Anexo II Definição da Caixas de Integração Anexo II ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 1. Critérios de Definição 2 1.1. Zonas de Influência das Descargas 2 1.2. Tempo de Permanência da Água 4 2. Caixas de Integração 5 ÍNDICE DE FIGURAS Figura II. 1 - Distribuição das partículas emitidas na Ria de Aveiro, após 30 dias de Simulação................3 Figura II. 2 - Delimitação das Zonas de Influência de Descargas. ...............................................................3 Figura II. 3 - Distribuição das partículas emitidas: Tempo de permanência na Ria de Aveiro. ...................4 Figura II. 4 - Delimitação das Zonas de Igual Tempo de Permanência da Água .........................................5 Figura II. 5 - Caixas de Integração consideradas para a Ria de Aveiro ........................................................6 I Anexo II INTRODUÇÃO O sistema MOHID permite o cálculo da concentração das várias propriedades em estudo, ao longo do tempo, em cada uma das células que constituem a malha. A visualização espacial dos resultados é fundamental para uma correcta caracterização do local em estudo e, neste sentido e como mais uma ferramenta de análise de resultados, o sistema MOHID permite a aplicação do conceito de Caixas de Integração. Em cada uma destas caixas, o modelo determina um valor de concentração, para as propriedades em estudo, que resulta da média dos valores obtidos nas várias células que constituem a caixa. Desta forma, torna-se possível associar às várias zonas do estuário um valor de concentração, caracterizando-as em termos de propriedades ecológicas. A utilização de Caixas de Integração torna, ainda, possível a análise sob o ponto de vista de fluxos de massa entre caixas, que em conjunto com os outros tipos de resultados, permite o estabelecimento de algumas conclusões, ou a verificação de hipóteses, tais como a identificação de zonas predominantemente produtivas ou de transporte, tentando enquadrar cada uma das áreas, no sistema ecológico. Este Anexo apresenta as considerações e os critérios seguidos para a definição de Caixas de Integração adequadas ao estudo da qualidade da água na Ria de Aveiro. 1 Anexo II 1.Critérios de Definição Uma Caixa de Integração representa uma zona, para a qual é possível atribuir um único valor de concentração das propriedades em análise, representativo de toda uma área (caixa). Desta forma, pretende-se com a definição das várias caixas, delimitar zonas com características semelhantes, não só em termos ecológicos, mas também em termos físicos. De relatórios anteriores conclui-se que, o sistema ecológico da Ria de Aveiro é fortemente dependente dos processos físicos que nele ocorrem, pelo que se consideram neste estudo dois critérios físicos fundamentais: influência das descargas consideradas e o tempo de permanência da água no interior da Ria. A delimitação das caixas com base nos dois critérios é feita recorrendo a resultados de uma simulação do Modelo Lagrangeno incluído no sistema MOHID. A emissão contínua de partículas (que representam uma massa de água) nas várias células de descarga, distinguidas com uma coloração diferente, permite uma percepção do percurso realizado pela água. 1.1.Zonas de Influência das Descargas Considera-se a existência de cinco descargas na Ria de Aveiro que correspondem à afluência dos Rios Vouga, Antuã, Caster, Boco e ainda uma entrada de água doce no Canal de Mira (Valas de drenagem). No Anexo III - Quantificação das Descargas na Ria de Aveiro, é feita uma abordagem mais pormenorizada das opções tomadas para a caracterização destas descargas. Na Figura II. 1 é possível visualizar a distribuição das várias partículas emitidas em cada uma das descargas, após 30 dias de simulação. Cada uma das cores corresponde a uma descarga diferente, pelo que é possível distinguir no interior da Ria a localização das partículas com origem nas várias descarga. A figura permite distinguir claramente as zonas de influência dos rios e ainda delimitar as áreas consideradas de mistura, Figura II. 2. 2 Anexo II Figura II. 1 - Distribuição das partículas emitidas na Ria de Aveiro, após 30 dias de Simulação. Figura II. 2 - Delimitação das Zonas de Influência de Descargas. 3 Anexo II 1.2.Tempo de Permanência da Água O tempo de permanência da água no interior da Ria é também uma das formas de visualização dos resultados da simulação efectuada, usando o Modelo Lagrangeano. Neste caso, a coloração das partículas é feita, não pela sua descarga de origem, mas sim pela sua “idade” ao longo da simulação, ou seja, o seu tempo de permanência no interior da Ria, em dias. Decorridos os trinta dias da simulação, observa-se a distribuição de partículas apresentada na figura seguinte, Figura II. 3. Figura II. 3 - Distribuição das partículas emitidas: Tempo de permanência na Ria de Aveiro. Pela observação da figura, verifica-se que as partículas mais “velhas” existentes no interior da Ria datam de 10 dias, o que indirectamente indica um tempo de residência da água na ordem dos 10 dias, consistente com os resultados apresentados no relatório principal. É possível identificar zonas onde o tempo de permanência da água é muito baixo, nomeadamente parte da zonas antes identificadas como áreas de influência das descargas, o que seria já esperado, uma vez que se tratam de zonas onde a água é renovada rapidamente pela contínua descarga de água. A zonas com partículas mais 4 Anexo II “antigas” podem indicar, por um lado, áreas mais calmas, onde o movimento de água é reduzido, ou por outro lado, zonas onde, apesar de o transporte ser importante, este tem essencialmente um efeito de mistura, mais do que um efeito de expulsão das partículas do interior da ria . Mais uma vez é possível estabelecer, qualitativamente, a delimitação de zonas, de acordo com a permanência das partículas no seu interior, Figura II. 4. Figura II. 4 - Delimitação das Zonas de Igual Tempo de Permanência da Água 2.Caixas de Integração Da análise das figuras anteriores, tentando de uma forma qualitativa integrar os critérios de delimitação considerados, surge a figura seguinte, Figura II. 5, que divide a Ria de Aveiro em dez zonas. 5 Anexo II Figura II. 5 - Caixas de Integração consideradas para a Ria de Aveiro As caixas 1,3,4,7,8 são caixas onde existe uma descarga e por essa razão serão zonas onde a qualidade da água será, à partida, extremamente influenciada pelas condições impostas na descarga. As caixas 2 e 6 correspondem a zonas onde a mistura é bastante acentuada. Por último, consideram-se as caixas 5, 9 e 10, que constituem o canal principal, onde o transporte tem uma componente muito importante. 6