. O empreendedorismo por motivo e sem
motivação é também um
elevado factor de risco. Por
isso, é importante que os
promotores, sem qualquer
relutância, se rodeiem de
entidades que possam
ajudá-los a amadurecer o
seu projecto e a minimizar
os riscos, utilizando as ferramentas e metodologias
adequadas para que, quando avançarem, avancem
com uma base sólida, de
forma a alcançarem a taxa
de sucesso de que falámos
no início. É este o grande
apoio da NET. Não queremos apoiar mais um projecto, mas apoiar a criação
de uma empresa inovadora, de sucesso e geradora
de emprego. Esta é a cultura empreendedora de que
Portugal precisa.
Que programas tem a UE
de apoio ao empreendedorismo e que montantes envolvem?
O Programa - Quadro para
a Competitividade e Inovação 2007-2013 integra uma
linha de acção directamente relacionada com o incentivo ao empreendedorismo, que é o Programa de
Empreendedorismo e Inovação (PEI) e que apoia actividades que visam impulsionar a cultura empreendedora e criar melhores
condições para as PME que
actuem na União Europeia.
Mas, mais do que os programas da União Europeia,
porque a União Europeia é
um somatório de países e
os programas variam de
O EIBTnet é um programa de apoio ao empreendedorismo inovador e de base
tecnológica. O programa decorre até ao final de 2012 e oferece, não só aos
empreendedores, mas também às empresas jovens, apoio na maturação do
projecto, no desenvolvimento do plano de negócios, disponibilizando um
espaço para pré-incubação desses projectos, e apoio à criação da empresa
e na fase de crescimento, prestando serviços de consultoria em termos de
incubação de valor acrescentado.
EUA, o EU Project Innovation Centre (EUPIC)
na China, a Anprotec no Brasil, entre outras.
Os parceiros já estão bem definidos. Os objectivos do Softlanding passam fundamentalmente por facilitar de uma forma directa, com o
apoio dos agentes económicos da região através dos BIC, o processo pelo qual as empresas
país para país, em função
das necessidades de cada
um, seria interessante perceber de que forma os países canalizam os incentivos
e fundos europeus, nomeadamente o Fundo de Euro-
O Softlanding é uma iniciativa piloto da Associação Europeia de Business and
Innovation Centres, a EBN, que visa prestar apoio à internacionalização de
empresas ou projectos.
têm de passar num país estrangeiro, seja para
conhecer o mercado, para encontrar parceiros
e fornecedores e para recrutamento.
A construção de uma cultura empreendedora
forte em Portugal depende de quê? Quais são
os principais entraves?
A cultura empreendedora depende exactamente da eliminação desses entraves. Não há uma
forte cultura empreendedora em Portugal, não
tanto como poderia ou deveria existir. Os entraves começam na forte penalização do insucesso, o denominado estigma do insucesso.
Quando um projecto não corre bem penaliza o
promotor durante muito tempo, durante um
período indefinido. Frequentemente, também
a burocracia constitui um obstáculo e ainda há
procedimentos administrativos que não facilitam a criação das empresas e da empregabilidade. O próprio encerramento das empresas
muitas vezes não é fácil, ficando estas no mercado a criar situações que vão penalizar as outras que estão operacionais e de boa saúde. A
cultura empreendedora depende de haver incentivos não só financeiros, mas em termos de
carreira. Estou a lembrar-me dos investigadores que não têm incentivos para criar empresas porque não é significativo para a carreira,
quando, muitas vezes, desenvolvem tecnolo-
peu de Desenvolvimento
Regional (FEDER) para projectos relacionados com o
empreendedorismo. No caso de Portugal, através do
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN),
podemos falar de sistemas
de incentivos às empresas
como o SI Inovação, Sistema de Incentivos à Inovação, que enquadra uma linha de acção específica para o empreendedorismo
qualificado, e, ao nível regional, no caso particular
da Região Norte, do Programa Operacional Regional
do Norte (ON2) que contempla linhas de acção
para o empreendedorismo
tecnológico. Há sempre
programas de apoio ao empreendedorismo e à inovação. Todos os países têm
valores alocados em função
das necessidades, mas,
para um bom projecto, há
sempre financiamento.
VI
x
PMEnews
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
www.oje.pt
ALUGUER OPERACIONAL DE EQUIPAMENTO
O renting, mais conhecido no sector automóvel, tem vindo a ganhar terreno na informática e nos equipamentos de escritório, posicionando-se como a solução mais lógica para as pequenas e médias empresas nestes tempos de abrandamento económico. Conheça
a oferta da Futurdata e da Newrent e as soluções de financiamento para bens de baixo valor da Grenke Renting
Grenke Renting prevê aumentar financiamento às PME em 28% este ano
Em contra-ciclo com o mercado,
esta empresa especializada no renting para PME de baixo valor continua
a expandir a sua actividade em
Portugal, preparando-se para colocar
no mercado três novos produtos no
início do próximo ano.
A Grenke Renting tem o seu enfoque,
ou core business, no renting de
equipamentos de TIC de baixo valor
para PME. Ou seja, no renting de
pequenos projectos de investimento
em tecnologia de informação e comunicação, como é exemplo o financiamento de hardware (computadores,
fotocopiadoras, impressoras, servidores), software, sistemas de comunicações, segurança, entre outros
equipamentos tecnológicos. “Este é o
nicho de mercado que escolhemos e
a nossa principal vantagem competitiva”, salienta Rui Franco, Senior
Account Manager desta empresa
especializada no renting para PME
de baixo valor.
Qual é a estratégia da Grenke para o
mercado português?
Somos líderes e especialistas no renting para PME de baixo valor (desde
500 euros de financiamento), com o
know-how do grupo Grenkeleasing
AG com mais de 30 anos de experiência no mercado. E somos a única
empresa em Portugal com este posicionamento, sendo que não será
nossa estratégia diversificar a nossa
oferta, mas sim complementá-la.
No âmbito dessa estratégia, está
previsto o lançamento de novos produtos?
Sim. A Grenke lançará, já em Janeiro
de 2012, três novos produtos que
vão complementar a sua oferta de
renting. Destes três, destacamos a
cobrança por parte da Grenke, para
além das rendas do renting, do
serviço de manutenção dos equipamentos que é prestado pelo revendedor ao cliente, em vez de ser o
próprio revendedor a assumir respectiva cobrança à PME. Isto significa
que apenas uma entidade - a Grenke
- realizará o débito de serviços à
PME que resultam do projecto de
investimento financiado. Este serviço
irá, de acordo com a nossa experiên-
cia, ao encontro das necessidades de
revendedores e PME e potenciará
ainda mais o seu envolvimento com a
Grenke e a nossa qualidade de
serviço.
O segundo produto considera, caso
os mesmos equipamentos possuam
contador, a contabilização de consumo, a cobrança de cópias ao
locatário de máquinas fotocopiadoras. Exemplo: cópias excedentes às
que foram contratadas entre
revendedor e PME.
O terceiro produto encontra-se ainda
em fase de testes na nossa sede na
Alemanha.
Em seu entender, quais são as vantagens que o renting oferece a nível
da gestão financeira das PME?
Existem três vantagens principais e
muito objectivas do renting para a
gestão financeira das PME. Em
primeiro lugar, o incentivo à preservação da liquidez das empresas, ou
seja, o incentivo ao financiamento
faseado do investimento em equipamentos com prestações fixas e, consequentemente, com planeamento
total de custos futuros. Portanto,
pagamentos fixos e regulares (por
exemplo: mensais ou trimestrais), ao
invés de custos iniciais elevados de
investimento.
Em segundo lugar, o renting proporciona benefícios fiscais às PME. As
rendas liquidadas são integralmente
aceites como custo do exercício a
que respeitam com dedução a 100%
em sede de IRC. Assim sendo, o renting não interfere com linhas de crédito que, potencialmente, as PME
poderão vir a necessitar para as suas
actividades correntes e que produzem lucro.
Em terceiro lugar, o renting promove
a renovação e modernização dos
equipamentos. Promove a competitividade das PME num mercado em
permanente mudança, minimizando
o risco de obsolescência dos equipamentos, com benefícios para a sua
gestão financeira.
Quantos pedidos de financiamento
receberam nos primeiros meses
deste ano?
Recebemos semanalmente, nos três
escritórios da Grenke em Portugal
(Lisboa, Porto e Leira), em média,
250 pedidos de financiamento de
PME. Significa que, só em 2011,
foram cerca de nove mil as empresas
que solicitaram financiamento
através de renting à Grenke. Para a
dimensão e pouca maturidade do
mercado português neste tipo de ferramenta financeira, as expectativas
a curto e médio prazo são muito
optimistas.
Qual o número de contratos e o
montante dos financiamentos?
Temos actualmente 3020 contratos
de renting financiados que totalizam
21,2 milhões de euros, o que corresponde a uma média de valor de operação de 7 mil euros e o financiamento de mais de 80 contratos/semana,
sendo que a previsão de crescimento
no volume de financiamento para
este ano é de 28% face a 2010, ano
em que financiámos 24 milhões de
euros, crescimento muito significativo, atendendo à conjuntura actual e
falta de confiança existente entre
empresários e gestores de PME.
De referir igualmente o importante
crescimento registado no número de
revendedores de equipamentos
(agentes/integradores na área das
TIC) que colaboram em parceria com
a Grenke. No total, são 940 revendedores activos, mais 180 revendedores
activos face a igual período em 2010.
Em que medida as dificuldades
financeiras das PME estão a impulsionar o recurso ao renting?
Efectivamente, devido ao actual contexto de crise financeira, temos tido
uma maior procura de pedidos de
renting por parte das PME, o que
tem impulsionado o nosso crescimento. A dificuldade de acesso aos mercados financeiros por parte de bancos comerciais e instituições financeiras presentes em Portugal tem
condicionado a sua liquidez e a
injecção de financiamentos à economia e, consequentemente, diminuído
a capacidade destas instituições para
conceder crédito às PME.
De acordo com dados de Agosto
divulgados pelo Banco de Portugal, o
volume de empréstimos concedidos
Rui Franco
Senior Account Manager
pelas instituições financeiras
nacionais continua a diminuir. Foram
também maiores as restrições financeiras às empresas para as operações
de baixo valor, ou seja, nas operações
que são o nosso enfoque.
A Grenke encontra-se, portanto, em
contra-ciclo com o mercado. Temos a
vantagem de pertencer ao grupo
multinacional alemão Grenkeleasing
AG, um grupo independente de bancos, com solidez financeira e capacidade de liquidez para injectar na
economia.
Quais os trunfos com que contam
para crescer no mercado português?
Para além da crescente procura,
necessidade e dificuldade no acesso
ao crédito por parte das PME, que
representam mais de 99% do tecido
empresarial português e cerca de
60% do volume de negócios do País,
a Grenke beneficia também do facto
de o renting estar ainda pouco
dinamizado em Portugal. É esta a
nossa maior motivação na Grenke.
Informar o mercado, os revendedores
de equipamentos e os gestores das
PME em Portugal sobre os benefícios
do renting e a simplicidade de acesso
a este tipo de solução de financiamento. Por exemplo, na Grenke, num
processo que não utrapasse os 50
mil euros, a análise e resposta do
financiamento é dada, no limite, em
20 minutos sem burocracia. Esta
simplicidade operativa promove a
concretização de vendas dos
revendedores às PME e a realização
imediata dos projectos das respectivas PME. Em síntese, com estes procedimentos, estamos a criar valor
quer para os revendedores de equipamentos, bem como para as PME, que
vêem os seus projectos de investimento ou modernização de equipamentos tecnológicos concretizarem-se, melhorando a sua competitividade.
Futurdata disponibiliza oferta integrada para pequenas e médias empresas
Eduardo Gonçalves,
Director-Geral da Futurdata Informática
A Futurdata é uma empresa de tecnologias de informação fortemente direccionada para a prestação de serviços.
Criada em 2002 com o objectivo de
inovar na implementação de soluções
que permitam às empresas enfrentar a
rápida evolução do hardware e software num mundo empresarial cada
vez mais competitivo, propõe um serviço de renting que permite às empresas, sem grande investimento inicial,
manter o parque informático actualizado. No seguimento da parceria que
tem vindo a desenvolver com a OKI, a
Futurdata entrou no canal fidelizado
OKI Colour Partner, o que lhe permite
proporcionar soluções de impressão
mais competitivas aos seus clientes.
equipamentos de impressão. No
entanto, gostava de destacar a gama
Executive Series, cujos modelos associados ao programa Buy & Print
permitem que as empresas paguem
apenas o que imprimem. O modelo
ES5461MFP será talvez o que tem
mais potencial para PME, pois é uma
impressora multifunções laser a cores
com a combinação perfeita da
impressão, digitalização, cópia e fax.
Funcionalidades avançadas, tais como
os modos ECO e Deep Sleep, bem
como a impressão, digitalização e
cópia duplex (frente e verso) reduzem
o impacte no meio ambiente, o consumo de energia e os custos de funcionamento.
Quais são os equipamentos da OKI
com mais potencial para PME?
A OKI tem uma vasta gama de
Esses equipamentos agregam
serviços? Quais?
Toda a gama OKI Executive Series
tem associado um programa
de custo por página.
Este programa inclui sempre,
durante a vigência do contrato,
os serviços de garantia “on site”
na assistência ao equipamento
e do envio rápido e sem custos
de consumíveis.
Que vantagens oferece o renting a
nível da gestão financeira das PME?
As principais vantagens do renting
Futurdata para as PME são as
seguintes: vantagens fiscais
(prestações dedutíveis como
despesas operacionais); permite
manter a liquidez e as linhas
de crédito; financiamento a 100%
sem entrada inicial; prestações
mensais constantes e possibilidade
de incluir na prestação do renting
a manutenção dos equipamentos.
www.oje.pt
Com os negócios em ritmo lento, as pequenas e médias empresas (PME) estão a cortar no investimento em soluções e equipamentos tecnológicos, com amortização a
vários anos e um financiamento, que quase sempre obriga a uma entrada inicial em
função do valor total e prestações mensais subsequentes. A alternativa é o renting,
ou aluguer operacional, como também é designado, na medida em que dá às empresas a possibilidade de se manterem tecnologicamente actualizadas sem perderem
liquidez financeira. Transformar o investimento num serviço com pagamentos mensais fixos, dedutíveis no exercício fiscal parece, assim, estar a funcionar como
solução na aquisição de computadores de secretária, portáteis, impressoras,
multifunções e, de forma geral, todo o tipo de software.
Os equipamentos da Newrent
incluem manutenções
e seguros multi-riscos
Vasco Seco Rodrigues
Administrador da Newrent
- Aluguer de Equipamentos
No mercado desde o ano 2000, a Newrent orgulha-se de ter sido a
primeira empresa a dedicar-se exclusivamente à locação operacional
(renting) de equipamentos, nomeadamente mobiliário de escritório,
equipamentos de climatização e electrónica (imagem e gestão documental). A empresa proporciona, por esta via, um conceito “chave-na-mão”,
dando aos seus clientes a possibilidade de usufruírem da generalidade dos
equipamentos necessários para equipar os seus escritórios neste sistema.
Quais são os equipamentos da Newrent com mais potencial para PME?
À excepção da parte informática, trabalhamos com a generalidade dos
equipamentos de escritório necessários ao funcionamento das empresas:
do mobiliário à climatização, passando pelos multifunções de cópia e
equipamentos de imagem - projectores, LCD, etc, pelo que, sendo todos
eles essenciais, torna-se difícil eleger qual o que apresenta um maior
potencial.
Esses equipamentos agregam serviços? Se sim, quais?
Os equipamentos que locamos têm as manutenções incluídas (correctivas
para a generalidade e preventivas para a climatização e multifunções) e
os seguros multi-riscos. No fundo, o serviço prestado resume-se ao
fornecimento e manutenção dos equipamentos necessários ao funcionamento das empresas, equipamentos estes que, não fazendo parte do core
business dos nossos clientes, permite-lhes concentrar os recursos
humanos e financeiros disponíveis na sua actividade.
O renting, na nossa óptica, representa um conceito full service, em que
nos tornamos parceiros dos nossos clientes e que se inicia bem antes da
colocação dos equipamentos. Assim, a relação inicia-se no estudo e
selecção das melhores opções para, caso a caso, fazer face às necessidades, passando pela implementação da solução que, em conjunto, definimos e terminando na sua manutenção, garantindo, desta forma, a permanente adequacidade da mesma.
No seu entender, que vantagens oferece o renting a nível da gestão
financeira das PME?
São várias as vantagens ao nível da gestão financeira. Em primeiro lugar,
há que destacar a mais óbvia, que é o reduzido valor de renda mensal.
Contudo, merecem ainda realce a facilidade de planeamento ao nível de
tesouraria, na medida em que o valor das rendas mantém-se constante
ao longo do período contratual, a inexistência de investimento inicial,
a não afectação da capacidade de endividamento - vantagem crítica
em momentos conturbados como os que vivemos - o não ter de afectar
recursos com a gestão do imobilizado e a inexistência de surpresas
desagradáveis com reparações e manutenções, as quais representam,
normalmente, custos avultados.
PMEnews
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
VII
VIII
PMEnews
SEXTA-FEIRA
30 de Setembro de 2011
www.oje.pt
TECNOLOGIA OMNIFLOW
PREPARA ENTRADA NO MERCADO
Esta startup da área das energias renováveis prepara a sua entrada no sector eólico de micro-geração
em 2012 e estima chegar às grandes instalações off-shore em 2015. Por Almerinda Romeira
A
raiz da Omniflow foi lançada no âmbito do prémio de
inovação promovido pela
EDP e pelo milionário ingês
Richard Branson, em 2009. O projecto, apresentado pelo jovem engenheiro da FEUP (Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto) Pedro Ruão
consistia num dispositivo de geração
de energia eléctrica com um conceito
inovador, tendo sido um dos três finalistas do concurso.
Nessa altura, a ideia de negócio e o
próprio produto ainda se encontravam em estado embrionário, sendo
necessário mais algum tempo até ao
nascimento da empresa, em Janeiro
de 2010, ano em que foi distinguida
com uma Menção Honrosa no Prémio
Jovem Empreendedor da ANJE. Pedro
Ruão da Cunha, 32 anos, realizou os
primeiros testes num edifício de sete
andares em Vila Nova de Gaia e, desde
então, muito se evoluiu. Neste momento, refere o empreendedor, “já foram executados e testados vários pro-
BI
Data: Janeiro de 2010
Actividade: Produção e comercialização do dispositivo de produção de
energia eléctrica, Omniflow
Mercados: Entrada no sector Eólico
de micro-geração em 2012; Expansão
para as grandes instalações,
nomeadamente o off-shore em 2015
PUB
tótipos de pequena e grande escala do
produto e os resultados obtidos mostram claramente um futuro promissor”.
O grande trunfo está – sublinha no produto. “Estamos na presença de
uma turbina completamente diferente e inovadora que não obedece ao
mesmo balanço de massas que os dispositivos convencionais, sendo possível obter um rendimento superior,
para além de ter um funcionamento
notável em ambientes difíceis, como
o urbano, onde existem factores como
a turbulência, que impedem o correcto funcionamento dos actuais dispositivos”.
Além da componente técnica, o dispositivo Omniflow permite, segundo
Pedro Ruão, uma melhor integração
no ambiente, pois funde-se com a arquitectura dos edifícios e a paisagem
circundante.
bilizou-lhe a solução robótica para
que pudesse validar o trabalho de investigação com recurso à execução de
protótipos tanto de pequena como de
grande escala. A primeira unidade
instalada, um protótipo de três metros em material compósito, foi inteiramente fabricada com este processo
inovador, o qual foi também alvo de
pedido de patente.
Posteriormente, foram executados
mais ensaios em colaboração com a
EDP Inovação, empresa com a qual,
desde que venceu o prémio, Pedro
Ruão mantém uma relação de proximidade. Ao que nos diz o empreendedor, o financiamento foi garantido
por um investidor externo, para uma
fase de pré-produção já este ano e entrada em produção em 2012.
De acordo com o planeado, a entrada no sector eólico de micro-geração
internacional será feita em 2012, enquanto a expansão para as grandes
Pedro Ruão da Cunha
FINANCIAMENTO
A obtenção de financiamento foi a
etapa mais difícil para o arranque. Até
lá, a maior parte dos custos tiveram
de ser auto financiados, inclusive os
custos de propriedade industrial e todos os ensaios e protótipos. “É uma fase muito dura do processo em que
muitas vezes nos sentimos vulneráveis, desapoiados e questionamos se
realmente valerá a pena tanto empenho pessoal e financeiro”, salienta Pedro Ruão.
Em termos logísticos, o empreendedor contou com o apoio da empresa
onde trabalhava: a NORCAM disponi-
A obtenção de financiamento foi a etapa mais
difícil para o arranque.
Até lá, a maior parte
dos custos tiveram de
ser auto financiados,
inclusive os custos de
propriedade industrial
e todos os ensaios e
protótipos
instalações, nomeadamente o off-shore, deverá ocorrer em 2015.
A Omniflow, adianta Pedro Ruão,
prevê “um crescimento positivo tanto
a nível nacional como internacional,
dado que vai oferecer soluções competitivas num mercado com claros índices de expansão e crescimento motivado pelas metas ambientais traçadas
para 2020 pela União Europeia, das
quais se destacam a redução em 30%
das emissões de gases causadores do
efeito-estufa e também atingir uma
quota de 20% de energia proveniente
de fontes renováveis no consumo geral da comunidade”.
No primeiro ano de produção, a
Omniflow vai apostar na micro-geração, com potências até 10 kW, prevendo o aumento gradual deste valor,
perseguindo o objectivo de entrar no
mercado de instalação de dispositivos
de grande potência, como, por exemplo, instalações em terrenos montanhosos e parques off-shore.
CODE V: TECNOLOGIA DE SEGURANÇA INFORMÁTICA NASCE NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Uma tecnologia inovadora que permite detectar e corrigir, em tempo
útil, problemas de segurança em software, foi desenvolvida pela Dognaedis,
start up especialista em segurança de
informação formada por investigadores da Faculdade de Ciências
e Tecnologia da Universidade de
Coimbra.
Explicado de modo simples, o Code V
(código de verificação) é um “inspector-professor inteligente que detecta
problemas de segurança no software
em todas as suas fases de desenvolvimento, dispara alertas, produz
relatórios e dá instruções para a rápida correcção dos problemas identificados. Em suma, é um perito de segurança informática”, explica Francisco
Rente, investigador da Universidade
de Coimbra e Director Executivo da
Dognaedis.
Testado nos 40 maiores softwares
livres existentes no mercado,
nomeadamente em softwares utilizados pelos Estado, o Code V identificou
28 vulnerabilidades do tipo zero-dias,
isto é, problemas de segurança não
conhecidos até a data. Estas 28 vulnerabilidades serão divulgadas publicamente, mas de forma responsável,
garantindo que não são utilizadas
para fins maliciosos “antes de haver
um antídoto disponível”.
O que distingue o Code V, resultado
de dois anos de investigação, é o facto
de “ser um sistema que encara a
segurança informática como um
processo contínuo e holístico. Por isso,
está dotado de algoritmos inteligentes
que utilizam um elevadíssimo nível de
que desenvolvem software. Assim, e
considerando os custos de alguns
softwares dedicados, os clientes têm a
garantia de que estão a comprar um
programa do computador seguro.
conhecimento e lógica que permitem
detectar uma vasta gama de problemas como, por exemplo, violação de
bases de dados para fins criminosos,
intrusão nos sistemas de autenticação”, sustenta Francisco Rente.
Por outro lado, a solução tecnológica
desenvolvida em Coimbra fornece um
certificado de qualidade às empresas
Um maior controlo nas equipas
responsáveis pelo desenvolvimento de
software e um aumento significativo
na eficiência das empresas são outras
mais-valias do Code V, que está pronto a entrar no circuito comercial. Uma
versão simples da tecnologia vai ser
disponibilizada gratuitamente pela
Dognaedis.
Download

tecnológica portuguesa quidgest prepara entrada