ADRIANA DUQUE DE FREITAS REFLEXOS DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO EM EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA: O CASO DA INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA DA UFJF Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Orientadora: Profª. Mara Telles Salles, D.Sc. Niterói 2010 ADRIANA DUQUE DE FREITAS 2 ADRIANA DUQUE DE FREITAS REFLEXOS DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO EM EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA: O CASO DA INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA DA UFJF Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Aprovada em 16 de Março de 2010. BANCA EXAMINADORA: ___________________________________________ Profª. Mara Telles Salles, D.Sc. Universidade Federal Fluminense - UFF ___________________________________________ Prof. Sérgio José Mecena da Silva Filho, D.Sc. Universidade Federal Fluminense - UFF __________________________________________ Prof. José Humberto Viana Lima Júnior, D.Sc. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF 3 AGRADECIMENTOS Inicialmente agradeço a Deus pela força nos momentos difíceis da jornada. À minha orientadora Doutora Mara Telles Salles pela sabedoria e paciência ao conduzir este trabalho. Em especial ao meu esposo Diego, companheiro de todas as horas, pelo incentivo e força nos momentos de desânimo. Seu apoio foi fundamental! À minha “grande irmã” Raquel Ferreira de Sousa por ter tornado vários desses momentos tão agradáveis. A Flávia Ruback, minha referência para o trabalho dentro da incubadora, pela presteza e disponibilidade. Aos meus pais, Helena e Wilson, pela paciência nos momentos de ausência. Agradeço ao Jair Croce, professor “da faculdade ao mestrado”. Aos funcionários do LATEC pelo direcionamento e aos professores do mestrado que trouxeram à luz o conhecimento necessário para atingirmos tal objetivo. E, finalmente, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para o resultado deste trabalho. 4 RESUMO O Brasil é um país empreendedor por natureza. Anualmente a quantidade de micro e pequenas empresas fundadas em território nacional crescem em nível surpreendente, mas ao mesmo tempo, o que se percebe é um elevado número de mortalidade empresarial. Com o propósito de moldar as iniciativas empreendedoras, surgem as incubadoras de empresas, locais onde nascem, crescem e se desenvolvem pequenos negócios, normalmente ligadas às universidades, reconhecidas como geradoras de conhecimento e informações. Com o objetivo de analisar a contribuição da incubadora para a atuação de micros e pequenas empresas que passaram pelo processo de incubação foi realizado um estudo de caso em empresas oriundas da Incubadora de Base Tecnológica (IBT) ligada ao Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT) e pertencente a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Através de uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo, foram entrevistados os empresários incubados e graduados no período de 2003 a 2007, além do gestor da incubadora em exercício, gerando os principais cruzamentos de dados, resultantes do trabalho. Os resultados obtidos demonstram pontos relevantes para o sucesso das empresas e apontam aspectos que merecem uma atenção especial. Tais resultados servirão de parâmetros para novos empreendedores, possibilitando a análise sobre o processo de incubação, além de servir de referência para a melhoria no desempenho das empresas incubadas na IBT e da própria incubadora. Palavras-Chaves: Empreendedorismo. Micro e Pequenas Empresas. Incubadoras. 5 ABSTRACT Entrepreneurship is a natural characteristic of Brazil. The number of micro and small businesses started in the country grows significantly each year. On the other hand, a great amount of enterprises are closed down every year. Aimed at guiding entrepreneurial initiatives, enterprise incubators have been created, mainly inside universities, institutions which are recognized as reference centers for the generation and propagation of information and knowledge. Within such incubators, small businesses can be created and developed. In order to analyze the contribution of the incubator for the performance of micro and small businesses that have gone through the incubation process, a case study was carried out comprising companies from the Technology-Based Business Incubator (IBT), which is connected to the Regional Center for Innovation and Technology Transfer (CRITT) and belongs to the Federal University of Juiz de Fora (UFJF). By means of an exploratory qualitative research, respondents were incubated entrepreneurs and graduates from the 2003-2007 period, besides the acting manager of the incubator, generating major data intersections resulting from the study. The results demonstrate relevant points for the success of companies and point out aspects that deserve special attention. These results will provide the parameters for new entrepreneurs, enabling the analysis of the incubation process, and serve as a reference for improving the performance of IBT-incubated companies and the incubator itself. Keywords: Entrepreneurship. Micro and Small Businesses. Incubators. 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Evolução histórica das teorias administrativas .........................................24 Figura 2 – Fatores que influenciam no processo empreendedor.............................. 27 Figura 3 – O processo empreendedor........................................................................28 Figura 4 – Estrutura da pesquisa...............................................................................57 7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Taxa de Mortalidade de MPE no Brasil...................................................34 Gráfico 2 – Número de Incubadoras em Operação no Brasil, de 1988 a 2006..........40 Gráfico 3 – Incubadoras em Operação por região, de 1999 a 2006..........................41 Gráfico 4 – Tipos de Incubadoras em Operação no Brasil.........................................44 Gráfico 5 – Área de atuação das empresas incubadas..............................................44 Gráfico 6 – Serviços/ Infraestrutura oferecidos às incubadas....................................46 Gráfico 7 – Taxa de Sucesso de Empresas Graduadas............................................51 Gráfico 8 – Empresas graduadas que permanecem no mercado..............................60 Gráfico 9 – Empresas desligas durante o processo de incubação............................60 Gráfico 10 – Nível de formação dos entrevistados.....................................................65 Gráfico 11 – Tempo de Incubação.............................................................................66 Gráfico 12 – Processo de incubação..........................................................................67 Gráfico 13 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 20 e 12 ..........71 Gráfico 14 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 20 e 12........................................................................................................72 Gráfico 15 – Motivos para abertura da empresa........................................................73 Gráfico 16 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 16 e 16...........75 Gráfico 17 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 16 e 16 .......................................................................................................76 Gráfico 18 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 13 e 18...........78 Gráfico 19 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 13 e 18........................................................................................................79 Gráfico 20 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 13 e 18...........82 Gráfico 21 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 13 e 18........................................................................................................84 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Características dos Empreendedores de Sucesso.................................26 Quadro 2 – Fatores básicos para a inovação.............................................................30 Quadro 3 – Classificação de porte quanto ao faturamento........................................31 Quadro 4 – Classificação de porte quanto ao número de funcionários......................32 Quadro 5 – Infraestrutura e Serviços de uma Incubadora.........................................45 Quadro 6 – Processo de Incubação de Empresas.....................................................47 Quadro 7 – Empresas graduadas pelo IBT/ CRITT no período de 2003 a 2007.......55 Quadro 8 – Principais características das empresas pesquisadas............................64 Quadro 9 – Número de pessoas ocupadas................................................................68 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Variação percentual na massa de salários e rendimentos pagos, por porte de empresa e setor de atividade – 2002/1996 ...........................................18 Tabela 2 – Causas das dificuldades e razões para o fechamento das MPE.............34 Tabela 3 – Empresas ligadas ao IBT.........................................................................60 Tabela 4 – Motivos que levaram a buscar a incubadora............................................67 10 LISTA DE SIGLAS ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CRITT - Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia FAP - Fundação de Amparo à Pesquisa000 Finep - Financiadora de Estudos e Projetos GEM - Global Entrepreneurship Monitor IBT - Incubadora de Base Tecnológica MPE - Micro e Pequena Empresa MPMEs - Micro, Pequenas e Médias Empresas NIT - Núcleo de Inovação Tecnológica PIB - Produto Interno Bruto P&D - Pesquisa & Desenvolvimento PNI - Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sectes - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA......................................................................13 1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .....................................................16 1.3 OBJETIVO GERAL DA PESQUISA ....................................................................16 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PESQUISA ......................................................16 1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...........................................................................17 1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E JUSTIFICATIVA ...............................................18 1.7 QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS ............................................................19 1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO............................................................................20 2 EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E A MICRO E PEQUENA EMPRESA......22 2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..............................................................................22 2.2 EMPREENDEDORISMO.....................................................................................23 2.3 INOVAÇÃO .........................................................................................................28 2.4 MICRO E PEQUENA EMPRESA NO CONTEXTO BRASILEIRO ......................31 3 INCUBADORAS DE EMPRESAS..........................................................................36 3.1 SURGIMENTO E DEFINIÇÃO.............................................................................36 3.2 INCUBADORAS DE EMPRESAS NO BRASIL....................................................39 3.2.1 Classificação....................................................................................................41 3.2.2 Infraestrutura e serviços oferecidos.............................................................45 3.3 PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS..................................................47 3.3.1 Prospecção e seleção de empresas..............................................................48 3.3.2 Pré-Incubação..................................................................................................48 3.3.3 Incubação.........................................................................................................49 3.3.4 Graduação........................................................................................................50 3.4 TAXA DE SUCESSO DE EMPRESAS GRADUADAS.........................................50 3.5 INCUBADORAS DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA............................51 4 METODOLOGIA DE PESQUISA ...........................................................................52 4.1 CONCEITO E TIPOS DE PESQUISA .................................................................52 12 4.2 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA ..........................................................54 4.3 COLETA DE DADOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS ...................................55 4.4 DELINEAMENTO DA PESQUISA........................................................................56 5 RESULTADOS DA PESQUISA .............................................................................58 5.1 IBT – INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA................................................59 5.2 EMPRESAS ORIUNDAS DA INCUBADORA IBT NO PERÍODO DE 2003 A 2007...............................................................................................................62 5.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS PESQUISADAS.............64 5.4 PESSOAS OCUPADAS NO PERÍODO DE INCUBAÇÃO..................................68 5.5 ANÁLISE DAS QUESTÕES QUE ENVOLVEM INFORMAÇÕES OBTIDAS NA INCUBADORA E NAS EMPRESAS INCUBADAS.....................................................69 5.5.1 Análise das questões que envolvem aspectos relativos ao processo de incubação..................................................................................................................69 5.5.2 Análise das questões que envolvem aspectos relativos às práticas empreendedoras e inovadoras...............................................................................72 5.5.3 Análise das questões que envolvem aspectos relativos à contribuição da incubadora para atuação da empresa....................................................................76 5.5.4 Análise das questões que envolvem aspectos relativos à sobrevivência no mercado...............................................................................................................80 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................85 6.1 DESTAQUES DA PESQUISA..............................................................................87 6.2 CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO..................................................87 6.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS...................................................87 REFERÊNCIAS..........................................................................................................89 APÊNDICE 1 – INSTRUMENTO DE PESQUISA – QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AO IBT/CRITT............................................................................................................96 APÊNDICE 2 – INSTRUMENTO DE PESQUISA – QUESTIONÁRIO DIRECIONADO ÀS EMPRESAS ORIUNDAS DO IBT/CRITT..........................................................103 ANEXO 1 – FOLDER IBT/ CRITT/ UFJF.................................................................112 13 1 INTRODUÇÃO Inicialmente são abordados os aspectos introdutórios da pesquisa, destacando a contextualização do tema, a situação problema, os objetivos - geral e específicos, a delimitação da pesquisa, a importância do estudo e sua justificativa, as questões a serem respondidas e, por fim, a organização do estudo. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA As grandes transformações do mundo atual, como a globalização, os avanços científicos e tecnológicos, o aumento significativo no número de micros e pequenas empresas formam pontos relevantes de estudo. Neste contexto, surge o papel do empreendedor como agente de mudança e transformação, sendo considerado o motor da economia. Conforme Hisrich e Peters (2004), empreendedor é o indivíduo que se arrisca e dá início a algo novo, combinando recursos, trabalho, materiais e outras características para transformar o valor de algo maior que antes. É importante destacar que existem várias definições sobre o conceito de empreendedorismo aplicadas a diversas áreas, no entanto, todas com noções semelhantes. Aqui consideraremos a seguinte definição: Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal (HISRICH e PETERS, 2004, p. 29). O empreendedorismo vem ganhando destaque num cenário de crescimento constante que inclui a oferta de cursos universitários, seminários e debates acerca do tema, além do interesse de autoridades governamentais. Sua importância é evidente no que tange à competitividade e produtividade de uma micro e pequena empresa. Tudo isso é consequência do aumento da participação desse tipo de empreendimento na economia mundial mesmo que com altos índices de mortalidade empresarial (HISRICH e PETERS, 2004). 14 De acordo com a última pesquisa internacional realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) no ano 2007, consolidando-se como o principal painel sobre empreendedorismo no Brasil e no mundo, conforme relatório apresentado no site institucional do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o País vem se firmando como altamente empreendedor, seja por identificação de uma oportunidade ou pela necessidade de sobrevivência. Por outro lado, a pesquisa apresenta ainda o comportamento de outra variável essencial à compreensão do empreendedorismo no Brasil: a descontinuidade dos negócios, que relata o percentual de empresas que foram encerradas ou interrompidas por entrevistados nos doze meses anteriores à entrevista. E os índices apresentados, embora menores que nas últimas pesquisas, ainda são significativos (Pesquisa GEM, 2007). Em outro estudo denominado “Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas no Brasil” realizado pelo SEBRAE, 2004, são avaliadas empresas no Estado de Minas Gerais com apresentação de dados alarmantes que mostram, em empresas constituídas na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais nos anos de 2002, 2001 e 2000, uma taxa de mortalidade de 45% para aquelas com até 2 (dois) anos de existência, 50% em estabelecimentos com até 3 (três) anos e, ainda, 47,4% das empresas não permanecem no mercado além de 4 (quatro) anos, tendo como motivos principais a falta de capital de giro e a elevada carga tributária. É fato que os países que centram seus modelos econômicos na criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento de empresas alcançam um nível de geração de riquezas sustentável (CASTILLO, 2006). As condições essenciais para o alcance do desenvolvimento empresarial nas economias modernas se baseiam na gestão do conhecimento como elemento estratégico e que permite alcançar uma melhor competitividade das empresas (RUBIANO e DOMÍNGUEZ, 2007). Na visão de Silva (2004), as micros e pequenas empresas têm demonstrado flexibilidade para se organizarem em arranjos1 com o intuito de alcançarem competitividade. 1 Constituem aglomerados de agentes econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, que apresentam vínculos consistentes de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais. 15 Amato Neto (2000) contribui ao afirmar que as relações intra e interempresas, particularmente aquelas envolvendo micros e pequenas empresas, são uma tendência da economia moderna. São a partir desses arranjos empresariais que se produzem trocas de experiência de forma contínua entre os agentes envolvidos com o intuito de se desenvolver a tecnologia e consequentemente as empresas (VENCE DEZA, 2007). Nesse cenário, surgem as incubadoras de empresas “que, além de incentivar o desenvolvimento de negócios de micro e pequeno porte, buscam capacitar os empreendedores na gestão do empreendimento” (BAETA, 2004, p.6). [...] O surgimento das incubadoras de empresas foi um grande avanço em relação aos programas voltados para o desenvolvimento do empreendedorismo inovador. Na medida em que oferecem estrutura física, acesso a informações, formação de redes de contatos e outros benefícios, contribuem imensamente para o desenvolvimento de novos negócios (Pesquisa GEM, 2006, p. 168). Normalmente ligadas às universidades ou institutos de pesquisa, as incubadoras foram criadas para dar suporte aos pequenos empreendimentos, além de contribuir para a formação de empreendedores inovadores. No ano de 2006, o Brasil já contava com 359 incubadoras em operação, com grande concentração nas regiões sul e sudeste e apresentava um crescimento em torno de 20% em comparação com o ano anterior. Em cinco anos o movimento cresceu mais de 300% ( ANPROTEC, 2006). Hisrich e Peters (2004) dizem que o tema empreendedorismo está intimamente relacionado à inovação que, por sua vez, remete-se à inovação tecnológica, considerada o diferencial do desenvolvimento econômico mundial. Para Dornelas (2005), talento empreendedor, somado à tecnologia, a capital e know-how geram negócios de sucesso. A capacidade inovadora de um país depende muito da harmonia existente entre as entidades que gerenciam e transferem o conhecimento tecnológico nas empresas, como as Incubadoras, os Centros Tecnológicos, as Universidades, os Centros de Formação Intelectual e a política de financiamento da pesquisa, quer sejam públicos ou privados. O desenvolvimento socioeconômico de um país tem no processo inovador a base para a sua evolução (FORNIELES, 2007). 16 Sendo assim, o presente trabalho visa analisar a contribuição de uma incubadora para empresas oriundas desse processo, tomando como ponto de partida o estudo de caso de uma incubadora de base tecnológica localizada em uma universidade. 1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA O presente estudo visa responder à seguinte questão de pesquisa: Como uma Incubadora de Base Tecnológica contribui para a atuação das micros e pequenas empresas que passaram por esse processo de incubação? Apesar de inúmeros dados sobre a finalidade e importância de uma incubadora de base tecnológica, o problema vinculado à pesquisa está diretamente relacionado à percepção dos empreendedores ou gestores de empresas oriundas desse processo, visando esclarecer essa contribuição sob o ponto de vista de quem vivenciou um processo de incubação. 1.3 OBJETIVO GERAL DA PESQUISA Investigar a contribuição da incubadora para a atuação de micros e pequenas empresas que passaram por esse processo de incubação. 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PESQUISA Levantar as expectativas das empresas incubadas com relação ao processo, especialmente no que tange ao momento anterior à incubação e ao atingimento dessas expectativas. 17 Analisar a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras. Verificar o que as Incubadoras de Base Tecnológica fornecem às Micros e Pequenas Empresas. Analisar se a incerteza, em termos de sobrevivência, está sendo minimizada pelo processo de incubação. 1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA O presente estudo tem como foco as empresas graduadas no período de 2003 a 2007 pela Incubadora de Base Tecnológica (IBT) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Para tanto, fixou-se também atenção na própria incubadora estudada, bem como em sua estrutura e em seus processos, uma vez que poderiam apresentar características que influenciariam no modelo de incubação. O estudo ficou restrito às relações existentes entre incubadora e incubada, especificamente, às relações internas, que formaram a base de sustentação para o trabalho ora proposto. As empresas desligadas do processo nesse mesmo período não são alvos de pesquisa, pois formam a base para um novo enfoque de estudo. Outras incubadoras também não foram estudadas pela questão de conveniência e tempo. As razões pela escolha das empresas objeto deste estudo fazem-se em função de: 1º - Formarem um nicho de mercado que gera grande interesse de estudo por parte do pesquisador – micros e pequenas empresas. 2º - Estarem ligadas a uma importante instituição de ensino superior e que, por tradição, apóia a pesquisa. 3º - Constituírem o interesse da incubadora pela pesquisa, agregando informações e ampliando os seus objetivos. 18 1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E JUSTIFICATIVA Um dos principais pilares de sustentação da economia brasileira são as micros e pequenas empresas. Estudos elaborados anualmente pelo SEBRAE comprovam que micros e pequenas empresas são responsáveis não só pela geração de empregos, como também por um montante significativo do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Dados apresentados no Boletim Estatístico de Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2005) apontam um crescimento neste segmento que, em 2002, responderam por 57,2 % dos empregos totais e por 26,0% da massa salarial, o que representa um aumento no número de empregos gerados, refletindo incremento na massa salarial, conforme apresenta tabela 1 abaixo. Tabela 1 – Variação percentual na massa de salários e rendimentos pagos, por porte de empresa e setor de atividade – 2002/1996 Fonte: Boletim Estatístico de Micros e Pequenas Empresas (2005, p.21). Micro Pequena Média Grande Total (%) 2002 / 1996 2002 / 1996 2002 / 1996 2002 / 1996 2002 / 1996 Indústria 50,1 27,2 - 0,4 - 9,7 - 0,9 Construção 18,8 18,3 12,3 - 0,7 9,5 Comércio 78,1 50,3 2,1 0,1 26,8 Serviços 52,2 43,1 33,4 13,0 19,7 Total 57,3 37,9 7,6 3,2 12,2 De acordo com Pazos (2007), “as pequenas e médias empresas são um dos pilares das economias modernas devido a sua grande capacidade de geração de riquezas e emprego”. Mas esses mesmos estudos mostram também a elevada taxa de mortalidade desse tipo de empreendimento além da pouca competitividade no cenário globalizado. 19 Neste cenário, surgem como elementos importantes, as incubadoras de empresas, que buscam lapidar as idéias e ambições do empresário a fim de prepará-los para o mercado. O Ministério de Ciência e Tecnologia, em sua página institucional na internet, disponibiliza o PNI (Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos). O programa serve como suporte a empreendimentos residentes em incubadoras e parques tecnológicos, justificando que o processo de incubação é um dos mais eficazes mecanismos de constituição de empresas sólidas. São apresentados dados estatísticos de empresas americanas e européias, demonstrando que a taxa de mortalidade das empresas nascidas em incubadoras é reduzida de 70% para 20%. De acordo com pesquisa realizada em 2006, pela ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), no Brasil, a taxa de mortalidade é semelhante a essas, o que será apresentado detalhadamente no item 3.4. Diante do exposto, um estudo que dê tratamento especial à questão da incubação de empresas e o consequente auxílio que as incubadoras prestam aos empreendedores no desenvolvimento da produtividade e da competitividade é de extrema relevância. Este mesmo estudo servirá de parâmetro para novos empreendedores, permitindo uma análise sobre o processo de incubação, além de apresentar resultados relevantes para a perenidade das empresas. Permitirá ainda detectar os pontos positivos e negativos do processo de incubação utilizado pelo IBT. Espera-se que os resultados apresentados por esta pesquisa sirvam de parâmetro para a melhoria no desempenho das empresas incubadas no IBT/UFJF e da própria incubadora. 1.7 QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS 1. O que as empresas oriundas do IBT/CRITT esperavam do processo de incubação e o que foi obtido? 20 2. Qual a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras? 3. Como o processo de incubação contribui para a atuação de micros e pequenas empresas? 4. Qual a contribuição da incubadora para a diminuição do índice de mortalidade de micros e pequenas empresas? 1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO Visando uma melhor explanação do tema e a otimização dos resultados, esta dissertação apresenta-se da seguinte forma: No capítulo introdutório, conforme visto, apresenta-se os principais aspectos concernentes à presente pesquisa, como: a contextualização do tema, a formulação da situação problema, os objetivos e a delimitação da pesquisa, a importância do estudo e justificativa e as questões a serem respondidas. No segundo e terceiro capítulos, é demonstrada uma revisão da literatura acerca das principais abordagens e assuntos tratados nesta investigação, como forma de apresentar uma base conceitual adequada às necessidades do trabalho. Será tratado o tema empreendedorismo e a inovação como fator de diferenciação, a Micro e Pequena Empresa e sua importância no contexto brasileiro, além do surgimento das incubadoras de empresas, oriundas de iniciativas empreendedoras. Também é dada ênfase à Incubadora de Base Tecnológica, que destaca a tecnologia envolvida no processo. No quarto capítulo, delineia-se a metodologia empregada nesta pesquisa, buscando-se uma completa coerência com as técnicas de pesquisa divulgadas pela literatura pertinente. O quinto capítulo abordará sucintamente a atuação de uma Incubadora de Base Tecnológica, a caracterização da 21 incubadora IBT/CRITT, um breve relato das empresas oriundas do IBT no período de 2003 a 2007 e a pesquisa empírica com os resultados, a análise dos dados, a interpretação e a discussão dos resultados obtidos. No sexto capítulo, recomendações serão quanto registradas à as aplicabilidade conclusões e e possíveis desdobramentos do estudo. Na última parte, encontram-se as referências bibliográficas que deram suporte ao desenvolvimento da presente dissertação. 22 2 EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E A MICRO E PEQUENA EMPRESA Vislumbrando os objetivos deste estudo, a revisão da literatura irá abordar os seguintes aspectos teóricos: numa primeira etapa, será tratada a questão do empreendedorismo e da inovação e o surgimento de novas empresas, especialmente micros e pequenas empresas além, é claro, de sua importância no cenário econômico. A etapa seguinte dará ênfase às incubadoras de empresas, bem como ao seu papel de desenvolvimento social e apoio ao empreendedor. Por fim, trata-se especialmente das incubadoras de base tecnológica, tendo a inovação e a tecnologia como ferramentas de diferenciação no ambiente empresarial. 2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Ações eventuais ou sistêmicas que visam estimular o comportamento empreendedor, com foco na criação e manutenção de negócios ou empresas, surgem com mais intensidade, dentre elas pólos, parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Cada uma com objetivos específicos, porém todas com uma meta única: sobrevivência e competitividade da micro e pequena empresa. Nesse ambiente, cresce significativamente no Brasil o movimento das incubadoras de empresas. Na liderança, encontra-se a ANPROTEC, entidade que dá suporte às iniciativas na área. Responsáveis pelo fomento, destacam-se algumas entidades: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Sebrae e o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) através do PNI (Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos). No processo de incubação, são consideradas as estruturações lógicas dos programas que compreendem estímulo à cultura empreendedora e estímulo ao surgimento de novos negócios, ou seja, busca-se uma formatação dos processos tanto de criação quanto de estruturação da empresa com o objetivo de auxiliar o empreendedor. O detalhamento das atividades empresariais, conectadas com o 23 planejamento dos programas institucionais, é crucial para o sucesso dos negócios envolvidos nesse processo (TONHOLO e PIRES, 2005). Qualitativamente, percebe-se a influência que as incubadoras exercem sobre o desenvolvimento das regiões e locais onde são instaladas. Segundo Lahorgue (2004, p. 93), “elas contribuem para a modificação das formas de pensar e agir, em favor do avanço econômico, valorizando a cultura empreendedora e aproveitando as ideias inovadoras surgidas no âmbito dos institutos de ensino e pesquisa”. No decorrer dos capítulos seguintes, o que se pretende é apresentar teoricamente a importância do desenvolvimento empresarial baseado nas questões do empreendedorismo e na inovação, tutelados por uma estrutura administrativa profissional que possibilite o aumento da competitividade e produtividade das micros e pequenas empresas. 2.2 EMPREENDEDORISMO Hisrich e Peters (2004) afirmam que existe um crescente interesse mundial nos empreendedores. Esse interesse passa pela identificação de quem são os empreendedores e vai até em quais os impactos estes causam em uma economia. Castilho (2006) corrobora esse argumento ao afirmar que o interesse no estudo do empreendedorismo passa pela importância que este assunto tem no desenvolvimento social e econômico de qualquer nação. A comunidade mundial vive um momento de convergência a respeito das virtudes e da indispensabilidade da livre iniciativa. O que se percebe são discursos que enfatizam o papel do empreendedor como novo foco de atenção dos teóricos (DEGEN, 1989). Segundo Bulgacov (1999, p.47), as pessoas, independentemente do seu país, estão escolhendo sistemas econômicos baseados em pequenos negócios altamente produtivos. Ele ainda justifica o mencionado em razão de que “o 24 ressurgimento do espírito empreendedor é um dos movimentos mais importantes da história recente da administração”. De acordo com Dornelas (2005, p.22), “o momento atual pode ser chamado como a era do empreendedorismo”. A figura 1 demonstra a evolução histórica das teorias administrativas exemplificando tal fato. 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Movimento de racionalização do trabalho: foco na gerência administrativa Movimento das relações humanas foco nos processos Movimento do funcionalismo estrutural: foco na gerência por objetivos Movimento dos sistemas abertos: foco no planejamento estratégico Movimento das contigências ambientais: foco na competitividade Observações: Movimento: refere-se ao movimento que predominou no período Foco: refere-se aos conceitos administrativos predominantes Não se tem um movimento predominante, mas há cada vez mais o foco no papel do empreendedor como gerador de riqueza para a sociedade Figura 1 – Evolução histórica das teorias administrativas Fonte: Adaptado de Dornelas (2005, p.23) O conceito de empreendedorismo vem sendo muito difundido no Brasil. A difusão desse assunto se deve às constantes modificações na economia nacional bem como às imposições advindas do fenômeno da globalização que, aliada à busca pela competitividade da pequena e média empresa, gera constantes inovações e a necessidade de um espaço propício para seu desenvolvimento e sustentação no mercado (DORNELAS, 2005). Dolabela (1999, p. 43) afirma que “o empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para designar os 25 estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação”. Cantillon (2002) identificou o empreendedor como alguém que exerce a mesma atividade de outrem mais de forma diferente, criando um diferencial no produto ou na forma de atendimento. Jean Baptiste Say (1983, p. 120), diz: O que fazem os empreendedores? Eles usam sua indústria (ou seu trabalho) para organizar e dirigir os fatores de produção, de forma a atender as necessidades humanas. No entanto, eles não são apenas dirigentes. São também planejadores, avaliadores de projetos e tomadores de riscos. (...) O sucesso empresarial não apenas é almejado pelo indivíduo, mas também essencial para a sociedade. Um país com muitos comerciantes, fabricantes e agricultores inteligentes tem maiores possibilidades de alcançar a prosperidade do que um outro que se dedique principalmente à busca das artes e das ciências. Say (1983) contribuiu para o pensamento econômico ao enfatizar o empreendedorismo como o quarto fator de produção, junto com os fatores mais tradicionais: terra, trabalho e capital. Dornelas (2005, p. 21) afirma que “os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.” Para Dolabela (1999, p. 68), “o empreendedor é alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que vai fazer, ele leva em conta seus sonhos, desejos, preferências, o estilo de vida que quer ter. Dessa forma, consegue dedicar-se intensamente, já que seu trabalho se confunde com o prazer”. É fato que hoje uma sociedade com mercado livre é capaz de produzir mais riqueza. Mas há uma condição primordial para que isso aconteça, uma característica sem a qual o mercado mais livre pode se tornar o menos aproveitado de todos: gente. Sem pessoas capazes de criar e aproveitar oportunidades, melhorar processos e inventar negócios, de pouco adiantaria ter o mercado mais livre do mundo. Dornelas (2003, p.5) corrobora essa afirmativa ao dizer: 26 O principal ativo das empresas atuais são as pessoas. E isso não é um modismo ou apenas um discurso vago. Trata-se de observar o que vem ocorrendo nos mercados mundiais e buscar respostas para tais acontecimentos (…). A era dos negócios baseados no conhecimento tem trazido surpresas para grandes conglomerados, acostumados a agir sempre da mesma forma, tratando os clientes da mesma maneira, achando que o sucesso do passado garantirá o sucesso no presente e, pior ainda, no futuro. O empreendedorismo é utilizado para abarcar as atividades das pessoas que se dedicam a gerar riquezas, quer seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, quer seja na melhora de processos existentes (DOLABELA, 1999). Segundo Degen (1989), o empreendedor tem a necessidade de fazer coisas novas, de alcançar um objetivo, colocando em prática ideias próprias ou reformuladas; características de personalidade estas que não são encontradas facilmente nas pessoas. Além das características intrínsecas ao papel do administrador, o empreendedor de sucesso deve somar suas habilidades pessoais, além de alguns atributos extras. O quadro 1 apresenta as características dos empreendedores de sucesso (DORNELAS, 2005). CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR São Visionários São independentes e constroem o próprio destino Sabem tomar decisões Riqueza é consequência do trabalho São indivíduos que fazem a diferença São líderes e formadores de equipes Exploram ao máximo as oportunidades São bem relacionados São determinados e dinâmicos Acima de tudo, planejam São dedicados Possuem conhecimento São otimistas e apaixonados pelo que Assumem riscos calculados fazem Criam valor para a sociedade Quadro 1 – Características dos Empreendedores de Sucesso Fonte: Adaptado de Dornelas (2005, p. 33). É a composição desses fatores que transformam uma pessoa normal em empreendedor e, dessa maneira, vem a contribuir de forma ativa para o desenvolvimento econômico de um país (MAXIMIANO, 2006). Somados às características pessoais, alguns outros fatores são determinantes para o processo empreendedor, tais como: fatores externos, 27 ambientais e sociais. Tudo isso leva ao crescimento e surgimento de novas empresas. A figura 2 demonstra alguns dos fatores influenciadores (DORNELAS, 2005). Fatores Pessoais assumir riscos insatisfação com o trabalho ser demitido educação idade Fatores Pessoais realização pessoal assumir riscos valores pessoais educação experiência INOVAÇÃO Fatores Sociológicos networking equipes influência dos pais família modelos (pessoas) de sucesso EVENTO INICIAL IMPLEMENTAÇÃO Ambiente competição recursos incubadoras políticas públicas Ambiente oportunidade criatividade modelos (pessoas) de sucesso Fatores Pessoais empreendedor líder gerente visão Fatores Organizacionais equipe estratégia estrutura cultura produtos CRESCIMENTO Ambiente competidores clientes fornecedores investidores bancos advogados recursos políticas públicas Figura 2 – Fatores que influenciam no processo empreendedor Fonte: Adaptado de Dornelas (2005, p. 41). Uma vez identificados os fatores que influenciam o processo empreendedor, Dornelas (2005) apresenta as fases desse mesmo processo, conforme ilustra a figura 3. A predisposição para identificar oportunidades é fundamental para quem deseja empreender em alguma atividade. As pessoas estão expostas, diariamente, a dezenas de empreendimentos e cabe ao empreendedor vislumbrar as possibilidades de negócios oriundas dessas oportunidades. Uma vez identificada a oportunidade, e estando esta aliada ao perfil do empreendedor, é fundamental a análise de sua viabilidade para detectar as possibilidades de lucro no empreendimento; é nesse momento que surge a necessidade de confecção de um plano de negócios. 28 Identificar e Avaliar as Oportunidades Criação e abrangência da op ortunid ade Valores pe rce bidos e reais da op ortunida de Risco s e reto rnos da op ortunid ade Oport unidade versus habilidades e meta s pessoais Situação dos competidores Desenvolver o Plano de Negócios De termina r e Captar os R ecursos Necessári os Gerenciar a Empresa Criada Sumário Executivo O Conceito do Negócio Equipe de Gestão Mercado e Competidores Marketing e Vendas Estrutura e Operaçã o Análise Estraté gica Plan o Fina nceiro Anexos Re cursos pessoais Re cursos de amigos e parentes Angels Ca pitalismo de risco Bancos Governos Incubadoras Estilo de gestã o Fatores críticos de sucesso Identificar problem as atuais e potencia is Implementar um sistema de controle Pro fissionalizar a gestão Entrar em novos mercados Figura 3 – O processo empreendedor Fonte: Adaptado de Dornelas (2005, p.43). A elaboração do plano de negócios consiste em uma etapa complexa à medida que ela estabelece todo o planejamento do negócio, destacando os pontos relativos ao desenvolvimento da oportunidade e ainda elencando os recursos necessários. Uma vez identificados os recursos necessários, deve-se analisar as melhores formas de captar tais recursos. É importante frisar que, diferentemente de tempos passados, as formas de captação financeira também se desenvolveram e, hoje, é possível buscar não só no mercado financeiro tradicional recursos para esses investimentos, mas também por meio de investidores de risco, parceiros de negócios, dentre outros. Sem desconsiderar os recursos próprios fundamentais numa etapa inicial. Por fim, uma etapa de extrema importância é o gerenciamento da empresa criada, que deve levar em consideração o modelo de gestão, as formas de controle e a profissionalização do negócio como um todo. O reconhecimento da importância de se promoverem as condições ideais para o desenvolvimento do empreendedorismo vem sendo incorporado no âmbito das políticas de desenvolvimento e de ampliação da competitividade, mobilizando esforços para incrementar a dinâmica e a capacidade empreendedora local, particularmente, de empresas iniciantes. 2.3 INOVAÇÃO “A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor” (DRUCKER, 2005, p. 39). 29 Schumpeter (1964) desenvolveu a teoria da "destruição criativa", que sustenta que o sistema capitalista progride por revolucionar constantemente sua estrutura econômica: novas firmas, novas tecnologias e novos produtos substituem constantemente os antigos. Como a inovação acontece “aos trancos e barrancos”, a economia capitalista está, de forma natural e saudável, sujeita a ciclos de crescimento e implosão. A inovação precisa de recompensa, daí a economia dinâmica permitir enormes lucros ao inovador. A produção exclusiva temporária é a forma de a natureza permitir que os inovadores ganhem com suas invenções. A desigualdade de curto prazo é o preço do progresso no longo prazo (SCHUMPETER, 1964). Hirisch e Peters (2004) consideram a inovação como a responsável pelo crescimento econômico e social de uma nação. Segundo Dornelas (2002), um fator básico para o desenvolvimento econômico é a inovação e, quando se usa o termo inovação, é natural que se remeta ao termo inovação tecnológica, o que é o objetivo das empresas de base tecnológica. As inovações, segundo Hirisch e Peters (2004), são classificadas em: Inovações comuns: produtos novos, mas que possuem pouca ou nenhuma mudança tecnológica. Inovações incrementais: novos produtos com algumas alterações tecnológicas. Inovações tecnológicas: em que se percebe uma significativa alteração tecnológica na criação de novos produtos. Outro fator importante é a inovação social. É por meio da mudança cultural e comportamental de uma sociedade, ou de um grupo de pessoas, que se possibilita o surgimento de oportunidades para o novo, para o diferente. A inovação sistemática, tanto no aspecto tecnológico quanto no comportamental, é o que possibilitará ao empreendedor visualizar maneiras de se diferenciar e contribuir para a evolução econômica e social de um país (DRUCKER, 2005). Schwartz (2003) afirma que existem quatro fatores básicos que preparam o caminho para grandes avanços na área de ciência e tecnologia. O quadro abaixo exemplifica esses fatores. 30 FATORES Emergência de anomalias científicas Desenvolvimento de novos instrumentos Comunicação rápida Cultura política e econômica CARACTERÍSTICAS Discrepâncias e paradoxos nos antigos modelos científicos, revelados quando novos fatos vêm à tona. Surgimento de novas ferramentas e instrumentos que possibilitam o desenvolvimento de novos produtos. A facilidade no acesso a novas pesquisas e o maior contato com cientistas Políticas que valorizem a evolução tecnológica e recompensem as pessoas pelo esforço. Quadro 2 – Fatores básicos para a inovação Fonte: Adaptado de Schwartz (2003, p. 170 - 175). O desenvolvimento de novas tecnologias e sua difusão universal impõe um novo padrão de mudança institucional e de acúmulo de conhecimento (FREEMAN, 2000). Para Mytelka (1999), a competição baseada na inovação derruba, a cada dia, barreiras tradicionais de comércio e investimento. É nesse contexto que pequenas empresas competem buscando, antes de tudo, assegurar sua sobrevivência. De acordo com Gagnon e Toulouse (1996), cabe observar também que as MPEs (Micros e Pequenas Empresas) podem não ter consciência dos possíveis ganhos de competitividade trazidos pelas inovações. A maioria dessas empresas gera ou adota inovações apenas quando elas percebem claramente as oportunidades de negócio ligadas à inovação ou então porque estão sob pressão de clientes e/ou fornecedores. Aranha (2002) afirma que as inovações são geradas em três ambientes, a saber, nos centros de pesquisa das empresas, no meio acadêmico-científico e em ambientes nos quais a dimensão científica e a empresarial interagem. Mas, independentemente do local onde a inovação surge, o que se percebe é um distanciamento entre a geração do conhecimento e sua aplicação prática. É nesse ponto, a fim de auxiliar os empreendimentos inovadores, que as incubadoras de base tecnológica devem agir. 31 2.4 MICRO E PEQUENA EMPRESA NO CONTEXTO BRASILEIRO As MPMEs (Micros, Pequenas e Médias empresas) vêm sendo há muito tempo alvo de atenção de analistas econômicos devido ao seu potencial de geração de renda e de emprego. É ainda um dos principais pilares de sustentação da economia brasileira, quer pela sua enorme capacidade geradora de empregos, quer pelo infindável número de estabelecimentos desconcentrados geograficamente (ROVERE, 2001). As dificuldades de definição do conceito de MPMEs e o peso do setor informal na economia brasileira levam a diferentes visões sobre a importância dessas empresas na economia do país. O SEBRAE, por meio do Estatuto da Micro e Pequena Empresa, de 1999, estabelece dois parâmetros para a classificação: o primeiro baseado no faturamento da empresa, conforme demonstra o quadro 3, e o segundo baseado no número de empregados, de acordo com o quadro 4, ambos demonstrados a seguir. Porte Microempresa Empresa de Pequeno Porte Faturamento Receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14 Receita bruta anual superior a R$ 433.755,14 e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00 Quadro 3 – Classificação de porte quanto ao faturamento Fonte: Adaptado de SEBRAE (2008) Em termos estatísticos, conforme apresentado no Boletim Estatístico de Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2005), esse segmento empresarial representou, em 2002, 99,2% do total de estabelecimentos, responsáveis por 52,8% dos empregos. Dessa forma, a importância das MPMEs tanto para a economia quanto para a geração de emprego no Brasil é evidente. 32 Porte Microempresa Número de Empregados Na indústria e construção: até 19 funcionários No comércio e serviços: até 09 funcionários. Empresa de Pequeno Porte Na indústria e construção: de 20 a 99 funcionários No comércio e serviços: de 10 a 49 funcionários. Empresa de Médio Porte Na indústria e construção: de 100 a 499 funcionários No comércio e serviços: de 50 a 99 funcionários. Empresa de Grande Porte Na indústria e construção: acima de 499 funcionários No comércio e serviços: acima de 99 funcionários. Quadro 4 – Classificação de porte quanto ao número de funcionários Fonte: Adaptado de SEBRAE (2008) Diferentes fatores contribuem para a crescente participação desse tipo de empresa na economia brasileira: O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) mostra, por meio do estudo “Apoio do Sistema BNDES às micros, pequenas e médias empresas”, que parte da proliferação dos pequenos empreendimentos é resultado da globalização, já que este fenômeno exige que as grandes empresas, ao buscarem uma maior eficiência, terceirizem as atividades de apoio ao negócio principal. Segundo a mesma pesquisa divulgada pelo BNDES, outro fator importante na elevação do número de pequenos negócios é a criação de estruturas flexíveis que permitem responder melhor e mais rapidamente às crises econômicas. Além de exigência da modernidade, que requer empresas mais enxutas, menores e com maior índice de produtividade. De acordo com pesquisa divulgada pelo GEM no ano de 2007, o Brasil se aproximou mais dos principais países empreendedores do mundo, passando da 10ª para a 9ª colocação. A pesquisa do GEM (2007) enfatiza as razões que levam a verificar as iniciativas empreendedoras, tanto por oportunidade quanto por necessidade. Entende-se por empreendedorismo por oportunidade as iniciativas ligadas a oportunidades de negócio e ao espírito empreendedor. Já o empreendedorismo por necessidade está ligado à falta de opções no mercado de trabalho. No Brasil, o número de empreendedorismo por oportunidade atinge a casa de 57% da população dos empreendedores iniciais e os empreendedores por 33 necessidade representam 43%. Portanto, percebe-se que, no Brasil, para cada indivíduo que empreende por oportunidade, existe outro que empreende por necessidade. A pesquisa mostra que boa parte dos empreendedores por necessidade é compelida à informalidade. Além disso, questões como a falta de financiamento e o pouco preparo educacional, tanto em relação ao ensino escolar, quanto em relação ao conhecimento administrativo, influenciam na longevidade dos negócios. Quanto mais alto o índice de escolaridade, maior o tempo de vida da empresa. Entretanto, ressalta-se que, se for um negócio informal, mesmo que se tenha estudado, as garantias de sucesso são muito reduzidas. Outro fator importante constatado em MPMEs é a baixa capacitação gerencial decorrente do fato de que essas empresas são formadas, em sua maioria, por familiares. Além disso, o tamanho reduzido das empresas faz com que seus proprietários/administradores tenham um horizonte de planejamento de curto prazo, ficando presos num círculo vicioso em que a resolução de problemas diários impede a definição de estratégias de longo prazo e de inovação. Essa baixa capacitação é responsável também pelas dificuldades que MPMEs têm em conquistar novos mercados (VOS, KEIZER e HALMAN,1998). Diante dos dados apresentados, percebe-se que o pequeno empresário atua normalmente de forma amadora e sem qualquer tipo de planejamento, o que reflete no alto índice de mortalidade desses negócios, conforme demonstra o gráfico 1 a seguir. As limitações ao desenvolvimento da MPEMs apontadas são agravadas quando essas empresas se encontram isoladas no mercado em vez de estarem em redes de empresas. Muitos fatores, como a globalização e os paradigmas tecnológicos, têm tornado o ambiente empresarial turbulento, especialmente para Micros e Pequenas Empresas. Nesse cenário, as MPEMs buscam formas de sobrevivência às características de seu porte específico (CEZARINO, 2005). 34 Taxa de Mortalidade de Micro e Pequena Empresa no Brasil (2003 - 2005) 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 35,9% 31,3% 22,0% 2003 (Fundada há 3 anos) 2004 (Fundada há 2 anos) 2005 (Fundada há 1 ano) 0,0% Encerramento Em Atividade Gráfico 1 – Taxa de Mortalidade de MPE no Brasil Fonte: Adaptado de SEBRAE – Fatores Condicionantes da Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil (2007, p. 14) De acordo com a mesma pesquisa, as causas dos fechamentos das empresas estão intimamente relacionadas a falhas gerenciais, causas econômicas, logística operacional e questões legais, como são apresentadas na tabela 2 abaixo. Tabela 2 – Causas das dificuldades e razões para o fechamento das MPE Fonte: Adaptado de SEBRAE – Fatores Condicionantes da Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil (2004, p. 11) Causas das dificuldades e razões para o fechamento das empresas Percentual de Categorias Ranking Dificuldades / Razões Empresários que Responderam 1º Falta de capital de giro 42% Falhas 3º Problemas financeiros 21% Gerenciais 8º Ponto / local inadequado 8% 9º Falta de conhecimentos gerenciais 7% 2º Falta de clientes 25% Causas Econômicas 4º Maus pagadores 16% Conjunturais 6º Recessão econômica do país 14% Logística 12º Instalações inadequadas 3% Operacional 11º Falta de mão de obra qualificada 5% 5º Falta de crédito bancário 14% Políticas Públicas e 10º Problemas com a fiscalização 6% arcabouço 13º Carga tributária elevada 1% legal 7º Outra razão 14% OBS: A pergunta admitia respostas múltiplas Segundo CANIELS e ROMIJN (2003), um dos principais achados das MPEMs (Micro, Pequenas e Médias Empresas) é que sua competitividade pode ser 35 acrescida da participação em aglomerações de firmas engajadas em atividades similares e até mesmo complementares. Passaremos a seguir a tratar as incubadoras de empresas e suas especificidades. 36 3 INCUBADORAS DE EMPRESAS 3.1 SUGIMENTO E DEFINIÇÃO Os fatos indicam que o surgimento das incubadoras está relacionado com o surgimento dos parques tecnológicos, cujos primeiros conceitos são da década de 30 (IMASATO, 2005 apud LALKAKA e BISHOP, 1998). ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Investimentos de Tecnologias Avançadas) e SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em seu Glossário dinâmico de termos na área de Tecnópolis, Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas (2002, p. 80), conceituam parque tecnológico como: (a) Complexo industrial de base científico-tecnológica planejado, de caráter formal, concentrado e cooperativo, que agrega empresas cuja produção se baseia em pesquisa tecnológica desenvolvida nos centros P&D vinculados ao Parque; (b) empreendimento promotor da cultura e inovação, da competitividade, do aumento da capacitação empresarial fundamentado na transferência de conhecimento e tecnologia, com o objetivo de incrementar a produção de riqueza. Conforme apresentado no PNI, no site institucional do MCT (Ministério da Cultura e Tecnologia), 2008, os parques tecnológicos revelaram-se como importantes mecanismos no processo de inovação tecnológica, em especial por terem a capacidade de promover o desenvolvimento de empresas a partir de ideias e tecnologias geradas em instituições de ensino e pesquisa em parceria com seus profissionais, ou oriundas de incubadoras de empresas e de empresas que estavam fora desse contexto e resolveram se atualizar tecnologicamente de forma mais rápida, buscando melhorar sua competitividade. O PNI relata ainda que a principal diferença entre um distrito industrial e um parque tecnológico é que este não constitui apenas uma área física, onde diversas empresas são instaladas, mas em um ambiente de forte integração entre universidades e instituições de pesquisa. Já os parques tecnológicos se diferenciam das incubadoras por estas apresentarem mecanismos de sustentação às empresas nascentes (IMASATO, 2006). 37 Dentro desse contexto, o surgimento das incubadoras de empresas apresenta uma forte relação entre instituições de ensino e pesquisa, onde são formados os recursos humanos e produzido o conhecimento científico, instituições governamentais e o setor produtivo, onde se dá a transformação do conhecimento em riqueza (ANPROTEC, 2008). Os programas de incubação de empresas surgiram no final da década de 50 nos Estados Unidos. Esses programas tiveram sua origem em três movimentos diferentes e que se desenvolveram simultaneamente, os programas de empreendedorismo, os de investimento em empresas de tecnologia e os de condomínios de empresas (ARANHA, 2002). A família Mancuso, em 1959, compradora de um grande galpão na cidade de Nova Iorque, decide dividir esse galpão e alugá-lo a várias pequenas empresas. Incluídos nesse aluguel estaria à disposição das empresas uma estrutura básica comum a todas. Dentre as primeiras empresas a se hospedar nesse empreendimento se encontrava um aviário, o que acabou conferindo ao prédio o apelido de “incubadora” (ADKINS, 2002). Lahorgue (2004) afirma que o movimento de incubadoras de empresas surge no Vale do Silício, Califórnia, também na década de 50, derivado da parceria entre Universidades, centros de pesquisas locais e iniciativa privada. Baeta (1997) afirma que, As incubadoras americanas originaram-se de iniciativas de empreendedores privados ou de grupos de investidores, interessados em transferir a novos empreendedores sua experiência e conhecimentos. Com essa finalidade, criaram ambientes de incubação, de modo a propiciarem às empresas nascentes o sucesso da comercialização e da inovação tecnológica. De acordo com a National Business Incubation Association (NBIA, 2008), a maior agência de desenvolvimento do empreendedorismo e de incubadoras de empresas do mundo, o movimento de incubação só ganhou destaque a partir de meados dos anos 80. No início dessa década, havia apenas 12 incubadoras em território norte-americano, em 2002, esse número saltava para o patamar de 900 incubadoras em operação. A instalação das incubadoras próximas a centros de excelência em pesquisa gerou um ambiente propício ao desenvolvimento de novas tecnologias. O sucesso nesse processo de instalação só foi possível devido ao envolvimento e 38 incentivo do Governo, das Universidades e da Indústria. Essa cooperação contribuiu de forma efetiva para a proliferação de empresas de ponta nas áreas de computação, comunicação e eletrônica (STAINSACK, 2003). Para Lalkaka (2002), as iniciativas de estudantes universitários de Stanford, como Hewlett e Packard, dentre outros, corrobora a constatação do sucesso desse modelo de associação. É a partir da experiência norte-americana que muitas práticas nessa área foram transmitidas para os países em desenvolvimento. O PNI do Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal (MCT, 2003) define incubadoras de empresas como: Um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micros e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais e que, além disso, facilita e agiliza o processo de inovação tecnológica nas micros e pequenas empresas. Para tanto, conta com um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micros e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e facilidades. Aranha (2002) afirma que as incubadoras de empresas são ambientes onde as dimensões científicas e empresariais se misturam. Na realidade, a principal função dessa junção é criar um elo entre o pensamento acadêmico-científico com a aplicação empresarial. Dessa forma, leva-se à sociedade o resultado dessa união que são novos processos, novos produtos e novos serviços. Outro fator destacado é o importante papel que as incubadoras desempenham na região em que estão inseridas, que é a de incentivadoras do desenvolvimento socioeconômico e cultural. As incubadoras de empresas são locais onde nascem, crescem e desenvolvem-se pequenos negócios, normalmente de base tecnológica (que têm no conhecimento seu principal insumo de produção), assistidos por uma infraestrutura comum e, por vezes com a presença de uma Universidade, de forma a transformar ideias em produtos, serviços e processos (WOLFFENBÜTTEL, 2001). São também formas de unir tecnologia, capital e know how para alavancar o talento empreendedor e acelerar o desenvolvimento de novas empresas (GRIMALDI; GRANDI, 2003). 39 Segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Investimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC, 2008): Uma incubadora de empresas é um ambiente flexível e encorajador onde é oferecida uma série de facilidades para o surgimento e crescimento de novos empreendimentos. Além da assessoria na gestão técnica e empresarial da empresa, a incubadora oferece a infraestrutura e serviços compartilhados necessários para o desenvolvimento do novo negócio, como espaço físico, salas de reunião, telefone, fax, acesso à Internet, suporte em informática, entre outros. Dessa forma, as incubadoras de empresas geridas por órgãos governamentais, universidades, associações empresariais e fundações, são canalizadoras do processo de desenvolvimento e consolidação de empreendimentos inovadores no mercado competitivo. Uma incubadora de empresas é um mecanismo de aceleração do desenvolvimento de empreendimentos mediante um regime de negócios, serviços e suporte técnico compartilhado, além de orientação prática e profissional. O principal objetivo de uma incubadora deve ser a produção de empresas de sucesso, em constante desenvolvimento, financeiramente viáveis e competitivas em seu mercado (DORNELAS, 2002). 3.2 INCUBADORAS DE EMPRESAS NO BRASIL O movimento de incubadoras de empresas teve o seu início no Brasil na década de 80. Em 1987, foi criada a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC), que passou a representar as entidades gestoras de incubadoras de empresas, pólos e parques tecnológicos. A ANPROTEC passou a representar não só as incubadoras de empresas, mas todo e qualquer empreendimento que utilizasse o processo de incubação para gerar inovação no Brasil. Segundo a ANPROTEC, as primeiras incubadoras surgiram por iniciativa do então presidente do CNPq, através do professor Lynaldo Cavalcanti, onde cinco fundações tecnológicas foram criadas, Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). 40 Da iniciativa conhecida como PNI, resultou a primeira incubadora brasileira, criada em São Carlos (SP) sob o nome de Fundação Parqtec – São Carlos, inaugurada em 1984, com quatro empresas instaladas. A expansão das incubadoras no Brasil vem ocorrendo a taxas expressivas, o que só é comparado ao crescimento verificado nos Estados Unidos na década de 80 e que já coloca o Brasil como o terceiro país no mundo em números de incubadoras, segundo pesquisa divulgada anualmente pela ANPROTEC (2002). O gráfico a seguir demonstra que o número de incubadoras de empresas no Brasil se elevou de 38 para 359, entre 1996 e 2006. Número de Incubadoras em Operação no Brasil 400 359 339 350 283 300 250 207 183 200 135 150 150 100 100 60 4 7 27 10 12 13 19 1990 1991 2 1989 50 74 38 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1988 0 Gráfico 2 – Número de Incubadoras em Operação no Brasil, de 1988 a 2006. Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA 2006 (p. 1) Geograficamente distribuídas por estados e regiões brasileiras, as incubadoras apresentam uma forte concentração nas regiões Sul e Sudeste, com 127 incubadoras cada, representando juntas 70% do total de incubadoras existentes no país, conforme demonstrado no gráfico 3 a seguir. A ANPROTEC, no XVII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras, realizado em 2007, divulgou balanços mostrando números e vantagens 41 do setor, entre eles o número de 400 incubadoras no país, 55 parques em fase de projeto, implantação ou operação, seis mil empresas incubadas, graduadas e associadas, dois mil postos de trabalho no gerenciamento das incubadoras, 24 mil empregos diretos nas empresas incubadas. Incubadoras em Operação por Região 1999 - 2006 Região Sul Região Norte 120 120 90 90 60 30 84 2 3 4 6 1999 2000 2001 2002 2003 9 14 14 2004 2005 2006 127 2004 2005 2006 120 127 2005 2006 29 30 0 0 1999 2000 Região Nordeste 2001 2002 2003 Região Sudeste 120 120 90 56 60 30 123 60 50 60 8 123 96 90 63 37 13 19 21 23 24 1999 2000 2001 2002 2003 92 55 62 1999 2000 63 71 2002 2003 64 60 30 0 0 2004 2005 2006 2001 2004 Região Centro Oeste 120 90 60 30 1 1 1 7 8 1999 2000 2001 2002 2003 22 26 28 2004 2005 2006 0 Gráfico 3 – Incubadoras em Operação por região, de 1999 a 2006. Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA 2006 (p. 2) Trataremos a seguir da classificação das incubadoras no Brasil. 3.2.1 Classificação Podemos classificar as incubadoras seguindo os seguintes critérios: instituições líder, objetivo estratégico, localização, modelo operacional, razão do empreendimento e foco (ARANHA, 2003). 42 Segundo o mesmo autor, o que define mais claramente o tipo de incubadora é o seu foco. De acordo com o foco, pode representar diversas dimensões de uma incubadora, por exemplo, o mercado-alvo (mídia, comunicações) a área geográfica (ciências da vida) ou o estágio de desenvolvimentos das empresas incubadas nas quais a incubadora tem seu foco (idéia, semente, crescimento). Quanto ao foco de atuação das incubadoras, Aranha (2003) as classifica como sendo tradicionais, mistas, tecnológicas, culturais, sociais, agroindustriais, serviços e target2. Para Guimarães e Salomão (2006, p. 20), “o foco, portanto, é a dinamização de diferentes nichos para o desenvolvimento de caráter nãoexcludente. Para tanto trabalham em seu processo de incubação com métodos adaptados às necessidades de seu público alvo”. Para fins deste trabalho, utilizaremos a classificação da ANPROTEC e SEBRAE (2002, p. 60-61), segundo a qual as incubadoras podem ser de dez tipos, dependendo do tipo de empresa que abriga: Incubadora Agroindustrial: organização que abriga empreendimentos de produtos e serviços agropecuários, com vistas a facilitar o processo de empresariamento e inovação tecnológica. Incubadora Cultural: organização que abriga empreendimentos na área da cultura, com vistas a promover o processo de empresariamento de produtos e serviços culturais. Incubadora de Artes: organização que objetiva apoiar pessoas criativas e empreendedoras que pretendam desenvolver negócio inovador na área de artes. Incubadora de Cooperativa: incubadora que apoia cooperativas em processo de formação e/ou consolidação instaladas dentro ou fora do município. Estrutura que apresenta características tanto das incubadoras tradicionais como do processo de incubação à distância com o objetivo de criação de trabalho e renda. Incubadora de Empresas de Base Tecnológica: É a incubadora que abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas e 2 São aquelas incubadoras em que o foco algumas vezes pode ser mais específico do que o foco já definido, podendo, neste caso, trabalhar em nichos específicos. 43 nos quais a tecnologia representa alto valor agregado. Abriga empreendimentos na área de informática, biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais. Distingue-se da incubadora de empresas setoriais tradicionais por abrigar exclusivamente empreendimentos oriundos de pesquisa. Incubadora de Empresas dos Setores Tradicionais: organização que abriga empresas ligadas aos setores tradicionais da economia, as quais detêm tecnologia largamente difundida e querem agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços por meio de um incremento no nível tecnológico que empregam. Deve estar comprometida com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias. Incubadora Mista: organização que abriga ao mesmo tempo empresas de base tecnológica e de setores tradicionais. Incubadora Setorial: organização que abriga empreendimentos de apenas um setor da economia. Incubadora Social: organização que abriga empreendimentos oriundos de projetos sociais, ligados aos setores tradicionais, cujo conhecimento é de domínio público e que atendem à demanda de criação de empregos e renda e melhoria das condições de vida da comunidade. Os objetivos da incubadora devem estar alinhados com os objetivos do programa do desenvolvimento local. Incubadora Virtual: organização que se estabelece, via internet, conta com amplo banco de dados e informática, com vistas a estimular novos negócios. De acordo com estatísticas da ANPROTEC, através da pesquisa Panorama 2005, que vem se consolidando a cada ano, a grande maioria das incubadoras incentiva a criação de empreendimentos ligados ao desenvolvimento de novas tecnologias, de empreendimentos mistos e tradicionais no Brasil. Do total, 40% das incubadoras são de Base Tecnológica, 23%, Mistas e 18%, Tradicionais, conforme demonstrado no gráfico 4 a seguir. 44 Incubadoras em Operaçao - Foco no Tipo 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 40% 23% Base Tecnológica 18% Mista Tradicional 7% 5% 4% 3% Serviços Agroindustrial Social Cultural Gráfico 4 – Tipos de Incubadoras em Operação no Brasil Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA (2005, P.6) O gráfico 5 reafirma essa orientação ao apresentar as áreas de atuação das empresas incubadas, tendo como base 1341 empresas incubadas de um universo de 2114. Empresas Incubadas por Área de Atuação Confecções 3% Couro 3% Alimentos 4% Telecomunicações 4% Design 4% Biotecnologia 5% Mecânica 5% 6% Química 11% Internet 14% Eletroeletrônica 16% Outras 25% Software / Informática 0% 5% 10% 15% 20% Gráfico 5 – Área de atuação das empresas incubadas Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA (2004, p. 7) 25% 45 Para que o processo de incubação seja satisfatório é necessário ainda que a incubadora tenha infraestrutura adequada e que os serviços oferecidos dêem suporte às expectativas das incubadas. 3.2.2 Infraestrutura e serviços oferecidos Com relação ao conjunto de serviços e recursos de infraestrutura, cada incubadora deve oferecer uma gama deles, conforme suas especificidades, levando em consideração as características dos empreendimentos aos quais pretende auxiliar, além de atuar em parceria com outras organizações como empresas de consultoria, universidades e institutos de pesquisa, o que é ilustrado no quadro 5 a seguir. No entanto, nem sempre isso acontece. Fiates (2005, p. 48) reforça essa afirmativa ao dizer que “muitas vezes as incubadoras oferecem um conjunto de serviços e implementam uma infraestrutura que não atendem à demanda dos empreendedores e não contribuem para gerar resultados relevantes”. Infraestrutura e Serviços de uma Incubadora Infraestrutura Serviços Espaço Físico, Salas, Laboratórios, Ambientes para Reuniões e Eventos Portfólio de Serviços Programas de Suporte Estratégico e Gerencial Programa de Suporte Tecnológico Serviços de Suporte Operacional Quadro 5 – Infraestrutura e Serviços de uma Incubadora Fonte: Adaptado de Fiates (2005, p. 50) Ainda segundo Fiates (2005, p. 48), “um portfólio de serviços diversificado e de qualidade e uma infraestrutura moderna e completa, certamente constituem um bom começo para que a incubadora tenha uma boa aceitação junto aos empreendedores e possa cumprir a sua missão de gerar empresas inovadoras e competitivas”. 46 O gráfico 6 apresenta a distribuição de serviços e infraestrutura oferecidos aos empreendimentos incubados, segundo pesquisa da ANPROTEC, Panorama 2003, que teve como base 144 incubadoras. Percebe-se ainda que a incubadora procura oferecer um leque de Serviços / Infraestruturas Oferecidos Restaurante 31% 37% Show -Room Outros 39% Apoio para Exportação 41% Laboratórios Especializados 51% 67% Assistência Jurídica Apoio em Propriedade Intelectual 69% Auditório 71% Biblioteca 72% 74% Suporte em Informática Consultoria Financeira 81% Apoio Coop Univ/C. Pesquisa 82% Consultoria em Marketing 86% 91% Sala de Reunião Secretaria 92% Orientação Empresarial 0% 95% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% serviços de acordo com as possibilidades. Gráfico 6 – Serviços/ Infraestrutura oferecidos às incubadas Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA 2003 (p. 32) De certa forma, o público-alvo das incubadoras se aproxima mais do empreendedor inovador, que conhece o seu produto ou serviço, mas desconhece a melhor maneira de comercializá-lo. Portanto, o que os empreendimentos esperam é uma atuação mais efetiva por parte das incubadoras, por seus processos de gestão e organização se diferenciarem da estrutura disponível às micros e pequenas empresas (Guimarães, 2006). 47 Outro aspecto relevante é o processo de incubação de empresas em suas diversas fases, o que será tratado no próximo item. 3.3 PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS Fiates (2005) afirma que um processo de incubação completo deve passar pelas fases de prospecção, seleção de empresas, pré-incubação, avaliação e acompanhamento durante a incubação, graduação ou liberação e ainda pósincubação. O papel da incubadora é importante em cada etapa e de formas distintas, de maneira a garantir o atendimento das empresas incubadas e a obtenção dos resultados planejados, conforme ilustrado no quadro 6 a seguir. Processo de Incubação de Empresas Atividades Concurso de Plano de Negócios. Estimulando Novos Empreendimentos e Empreendedores Prospecção de Novos Empreendedores. Processo de Seleção. Avaliação e Seleção de Negócios para Encaminhamento, Apresentação e Avaliação do Incubação Plano de Negócios. Etapas Pré-Incubação Incubação Graduação Estímulo, prospecção, preparação e seleção de futuros empreendimentos competitivos. Implementação de um processo de avaliação e acompanhamento rigoroso, sistemático, pró-ativo e diferenciado. Desenvolvimento de um processo competente de graduação, liberação e pós-incubação que consolide todas as conquistas do processo de incubação. Quadro 6 – Processo de Incubação de Empresas Fonte: Adaptado de Fiates (2005, p. 46) Trataremos a seguir de forma específica de cada etapa do processo. 48 3.3.1 Prospecção e seleção de empresas A prospecção e seleção de empresas são etapas primordiais no processo de incubação. É necessário “definir um processo de seleção de empresas competente, que contribua efetivamente para identificar empresas nas áreas consideradas prioritárias pela incubadora e que apresente características positivas em termos de potencial de mercado, perfil empreendedor, capacidade técnica e visão estratégica” (Fiates, 2005). 3.3.2 Pré-Incubação O processo de pré-incubação tem como objetivo oferecer as condições necessárias para que o empreendedor desenvolva a sua ideia de produto ou negócio e, dessa maneira, formalize juridicamente a sua empresa e possa colocar o seu produto ou serviço no mercado. Na realidade, o processo de pré-incubação existe para que seja possível se formatar a ideia de negócio do empreendimento, pois, na maioria dos casos, o empreendedor não possui uma visão clara da empresa que quer desenvolver, o produto ou serviço não está modelado de forma adequada a ser comercializado e não apresenta nenhum plano de negócios para estudar a viabilidade do empreendimento. A ANPROTEC define três objetivos principais que devem ser alcançados na fase de pré-incubação: Empresa formalizada juridicamente – a empresa deve ser constituída formalmente e, assim, estar apta ao comércio de seus produtos e serviços; Plano de negócios formalizado e consistente – antes de iniciar o processo de incubação é necessário observar a viabilidade do empreendimento. 49 Produto ou serviço pronto para ser oferecido ao mercado (ou pelo menos um protótipo) – o produto ou serviço deve ser lapidado e adequado ao consumo, amparado em muitos casos por pesquisas de mercado quando for necessário. Na fase de pré-incubação, é comum o oferecimento de treinamentos e consultorias com a finalidade de auxiliar o empreendedor a desenvolver o seu plano de negócios e ampliar seu horizonte administrativo e empresarial com o auxílio das ferramentas administrativas. 3.3.3 Incubação O processo de incubação se caracteriza pelos serviços que cada incubadora oferece durante o período em que as empresas estão instaladas em seus domínios. Nesta etapa do processo, é importante observar que as incubadoras, na figura de sua equipe técnica, ofereçam serviços e atividades que auxiliem a equipe instalada e possibilitem o desenvolvimento de vantagens competitivas a essa empresa ao ser inserida no mercado. É importante que a incubadora monitore constantemente as empresas incubadas através de indicadores de qualidade, financeiro, dentre outros com a finalidade de possibilitar ao empreendedor a aferição dos resultados obtidos pelo seu empreendimento e, consequentemente, fazer os ajustes necessários para que o mesmo alcance os seus objetivos. Também nesta fase é muito comum e importante que a incubadora, além de oferecer uma infraestrutura adequada, possibilite, tanto ao empresário quanto a sua equipe, um treinamento efetivo com a oferta de cursos e seminários durante todo o processo de incubação. De acordo com a ANPROTEC, os principais problemas enfrentados pelas empresas residentes se encontram no campo técnico, no qual existe uma dificuldade no desenvolvimento do produto, na inexperiência administrativa por parte dos empreendedores, na falta de conhecimento do mercado e das melhores formas de se conseguir penetrar nesses mercados. 50 Com o intuito de minimizar esses problemas, as incubadoras de empresas devem disponibilizar profissionais experientes e que de alguma forma forneçam os serviços e orientações necessários para que os empreendedores possam criar empresas competitivas e que possam sobreviver no mercado. 3.3.4 Graduação Após a passagem por todo o processo de incubação, a empresa deve montar um espaço independente e buscar se consolidar no mercado. Esta etapa é muito importante, pois, mesmo que a empresa tenha passado com êxito por todos os processos tanto de pré quanto de incubação, a mesma sempre teve uma orientação mais próxima e, a partir desse momento, esse suporte não é mais tão presente. Por esse motivo as incubadoras de empresa devem desenvolver programas que permitam uma assessoria aos primeiros passos do empreendedor no mercado escolhido, a pós-incubação. 3.4 TAXA DE SUCESSO DE EMPRESAS GRADUADAS Estudos realizados indicam que um processo de incubação organizado, com estrutura adequada e bem gerenciado é importante para alcançar as taxas de sucesso e sobrevivência das empresas que passam por processos de incubação (FIATES, 2005). No gráfico 7 são demonstradas as taxas de sucesso de empresas graduadas no Brasil, resultados da pesquisa PANORAMA 2004, considerando um universo de 1580 empresas pesquisadas, segundo dados da ANPROTEC. 51 Taxa de Sucesso de Empresas Graduadas 7% 93% Permanecem no mercado Não permanecem no mercado Gráfico 7 – Taxa de Sucesso de Empresas Graduadas Fonte: Adaptado Pesquisa PANORAMA 2004 (p. 23) Uma vez que apresentam características específicas, a seguir trataremos das incubadoras de empresas de base tecnológica. 3.5 INCUBADORAS DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA As empresas de base tecnológica vêm chamando a atenção de vários setores da sociedade econômica e produtiva não só pelo potencial empreendedor e capacidade inovadora desses empreendimentos, mas também pela contribuição no desenvolvimento socioeconômico, na incorporação de tecnologias de vanguarda e do seu papel estratégico no desenvolvimento de uma nação (TRENADO, 2007). A tecnologia é o diferencial de competitividade nas empresas de base tecnológica. É em tecnologia que a maioria das pessoas da empresa trabalha (BAETA, 1997). As incubadoras de base tecnológica têm como objetivo promover um ambiente econômico mais avançado e propenso ao desenvolvimento tecnológico, que favoreça também o socioeconômico, deixando-o competitivo e sustentado. (VEDOVELLO, 2005) Baeta (1997, p. 35) define empresas de base tecnológicas como “sinônimo de empresas de alta tecnologia ou de tecnologia avançada” e que procuram “gerar produtos existentes com grande redução de custos e de tempo de produção ou produzir novos produtos necessários à sociedade”. 52 ANPROTEC (2002, p. 61) colabora com este conceito ao afirmar que incubadoras de empresas de base tecnológica são “organizações que abrigam empresas cujos produtos, processos e serviços resultam de pesquisa científica, para os quais a tecnologia representa alto valor agregado.” Ainda usando a ANPROTEC (2002, p.61), o que distingue esse tipo de incubadora das incubadoras de empresas tradicionais é que “estas abrigam exclusivamente empreendimentos oriundos de pesquisa científica”. Vedovello (2005, p. 5) ressalta que “infraestruturas tecnológicas, tais como incubadoras de empresas, têm desempenhado um papel cada vez mais importante no cenário da inovação”. De forma específica foram apresentados aspectos concernentes as incubadoras de empresas de base tecnológica, além assuntos tratados nesta investigação acerca das incubadoras. Através dos autores pesquisados, foi tratado também do tema empreendedorismo e inovação, importantes fatores de diferenciação e a Micro e Pequena empresa no contexto brasileiro. A revisão bibliográfica permitiu, ainda, identificar os aspectos a serem pesquisados por meio dos instrumentos de coleta de dados (questionários) descritos nos apêndices 1 e 2. Trataremos a seguir da metodologia utilizada para o trabalho em questão. 4 METODOLOGIA DE PESQUISA Neste capítulo, é apresentada a metodologia científica que embasou a pesquisa, identificando: os tipos de pesquisa utilizados e sua conceituação, a população estudada, os critérios usados para a seleção dos entrevistados, os procedimentos para a coleta, bem como as limitações dos métodos empregados. 4.1 CONCEITO E TIPOS DE PESQUISA UTILIZADOS A pesquisa é “o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico”. (GIL, 2007, p. 42). 53 Para Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 57), a pesquisa “é uma atividade voltada para a investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos. Ela parte, pois, de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução”. Outros autores conceituam e classificam a pesquisa científica de forma distinta, porém com o mesmo fundamento teórico dos citados neste trabalho. Visando atingir os objetivos propostos, foi relaizada uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo, adotando-se o estudo de caso. Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 190), as pesquisas exploratórias: São investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou clarificar conceitos. O estudo exploratório é apropriado por apresentar um panorama geral de determinado fato em situações nas quais torna-se difícil “formular hipóteses precisas e operacionalizáveis” sobre o assunto poposto (GIL, 2007, p.43). Ainda de acordo com Samara e Barros (2006, p. 29), o estudo exploratório apresenta como característica o fato de ser realizado “a partir de dados secundários (já disponíveis); conversas informais com pessoas especializadas no assunto de interesse e estudos de casos selecionados”. O método qualitativo é apropriado por estar diretamente relacionado à qualidade dos dados encontrados (FERNANDES, 2001). A pesquisa qualitativa tem como característica principal auxiliar na compreensão em “profundidade” de um assunto específico. Esse método de pesquisa também se caracteriza pela realização de entrevistas individuais ou coletivas em que o papel do entrevistador é essencial (SAMARA e BARROS, 2006). Levando-se em consideração o enfoque deste trabalho, utiliza-se o estudo de caso como estratégia de pesquisa por ser uma investigação empírica sobre um fenômeno contemporâneo, além de ser a mais propícia quando a forma de questão está relacionada a “como” e “por que”. Pode-se ainda acrescentar “o que”, fundamento lógico dos estudos exploratórios, objetivando o desenvolvimento de hipóteses pertinentes a averiguações adicionais (YIN, 2005). 54 De acordo com YIN (2005), o estudo de caso permite uma investigação em que é preservada a visão global dos acontecimentos da vida real, o que faz com que sejam cada vez mais utilizados como ferramentas de pesquisa. Além disso, o estudo de caso apresenta algumas das técnicas utilizadas pelas pesquisas históricas, acrescentando duas fontes de evidências: “observação direta dos acontecimentos que estão sendo estudados e entrevistas das pessoas neles envolvidas”, e tem como ponto diferenciador a “capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências – documentos, artefatos, entrevistas e observações”. (YIN, 2005, p. 26). Dessa forma, a pesquisa será um estudo de caso, por se apresentar como estratégia mais adequada ao trabalho proposto. A pesquisa possui ainda outras duas caracterizações: Pesquisa de Campo: pela utilização de entrevistas direcionadas aos empreendedores/gestores das empresas oriundas da incubadora no período proposto, além de entrevista aplicada com o gestor da incubora quando do desenvolvimento deste trabalho. Pesquisa Bibliográfica: tendo em vista que estão sendo realizadas pesquisas em livros, artigos, teses e dissertações, além de redes eletrônicas direcionadas e demais documentos. 4.2 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA Para o levantamento dos dados necessários, foi realizado um censo onde foram entrevistados representantes das empresas graduadas pelo IBT/CRITT no período de 2003 a 2007. A escolha do período foi em função de apresentar informações recentes e, em levantamantos prévios junto à incubadora, percebeu-se um volume condizente com o trabalho em questão. De acordo com os objetivos definidos e informações preliminares, o universo da pesquisa está delimitado a sete empresas, representando o total de empresas graduadas no período proposto, conforme demonstra o quadro 7 a seguir. 55 ANO EMPRESAS GRADUADAS 2003 DynamiCad Software Técnico Ltda Gemini Sistemas Ltda 2004 Zeus Rio Solutions Vale Verde Assessoria Agropecuária e Informática Ltda Ortofarma Laboratório de Controle de Qualidade Only Tech Solutions 2006 2007 Virtual Business Solutions Quadro 7 – Empresas graduadas pelo IBT/ CRITT no período de 2003 a 2007 No entanto, a empresa Zeus Rio Solutions, apesar de inúmeras tentativas, não se dispôs a colaborar com o trabalho. Já a empresa Only Tech Solutions não se encontra mais na ativa, e nenhum dado, tanto da empresa quanto dos proprietários, foi encontrado, o que geraria uma nova pesquisa para se investigar os motivos da mortandade. 4.3 COLETA DE DADOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS A pesquisa foi realizada nas empresas foco do trabalho com entrevista pessoal (apêndice 2), mediante questionário contendo perguntas abertas e fechadas. A investigação teve a intenção de detectar como o processo de incubação contribuiu para a atuação dessas empresas, além da busca de informações da própria incubadora. Fontes primárias foram investigadas, conforme apresentado nos apêndices 1 e 2, visando levantar dados que deram subsídio a este trabalho. Foram entrevistados os proprietários/empreendedores através de entrevista pessoal, em horário previamente agendado. E, para acesso às empresas, teve-se o apoio da incubadora, que se propôs a fazer um contato preliminar, uma vez que tinha interesse na pesquisa. Na incubadora, a entrevista foi direcionada ao gestor em exercício. 56 Para a pesquisa bibliográfica, fonte secundária da pesquisa, conforme apresentado, foram feitos levantamentos em livros, revistas especializadas, artigos, teses e dissertações e em sites especializados como ANPROTEC, SEBRAE, CRITT, além de outros documentos com dados relevantes sobre o assunto. 4.4 DELINEAMENTO DA PESQUISA A lógica aplicada à presente pesquisa seguiu os seguintes passos ou pontos relevantes: a) Definição do problema de pesquisa: elucidar qual a pergunta a responder; b) Definição de um tema para a pesquisa, dando destaque ao problema; c) Definição dos objetivos da pesquisa; d) Realização da pesquisa bibliográfica e revisão de estudos anteriores, criando a base conceitual; e) Seleção da metodologia da pesquisa: estruturação da entrevista, apoiada em questionário; aplicação inicialmente em uma empresa e análise dos dados, visando verificar as falhas na entrevista e no instrumento de pesquisa; posteriormente, foi dada continuidade ao processo; f) Tratamento dos dados e análise dos resultados encontrados através do software excel. g) Conclusão baseando-se nos resultados encontrados na pesquisa, na base conceitual e revisão bibliográfica apresentada anteriormente e nos objetivos dispostos. A figura 4 a seguir apresenta em forma de esquema a estrutura de pesquisa utilizada. 57 Figura 4 – Estrutura da Pesquisa Uma vez cumpridas as etapas pré-definidas, passaremos a seguir para a última etapa que apresenta os resultados da pesquisa. 58 5 RESULTADOS DA PESQUISA Considerando os dados coletados nas entrevistas, proceder-se-á a análise dos mesmos, tendo como apoio gráficos e tabelas além de comentários com o propósito de ajudar no entendimento das questões. Visando a alcançar os objetivos deste estudo, as entrevistas foram divididas em dois momentos: inicialmente à incubadora e, posteriormente, as empresas oriundas do processo de incubação no período proposto. Foram estabelecidas, então, as dimensões de análise conforme apresentado nesta unidade. Para um melhor entendimento do conteúdo, a análise dos dados coletados foi dividida em duas etapas: Primeiramente são abordados aspectos gerais da IBT: caracterização, instituição gestora, e recursos, além da parte de pessoal (funcionários, estagiários, bolsistas e terceirizados) e aspectos financeiros – Partes I, II, V, VI e VII do instrumento de pesquisa. Destacam-se, ainda, dados das empresas incubadas, tais como: número de empresas incubadas, desligadas e graduadas, critério de seleção das empresas, estágio em que tais empresas vão para a incubadora, além do número de empregos gerados – Parte VIII do questionário. As partes III e IV, refletem a contribuição da incubadora para as práticas empreendedoras e inovadoras, além dos objetivos da incubadora. Num segundo momento é citado um breve relato de cada empresa pesquisada, seguida dos dados coletados que geraram os principais cruzamentos oriundos dos objetivos da pesquisa, tendo, aí, o confronto das informações entre incubadora e empresas incubadas. Os dados coletados através do questionário, instrumento de pesquisa, direcionado às empresas, apresentaram-se da seguinte maneira: Parte I: Busca identificar o respondente e caracterizar a empresa pesquisada – Questões 1 a 7. Parte II: Busca identificar aspectos relacionados ao processo de incubação – avaliar o que as empresas esperavam do processo de incubação e o que foi obtido – Questões 8 a 12. 59 Parte III: Busca identificar atributos pertinentes aos aspectos empreendedores e inovadores – avaliar a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras – Questões 13 a 17. Parte IV: Busca identificar a contribuição da incubadora na atuação da empresa - Questão 18. Parte V: Busca identificar os atributos relativos à sobrevivência no mercado – avaliar a contribuição da incubadora para a permanência da empresa no mercado – Questões 19 a 24. Parte VI: Busca fornecer um espaço ao entrevistado para aspectos que julgue relevante para o trabalho – Questão 25. 5.1 IBT – INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA Sediada no Campus da UFJF, a IBT faz parte do CRITT, sendo este o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFJF. Criado em abril de 1995, entre as atribuições do CRITT está o gerenciamento da política de inovação da universidade e a coordenação da Incubadora de Base Tecnológica. As incubadoras de empresas da UFJF têm como objetivo o fortalecimento das empresas para o mercado e a superação de barreiras existentes nos primeiros anos de atuação. A IBT “fornece apoio para empreendedores que desejam iniciar uma empresa e desenvolver produtos, processos ou serviços que apresentam algum grau de tecnologia e inovação” (CRITT, 2009). Com uma área de 1.200 m2 a incubadora tem capacidade para 14 empresas. Sua estrutura organizacional é constituída por um diretor, uma gerente e conta com o apoio de 8 funcionários da UFJF, 20 estagiários, 7 bolsistas e 9 terceirizados. No que tange aos aspectos financeiros, a IBT apresenta um custo operacional mensal de R$8.140,00, excetuando os valores correspondentes a água e luz que são custeados pela UFJF. Parte de seus recursos são oriundos da locação do espaço às incubadas, consultoria e cursos; o restante, da instituição gestora – Universidade Federal de 60 Juiz de Fora – e órgãos como SEBRAE, CNPq, Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), FAP (Fundação de Amparo à Pesquisa), além do Sectes (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais). Os dados apresentados foram coletados através de documentos fornecidos pela incubadora, folder (apêndice 1), site institucional e convalidados com o questionário, instrumento de pesquisa. 5.1.1 EMPRESAS INCUBADAS Aspectos importantes foram coletados no que diz respeito ao número de empresas que estiveram ou ainda estão ligadas a IBT, apresentado na tabela 3 abaixo, conforme instrumento de pesquisa aplicado em setembro de 2009. Atualmente Desligadas Incubadas 4 14 Graduadas que Graduadas que permanecem no não permanecem mercado no mercado 22 1 Tabela 3 – Empresas ligadas ao IBT De acordo com a capacidade de incubação apresentada, a incubadora atualmente está utilizando apenas 29% da sua capacidade total. Percebe-se também que, levando-se em consideração o universo das empresas pesquisadas, do número de empresas graduadas, 96% permanecem no mercado, sendo este um percentual significativo, conforme ilustrado no gráfico 8 a seguir, o que mostra um pequeno índice de mortandade das empresas que chegaram até o final do processo. Conforme demonstrado na revisão da literatura, esse índice fica ainda acima da média apresentada pela ANPROTEC demonstrada no gráfico 7, no qual são relatadas as taxas de sucesso das empresas graduadas, apresentando um percentual de 93%. Se comparados com a taxa de mortalidade de MPEMs no Brasil, apresentadas no gráfico 1, evidencia-se um sucesso ainda maior. 61 4% Graduadas que permanecem no mercado Graduadas que não permanecem no mercado 96% Gráfico 8 – Empresas graduadas que permanecem no mercado No entanto, forma a base de uma nova pesquisa o alto número de empresas que se desligaram durante o processo de incubação, conforme demonstrado no gráfico 9 a seguir. Do universo de empresas que passaram pela IBT, num total de 37, apresenta-se também o percentual de graduadas que permanecem e que não permanecem no mercado. Quanto ao critério para seleção das empresas, segundo a incubadora, todos os aspectos apresentados são levados em consideração, tais como: possibilidade de interação com universidades e centros de pesquisa, viabilidade econômica, aplicação de novas tecnologias, potencial para rápido crescimento, número de empregos criados, perfil dos empreendedores, além da possibilidade de contribuição com o desenvolvimento local e setorial. 3% Desligadas 38% Graduadas que permanecem no mercado 59% Graduadas que não permanecem no mercado 62 Gráfico 9 – Empresas desligas durante o processo de incubação Com relação ao estágio em que as empresas vão para a incubadora foram destacados alguns aspectos: empresas novas e já existentes – não tendo exigência ou requisito que limite o tempo – além de empresas cujos projetos nasceram em programas de pré-incubação. Por fim, é importante destacar que as empresas incubadas geram atualmente 29 empregos, considerando os sócios. 5.2 EMPRESAS ORIUNDAS DA INCUBADORA IBT NO PERÍODO DE 2003 A 2007 Conforme destacado, o universo da pesquisa estava limitado a sete empresas oriundas da incubação no período proposto, no entanto, uma não se encontra mais na ativa - Only Tech Solutions e a outra não se propôs a participar deste trabalho - Zeus Rio Solutions, o que reduziu o número de entrevistadas para cinco. Em seguida, é apresentada uma sucinta descrição das empresas pesquisadas, a partir de dados coletados em documentos disponibilizados pela incubadora, nos sites institucionais das mesmas e na entrevista realizada. 5.2.1 Vale Verde Assessoria Agropecuária e Informática Ltda. Atuando, desde 1993, nos segmentos de agropecuária e informática, foi criada a partir da idéia de se ter profissionais atuando de forma multidisciplinar e atendendo aos sistemas agropecuários produtivos, com o propósito de levar ao campo a informática, técnicas agrícolas e veterinárias de última geração. Em 2004, buscando um reposicionamento no mercado, a empresa criou um projeto ingressando na IBT (Vale Verde, 2009). 63 5.2.2 Dynamiccad Software Técnico Ltda. Fundada em março de 1998, atua na área de informática – desenvolvimento de softwares para engenharia, arquitetura e construção civil, ampliando seus serviços posteriormente com a criação da empresa Dynamiccad Comércio e Representação (Dynamiccad, 2009). 5.2.3 Gemini Sistemas Ltda. Criada em 1996 a partir de uma parceria entre colegas de faculdade, já no primeiro ano de existência obteve êxito nas suas atividades atuando no setor de softwares corporativos. Em 1999 deu mais um passo rumo à consolidação no mercado, ingressando na IBT, quando começou a estruturação de atividades de P&D (Gemini Sistemas, 2009). 5.2.4 Ortofarma Laboratório de Controle de Qualidade Prestando serviços na área de controle de qualidade para farmácias magistrais – farmácias autorizadas a manipular medicamentos de acordo com as exigências legais da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – e para empresas do segmento farmacêutico, foi criada em dezembro de 1999. Atua especificamente na análise e controle de qualidade de fármacos e medicamentos (Ortofarma, 2009). 5.2.5 Virtual Business Solutions Empresa de base tecnológica, fundada em janeiro de 2002, atua no mercado com produtos e serviços na área de tecnologia da informação. Prestam serviços de desenvolvimento customizado de software, serviços de web, 64 implantação de solução para comércio eletrônico, intranet, gestão de telefonia celular e fixa, gestão de clínicas e hospitais, além da venda de software (Virtual Business, 2009). 5.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS PESQUISADAS O quadro 8 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais pontos coletados nas empresas pesquisadas, refletindo os aspectos relativos à identificação do respondente e ao processo de incubação, partes I e II do instrumento de pesquisa. Empresa Setor de Tempo Cargo atividade no entrevistado formação mercado (a) do Nível de Tempo de Tempo de experiência incubação profissional do do entrevistado entrevistado (a) (a) no negócio Dynamiccad Serviço 12 anos Software Sócio- Mestrado 12 anos 5 anos Mestrado 13 anos 4 anos Doutorado 10 anos 7 anos Especialização 10 anos 5 anos Especialização 11 anos 3 anos fundador Técnico Ltda. Gemini Serviço 13 anos Sistemas Ortofarma fundador Serviço 10 anos Laboratório de Sócio- Sóciofundador Controle de Qualidade Virtual Serviço 7 anos Business Vale fundador Verde Serviço Agropecuária Sócio- 11 anos Sóciofundador e Informática Quadro 8 – Principais características das empresas pesquisadas 65 Visando o foco da pesquisa, procurou-se entrevistar pessoas que fizeram parte do processo de incubação, os sócio-fundadores, principalmente pela credibilidade nos dados e experiência no processo. Com relação à formação profissional, conforme demonstrado no gráfico 10 a seguir, percebe-se um excelente nível profissional, sendo especialistas, mestres ou doutores. Foi verificado também que o tempo de experiência do entrevistado no negócio situa-se entre dez e treze anos, considerando aí o momento anterior ao processo de incubação. Ambos dados são relevantes, o que corrobora o sucesso dos negócios, quando considerados os fatores que levam aos índices de mortalidade empresarial. É importante ressaltar que a pesquisa foi aplicada nos meses de agosto e setembro de 2009, refletindo aí o parâmetro de tempo. 20% 40% Mestrado Pós-graduação Doutorado 40% Gráfico 10 – Nível de formação dos entrevistados Conforme dados apresentados, verifica-se que todas as empresas pesquisadas (100%) são prestadoras de serviços. Em se tratando do tempo de incubação, a média é de três a sete anos, conforme gráfico 11, o que variou de acordo com os programas de incubação ofertados pela incubadora e com questões peculiares de cada processo. A empresa Gemini Sistemas, por exemplo, se desligou da incubadora, graduando-se com quatro anos em função da aprovação de um projeto, em que um dos pré-requisitos era se graduar. Já a empresa Ortofarma Laboratório de Controle de Qualidade 66 apresentou um tempo maior, sete anos, justificando a renovação do contrato em virtude das peculiaridades da empresa farmacêutica. As demais seguiram o tempo de graduação proposto pela incubadora que, para algumas era de três anos e, posteriormente, para outras de cinco anos, em função de mudanças da própria incubadora. Um dado relevante também é o tempo que essas empresas estão no mercado, variando entre sete e treze anos, mostrando uma maturidade empresarial, principalmente se comparadas com o índice de mortalidade empresarial relatados na revisão da bibliografia. 20% 20% 3 anos 0% 4 anos 5 anos 20% 6 anos 7 anos 40% Gráfico 11 – Tempo de Incubação Evoluindo com a análise dos resultados, quanto às alternativas que fizeram parte do processo de incubação, percebe-se que todas as empresas pesquisadas passaram especificamente pelo processo de incubação e graduação, conforme demonstra o gráfico 12, sendo esta a proposta da incubadora àquela época. Quando se avalia como as empresas tiveram informações da incubadora, questão 10 do instrumento de pesquisa, nenhuma empresa citou os meios de comunicação apresentados, como televisão, rádio, jornal, palestras ou amigos. Dentre as opções propostas, todas as empresas optaram pela alternativa “outros”, ressaltando pontos como algum tipo de ligação com a universidade: contatos com a 67 instituição, ter sido aluno de algum curso de graduação ou pós-graduação, bolsista de iniciação científica e funcionário da instituição. 6 5 4 Série1 3 2 1 0 Pré- Incubação Incubação Graduação Pós-graduação Gráfico 12 – Processo de incubação No que diz respeito aos motivos que levaram as empresas a buscar a incubadora, questão 11, remetendo às expectativas das empresas quanto ao processo de incubação, objetivo da pesquisa, conforme demonstrado na tabela 4, percebe-se que, para todas as empresas pesquisadas, o item infraestrutura e serviços oferecidos foram relevantes. Para uma delas, outro aspecto importante foi a facilidade de crédito e, para outra, destaca-se também o apoio no desenvolvimento do Plano de Negócios. Infraestrutura e Facilidade de Apoio no serviços oferecidos crédito desenvolvimento Outros do Plano de Negócio 5 1 1 4 Tabela 4 – Motivos que levaram a buscar a incubadora Além dos itens apresentados, o item “outros” é citado por 80% das empresas entrevistadas, prevalecendo os seguintes pontos: a possibilidade de troca 68 de informações com outras empresas do mesmo segmento já incubadas – exemplo: empresas no segmento de software, mas com focos diferentes; busca de capacitação e orientação na área administrativa, pois tinham origens em áreas técnicas. Ainda com relação ao item “outros”, um ponto apresentado por um dos entrevistados merece destaque: segundo o mesmo “a universidade não tem boa infraestrutura, mas a informação nasce aqui. O conhecimento brota aqui”. 5.4 PESSOAS OCUPADAS NO PERÍODO DE INCUBAÇÃO Por fim, apresenta-se o número de pessoas ocupadas no período da incubação e atualmente, questão 14 do instrumento de pesquisa, conforme quadro 9 abaixo: Empresa Número de sócios Número de Número de funcionários estagiários Incubação Atualmente Incubação Atualmente Incubação Atualmente Dynamiccad Software Técnico Ltda. 2 3 0a2 7 1a2 2 Gemini Sistemas 3 2 2 4 0 9 Ortofarma Laboratório de Controle de Qualidade Virtual Business Vale Verde Agropecuária e Informática 2 2 3 90 2 6 1 3 0 20 1 6 3 3 1 150 6 18 Quadro 9 – Número de pessoas ocupadas Com os dados acima se percebe uma significativa importância de tais empresas no cenário atual, principalmente pelo expressivo número de empregos gerados, o que corrobora as estatísticas de contribuição das micro e pequenas empresas no mercado de trabalho. Vê-se também um expressivo número de estágios gerados, proporcionando capacitação para atuação no mercado. 69 Partiremos a seguir para análise das questões que envolvem informações obtidas na incubadora e nas empresas incubadas. 5.6 ANÁLISE DAS QUESTÕES QUE ENVOLVEM INFORMAÇÕES OBTIDAS NA INCUBADORA E NAS EMPRESAS INCUBADAS Seqüencialmente na pesquisa aplicada foram definidos quatro pontos a serem avaliados na forma de cruzamento de informações entre a incubadora e as empresas incubadas. Estes pontos são referentes aos aspectos concernentes ao processo de incubação, práticas empreendedoras e inovadoras, contribuição da incubadora na atuação da empresa e atributos relativos à sobrevivência empresarial, que refletem as partes II, III, IV e V do instrumento de pesquisa respectivamente. Serão apresentados os enunciados de cada questão direcionada à incubadora e às empresas incubadas, sequencialmente com a análise gráfica. Durante a aplicação dos questionários, houve empresas que, quando questionadas sobre determinado item, não se restringiram apenas ao enunciado, acrescendo informações, o que será relatado no decorrer da análise. É importante ressaltar que a numeração das empresas não apresenta correlação alguma com os nomes anteriormente citados. Visando manter a confidencialidade dos dados, os mesmos foram colocados de forma aleatória. 5.5.1 Análise das questões que envolvem aspectos relativos ao processo de incubação. A seguir, apresentam-se os aspectos relacionados ao processo de incubação, que visa avaliar o que as empresas esperavam e o que foi obtido, gerando o primeiro cruzamento de dados entre a incubadora e empresas incubadas. Questão 20 (Incubadora) - Com relação aos aspectos descritos, concernentes à incubadora, classifique-os conforme serviços oferecidos. (Mostrar opções). 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 70 Questão 12 (Empresas) - Com relação aos aspectos descritos, concernentes à incubadora, indique o grau de satisfação. (Mostrar opções). 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 5.5.1.1 Análise gráfica das questões 20 e 12 Com relação aos aspectos descritos anteriormente é importante demonstrar o que a Incubadora tem de percepção do serviço oferecido em comparação com a opinião das empresas graduadas. Referente ao espaço físico, ambiente de cooperação, acesso a financiamentos, acesso a laboratórios universitários, cursos e seminários, participação em feiras e exposições e oportunidades de negócios, a IBT afirma ser excelente o serviço prestado enquanto as empresas afirmam ser muito bom. 71 7 Percepções 6 5 4 Moda 3 IBT 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Aspectos Descritos Gráfico 13 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 20 e 12 Concernente aos serviços de escritório e ao aconselhamento técnico, a IBT afirma que o serviço prestado é excelente enquanto as empresas afirmam ser apenas bom, gerando pontos discrepantes. No que tange a parceiros adequados, acesso a informações tecnocientíficas e apoio no desenvolvimento do plano de negócio a IBT e as empresas concordam com o nível de excelência. Observando-se o acesso a laboratórios de empresas a IBT acredita ser excelente, enquanto as empresas não opinaram ou não sabiam. Em complementação, duas empresas responderam que “não procuravam por tais laboratórios” e que, em seu caso específico, “não se aplicava”. Portanto, torna-se pertinente um levantamento das demais para verificar porque não opinaram. E quanto à comunicação com órgãos internacionais a IBT acredita ser bom o seu desempenho enquanto as empresas não opinaram ou não sabiam. Neste caso, faz-se necessário um trabalho mais direcionado à questão para verificar os motivos pelos quais as empresas não souberam responder. Concluindo a análise gráfica sobre questões que envolvem aspectos relativos ao processo de incubação, passaremos a verificar a média x desvio padrão. 72 7 6 Percepções 5 4 Média 3 Desvio Padrão 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Aspectos Descritos Gráfico 14 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 20 e 12 O gráfico 14 demonstra que em termos de desvio padrão apenas as questões 3, 7 e 10 apresentam uma variação elevada, nas demais se observa uma pequena variação, portanto não sendo significativa. Em termos de aconselhamento técnico, acesso a laboratórios universitários e comunicação com órgãos internacionais, as empresas demonstraram não ter percepções próximas. Há de se pensar em uma alternativa que unifique tais procedimentos. 5.5.2 Análise das questões que envolvem aspectos relativos às práticas empreendedoras e inovadoras. Partindo para os aspectos relativos às práticas empreendedoras e inovadoras, outro objetivo do trabalho em questão, conforme demonstrado no gráfico 15 a seguir, 40% das empresas pesquisadas foram motivadas pela identificação de uma oportunidade sem estudo de viabilidade, outros 40% pela identificação de uma oportunidade com estudo de viabilidade e 20% apenas pela vontade de ter um negócio. 73 20% Vontade de ter um negócio próprio 40% Identificação de uma portunidade (sem estudo de viabilidade) Identificação de uma oportunidade (com estudo de viabilidade) 40% Gráfico 15 – Motivação para abertura de empresa fico 15 – Motivação para abertura da empresa Gráfico 15 – Motivos para abertura da empresa Posteriormente analisaremos os aspectos relativos à inovação, cruzando dados entre a incubadora e empresas oriundas da incubadora, conforme demonstrados a seguir. Questão 16 (Incubadora) - Com relação à Inovação avalie os itens abaixo, segundo atividades incentivadas pela incubadora às incubadas. 1.Incentiva muito 4. Pouco incentiva 2. Incentiva 5. Não incentiva 3. Incentiva moderadamente 6. Não tenho opinião/ Não sei Questão 16 (Empresas) - Com relação à Inovação avalie os itens abaixo, segundo atividades praticadas pela sua empresa. 1. Pratica muito 4. Pouco pratica 2. Pratica 5. Não pratica 3. Pratica moderadamente 6. Não tenho opinião/ Não sei 74 5.5.2.1 Análise gráfica das questões 16 (incubadora) e 16 (empresas incubadas) EMPRESAS ASPECTOS DESCRITOS 01. As pessoas de todos os níveis são incentivadas a contribuir com idéias e sugestões para a melhoria dos serviços prestados pela empresa. 02. Investimento em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) 03. Número de projetos para desenvolvimento de novos produtos. ESTATÍSTICAS IBT Desvio A B C D E Média Moda IBT Padrão 1 2 2 3 2 2 0,71 2 2 3 2 2 2 2 2,2 0,45 2 1 1 3 2 3 3 2,4 0,89 3 1 1 2 1 2 5 2,2 1,64 1 1 3,4 1,67 2 2 3 1,58 #N/D 1 1 1 2 1 1 1,2 0,45 1 1 08. A empresa possui dados que indicam 2 1 2 3 1 que a satisfação dos clientes com o serviço prestado (ou produtos) tem melhorado. 1,8 0,84 2 1 04. Incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores e soluções voltadas para o aprimoramento dos negócios praticados pela empresa. 05. Adoção de técnicas avançadas de marketing, comunicação e informação, 3 2 2 4 6 incluindo pesquisas mercadológicas, como instrumento sistemático de gestão. 06. As equipes utilizam sistematicamente 4 2 1 3 5 novas técnicas e metodologias para proceder à melhoria de seus processos. 07. A empresa possui dados que demonstram uma melhoria do resultado operacional ao longo dos últimos anos. Com relação à inovação é importante demonstrar o que a Incubadora tem de percepção da influência que exerce sobre as empresas incubadas, em comparação com a opinião das empresas graduadas, quanto a esta prática. Concernente ao fato de as pessoas de todos os níveis serem incentivadas a contribuir com ideias e sugestões para a melhoria dos serviços prestados pela empresa e a adoção de técnicas avançadas de marketing, comunicação e informação, incluindo pesquisas mercadológicas, como instrumento sistemático de gestão, a IBT acredita “incentivar” as empresas enquanto as mesmas “praticam”. 75 3,5 3 Percepções 2,5 2 Moda IBT 1,5 1 0,5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Aspectos Descritos Gráfico 16 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 16 e 16 . No que tange ao Investimento em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e a empresa possuir dados que indicam que a satisfação dos clientes com o serviço prestado (ou produtos) tem melhorado, a IBT acredita “incentivar muito” enquanto as empresas “praticam”, gerando certa discordância. Observando o número de projetos para desenvolvimento de novos produtos, a IBT acredita “incentivar muito” enquanto as empresas “praticam moderadamente”, gerando ponto discrepante. Com relação ao incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores e soluções voltadas para o aprimoramento dos negócios praticados pela empresa e a empresa possuir dados que demonstram uma melhoria do resultado operacional ao longo dos últimos anos, existe concordância entre ambas, tanto a IBT “incentiva muito” quanto as empresas “praticam muito”. A IBT acredita incentivar muito as equipes a utilizar sistematicamente novas técnicas e metodologias para proceder à melhoria de seus processos, enquanto cada empresa respondeu um dos itens citados, gerando ponto de discrepância. 76 Sintetizando a análise gráfica sobre questões que envolvem aspectos relativos às práticas empreendedoras e inovadoras, verificaremos a seguir a média x desvio padrão. 4 3,5 Percepções 3 2,5 Média 2 Desvio Padrão 1,5 1 0,5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Aspectos Descritos Gráfico 17 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 16 e 16 O gráfico acima demonstra que, em termos de desvio padrão, apenas as questões 4, 5 e 6 apresentam uma variação elevada. Quanto aos aspectos apresentados nessas questões, as empresas demonstraram não ter percepções próximas. Há de se pensar em uma alternativa que unifique tais procedimentos. Nas demais se observa uma pequena variação, portanto não sendo significativa. 5.5.3 Análise das questões que envolvem aspectos relativos à contribuição da incubadora para atuação da empresa. Em se tratando dos aspectos relativos à contribuição da incubadora para atuação da empresa, temos os resultados apresentados a seguir: 77 Questão 13 (Incubadora) - No que concerne à contribuição da Incubadora para atuação das incubadas, responda: (Mostrar opções). 1. Contribui muito 2. Contribui 4. Pouca contribuição 3. Contribuição média 5. Não tenho opinião/ Não sei Questão 18 (Empresas) - No que concerne à contribuição da Incubadora para atuação da sua empresa, responda: (Mostrar opções). 1. Discordo plenamente 2. Discordo 4. Concordo plenamente 3. Concordo 5. Não tenho opinião/ Não sei 5.5.3.1 Análise gráfica das questões 13 e 18 Percepções 78 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Moda IBT 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Aspectos Descritos Gráfico 18 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 13 e 18 No que se refere à contribuição da incubadora para a atuação da empresa é importante demonstrar o que a incubadora avalia sobre a contribuição oferecida em comparação com a opinião das empresas graduadas. Com relação ao ambiente acadêmico-científico encontrado na Incubadora ter contribuído para a evolução da empresa, para evolução do produto e/ou serviço e, quanto ao fato do modelo de gestão proposto pela Incubadora fornecer ferramentas de planejamento estratégico, tais como definição de objetivos e metas, visão, missão, posicionamento, dentre outros, tanto a IBT quanto as empresas concordam com o elevado apoio para os seus negócios. No que tange ao fato de a IBT ter sido ágil e eficaz na busca pelo atendimento das necessidades apresentadas pelas empresas, as ferramentas de gestão fornecidas atender às necessidades das incubadas e a IBT incentivar a necessidade de se conhecer os concorrentes, as empresas concordam com o incentivo da IBT, enquanto esta afirma ter contribuído muito para que estes itens fossem satisfeitos. Quanto às questões relativas à ajuda da incubadora ao posicionamento do produto/serviço no mercado, auxilio na elaboração do preço praticado e ao assessoramento na escolha do ponto/localização da empresa, a IBT acredita “contribuir muito” enquanto as empresas “discordam” desta afirmação, gerando ponto discrepante. 79 Passaremos a seguir à análise gráfica das questões que envolvem aspectos relativos à contribuição da incubadora para atuação da empresa, verificando a média x desvio padrão. 4,5 4 Percepções 3,5 3 2,5 Média 2 Desvio Padrão 1,5 1 0,5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Aspectos Descritos Gráfico 19 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 13 e 18 O gráfico acima demonstra que em termos de desvio padrão as questões 8 e 9 apresentam uma variação elevada. Considera-se necessário que a incubadora trabalhe os pontos auxílio na “escolha do ponto/localização da empresa” além do incentivo a “conhecer os concorrentes”, visando um melhor nivelamento de percepções. As questões 05 e 06 também apresentam um desvio padrão significativo, o que deverá levar a incubadora a analisar os aspectos quanto ao fornecimento de “ferramentas de planejamento estratégico”, bem como na ajuda ao “posicionamento do produto/serviço no mercado”. Nas demais questões se observam uma pequena variação, portanto não sendo significativa. 80 5.5.4 Análise das questões que envolvem aspectos relativos à sobrevivência no mercado. Fechando a análise dos dados coletados são apresentados a seguir os dados relativos à sobrevivência no mercado, confrontando os objetivos da incubadora e percepção das incubadas. Questão 17 (Incubadora) - Com relação aos objetivos da incubadora listados abaixo, classifique-os conforme o grau de importância para o IBT sendo que: 1. Muito importante 4. Pouco importante 2. Importante 5. Sem importância 3. Importância média 6. Não tenho opinião/ Não sei Questão 23 (Empresas) - Com relação aos itens listados abaixo, classifique-os conforme o grau de importância relativo à contribuição da IBT à sua empresa, sendo que: 1. Contribuiu muito 4. Pouca contribuição 2. Contribuiu 5. Nenhuma contribuição 3. Contribuição média 6. Não tenho opinião/ Não sei Com relação ao efetivo auxílio da Incubadora para com as questões administrativas é importante demonstrar o que a Incubadora tem de percepção do serviço oferecido em comparação com a opinião das empresas graduadas. No que tange aumentar a taxa de sobrevivência e de sucesso das empresas incubadas, fomentar o empreendedorismo, apoio para o desenvolvimento local e regional (sendo agente de inovação), dotar a incubadora de infra-estrutura adequada ao atendimento às empresas incubadas e adaptar o modelo de incubação à realidade econômica, cultural, social e política da região que está inserida, tanto a IBT quanto as empresas concordam na elevada importância e contribuição. 81 5.5.4.1 Análise gráfica das questões 17 e 23 82 6 Percepções 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Aspectos Descritos Moda IBT Gráfico 20 – Gráfico comparativo entre a IBT X Moda das questões 17 e 23 No que diz respeito a proporcionar o crescimento e a estabilidade de empresas incubadas, estimular o papel das universidades e centros de pesquisa no processo de inovação tecnológica por meio da criação de novas empresas, estruturar serviços que sejam realmente importantes para o desenvolvimento e a consolidação dos empreendimentos, estabelecer relacionamentos e alianças que assegurem o atendimento às empresas incubadas, identificar fontes de financiamento e modelos de negócios que garantam a sustentabilidade da incubadora, estruturar estratégias para captação de recursos para empresas incubadas e ser símbolo do empreendedorismo e inovação, gerando empresas fortes que inspirem as gerações futuras, a IBT afirma ser “muito importante” enquanto as empresas apenas relatam a contribuição. No aspecto referente à transferência de Tecnologia, capacitar equipes inovadoras, empreendedoras e comprometidas para conduzir o processo de incubação, criar estratégias para que as empresas incubadas desenvolvam sua capacidade de vendas e gerem negócios e sintonizar as empresas incubadas com as principais tendências tecnológicas e mercadológicas mundiais, a IBT diz ser “muito importante” enquanto as empresas afirmam ter tido uma “contribuição média”, gerando pontos de discrepância. 83 Observando as questões quanto a estruturar mecanismos de associativismo e cooperativismo entre as empresas incubadas como forma de promover a troca de informação e a geração de redes de negócios e estimular e gerar novas empresas que se insiram em clusters e cadeias estratégicas já estruturadas ou em fase de consolidação, a IBT afirma ser “importante” enquanto para as empresas houve “pouca contribuição”, gerando novamente pontos discrepantes. No que tange a gerar uma estratégia competitiva clara e bem sucedida no segmento de mercado proposto pelas incubadas, criar mecanismos e instrumentos de promoção de empresas incubadas junto à comunidade local, a órgãos e instituições estratégicas e geração de empregos, a IBT e as empresas concordam com a importância e a contribuição do processo de incubação. Com relação a contribuição para a definição de políticas públicas sintonizadas com a realidade de um mundo cada vez mais globalizado, a IBT afirma ser “importante” enquanto que para as empresas houve “contribuição média”. Com relação a estruturar processos gerenciais competentes, inovadores e sustentáveis às incubadas, a IBT afirma ser “muito importante” enquanto cada empresa respondeu de forma diferente gerando outro ponto de discordância. E, por fim, com relação ao lucro para as empresas, a IBT afirma que a geração dos mesmos não tem importância enquanto as empresas afirmam que o processo de incubação contribui. Concluindo a análise gráfica sobre questões que envolvem aspectos relativos à sobrevivência no mercado, finalizaremos verificando a média x desvio padrão. 84 4 3,5 Percepções 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Aspectos Descritos Média Desvio Padrão Gráfico 21 – Gráfico comparativo entre a Média X Desvio Padrão das questões 17 e 23 O gráfico acima demonstra que em termos de desvio padrão as questões 4, 6, 7, 8, 9, 14 e 21 apresentam uma variação elevada, nas demais se observa uma pequena variação, portanto, não sendo significativa. Quanto aos aspectos apresentados nas questões correlacionadas as empresas demonstraram não ter percepções próximas. Há de se pensar em uma alternativa que unifique tais procedimentos. 85 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Essa unidade é destinada a apresentar uma síntese dos resultados deste trabalho, reflexo de cada objetivo do traçado. São enfatizados os destaques da pesquisa, pontos relevantes, além de apresentar as contribuições científicas do trabalho, resultados dos estudos desenvolvidos baseados tanto na pesquisa bibliográfica, quanto na pesquisa empírica. Apresentam-se ainda algumas sugestões para trabalhos futuros, baseadas em inquietudes geradas com o trabalho em questão e visando trazer novos conhecimentos sobre o tema proposto. Os objetivos da pesquisa foram alcançados, permitindo verificar a contribuição da incubadora na atuação de micro e pequenas empresas que passaram por este processo, em especial ligadas à IBT no período proposto. Avaliou-se o que as empresas esperavam e o que foi obtido, a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras, a contribuição da incubadora na atuação das empresas, além dos atributos relativos à sobrevivência no mercado. Com relação ao que as empresas esperavam (espaço físico, serviços de escritório, aconselhamento técnico...) e o que foi obtido, as expectativas são atendidas, existindo uma pequena defasagem entre aquilo que a incubadora tem de percepção com relação à percepção das empresas. Merecem uma atenção especial apenas os itens relativos a aconselhamento técnico, acesso a laboratórios universitários e comunicação com órgãos internacionais, que apresentaram um desvio padrão mais significativo. Quanto aos aspectos relativos às práticas empreendedoras e inovadoras (incentivo a contribuir com idéias e sugestões para melhoria dos serviços, investimento em P&D, número de projetos para desenvolvimento de novos produtos...), nota-se uma semelhança de percepções, com exceção dos itens 4,5 e 6, que dizem respeito, respectivamente, a “incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores e soluções voltadas para o aprimoramento dos negócios praticados pela empresa”, “adoção de técnicas avançadas de marketing, comunicação e informação, como instrumento sistemático de gestão”, além das “equipes usarem novas técnicas e metodologias para proceder à melhoria de seus processos”. Esses itens merecem uma atenção especial, pois as respostas apresentaram um elevado desvio padrão, o 86 que pode até representar um baixo entendimento das empresas com relação a esses temas, requerendo uma atenção maior por parte da incubadora. Com relação à contribuição da incubadora para a atuação de micros e pequenas empresas (o ambiente acadêmico científico encontrado na incubadora contribuiu para evolução da sua empresa, e para a evolução do produto/serviço, a incubadora sempre foi ágil e eficaz na busca por atender às necessidades apresentadas pelas empresas...), existe uma aproximação de resultados, com destaque especial para o item 8, que fala sobre a contribuição da incubadora no auxílio na escolha do ponto/localização da empresa, no qual a incubadora julga contribuir muito, mas as empresas não têm essa percepção. Por fim, ao analisar as questões que envolvem aspectos relativos à sobrevivência no mercado, percebe-se que os itens 6, 19 e 21, que dizem respeito, respectivamente, a “contribuir para a definição de políticas públicas sintonizadas com a realidade de um mundo cada vez mais globalizado”, “estruturar mecanismos de associativismo e cooperativismo entre as empresas incubadas como forma de promover a troca de informação e a geração de redes de negócios” e “estimular e gerar novas empresas que se insiram em clusters e cadeias estratégicas já estruturadas ou em fase de consolidação”, as empresas destacam “pouca ou média contribuição” e a IBT considera os itens como importantes objetivos para o processo de incubação. Já o item 20, “sintonizar as empresas incubadas com as principais tendências tecnológicas e mercadológicas mundiais”, apresenta um aspecto destoante entre a percepção da incubadora e das empresas, merecendo uma atenção especial por parte da incubadora. Concluímos finalmente que as incubadoras de empresas, quando cumprem o papel ao qual se propõem, são elementos fundamentais para o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras e inovadoras no país. Toda a pesquisa desenvolvida corrobora para ratificar o desempenho da incubadora e os reflexos do processo de incubação em empresas de base tecnológica, considerando-se o caso da IBT. A seguir serão apresentados os destaques da pesquisa. 87 6.1 DESTAQUES DA PESQUISA Como destaques da pesquisa na IBT apresentam-se o Índice de sobrevivência no mercado: 96% das empresas graduadas permanecem no mercado. Temos aí um excelente resultado quando comparado com o índice de sobrevivência das MPEMs no Brasil, conforme apresentado na revisão da literatura. O gráfico 1, por exemplo, reflete o alto índice de mortalidade empresarial, apresentando percentuais alarmantes. Essa estatística está ainda acima da média apontada pela ANPROTEC, 93%, conforme demonstrada no Gráfico 7 – Taxa de Sucesso de Empresas Graduadas. Outro fator relevante da pesquisa está relacionado ao tempo de experiência dos entrevistados e das empresas no mercado, variando de sete a treze anos, mostrando aí uma maturidade empresarial, principalmente se comparadas com o índice de mortalidade de empresas apresentadas na revisão da literatura. 6.2 CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO O modelo pode ser aproveitado para verificação do desempenho da IBT. Serve ainda como parâmetro para outras empresas que pretendam entrar no mercado, ou que visem participar de um processo de incubação. 6.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Como proposta para realização de trabalhos futuros, sugere-se: a) replicar a pesquisa em outras incubadoras de empresas, visando verificar se a visão e expectativas das empresas são semelhantes nos diversos pólos de incubadoras; 88 b) fazer uma nova pesquisa, com foco complementar, em empresas que se desligaram da IBT durante o processo de incubação, visando verificar o(s) motivo(s) responsável(s) por tal desvínculo. c) fazer uma nova pesquisa na IBT com foco no processo de incubação, para verificar a subutilização do espaço destinado a empresas incubadas, em função da capacidade atual utilizada, muito aquém da disponível. 89 BIBLIOGRAFIA ADKINS, D. A Brief History of Business Incubation in the United States. Athens, NBIA Publications, 2002. AMATO NETO, J. 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Porto Alegre: Bookman, 2005. 96 APÊNDICE 1 - INSTRUMENTO DE PESQUISA – QUESTIONÁRIO/ ENTREVISTA DIRECIONADA AO IBT (INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA) DO CRITT (CENTRO REGIONAL DE INOVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA) DA UFJF (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA) 97 ROTEIRO DA ENTREVISTA _____/_____/2009 PARTE I – IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INCUBADORA 1 – Nome da Incubadora: __________________________________________________ 1.1 – Sigla: __________________________________________________________ 2 – Endereço: Rua/ Av./ Número/ Compl.:______________________________________________ Bairro: _______________CEP:_____________Cidade:_______________UF:_____ Telefone(s): ______________________________Fax:________________________ 3 - Entrevistado: _____________________________________________________ 3.1 - Cargo: _________________________________________________________ 3.2 - E-mail: _________________________________________________________ 4 – Responsável pela gerência da incubadora:____________________________ 5 – Site: ____________________________________________________________ 6 - Data de início do empreendimento: ______/_______/________ (dia/mês/ano). 7 – Foco de atuação: 1.( ) Mista 2.( ) Base Tecnológica 3.( ) Tradicional 4.( ) Agroindustrial 5.( 6.( 7.( 8.( ) Cultural (arte, música, cinema...) ) Social (cooperativas...) ) Serviços (consultoria, design...) ) Outra: ______________________ 8 – Qual a classificação da incubadora? 1.( ) Sistemas de promoção de empreendimentos inovadores orientados para o desenvolvimento local e setorial. 2.( ) Sistemas de promoção de empreendimentos inovadores orientados para o uso intensivo de tecnologias. 3.( ) Sistemas de promoção da cultura do empreendedor inovador. 4.( ) Sistema de promoção de habitats de inovação sustentáveis. 9 – Assinale a (s) alternativa (s) que fez/fizeram parte do processo de incubação no período de 2003 a 2007: 1.( ) Pré-incubação 4.( ) Pós-graduação 2.( ) Incubação 5.( ) Outros:_______________________ 3.( ) Graduação PARTE II – INSTITUIÇÃO 10 – Instituição Gestora: ______________________________________________ 98 10.1 – Natureza Jurídica da Instituição: 1.( ) Privada sem fins lucrativos 4.( ) Pública Estadual 2.( ) Privada com fins lucrativos 5.( ) Pública Federal 3.( ) Pública Municipal 6.( ) Outra: ________________________ 11 – Existe vínculo com Universidade/ Centro de Pesquisa? Se Sim responda as questões 12.1 e 12.2 1. ( ) Sim 2.( ) Não 12.1 – Tipo de Vínculo: 1. ( ) Formal 2. ( ) Informal 12.2 – Natureza Jurídica da Instituição: 1.( ) Universidade Privada 3.( ) Centro de Pesquisa Privado 2.( ) Universidade Pública 4.( ) Centro de Pesquisa Público PARTE III – CONTRIBUIÇÃO DA INCUBADORA PARA PRÁTICAS EMPREENDEDORAS E INOVADORAS 13 - No que concerne à contribuição da Incubadora para atuação das incubadas, responda: (Mostrar opções). 1. Contribui muito 2.Contribui 4. Pouca contribuição 3.Contribuição Média 5. Não tenho opinião/ Não sei 01. O ambiente acadêmico-científico oferecido pela incubadora contribui para evolução das empresas incubadas. 02. O ambiente acadêmico-científico oferecido pela Incubadora contribui para evolução do produto e/ou serviço. 03. A Incubadora é sempre ágil e eficaz na busca por atender às necessidades apresentadas pelas empresas. 04. As ferramentas de gestão fornecidas pela incubadora atendem totalmente às necessidades das incubadas. 05. O modelo de gestão proposto pela Incubadora fornece ferramentas de Planejamento Estratégico, como a definição de objetivos e metas, visão, missão, posicionamento, etc. 06. A incubadora ajuda a posicionar o produto/ serviço das incubadas no mercado. 07. A incubadora auxiliou na elaboração do preço praticado pelas incubadas. 08. A incubadora auxiliou na escolha do ponto/ localização da empresa incubada. 09. A incubadora incentivou as empresas a conhecer seus concorrentes. 99 14 – A incubadora tem algum programa de disseminação da cultura empreendedora? 1.( ) Sim. Se Sim especifique: ___________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2.( ) Não. 15 – A incubadora contribui para o desenvolvimento de práticas inovadoras? 1.( ) Sim. Se Sim responda a questão 16 2.( ) Não 16 - Com relação à Inovação, avalie os itens abaixo, segundo atividades incentivadas pela incubadora às incubadas. 1.Incentiva muito 4. Pouco incentiva 2. Incentiva 5. Não incentiva 3. Incentiva Moderadamente 6. Não tenho opinião/ Não sei 01. As pessoas de todos os níveis são incentivadas a contribuir com ideias e sugestões para a melhoria dos serviços prestados pela empresa. 02. Investimento em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) 03. Número de projetos para desenvolvimento de novos produtos. 04. Incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores e soluções voltadas para o aprimoramento dos negócios praticados pela empresa. 05. Adoção de técnicas avançadas de marketing, comunicação e informação, incluindo pesquisas mercadológicas, como instrumento sistemático de gestão. 06. As equipes utilizam sistematicamente novas técnicas e metodologias para proceder à melhoria de seus processos. 07. A empresa possui dados que demonstram uma melhoria do resultado operacional ao longo dos últimos anos. 08. A empresa possui dados que indicam que a satisfação dos clientes com o serviço prestado (ou produtos) tem melhorado. PARTE IV – OBJETIVOS DA INCUBADORA 17 – Com relação aos objetivos da incubadora listados abaixo, classifique-os conforme o grau de importância para o IBT sendo que: 1. Muito Importante 2. Importante 3. Importância Média 4. Pouco Importante 5. Sem Importância 6. Não tenho opinião/ Não sei 100 01. Aumentar a taxa de sobrevivência e de sucesso das empresas incubadas. 02. Proporcionar o crescimento e a estabilidade de empresas incubadas. 03. Fomentar o empreendedorismo. 04. Contribuir para o desenvolvimento local e regional, sendo agente de inovação. 05. Gerar uma estratégia competitiva clara e bem sucedida no segmento de mercado proposto pela incubadas. 06. Contribuir para a definição de políticas públicas sintonizadas com a realidade de um mundo cada vez mais globalizado. 07. Estruturar processos gerenciais competentes, inovadores e sustentáveis às incubadas. 08. Estimular o papel das universidades e centros de pesquisa no processo de inovação tecnológica por meio da criação de novas empresas. 09. Estruturar serviços que sejam realmente importantes para o desenvolvimento e a consolidação dos empreendimentos. 10. Estabelecer relacionamentos e alianças que assegurem o atendimento às empresas incubadas. 11. Transferência de Tecnologia 12. Dotar a incubadora de infraestrutura adequada ao atendimento às Empresas incubadas. 13. Capacitar equipes inovadoras, empreendedoras e comprometidas para conduzir o processo de incubação. 14. Adequar o modelo de incubação à realidade econômica, cultural, social e política da região em que está inserida. 15. Identificar fontes de financiamento e modelos de negócios que garantam a sustentabilidade da incubadora. 16. Estruturar estratégias para captação de recursos para empresas incubadas. 17. Criar estratégias para que as empresas incubadas desenvolvam sua capacidade de vendas e gerem negócios. 18. Criar mecanismos e instrumentos de promoção de empresas incubadas junto à comunidade local, a órgãos e instituições estratégicas. 19. Estruturar mecanismos de associativismo e cooperativismo entre as empresas incubadas como forma de promover a troca de informação e a geração de redes de negócios. 20. Sintonizar as empresas incubadas com as principais tendências tecnológicas e mercadológicas mundiais. 21. Estimular e gerar novas empresas que se insiram em clusters e cadeias estratégicas já estruturadas ou em fase de consolidação. 22. Ser símbolo do empreendedorismo e inovação, gerando empresas fortes que inspirem as gerações futuras. 23. Lucro para incubadora. 24. Geração de empregos. 101 PARTE V – INFRAESTRUTURA E RECURSOS 18 – Com relação à área construída (marque apenas uma opção): 1.( ) Até 500 m2 2.( ) Até 1.000 m2 3.( ) De 1000 a 5000 m2 4.( ) De 5000 a 10.000 m2 19. Qual a capacidade de incubação (nº de empresas que podem ficar incubadas ao mesmo tempo) ? 20 - Com relação aos aspectos descritos, concernentes à incubadora, classifique-os conforme serviços oferecidos. (Mostrar opções). 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 01. Espaço Físico 02. Serviços de escritório. 03. Aconselhamento técnico. 04. Parceiros adequados. 05. Ambiente de cooperação. 06. Acesso a financiamentos. 07. Acesso a laboratórios universitários. 08. Acesso a laboratórios de empresas. 09. Acesso a informações tecno-científicas. 10. Comunicação com órgãos internacionais 11. Cursos e Seminários 12. Participação em Feiras e Exposições 13. Oportunidades de Negócios 14. Apoio no desenvolvimento do Plano de Negócio. PARTE VI – PESSOAL DA INCUBADORA 21. Com relação ao pessoal da incubadora, responda: 21.1 - Número de funcionários da Incubadora: ______________________________ 21.2 – Número de estagiários:___________________________________________ 21.3 – Número de bolsistas: ____________________________________________ 21.4 – Outros (especificar): _____________________________________________ PARTE VII – ASPECTOS FINANCEIROS 22. Qual o custo operacional mensal da Incubadora? (Incluir todos os custos, independente da forma como são cobertos). R$______________________ ( ). 23. De onde vêm os recursos da Incubadora? (Questão de múltipla escolha). 1.( ) Recursos Próprios (locação de espaço, consultorias, participação no faturamento das empresas, cursos, etc): 2.( ) Entidade gestora: 102 3.( ) SEBRAE 4.( ) CNPq 5.( ) Finep 6.( ) FAP 7.( ) Outros: _______________________________________________________ PARTE VIII – AS EMPRESAS 24. Número de empresas: 1. Atualmente Incubadas: _______________________________________________ 2. Desligadas: ________________________________________________________ 3. Graduadas que permanecem no mercado: _______________________________ 4. Graduadas que não permanecem no mercado: ____________________________ 4. Outro(s):__________________________________________________________ 25. Quais os critérios para seleção das empresas? (Questão de múltipla escolha). 1.( 2.( 3.( 4.( ) Possibilidade de interação com universidades/ centro de pesquisa ) Viabilidade econômica ) Aplicação de novas tecnologias ) Potencial para rápido crescimento 5.( ) Número de empregos criados 6.( ) Perfil dos empreendedores 7.( ) Possibilidade de contribuição com o desenvolvimento local e setorial 8.( ) Outros: ________________________________________________________ 26. Qual o estágio em que as empresas vão para incubadora? (Questão de múltipla escolha). 1.( 2.( 3.( 4.( ) Empresas novas ) Empresas já existentes. Até quanto tempo? ___________________________ ) Empresas/projetos nascidos em programas de pré-incubação ) Outros: ________________________________________________________ 27. Número de empregos gerados nas empresas (totais): 27.1 – Incubadas (sócios inclusive): ______________________________________ 27.2 – Graduadas (sócios inclusive): _____________________________________ PARTE IX – INFORMAÇÕES ADICIONAIS 28. Existe alguma questão que o (a) Sr. (Sra.) gostaria de acrescentar à pesquisa? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Chegamos ao fim do questionário. Muito obrigada pela atenção! 103 APÊNDICE 2 – INSTRUMENTO DE PESQUISA - QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AS EMPRESAS ORIUNDAS DO IBT/CRITT 104 QUESTIONÁRIO SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DA INCUBADORA DE BASE TECNOLÓGICA - IBT/CRITT - NA ATUAÇÃO MERCADOLÓGICA DAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS QUE PASSARAM POR ESSE PROCESSO. Apresentação: Prezado Empreendedor, sou aluna do Mestrado em Sistemas de Gestão da UFF-Niterói e estou elaborando uma dissertação voltada ao Empreendedorismo, Micros e Pequenas Empresas e Incubadora de Empresas. Este questionário faz parte da elaboração dessa dissertação que tem como tema Reflexos do Processo de Incubação em Empresas de Base Tecnológica: o Caso do IBT/CRITT. Objetivo: O objetivo principal deste questionário é investigar a contribuição da incubadora para a atuação mercadológica de micros e pequenas empresas que passaram por esse processo. Participantes: Sócios/Fundadores de empresas empreendedoras oriundas da incubadora IBT/CRITT no período de 2003 a 2007. Termo de Confidencialidade: O estudo em questão tem objetivos e interesses acadêmicos, e os dados e percepções levantados serão conduzidos pela autora, sob a orientação da Profa. Dra. Mara Telles Salles. Os resultados finais desta pesquisa poderão conter fragmentos das opiniões dos respondentes, no entanto, garantimos que a identidade dos mesmos não será revelada. Resultado esperado: Respostas dos questionários que retratem de maneira fiel, as percepções dos sócios-gerentes sobre a contribuição da Incubadora para as micros e pequenas empresas que passaram por esse processo. Sua colaboração será muito importante. Desde já agradeço: muito obrigada! Adriana Duque de Freitas E-mail: [email protected] Juiz de Fora, Junho de 2009. 105 Estrutura do Questionário Parte 1: Identificação do respondente e caracterização da empresa pesquisada – Questões 1 a 7. Parte 2: Busca identificar aspectos relacionados ao processo de incubação – avaliar o que as empresas esperavam do processo de incubação e o que foi obtido - Questões 8 a 12. Parte 3: Busca identificar atributos pertinentes aos aspectos empreendedores e inovadores – avaliar a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras - Questões 13 a 17. Parte 4: Busca identificar os atributos pertinentes aos aspectos mercadológicos – avaliar a contribuição da incubadora na atuação mercadológica da empresa - Questão 18. Parte 5: Busca identificar os atributos relativos à sobrevivência no mercado – avaliar a contribuição da incubadora para a permanência da empresa no mercado - Questões 19 a 24. Parte 6: Busca abrir um espaço ao entrevistado para aspectos que julgue relevante ao trabalho – Questão 25. 106 QUESTIONÁRIO NÚMERO: 01 _____/_____/2009 PARTE I – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONDENTE E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 1 – Empresa 1.1 - Nome Fantasia: __________________________________________________ 1.2 - Razão Social: ________________________________________________________ 2 - Endereço Rua/ Av./ Número/ Compl.:______________________________________________ Bairro: _________________CEP:_____________Site:________________________ Telefone(s): _________________________________________________________ 3 - Entrevistado: _____________________________________________________ 4 - Cargo: 1.( ) Sócio-Fundador 2.( ) Sócio 3.( ) Outro ________________________________ 4.1 - E-mail: _________________________________________________________ 5 – Com relação a sua experiência neste negócio, pode-se afirmar que: 1.( ) É menor que 3 anos 4.( ) Situa-se entre 5 e 10 anos 2.( ) Situa-se entre 3 e 5 anos 5.( ) Situa-se entre 10 e 15 anos 3.( ) Situa-se entre 5 e 10 anos 6.( ) É maior que 15 anos 6 – Qual o seu nível de formação? 1.( ) Doutorado/ Pós-Doutorado 2.( ) Mestrado – Completo/ Cursando 3.( ) Especialização – Completo/ Cursando 4.( ) Superior Completo/ Cursando 5.( ) Superior incompleto/ Cursando 6.( ) Outro: ____________________ 7 - Setor da atividade econômica: 1.( ) Indústria 3.( ) Comércio 2.( ) Prestação de Serviços 4.( ) Outros _______________________________ 7.1 Tipos de atividades desenvolvidas/ serviços prestados: ____________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ PARTE II – ASPECTOS CONCERNENTES AO PROCESSO DE INCUBAÇÃO - o que as empresas esperavam e o que foi obtido. 8 – Com relação ao Período de Incubação, responda: 8.1 – Data de Início: ______/_______/________ (dia/mês/ano). 8.2 – Data de desligamento: ______/_______/________ (dia/mês/ano). 107 9 – Assinale a (s) alternativa (s) que fez/fizeram parte do processo de incubação: (Aceita-se mais de uma resposta). 1.( ) Pré-incubação 2.( ) Incubação 3.( ) Graduação 4.( ) Pós-graduação 5.( ) Outros:_______________________ 10 - Como você ficou sabendo da incubadora IBT? 1.( ) TV, Rádio, Jornal 3.( ) Amigos 2.( ) Palestras 4.( ) Outros _______________________________ 11 – O que o (a) levou a buscar a incubadora? (Aceita-se mais de uma resposta). 1.( 2.( 3.( 4.( ) Infraestrutura e serviços oferecidos. ) Facilidade de Crédito. ) Apoio no desenvolvimento do Plano de Negócio. ) Outros _________________________________________________________ 12 – Com relação aos aspectos descritos, concernentes à incubadora, indique o grau de satisfação. (Mostrar opções). 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 01. Espaço Físico 02. Serviços de escritório. 03. Aconselhamento técnico. 04. Parceiros adequados. 05. Ambiente de cooperação. 06. Acesso a financiamentos. 07. Acesso a laboratórios universitários. 08. Acesso a laboratórios de empresas. 09. Acesso a informações tecno-científicas. 10. Comunicação com órgãos internacionais 11. Cursos e Seminários 12. Participação em Feiras e Exposições 13. Oportunidades de Negócios 14. Apoio no desenvolvimento do Plano de Negócio. PARTE III– ASPECTOS RELACIONADOS ÀS PRÁTICAS EMPREENDEDORAS E INOVADORAS - avaliar a contribuição da incubadora para o desenvolvimento de práticas empreendedoras e inovadoras. 13 – O que motivou a abertura da empresa? 1.( ) Intuição 2.( ) Vontade de ter um negócio próprio 3.( ) Necessidade 4.( ) Identificação de uma oportunidade (sem um estudo de viabilidade) 5.( ) Estudo de Viabilidade (com um estudo de viabilidade) 6.( ) Outros:______________________ 108 14 - Com relação ao número de pessoas ocupadas, responda: 14.1 – Número de sócios: ______________________________________________ 14.2 - Número de funcionários: __________________________________________ 14.3 – Número de estagiários:___________________________________________ 14.4 – Outros (especificar): _____________________________________________ 15 – Sua empresa participa de alianças e redes estratégicas? Se Sim responda as questões 15.1 e 15.2 1. ( ) Sim 2.( ) Não 15.1 – Quais tipos de alianças? (Aceita-se mais de uma resposta). 1.( ) Arranjos voluntários (...) 2.( ) Parcerias entre empresas envolvendo trocas 3.( ) Compartilhamento de produtos 4.( ) Compartilhamento de tecnologias 5.( ) Compartilhamento de serviços 6.( ) Outras: _______________ 15.2 –Escolha no máximo três fatores determinantes para a busca de alianças (Aceita-se mais de uma resposta). 1.( ) Aprendizagem com os parceiros 2.( ) Economia de escala 3.( ) Gerenciamento de riscos 4.( ) Compartilhamento de custos 5.( ) Redução de custos na entrada em novos segmentos 6.( ) Compartilhamento de recursos 7.( ) Estreitar relações comerciais 8.( ) Não se aplica 16 – Com relação à Inovação, avalie os itens abaixo, segundo atividades praticadas pela sua empresa. 1. Pratica muito 4. Pouco pratica 2. Pratica 5. Não pratica 3. Pratica Moderadamente 6. Não tenho opinião/ Não sei 01. As pessoas de todos os níveis são incentivadas a contribuir com ideias e sugestões para a melhoria dos serviços prestados pela empresa. 02. Investimento em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) 03. Número de projetos para desenvolvimento de novos produtos. 04. Incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores e soluções voltadas para o aprimoramento dos negócios praticados pela empresa. 05. Adoção de técnicas avançadas de marketing, comunicação e informação, incluindo pesquisas mercadológicas, como instrumento sistemático de gestão. 06. As equipes utilizam sistematicamente novas técnicas e metodologias para proceder à melhoria de seus processos. 07. A empresa possui dados que demonstram uma melhoria do resultado operacional ao longo dos últimos anos. 08. A empresa possui dados que indicam que a satisfação dos clientes com o serviço prestado (ou produtos) tem melhorado. 109 17 – Qual a origem dos recursos utilizados na abertura do empreendimento? 1.( ) Setor Governamental (financiamentos) 2.( ) Setor Privado (recursos próprios) 3.( ) Parte dos recursos através de financiamentos e parte de recursos próprios. 4.( ) Outro _______________ PARTE IV – ASPECTOS MERCADOLÓGICOS - avaliar a contribuição da incubadora na atuação mercadológica da empresa. 18 - No que concerne à contribuição da Incubadora para atuação mercadológica da sua empresa, responda: (Mostrar opções). 1. Discordo plenamente 4. Concordo mais do que discordo 2. Discordo mais do que concordo 5. Concordo plenamente 3. Concordo 6. Não tenho opinião/ Não sei 01. O ambiente acadêmico-científico, encontrado na Incubadora, facilita a inovação das empresas em seu ramo de atuação. 02. A Incubadora da qual o (a) Sr. (Srª) participou é sempre ágil e eficaz na busca por atender às necessidades apresentadas pelas empresas. 03. As ferramentas de gestão fornecidas pela incubadora atendem totalmente às necessidades. 04. O modelo de gestão proposto pela Incubadora fornece ferramentas de Planejamento Estratégico, como a definição de objetivos e metas, visão, missão, posicionamento, etc. 05. A incubadora ajudou a posicionar o produto/ serviço no mercado. 06. A incubadora auxiliou na elaboração do preço praticado. 07. A incubadora auxiliou na escolha do ponto/ localização da empresa. 08. A empresa foi incentivada a conhecer seus concorrentes. PARTE V – ATRIBUTOS RELATIVOS À SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS avaliar a contribuição da incubadora para a permanência da empresa no mercado. 19 – Sua empresa obteve lucro em 2008? 1. ( ) Sim 2.( ) Não 20 – Como você considera o desempenho financeiro da empresa? 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 21 – Como você considera o desempenho financeiro da sua empresa frente aos concorrentes? 1.( ) Péssimo 2.( ) Ruim 3.( ) Bom 4.( ) Muito Bom 5.( ) Excelente 6.( ) Não tenho opinião / Não sei 110 22 – O(A) Senhor (a) acha que o fato de sua empresa ter nascido em uma Incubadora foi um fator decisivo para a viabilidade do negócio? (Se NÃO, responda a questão 22.1) 1.( ) Sim 2.( ) Não 22.1 – Por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 23 - Com relação aos itens listados abaixo, classifique-os conforme o grau de importância relativo à contribuição do IBT à sua empresa, sendo que: 1. Contribuiu Muito 2. Contribuiu 3. Contribuição Média 4. Pouca contribuição 5. Nenhuma contribuição 6. Não tenho opinião/ Não sei 01. Aumentar a taxa de sobrevivência e de sucesso das empresas incubadas. 02. Proporcionar o crescimento e a estabilidade de empresas incubadas. 03. Fomentar o empreendedorismo. 04. Contribuir para o desenvolvimento local e regional, sendo agente de inovação. 05. Gerar uma estratégia competitiva clara e bem sucedida no segmento de mercado proposto pela incubadas. 06. Contribuir para a definição de políticas públicas sintonizadas com a realidade de um mundo cada vez mais globalizado. 07. Estruturar processos gerenciais competentes, inovadores e sustentáveis às incubadas. 08. Estimular o papel das universidades e centros de pesquisa no processo de inovação tecnológica por meio da criação de novas empresas. 09. Estruturar serviços que sejam realmente importantes para o desenvolvimento e a consolidação dos empreendimentos. 10. Estabelecer relacionamentos e alianças que assegurem o atendimento às empresas incubadas. 11. Transferência de Tecnologia 12. Dotar a incubadora de infraestrutura adequada ao atendimento às empresas incubadas. 13. Capacitar equipes inovadoras, empreendedoras e comprometidas para conduzir o processo de incubação. 14. Adequar o modelo de incubação à realidade econômica, cultural, social e política da região em que está inserida. 15. Identificar fontes de financiamento e modelos de negócios que garantam a sustentabilidade da incubadora. 16. Estruturar estratégias para captação de recursos para empresas incubadas. 17. Criar estratégias para que as empresas incubadas desenvolvam sua capacidade de vendas e gerem negócios. 18. Criar mecanismos e instrumentos de promoção de empresas incubadas junto à comunidade local, a órgãos e instituições estratégicas. 111 19. Estruturar mecanismos de associativismo e cooperativismo entre as empresas incubadas como forma de promover a troca de informação e a geração de redes de negócios. 20. Sintonizar as empresas incubadas com as principais tendências tecnológicas e mercadológicas mundiais. 21. Estimular e gerar novas empresas que se insiram em clusters e cadeias estratégicas já estruturadas ou em fase de consolidação. 22. Ser símbolo do empreendedorismo e inovação, gerando empresas fortes que inspirem as gerações futuras. 23. Lucro para incubadora. 24. Geração de empregos. 24 – Sua empresa ainda mantém contato com a Incubadora? (Se sim, responda a questão 24.1) 1. ( ) Sim 2.( ) Não 24.1 – Como se dá esse contato? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ PARTE VI – INFORMAÇÕES ADICIONAIS 25. Existe alguma questão que o (a) Sr.(a) gostaria de acrescentar à pesquisa? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Chegamos ao fim do questionário. Muito obrigada pela atenção! 112 ANEXO 1 – FOLDER IBT/CRITT/ UFJF – EDITAL DE INCUBAÇÃO DE MARÇO / 2009