CAIXAs WILSON AUDIO ALEXIA, TV SAMSUNG 85” ULTRA HD 4K, AMPLIFICADOR INTEGRADO CARY SLI 80, TOCA-DISCOS REGA RP8 E CÁPSULA KOETSU ROSEWOOD STANDARD
Ano 18
AUDIO VIDEO MAGAZINE - MUSICIAN MAGAZINE . julho 2013 . # 191. ANO 18
toca-discos rega rp8
amplificador integrado cary sli 80
cápsula koetsu rosewood standard
cabos digitais prodac vee 3 e signature
digital tuned aray da chord company
eventos
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hi-end show 2013
primeiro teste
mundial
caixas wilson audio alexia
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Arte em reprodução eletrônica
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julho 2013
teste áudio 1
CAIXAS WILSON AUDIO ALEXIA
Fernando Andrette
[email protected]
Claro que é uma honra sermos a primeira publicação do mundo a
estão desalinhados no domínio do tempo. Ensaios com diversos
testar as novas caixas Alexia da Wilson Audio, mas também sabe-
consumidores (melômanos e audiófilos) mostram que mesmo di-
mos da responsabilidade que é fazê-lo! Os créditos obviamente têm
ferenças de apenas 20 microssegundos entre os alto-falantes são
que ser repartidos com o distribuidor, que não mediu esforços para
perceptíveis pelo ouvido humano! E em termos musicais, isso resulta
nos ceder as caixas já no início de abril, para que tivéssemos tempo
em perda de foco, velocidade, transparência e precisão no timbre,
suficiente de realizar o teste no melhor prazo possível.
fazendo com que a música soe menos real.
As Alexia causaram enorme furor em sua apresentação na CES
Outro ponto importante de destaque no desenvolvimento das
no início do ano. Para muitos dos visitantes foi um dos melhores
Alexia foi na utilização dos mesmos alto-falantes de médios e agu-
sons da feira. As principais qualidades citadas descreveram as cai-
dos da Alexandria XLF. Depois de anos utilizando em toda a linha os
xas como de tamanho médio, com enorme facilidade de tocar dinâ-
tweeters invertidos de titânio, David Wilson criou um novo tweeter
micas complexas com autoridade e níveis de volume muito realistas,
na Alexandria XLF que tinha como meta atingir três importantes ob-
com uma enorme vantagem: adaptação e ajuste fino mesmo em
jetivos: largura de banda integralmente linear, potência compatível
salas mais modestas. O que a Wilson Audio mais enfatizou em Las
com outros alto-falantes e resposta de frequência realmente baixa
Vegas é que as Alexia ‘não são Sachas um pouco maiores, ou Maxx
para casar perfeitamente com o alto-falante de médios. E, depois de
um pouco menores!’
escutar tudo que de melhor existia no mercado (desde os modelos
Foram dois anos de desenvolvimento, e muito da tecnologia das
mais exóticos), optou pela produção do Tweeter Synergy, um mo-
Maxx 3 e das Alexandria XLF foram utilizadas nas Alexia. Entre as
delo de uma polegada de domo de seda. Sua resposta se estende
principais características herdadas dos modelos superiores, desta-
para mais de 30 kHz! O modelo utilizado na Alexia foi concebido
co os cuidados com o alinhamento de tempo e fase, que permite
para casar perfeitamente com a geometria do alto-falante de médios
o ajuste de rotação em relação ao eixo de dispersão do tweeter, e
com cone de fibra de celulose e carbono (trata-se de um alto-falante
do alto-falante de médios, que otimiza o posicionamento correto da
de sete polegadas).
audição em diversos ambientes com tamanho e acústica diferen-
Ainda que, com um gabinete de graves apenas 18% mais volu-
tes. Esta tecnologia, batizada pelos engenheiros da Wilson Audio de
moso que das Sasha, a resposta de graves das Alexia é em tudo
Aspherical Propagation Delay, estava apenas presente nas Maxx 3
superior, ficando muito mais próximo das Maxx 3. Para se atingir
e nas Alexandria XLF.
este resultado, a Wilson Audio escolheu montar no gabinete de gra-
É sabido que as pessoas são capazes de detectar os efeitos so-
ves um alto-falante de dez polegadas com outro de oito polegadas,
noros que resultam quando os transientes de vários alto-falantes
ambos também com cone de fibra de celulose e carbono. Definidos
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CAIXAS WILSON AUDIO ALEXIA
os dois novos woofers, era preciso otimizar a resposta de graves
para um gabinete compacto, sem sacrificar a velocidade, o contraste dinâmico, o recorte e a extensão; e ainda havia outro obstáculo: a
transição para os médios deveria ser perfeita, dando a sensação do
ouvinte estar escutando uma caixa full range! Para se atingir todos
esses objetivos, os engenheiros levaram 18 meses entre a construção de diversos protótipos e o desenvolvimento do novo crossover.
Ao contrário das Sasha, que foram desenvolvidas em um gabinete
de duplo módulo, nas Alexia cada alto-falante possui seu gabinete. Essa escolha por uma montagem totalmente modular permite o
ajuste perfeito no domínio do tempo através da tecnologia de atraso
de cada alto-falante. Esse ajuste no eixo do alto-falante de médios
e no tweeter se move para frente e para trás, com oito possibilidades de alinhamento. O cabeçote onde se encontra o alto-falante de
médios e o tweeter também pode ser levantado ou abaixado para a
melhor resposta de foco, espacialidade (ambiência) e equilíbrio tonal!
O gabinete das Alexia foi desenvolvido com a mesma tecnologia utilizada na Alexandria XLF: as paredes dos gabinetes utilizam os materiais
batizados de X-Material, com camadas mais espessas que as utilizadas nas Sasha, para poderem suportar a maior energia gerada pelos
alto-falantes de graves. Com isso, cada caixa pesa mais de 115 kg!
Para o transporte das Alexia até a nossa sala de testes foi montada
uma verdadeira estratégia pelo pessoal da Ferrari Technologies.
Quatro pessoas fizeram o transporte e a montagem básica das caixas, que ficaram provisoriamente sobre rodinhas até a visita do amigo Fred Ribeiro, que teve a incumbência de fazer o ajuste fino.
Como em todas as caixas Wilson Audio, o encarregado do ajuste
final vem munido de um arsenal de acessórios que englobam trena,
decibilímetro e guindaste portátil para o levantamento das caixas,
fora a paciência e a dedicação necessária para a audição de muitas
horas de música, e um senta e levanta interminável! Depois de todo
esse processo, entra em cena o felizardo que comprou as caixas,
que deverá ficar sentado em sua posição favorita para o ajuste do
cabeçote de médios e agudos. Esse processo também pode levar
algumas horas, pois as opções de ajuste são infinitamente maiores
que das Sasha ou Watt Puppy. O que testemunhei no ajuste fino,
é que milímetros entre o deslocamento do cabeçote para frente ou
para trás fazem uma diferença entre o certo e o errado em termos
de precisão, velocidade e coerência tonal, e que o ajuste vertical
também representa o perfeito em termos de soundstage e percepção do tamanho das salas de gravações (ambiência). A sorte é que
as Wilson Audio disponibilizam rodas para o ajuste fino, facilitando
muito o deslocamento das caixas até o ponto ideal de colocação
das mesmas. Mas ainda assim, o ajuste fino demanda tempo e
muita paciência!
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CAIXAS WILSON AUDIO ALEXIA
Para o teste, utilizamos os seguintes equipamentos: powers mo-
desfrutar de audições com um amplo palco sonoro à sua frente, re-
noblocos: Momentum Dan D’Agostino, Air Tight ATM-1S e no fi-
pleto de planos, foco e recorte. A sensação auditiva é de quase uma
nal o Air Tight ATM-3; pré-amplificadores: darTZeel NHB 18 NS,
materialização holográfica tridimensional dos cantores e músicos!
Pass Labs XP-30 e Air Tight ATC-1S; fontes digitais: CD player Rega
Com esse novo tweeter, a coerência na passagem entre as médias
Isis, CD player Audia Flight One e dCS Scarlatti; fontes analógicas:
altas e os agudos é precisa, o que nos dá um imenso conforto audi-
AMG Viella V12 e cápsula Benz LP; cabos de caixa: Kubala-Sosna
tivo, e para o nosso cérebro não há aquela sensação de música re-
Elation e Transparent Audio Reference MM2; condicionador de ener-
produzida eletronicamente. A cada 50 horas de queima, novamente
gia: AC Organizer LC 311 SE Plus; e racks: Audio Concept Reference.
escutamos os mesmos discos, e a partir de 150 horas, as mudanças
Quando as Alexia chegaram para o teste, elas estavam com apro-
foram quase que pontuais! A maior diferença entre 100 e 150 horas
ximadamente 50 horas de queima. E a boa notícia é que neste está-
se deu na qualidade do deslocamento de ar e no peso dos graves.
gio de amaciamento todas as suas incríveis virtudes já estavam pre-
Eles se tornaram audivelmente mais precisos, velozes e profundos.
sentes! Depois de oito horas na companhia do amigo Fred Ribeiro,
Aquela sensação de ‘freio de mão puxado’ acabou, possibilitando
deixei-as em descanso, fui responder meus e-mails e só depois do
audições de rock e pop em volumes mais próximos do real. Com
jantar voltei à sala para minhas anotações iniciais. Duas caracte-
200 horas de queima, resolvemos dar por encerrado o amaciamen-
rísticas chamaram imediatamente minha atenção: os agudos mais
to, e nos pusemos a escutar as caixas por quatro semanas. Foram
extensos e naturais, e a precisão e extensão dos graves! Caracterís-
mais de 200 discos de todos os gêneros e qualidade técnica.
ticas que sempre desejei (para o meu gosto pessoal) encontrar nas
Nas duas últimas semanas, o único rodízio na eletrônica que fize-
caixas que testei da Wilson Audio. Em minhas anotações finais das
mos foi o de tirar os powers Momentum e ouvirmos os ATM-3. Foi
Sasha, escrevi: ‘As Sasha possuem menos assinatura sônica pessoal
muito interessante sair de uma amplificação de estado sólido para
que as Watt Puppy, mas ainda assim ouço uma certa imposição,
um valvulado, e ver como as Alexia se comportavam. Com ambos
principalmente nos extremos’. Interessante que, para todos os fãs e
os amplificadores, o grau de realismo e precisão musical manteve
admiradores das caixas Wilson Audio, esta ‘assinatura sônica’ é um
sempre o alto nível! As caixas se mostraram altamente compatíveis
dos pontos fortes deste fabricante, mas para quem vive de testar
com qualquer eletrônica disponível, e mesmo com o ATM-1S, de
equipamentos essa é uma característica a ser evitada. Nas Alexia,
apenas 36 W por canal, o resultado foi primoroso! Não posso deixar
talvez pelos novos alto-falantes, essa ‘assinatura sônica’ não existe,
de destacar o encanto que foi ouvir as texturas nas Alexia com os
o que me conquistou de imediato!
amplificadores valvulados: a qualidade e naturalidade das nuances e
As Alexia são caixas extremamente fáceis de tocar, seja em vo-
a intencionalidade de gravações de quartetos de cordas, vozes em
lumes moderados ou não. Sua autoridade, independentemente do
capela e música de câmara estão na lista das melhores audições
volume, é inquestionável! A região média é translúcida, palpável e
que já realizei em toda a minha vida de articulista! Eram tão luxurian-
admiravelmente natural e musical. O ouvinte só tem que sentar e
tes e realistas que a cada descoberta voltávamos ao início da faixa
para poder desfrutar novamente daquele momento! Agora imagine
poder aliar este grau de realismo na apresentação de texturas com
um palco absurdamente amplo e preciso, ouvindo plano por plano,
com um foco cirúrgico. Foi assim que, por semanas, minhas noites
foram regadas. Resultado: audições que por dias se estenderam até
às duas da manhã! Vou ser franco com o amigo leitor: não tenho
mais idade nem paciência para fazer este tipo de maratona musical,
a não ser que o produto em teste valha todo esse sacrifício!
Faltava saber em termos de macrodinâmica se as Alexia estavam mais para as Sasha ou Maxx 3. Não tive dó nem piedade, ouvi
nossos discos mais cavernosos, aqueles que selecionamos apenas para caixas capazes de suportar enormes variações dinâmicas
em pé, sem esboçar nenhum receio! Foi simplesmente magnífico a
reprodução da abertura 1812, versão Telarc! Os tiros de canhões
foram precisos, incisivos e assustadores como sempre! Com a ajuda dos monoblocos Momentum, o grau de realismo das Alexia foi
soberbo!
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CONCLUSÃO
hi-end, e que pelos seus inúmeros atributos vai tirar o sono de mui-
Como escrevi acima, ainda que em todos os modelos já testados
tos concorrentes! Espero que todos os nossos leitores tenham a
da Wilson Audio eu tenha reconhecido inúmeras virtudes, para o
meu gosto, a assinatura sônica não era compatível com as minhas
necessidades de articulista. E no âmbito puramente pessoal, a qua-
oportunidade de escutá-las no Hi-End Show em setembro, e constatar com seus próprios ouvidos tudo que relatei aqui em primeira
mão para vocês!
lidade do tweeter de titânio e os graves não me agradavam plenamente! Ainda que não tenha nunca escutado as Alexandria XLF, pela
qualidade dos novos alto-falantes (principalmente do novo tweeter)
imagino que sua performance seja exuberante! Fico com essa impressão pelo fato das Alexia possuírem muito do seu DNA e terem
dado um passo gigantesco em relação ao que julgava ser uma limitação dos outros modelos.
Acredito que com esse depoimento deixo explícito o quanto gostei das Alexia! São caixas com grandes qualidades: as sônicas aqui
relatadas, a compatibilidade com amplificadores de topologias distintas e seu alto grau de flexibilidade no ajuste e na adequação de
salas de diferentes tamanhos e tratamentos acústicos! E o melhor
de tudo: o tamanho físico não nos dá a mínima pista do quanto elas
tocam e com que padrão de qualidade reproduzem qualquer gênero musical! É um produto que veio para fazer história no mercado
Tipo de gabinete do
Duto traseiro / Material-X
woofer
CAIXAS WILSON AUDIO ALEXIA
Equilíbrio Tonal12,0
Tipo de gabinete dos
Duto traseiro / Material-X /
Palco Sonoro12,0
médios
baffle de Material-S
Textura13,0
Tipo de gabinete do
Selado / Material-X
tweeter
Transientes12,0
Dinâmica11,0
Corpo Harmônico12,0
Woofers
8” / 10”
Médios
7”
Tweeter
Domo de 1”
Sensibilidade
90 dB @ 1 W @ 1 m @ 1k
Impedância nominal
4 Ohms / mínimo 2 Ohms @
80 Hz
Potência mínima
20 W / canal
Resposta de
20 Hz - 32 kHz +/- 3 dB
frequência
Dimensões (A x L x P)
135,29 x 38,74 x 53,7 cm
Peso aproximado
116,12 kg
Organicidade12,0
Musicalidade12,0
Total96,0
VOCAL
ROCK . POP
JAZZ . BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
Ferrari Technologies
(11) 5102.2902
R$ 275.000
por caixa
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