Relatório
de
Sustentabilidade
Somague SGPS
Relatório
de
Sustentabilidade
2
Índice
01 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
4
02 DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE
6
03 A SOMAGUE
8
3.1 – Perfil
3.2 – Organograma
3.3 – Governo Corporativo
10
13
14
04 PRODUTOS E SERVIÇOS
20
4.1 – Principais Projectos
4.2 – Principais Clientes e Índice
4.3 – Qualidade
4.4 – Subcontratação
22
28
29
30
05 INOVAÇÃO
32
5.1 – Organização e Sistematização
5.2 – Gestão das Ideias
5.3 – Projectos IDI
34
37
38
06 COLABORADORES
42
6.1 – Colaboradores Somague
6.2 – Qualidade de Emprego
6.3 – Formação
6.4 – Avaliação de Desempenho e Progressão na Carreira
6.5 – Igualdade de Oportunidades, Liberdade de Associativismo, Direitos
Humanosde Desempenho e Progressão na Carreira
6.6 – Protecção Social
44
46
48
49
07 SEGURANÇA
54
7.1 – Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
7.2 – Índices de Sinistralidade
7.3 – Colaboração com a Autoridade para as Condições do Trabalho
56
59
61
08 AMBIENTE
62
8.1 – Gestão Ambiental
8.2 – Recursos Naturais
8.3 – Qualidade do Ar
8.4 – Energia e Alterações Climáticas
8.5 – Recursos Hídricos
8.6 – Solo
8.7 – Biodiversidade
8.8 – Paisagem
8.9 – Resíduos
8.10 – Ruído
8.11 – Património
8.12 – Síntese de Desempenho Ambiental
64
65
66
67
69
70
71
73
74
75
76
77
09 ENVOLVIMENTO, COOPERAÇÃO E COMUNIDADE
80
9.1 – Expectativas dos Stakeholders
9.2 – Comunicação Interna
9.3 – Comunicação Externa
9.4 – Investimento na Comunidade
9.5 – Desenvolvimento Económico e Social
82
83
84
85
91
10 ANEXOS
94
Glossário e Acrónimos
Critérios de Cálculo de Indicadores
Quadro de Correspondência GRI
Auscultação de Stakeholders
96
100
103
116
51
53
A17 - Marinha Grande / Mira
3
SOMAGUE SGPS
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01
Considerações Iniciais
O Relatório de Sustentabilidade 2009 da Somague
SGPS (abreviadamente Somague ou Grupo) sintetiza o
trabalho realizado durante o ano civil transacto na procura pela concretização dos objectivos e da estratégia
de actuação do Grupo. Dando continuidade ao reporte
anual praticado desde 2003, a Somague pretende
comunicar o seu desempenho social, económico e
ambiental de forma transparente e fidedigna, abrindo a
janela ao reconhecimento, à auto-reavaliação e à melhoria contínua, de acordo com as orientações e princípios
das Directrizes da Global Reporting Initiative (GRI), de
2006.
O âmbito e o conteúdo do Relatório, num nível “A” de
aplicação, foram determinados por aplicação dos princípios de materialidade, de inclusão de stakeholders, de
contexto da sustentabilidade e de abrangência definidos
na metodologia referida. A partir desta procedeu-se à
avaliação do desempenho económico, ambiental e
social da Somague e das suas participadas, adoptando os critérios de equilíbrio, comparabilidade, precisão, clareza e fidedignidade necessários à garantia da
qualidade da informação reportada.
Assim, o âmbito da avaliação detalhada neste Relatório
inclui as duas áreas de negócio do Grupo, a Somague
Engenharia e a Somague Utilities, bem como as respectivas principais unidades empresariais em que as
LUAS - Metro Ligeiro de Dublin - Irlanda
4
empresas detêm a totalidade ou a maioria do capital
social.
SOMAGUE SGPS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sempre que o âmbito se desvie do que aqui foi definido,
Somague Engenharia:
tal será devidamente referido junto da respectiva infor-
• Somague Engenharia, S.A.
mação relatada.
• Somague Engenharia Madeira, S.A.
O Relatório é constituído por 10 capítulos que, com
• Somague Ediçor Engenharia, S.A.
excepção do primeiro, dedicado à abordagem de apli-
• Somague Engenharia S.A. – Sucursal de Angola
cação dos princípios da GRI na definição do Conteúdo,
• Somague Engenharia S.A. – Sucursal de Cabo Verde
da Qualidade e do Limite do Relatório, sintetizam os
• Somague Engenharia S.A. – Sucursal do Brasil
grandes motores de desenvolvimento da Empresa.
• Somague Engenharia S.A. – Sucursal da Irlanda
• Somague Engenharia S.A. – Sucursal de Espanha
Ao longo de todo o Relatório são apresentados casos
• CVC – Construções de Cabo Verde, S.A.R.L.
específicos que concretizam os princípios de actuação
• Somague PMG – Promoção e Montagem de Negócios, S.A.
da Somague para com a Sociedade, o Ambiente e a
Economia, a nível nacional e internacional.
• Somague TI – Tecnologias de Informação, S.A.
• Somague Neopul – Gestão e Manutenção de Equipamentos, ACE.
Em anexo ao Relatório, apresenta-se um quadro de
correspondência entre os pontos da GRI e os conteúdos
do presente Relatório, bem como a referência às técnicas de medição de dados e as bases dos cálculos que
Somague Utilities:
sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos
• Neopul – Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
• Engigás – Tecnologia Multi-Serviços de Engenharia, S.A.
C
nível “A” de aplicação examinada pela GRI.
C+
B
B+
A
A+
Examinado pela GRI
Com Verificação Externa
Opcional
Examinado por Terceiros
Com Verificação Externa
Auto-Declarado
Com Verificação Externa
Obrigatório
2002
In Accordance
indicadores reportados. Este quadro justifica assim o
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SOMAGUE SGPS
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02
Declaração do Presidente
,José Luís Machado do Vale - Presidente do Conselho de Administração
6
SOMAGUE SGPS
DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE
O ano de 2009 foi claramente marcado pelo clima de crise
Movida também pelo crescente aumento das exigências
financeira mundial que abalou o tecido económico global,
ambientais dos clientes, pelo enquadramento legislativo
provocando a retracção dos agentes dos vários sectores
nacional e internacional, pela necessidade de optimização
económicos e a quebra geral da produção.
e controlo dos processos, pelas imposições das normas
de gestão ambiental internas, e naturalmente pela incerte-
Contudo, não podemos deixar de assinalar o caminho per-
za acerca da disponibilidade futura de recursos no Planeta,
corrido pela Somague em direcção aos objectivos que nos
a Somague tem vindo a marcar uma evolução crescente
impusemos alcançar desde a primeira publicação dedica-
de eficiência ambiental, ao longo dos anos.
da à Sustentabilidade da Empresa, em 2003.
Portanto, é com grande orgulho e satisfação que acolho os
Em 2009, a Somague divulgou o Código de Ética e Condu-
reconhecimentos e prémios de que a Somague foi alvo em
ta com o objectivo de orientar a conduta dos seus colabo-
2009, dos quais “Melhores Empresas para Trabalhar em
radores, criou o Departamento de Prevenção de Branquea-
Portugal”, “Prémio Desenvolvimento Sustentável 2009”,
mento de Capitais com a missão exclusiva de realizar a
“Outstanding Structure 2009” à Igreja da Santíssima Trinda-
gestão das actividades de prevenção de branqueamento
de e “Top Five Buildings of the Decade” à Casa da Música.
de capitais, conseguiu a certificação do Sistema de Gestão
Este é um sinal claro de que os nossos clientes, colabora-
da Qualidade da Somague Ediçor Engenharia, alargou a
dores, parceiros e a comunidade em geral reconhecem
implementação do SGIDI a outras empresas do universo
que a Somague está no bom caminho, no caminho da Sus-
Somague, apoiou eventos culturais e causas humanitárias,
tentabilidade.
apesar da contenção económica, e cooperou o com o
BCSD e com a rede RSO.pt em projectos para o desenvolvimento sustentável.
A forte aposta na Inovação, através da definição e implementação do Sistema de Gestão de IDI na Somague, permitiu-nos organizar e sistematizar as actividades no contexto da Inovação, estimular outros colaboradores a participar na identificação de ideias e no desenvolvimento de
projectos e, especialmente, desmistificar conceitos, demonstrando que se pode inovar fazendo a mesma coisa de
outra maneira.
José Luís Machado do Vale
Presidente do Conselho de Administração
7
8
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SOMAGUE SGPS
A Somague
• Perfil • Organograma • Governo Corporativo
Molhes da Barra do Douro
Missão
Assegurar de uma forma sustentada e contínua a melhoria da qualidade de vida da população, construindo as infra-estruturas do futuro, baseada nos mais elevados padrões de performance em termos de qualidade, custo e prazo.
Visão
Ser uma empresa de sucesso nas áreas da construção civil e obras públicas onde exerce a sua actividade, assegurando
a satisfação e confiança dos seus clientes pela qualidade e competitividade dos seus produtos e serviços, beneficiando
com tudo aquilo que fizer, correspondendo aos anseios dos colaboradores.
Valores
Inovação, Espírito de Grupo, Orientação para o Cliente, Desenvolvimento Profissional, Ética e Responsabilidade Social,
Respeito pelo Indivíduo, Qualidade Organizacional.
9
10
SOMAGUE SGPS
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3.1 – Perfil
A Somague possui uma experiência de mais de seis
construção civil, apresenta ainda um longo currículo na
décadas na prestação de serviços nas mais variadas
construção de estruturas industriais, habitação, infra-
áreas de engenharia.
-estruturas de lazer, desportivas e ambientais e na reabilitação de monumentos.
Com uma forte presença nos mercados nacional e internacional, foi responsável pela execução das mais exi-
A sua presença, actualmente espalhada um pouco por
gentes obras marítimas, barragens, estruturas hidráuli-
todo o mundo, tem difundido a sua competência técni-
cas fluviais, infra-estruturas ferroviárias, túneis, esca-
ca, a sua responsabilidade social e as suas exigências
vações subterrâneas, vias de comunicação e aeropor-
ambientais pelos variados contextos culturais e sociopo-
tos, no ramo das obras públicas. Nos trabalhos de
líticos, nos continentes europeu, americano e africano.
Principais Indicadores
(Milhares de Euros)
Indicadores Económicos
2008
2007
796.956
761.298
726.506
25.086
19.722
26.311
140.389
135.931
149.191
7.503
-8.917
7.510
35.002
39.685
41.401
5.038
4.705
3.968
121.109
113.609
119.367
0
0
0
2009
2008
2007
Nº de colaboradores
3.395
3.520
3.560
Formação/colaboradores (h)
12,59
12,26
13,32
371
275
288
Volume de negócios
Cash flow
Capital próprio
Resultado líquido
EBITDA
Impostos sobre o rendimento
Custos com pessoal
Ajuda financeira recebida do Estado
Indicadores Sociais
Encargos com protecção social não obrigatórios (€/colaboradores)
2009
SOMAGUE SGPS
A SOMAGUE
Indicadores Ambientais
2009
2008
2007
Consumo de água (m3) (rede+furo)
249.058
197.123
240.773
Consumo de cimento (ton)
116.978
108.137
153.833
1.217.467
819.153
Consumo de agregados (ton)
1.659.046
Produção de RCD (ton)
94.463
31.524
12.324
Emissões de CO2 (ton)
24.808
23.041
27.798
Distribuição por Empresas
Volume de Negócios
(€, 2009)
Somague PMG
686.068 €
Somague Engenharia Sucursal Brasil
1.278.977 €
Somague TI
3.789.780 €
8.946.912 €
Somague Neopul ACE
13.032.104 €
Somgue Engenharia Sucursal Espanha
23.391.497 €
Engigás
27.227.165 €
CVC
34.628.799 €
Somague Madeira
46.825.590 €
Somague Ediçor
72.227.062 €
Neopul
86.138.153 €
Somague Engenharia Sucursal Irlanda
191.170.806 €
Somague Engenharia Sucursal Angola
395.733.987 €
Somague Engenharia
0€
Colaboradores
150.000.000 €
300.000.000 €
450.000.000 €
(Nº, 2009)
Somague PMG 0
Somague Engenharia Sucursal Espanha 4
Somague Engenharia Sucursal Irlanda 4
Somague Engenharia Sucursal Brasil 6
Outras 9
28
Somague TI
69
Somague Neopul ACE
75
Somague Angola
114
CVC
126
Somague Madeira
173
Engigás
Neopul
Somague Ediçor
Somague Engenharia Sucursal Angola
Somague Engenharia
0
200
283
388
932
1.184
400
600
800
1.000
1.200
1.400
11
12
SOMAGUE SGPS
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Distribuição por Mercado Geográfico
Volume de Negócios
(%, 2009)
Portugal (55,73%)
Angola (23,99%)
Espanha (5,51%)
Irlanda (1,54%)
Cabo Verde (3,05%)
Brasil (0,16%)
Moçambique (0,02%)
Marrocos (0,001%)
Colaboradores
(%, 2009)
Portugal (56,20%)
Angola (34,05%)
Cabo Verde (4,42%)
Espanha (3,68%)
Irlanda (1,33%)
Brasil (0,21%)
Outros (0,12%)
Volume de
Negócios
797 M Euros
3395
Colaboradores
4 Prémios
SOMAGUE
SGPS
Imposto sobre
o Rendimento
5 M Euros
Presença em
3 Continentes
6 Países
Principais Marcos 2009
Certificação do SGQ da
Somague Ediçor
Alargamento do número de
empresas com projectos IDI
Somague entre as 100
empresas com mais
investimento em ID
Prémio "As Melhores
Empresas para Trabalhar"
Redução do número total de
acidentes
80% de RCD encaminhados
para valorização
Colaboração com o BCSD
Portugal
Participação na
rede RSO.pt
Prémio Desenvolvimento
Sustentável
Prémio
“Outstanding Structure"
SOMAGUE SGPS
A SOMAGUE
13
3.2 – Organograma
SOMAGUE
SGPS
PEVR
80%
SOMAGUE
UTILITIES
100%
ENGIGÁS
100%
NEOPUL
100%
FERROPOR
50%
SOMAGUE
ENGENHARIA
NEOPUL
IRELAND, LTD
100%
ENGIGÁS
CABO VERDE
100%
ENFOQUE
80%
ENGIGÁS
GAELTEC
75%
PARTICIPADAS
ACE’S
SMLN
6%
JV - BOWEN
SOMAGUE
50%
ETRS MEIA
SERRA
3,77%
LINHA
VERMELHA
26,32%
RESERCAVADO
33,33%
MADALENAGIR
12,75%
BRISAL
20%
JV - SOMAGUE
BOWEN SACYR
75%
LINHA DO NORTE
(2.1)
32,5%
METRO
50%
LINHA AMARELA
26,32%
BAÍACAIS
12,75%
PORTAS DA
LAGOA
12,75%
PPPS
14,4%
NORMETRO
20%
LIPOR
CONSTRUÇÃO
60%
ÁGUAS DE
BARCELOS
70%
UTE GORDONIZ
80%
HSE EMP.
IMOBIL.
27,5%
EDIMECÂNICA
100%
MOMASOTECO,
SA
23,75%
HAÇOR
40%
ALQUEVA
25%
LIPOR
EXPLORAÇÃO
25%
MOLHES DO
DOURO
50%
UTE ALFATEJO
(MURCIA)
80%
SGIS
100%
SOMAGUE
ANGOLA
100%
PARQUE FUTURO
SEC. XII
12,75%
CASA DA
MÚSICA
60%
A17 F.FOZ/MIRA
25%
NOVEESTRADA
15%
UTE 17 VIV.
LLODIO
80%
SOCONSTROI
ENGENHARIA
100%
CVC
(CABO VERDE
90%
S.D.C.P.V.
12,75%
TRANSMETRO
47,5%
VL9 - GAIA
70%
INFRA-ESTR.
DAS ANTAS
33,33%
CALLE PIZARRO
80%
SOMAGUE ENG.
MADEIRA
100%
VIA ESPRESSO
11,20%
LOC
25%
SEN
100%
NOVAPONTE
13,33%
J. TABACO
(1ªFASE)
50%
SOGEL
(MOÇAMBIQUE)
100%
MARÍTIMO DA
MADEIRA
1%
ÁGUAS DA
LINHA
50%
HOSP. PEDIAT.
COIMBRA
100%
FÓRUM
COIMBRA
75%
ETAR
ALCANTARA
50%
COMPLEXO
TIVANE
20%
AREAM
20%
FREEPORT
50%
ÁGUAS DO
MARCO
45%
UTE
ABANDOIBARRA
80%
NHBraga
47,5%
ETAR DA
MADALENA
33,33%
METRO
AEROPORTO
50%
UTE LLODIO
80%
ESTORIL SOL
50%
ASTERION
15,75%
ÁGUAS DE
GONDOMAR
67,5%
UTE
AIBOA-GETXO
80%
GACE
24%
UTE GIJON
80%
AGADIR
(MURCIA)
80%
LGC
30%
ESTALEIRO DE
PEGÕES
75%
M50
17%
SE-NEOPUL
TEODORO
60%
LA FLORIDA
80%
COGERAÇÃO
SETÚBAL
44,78%
AQUA PORTIMÃO
60%
MANUTENÇÃO
ALGRAVE
67%
UTE MALAGA
50%
UTE SEVILHA
50%
NEORAIL
50%
UTE ALCAZAR
25%
UTE
CASTELLBISBAL
30%
SMARTIT
100%
SOMAGUE PMG
100%
SOMAGUE EDIÇOR
ENGENHARIA
100%
VIA ALAMEDA II
50%
UTE UNICAT
38%
UTE AVE
PORTELA
15%
SMART DC
100%
PROMOCEUTA
55%
UTE ORIHUELA
10%
UTE
PONTEVEDRA
20%
UTE CAN TUNIS
50%
SOMAGUE
IRELAND, LTD
100%
ACE´S
SOMAGUE
INVESTIMENTOS
100%
SOMAGUE TI
100%
14
SOMAGUE SGPS
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3.3 – Governo Corporativo
3.3.1 – Modelo de Funcionamento
A Somague funciona de acordo com um sistema de gestão
orientado por processos, o qual designou por Modelo de
Funcionamento, que foi estabelecido com o objectivo de
criar e implementar um conjunto de normas e procedimentos que suportassem a estratégia e os processos da
Empresa. Estes são constituídos por diversas actividades, relacionadas entre si e realizadas por uma ou mais
áreas funcionais da organização, cujo conjunto concorre
para a obtenção de um resultado único.
Angariação
de negócios
(AN)
Elaboração de
propostas a
clientes (EPC)
Preparação
do arranque
de obra (PAO)
Execução
de obra
(EO)
Conclusão
de obra
(CcO)
Controlo de obra (CtO)
Fornecimento de Materiais e Serviços (FMS)
Planeamento
Estratégico
(PE)
Utilização e Manutenção de Equipamentos (UME)
Gestão de Recursos Humanos e Organização (RHO)
Controlo Operacional e Financeiro (COF)
Gestão da Informação e Documentação (GID)
Gestão do SIGAQS (QSA)
Gestão do SGIDI (IDI)
Processos de Negócio
Quadro de Referência do Modelo de Funcionamento da Somague
Processos de Suporte
Fase de
garantia (FG)
SOMAGUE SGPS
A SOMAGUE
3.3.2 – Órgãos de Governo
A Somague possui ainda outros órgãos que contribuem
para a implementação dos seus Valores, Missão e Visão:
O Conselho de Administração da Somague SGPS é
constituído por:
• Conselho de Sustentabilidade;
• Direcção de Auditoria Interna;
Conselho de
Administração
Somague
SGPS
• Departamento de Branqueamento de Capitais;
• Comissão de Segurança.
Em 2010 será consolidado o modelo de funcionamento e
Presidente
José Luís Machado do Vale
actuação do Conselho de Sustentabilidade, destinado a
definir e rever a estratégia e objectivos da Somague para
a sustentabilidade e a monitorizar os indicadores de ava-
Vice-presidente
Luis del Rivero
Vice-presidente
José Manuel Loureda Mantiñan
Vogal
Miguel Heras Dolader
Vogal
Luís Patrício
liação do cumprimento dos objectivos estratégicos.
Prémio Desenvolvimento Sustentável
No seguimento das iniciativas desenvolvidas em anos anteriores
na área da sustentabilidade, a Heidrick & Struggles instituiu
o Prémio Desenvolvimento Sustentável 2009, em parceria
com o Diário Económico, que se destina a reconhecer as
entidades e organizações que apostaram efectivamente no
desenvolvimento sustentável e na gestão dos desafios daí
resultantes. Esta primeira edição decorreu no dia 1 de Junho,
e contou com a presença do Ministro Mário Lino.
Rafael Mora, Managing Partner da Heidrick & Struggles e
António Costa, Director do Diário Económico, entregaram os
certificados às 25 primeiras empresas do ranking. A
Somague Engenharia posicionou-se em 15º lugar, sendo a
única empresa reconhecida no sector da construção.
Prémio "Desenvolvimento Sustentável" - Diário Económico / Paulo Alexandre Coelho
15
SOMAGUE SGPS
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tipos e categorias de riscos e dos seus controlos
3.3.3 – Gestão do Risco
associados.
A gestão de riscos da Somague evoluiu desde uma consideração global dos riscos como um perigo/ameaça, o
Este trabalho deu origem à emissão de um documento
que supõe uma gestão reactiva uma vez produzido o
que descreve a Política de Controlo e Gestão de Riscos
dano, até uma análise dos riscos, considerando-os uma
da Somague, assim como a informação relativa ao
incerteza e tratando de anteciparse à verificação dos
seguimento periódico dos Sistemas de Informação e
mesmos, ou seja, gerindo-os com uma avaliação e con-
Controlo da Somague.
trolo permanentes. Posteriormente evoluiu para, através
dos mapas de riscos e dos diversos sistemas, detectar
Também em 2009, a Somague iniciou uma colaboração
oportunidades e sinergias que permitam, em alguns
com a APQ e o IPQ na normalização e divulgação da
casos, gerir o risco como uma oportunidade.
Gestão do Risco em Portugal através da participação no
GERE – Grupo de Estudos do Risco Empresarial e na
Durante o ano de 2008 a Somague implementou uma
Comissão Técnica 180 – Gestão do Risco.
“Enterprise Risk Management - Integrated Framework”,
que seguiu os standards internacionais de gestão do
Durante o ano de 2010 a Somague irá desenvolver e tes-
risco definidos pelo COSO (“Committee of Sponsoring
tar a “Metodologia de Gestão de Risco de Obra”, a qual
Organizations of the Tradeway Commission”) e que con-
constitui um modelo sistematizado para a gestão de ris-
siste nas cinco fases identificadas na figura seguinte.
cos operacionais da Somague, alinhada com as melho-
Contempla ainda a existência das fases, transversais ao
res práticas de mercado.
processo, de comunicação/feedback e de monitorização e revisão do processo de gestão do risco.
1.ESTABELECER CONTEXTO
Estratégico e operacional
3.ANALISAR RISCOS
Probabilidade e
consequência
4.AVALIAR RISCOS
Ranking e prioritização
MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
2.IDENTIFICAR RISCOS
Desafios e oportunidades
COMUNICAÇÃO
16
5.TRATAR RISCOS
Identificar planos de acção
No ano de avaliação de 2009, decorreu um processo de
auto-avaliação (self assessment) em que os principais
directivos da Somague participaram activamente na elaboração da Política Global de Controlo e Gestão de Riscos
da Somague, que incluiu a definição e sistematização dos
SOMAGUE SGPS
A SOMAGUE
3.3.4 – Ética e Conduta
• Ética e Responsabilidade Social: Cumprir os seus
compromissos e responsabilidades, contribuindo
Os valores éticos e princípios básicos de actuação do
para o desenvolvimento e bem-estar da Sociedade,
Grupo Sacyr Vallehermoso, ao qual a Somague pertence,
protegendo a sua imagem e posição competitiva.
e que constituem um guia obrigatório de actuação no
universo da Somague, são:
Durante o ano de 2009, a Somague divulgou interna e
• Respeito pela legalidade;
externamente o seu Código de Ética e Conduta, nomea-
• Integridade;
damente através das seguintes ferramentas:
• Transparência;
• Website (www.somague.pt);
• Responsabilidade;
• Intranet (Snet);
• Segurança;
• Newsletter “Soma e Segue”.
• Respeito pelos Direitos Humanos.
Para 2010 está prevista a revisão do “Guia de
A estes princípios básicos de ética e de conduta
Acolhimento” da Somague, que passará a incluir uma
empresarial, a Somague acrescentou ainda os seus
referência ao Código de Ética e Conduta. O “Guia de
próprios valores éticos que constituem a referência
Acolhimento” tem como principal objectivo orientar e
de conduta básica de todos os colaboradores no seu
esclarecer os novos Colaboradores da Somague, nos
desempenho profissional para cumprir as obrigações
seus primeiros dias de actividade na Empresa, consti-
do posto de trabalho:
tuindo um dos elementos da política de recrutamento da
Somague. Também em 2010, e no âmbito da consulta
• Espírito de Grupo: Desenvolver uma Visão Global de
objectivos partilhados, valores e regras de acordo
aos Colaboradores prevista, será avaliado o sucesso
destas acções na divulgação interna do Código.
com as orientações e políticas de Grupo, transmitindo
sempre uma boa imagem da Somague;
• Desenvolvimento Profissional: Valorizar a partilha de
conhecimentos com o objectivo de promover a integração e o sucesso profissional actual e futuro;
• Inovação: Aceitar desafios e soluções criativas numa
perspectiva de melhoria contínua avaliando os riscos
inerentes;
Prevenção de Branqueamento de Capitais e Bloqueio
ao Terrorismo
Cumprindo o objectivo referido no Relatório de Sustentabilidade
2008 da Somague SGPS, foi criado, em 2009, o Departamento
de Prevenção de Branqueamento de Capitais, que actualizará
permanentemente o detalhe das empresas Somague que se
encontram sujeitas à normativa de prevenção de branqueamento
de capitais e cujas obrigações, nesta matéria, são reguladas por
este procedimento.
A criação deste departamento teve também como finalidade dar
cumprimento à Lei n.º 25/2008, de 5 de Junho.
• Respeito pelo Indivíduo: Considerar cada Colaborador
como único, identificando o seu potencial e respeitando
as suas expectativas, reconhecendo o seu esforço,
dedicação e desempenho;
• Orientação para o Cliente: Encontrar as soluções
que satisfaçam simultaneamente os interesses dos
Clientes Internos e Externos, de acordo com os
padrões de qualidade da Somague;
• Qualidade Organizacional: Cumprir com rigor e
visão integrada os procedimentos da Empresa satisfazendo necessidades internas e externas e propondo
sugestões numa óptica de melhoria contínua;
Site Somague
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SOMAGUE SGPS
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3.4 – Quadro de Progresso da Somague
em 2009 e Compromissos para o Futuro
Legenda:
Área de Actuação
Cumprido
Parcialmente cumprido
Compromissos assumidos
em 2008 para 2009
A desenvolver/reavaliar em 2010
Status
Observações
Criação de um Departamento de Prevenção de
Branqueamento de Capitais.
Ver Cap. 3.3.4
Gestão da Sustentabilidade
Criação de aplicação informática para reporte de
indicadores QSA das obras.
A desenvolver em 2010.
Certificação do SGQ da Somague Ediçor.
Ver Cap. 4.3
Modelo de
Governo
Gestão da Qualidade
Em 2010 será desenvolvido um
Gestão do Risco
Criação de mecanismos para mapeamento de
projecto de IDI com o objectivo de
riscos específicos obra a obra.
desenvolver um sistema de
avaliação de riscos obra a obra.
Ética e Conduta
Divulgação e formação no Código de Ética.
Ver Cap. 3.3.4
Criação de novas parcerias com entidades do
Sistema Cientifico e Tecnológico.
Inovação
Ver Cap. 5.1.2
Sistema de Gestão
Participação em projectos da Plataforma
Comunicação e Transparência
Colaboradores
Fornecedores
e prestadores
de serviços
Gestão de Recursos Humanos
Gestão de Fornecedores e
Prestadores de Serviços
Biodiversidade
Tecnológica Portuguesa da Construção.
Em 2009 a PTPC esteve inactiva.
Desenvolvimento do Portal do Gestor.
Ver Cap. 6
Arranque do projecto de levantamento das
competências técnicas dos colaboradores.
A concluir em 2010.
Extensão dos Princípios do Global Compact no
relacionamento com fornecedores e prestadores
A desenvolver em 2010.
de serviços.
Desenvolver projecto no âmbito da iniciativa
“Business and Biodiversity” do ICNB.
Ver Cap. 8.7
Ambiente
Alterações Climáticas
Diálogo com
Stakeholders
Comunicação
Avaliar participação em projectos de
compensação de emissões.
Ver Cap. 8.4
Desenvolver uma consulta formal aos Clientes.
A reavaliar em 2010.
SOMAGUE SGPS
A SOMAGUE
Compromissos assumidos
em 2009 para 2010
Área de Actuação
Consolidação do funcionamento do Conselho de Sustentabilidade.
Gestão da Sustentabilidade
Criação de aplicação informática para reporte de indicadores QSA das
obras.
Modelo de
Governo
Gestão da Qualidade
Alargamento da Certificação do SGQ às sucursais da Somague
Engenharia.
Gestão do Risco
Desenvolvimento de um sistema de avaliação de riscos de obra e dos
grandes projectos na fase de elaboração de propostas.
Consolidação do SG IDI.
Inovação
Sistema de Gestão
Aumento do grau de sistematização dos processos inerentes à IDI
envolvendo outras empresas do universo Somague.
Consolidação do projecto de levantamento das competências técnicas
Comunicação e Transparência
dos colaboradores da Somague.
Gestão de Recursos Humanos
Implementação de uma plataforma de formação on-line.
Fornecedores e prestadores
Gestão de Fornecedores e
Extensão dos Princípios do Global Compact no relacionamento com
de serviços
Prestadores de Serviços
fornecedores e prestadores de serviços.
Colaboradores
Participar em iniciativas no âmbito do Ano Internacional da
Biodiversidade
Biodiversidade (2010).
Ambiente
Avaliar e potenciar a capacidade de captura de CO2 na Mata da
Alterações Climáticas
Povoação em São Miguel.
Desenvolver uma consulta formal aos Clientes e Colaboradores.
Diálogo com Stakeholders
Comunicação
Implementar um processo de informação da gestão da Sustentabilidade
no site da Somague.
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SOMAGUE SGPS
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SOMAGUE SGPS
Produtos e Serviços
• Principais Projectos • Principais Clientes e Índice de Satisfação
• Qualidade • Subcontratação
Reforço de potência da Bemposta
Marcos 2009
Cumprimento do objectivo de 2008 de manter a rentabilidade das Empresas do Grupo, apesar da crise financeira mundial.
Actuação Estratégica
Aposta nas obras públicas e na construção não residencial e no mercado internacional.
Objectivos 2010
Manter a rentabilidade do negócio, eliminando os riscos, aumentando as competências, a competitividade e a eficiência.
Alargar a certificação do SGQ às sucursais da Somague Engenharia.
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SOMAGUE SGPS
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4.1 – Principais Projectos
O clima de depressão económica vivido em Portugal
durante o ano de 2009 mergulhou o sector da construção no maior decréscimo de actividade dos últimos
anos, cerca de -5,1% de taxa de variação anual, de
acordo com os dados publicados pelo INE. Este decréscimo surge na sequência de uma tendência negativa do
sector iniciada em 2002 sendo que, nos últimos 5 anos,
em termos acumulados, ascendeu a 20%.
Somague participa na ampliação do Canal do
Panamá
O Grupo Unidos por el Canal (GUPC), liderado pela Sacyr
Vallehermoso, que integra a Somague, ganhou a Concepção e
Construção do Terceiro Conjunto de Eclusas do Canal do Panamá,
após a Autoridad del Canal de Panamá (ACP) ter atribuído a
melhor pontuação técnica e económica à sua proposta, no valor
de 3.119 milhões de dólares.
Durante o ano de 2009 decorreram os trabalhos preparatórios
necessários ao início das escavações que se prevêem para
o princípio de 2010, nomeadamente:
Este facto no sector da construção acaba por não ser
surpresa dada a sensibilidade do sector às oscilações
conjunturais da economia. A surpresa na realidade é a
dimensão da queda verificada em 2009.
Contudo, registam-se comportamentos distintos ao
nível dos diferentes segmentos do Sector, com uma dramática quebra na produção, quer de edifícios residenciais, quer de edifícios não residenciais privados,
• Levantamentos topográficos;
• Resgate da fauna;
• Prospecções geotécnicas;
• Desmatação e decapagem;
• Demolições;
• Montagem dos estaleiros.
A Somague, no final de 2009, contava com 4 colaboradores no
projecto que, com técnicos locais e de outras nacionalidades,
lideravam a definição e implementação dos Sistemas de
Gestão da Qualidade e Segurança, assim como, a gestão
das subempreitadas.
enquanto as actividades associadas ao investimento
público, sejam edifícios não residenciais ou obras de
Mesmo tendo em consideração toda esta situação,
engenharia civil, mostraram algum potencial de cresci-
constata-se que a Actividade de Angariação da Somague
mento.
registou um total de 711.245.156€, o que embora representando um decréscimo de cerca de 25% em relação ao
As perspectivas para 2010 não são animadoras, dado
total verificado no ano transacto (954.724.621 €), superou
que se prevê mais um ano na tendência negativa inicia-
os objectivos traçados para o ano de 2009 que, como atrás
da em 2002, embora seja expectável que o decréscimo
se referiu, já se antevia difícil.
seja mais ligeiro, em 2010, do que o verificado em 2009.
Os valores referidos não incluem a obra do Canal do
Panamá, cuja participação da Somague atinge o valor
de 298.892.242 € e que irá ser realizada ao longo dos
próximos 5 anos.
Do total das angariações do Grupo Somague em 2009,
30% foram realizados no Mercado Internacional, nomeadamente Cabo Verde e Angola, constatando-se que,
em termos percentuais, este ano se manteve em linha
com o verificado no ano anterior.
Centro Comercial Dolce Vita Tejo - Amadora
SOMAGUE SGPS
PRODUTOS E SERVIÇOS
GNL – Sines
Somague Engenharia
O ano de 2009, como já referido, foi mais um ano em
• Construção do Novo Hospital de Braga;
que a estagnação do sector da construção se manteve
• Metro de Gondomar;
em Portugal, o que se manifestou na falta de projectos
• Parque Escolar Coimbra;
de investimento e na degradação progressiva dos pre-
• Águas de Gondomar;
ços das obras levadas a concurso. A manutenção desta
• APL - Reforço do Cais entre Santa Apolónia e o
situação tem imposto às empresas portuguesas a pro-
Jardim do Tabaco;
cura de soluções alternativas que lhes permitam manter
• Subestação da Lagoaça;
a sua sustentabilidade. Estas soluções têm passado
• Águas de Barcelos.
pelo desenvolvimento de actividades que incorporem a
construção e pela internacionalização, nas respectivas
A Somague na expansão do terminal de GNL de Sines
áreas da especialidade, matéria que será abordada nos
Foi assinado, durante o ano de 2009, entre a REN Atlântico, o
Terminal de GNL, S.A. e o ACE liderado pela Somague, o contrato
para o “Projecto de Expansão do Terminal de Sines – PETS”.
capítulos destinados a cada participada.
Principais trabalhos executados e angariados em 2009:
• Centro Comercial Dolce Vita Tejo;
• Portucel – Central de Cogeração em Setúbal;
• Expansão do terminal de Gás em Sines;
A expansão do terminal de GNL (Gás Natural Liquefeito), que
estará concluído em finais de 2012, constitui um dos mais
ambiciosos investimentos da REN. Orçado em 280 milhões de
euros, o projecto vai permitir aumentar significativamente a
capacidade de armazenamento de GNL com a construção de
um terceiro tanque e respectivo equipamento.
• Rede de Rega Brinches/Enxoé;
• Estoril Sol – Estrutura, Acabamentos e Instalações
Especiais;
• Linha Ferroviária de Ligação ao Porto de Aveiro;
• Tróia Resort;
• Linha Vermelha do Metro de Lisboa;
• Edifício Miraflores Premium – Lote 2;
• Artenius Mega PTA Sines;
• Alargamentos A8;
• Subconcessão rodoviária do Litoral Oeste;
• Acuinova Mira;
• Túnel do Marão;
• Reforço de Potência da Bemposta;
• Hospital Pediátrico de Coimbra;
• Águas de Barcelos;
A Somague no maior centro comercial de Portugal
A Somague fez parte do Consórcio responsável pela construção
do mais recente centro comercial da Chamartín Imobiliária, o
Dolce Vita Tejo, que figura no top 10 dos maiores shoppings
a inaugurar na Europa até 2010.
O centro comercial inaugurado em 2009, apresenta uma área
bruta locável (ABL) de 122 000 m2, correspondente a
aproximadamente 22 campos de futebol. A inovadora cobertura
transparente permite o aproveitamento da luminosidade natural,
garantindo uma elevada eficiência energética, complementada
com diversas soluções de poupança de energia e uma escolha
ambiental responsável dos materiais utilizados.
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SOMAGUE SGPS
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Somague Ediçor
A actividade da Somague Ediçor totalizou cerca de 46,8
milhões de euros, para o qual contribuíram de forma
particular as áreas das obras marítimas/infra-estruturas
portuárias, da construção e urbanização e das vias de
comunicação. Refere-se ainda a bem sucedida actividade
comercial desenvolvida em 2009, traduzida na adjudicação de 24 empreitadas.
• Aeroporto João Paulo II - Plataforma W e Caminhos de
Circulação D e E;
• Escola das Fontaínhas - Praia da Vitória;
• Academia da Juventude da Ilha/Salão Teatro
Frente Marítima da Cidade da Horta - 1ª Fase
Praiense, Praia da Vitória;
• Instalações para a Pesca no Porto de Vila do Porto em
Neopul
Santa Maria;
• Pista do Aeroporto da Ilha de São Jorge;
Apesar da situação económica e financeira que
• Recreio Náutico e Edifício no Porto das Lajes das
Portugal, e o mundo em geral, atravessam, o sector
Flores e Trabalhos Marítimos no Corvo;
• Parque Subterrâneo e à Superfície da Av. Infante D.
Henrique em Ponta Delgada;
• Centros de Processamento de Resíduos e Centros de
ferroviário continua a ser um dos vectores eleitos pelo
investimento público como forma de estímulo à economia e como factor estruturante do desenvolvimento português e europeu.
Valorização Orgânica;
• Futuro Parque Urbano de Ponta Delgada;
Neopul na Alta Velocidade em Espanha
• EBS de Vila Franca do Campo;
A Neopul, em consórcio com duas empresas espanholas, é
responsável pelo projecto de construção da nova linha de
comboio de alta velocidade entre Barcelona e a fronteira francesa,
do qual detém uma participação de 38,25%.
• Frente Marítima da Cidade da Horta - 1ª Fase;
• Marginal da Praia da Vitória e Parque Turístico/Ambiental
do Paúl.
Somague Madeira
O projecto consiste na execução do design de construção e
realização da manutenção das infra-estruturas de catenária e
sistemas associados no troço Barcelona – Figueras, contemplando
catenária, iluminação de túneis e aquecimento de AMV’s.
No ano de 2009, as obras públicas foram responsáveis
por 73,2% da actividade global, dos quais 14% em
O volume de novos projectos angariados em 2009 é
obras marítimas, 1% em obras de hidráulica, 8% em
semelhante ao de 2008, contrariando a tendência de
obras ambientais e 77% em obras de estradas.
anos anteriores, o mercado nacional foi responsável
pela maioria das angariações.
• Assicom – Lar da 3ª Idade, Creche e Infantário;
• Via Rápida Est. Câmara de Lobos;
• Nova Ligação Vasco Gil – 1ª Fase;
• Reconversão do Porto do Funchal;
• Hiper Sá de Machico;
• Caminho Municipal entre os Sítios da Vigia e PedraCampanário;
• Ocean Cliff Residence;
• Prestação de Serviços de Manutenção e Conservação
- Unidade Operacional Sul;
• Linha do Leste - Substituição de travessas de madeira - Abrantes / Elvas;
• Instalação de via nos troços Alameda II - São
Sebastião II e integração com a rede existente do
Metropolitano de Lisboa, E.P.;
• Campo de Golfe da Ponta do Pargo;
• Modernização da Estação da Raquete;
• Passeio Marítimo Ribeira Natal;
• Modernização do troços Bombel-Évora;
• Ponte Cais e Muro Cortina do Molhe Principal do Porto
• Linha do Algarve troços Tunes/Lagos e Tunes/VRSA -
do Funchal.
substituição de travessas;
SOMAGUE SGPS
PRODUTOS E SERVIÇOS
Reconversão do Porto do Funchal - Madeira
• Novo acesso ferroviário de alta velocidade de
Levante, troço Orihuela-Colada de la Buena Vida;
• REN – Empreitada de construção do Ramal do Pego;
• Melhoria da electrificação do troço Terrassa – Manresa;
• Linha de alta velocidade - adaptação a 220 km/h do
troço Alcázar de San Juan-Manzanares;
• Beiragás – Infra-estruturação de Gás Natural em Vila
Velha de Rodão;
• Contrato de serviços de operação e manutenção e
• Linhas de alta velocidade - construção e manutenção
da catenária do troço Barcelona – Figueras;
assistência do novo Hospital de Braga;
• SECIL – Correcção de equipamentos de trabalho;
• Manutenção da catenária na Linha de Dart, Irlanda;
• Petrogal – Manutenção de Aeroarrefecedores em
• LUAS Line B1_400 (Metro Ligeiro de Dublin).
Sines.
Somague Brasil
Engigás
Em 2009 a Engigás centrou a sua actividade nas áreas
onde tem maior especialização e nos seus mercados
naturais, que produziram o efeito desejado de, mantendo um bom nível de actividade, voltar a equilibrar os
resultados da Empresa, conseguindo resistir ao período
de adversidade sentido na economia e no sector, em
particular.
• Lisboagás
• REN – Construção do Ramal da Mitrena;
Durante o ano de 2009, após o encerramento do
Projecto do Canal Adutor Castanhão em Fortaleza, a
Somague acompanhou as seguintes oportunidades de
negócio:
• Campeonato do Mundo de Futebol em 2014;
• Jogos Olímpicos de 2016;
• Metro de São Paulo;
–
Distribuição
de
Gás
Natural
e
Manutenção no concelho de Sintra;
• Duriensegás – Infra-estruturação de Gás Natural nos
concelhos de Marco Canaveses e Bragança;
• Setgás – Ramais e sua Manutenção nos concelhos de
Almada e Seixal;
• Concessões Rodoviárias Estaduais e Federais;
• Concessões
de
Infra-estruturas
de
Águas
Saneamento Municipais e Estaduais;
• Projectos nas vertentes Portuária e Ferroviária.
e
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SOMAGUE SGPS
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Somague Espanha
• Remodelação da agência BCA Assomada;
• Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde;
Em consequência da conjuntura económica que se vive
• Agência BCA Assomada – Portãozinho;
em Espanha, e do inerente desinvestimento, seja público
• Agência BCA Tarrafal;
ou privado, todo o mercado de construção está afectado.
• Hotel Riu Touareg;
Nessa medida, a actividade da SESE tende para valores
• Acesso ao Tardoz muro cortina Cais da Praia;
residuais, fundamentalmente devido à paralisação e cessa-
• Demolições Hospital Agostinho Neto;
ção de obras que estavam em curso, como por exemplo:
• Expansão do Porto da Praia 1ª Fase;
o Centro Comercial de Santiago de Compostela.
• LOTE 1 - Reconstrução da Estrada Porto Novo/
CVC / Somague Cabo Verde
• Estradas Porto Novo – Ponte Sul – Campo Redondo;
Campo Redondo;
• Estrada Manta Velha Chã de Igreja Cruzinha.
O ano de 2009, na linha do ano transacto, foi menos
interessante em termos de investimento privado, mas
por outro lado foram lançadas importantes obras públicas, como portos (Porto Novo, Edifícios de Apoio e Fase
2 do Porto da Praia), estradas (Estradas Santo Antão e
São Nicolau) e outras (Ampliação Plataforma Aeroporto
Boavista, Central Única Santiago, entre outras).
Em 2009 foi constituída a Somague Engenharia Sucursal
Cabo Verde, na sequência da angariação da obra de
Expansão e Modernização do Porto da Praia Fase 1.
• Variantes Estrada Praia São Domingos;
• Construção Pavilhão Industrial;
Modernização e Expansão do Porto da Praia – 1ª Fase
A obra de Expansão do Porto da cidade da Praia em Cabo
Verde, da responsabilidade de um Consórcio liderado pela
Somague Engenharia, está em fase adiantada de execução, prevendo-se a sua conclusão em Setembro de 2010.
O projecto visa melhorar a capacidade e o desempenho do
Porto, e compreende trabalhos de reabilitação do cais 2 e parque de contentores de primeira linha, da estrada de acesso ao
porto e da Cargo Village, onde funcionará uma zona de parque
de contentores de 2ª linha, uma zona de armazenamento com
8.000m2 e todo o centro de apoio e comando do porto, com
vários edifícios administrativos.
A empreitada marca o início de um programa governamental
de modernização do sistema portuário de Cabo Verde, que
prevê um forte investimento ao nível dessas infra-estruturas.
Somague Angola
Em 2009, a República de Angola registou uma taxa de
crescimento real do PIB de 4,9%, sendo que a estimativa
era de 15%, quebra motivada essencialmente pela forte
descida no preço do petróleo no mercado internacional. A
estimativa para 2010 é de 9,3%, sendo que para o sector
não petrolifero se estima um crescimento de 11,4%.
Em Luanda, um espaço de modernidade e bem-estar
O projecto do edifício do BPA (inicialmente pensado para
os escritórios da Somague Engenharia Sucursal Angola)
localiza-se no novo centro de Luanda. O edifício desenvolve-se
em 7 pisos e duas caves, somando uma área total de 5.489m2.
A obra, já iniciada, prevê a sua conclusão em Fevereiro de
2010.
O novo edifício foi desenvolvido pela Perkins Will, empresa
americana do Grupo Al-Handasah, uma das maiores consultoras
em engenharia a nível mundial, caracterizando-se pela estética
de vanguarda e pela elevada qualidade de construção.
Biblioteca Dr. Agostinho Neto - Angola
SOMAGUE SGPS
PRODUTOS E SERVIÇOS
O ano de 2009 foi marcado pelo acentuado crescimento
Somague PMG
da actividade da Somague em Angola, que representou
um aumento de aproximadamente 50% do volume de
O ano de 2009 permitiu avanços significativos no sentido
negócios de 2008 para 2009, passando de 95 para 191
de desbloquear a construção e comercialização de
milhões de euros.
alguns empreendimentos imobiliários que se encontravam
numa situação de impasse, nomeadamente:
• Maternidade Lucrécia Paim;
• Escola Total Ondjiva;
• Leões da Floresta;
• Instalações Nova Sede;
• São Pedro do Corval;
• Clínica Sonangol;
• “Voz do Operário”.
• Dragagens Chicala;
• Sede BNI;
Somague TI
• Private Residence Vila Alice;
• Liceu Salvador Correia;
O ano de 2009 foi marcado essencialmente pelo desen-
• Escola Privada;
volvimento dos seguintes projectos:
• Biblioteca Agostinho Neto;
• Instituto Médio de Artes;
• Nova versão do B-SMART;
• Morro Bento - 58 Vivendas;
• Conversão do sistema contabilístico de POC para SNC;
• Edifício SESA;
• Portal do gestor.
• ZR9 - Talatona;
• Teatro Avenida;
Os objectivos para 2010 passam, fundamentalmente,
• Medical Center (Edifício Health Finance);
pelos seguintes pontos:
• Aeroporto de Luanda;
• Hospital de Cazenga;
• Unified Communications;
• Hospital de Sambizanga;
• Disaster Recovery Plan – DRP;
• Hospital de Futungo;
• Sistematização da monitorização dos indicadores de
• Centro Acolhimento Huambo.
Somague Irlanda
O ano de 2009 correspondeu a um ano de grande actividade da Somague Irlanda, dado ter-se atingido a velocidade de cruzeiro dos projectos em curso.
desempenho da Somague.
O jornal inglês Times elegeu os 5 edifícios da década
(Top five buildings of the decade)
Dessa listagem dos edifícios que marcaram a primeira década
deste milénio faz parte a Casa da Música (5º lugar), uma
obra que esteve a cargo da Somague. As quatro outras
escolhas foram 1º Neues Museum, Berlim, 2º Cathedral of
Our Lady of the Angels, Los Angeles, 3º The Eden Project,
Cornwall e 4º 30 St Mary Axe (The Gherkin), Londres.
Para 2010 espera-se um decréscimo de actividade, por
ser o ano de conclusão das obras em curso. Em relação
à actividade comercial, a instabilidade económica que a
Irlanda atravessa não perspectiva grandes facilidades
na angariação de novos projectos.
• LUAS Line B1_400 (Metro Ligeiro de Dublin);
• N7 – Auto-estrada entre Castletown e Nenagh;
• Pavimentação da auto-estrada N6 entre Galway e
Ballinasloe.
Prémio “Outstanding Structure 2009” atribuído à
Igreja da Santíssima Trindade pela IABSE
Foi atribuído o prémio “Outstanding Structure 2009” à Igreja da
Santíssima Trindade pela IABSE, Internacional Association for
Bridge and Structural Engineering.
A IABSE é uma associação científica e técnica fundada em
1929, com sede em Zurique, que criou o Outstanding
Structure Award em 2000 destinado a reconhecer as estruturas
mais notáveis, criativas e estimulantes dos últimos anos em
todo o mundo.
A cerimónia de entrega do galardão à ETEC, responsável pelo
projecto, ao Arquitecto Alexandros Tombasis, à construtora
Somague Engenharia e ao Dono da Obra, o Santuário de
Fátima, decorreu na abertura do 33º Congresso da IABSE, em
Banguecoque, Tailândia, no dia 9 de Setembro.
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4.2 – Principais Clientes e Índice
de Satisfação
Para além da qualidade do serviço prestado, a satisfação dos clientes é o objectivo último da sua prestação,
quer na redefinição e desenvolvimento da estratégia
comercial, quer na execução das obras e na gestão do
período de garantia.
A satisfação dos clientes, na fase comercial, é verificada
através da classificação da proposta apresentada pela
Somague e pelo seu posicionamento face às propostas
concorrentes.
Na fase de execução, a direcção de obra é responsável
por registar, investigar e solucionar eventuais reclamações pelo cliente, assim como, por resolver, no âmbito
do contratualmente especificado e nas alterações que
venham a ser acordadas, questões levantadas pelo
cliente relativamente ao desempenho da Empresa.
A consulta aos clientes da Somague, inicialmente prevista para 2009, será desenvolvida em 2010 recorrendo
às actividades preparatórias das consultas, levadas a
Casa da Música - Porto
cabo em 2009.
Índice de Satisfação de Clientes (%)
Somague Engenharia
83%
87%
85%
Engigás
86%
88%
85%
Neopul
82%
94%
97%
Somague Madeira
92%
95%
75%
2007
Somague Ediçor
2008
2009
90%
SOMAGUE SGPS
PRODUTOS E SERVIÇOS
4.3 – Qualidade
O Sistema de Gestão da Qualidade da Somague, certificado pela APCER de acordo com a norma ISO
9001:2008, resulta da estratégia da Empresa orientada
para a criação da consciência da qualidade em todos
os seus processos organizacionais.
Este sistema faz parte do Sistema Integrado de Gestão
do Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS) e visa,
não só promover a confiança do produto oferecido em
conformidade com os requisitos estabelecidos, como
também focalizar-se no cliente, consolidar a sua liderança, envolver todos os colaboradores, abordar as actividades como processos, gerir processos interrelacionados como um sistema, promover a melhoria contínua,
A Neopul na concepção do Sistema de Catenária de
Alta Velocidade
A Neopul, como membro do AVIAS - Grupo Ferroviário para a Alta
Velocidade, ACE, está a participar na certificação da concepção
do sistema de catenária CAV2 a implementar em linhas
ferroviárias de alta velocidade até 350 km/h.
Este projecto envolve diversas entidade como a SAFEVIA,
APNCF (Associação Portuguesa para a Normalização e
Certificação Ferroviária), a SNCF (Société Nationale dês
Chemins de Fer Français) e outras empresas portuguesas do
sector da construção de infra-estruturas ferroviárias.
A certificação do sistema CAV2 será efectuado de acordo
com a Decisão da Comissão Europeia 2002/733/CE, que
estabelece as especificações técnicas de interoperabilidade,
nomeadamente a designada ETI – Energia AV, para o subsistema
de “energia” do sistema ferroviário transeuropeu de alta velocidade.
basear as decisões em factos e desenvolver relações de
mútuo benefício com os fornecedores.
Actualmente, apesar de todas as participadas e sucursais
se regerem pelos objectivos da Política da Qualidade do
Grupo, o SGQ encontra-se em diferentes fases de implementação. As sucursais da Somague em Espanha,
Irlanda, Angola e Brasil encontram-se abrangidas pelo
SIGAQS embora, devido às especificidades geográficas,
requisitos legais e requisitos específicos dos clientes, o
sistema se encontre em diferentes níveis de implementação. É objectivo da Somague alargar a certificação do
SGQ às sucursais da Somague Engenharia.
Certificação do SGQ da Somague Ediçor
Seguindo a estratégia de alargamento da certificação definida
pela Somague, em Dezembro de 2009 a APCER – Associação
Portuguesa de Certificação confirmou, após a realização da
auditoria de concessão de 2ª fase, que o Sistema de Gestão da
Qualidade da Somague Ediçor, implementado nos “Edifícios
Sede, Delegações, Estaleiros Permanentes, e desde já nas
Obras Públicas e de Construção Civil mais significativas”, cumpre
os requisitos da NP EN ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da
Qualidade. Esta certificação constitui mais um marco da evolução
no Modelo de Funcionamento, orientado por processos e que
será mantido sempre actual pela sucessiva integração de
novos referenciais nas políticas de gestão da Empresa.
Unidades Fabris - Açorcarnes
29
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
4.4 – Subcontratação
Um dos principais processos para a garantia da quali-
em atenção a sua localização, reputação e referências
dade dos serviços prestados pela Somague é a respon-
prévias. Nestas situações, estas empresas passam tam-
sabilidade pela sua cadeia de subcontratação.
bém a ser submetidas ao processo de homologação.
Assim, os fornecedores e prestadores de serviço são
Num futuro próximo, a Somague prevê a revisão das
avaliados e classificados através de um processo desig-
cláusulas dos contratos com os fornecedores e presta-
nado “homologação”, que alia a análise da informação
dores de serviços para que estas passem a reflectir os
fornecida por estas entidades à avaliação do seu des-
princípios do Global Compact (relativos a direitos huma-
empenho por responsáveis da Empresa, entrando em
nos, ambiente, igualdade de oportunidades e ao com-
linha de conta com os requisitos da qualidade, seguran-
bate à corrupção) cujo efectivo cumprimento será verifi-
ça e ambiente aplicáveis ao fornecimento/serviço.
cado através de auditorias programadas.
Verificando-se a necessidade da contratação de um ser-
Refere-se ainda que o prazo médio de pagamentos a
viço, prioritariamente são consultadas as empresas
fornecedores (ver gráfico) é significativamente inferior ao
constantes do Livro de Fornecedores e Prestadores de
prazo médio de recebimentos da Somague que se situa
Serviços ou, caso se justifique, outras empresas tendo
nos 183 dias.
Produção Própria vs Subcontratação
48%
2009
Subcontratação
52%
Produção Própria
49%
2007
51%
75%
25%
49%
50%
51%
100%
2008
0%
30
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (nº de dias)
Somague Madeira
Somague Ediçor
Somague Engenharia
154
119
75
105
91
61
90
58
87
185
CVC
90
191
125
Neopul
2007
137
111
89
Engigás
81
67
121
Somague TI
118
94
2008
2009
SOMAGUE SGPS
PRODUTOS E SERVIÇOS
Igreja da Santíssima Trindade - Fátima
31
32
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
SOMAGUE SGPS
Inovação
• Organização e Sistematização • Gestão das Ideias
• Projectos IDI
LUAS - Metro Ligeiro de Dublin - Irlanda
Marcos 2009
Alargamento do número de empresas Somague com projectos de IDI.
Participação nas 4as Jornadas da Inovação.
Renovação da área QSA e IDI na intranet da Somague (Snet), com criação de ferramenta para comunicação de ideias.
Actuação Estratégica
No futuro apenas sobreviverão empresas com um grande envolvimento na inovação porquanto para evoluir nos mercados
globais e não estagnar em torno de técnicas de produção, de métodos de organização e de gestão, e de práticas
comerciais do passado, que comprometam inexoravelmente os níveis competitivos, inovar é um imperativo.
Objectivos 2010
Consolidação do SGIDI.
Maior divulgação interna e externa dos projectos e respectivos benefícios.
Aumentar o grau de sistematização dos processos inerentes à IDI envolvendo outras empresas do universo Somague.
33
34
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
5.1 – Organização e Sistematização
5.1.1 – Gestão da Inovação
A Somague reconhece na Investigação, Desenvolvimento
e Inovação vertentes fundamentais para o desenvolvimento da sua actividade e competitividade empresarial,
pois entende que estar a par e participar activamente em
avanços técnicos e tecnológicos contribui necessariamente para a diferenciação da Empresa no seu sector de
actividade, o que constitui um valor acrescentado, tanto
para a Empresa, como para os utentes dos seus produtos
e serviços.
Linha Ferroviária de Ligação ao Porto de Aveiro
Assim, a Somague implementou um Sistema de Gestão
da IDI (SGIDI) de acordo com a norma NP4457:2007,
usufruindo fortemente das práticas implementadas na
Empresa e das regras definidas no seu Modelo de Funcionamento, através da inclusão de um processo de
suporte que se pode representar da forma apresentada
seguidamente.
Somague partilha experiência de certificação
A convite da Associação Empresarial de Portugal, a Somague
participou no seminário “Certificação da Inovação - Um forte
argumento de vendas e um instrumento eficaz para o aumento
da competitividade das empresas”, recentemente realizado
no Porto. Na apresentação que efectuou, a Somague partilhou
com os presentes a sua experiência na implementação do
Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e
Inovação, certificado de acordo com a norma NP4457:2007.
MICROENVOLVENTE
CLIENTES
FORNECEDORES
PROJECTISTAS
SUBEMPREITEIROS
CONCORRENTES
GESTÃO DAS INTERFACES
PRODUTO
PLANEAMENTO
PROCESSO
DA IDI
GESTÃO DE
GESTÃO DAS IDEIAS
MACROENVOLVENTE
INOVAÇÃO:
PROJECTOS DE IDI
MARKETING
ORGANIZACIONAL
SOMAGUE SGPS
I N OVA Ç Ã O
Consolidação do SGIDI
5.1.2 -
Com o objectivo de potenciar os benefícios do SGIDI, será
Interfaces
Gestão do Conhecimento
implementado em 2010, em parceria com a Universidade
do Minho, uma melhoria de processos para dinamizar esta
A Empresa procura identificar as principais entidades com
área dentro da Somague, com os principais objectivos:
que interage ou pode vir a interagir, tanto a nível da sua micro
como da sua macro envolvente, e que são consideradas co-
• Propor temas estratégicos anuais, norteando a gestão
mo permanentes fontes de conhecimento.
das interfaces e direccionando a selecção de projectos;
• Suportar actividades de gestão das interfaces tecnoló-
Nesse sentido, em 2007 foi criado o portal de gestão das inter-
gica, de mercado e organizacional entre a actividade
faces, que tem como objectivo permitir o registo e divulgação de
inovadora da Somague e a sua envolvente externa;
informação considerada relevante ou inovadora para a Empre-
• Contribuir para a gestão de ideias e para a selecção de
projectos de IDI;
sa resultante da análise da envolvente externa, da vigilância e/ou
previsão tecnológica, ou que de algum modo possa constituir
• Apreciar os projectos em curso ou concluídos;
conhecimento considerado útil para o processo de inovação.
• Participar na divulgação das actividades de IDI da Empresa;
• Contribuir para as revisões do Sistema de Gestão da IDI
com a identificação de oportunidades de melhoria e cola-
Até ao final de 2009 o conhecimento adquirido e registado
no portal pode caracterizar-se da seguinte forma:
borar nas acções necessárias à sua implementação.
Tipos de Interfaces (2005-2009)
Tecnológico
(39%)
(42%)
Mercado
4as Jornadas de Inovação
A convite da Agência de Inovação (AdI), a Somague participou
nas 4as Jornadas de Inovação / Innovation Days 2009, que
decorreram de 18 a 20 de Junho, na FIL EXPO.
Esta iniciativa integrou-se no Ano Europeu para a
Criatividade e Inovação e contou com a exposição de
alguns dos resultados mais emblemáticos desenvolvidos
no âmbito da rede EUREKA, que integra actualmente 38 países
europeus, para além da própria Comissão Europeia.
A presença neste evento proporcionou diversos contactos
com empresas e entidades do sistema científico e tecnológico
com elevado potencial gerador de futuras parcerias.
4as Jornadas de Inovação - Stand Somague
60
50
40
20
10
0
30
(19%)
Organizacional
35
36
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Cooperação Tecnológica
No âmbito da cooperação tecnológica, pretende-se
identificar potenciais parcerias a estabelecer com o objectivo de aceder a ideias e tecnologias, bem como de
partilhar informação, competências, recursos, experiência
e conhecimentos técnicos, com vista ao desenvolvimento
conjunto de actividades de IDI.
Dadas as características do sector onde a Somague
opera, apresentando uma alta percentagem de subcontratação, uma frequente constituição em consórcios e
agrupamentos complementares de empresas (ACE), e
uma elevada dispersão geográfica da actividade, é fundamental recorrer a este tipo de sinergias na realização
Somague nas 3as Jornadas Luso Espanholas de
Geotecnia
Continuando o espírito de intercâmbio de experiências dos
encontros de 2003 e 2005, as jornadas de 2009 voltaram a
reunir os membros das comunidades científicas portuguesas
e espanhola, permitindo uma efectiva interacção ao nível dos
trabalhos e investigação em curso na área das Infra-estruturas
Ferroviárias.
de projectos de IDI.
Como exemplo referese a cooperação estabelecida no
âmbito do projecto de Tratamento de Solos por “Deep
Mixing”, envolvendo um consórcio científico (Universidade
do Minho, LNEC e IST) e uma empresa especialista em
trabalhos de Geotecnia e Fundações.
Casa do Futuro
Foram três os grandes temas em debate: Aterros, Zonas de
Transição e Plataformas; Taludes e Obras de Estabilização e,
ainda, Túneis e Estações. Cada um das três sessões abriu com
uma conferência proferida por um especialista convidado. O
Eng. José Machado do Vale foi o convidado da 3ª sessão, na
qual apresentou o projecto do prolongamento da Linha
Vermelha, integrado no Plano de Expansão da Rede de
Metropolitano de Lisboa.
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I N OVA Ç Ã O
5.2 – Gestão das Ideias
Snet (Intranet Somague)
O sistema de Registo de Ideias é um processo estrutu-
Embora se incentive o alinhamento das ideias com os
rado, que consiste na recolha de ideias propostas por
temas estratégicos definidos anualmente para a IDI, todas
todos os colaboradores e comunicadas através da
as ideias captadas são tratadas quando representem:
intranet (SNET) ao Departamento de IDI para análise,
avaliação e seguimento, envolvendo as áreas relevantes
da Somague.
• Melhoria significativa ou desenvolvimento de novos
produtos;
• Criação ou aperfeiçoamento de processos construtivos;
• Melhoramento ou criação de novas metodologias
organizacionais.
N.º de Ideias
20
15
10
6
16
Outras ideias/Sugestões
5
7
6
0
07
08
09
Nº ideias incluídas no SGIDI
37
38
SOMAGUE SGPS
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5.3 – Projectos IDI
• Viga de Lançamento – Vão Duplo;
5.3.1 – Gestão de Projectos
• Carrinho de Remoção de “Dywidags” de Colares;
Para os projectos seleccionados, a Somague nomeia um
• Reforço e Tratamento de Solos por “Deep Mixing”;
Chefe de Projecto responsável por constituir uma equipa
• Sistema Ligeiro de Desbobinagem e Recolha de
e coordenar a elaboração do Plano de Projecto IDI. As
Cabos de Catenária;
equipas de projecto são, geralmente, multidisciplinares,
• SINOCO – Sistema de Normalização Contabilista;
incluindo colaboradores da empresa ou outros externos,
• Execução de Ensecadeira com Recurso a Big Bags
como Cofragem.
com origem em parcerias estabelecidas.
O Plano de Projecto IDI, estabelecido pelo Chefe de Projecto, rege todo o seu desenvolvimento, identificando os
recursos a afectar, o planeamento e as fases de verificação/validação dos resultados. O Departamento de IDI
acompanha o desenvolvimento dos projectos, colabora
na criação de parcerias e na transferência/divulgação do
conhecimento obtido no projecto.
Os relatórios finais dos projectos são disponibilizados na
intranet da Somague (Snet) e apresentam o grau de
cumprimento dos objectivos, os problemas, as soluções
encontradas e uma avaliação geral do projecto.
Em 2009 foram desenvolvidos os seguintes projectos de IDI:
Casa do Futuro... hoje!
No dia 18 de Maio de 2009, o Ministro das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações, Eng.º Mário Lino, inaugurou a
exposição “Casa do Futuro”, no Museu das Comunicações,
em Lisboa. Nesta mostra o público ficou a conhecer o que de
melhor e mais inovador as empresas estão a desenvolver para
o sector habitacional.
A Casa do Futuro é um espaço de apresentação e demonstração
dos mais avançados equipamentos, aplicações e serviços
actualmente disponíveis, contribuindo para o bem-estar dos
cidadãos e para o desenvolvimento económico e social
sustentável do país e da comunidade, concebidos pelas
associadas da InovaDomus.
A InovaDomus é uma rede de cooperação na área do habitat,
constituída por 12 empresas ligadas à construção (nas quais
se inclui a Somague) e uma unidade de I&D que é a
Universidade de Aveiro. Foi criada com o objectivo de promover
e divulgar a inovação conceptual, científica e tecnológica
neste domínio.
• InovaDomus® – Projecto Casa do Futuro;
• Viga de Lançamento – Vão Simples;
N.º de Projectos IDI
10
Projectos em curso iniciados
em anos anteriores
8
5
6
3
5
4
1
2
0
3
3
3
05
06
07
4
08
5
09
Novos Projectos
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Somague entre as 100 empresas com mais despesas em
actividades de I&D
a outros métodos utilizados (ex: jet grouting, estacas
Em Setembro de 2009 o Gabinete de Planeamento,
Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apresentou a lista das 100 empresas que mais investiram na execução
de actividade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em
2007, da qual a Somague faz parte.
provém da possibilidade de aplicação na construção de
Esta lista teve por base os resultados do Inquérito ao Potencial
Científico e Tecnológico Nacional de 2007 (IPTCN07), ao qual
foram obtidas 7.316 respostas válidas, das quais 1.596
empresas declararam exercer actividades de I&D.
acção química dessas substâncias poluentes com a cal.
de brita, entre outros). Uma potencial vantagem adicional
aterros com produtos sobrantes de escavações, através
da variante de aplicação denominada de “Mass Mixing”.
Este método pode ainda ser aplicado na descontaminação de terrenos contaminados, tirando vantagem da re-
Para o desenvolvimento deste projecto a Somague associou-se a um consórcio de entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico (Universidade do Minho, LNEC e IST),
5.3.2 – Deep Mixing
com o qual foi estabelecido um protocolo de cooperação.
Este projecto consiste na promoção, no mercado nacional,
Os primeiros ensaios de campo e laboratoriais necessá-
do método de tratamento de solos lodosos designado
rios para a avaliação da viabilidade da solução foram
por CSM (“Cutter Soil Mixing”) que se inclui no grupo de
realizados na obra “Reabilitação e Reforço dos Cais entre
tecnologias de consolidação de solo por “Deep Mixing”.
Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco 2ª Fase” em parceria
com outras empresas do sector.
Em situações em que o factor tempo é relevante, esta técnica poderá ser economicamente interessante relativamente
Cais do Jardim do Tabaco - Lisboa
39
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5.3.3 – Sistema de Desbobinagem e Recolha de Cabos
Em função da experiência obtida em obras anteriores, a
de Catenária
Neopul, em conjunto com o Somague Neopul Gestão e
Manutenção de Equipamentos ACE, identificou a possibili-
Actualmente os sistemas de desbobinagem e recolha de
dade de desenvolver um sistema de menor complexidade,
cabos de catenária disponíveis no mercado são poucos
de maior versatilidade e com recurso a componentes exis-
versáteis e economicamente pouco atractivos por necessi-
tentes no parque de máquinas da Empresa.
tarem de mecanismos de tracção (locomotiva), uma vez
Este Sistema modular proporciona maiores rendimentos,
que não são automotrizes.
segurança e menores custos de operação (menos equipamento, menos pessoal de operação, maior facilidade de
transporte, maior versatilidade), melhorando significativamente o processo de desbobinagem e recolha de cabos
de catenária.
5.3.4 – Incentivos à IDI
A Somague está atenta aos programas de incentivos à IDI
(QREN, SIFIDE, entre outros) fundamentais ao estímulo da
inovação em Portugal, procurando enquadrar os seus projectos nesses programas. Relativamente ao QREN, a Somague ainda não identificou nenhum projecto passível de
candidatura dada a dimensão da Empresa, as áreas geográficas onde actua e os timings de candidaturas, muitas
vezes incompatíveis com o planeamento das obras.
No entanto, a Somague tem vindo a usufruir do Sistema de
Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) desde que este foi retomado em 2006.
Desde então, foi-lhe concedido um crédito fiscal de
835.119€, permanecendo ainda por avaliar pela Agência
de Inovação um potencial benefício fiscal de 456.674€, relativo a 2008. Relativamente a 2009, encontra-se em curso
a preparação dos dossiers de candidatura.
Sistema de Desbobinagem e Recolha de Cabos de Catenária
Investimento em I&D e Benefício Fiscal Associados
2.000.000,00 €
1.600.000,00 €
Smartit
1.200.000,00 €
Neopul
Somague Neopul ACE
Equipamentos
800.000,00 €
Somague TI
400.000,00 €
07
Beneficio Fiscal
Investimento
Investimento
Beneficio Fiscal
06
Beneficio Fiscal
Somague Engenharia
0,00 €
Investimento
40
08
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Estoril Sol
41
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Colaboradores
• Colaboradores Somague • Qualidade de Emprego • Formação
• Avaliação de Desempenho e Progressão na Carreira
• Igualdade de Oportunidades, Liberdade de Associativismo, Direitos Humanos • Protecção Social
Centro Comercial Dolce Vita Tejo - Amadora
Marcos 2009
Prémio as “Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal” da Exame / Heidrick & Struggles.
Desenvolvimento do Portal do Gestor.
Criação da ferramenta “ Recrutamento” no website da Somague.
Actuação Estratégica
A Somague considera os seus recursos humanos como um factor determinante na consecução da sua estratégia
de negócio.
Objectivos 2010
Consolidação do projecto de levantamento das competências técnicas dos colaboradores da Somague.
Implementação da plataforma de formação à distância (e-learning).
43
SOMAGUE SGPS
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6.1 – Colaboradores Somague
Em 31 de Dezembro de 2009, a Somague, SGPS,
empregava um total de 3.395 colaboradores.
Evolução do Número de Colaboradores
2009
3395
3395
3520
2008
3560
3500
3000
2500
2007
2000
44
Os indicadores que seguidamente se apresentam não
Destaca-se a evolução crescente dos colaboradores
incluem os colaboradores contratados localmente pelas
que passaram a integrar o quadro permanente da
sucursais da Somague e participadas da Somague fora
Empresa, desde 2007, bem como do número de mulhe-
de Portugal.
res contratadas.
O colaborador tipo em 2009 possuía uma idade média
de 42 anos, pertencia ao género masculino e trabalhava
a tempo inteiro no quadro permanente da Empresa, em
Portugal.
Recrutamento no site da Somague
Em 2009 entrou em produção a área de Recrutamento no
site da Somague. Nesta área, para além de permitir submeter
candidaturas espontâneas, é possível também publicar
anúncios com ofertas de emprego para as diferentes empresas
do universo Somague. Quer num caso, quer noutro, essas
candidaturas são integradas directamente no SAP – módulo de
Recrutamento e Selecção – o que permitirá um mais eficaz
tratamento dos dados. Será assim possível optimizar o processo
de recrutamento, (desde a selecção de candidatos, à marcação
de entrevistas, passando pela avaliação dessas entrevistas,
até à admissão do candidato seleccionado na respectiva
empresa. Este sistema permite também a elaboração de diversas
estatísticas de candidatos.
Portal do Gestor
No decorrer do ano 2009 a Somague continuou o desenvolvimento do Portal do Gestor, ferramenta que será implementada
no início do ano 2010. O objectivo deste Portal é disponibilizar
aos colaboradores com funções de responsabilidades de coordenação de projectos ou de serviços, a informação necessária à sua
adequada gestão.
Será através da SNET que os gestores terão acesso a esta
ferramenta, onde estará disponível informação na área dos
Recursos Humanos (ficha pessoal do colaborador, férias,
formação avaliações de desempenho, estruturas salariais
e ausências), Financeira (conta corrente de clientes, conta
corrente de fornecedores, facturas, débitos internos, garantias
bancárias e pedidos de facturação), Eficiência e Custos (Ficha
individual, gestão de frota, comunicações, eficiência e custos,
excepções e despesas, estadias, hotéis e viagens) e
Controlo de Gestão (mapa de custos SAP, síntese de controlo
orçamental, controlo orçamental e balancetes).
SOMAGUE SGPS
COLABORADORES
Faixa Etária dos Colaboradores
78
517
681
714
241
2009
<30 anos
2008
30-39 anos
85
505
685
772
281
40-49 anos
50-60 anos
84
2500
>60 anos
2000
1500
1000
500
0
447
652
779
317
2007
Qualificação dos Colaboradores
1777
2009
84
370
Outros
1863
2008
87
Curso de nível médio
378
Curso superior
2500
372
2000
1000
500
0
107
1500
1839
2007
Colaboradores por Género
2009
253
2008
251
2007
227
1978
Sexo masculino
2500
2000
1500
1000
2052
500
0
Sexo feminino
2077
Tipo de Contrato dos Colaboradores
2009
1803
2008
1772
428
Quadro Permanente
556
Temporários
2500
2000
1500
500
0
625
1000
1654
2007
45
46
SOMAGUE SGPS
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6.2 – Qualidade de Emprego
O sucesso do desempenho da Somague está, inquestio-
Este reconhecimento é patente nos índices de satisfa-
navelmente, associado à satisfação e motivação dos seus
ção demonstrados pelos colaboradores e com a sua
colaboradores. Para manter esses níveis elevados, a
presença sistemática nos ranking das melhores empre-
Empresa estimula o equilíbrio entre a vida pessoal e pro-
sas para trabalhar em Portugal.
fissional, oferecendo boas condições de trabalho, promovendo os seus colaboradores em reconhecimento do seu
Prémio Melhores Empresas para trabalhar em Portugal –
Exame/Heidrick & Struggles
mérito e proporcionando momentos de lazer e convívio.
Das práticas implementadas, destacam-se as seguintes:
Desde 2001 que a Somague Engenharia integra o ranking
“As Melhores Empresas para trabalhar em Portugal”. Em
2009 este ranking agrupou 66 empresas finalistas com um
índice de satisfação consolidado superior a 60%.
• Horário comprimido;
• Dispensa dos colaboradores para resolução de
assuntos pessoais/familiares;
A Somague Engenharia classificou-se na 16ª posição.
• Rede de transporte para colaboradores na sede
de/para diversos pontos de Lisboa;
• Acordo com creches nas imediações da empresa
(comparticipação na mensalidade);
A taxa de rotatividade dos colaboradores, em 2009,
apresentou os valores mais reduzidos dos três anos em
• Seguro de saúde (extensível ao agregado familiar),
vida e acidentes pessoais;
análise. Para o género masculino, a taxa de rotatividade,
registada em 13%, foi o resultado de 302 saídas e de
• Acordos com redes de health clubs, bancos, empre-
201 admissões, enquanto que, para o género feminino,
sas de telecomunicações, agências de viagens, redes
a taxa de rotatividade de 8% corresponde a 22 saídas e
hoteleiras, extensíveis à família.
21 admissões.
Taxa de Rotatividade
20%
19%
17%
16%
15%
13%
12%
Mulheres
10%
8%
Homens
5%
0%
2007
2008
2009
SOMAGUE SGPS
COLABORADORES
A taxa de absentismo em 2009 foi de 3,98%, subindo
1,45 pontos percentuais relativamente a 2008 e 1,44
relativamente a 2007. Este aumento está directamente
relacionado com o número de baixas médicas prolongadas por doença, com o aumento do número de licenças
de maternidade e paternidade e com os acidentes de
trabalho registados em 2009.
Gestão de Acessos
O Projecto de Gestão de Acessos surgiu como solução
integrada para controlar os acessos e/ou o ponto de todas
as entidades que acedem a locais onde a Somague tem
responsabilidades de Gestão. Este controlo é destinado não
só aos colaboradores da Somague, mas também aos
subempreiteiros, mão-de-obra alugada e outros casos
pontuais.
Em funcionamento na Sede desde 2008, no ano de 2009 foi
alargado à Delegação Norte da Somague bem como a
algumas obras, estando previsto no futuro ser implementado
em todas as novas obras da Somague.
47
48
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
6.3 – Formação
A Somague encara a formação e o desenvolvimento das
competências dos colaboradores, como investimento
no progresso da Empresa no mercado em que actua.
Assim, em 2009, 778 operacionais receberam 10 660
horas de formação, 1106 quadros receberam 17 253
horas de formação e 15 administradores receberam 180
horas de formação.
Horas de Formação por Colaborador
2009
15,60
12,00
13,70
Administração
2008
9,17
13,17
Quadros
12,29
Operacionais
2007
19,50
Foi ainda desenvolvida uma plataforma de e-learning
20,88
16,35
Plano de Estágios para a Engenharia
destinada a facilitar todo o processo da formação,
incluindo o lançamento de novos cursos e a gestão das
Apesar de não ter havido oportunidade para repetir o
inscrições, prevendo-se o seu arranque no 1º trimestre
Plano de Estágios de 2008, é de salientar que, dos 19
de 2010.
estagiários de 2008, apenas três, por opção própria,
não se encontram actualmente na Somague.
Esta aposta na formação à distância visa proporcionar
aos colaboradores uma maior flexibilidade nos horários
e deslocações reduzindo, igualmente, os custos associados.
SOMAGUE SGPS
COLABORADORES
6.4 – Avaliação de Desempenho e
Progressão na Carreira
A Somague procede, anualmente, à apreciação global
Funcional do Colaborador e as Competências
do desempenho de cada Colaborador, no sentido de
Técnicas e Qualificações Específicas requeridas para
aferir a sua evolução e proporcionar a progressão da
a sua função;
carreira em adequação às competências adquiridas.
• Outras competências detidas pelo Colaborador para
além das requeridas para a sua função, nomeada-
Os colaboradores são avaliados tendo como referência
mente Competências Estratégicas, Competências
o Perfil de Competências, definido para cada Função na
Técnicas
Somague, com a identificação das competências apli-
Colaborador detém como resultado do seu percurso
cáveis e o nível de proficiência esperado em relação a
profissional.
e
Qualificações
Específicas
que
o
cada Colaborador enquanto titular de determinada
função, considerando a sua experiência e conhecimento.
Actualmente a Avaliação de Desempenho, que em 2009
Este modelo de avaliação é específico para cada cola-
abrangeu 94,9% dos colaboradores, incide sobre as
borador, na medida em que pretende reflectir:
Competências Estratégicas, nomeadamente Cognitivas,
Interpessoais e Pessoais. Para 2010 está prevista a con-
• Competências requeridas do posto funcional, nomea-
solidação do levantamento das Competências Técnicas
damente as Competências Estratégicas para o Grupo
para cada Função na Somague e respectiva avaliação
49
50
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
com vista à obtenção do conhecimento efectivo das
identificará possíveis gaps de formação ou potenciais
competências e qualificações existentes no colectivo da
progressões profissionais de colaboradores subapro-
organização.
veitados.
Enquanto que da avaliação das Competências
Em 2009, 94,9% dos colaboradores foram submetidos a
Estratégicas resultam eventuais promoções ou revisões
avaliação de desempenho, menos 0,5 % relativamente a
salariais, a avaliação das Competências Técnicas
2008 e menos 3,8 pontos percentuais do que em 2007.
Progressão na Carreira
12%
2009
2008
5%
22%
9%
66%
Antiguidade
86%
Mudança de função
Mérito
2007
4% 5%
92%
PROGRAMA GPO
O Programa de Gestão por Objectivos (GPO) implementado em
2004 para os membros da Administração e Alta Direcção
consiste num contrato onde são fixados os respectivos
objectivos a alcançar por cada colaborador abrangido, tendo
associada uma remuneração variável. Este Programa foi
alargado aos dois níveis seguintes da Organização pela
relevância que estes Colaboradores têm e como forma de
estimular o seu desempenho.
Sede Somague - Sintra
SOMAGUE SGPS
COLABORADORES
6.5 – Igualdade de Oportunidades, Liberdade
de Associativismo, Direitos Humanos
A Somague aplica os seus princípios internos de igualdade de oportunidades, não só em Portugal, como
também em todos os locais onde opera. A evidência
desta actuação é a diversidade cultural dos seus colaboradores, com origem em Espanha, Índia, Itália, Nigéria,
Venezuela, e nos países de língua oficial portuguesa.
Origem dos Colaboradores
63
26
Apesar de se verificar alguma discrepância entre o número
de colaboradores homens e mulheres da Somague, são
aplicados rigorosamente os mesmos critérios na gestão
dos recursos humanos para ambos os géneros, designadamente:
• Igualdade no processo de recrutamento;
• Igualdade no plano de carreiras;
• Igualdade no acesso à formação;
• Igualdade de remuneração.
13
2200
2150
2050
2000
24
2100
2175
2007
14
T rabalhadores de países de
Leste
82
T rabalhadores de outros
países
67
2350
2206
2008
T rabalhadores de
nacionalidade portuguesa
2300
23 10
2250
2135
2009
T rabalhadores de países de
língua oficial Portuguesa
GESTÃO DA DIVERSIDADE COMO FACTOR DE
COMPETITIVIDADE: o contributo dos emigrantes
Os cidadãos estrangeiros são em Portugal, actualmente,
cerca de 5% da população total e cerca de 8% da população
activa, sendo o seu contributo visível e importante para o País
a vários níveis. A gestão dessa diversidade coloca grandes
desafios, tanto em termos de força laboral, como também em
termos de competitividade nos mercados interno e externo.
Neste âmbito, a Somague, a convite da Alta Comissária para
a Imigração e Diálogo Intercultural, participou no Seminário
realizado a 19 de Novembro de 2009 com o objectivo de
divulgar os seus instrumentos e boas práticas na área da
ética empresarial e responsabilidade social, promotores da
diversidade ao nível da nacionalidade, pertença étnica, convicção
religiosa, gizando linhas orientadoras para os benefícios da
integração dos imigrantes enquanto factor de competitividade.
51
52
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
Relação Salário Base Homem/Mulher
1,40
1,20
1,20
1,04
1,02
1,00
0,86
0,79
0,80
0,79
Quadros
Operacionais
0,60
0,40
0,20
0,00
2007
2008
2009
Os valores registados em 2009, para os Quadros, con-
Em 2009, 98,61% estavam abrangidos por acordos de
forme se pode verificar no gráfico anterior, resultam da
negociação colectiva e 5,11% sindicalizados.
saída de colaboradoras com elevadas responsabilidades na empresa e, por conseguinte, com salários mais
As regras de contratação colectiva incluem ainda, para
elevados. Já, relativamente aos Operacionais, verifica-
além da segurança e saúde no trabalho, cláusulas refe-
se o contrário.
rentes à protecção da maternidade e paternidade, ao
trabalho de estrangeiros, ao trabalho de menores, aos
Para que os colaboradores possam ver defendidos os
trabalhadores estudantes, à formação profissional e à
seus direitos e dar voz activa às suas expectativas e insa-
igualdade de tratamento e não discriminação, com vista
tisfações, a Somague encoraja o seu livre associativismo.
a proteger os seus colaboradores.
Associação Sindical Acordos de Negociação Colectiva
5,1%
2009
98,61%
6,14%
2008
5,09%
2007
98,95%
0%
Tróia Resort
Nº de Colaboradores sindicalizados
98,63%
25%
50%
75%
100%
Nº de Colaboradores abrangidos por
acordos de negociação colectiva
SOMAGUE SGPS
COLABORADORES
6.6 – Protecção Social
A Somague proporciona aos seus colaboradores,
Em 2009 foram dispendidos mais de 828 mil euros
para além da flexibilidade de horários para conciliar
para protecção social não obrigatória, dos quais 71%
a vida familiar com a profissional, uma cobertura
em seguros de saúde, 28% em seguros de vida e 1%
social que se estende para além das obrigações
em seguros de acidentes pessoais.
legais, nomeadamente através de seguros de saúde,
seguros de vida e seguros de acidentes pessoais que
cobrem na sua generalidade as necessidades de
protecção individual.
Encargos com os Colaboradores
72
2009
371
42
Encargos médios com cuidados
de saúde por colaborador (€)
IMA – Instituto de Médias Artes - Angola
47
Encargos com protecção social
de carácter não obrigatório por
colaborador (€)
52
Custos com pessoal por
colaborador (m€)
500
400
288
300
80
200
2007
275
100
78
0
2008
53
54
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
SOMAGUE SGPS
Segurança
• Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho • Índices de Sinistralidade
• Colaboração com a Autoridade para as Condições de Trabalho
Miraflores Premium
Marcos 2009
Redução do número total de acidentes.
Consulta dos colaboradores no âmbito da segurança e saúde no trabalho.
Revisão da Política de Segurança e Saúde no Trabalho.
Acidente mortal ocorrido em Janeiro 2009.
Actuação Estratégica
Execução das obras de acordo com as melhores técnicas disponíveis e em respeito pelos requisitos legais, contratuais e
pelos princípios gerais de prevenção.
Objectivos 2010
Revisão do actual regulamento interno de consumo de álcool com objectivo de incluir o controlo de drogas.
Reforço das auditorias ao Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST).
Reforço da formação em SGSST, incluindo os colaboradores da Sede.
55
56
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
7.1 – Sistema de Gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho
Decorrente do sector de actividade onde actua, a pro-
Objectivos da Política de Segurança e Saúde no
moção da segurança e saúde no trabalho constitui não
Trabalho:
só uma prioridade, mas também um dos pilares fundamentais de gestão da Somague.
• Respeitar os requisitos legais, contratuais e pelos
Para o efeito, a Somague dispõe de um Sistema de
• Manter um ambiente de trabalho seguro e saudável,
Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST),
assegurando que os trabalhadores não ficam expostos
definido de acordo com a OHSAS 18001:2007/NP
a ambientes de risco;
princípios gerais de prevenção;
4397:2008.
• Minimizar os riscos e assegurar que cada um zela
pela segurança e saúde de todos;
Actualmente o SGSST encontra-se em fases diferentes
• Identificar, avaliar e prevenir os riscos que possam
de implementação nas diferentes empresas que consti-
resultar em incidentes, acidentes ou doenças profissio-
tuem o universo Somague, nomeadamente:
nais, dando prioridade à implementação de medidas
de prevenção e de protecção individual e colectiva;
Implementado
e certificado
Somague Engenharia
Neopul
Engigás
• Consciencializar todos os colaboradores, internos e
externos, para a importância de zelarem pela sua
segurança e saúde, assim como pela de todos aqueles
que possam ser afectados pela actividade da
Empresa;
Implementado, mas
não certificado
Somague PMG
Somague TI
Somague Ediçor
Somague Madeira
• Assegurar que cada colaborador, a qualquer nível,
assume a sua responsabilidade ao procurar contribuir
para a implementação e melhoria das condições de
trabalho;
• Encorajar os colaboradores, internos e externos, a
Em fase inicial de
implementação
Somague Angola
CVC
identificarem e comunicarem todas as situações de
perigo que detectem;
• Assegurar que o trabalho é organizado de forma a
evitar os efeitos nocivos das tarefas monótonas e
Por reconhecer a Saúde no trabalho como vertente fun-
repetitivas e garantir a vigilância da Saúde em função
damental para o desenvolvimento da sua actividade, no
dos riscos;
final do ano 2009 foi revista a Política da Segurança e
• Identificar elementos responsáveis por medidas de
Saúde no trabalho da Empresa, de forma a incorporar
emergência e de alerta a entidades exteriores, em
os aspectos essenciais associados à Saúde dos cola-
operações de evacuação, prestação de primeiros
boradores.
socorros e combate a incêndios;
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA
• Promover a formação e treino dos colaboradores,
No ano de 2009 ocorreram 2 reuniões da Comissão de
envolvendo parceiros e demais partes interessadas
Segurança, uma em cada semestre, onde foram abor-
comprometendo-os para que actuem proactivamente,
dados os seguintes assuntos:
de forma a garantir boas condições de segurança e
• Representantes dos Trabalhadores;
saúde no trabalho;
• Índices de sinistralidade;
• Investigar os incidentes, acidentes e doenças profis-
• Cadastro de infracções laborais;
sionais ocorridos, com o intuito de prevenir futuras
• Legislação;
ocorrências.
• Acções a desenvolver;
• Outros assuntos relevantes.
Elaboração do Relatório de Qualidade do Ar Interior do
Edifício Sede
Estas reuniões contam com a presença do DirectorNo início do ano de 2009 surgiram os primeiros resultados da
avaliação da qualidade do ar interior no edifício sede. As
medições foram realizadas em 15 locais distintos, no interior,
e num ponto localizado no exterior.
geral dos Serviços de Apoio à Produção, do Director da
Segundo os critérios de avaliação do RSECE mediram-se os
parâmetros químicos (PM10, CO2, CO, O3, COV e
Formaldeído) e Microbiológicos (Bactérias e Fungos), sendo
os parâmetros físicos (temperatura e humidade relativa) avaliados
segundo os critérios de avaliação do RSECE/RCCTE.
responsáveis da Produção em função das obras em
As medições mostraram que todos os parâmetros apresentam
concentração inferior ao limite máximo, excepto a temperatura
que, numa das duas áreas comuns avaliadas, registou valores
0,5ºC abaixo do limite estipulado (20ºC).
QSA e IDI, Coordenadores QSA da Produção, Técnicos
de Segurança e Saúde, Direcção Geral Jurídica e outros
curso. Salientam-se as seguintes medidas acordadas
nas reuniões da Comissão de Segurança:
• Implementação, em fase experimental, do “Alerta de
Segurança”, com o objectivo de registar as advertências
efectuadas aos colaboradores em incumprimento das
regras de segurança;
• Realização da consulta dos colaboradores da Somague
no âmbito da segurança e saúde no trabalho.
Portucel – Central de Cogeração - Setúbal
57
58
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
Consulta dos colaboradores no âmbito da Segurança e
Saúde
De acordo com o n.º 2 do artigo 282.º da Lei n.º 7/2009, de
12 de Fevereiro, que aprova a Revisão do Código do
Trabalho, realizou-se em Novembro de 2009 uma consulta
aos trabalhadores da Somague sobre a preparação e
aplicação das medidas de prevenção.
No total foram distribuídos inquéritos a 1 078 colaboradores,
tendo-se obtido 560 respostas válidas, as quais representaram
uma amostra de 52% do universo.
De um modo geral concluiu-se que os colaboradores consideram que a Somague proporciona condições adequadas de
segurança e saúde no trabalho aos seus colaboradores.
A Somague, consciente da importância da formação
para a eficácia do Sistema de Gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho (SGSST), implementa em obra um
Gripe A
A Somague em 2009 desenvolveu planos de contingência
para diversas instalações/obras, em função do seu risco, na
eventualidade de ocorrer uma incidência de Gripe H1N1 que
impossibilite a presença dos colaboradores no seu local de
trabalho.
O objectivo dos planos desenvolvidos é o de garantir os
serviços mínimos. Assim, para cada instalação/obra foram
identificadas as actividades críticas, os colaboradores afectos
a essas actividades e as medidas necessárias para garantir a
sua continuidade.
Dado o forte suporte informático dos Sistemas de Gestão da
Somague, a maioria das medidas preventivas estabelecidas
está associada ao acesso remoto a esses sistemas, evitando a
presença dos colaboradores no local de trabalho.
Adicionalmente, foi divulgada informação diversa (panfletos)
relativa às medidas preventivas a implementar e sobre o que
fazer na eventualidade de surgirem sintomas da doença, e foram
também disponibilizados diversos meios de desinfecção nas
instalações/obras da Somague.
sistema de informação e formação de todos os colaboradores. Este sistema materializa-se na implementação
de um Plano de Informação e Formação em SST, onde
são calendarizadas:
• Acções de Acolhimento, ministradas a todos os colaboradores antes da sua entrada em obra, independentemente da sua categoria profissional ou da entidade empregadora a que pertencem;
• Acções de Formação de Coordenação em SST para
Empresas e Trabalhadores Independentes, proporcionadas às chefias com o objectivo de os alertar para
os riscos associados às actividades que lideram e
coordenar as actividades das diversas empresas e
colaboradores em obra;
• Acções de Formação e Sensibilização em SST para
Trabalhadores, realizadas pelo Técnico de Segurança
antes do início das actividades e no decurso dos trabalhos (sempre que se justifique). Estas acções são
geralmente ministradas nas frentes de trabalho.
Cais do Jardim do Tabaco - Lisboa
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA
7.2 – Índices de Sinistralidade
O ano de 2009 destacou-se pela redução significativa
O quadro e gráficos seguintes caracterizam os acidentes
do número de acidentes relativamente a 2008, em cerca
verificados na Somague, considerando mão-de-obra pró-
de 15%. Esta redução é ainda mais significativa se con-
pria mais cedência de mão-de-obra. Estes indicadores não
siderarmos apenas os acidentes com baixa superior a 3
incluem mão-de-obra de subempreitadas, no entanto, dada
dias, onde se verificou uma queda de cerca de 30%. No
a sua importância, refere-se que, em Dezembro de 2009,
entanto, o ano de 2009 foi fortemente marcado pelo aci-
ocorreu um acidente de trabalho mortal de um colaborador
dente mortal verificado em Janeiro de 2009 (ver caixa
de um subempreiteiro numa obra da Somague.
destaque), tendo afectado o índice de gravidade de
forma muito significativa, dada a contabilização de 7500
dias perdidos. Retirando o acidente mortal, o índice de
gravidade verificado em 2009 seria de 193,70, que
representa uma diminuição significativa relativamente a
Acidente de Trabalho Mortal
Um operário faleceu e outros dois ficaram gravemente feridos
em Janeiro de 2009 na sequência de um acidente nos
trabalhos em curso no Molhe Principal do Porto Santo.
2008 (568,44).
Número de Acidentes
250
200
150
223
71
24
100
50
0
191
95
7
128
0
2008
Acidentes s/ baixa
Acidentes c/ baixa <3 dias
Acidentes c/ baixa >3 dias
Acidentes mortais
88
1
2009
Para 2010 estão previstas realizarem-se, para além de
acções de acolhimento e formação obrigatórias em todas
as obras, diversas acções específicas de sensibilização e
formação ao nível das direcções de obra e outros quadros
ligados à Produção, com intervenção de direcção de topo
da Somague, destinadas a reforçar os conceitos e práticas
de Segurança e Saúde no trabalho.
59
60
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
ACIDENTES
ACIDENTES
ACIDENTES
ACIDENTES
TOTAL
DIAS
s/ BAIXA
c/ BAIXA < 3 DIAS
c/ BAIXA > 3 DIAS
MORTAIS
ACIDENTES
PERDIDOS
67
2
35
0
104
1.260
Neopul
7
0
4
0
11
24
Engigás
0
0
4
0
4
72
Gestão e Manutenção de Equipamentos
0
0
6
1
7
7.937
Somague Madeira
2
0
5
0
7
292
Somague Ediçor
9
0
14
0
23
650
Somague Angola
10
5
18
0
33
735
Somague Irlanda
0
0
1
0
1
18
Somague Cabo Verde
0
0
1
0
1
8
95
7
88
1
191
10.996
Somague Engenharia
TOTAL Grupo Somague
Índice de Frequência
60,00
50,00
Média
40,00
30,00
24,80
Bom
23,30
20,00
Muito Bom
12,41
10,00
0,00
0
2007
2008
2009
Índice de Incidência
60,00
48,10
50,00
47,59
40,00
27,54
30,00
20,00
10,00
0,00
2007
2008
2009
Índice de Gravidade
2.000,00
1.421,41
1.500,00
Média
Bom
1.000,00
500,00
507,50
568,44
2007
2008
Muito Bom
0,00
0
2009
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA
7.3 – Colaboração com a Autoridade para
as Condições do Trabalho
A Somague colabora com a ACT com o objectivo de
7.3.1 – Participação no Congresso
melhorar as condições de trabalho na empresa, através
Internacional da ACT
do controlo do cumprimento das normas em matéria
laboral, da promoção de políticas de prevenção dos ris-
A Somague participou no Congresso Internacional da
cos profissionais e do cumprimento da legislação relati-
ACT, que teve lugar no Centro de Reuniões da FIL, no
va à segurança e saúde no trabalho.
Parque das Nações, nos dias 16 e 17 de Abril, organizado
em conjunto com a Associação Internacional da
Ao longo dos anos, esta colaboração tem-se traduzido
Inspecção do Trabalho (IALI) e a Organização
em diversas iniciativas conjuntas com o objectivo de
Internacional do Trabalho (ILO).
promover a SST, nomeadamente:
O tema – “A Inspecção do Trabalho na direcção da
• Visitas às obras da Somague no âmbito da formação
de inspectores da ACT;
• Visita às obras da Somague de homólogas estrangeiras
da ACT;
mudança: centrar a missão no desenvolvimento económico
e na paz social em tempo de crise” – atraiu representantes
de inspecções do trabalho de vários países e organizações
internacionais que reflectiram sobre o papel da inspecção
• Participação em congressos de SST promovido pela ACT;
do trabalho face à desfavorável conjuntura mundial, os
• Participação da ACT em acções de formação e con-
seus desafios e estratégias de actuação.
gressos sobre SST, promovidos pela Somague.
7.3.2 – Regulamento de controlo
de alcoolémia e drogas
Em 2009, e em exemplo de anos anteriores, a ACT colaborou com a Somague, desta vez na análise da versão preliminar do Regulamento Interno, que abrange a prevenção do
consumo de álcool e droga nos locais de trabalho, prevendo-se a sua conclusão para o primeiro semestre de 2010.
O objectivo deste regulamento é o de fixar os termos em
que se efectuará, nas instalações, nos estaleiros e nas
zonas de obras, a prevenção e o controlo de alcoolémica
e do consumo de drogas, como forma de assegurar o
bem-estar e saúde dos trabalhadores, bem como as condições de segurança. Este é aplicável a todos os funcionários da Somague, subempreiteiros ou trabalhadores
independentes que estejam a exercer as suas actividades
em instalações, estaleiros ou obras da Somague.
Marina da Expo - Parque das Nações
61
62
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
R E L AT Ó R I O S G P S
Ambiente
• Gestão Ambiental • Recursos Naturais
• Qualidade do Ar • Energia e Alterações Climáticas
• Recursos Hídricos • Solo • Biodiversidade • Paisagem • Resíduos
Tróia Resort
Marcos 2009
Elevada percentagem de RCD encaminhados para valorização.
Protecção da fauna na obra de ampliação do Canal do Panamá.
Apoio na organização da conferência “Eficiência Energética em Edifícios”, promovida pelo BCSD Portugal.
Actuação Estratégica
Entender a Gestão Ambiental como o conjunto das acções essenciais a implementar para obter a máxima racionalidade
no processo de decisão relativo à conservação, defesa, protecção e melhoria do ambiente, no decurso da sua actividade.
Objectivos 2010
Participar em iniciativas no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade (2010).
Avaliar e potenciar a capacidade de captura de CO2 da Mata da Povoação em São Miguel.
63
64
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
8.1 – Gestão Ambiental
Os efeitos das actividades de construção sobre o meio
A Política Ambiental da Somague, definida em 2002 e
ambiente estão, de um modo geral, associados à extrac-
revista em 2008, tem norteado a implementação de prá-
ção de matéria-prima, à ocupação do solo, às restrições à
ticas rigorosas de minimização de impactes ambientais
normal circulação de transeuntes, veículos e animais, à
e de monitorização dos consumos de matérias-primas e
emissão de ruído, vibrações e de poeiras, à remoção de
dos resíduos produzidos. Actualmente, são já várias as
vegetação e desmatação, à impermeabilização do terreno,
empresas participadas com sistemas de gestão
às alterações na drenagem natural e à introdução de ele-
ambiental certificados.
mentos contrastantes com a paisagem original.
Investimento com Protecção Ambiental (2.308.521 €)
Técnicos de Ambiente (48,40%)
Prestação de Serviços (23,60%)
Gestão de Resíduos ((28,00%)
Estudo de Biodiversidade (Jacaré) - Panamá
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.2 – Recursos Naturais
Em 2009, o consumo de betão pronto representou
de pouco expressivo, o consumo de aço apresenta
quase 80% do betão consumido, aumentando face ao
uma tendência decrescente, tendo sido utilizados
ano anterior. O consumo de betão próprio também
menos 813 toneladas deste material, relativamente a
registou um aumento de cerca de 27% face a 2008,
2008.
tendo sido consumidos 62.810
m 3.
No que respeita aos
consumos directos de materiais, em 2009, o consumo
O consumo de papel mantém uma tendência de consumo
de cimento diminuiu, embora o de agregados tenha
crescente, apesar de se registar um abrandamento
aumentado mais de 30% para 1.161.543 m3. Para além
significativo face ao verificado entre 2007 e 2008.
Consumo de Betão (ton.)
248.752
2009
62.810
169.653
2008
49.285
Betão Pronto
Produção Própria
350.000
300.000
250.000
200.000
90.000
150.000
50.000
0
100.000
247.528
2007
Consumo de Matérias-primas (ton.)
66
2009
29.137
116.978
1.659.046
Papel
62
2008
29.950
108.137
Aço
1.217.467
Cimento
Agregado
10.000.000
819.153
1.000.000
100.000
153.833
10.000
1.000
100
1
24.445
10
42
2007
65
66
SOMAGUE SGPS
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8.3 – Qualidade do Ar
Condomínio Morro Bento - Angola
A degradação da qualidade do ar é uma preocupação da
As boas práticas em obra impõem diversas medidas
Somague, seja nos edifícios de escritórios, como nas
que contribuem para minimizar a ressuspensão de poei-
zonas de construção. É nestas últimas onde se verificam
ras que contribuem para a degradação da qualidade do
os principais problemas devido à natureza dos trabalhos
ar, nomeadamente a aspersão hídrica.
e à circulação de maquinaria, ao transporte de materiais,
e, ainda, ao funcionamento dos principais equipamentos, como centrais betuminosas e de betão.
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.4 – Energia e Alterações Climáticas
Consumo de Energia
A energia consumida pelas actividades da Somague tem
um peso directo nos custos operacionais da Empresa; no
entanto, a redução faz parte de uma estratégia de melhoria
Conferência “Eficiência Energética em Edifícios”
O BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável), em parceria com a Ecochoice e
com o apoio da Somague, organizou a conferência “Eficiência
Energética em Edifícios”, uma iniciativa integrada no ciclo
“Implementar a Sustentabilidade”.
de desempenho ambiental, reduzindo a contribuição da
Empresa para as alterações climáticas.
Assim, os esforços despendidos traduzem-se, em 2009,
A conferência realizou-se no Edifício Sede da Somague e contou
com cerca de 100 participantes e 15 oradores, representando
diversas organizações, entre as quais o Ministério da Economia
e Inovação, o INETI, a Universidade do Minho, a Universidade
Católica, o Instituto Superior Técnico, entre outras.
numa diminuição do consumo de combustíveis pela frota
automóvel em cerca de 36%, embora, em termos globais,
haja ainda muito a fazer pois, de forma geral, as restantes
fontes de energia apresentam uma tendência de consumo
crescente, apesar de nunca exceder o aumento de 10%, face a 2008.
Optimizar o uso de fontes de energia e promover a sua utilização
racional nos edifícios, foram os principais temas discutidos.
O objectivo principal deste ciclo de conferências foi o de
partilhar experiências entre os membros associados do BCSD
Portugal de forma a desenvolver competências nas empresas
que lhes permitam encarar os desafios da sustentabilidade.
Consumo de Energia (2009)
Gásoleo
(88%)
Gasolina
(2%)
Electricidade
(9%)
Gás Natural
(1%)
67
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Emissões de CO2
Os consumos energéticos traduzem-se num ónus relevante da Empresa sobre o meio ambiente devido à emissão
associada de Gases com Efeito de Estufa (GEE), quer de
modo directo pelo consumo de combustíveis, quer de modo indirecto pelo consumo de energia eléctrica.
Em 2009, verificou-se uma redução significativa nas emissões de fonte directa, nomeadamente relacionada com a
frota automóvel.
Emissões (ton CO2)
25%
2009
63%
41%
2008
12%
47%
Frota automóvel
12%
Equipamentos
Electricidade
Alteração ao PLANO DE GESTÃO FLORESTAL da
propriedade “Lomba Grande da Lomba do Loução”
Esta propriedade, situada na ilha de S. Miguel, é património da
Somague Ediçor e conta com um Plano de Gestão Florestal,
implementado desde Agosto de 2005.
Estende-se por uma área de cerca de 51 ha, sendo ocupada,
em cerca de 68%, por povoamentos de criptoméria (de
recém-plantados até 20 anos) e matas a corte ou cortada da
mesma espécie. A vegetação natural representa cerca de 9% da
área total ocupada pela Mata.
Esta propriedade apresenta-se como potencial sumidouro
de Gases com Efeito de Estufa, equilibrando o contributo da
Empresa para as alterações climáticas.
A Somague prevê iniciar, em 2010, um novo projecto de
contabilização do balanço entre o CO2 emitido devido ao
consumo energético decorrente da sua actividade, e o sumido
por captação pela Mata. Este projecto será o primeiro passo da
Empresa no combate às alterações climáticas.
Fustes - Erectos
30.000
11%
20.000
15.000
10.000
5.000
46%
25.000
43%
2007
0
68
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.5 – Recursos Hídricos
As cargas das actividades da Empresa nos recursos
Os efluentes descarregados têm a sua origem nos escri-
hídricos relacionam-se com o consumo e com a descar-
tórios e nos parques de equipamentos. As águas residuais
ga de efluentes.
contaminadas são sujeitas a um sistema de tratamento de
separação de hidrocarbonetos antes do devido enca-
A água consumida pela Somague tem como fontes, o
minhamento, sendo as restantes directamente dirigi-
furo e a rede pública. Em 2009, verificou-se um aumento
das para as redes municipais ou, caso tal não seja
na expressão de água consumida a partir do furo, cerca
possível, para sistemas de recolha (fossas estanques
de 13% face aos 9% registados em 2008, tendo origem na
ou ETAR compactas).
rede pública de abastecimento cerca de 217.000
m3.
Túnel do Marão
A construção do Túnel do Marão, com uma extensão total
de 5,6 quilómetros, avançava em duas frentes, cerca de 4
metros por dia. Este túnel é peça fundamental na via que irá
substituir o actual Itinerário Principal 4 (IP4) onde, na última
década, em média, 24 pessoas perderam a vida anualmente.
Dada a sua localização e importância esta obra, foi objecto
do EIA ainda antes do seu lançamento, de que resultaram
medidas minimizadoras definidas no respectivo RECAPE e
onde têm particular relevância os aspectos inerentes à avaliação e minimização dos impactes nos recursos hídricos.
Túnel do Marão
69
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8.6 – Solo
As actividades da Empresa provocam directamente elevada pressão nos solos, devido às movimentações de
terras, seja por escavação ou aterro. As boas práticas
relativas à protecção dos solos permitem evitar impactes a nível da erosão e da contaminação dos mesmos.
Movimentação de Solos (103 m3)
2.820
2009
1.424
Escavação
1.350
Aterro
8.000
6.000
5.000
4.000
2.000
1.000
0
3.782
3.000
3.483
2007
7.000
1 2.31
2008
Destino dos Solos de Escavação (103 m3)
50%
2009
50%
45%
2008
Reutilizados em obra
55%
Reutilizados fora de
obra ou vazadouro
100%
90%
80%
70%
60%
50%
45%
40%
20%
10%
30%
55%
2007
0%
70
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.7 – Biodiversidade
As actividades de construção levam a alterações ao
nível da ocupação do solo, afectando directamente os
habitats presentes na área, quer por fragmentação, por
degradação ou mesmo por destruição, com implicações
directas na biodiversidade local.
ESPAÇO PROTEGIDOS
Designação
Região
Parque Natural do Douro
Trás-os-Montes e
Internacional
Alto Douro, Portugal
OBRA
Figura de
Área
Protecção
Afectada
Parque Natural
85 150 ha
Zona de Protecção Especial (ZPE)
do Douro Internacional e vale do
Trás-os-Montes e
rio Águeda (Rede Natura 2000)
Alto Douro, Portugal
Reserva Ecológica Nacional
Trás-os-Montes e
Mogadouro
Alto Douro, Portugal
ZPE
50 789 ha
REN
S.D.
Zona de Protecção
Zona de Protecção Especial (ZPE)
da Ria de Aveiro
Beira Litoral, Portugal
Especial (ZPE)
51 152 ha
Reserva Ecológica Nacional
Beira Litoral, Portugal
REN
S.D.
Reserva Agrícola Nacional
RAN
41 155 m2
Reserva Ecológica Nacional
REN
146 643 m2
Parque Natural do Douro
Trás-os-Montes e Alto Douro,
Internacional
Portugal
Parque Natural
187 798 m2
Sítio Alvão Marão
Trás-os-Montes, Portugal
Rede Natura 2000
58 788 ha
Parque Natural do Alvão
Trás-os-Montes, Portugal
Parque Natural
7 220 ha
S.D. – Sem Dados
Reforço de Potência da
Bemposta
Ligação Ferroviária ao
Porto de Aveiro
Subestação de Lagoaça
Auto-Estrada Amarante/Vila
Real (Túnel do Marão)
71
72
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
Em 2009, a Somague teve um papel muito importante
• Monitorização
no âmbito da biodiversidade da zona onde decorre a
Acompanhamento contínuo durante toda a obra, onde
obra de ampliação do Canal do Panamá.
se prestará especial atenção aos locais onde existe a
possibilidade de reaparecerem espécies, com o objecti-
Ampliação do Canal do Panamá
vo de os recolher e relocalizar.
O projecto de ampliação do Canal do Panamá requer a
• Educação Ambiental
escavação e construção em áreas verdes, provocando
Formação para os trabalhadores, onde serão dadas
a redução do habitat em proporção directa à área inter-
informações sobre as espécies que habitam nesses
vencionada e, como tal, causando efeitos directos e
habitats bem como indicações sobre como actuar em
indirectos na fauna e na flora do local.
caso de avistar um animal ferido ou preso, e o que fazer
até que a equipa de resgate chegue ao local.
Assim, e tal como estabelecido no Estudo de Impacte
Ambiental do projecto, o GUPC (Grupo Unidos Por el
Os trabalhos de desmatação e limpeza das áreas afec-
Canal)
e
tas pelo projecto começaram em finais de Outubro de
Relocalização da fauna que possa ser afectada pelos
2009 e, até ao final do ano, foram resgatados animais de
trabalhos de desmatação, com objectivo de reduzir ao
espécies distintas como preguiças, conejo muleto,
máximo os impactes negativos provocados à mesma. O
nêque, gatos selvagens, macacos, sapos, crocodilos,
Plano inclui as seguintes etapas:
jacarés, cobras, jibóias e iguanas.
• Estudo dos ecossistemas e da fauna a ser afectada
Ano Internacional da Biodiversidade 2010
implementou
um
Plano
de
Resgate
Confirmação da informação recebida através de observação directa ou de monitorização com câmaras digitais
Em
consagração
do
ano
internacional
remotas, sobre os padrões de distribuição e circulação
Biodiversidade em 2010, proclamado na 61ª sessão da
de animais, assim como variáveis antrópicas que lhes
Assembleia Geral das Nações Unidas, a Somague
digam respeito.
prevê a sua participação em iniciativas neste âmbito a
avaliar pelo Conselho de Sustentabilidade.
• Resgate
Para a captura dos diferentes mamíferos, são utilizados
vários métodos (“fixed-radii”, contagem de pontos e
linhas transversais), bem como a captura manual realizada
por equipas especiais. Para o resgate de répteis e
anfíbios são utilizadas armadilhas ou recorre-se à captura manual com pinças e ganchos.
• Relocalização dos habitats das espécies faunísticas
Previamente à relocalização das espécies, notifica-se a
Autoridade Nacional do Meio Ambiente (ANAM) e a
Autoridade do Canal do Panamá. É preparado um relatório onde são incluídas informações detalhadas como
a origem, o destino final do animal, bem como o sexo,
peso, medida, estado de saúde e idade aproximada.
Estudo de Biodiversidade (Preguiça) - Panamá
da
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.8 – Paisagem
Projecto Etar de Alcântara
A actividade da Somague interfere com a qualidade da
prevê a criação de uma cobertura para este vasto equi-
paisagem através da instalação de estaleiros e outras
pamento. Numa relação de escala territorial, esta cober-
unidades de apoio à obra, da intrusão visual provocada
tura ajardinada destina-se a prolongar as encostas
com a edificação de estruturas de cores, dimensões,
verdes do vale de Alcântara, ajudando assim a diminuir
cores e formatos contrastantes com estética natural da
o impacte visual provocado pelas infra-estruturas viárias
área. Um dos exemplos significativos sobre o modo
da zona. Modelando as pendentes, foram criadas con-
como a paisagem é considerada nos trabalhos da
dições de habitabilidade e hierarquias entre os espaços.
Empresa é o Projecto de Integração Paisagística da
Nas vias, rasgou-se a cobertura, ventilando e iluminando,
ETAR de Alcântara.
mas nunca expondo. As áreas administrativas definem-se
por um muro limite, um vidro e alguns volumes soltos,
O projecto geral consiste na modernização da ETAR de
que albergam funções secundárias, separando as circu-
Alcântara, que por motivos de protecção ambiental
lações internas dos espaços de trabalho.
73
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
8.9 – Resíduos
A gestão de resíduos eficiente é um desafio muito impor-
Em 2009, a quantidade de RCD contabilizados triplicou,
tante para a Somague, nomeadamente os resíduos de
comprovando a aplicação eficaz das directrizes definidas
construção e demolição (RCD), de forma a vincular o
legalmente em meados de 2008. A taxa de valorização
compromisso que, ano após ano, a Somague define
dos mesmos mantém-se na ordem dos 80%, tal como
com a Sustentabilidade.
em 2008.
Resíduos Produzidos (ton.)
2009
42
2008
43
343
1.426
94.463
Papel
202
1.602
Resíduos Perigosos
31.524
Resíduos Não Perigosos
Para este aumento da produção de RCD pesou significativamente a obra da Linha de Gondomar do Metro do
Porto, em que a Somague foi responsável pelo encaminhamento de elevadas quantidades de resíduos que se
encontravam depositadas no local intervencionado (ver
caixa de destaque).
RCD
12.324
100.000
2.506
10.000
100
10
359
1.000
15
2007
1
74
Linha de Gondomar do Metro do Porto
No âmbito da empreitada de construção da Linha de
Gondomar do Metro do Porto, troço Estádio do Dragão - Venda
Nova, foi detectada uma zona, em área afecta à obra, que
continha uma elevada quantidade de resíduos que não tinha
sido prevista em termos do projecto. Esta acumulação de
resíduos resultou de deposições ilegais que durante alguns
anos ocorreram naquele local.
Os resíduos em causa consistiam essencialmente numa
mistura de Resíduos de Construção e Demolição (RCD),
incluindo betão, tijolos, azulejos, plásticos, cartão, madeira,
misturas betuminosas, telas asfálticas e telhas de fibrocimento.
Neste local encontravam-se ainda depositados terras e
pneus.
Estes resíduos foram triados pelas seguintes tipologias:
mistura de RCD, pneus, telas asfálticas e telhas de fibrocimento,
as quais foram encaminhadas para operadores devidamente
licenciados. Será de realçar que a remoção destes resíduos
condicionou o normal desenvolver dos trabalhos, causando
atrasos significativos às movimentações de terras previstas
para aquele local. Como dado relevante refere-se que
relativamente à mistura de RCD, foram encaminhadas
cerca de cem mil toneladas.
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.10 – Ruído
A fase de construção de uma obra implica uma exposição da envolvente a um ambiente sonoro não favorável
aos seres vivos. A preocupação da Empresa com este
factor acentua-se quando as actividades se desenvolvem em centro urbano, sendo as pessoas os principais
afectados, e conduz à monitorização do ambiente sonoro, de forma a prever a necessidade de implementação
de medidas eficazes de minimização do potencial
impacte induzido.
Monitorização Ruído
No âmbito do acompanhamento ambiental das obras, e
de acordo com a legislação em vigor, a generalidade
das obras da Somague possui Licenças Especiais de
Ruído e é alvo de campanhas de monitorização do ruído
ambiental conforme aplicável. A monitorização de ruído
efectuada pela Somague tem diversos propósitos,
nomeadamente:
• Caracterização da situação de referência;
• Avaliação do impacte das actividades de construção;
• Avaliação da eficácia das medidas mitigadoras implementadas.
A Somague possui meios próprios para efectuar este
tipo de monitorização, nomeadamente sonómetros,
estações meteorológicas e técnicos qualificados ponderando, actualmente, a acreditação deste serviço.
Sonómetro
75
76
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8.11 – Património
A salvaguarda dos elementos patrimoniais, arquitectóni-
patrimonial e científico devido à sua raridade, crono-
cos e arqueológicos é a única forma de estabelecer
logia e diversidade.
contacto, aprender e evoluir com a História legada pelos
nossos antepassados. O Património tem especial rele-
Durante estas intervenções foi constituída uma colecção
vância na actividade da Somague, não só por narrar a
diversa, onde se evidenciam 10 peças de artilharia em
evolução da construção ao longo dos séculos, como
ferro, 2 armas de fogo, 40 presas de elefante e numero-
também porque a actividade da Empresa constitui um
sas cerâmicas e vidros, maioritariamente relacionada
potencial risco para os elementos patrimoniais eventual-
com um naufrágio de finais do século XVII ou XVIII. Esta
mente encontrados no decurso das escavações dos tra-
colecção encontra-se actualmente nas instalações da
balhos de construção. Assim, a Somague garante o
Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo
acompanhamento arqueológico de todas as obras em
Ocidental, Porto da Horta, onde recebeu medidas de
que se proceda a revolvimentos de terras, por técnicos
conservação preventiva.
especializados e autorizados, para que este risco seja
evitado.
Os materiais localizados na baía da Horta possuem um
interesse museológico relevante, constituindo a maior
Obra no Faial, Açores
colecção arqueológica de um navio desta cronologia
conservada em Portugal.
A intervenção arqueológica efectuada no âmbito da
“Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima
Neste contexto, numa fase em que o Faial é invariavel-
da Cidade da Horta – 1ª Fase Obras Marítimas” resultou
mente associado a uma identidade marítima, a valoriza-
na constituição de uma colecção arqueológica singular,
ção deste património acrescenta um valor incalculável a
única à escala nacional, importante dos pontos de vista
uma oferta turístico-cultural de qualidade.
Achados arquiológicos
Prospecção arquiológica sub-aquática
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
8.12 – Síntese de Desempenho Ambiental
O Quadro seguidamente apresentado sintetiza o des-
de RCD, de solos de escavação e da emissão de CO2
empenho da Somague relativamente a consumos de
resultante do funcionamento equipamentos.
materiais e recursos (água, energia e outros materiais) e
a cargas sobre o ambiente (produção de resíduos e
Este aumento, para além do já referido nas outras secções
emissões atmosféricas).
deste capítulo, relaciona-se com a natureza das obras em
que a Somague esteve envolvida durante o ano de 2009,
Como se pode verificar, a Somague registou, em 2009,
exigente a nível das actividades de escavação e de demoli-
um aumento dos consumos de papel, betão, cimento,
ção que, consequentemente, resultaram numa maior utiliza-
agregado, gasóleo, gás natural e água e da produção
ção dos respectivos equipamentos, repercutindo-se no
aumento generalizado do consumo energético.
2007
2008
2009
0,058
0,081
0,082
0,465
0,288
0,391
Cimento (ton)
0,212
0,142
0,147
Agregado (1000 ton)
0,001
0,002
0,002
Consumo de
Aço (1000 ton)
0,034
0,039
0,037
Materiais e Recursos
Gasóleo (m3)
0,012
0,009
0,010
Gasolina (l)
0,517
0,401
0,246
Gás natural (m3)
0,058
0,056
0,058
0,011
0,010
0,010
0,296
0,235
0,272
0,035
0,024
0,040
CO2 (ton) Frota automóvel
0,017
0,013
0,008
CO2 (ton) Equipamentos
0,017
0,014
0,020
CO2 (ton) Electricidade
0,004
0,004
0,004
Papel (kg)
Betão
(m3)
Electricidade (kW*h)
Água da rede de abastecimento
(m3)
Água no Edifício Sede e Parque de Equipamentos
Escavação (100
Cargas Ambientais
m 3)
(m3)
0,048
0,030
0,035
Resíduos de papel (ton)
0,020
0,057
0,052
Resíduos não perigosos (ton)
0,003
0,002
0,002
RCD totais (ton)
0,017
0,041
0,119
RCD totais (ton) valorização
0,005
0,034
0,095
RCD totais (ton) deposição
0,012
0,007
0,024
Diminuiu o consumo/carga – melhoria do desempenho ambiental
Aumento da quantidade de resíduos encaminhada para valorização - melhoria do desempenho ambiental
Manteve o consumo/carga – manutenção do desempenho ambiental
Aumentou o consumo/carga – diminuição do desempenho ambiental
77
78
SOMAGUE SGPS
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Prolongamento da Linha Vermelha do Metro de
Lisboa – Exemplo de Boa Gestão Ambiental
• Definição de um horário de trabalho adequado, para
minimizar o incómodo da população residente na
envolvente da obra, que privilegiou a execução das
• Relação com a Comunidade
actividades mais ruidosas no período diurno (entre as
8.00h e as 20.00h);
A obra decorreu em ambiente urbano, numa zona com
uma elevada concentração de comércio e serviços, bem
como edifícios habitacionais. Neste sentido, foram estabelecidos diversos canais de comunicação com a população envolvente, no sentido de agilizar respostas face a
reclamações derivadas de eventuais danos materiais ou
• Realização da limpeza diária do pavimento das zonas
de acesso;
• Aspersão hídrica durante a movimentação de agregados,
de forma a minimizar a emissão de poeiras;
• Existência de infra-estruturas para a lavagem dos rodados dos camiões antes da sua saída do estaleiro;
incomodidade resultante do decorrer das actividades
• Encaminhamento das águas provenientes da lava-
construtivas. Assim, sempre que ocorreu uma reclama-
gem de rodados e do pavimento para sistemas de
ção por parte da população envolvente, procedeu-se à
decantação existentes à saída dos estaleiros;
realização de vistorias aos imóveis (juntamente com a
• Colocação de tabuleiros metálicos sob todos os com-
Fiscalização) ou à realização de campanhas de monito-
pressores existentes em obra, de forma a conter
rização de ruído (consoante as situações) e ao esclare-
eventuais derrames decorrentes do abastecimento de
cimento de eventuais dúvidas colocadas.
combustível ou durante a manutenção;
• Armazenamento de óleos, tintas e outras substâncias
• Boas Práticas Ambientais
perigosas em áreas confinadas para o efeito, de
forma a minimizar o risco de ocorrência de derrames;
A empreitada de Prolongamento da Linha Vermelha,
• Disposição de big bags em vários locais dos estaleiros
Alameda/S. Sebastião, foi sujeita a acompanhamento
para a recolha de areias provenientes da absorção de
ambiental, com o objectivo de minimizar os impactes
decorrentes das diversas actividades construtivas.
derrames;
• Triagem dos resíduos produzidos na origem e enca-
Em seguida descrevem-se as principais medidas
minhamento dos mesmos para operadores licenciados;
implementadas no decorrer de 2009, num período
• Realização de campanhas de monitorização de ruído
em que a empreitada se encontrava numa fase de
acabamentos.
e águas residuais;
• Colocação de cercaduras em madeira, devidamente
sinalizadas, em redor de todas as árvores inseridas na
zona afecta à obra, de forma a evitar a afectação por
parte de maquinaria.
Linha Vermelha - Metro de Lisboa - Estação do Saldanha
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
Linha Vermelha - Metro de Lisboa
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Envolvimento, Cooperação
e Comunidade
• Expectativas dos Stakehplders • Comunicação Interna • Comunicação Externa
• Investimento na Comunidade • Desenvolvimento Económico e Social
Hospital Pediátrico de Coimbra
Marcos 2009
Envolvimento em diversas iniciativas do BCSD e da Rede RSOpt relacionadas com projectos de sustentabilidade.
Actuação Estratégica
Promover o desenvolvimento das comunidades através da participação em obras que resultem numa melhoria da qualidade
de vida das populações locais e do seu envolvimento na construção das mesmas.
Objectivos 2010
Continuar a envolver os stakeholders nos seus processos de decisão, partilhar os seus conhecimentos com a comunidade
empresarial, tecnológica e estudantil e promover a cooperação para o desenvolvimento.
Desenvolver uma consulta formal aos Clientes e Colaboradores.
Implementar um processo de informação da gestão da Sustentabilidade no site da Somague.
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9.1 – Expectativas dos Stakeholders
A Somague acredita que o sucesso da Empresa é mais
Esta relação implica uma comunicação ágil, transparente
do que a superação dos constrangimentos do sector,
e bidireccional entre a Somague e as suas Partes
sejam estes económicos, técnicos, de planeamento ou
Interessadas, por um lado fornecendo informações
de gestão. É fundamental manter o seu posicionamento
actualizadas e, por outro lado, recebendo o respectivo
mais adiante daquilo que os sinais do mercado perspectiva-
feedback relativamente à sua actuação.
vam. Tal só é verdadeiramente possível através de uma
gestão activa das expectativas dos seus stakeholders,
Os stakeholders da Somague são acompanhados pela
em primeiro lugar é necessário conhecê-los, depois
Empresa desde o primeiro contacto como tal, e auscul-
saber exactamente as condições do produto/serviço em que,
tadas as suas necessidades e expectativas, para que
na perspectiva do stakeholder, este deverá ser fornecido e,
estas sejam incorporadas no planeamento e concretiza-
por último, envolvê-los e mantê-los a par do desenvolvi-
ção das acções que possibilitarão o cumprimento dos
mento do produto/serviço.
compromissos assumidos.
Colaboradores
Parceiros
Entidades
Estratégicos
Públicas
Accionista
Somague
Fornecedores
Clientes
Participadas
Comunidade
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9.2 – Comunicação Interna
A Snet, designação da intranet, é o principal veículo de
Organização e da Direcção-Geral de Recursos
comunicação interna da Somague. Esta ferramenta per-
Humanos, promove a emissão da opinião de todos os
mite sistematizar, e divulgar a todos os colaboradores,
colaboradores relativamente à estrutura do próprio por-
os mais variados temas, desde informação corporativa,
tal, ou de outros assuntos de divulgação interna.
manuais e formulários técnicos, portfólio de obras, análise diária de imprensa, parcerias disponíveis com enti-
A revista “Soma e Segue” é uma publicação trimes-
dades externas (bancos, ginásios, infantários, agências
tral, com distribuição a todos os colaboradores, bem
de viagens, hotéis, entre outros), fóruns de discussão,
como a um público externo seleccionado, que divulga a
datas de aniversário, estado do trânsito nas principais
actividade da empresa.
estradas, entre outros.
A LAC – Linha de Apoio ao Colaborador é canal de
Cada colaborador pode consultar a sua informação
comunicação via telefone ou e-mail, destinada a apoiar
actualizada, independentemente da sua hierarquia na
na resolução concreta de problemas, na clarificação de
organização ou da sua localização geográfica, permitin-
dúvidas e no debate de questões com que qualquer
do que se mantenha a par da actividade da empresa,
colaborador, no âmbito da relação laboral, se poderá
tanto a nível interno como externo.
deparar. Durante o ano de 2009 foram recebidos 42 emails (média de cerca de 5 e-mails por mês). A LAC está
A utilização da Snet como forma preferencial de comu-
a ser utilizada maioritariamente para comunicação de
nicação dentro da Somague é ainda uma medida eficaz
alterações de dados pessoais dos colaboradores.
de redução significativa no consumo de papel, através
dos sistemas de facturação, do programa de encomen-
Cada um dos responsáveis da Somague dinamiza
das de merchandising, da avaliação de subempreiteiros
ainda reuniões específicas por área, com as quais pre-
e fornecedores, da divulgação de notas internas ou de
tende assegurar a recepção e compreensão da informa-
circulares de serviço, da publicação de manuais, todos
ção adequada aos diversos níveis da organização.
acessíveis on-line.
Destacam-se as reuniões mensais de controlo de custos e as reuniões de produção.
O Portal do Colaborador, acessível a partir da Snet,
permite também a execução de uma série de tarefas,
Aproveitando o enquadramento do novo Código do
sem necessidade de recurso ao suporte papel, e reúne
Trabalho, que prevê a Consulta aos Colaboradores
toda a informação pessoal do colaborador associada
sobre a sua preparação e aplicação das medidas de
directamente à sua relação com a empresa, como a
prevenção e protecção da segurança, a Somague pre-
marcação de férias, as avaliações de desempenho, os
tende, em 2010, estender o âmbito das suas questões a
seguros, as acções de formação, entre outros. Este
temas como a sustentabilidade, o ambiente, a qualida-
espaço, para além de aproximar o Colaborador da
de, entre outras que visem a sua participação e consideração nos processos de tomada de decisão.
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9.3 – Comunicação Externa
A metodologia de contacto permanente da Somague
• Livros temáticos: A Somague tem editado livros
com os seus stakeholders externos permite, por um
temáticos relativos a obras relevantes que levou a
lado, avaliar o grau de cumprimento dos compromissos
cabo, tentando desta forma manter viva a memória
assumidos e, por outro lado, beneficiar do feedback de
dessas actividades;
todos os que influenciam a actividade da Somague.
• Presença em eventos diversos: Congressos, colóquios, seminários, feiras, exposições, onde se apre-
As principais ferramentas de comunicação que permitem à empresa dialogar com a sua envolvente são:
senta a públicos diversos;
• Visitas organizadas a obras: Apresentação do seu
trabalho a públicos diversos.
• Newsletter “Soma e Segue”: Revista de periodicidade trimestral, onde se divulgam as principais notícias das diversas actividades da empresa. Teve a sua
Notícias
primeira edição em Maio de 1996 e tem uma tiragem
nº41
Março - 2009
média de 3500 exemplares;
• Website (www.somague.pt): Sítio da internet que
disponibiliza informação detalhada sobre a actividade
da empresa, incluindo comunicados, informação
financeira (documentos trimestrais, semestrais e
anuais de prestação de contas), as áreas de negócio
da Empresa, o seu portfolio de obras, a sua organização ou a forma como se integra no Grupo SyV. Em
2010 prevê-se ainda o desenvolvimento de um sistema de informação da gestão da Sustentabilidade no
site da Somague;
Responsabilidade Social
na Somague Engenharia
• Atendimento ao Público: Designação de interlocutores para o esclarecimento das populações afectadas pelas obras;
• Relações com a imprensa: Garantidas pela
Direcção-geral de Marketing e Comunicação, em sin-
Cabo Verde investe em infra-estruturas
tonia com o Presidente da Somague;
• Brochura institucional: Apresentação da Somague
Engenharia, suas empresas, negócio e portefólio;
• Brochuras de apresentação das empresas participadas: Apresentação das áreas específicas de actividade;
• Livro curricular: Apresentação, em versão papel ou
CD-ROM, do portefólio da empresa;
Newsletter Soma&Segue
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9.4 – Investimento na Comunidade
A Somague crê que a partilha do seu conhecimento e
Empresa. A ciência e a tecnologia no sector da constru-
experiência com a comunidade académico-científica,
ção ditam o sucesso do seu negócio e exigem uma
corporativa, institucional, não institucional e associativa
constante actualização de competências, comutada
é um investimento na Sociedade cujo retorno se traduzi-
nestas iniciativas.
rá na inovação e evolução do sector da construção e,
inevitavelmente, na evolução da própria Empresa.
Participação na 23ª Edição da FIC - Feira da
Indústria, da Construção e Imobiliária que se
O número crescente de conferências e seminários técni-
realizou na Madeira
cos a que a Somague é convidada a participar, ano
após ano, são uma forte evidência do retorno desse
A 23ª edição da FIC – Feira da Indústria, da Construção
investimento onde se tem vindo a desenvolver uma cul-
e Imobiliária teve lugar no Madeira Tecnopólo entre 7 e
tura de aprendizagem mútua, procura pelo rigor científi-
11 de Outubro. O sector da construção esteve em des-
cos e pela competição cooperativa.
taque nos 54 expositores participantes, que apresentaram os seus novos serviços, produtos e soluções. O
9.4.1 - Formação e Conhecimento
stand da Somague Engenharia Madeira mostrou o resultado de um ano de trabalho e foi eleito o melhor pelo seu
A Somague tem participado, com o seu know-how e
competências adquiridas, em diversos fóruns temáticos
directa ou indirectamente associados à actividade da
FIC 2009 - Feira da Indústria, da Construção e Imobiliária - Madeira
rigor, originalidade, qualidade, estética e impacte.
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Participação em seminários da rede RSO.pt
Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
• Responsabilidade Social das Organizações:
A Somague apoiou o 9º Simpósio de Hidráulica e
Novas atitudes, novos modelos de gestão
Recursos Hídricos dos Países de língua oficial portuguesa.
Fórum de debate de matérias relevantes para o desen-
A Somague participou com o seu testemunho no ciclo de
volvimento sustentável de regiões diversificadas (tais
Workshops organizado pela REDE Nacional RSO.pt com
como África, Brasil, Timor e Portugal), como temas fun-
o objectivo de apresentar uma visão prática das vanta-
damentais a hidráulica e os recursos hídricos.
gens da Responsabilidade Social das organizações.
Fundação da Universidade Católica Portuguesa
Os Workshops decorreram nos meses de Maio e Junho
em diversas regiões do país, tendo a Somague partici-
As contribuições recebidas pela Universidade Católica
pado nos realizados em Leiria e na Madeira.
Portuguesa ao abrigo do presente Protocolo serão por
ela entregues à Fundação da Universidade Católica
Semana da Engenharia - Eweek no Pavilhão do
Portuguesa, instituída com o objectivo de criar um fundo
conhecimento - Ciência Viva
permanente de apoio às suas actividades. Como contrapartida à contribuição da Somague Engenharia, S.A.,
O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva recebeu
a Universidade Católica Portuguesa realizará 4 (quatro)
mais uma edição da Semana da Engenharia – EWeek,
seminários por cada ano de vigência do presente
acolhendo
Protocolo de Apoio, no Auditório Somague, sobre temas
cerca
de
150
jovens
das
Escolas
Secundárias D. Dinis, Portela e Dr. Azevedo Neves. Entre
a definir entre as partes.
11 e 17 de Maio passado, pelo quarto ano consecutivo,
a IBM Portugal em parceria com o Pavilhão do
Católica TOP+
Conhecimento – Ciência Viva, a BP Portugal, o
Montepio, a Siemens e a Somague, deram a conhecer
Programa instituído pela Faculdade de Ciências
aos jovens as várias potencialidades e saídas profissio-
Económicas e Empresarias da Universidade Católica
nais ligadas à área das Engenharias.
Portuguesa (FCEE Católica), com o apoio de um vasto
grupo de grandes empresas e instituições (nomeada-
Durante a semana, os jovens puderam participar em
mente a SOMAGUE), para premiar os alunos das suas
diversas experiências com o objectivo de lhes propor-
Licenciaturas em Economia e Gestão que tenham um
cionar o contacto com a aplicação prática da ciência, da
desempenho académico de nível superior. O CATÓLICA
matemática ou da tecnologia, motivando-os a aprofun-
TOP+ permite que um bom aluno possa completar toda a
dar os seus conhecimentos.
sua Licenciatura na FCEE-Católica sem pagar propinas.
E-Week - Semana de Engenharia - Lisboa
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Fundação Cidade de Lisboa / Colégio Universitário
Índice de Sustentabilidade Empresarial
Nuno Kruz Abecasis
Com o objectivo de validar a metodologia de construção
Atribuição de 3 bolsas de estudo a alunos dos PALOP
do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) em de-
que se encontram a estudar Engenharia em Portugal.
senvolvimento pelo IST e pelo BCSD Portugal, foram
Estas bolsas visam patrocinar os estudos e a promoção
seleccionadas 20 empresas representativas de diver-
da integração social dos estudantes e a sua formação
sos sectores de actividade, entre as quais a Somague,
cultural.
às quais foi efectuado um teste piloto a fim de validar a
aplicabilidade e adequação do ISE às características do
FUNDEC
universo das empresas associadas do BCSD Portugal.
A Somague é membro da Associação para a Formação
e o Desenvolvimento em Engenharia Civil – FUNDEC,
que tem como finalidade a valorização das pessoas que
se dedicam à engenharia civil e arquitectura portuguesas,
promovendo, para tal, acções de formação profissional e
cursos, estudos e serviços, visando o diagnóstico das
necessidades, a inovação e a melhoria de processos, o
9ª Conferência Anual do BCSD Portugal
A Somague patrocinou a 9ª conferência Anual do BCSD sobre a
temática “Alterações Climáticas - Hoje e Amanhã", em linha com
o tema principal do encontro internacional de Copenhaga.
Participaram na conferência diversos especialistas internacionais
e nacionais nas áreas temáticas inerentes às alterações climáticas,
sendo Daniel Esty, professor de Política e Direito Ambiental e
Director do Center of Business and Environmental na
Universidade de Yale, o keynote speaker da conferência.
acompanhamento e a avaliação das actividades mais
relevantes para o progresso da engenharia civil e da
arquitectura portuguesas no quadro da União Europeia
e dos mercados internacionalizados que devem servir.
Esta realizou-se no dia 17 de Junho no Centro Cultural de
Belém e contou ainda com a presença de Björn Stigson,
Presidente do WBCSD como moderador de um painel constituído
por representantes de empresas globais e nacionais.
Participação em Iniciativas do BCSD
• Participação no Programa Young Managers Team
• Construção Sustentável
2009
Em 2009 foi retomado o projecto Construção
Em 2009, a Somague, como membro do Conselho
Sustentável do BCSD. Este projecto tem como objectivo
Empresarial para o Desenvolvimento Empresarial (BCSD
identificar as questões associadas à resposta do Sector
Portugal), voltou a nomear uma colaboradora para partici-
da Construção aos desafios do Desenvolvimento
par no Projecto YMT – Young Managers Team.
Sustentável, e apresentar soluções para a resolução ou
minimização dos principais dilemas identificados, atra-
Nesta edição, YMT 2009, foi lançado o desafio de criar
vés de exemplos de práticas de sucesso.
o Plano de Actividades para 2010 do BCSD Portugal nas
4 áreas de focalização: Desenvolvimento; Energia e
• Simbioses Industriais
Clima; Ecossistemas e Papel das Empresas.
Este Projecto do BCSD que visa assegurar a eficiência
Ao longo do ano realizaram-se 4 workshops tendo a
dos recursos materiais e económicos através da promo-
colaboradora da Somague integrado a equipa
ção de sinergias entre fluxos de materiais ou de energia
“Sardinhas”, que desenvolveu seu trabalho na área do
em indústrias de diferentes sectores.
Desenvolvimento com o principal objectivo de promover
o BCSD como entidade-chave de aproximação entre as
Durante o ano de 2009 e no âmbito deste projecto, a
Somague
participou
na
resposta
ao
apelo
à
Demonstração de Interesse na Gestão do Mercado
Organizado de Resíduos, lançado pelo Ministério do
Ambiente, do Ordenamento do Território e do
Desenvolvimento Regional, através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
empresas e a sociedade.
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Recolha de Sangue na Sede da Somague
Os colaboradores da Somague foram convidados a participar numa acção de colheita de sangue pela unidade
móvel do Centro Regional de Sangue de Lisboa que, em
Fevereiro de 2009, se dirigiu à sede da Somague. O
convite à generosidade foi aceite por muitos colaboradores que responderam solidariamente.
Doação de Cheque-Obra da Somague para a recuperação
da Igreja Sé de Lisboa
A SOMAGUE doou o mais recente Cheque-Obra para a
recuperação da Sé de Lisboa.
Acção de recolha de sangue - Sede Somague - Sintra
9.4.2 - Solidariedade Social
Apesar do actual enquadramento económico e financeiro do país, que se reflecte de modo directo na estratégia de contenção da Empresa, a Somague não pode
deixar de prestar o seu apoio àquelas entidades, individuais ou colectivas, que sentem esta dificuldade na
satisfação das mais básicas necessidades humanas.
Esta contribuição, no âmbito do Programa de Recuperação
do Património Classificado, ascende a 360 mil euros e
iniciar-se-á pela consolidação e restauro da Torre Norte deste
monumento nacional. No âmbito desta parceria voluntária e
de natureza mecenática, que conta com 18 empresas
aderentes, foram doados nove cheques-obra que disponibilizam
mais de dois milhões de euros para a recuperação das
fachadas do Palácio Nacional de Queluz, do passadiço da
Torre de Belém, das fachadas do Museu Nacional de Arte
Antiga e as muralhas do Castelo de Evoramonte.
Este Programa prevê que por cada obra pública adjudicada com
valor igual ou superior a €2.500.000,00, a empresa obriga-se a
prestar, em obra, um valor equivalente a 1% do preço total
dessa empreitada, num projecto de recuperação de património
classificado.
A Somague orgulha-se de pertencer ao conjunto de Empresas
responsáveis pelas obras de salvaguarda, conservação,
reconstrução e restauro do património cultural imóvel
classificado, e por contribuir para a transmissão do usufruto
deste legado ancestral para as gerações actuais e futuras.
Para além das causas sociais, a Somague solidariza-se
ainda com as iniciativas culturais que muitas vezes, por
Entrega de roupas ao Centro Paroquial da Nazaré
falta de meios, não conseguem desenvolver a sua acti-
na Madeira
vidade privando a comunidade de iniciativas e eventos
que beneficiam o seu bem-estar intelectual.
Dando continuidade à cultura de cooperação praticada
pela Somague, foi lançado o repto para que os colabo-
Recolha de Medula Óssea na Sede da Somague
radores reunissem roupas usadas em bom estado para
ajudar aqueles que têm falta dela. A adesão a esta ini-
A sede da Somague foi palco de uma recolha de dadores
ciativa foi grande tendo-se conseguido uma quantidade
de medula óssea dirigida por uma brigada do CEDACE, o
importante de roupas para auxiliar os mais necessitados
Centro de Histocompatibilidade do Sul, que opera o registo
que poderão, para este fim, recorrer ao Centro Paro-
nacional de dadores de medula óssea. A adesão pelos
quial da Nazaré, na Madeira.
colaboradores da Somague foi elevada; os colaboradores
passaram, assim, a pertencer à base nacional associada,
por sua vez, a uma base internacional de dadores.
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Donativos à UNICEF e ao Projecto Diálogo Social e
Apoios Culturais
Igualdade nas Empresas
A Somague é Fundadora da Fundação Casa da Música
O contributo da Somague à UNICEF foi realizado através
e com este estatuto pretende contribuir activamente
da compra de cartões de Natal, que ajudará nas acções
para a difusão da actividade artística desta Fundação,
de defesa dos direitos das crianças, promovidas por
que tem por finalidade a promoção, fomento, difusão e
esta instituição.
prossecução de actividades culturais e formativas no
domínio da actividade musical.
A Somague faz parte de uma short list de nove empresas que foi alvo de um case study que visa reforçar os
A Fundação de Serralves é uma instituição cultural de
mecanismos de reconhecimento, divulgação e acom-
âmbito europeu ao serviço da comunidade nacional,
panhamento de boas práticas empresariais em matéria
que tem como missão sensibilizar o público para a arte
de igualdade e não discriminação entre mulheres e
contemporânea e o ambiente, através do Museu de Arte
homens.
Contemporânea como centro pluridisciplinar, do Parque
como património natural vocacionado para a educação
Doação de computadores à HELPO, ONG para o
e animação ambientais e do Auditório como centro de
Desenvolvimento que actua em Moçambique e São
reflexão e debate sobre a sociedade contemporânea.
Tomé e Príncipe
Como Fundador da Fundação de Serralves, a Somague
participa num projecto de objectivos ambiciosos, de
A HELPO é uma Organização Não Governamental
acção reconhecida nacional e internacionalmente e
(ONG) para o Desenvolvimento que actua na área do
identifica-se ainda com os seus valores positivos no
desenvolvimento humano, económico e social, levando
domínio das artes e da paisagem, cujas iniciativas têm
a cabo programas de apoio continuados, como o apa-
um forte impacto na comunidade.
drinhamento de crianças e comunidades à distância,
projectos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvi-
The European Strategy Forum encoraja o debate sobre
mento comunitário, e educação para o desenvolvimento
questões estratégicas que afectam a União Europeia e
e desenvolvimento humano.
os Estados Membro. Este Fórum concretiza-se em conferências, grupos de estudo, briefings, publicações e
A Somague doou computadores à HELPO, contribuindo
reuniões/encontros, nos quais a Somague participa acti-
para a continuidade, alargamento e melhoria da sua
vamente.
acção e para o aumento da eficácia do trabalho desenvolvido em Portugal e Moçambique, segundo palavras
A Somague apoia também o Fórum Portugal Global,
da própria ONG.
uma associação de empresas portuguesas que desejam
promover a participação portuguesa na Comissão
Trilateral, assegurando a representação dos interesses
nacionais.
Casa da Música - Porto
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Para além disso, a Somague apadrinha ainda as
O Projecto Rede de Mediadores conta com uma
seguintes iniciativas:
equipa de 65 mediadores em actuação em 88 escolas de 10 concelhos - Cobertura de cerca de 10% do
• Teatro Micaelense Centro Cultural e de Congressos, S.A.;
total nacional de escolas com 3ºciclo. Entre
• Coliseu Micaelense, S.I.I, S.A.;
2007/2008 e 2008/2009 verificou-se uma melhoria do
• Associação Cultural Angrajazz;
sucesso escolar dos alunos acompanhados em
• Sanjoaninas (Câmara Municipal de Angra do Heroísmo);
cerca de 14%, a taxa de alunos em condições de
• Associação dos Amigos do Museu Carlos Machado
aprovação subiu 17,8%, marcando também um
• Cooperativa Praia Cultural (Câmara Municipal da
ganho de produtividade de 112%.
Praia da Vitória);
• AMF - Associação Portuguesa dos Amigos dos
Caminhos de Ferro.
O Projecto Rede de Mediadores foi seleccionado como
Case-study internacional na área da educação, pela
Clinton Global Iniciative (CGI), Setembro 2009.
EPIS
O Projecto Boas Práticas nas Escolas, com o objecA Associação de Empresários pela Inclusão Social foi
tivo de sistematizar boas práticas de gestão escolar, foi
criada em 2006, para responder ao compromisso cívico
o motor da publicação do manual “Escolas de Futuro”
para a inclusão social, no sentido de se romper com o
que contém 130 boas práticas sobre a organização e
conformismo e o comodismo na procura da solução
processos de gestão estratégica, a gestão da activida-
para o problema, por um grupo de dez empresários e
de pedagógica e a gestão de áreas e actividades de
gestores portugueses.
suporte, pela EPIS em parceria com a Porto Editora.
Este projecto foi implementado em 96 Agrupamentos –
No primeiro ano completo de actividade, a EPIS estabele-
escolas secundárias e profissionais de 51 concelhos e
ceu como objectivo central da sua estratégia de lança-
envolveu 30 colaboradores das Direcções Regionais de
mento o combate ao insucesso e ao abandono escolares,
Educação.
através da prevenção e remediação de factores de risco
e da promoção de factores de protecção dos alunos e
A EPIS está presente em 18,8% dos concelhos do con-
famílias, e através da indução de factores externos de
tinente, em 184 escolas.
sucesso nas organizações escolares.
Teatro Micalense - Centro Cultural e de Congressos - S. Miguel - Açores
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9.5 – Desenvolvimento Económico
e Social
O contributo da Somague para o desenvolvimento
Centro de acolhimento para crianças e jovens do
social não se esgota nos apoios financeiros concedidos
Huambo
periodicamente, destinados a causas humanitárias e a
iniciativas culturais.
O Ministério da Assistência e Reinserção Social de Angola
entregou à Somague a construção de um centro de acol-
O contributo da Empresa para o Desenvolvimento
himento, educação, ensino e inserção social de crianças e
Sustentável é igualmente visível nas obras destinadas a pro-
adolescentes, em Cambiote na Província do Huambo.
mover as condições e a qualidade de vida das comunidades locais, que passarão a usufruir de equipamentos colec-
A obra contempla a construção de vários blocos de edi-
tivos robustos, sólidos e integrados com o máximo de con-
fícios destinados a acomodar os escritórios da adminis-
forto e satisfação, durante um longo período de tempo.
tração, biblioteca, salas de estudo, salas de aula, oficinas, dormitório, refeitório, ginásio, igreja, alojamento
Reabilitação da Escola Mutu Ya Kevela em Angola
para o director, posto de transformação e portaria.
A Somague foi seleccionada para levar a cabo a reabilita-
São ainda da responsabilidade da Somague todos os tra-
ção da Escola Mutu Ya Kevela, ex Liceu Salvador Correia,
balhos de acabamentos, instalações eléctricas, redes de
em Luanda. Com quase um século de história, a escola é
águas e saneamento, AVAC e arranjos exteriores. A sua
uma referência, não só para Angola como também para
conclusão está prevista para o final de Março de 2010.
Portugal, já que por aqui passaram muitas gerações de portugueses e angolanos sendo de destacar pela sua importância alguns quadros e dirigentes, como os presidentes
Agostinho Neto ou José Eduardo dos Santos.
O contrato para a primeira fase da obra, orçada em 17 milhões de USD, já foi assinado e encontra-se em preparação
o acordo para a segunda fase, que prevê um investimento
do Estado Angolano estimado em mais 10 milhões de USD.
Centro de acolhimento de crianças e jovens, Huambo - Angola
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Barra do Douro mais segura a partir de agora
O consórcio construtor liderado pela Somague entregou a
obra de melhoria da acessibilidade e das condições de
segurança na Barra do Douro. Uma grande obra de
engenharia que atesta inequivocamente a capacidade e
o know-how nacionais na área das obras portuárias e marítimas.
As obras de melhoria dos Molhes iniciaram-se em 2004,
tendo como objectivo a estabilização das margens do rio
Douro, nomeadamente do Cabedelo, e das zonas ribeirinhas
junto à Foz, assim como melhorar as condições de navegabilidade e de segurança, em qualquer estado de maré, e
preservar os valores ambientais, paisagísticos e estéticos.
Somague ajuda a construir o desenvolvimento na
Madeira
Em cerca de 20 anos, a Madeira tornou-se uma das regiões
mais desenvolvidas do país, investindo fortemente nas
obras infra-estruturantes. As mais recentes contam com a
participação da Somague, que se orgulha de contribuir para
a qualidade de vida e o bem-estar dos madeirenses.
A execução da Avenida do Amparo veio trazer maior fluidez
Molhes da Barra do Douro
ao tráfego proveniente da estrada Monumental, com
ligação directa à Cota 200 e à saída Oeste do Funchal
Somague no novo Hospital da Ilha Terceira
pelo nó do Esmeraldo.
O Governo Regional do Açores adjudicou a gestão do novo
Hospital da Ilha Terceira ao agrupamento Haçor, do qual a
Somague faz parte. Em regime de parceria público-privada,
o consórcio vai desenvolver todas as actividades que respeitem
a concepção, projecto, construção, financiamento, conservação, manutenção e exploração do novo edifício hospitalar,
que ficará localizado a norte da cidade de Angra do
Heroísmo.
O projecto de execução da ciclovia e separador central
da Estrada Monumental, localizado na zona Oeste da
Cidade do Funchal, junto ao Fórum Madeira, pretende
estimular a utilização de transportes públicos, para os
quais foi criada uma via dedicada, ou outros modos
suaves de transporte como a bicicleta, para a qual foi
construída uma ciclovia. Para os passeios pedonais
foram disponibilizadas áreas maiores e mais aprazíveis
que convidam à mobilidade.
A empreitada de acesso oeste a Santo Amaro consistiu
na execução de um arruamento de ligação entre a Via
Rápida (nó das Quebradas) e a zona de Santo Amaro,
Para esta nova unidade hospitalar prevê-se uma capacidade
para 236 camas, em quartos duplos e simples com casa de
banho privativa, 46 gabinetes de consulta, 6 salas de cirurgia
e um centro tecnológico avançado. As novas instalações
ficam preparadas, também, para acolher medicina hiperbárica,
medicina nuclear, radioterapia e citogenética. O novo hospital
terá todas as valências e irá servir a região ocidental do
Arquipélago.
O projecto, no valor de 60 M €, deverá estar concluído no
prazo de 22 meses, com entrada em funcionamento prevista
para 2011. A concessão será por um período de 30 anos.
na Freguesia de S. Martinho.
O alargamento da Travessa da Ribeira dos Alecrins, com
cerca de 200 m, permitiu a criação de um perfil transversal com uma faixa de rodagem de sentido único com
5m de largura, dois passeios laterais com largura mínima de 1,2 m e a criação de um parque de estacionamento em espinha numa extensão de 70 m.
Foi também construído um aqueduto fechado em toda a
extensão do arruamento, para canalização da ribeira existente.
Novo Hospital da Ilha Terceira - Açores
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E N V O LV I M E N T O, C O O P E R A Ç Ã O E C O M U N I DA D E
Em 2009 foi inaugurado o projecto de duas variantes
para desvio do trânsito dos centros populacionais, dado
que a “Reabilitação e Alargamento da estrada entre a
Praia e S. Domingos”, manteve, entre outras características, o atravessamento das povoações de Ribeirão
Chiqueiro e São Domingos.
A Variante de São Domingos tem o seu início no Km
13 da estrada existente e termina a norte desta localidade, apresentando um desenvolvimento total de
2.194 m. A estrada apresenta no seu traçado um interessante conjunto de obras de estabilização através
de muros ancorados e uma ponte com tabuleiro de
aproximadamente 50 ml.
A Variante de Ribeirão Chiqueiro tem o seu início no Km 8
e o término no Km 10 da actual estrada, apresentando um
desenvolvimento total de 2.118 m. A estrada intercepta
uma via que liga Ribeirão Chiqueiro a Fontes Almeida.
Variantes à estrada Praia - S. Domingos em Cabo Verde
A Somague está presente em Cabo Verde há 18 anos
através da sua participada CVC, a maior empresa de
construção de direito Cabo-Verdiano. Desta longa cooperação nasceu mais uma obra essencial ao desenvolvimento e progresso deste país africano - Variantes à
estrada Praia - S. Domingos.
Variantes à estrada Praia - S. Domingos - Cabo Verde
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SOMAGUE SGPS
Anexos
• Glossário e Acrónimos • Critérios de Cálculo de Indicadores
• Quadro de Correspondência GRI
• Auscultação de Stakeholders
Acuinova - Mira
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Glossário e Acrónimos
• Acidente de trabalho: o sinistro, entendido como
• Aquecimento global: o termo aquecimento global é
acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo traba-
hoje utilizado para referir o incremento da temperatura
lhador que se verifique no local e no tempo de trabalho.
na superfície da Terra que resulta do aumento das
emissões dos gases de efeito de estufa (GEE).
• ACIF – Associação Comercial e Industrial do Funchal.
Segundo o Painel Intergovernamental para as
• ADFER – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento
Do Transporte Ferroviário.
Alterações Climáticas (IPCC), patrocinado pela ONU,
a manter-se o cenário de aumento de GEE, prevê-se
que a temperatura possa atingir no ano de 2100 valo-
• AECOPS – Associação de Empresas de Construção
e Obras Públicas.
res cerca de 1,5 a 6ºC acima dos actuais, representando
uma ameaça sem precedentes para o ambiente, agricultura, produção florestal, recursos hídricos, saúde
• Agregado: material granular aglutinado em betões,
argamassas e macadames.
pública, risco de desastres naturais e submersão de
áreas costeiras (ver efeito de estufa e gases de efeito
de estufa).
• AICOPA – Associação dos Industriais de Construção
Civil e Obras Públicas dos Açores.
• ASSICOM
–
Associação
dos
Industriais
de
Construção do Arquipélago da Madeira.
• AIP - Associação Industrial Portuguesa.
• Avaliação de impacte ambiental (AIA): instrumento
• Alterações climáticas: conjunto de alterações cli-
de carácter preventivo da política do ambiente, sus-
máticas provocadas por emissões de gases de efeito
tentado na realização de estudos e consultas com
de estufa (GEE).
efectiva participação pública e análise de possíveis
alternativas, que tem por objecto a recolha de infor-
• ANEOP – Associação Nacional de Empreiteiros de
Obras Públicas.
mação, identificação e previsão dos efeitos ambientais
de determinados projectos, bem como a identificação
e proposta de medidas que evitem, minimizem ou
• ANETIE – Associação Nacional das Empresas das
Tecnologias de Informação e Electrónica.
compensem esses efeitos, tendo em vista uma decisão
sobre a viabilidade da execução de tais projectos e
respectiva pós-avaliação.
• APCER – Associação Portuguesa de Certificação.
• Aveiro Domus – Associação para o Desenvolvimento
• APNCF – Associação Portuguesa para a Normalização e
da Casa do Futuro.
Certificação Ferroviária.
• BEI – Banco Europeu de Investimentos.
• APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade.
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A N E XO S
• BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável.
relativas às formas de governação, das instituições e
dos sistemas legislativos (flexibilidade, transparência,
democracia) – nos seus diversos níveis -, e para o
• Biodiversidade: também designada de diversidade
quadro da participação dos grupos de interesse (sin-
biológica, contempla a variabilidade genética dentro
dicatos e associações empresariais) e da sociedade
de cada espécie e a diversidade total de espécies e
civil (Organizações Não Governamentais ONG), con-
de grupos funcionais, como habitats, ecossistemas e
siderados como parceiros essenciais na promoção
biomassa.
dos objectivos do Desenvolvimento Sustentável.
O conceito de biodiversidade é hoje em dia amplamente
• Dióxido de carbono equivalente (CO2eq): medida
utilizado pela sociedade em geral, existindo o reco-
utilizada para comparar as emissões de vários gases
nhecimento generalizado de que a sua preservação é
de efeito estufa baseado no potencial de aquecimento
essencial para a humanidade, uma vez que desem-
global de cada um.
penha um papel fundamental no funcionamento e
equilíbrio dos ecossistemas e é fonte de alimentos,
• Eco-eficiência: numa dada actividade, a eco-eficiência
medicamentos e outros produtos necessários à nossa
trata-se da obtenção de uma melhor produção e
sobrevivência.
resultados, com o consumo de menos recursos e
resíduos, de forma a reduzir o impacte ambiental
• Bsmart: aplicação informática de gestão de documentação, informação e arquivo.
dessa actividade, assim como o consumo de recursos naturais.
• COTEC – Associação Empresarial para a Inovação.
• Efeito de estufa: processo natural que ocorre quando
uma parte da radiação solar reflectida pela superfície
• Desenvolvimento sustentável: o desenvolvimento
terrestre é absorvida por determinados gases presentes
sustentável foi colocado na agenda política mundial
na atmosfera, aumentando a temperatura do planeta.
pela Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente
Se não existisse efeito de estufa, a temperatura à super-
e Desenvolvimento (CNUAD), realizada no Rio de
fície da Terra seria em média cerca de 34ºC mais fria do
Janeiro em 1992, também designada por Cimeira da
que é hoje, inviabilizando a vida como a conhecemos.
Terra. Nessa ocasião foi reafirmado este conceito,
lançado em 1987 pelo relatório Brundtland "O Nosso
No entanto, a poluição dos últimos duzentos anos
Futuro Comum" - elaborado sob a égide das Nações
tornou a camada de gases de efeito de estufa (GEE)
Unidas na Comissão Mundial para o Ambiente e
existentes na atmosfera mais espessa, nomeadamen-
Desenvolvimento - definido como "o desenvolvimento
te devido às emissões de dióxido de carbono (CO2),
que satisfaz as necessidades presentes sem com-
metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e CFC, provocando
prometer a capacidade de as gerações futuras satis-
um aumento preocupante do efeito de estufa e, con-
fazerem as suas próprias necessidades". A implemen-
sequentemente, da temperatura terrestre. (Ver aqueci-
tação do Desenvolvimento Sustentável assentava
mento global e gases de efeito de estufa).
inicialmente em duas dimensões fundamentais: o
desenvolvimento económico e a protecção do
• Eficiência energética: razão entre a energia útil/utili-
ambiente. Após a Cimeira Social de Copenhaga,
zada e a energia consumida ou recebida, indicando a
realizada em 1995, foi integrada a vertente social
qualidade de um processo a nível energético.
como terceiro pilar do conceito de Desenvolvimento
Sustentável.
Assim,
embora
actualmente
o
Desenvolvimento Sustentável mantenha o mesmo
• ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico.
desígnio global, a sua implementação é realizada
com base em três dimensões essenciais: o desenvolvimento económico, a coesão social e a protecção do
• Emissões directas: emissões que ocorrem em fontes
que são propriedade da empresa.
ambiente. Às três dimensões do Desenvolvimento
Sustentável deve acrescentar-se, ainda, a vertente
• Emissões indirectas: emissões associadas à pro-
institucional, que chama a atenção para as questões
dução de electricidade adquirida a terceiros e consumida em equipamentos/instalações da empresa.
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• Energias renováveis: energia obtida de origens
• Impacte Ambiental: conjunto das alterações favo-
consideradas essencialmente inesgotáveis, contraria-
ráveis e desfavoráveis produzidas em parâmetros
mente aos combustíveis fósseis. Inclui a hidroeléctrica
ambientais e sociais, num determinado período de
convencional, biocombustíveis, biogás, biomassa,
tempo e numa determinada área (situação de referência),
geotérmica, eólica, fotovoltaica e térmica solar.
resultantes da realização de um projecto, comparadas
com a situação que ocorreria, nesse período de tempo
• Estudo de impacte ambiental (EIA): documento
e nessa área, se esse projecto não viesse a ter lugar.
que serve de base à primeira fase do processo de AIA
nos casos de projectos avaliados em fase de estudo
• Impacte directo: impacte resultante de acções do
prévio ou à fase única do processo de AIA nos casos
projecto, através de uma relação causa efeito simples
de projectos avaliados em fase de projecto de execução.
(ex: emissões directas).
O EIA contém uma descrição sumária do projecto, a
identificação e avaliação dos impactes prováveis,
• Impacte indirecto: impacte resultante de efeitos do
positivos e negativos, que a realização do projecto
projecto e não directamente resultante de acções do
poderá ter no ambiente, a evolução previsível da
projecto, podendo regra geral estabelecer-se uma
situação de referência sem a realização do projecto,
cadeia de causas-efeitos iniciada num impacte directo
as medidas de gestão ambiental destinadas a evitar,
(ex: emissões indirectas).
minimizar ou compensar os impactes negativos
esperados e um resumo não técnico destas informações.
• Gases de efeito de estufa (GEE): gases existentes
• IPCG – Instituto Português de Corporate Governance.
• IPQ – Instituto Português de Qualidade.
na atmosfera terrestre que absorvem e reemitem
radiação infra-vermelha.
• IST – Instituto Superior Técnico.
São resultado de processos naturais e da acção
• ITG – Instituto Tecnológico do Gás.
humana. Para além do vapor de água e do dióxido de
carbono (CO2), inclui o metano (CH4), o óxido nitroso
• LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
(N2O) e os compostos halogenados, como os hidrofluorcarbonos (HCFC), os perfluor-carbonos (PFC) e o
hexafluoreto de enxofre (SF6).
• Medida de compensação: acção destinada a compensar impactes negativos não minimizáveis.
• Global Compact: o Pacto Global das Nações Unidas
• Medida de minimização: acção destinada a diminuir
que resulta de uma iniciativa de cidadania empresarial
ou anular os efeitos negativos sobre o ambiente resul-
lançada pelo Secretário-geral Kofi Annan e anunciado
tante da implementação do projecto e sua explora-
a 31 de Janeiro de 1999 no Fórum Económico Mundial.
ção. O cumprimento de requisitos legais não se afigura
como elegível enquanto medida de minimização,
• Global Reporting Initiative (GRI): instituição global
constituindo-se como medidas de minimização as
e independente que desenvolve uma estrutura mundial
estratégias definidas para alcançar esses objectivos
de directrizes de relato, permitindo às empresas pre-
legalmente regulamentados.
parar relatórios sobre o seu desempenho económico,
ambiental e social.
• Norma NP EN ISO 14001:2004: norma portuguesa
da “International Organization for Stan-dardization”
• Horário comprimido: consiste na distribuição do
número de horas de trabalho semanal ao longo de um
que especifica requisitos para um sistema de gestão
do ambiente de uma organização.
menor número de dias da semana. No caso da
Somague, este horário possibilita que os colaborado-
• Norma NP EN ISO 9001:2008: norma portuguesa
res estejam dispensados a partir das 15 horas de
da “International Organization for Standardization”
sexta-feira.
que especifica requisitos para um sistema de gestão
da qualidade de uma organização.
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A N E XO S
• Norma OHSAS 18001:2007: norma internacional
• QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
publicada pelo BSI (British Standard Institution) que
que constitui o enquadramento para a aplicação da
identifica especificações para sistemas de gestão da
política comunitária de coesão económica e social em
segurança e saúde no trabalho de uma organização.
Portugal no período 2007-2013.
• ONG: organização não governamental sem fins
lucrativos.
• Resíduos: todos os materiais não desejados, considerados já sem valor de comercialização ou inúteis,
que são rejeitados e despejados no ambiente.
• Partes interessadas ou stakeholders: pessoa singular ou colectiva, conjunto de pessoas, ou grupos de
pessoas, titulares de um direito subjectivo ou de um
• SAP: sistemas, aplicações e produtos para processamentos de dados.
interesse passível de ser afectado pela actividade de
uma organização.
• SGA: o Sistema de Gestão Ambiental é o conjunto de
directrizes adoptadas para a implementação de uma
• Política de ambiente: declaração de uma organização,
política ambiental numa determinada empresa ou uni-
ao seu mais alto nível, relativa às suas intenções e aos
dade produtiva que especifica competências, com-
seus princípios relacionados com o seu desempenho
portamentos, procedimentos e exigências a fim de
ambiental geral, que proporciona um enquadramento
avaliar e controlar os impactos ambientais de suas
para a actuação e para a definição dos seus objecti-
actividades.
vos e metas ambientais.
• SIFIDE: sistema de incentivos fiscais em investigação
• Política de segurança: declaração de uma orga-
e desenvolvimento empresarial.
nização, ao seu mais alto nível, relativa às suas intenções e aos seus princípios relacionados com o seu
• SIGAQS: sistema integrado de gestão do ambiente,
desempenho em termos de higiene, segurança e
qualidade e segurança, que inclui os processos, os
saúde no trabalho.
procedimentos, os recursos para o desenvolvimento e
implementação dos sistemas de gestão da qualidade,
• Poluente atmosférico: substância introduzida,
segurança e ambiente.
directa ou indirectamente, pelo homem no ar
ambiente, que exerce uma acção nociva sobre a
• SNET: intranet da Somague.
saúde humana e/ou o ambiente.
• SOPHIA: aplicação informática de apoio à gestão
• PRIME: Programa de Incentivos à Modernização da
(business intelligence).
Economia.
• VER – Valores, Ética e Responsabilidade.
• Processo de Avaliação de Impacte Ambiental
(processo AIA): Procedimento ou conjunto de procedimentos administrativos prévios à execução dos
projectos, vertidos na legislação em vigor sobre
esta matéria.
• Protocolo de Quioto: documento adoptado por
todas as partes da Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre alterações climáticas, na Conferência
de Quioto, no Japão, em Dezembro de 1997.
Estabelece metas de redução diferenciadas de emissões
de um conjunto de gases de efeito de estufa para o
período 2008-2012.
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Critérios de Cálculo de Indicadores
SOCIAIS
Prazo de pagamento a fornecedores
Cálculo baseado na diferença de dias entre a data efectiva de pagamento e a data de emissão da factura registados em base de dados.
Taxa de rotatividade
A taxa de rotatividade foi calculada com base no número médio de colaboradores que entraram e que saíram da empresa sobre o número total
de colaboradores no final do ano.
Taxa de absentismo
A taxa de absentismo foi calculada com base nas horas perdidas sobre as horas trabalháveis.
Índice de gravidade
Dias perdidos x 1.000.000 / horas trabalháveis
Índice de frequência
Número de acidentes x 1.000.000 / número de acidentes
Índice de incidência
Número de acidentes x 1.000 / efectivo médio
Número de acidentes
Correspondem aos acidentes que foram participados ao seguro.
Relação salário base homem/mulher
Média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos colaboradores do género masculino sobre a média ponderada do vencimento base
ilíquido anual dos colaboradores do género feminino.
Colaboradores abrangidos por sistemas certificados
Cálculo baseado no número de colaboradores pertencentes a empresas com sistemas de gestão certificados sobre número total de
colaboradores.
Colaboradores abrangidos por avaliação de desempenho
Cálculo baseado no número de colaboradores que recebem avaliação de desempenho sobre o número de colaboradores admitidos até 31 de
Maio de 2008.
Taxa de subcontratação local
Cálculo baseado no volume de aquisições a fornecedores locais sobre o volume de negócios.
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AMBIENTAIS
Consumos de materiais de construção
O cimento e os agregados podem ser consumidos directa ou indirectamente, nomeadamente através do consumo do betão, dado que a 1 m3
de betão corresponde aproximadamente 300kg de cimento e 2.000kg de agregados. Desta forma, foram tidas em conta estas duas fontes de
consumo dos materiais de construção.
Na relação entre os consumos de materiais de construção e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em
milhões de euros).
Consumos de água
Os consumos de água foram agregados de acordo com as facturas emitidas pelos fornecedores de água.
Relativamente à água consumida no edifício sede e no parque de equipamentos em Pegões, proveniente dos furos, a contabilização é efectuada
através de contadores. Trata-se de um registo interno, cuja leitura é feita mensalmente.
Na relação entre os consumos de água e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Consumos de electricidade
Os consumos de electricidade foram agregados de acordo com as facturas emitidas pelos fornecedores de energia. Os consumos de
Dezembro, e outros para os quais não foi obtida a factura do fornecedor, foram estimados de acordo com a média de consumos durante o ano.
O factor utilizado para a conversão de kW/h para GJ foi de 0,0036 (fonte: GRI).
Na relação entre os consumos de electricidade e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Consumos de papel
Os consumos de papel são agregados através dos serviços de aprovisionamento (SOPHIA) e da empresa gestora das impressoras do edifício sede.
Na relação entre os consumos de papel e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Consumo de gás natural
O consumo de gás natural foi obtido através do somatório dos consumos apresentados nas facturas emitidas pelos fornecedores de energia.
O factor utilizado para a conversão de m3 para GJ foi de 0,039 (fonte: GRI).
Na relação entre os consumos de gás natural e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Consumos de gasolina e gasóleo
Os consumos de gasolina e gasóleo foram agregados pelo serviço de gestão de frota. Estes consumos são fornecidos em litros (l).
Para passar para gallon considera-se a relação: 1L=0,2642 gallon (fonte: GHG calculation tools). Por sua vez, para obter os dados em GJ,
considerou-se a relação: 1 GJ=0,2642 gallon (fonte: GRI).
Na relação entre os consumos de gasóleo e gasolina e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Estimativa das emissões de CO2 directas e indirectas
Este inventário foi realizado de acordo com a metodologia proposta pelo “Greenhouse Gases Protocol”, que classifica as emissões em três
âmbitos:
• Âmbito 1 – emissões directas que ocorrem em fontes controladas pela Somague, por exemplo, viaturas da frota, os grupos de geradores de
emergência e o equipamentos e maquinaria utilizada nas obras;
• Âmbito 2 – emissões indirectas associadas à produção de electricidade consumida (estimativa e comunicação obrigatória);
• Âmbito 3 – emissões indirectas associadas a fontes que não são controladas pela Somague, por exemplo, viagens de avião e deslocações
casa-trabalho-casa (estimativa e comunicação voluntária).
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No inventário de emissões de GEE, para as emissões decorrentes do consumo de energia eléctrica, considerou-se o factor de emissão da rede
nacional de 373g CO2/kwh.
No inventário de emissões de GEE de 2008, para as emissões decorrentes das deslocações das viaturas da frota, assumiram-se os seguintes
factores de emissão associados aos consumos de combustível:
• Automóvel ligeiro a gasolina = 2,34 kgCO2/l;
• Automóvel ligeiro a gasóleo = 2,68 kgCO2/l;
• Autocarro a gasóleo = 2,68 kgCO2/l.
No inventário de emissões de GEE de 2008, para as emissões decorrentes do funcionamento dos equipamentos utilizados em obra, foi usado
um factor de emissão de 2,34 kgCO2/l para equipamentos a gasolina e 2,83 kgCO2/ para equipamentos a gasóleo.
No inventário de emissões de GEE de 2008, para as emissões decorrentes do funcionamento dos equipamentos de cozinha a gás natural e gás
butano, assumiu-se um factor de emissão de 2,83 kgCO2/m3 e 2,8 kg CO2/m3, respectivamente.
Na relação entre as emissões de CO2 e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Resíduos
No âmbito da implementação do sistema de gestão ambiental é elaborado por cada obra/edifício da empresa um registo dos resíduos
produzidos.
Mensalmente é enviado à Direcção da Qualidade, Segurança, Ambiente e IDI a compilação do mês em análise. No caso das sucursais e
participadas, esse reporte é anual.
Movimentação de solos
No âmbito da implementação do sistema de gestão ambiental é elaborado por cada obra um registo da movimentação de solos. Mensalmente
é enviada à Direcção de Qualidade, Segurança, Ambiente e IDI a compilação do mês em análise. No caso das sucursais e participadas, esse
reporte é anual.
Na relação entre a produção de resíduos e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
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Quadro de Correspondência GRI
GRI
1
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
Declaração da pessoa com o maior poder de decisão na organização (por ex: o
Director-Geral, o Presidente do Conselho de Administração ou cargo de importância
equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e a sua
1.1
estratégia.
Total
6
1.2
Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades.
Total
16, 19, 22
2
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
2.1
Nome da Organização.
Total
4
2.2
Principais Marcas, Produtos e/ou Serviços.
Total
22
Estrutura operacional da organização e principais divisões, operadoras, subsidiárias
2.3
e joint ventures.
Total
13, 15
2.4
Localização da Sede Social da Organização.
Total
4
Total
12
Número de países em que a organização opera, assim como os nomes dos países
onde se encontram as operações ou que têm uma relevância específica para as
2.5
questões da sustentabilidade, abrangidas pelo relatório.
Sociedade Gestora de Participações Sociais,
2.6
Tipo e Natureza Jurídica da Propriedade.
Total
4
Sociedade Anónima.
Mercados abrangidos (incluindo uma análise geográfica discriminativa, os sectores
2.7
abrangidos e os tipos de Clientes/beneficiários).
Total
12, 22
2.8
Dimensão e organização da entidade relatora.
Total
4
Total
4
Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período abrangido pelo
2.9
Relatório, referentes à dimensão, à estrutura organizacional ou à estrutura accionista.
“Desenvolvimento Sustentável” (p. 15), “As Melhores
Empresas para Trabalhar em Portugal 2009” (p.46),
“Outstanding Structure 2009” (p. 17), “Top Five
2.10
3
Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório.
Total
12
PARÂMETROS DO RELATÓRIO
PERFIL DO RELATÓRIO
3.1
Período abrangido (por ex., ano fiscal/civil) para as informações apresentadas no relatório.
Total
4
3.2
Data do último relatório publicado (se aplicável).
Total
4
Buildings of the Decade” (p. 27).
103
104
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GRI
3.3
Designação
Ciclo de publicação de relatórios (anual, bianual, entre outros).
Referência/
N.º de
Status
página
Total
Observações
4
Eng.ª Maria Adelaide Jerónimo – Directora
3.4
Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo.
Total
4
Total
4
Total
4
Qualidade, Segurança, Ambiente e IDI.
ÂMBITO E LIMITES DE ENQUADRAMENTO DO RELATÓRIO
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório.
3.6
Limite do relatório (por ex: países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas,
joint ventures, Fornecedores).
Nas Considerações Iniciais é referido que sempre
que o âmbito se desvie do que ali foi definido, tal
será devidamente referido junto da respectiva
3.7
Refira quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite do relatório.
Total
4
Total
4
informação relatada.
Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures, subsidiárias,
instalações arrendadas, operações atribuídas a serviços externos e outras
entidades, passíveis de afectar significativamente a comparação entre diferentes
3.8
3.9
3.10
períodos e/ou organizações.
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e
Respondido no Anexo - Critérios de Cálculo de
técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e
Indicadores e junto dos dados reportados, quando se
outras informações do relatório.
Total
100
tratam de alguns critérios de cálculo específicos.
Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas
Na elaboração do RS2009 não houve necessidade
em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições,
de fazer qualquer reformulação de informação
mudança no período ou ano base, na natureza do negócio, em métodos de medição).
Total
4
fornecida em relatórios anteriores.
Na elaboração do RS2009 não houve necessidade
de fazer quaisquer alterações significativas em
comparação com anos anteriores no âmbito, limite
Alterações significativas em comparação com anos anteriores no âmbito, limite ou
3.11
métodos de medição aplicados no relatório.
Total
4
Total
102
ou métodos de medição aplicados no relatório.
GRI CONTENT INDEX
3.12
Sumário de Conteúdo da GRI.
Anexo - Quadro de Correspondência GRI.
VERIFICAÇÃO
A Somague continua a avaliar a possibilidade de
verificar externamente os dados reportados. No
entanto, a generalidade da informação reportada
tem origem em processos sistematizados e
auditados internamente e por entidades externas,
nomeadamente no âmbito da certificação SIGAQS e
Política e prática corrente relativa à procura de um processo independente de
3.13
garantia de fiabilidade para o relatório.
Total
da SGIDI e da verificação do relatório e contas.
SOMAGUE SGPS
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GRI
4
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
CORPORATE GOVERNANCE, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO
GOVERNAÇÃO
Estrutura de Governação, incluindo comissões subordinadas ao órgão de governação
hierarquicamente mais elevado e com responsabilidade por tarefas específicas, tais
4.1
como a definição da estratégia ou a supervisão da organização.
Total
15
Total
15
Total
15
Total
83, 84
Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente mais elevado é,
simultaneamente, um director executivo (e, nesse caso, quais as suas funções no
4.2
âmbito da gestão da organização e as razões para esta composição)
Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração unitária, o n.º de
membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado que são inde-
4.3
pendentes e/ou não-executivos
Mecanismos que permitam a accionistas e funcionários transmitirem
recomendações ou orientações ao órgão de governação hierarquicamente mais
4.4
elevado
O processo de avaliação de desempenho tem
influência significa-tiva no aumento das
remunerações de todos os colaboradores da organização. Especificamente no caso da Administração
4.5
Relação entre a remuneração dos vários membros do órgão de governação
e directores de topo, a avaliação de desempenho
hierarquicamente mais elevado, dos directores de topo e dos executivos (incluindo
possui objectivos quantificados e direc-tamente
acordos de tomada de decisão) e o desempenho da organização (incluindo o
relacionados com o desem-penho da organização,
desempenho social e ambiental)
Total
50
Total
15 - 17
com impacte na remuneração variável dos mesmos.
Processos ao dispor do órgão de governação hierarquicamente mais elevado para
4.6
4.7
evitar a ocorrência de conflitos de interesse
Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos
Garantido através do envolvimento do órgão de
membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado para definir a
governação hierarqui-camente mais elevado nas
estratégia da organização relativamente às questões ligadas ao desempenho
actividades do Conselho de Sustentabilidade e do
económico, ambiental e social.
Total
15 - 17
SIGAQS.
Incluem-se neste requisito a Política de Ambiente,
Qualidade e Segurança, a Política de
Sustentabilidade, o Código de Ética e Conduta,
Princípios de Igualdade de Oportunidades, a
Liberdade de Associativismo e Direitos Humanos e o
4.8
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos
Procedimento de Prevenção de Branqueamento de
relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como a fase
Capitais e Bloqueio ao Terrorismo, entre outros
de implementação
Total
9, 17
subscritos pela Somague.
105
106
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais elevado, para
supervisionar a forma como a organização efectua a identificação e gestão por
parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, a
identificação e a gestão de riscos e oportunidades relevantes, bem como a adesão
ou conformidade com normas internacionalmente aceites, códigos de conduta e
4.9
princípios.
Total
15 - 17
Total
15 - 18
Total
16 - 17
Total
85
Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação
hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao desempenho
4.10
económico, ambiental e social.
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
Explicação sobre se o princípio da precaução é abordado pela organização e de que
4.11
forma.
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter
4.12
económico, ambiental e social que a organização subscreve ou defende.
Global Compact, o BCSD e a Rede RSOpt.
COTEC // BCSD Portugal // ELO // AIP // ANEOP //
AECOPS // APQ // IPQ // APCER // ASSICOM //
APNCF // AveiroDomus // AICOPA // ACIF // ITG //
APIEE // FUNDEC // AMF // A.P.M.I //C.R.P // EPIS //
Univ. Católica // ACL // Câmara Comercio Angola //
Cãmara Comércio Cabo Verde // Fundação Serralves
Participação significativa em associações (tais como associações industriais) e/ou
4.13
organizações de defesa nacionais/internacionais.
// Fundação Casa da Música // Instituto de Auditoria
Total
35, 61, 85 Interna
ENVOLVIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS
Relação dos grupos que constituem as partes interessadas envolvidas pela
4.14
organização.
Total
82
4.15
Base para a identificação e selecção das partes interessadas a serem envolvidas.
Total
82
Abordagens utilizadas para envolver as partes interessadas, incluindo a frequência
4.16
do envolvimento, por tipo e por grupos, das partes interessadas.
Em anexo a este relatório apresenta-se um
Total
25, 58, 83 questionário relativo ao desempenho da Somague.
Total
28, 58, 83
Total
6, 20
Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento das
partes interessadas e as medidas adoptadas pela organização no tratamento das
4.17
5
mesmas, nomeadamente através do relatórios.
ABORDAGEM DE GESTÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO
DESEMPENHO ECONÓMICO
Abordagem de gestão
SOMAGUE SGPS
A N E XO S
GRI
EC1
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
Valor económico directo gerado e distribuído, incluindo receitas, custos
O relatório de contas consolidado da Somague SGPS
operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na
(disponível no site www.somague.pt) complementa
comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e
a informação reportada sobre este indicador no
governos
Total
8
presente relatório.
Como oportunidades a Somague identificou/participou
em diversos projectos associados às alterações
climáticas. No que se refere às implicações financeiras,
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as actividades da
EC2
organização devido a alterações climáticas
EC3
EC4
apesar de quantificar as emissões que contribuem para
Parcial
20, 66
Cobertura das obrigações referente ao plano de benefícios definidos
Total
53
Ajuda financeira significativa recebida do governo.
Total
8
as alterações climáticas, não se consideram expressivas.
PRESENÇA NO MERCADO
A Somague cumpre em todas as suas unidades
operacionais a legislação relativa ao salário mínimo. Em
Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em
EC5
unidades operacionais importantes.
Portugal o menor salário pago em 2009 foi de
Parcial
42
6.113€/ano, equivalente ao salário mínimo nacional.
A Somague no desenvolvimento do seu negócio procura
fomentar a economia local/regional através da
subcontratação/fornecimento em empresas locais. De
acordo com a análise apresentada na pág. 23 a relação
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades
EC6
operacionais importantes.
entre a produção própria e a subcontratação e prazo
Parcial
30
médio de pagamentos é avaliada por unidade operacional.
A Somague fomenta a contratação local de colaboradores
contando actualmente com 1260 de nacionalidade não
Portuguesa. No que se refere a unidades operacionais
Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência
EC7
recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.
importantes, não existem membros de alta gerência
Total
51
Total
85
Total
80
IMPACTES ECONÓMICOS INDIRECTOS
Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estruturas e serviços
oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento
EC8
comercial, em espécie ou actividades pro bono.
Identificação e descrição de impactos económicos indirectos significativos,
EC9
incluindo a extensão dos impactos.
recrutados na comunidade local.
107
108
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
DESEMPENHO AMBIENTAL
Abordagem de gestão
Total
6, 62
MATERIAIS
EN1
Materiais usados por peso ou volume.
Total
64 - 67
EN2
Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem.
Total
71 - 74
EN3
Consumo de energia directa discriminado por fonte de energia primária.
Total
66 - 69
EN4
Consumo de energia indirecta discriminado por fonte primária.
Total
66 - 69
EN5
Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência.
Total
66 - 69
ENERGIA
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que
usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia
EN6
resultante dessas iniciativas.
Total
66
EN7
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indirecta e as reduções obtidas.
Total
66 - 69
Total de retirada de água por fonte.
Total
69
ÁGUA
EN8
O consumo de água na Somague é maioritariamente
da rede pública. A extracção de água directamente
de recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) é
pontual e pouco significativa, não havendo
EN9
Recursos hídricos significativamente afectadas por retirada de água.
Total
69
evidências da sua afectação.
Na Somague o tratamento de água residual é
efectuado em estaleiros sem possibilidade de
ligação às redes Municipais. Usualmente este
serviço é subcontratado por empresas
especializadas, não havendo por parte da Somague
EN10
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada
Parcial
43
Total
71 - 72
BIODIVERSIDADE
Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de
áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora
EN11
das áreas protegidas.
Descrição de impactos significativos na biodiversidade de actividades, produtos e
serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
EN12
áreas protegidas
Total
71 - 72
EN13
Habitats protegidos ou recuperados
Total
71 - 72
Total
71 - 72
Total
71 - 72
Estratégias e programas, actuais e futuros, de gestão de impactes na
EN14
biodiversidade.
Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na lista nacional de conservação
das espécies, com habitats em áreas afectadas por operações, discriminadas por
EN15
nível de risco de extinção.
um controlo da quantidade de água tratada.
SOMAGUE SGPS
A N E XO S
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS
EN16
Emissões totais directas e indirectas de gases com efeito de estufa, por peso.
Total
67 - 68
EN17
Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de estufa, por peso
Total
67 - 68
Total
68
Iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, assim como
EN18
reduções alcançadas.
Não foi efectuado o levantamento da emissão de
substâncias destruidoras da camada de ozono, no
entanto, considera-se que dada a actividade da
EN19
Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.
N.A.
-
Somague, este é um assunto não material.
Dada a actividade da Somague, as emissões
efectuadas estão maioritariamente associadas a
instalações móveis, pelo que se considera este
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e por peso
N.A.
-
EN21
Descarga total de água, por qualidade e destino
Total
69
EN22
Quantidade total de resíduos, por tipo e método de eliminação
Total
74
indicador não aplicável.
Tendo em conta o Principio da Materialidade definido
nas GRI, e considerando a gestão ambiental
implementada nas obras da Somague (por iniciativa
própria ou decorrente dos respectivos processos de
Avaliação de Impacte Ambiental), considera-se que
os derrames eventuais em obra, não são
EN23
Número e volume total de derrames significativos
Total
64
significativos.
Tendo em conta o Principio da Materialidade definido
EN24
Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou tratados,
nas GRI, este indicador é considerado não aplicável,
considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia – Anexos I, II, III e
uma vez que a Somague não transporta, importa,
VIII, e percentagem de resíduos transportados por navio, a nível internacional.
N.A.
-
exporta ou trata resíduos perigosos.
Tendo em conta o Principio da Materialidade definido
nas GRI, e considerando a gestão ambiental
implementada nas obras da Somague (por iniciativa
própria ou decorrente dos respectivos processos de
Avaliação de Impacte Ambiental), considera-se que
os efluentes líquidos da Somague não geram danos
EN25
Identidade, dimensão, estatuto de protecção e valor para a biodiversidade dos
significativos sobre os recursos hídricos e
recursos hídricos e respectivos habitats, afectados de forma significativa pelas
respectivos habitats. Assim considera-se este
descargas de água e escoamento superficial.
N.A.
-
Total
64, 77
indicador não material no desempenho da Somague.
PRODUTOS E SERVIÇOS
Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e grau de
EN26
redução do impacte.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
EN27
Percentagem recuperada de produtos vendidos e respectivas embalagens, por categoria.
N.A.
-
Somague, este indicador foi considerado não material.
109
110
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
CONFORMIDADE
Do montante total dispendido pela Somague para
liquidar as multas referentes a 2009, 48% referiu-se
a coimas não fiscais, 6% a fiscais, 9% a segurança e
Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número total de
EN28
sanções não-monetárias incumprimento das leis e regulamentos ambientais.
37% a outras. A Somague não foi alvo de coimas
Total
ambientais em 2009.
TRANSPORTE
Impactes ambientais significativos, resultantes do transporte de produtos e outros
bens ou matérias-primas utilizados nas operações da organização, bem como o
EN29
transporte de funcionários.
Total
66
GERAL
Os custos relacionados à protecção ambiental e
associados à actividade da Somague estão identificados
(acompanhamento ambiental de obras,
encaminhamento de resíduos, monitorizações
EN30
Total de custos e investimentos com a protecção ambiental.
Total
ambientais e prestação de outros serviços ambientais)
DESEMPENHO SOCIAL
Abordagem de gestão
Total
6,44
Discrimine a mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região.
Total
10, 42 - 46
Total
10, 42 - 46
Total
46
Total
52
EMPREGO
LA1
Número total de trabalhadores e respectiva taxa de rotatividade, por faixa etária,
LA2
género e região.
Benefícios assegurados aos funcionários a tempo inteiro que não são concedidos a
LA3
funcionários temporários ou a tempo parcial.
RELAÇÕES ENTRE FUNCIONÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO
LA4
Percentagem de trabalhadores abrangidos por acordos de contratação colectiva.
Os prazos mínimos de notificação prévia dependem de
Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças operacionais, incluindo se
LA5
esse procedimento é mencionado nos acordos de contratação colectiva.
caso a caso. No entanto, a Somague cumpre o previsto
Total
na legislação e nos contractos colectivos de trabalho.
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Percentagem da totalidade da mão-de-obra representada em comissões formais de
segurança e saúde, que ajudam no acompanhamento e aconselhamento sobre
LA6
programas de segurança e saúde ocupacional.
Total
51, 56 - 57
Total
59, 46 - 47
Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados
LA7
com o trabalho, por região.
Programas em curso de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de
risco, em curso, para garantir assistência aos trabalhadores, às suas famílias ou aos
LA8
membros da comunidade afectados por doenças graves.
Total
56, 58
LA9
Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos formais com sindicatos.
Total
53
SOMAGUE SGPS
A N E XO S
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
Média de horas de formação, por ano, por trabalhador, discriminadas por categoria de
LA10
48
funções.
Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a
LA11
Percentagem de funcionários que recebem, regularmente, análises de desempenho e de
LA12
49
continuidade da empregabilidade dos funcionários e para a gestão de carreira.
Total
49 - 50
desenvolvimento da carreira.
DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos trabalhadores por categoria,
LA13
de acordo com o género, a faixa etária, as minorias e outros indicadores de diversidade.
Total
15, 44 - 52
Total
52
Total
6, 42
Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por categoria de
LA14
funções.
DIREITOS HUMANOS
Abordagem de gestão
PRÁTICAS DE INVESTIMENTO E DE AQUISIÇÕES
Em 2009 não foi efectuado nenhum novo investimento
significativo, continuando a Somague a operar nos
HR1
Percentagem e número total de contratos de investimento significativos que incluam
mesmos países que em 2008, prosseguindo com a
cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetidos a análise
monitorização dos contractos que tem em curso,
referentes aos direitos humanos.
Total
17, 51
incluindo em matéria de direitos humanos
O processo de avaliação dos fornecedores,
subempreiteiros e prestadores de serviços da
Somague. Inclui requisitos associados à segurança e
saúde dos trabalhadores. Desta avaliação resulta o
Livro de Fornecedores/Prestadores do Serviço, que é
Percentagem dos principais fornecedores e empresas contratadas que foram
HR2
submetidos a avaliações relativas a direitos humanos e medidas tomadas.
Parcial
30
divulgada por toda a organização através da intranet.
Embora não existam formações específicas em
Direitos Humanos, em todas as acções de formação
ministradas aos colaboradores da Somague são
HR3
Número total de horas de formação em políticas e procedimentos relativos a
revistos os valores da empresa e os princípios de
aspectos dos direitos humanos relevantes para as operações, incluindo a
ética e conduta, que deverão ser adoptados por
percentagem de funcionários que beneficiaram de formação.
Total
17, 48, 58 todos os contratados.
NÃO-DISCRIMINAÇÃO
Durante o ano de 2009 a Somague não teve
conhecimento da existência de nenhum incidente de
HR4
Número total de casos de discriminação e acções tomadas.
Total
51, 80
Total
51
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E ACORDO DE NEGOCIAÇÃO COLECTIVA
HR5
Casos em que exista um risco significativo de impedimento ao livre exercício da
liberdade de associação e realização de acordos de contratação colectiva, e
medidas que contribuam para a sua eliminação.
discriminação ocorrido na empresa.
111
112
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
TRABALHO INFANTIL
Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil, e
HR6
medidas que contribuam para a sua eliminação.
Total
16, 17
Total
16, 17
TRABALHO FORÇADO E ESCRAVO
Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou
HR7
escravo, e medidas que contribuam para a sua eliminação.
PRÁTICAS DE SEGURANÇA
A Somague não possui pessoal próprio de segurança,
pelo que recorre à subcontratação destes serviços.
Conforme já referido é prática da Somague incluir os
HR8
Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação nas políticas ou
colaboradores de prestadores de serviços nas acções
procedimentos da organização, relativos aos direitos humanos, e que são
de formação desenvolvidas pela empresa,
relevantes para as operações.
Parcial
16, 28, 48 nomeadamente sobre o Código de Ética e Conduta.
DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS
Total
Não obstante na actividade da Somague a nível nacional
este indicador não se considerar aplicável, em países
onde a Somague opera nos quais não existe
enquadramento legal para estas temática, são
desenvolvidas as mesmas medidas exercidas em
Portugal. Durante o ano de 2009, no que se refere ao
âmbito deste Relatório, a Somague não tem
conhecimento da existência de nenhum incidente
relacionado com a violação dos direitos dos povos
indígenas. Importa ainda referir que a Somague pratica o
seu Código de Ética e Conduta também a nível
Número total de incidentes que envolvam a violação dos direitos dos povos
HR9
indígenas e acções tomadas.
Parcial
-
Total
6, 80
Total
16, 91
Total
16, 17
internacional que previne a ocorrência destas situações.
DESEMPENHO SOCIAL REFERENTE À SOCIEDADE
Abordagem de gestão
COMUNIDADE
Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir
os impactes das operações nas comunidades, incluindo no momento da sua
SO1
instalação durante a operação e no momento da retirada.
CORRUPÇÃO
Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise de riscos à
SO2
corrupção.
As acções de formação relativas à Gestão do Risco, ao
Procedimento de Prevenção de Branqueamento de
Capitais e Bloqueio ao Terrorismo e ao Código de Ética e
Percentagem de trabalhadores que tenham efectuado formação nas políticas e
SO3
práticas de anti-corrupção da organização.
Total
Conduta, incluem esta temática.
SOMAGUE SGPS
A N E XO S
GRI
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
Durante o ano de 2009, no que se refere ao âmbito
deste Relatório, a Somague não tem conhecimento
da existência de nenhum incidente relacionado com
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Total
16, 17
Total
16, 17
corrupção.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas
SO5
públicas e em grupos de pressão.
CONCORRÊNCIA DESLEAL
Número total de acções judiciais por concorrência desleal, antitrust e práticas de
SO7
monopólio, bem como os seus resultados.
Durante o ano de 2009, a Somague não esteve
Total
-
envolvida em qualquer acção judicial neste âmbito.
CONFORMIDADE
Do montante total dispendido pela Somague para
liquidar as multas referentes a 2009, 48% referiu-se
a coimas não fiscais, 6% a fiscais, 9% a segurança e
Montantes das coimas significativas e número total de sanções não monetárias por
SO8
incumprimento das leis e regulamentos ambientais.
37% a outras. A Somague não foi alvo de coimas
Total
-
Total
6, 29
ambientais em 2009.
DESEMPENHO REFERENTES À RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
Abordagem de gestão
SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE
Indique os ciclos de vida dos produtos e serviços em que os impactes de saúde e
PR1
segurança são avaliados com o objectivo de efectuar melhorias, bem como a
A Somague quando é responsável pela concepção
percentagem das principais categorias de produtos e serviços sujeitas a tais
dos projectos de execução avalia todo o ciclo das
procedimentos.
Total
56
obras que executa.
Refira o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com os
regulamentos e códigos voluntários relativos aos impactes, na saúde e segurança, dos
PR2
produtos e serviços durante o respectivo ciclo de vida, discriminado por tipo de resultado. Parcial
59
ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por regulamentos, e a
PR3
PR4
percentagem de produtos e serviços significativos sujeitos a tais requisitos.
pela Somague, este indicador considerou-se não
N.A.
-
aplicável.
Indique o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com os
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos
regulamentos e códigos voluntários relativos à informação e rotulagem de produtos e
pela Somague, este indicador foi considerado não
serviços, discriminados por tipo de resultado.
N.A.
-
Total
28
aplicável.
Procedimentos relacionados com a satisfação do Cliente, incluindo resultados de
PR5
pesquisas que meçam a satisfação do Cliente.
COMUNICAÇÕES DE MARKETING
Dada a escassa actividade de marketing que a
Programas de observância das leis, normas e códigos voluntários relacionados com
PR6
comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.
Somague desenvolve, este indicador foi considerado
N.A.
-
não material.
113
114
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
GRI
PR7
Designação
Referência/
N.º de
Status
página
Observações
Indique o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com os
Dada a escassa actividade de marketing que a
regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing,
Somague desenvolve, este indicador foi considerado
incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado.
N.A.
-
não material.
PRIVACIDADE DO CLIENTE
Número total de reclamações registadas relativas à violação da privacidade de
PR8
Clientes.
Durante o ano de 2009, a Somague não teve
Total
28
nenhuma reclamação neste âmbito.
CONFORMIDADE
Do montante total dispendido pela Somague para
liquidar as multas referentes a 2009, 48% referiu-se
a coimas não fiscais, 6% a fiscais, 9% a segurança e
Montante das coimas (significativas) por incumprimento de leis e regulamentos
PR9
relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços.
Total
-
37% a outras.
SOMAGUE SGPS
A N E XO S
115
116
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E 2 0 0 9
Auscultação de Stakeholders
QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESTE RELATÓRIO?
ASPECTOS GERAIS
Excelente
Bom
Insuficiente
Mau
Excelente
Bom
Insuficiente
Mau
Clareza
Interesse
Utilidade
Apresentação gráfica
ASPECTOS ESPECÍFICOS
Visão Estratégica
Apresentação da Empresa
Envolvimento com as Partes Interessadas
Desempenho Ambiental
Desempenho Económico
Desempenho Social
Quais os principais aspectos positivos do Relatório?
O que pode ser melhorado em relatórios futuros?
A que outra informação sobre a Somague SGPS gostaria de ter acesso?
SOMAGUE SGPS
AU S C U LTA Ç Ã O D E S TA K E H O L D E R S
Como classifica este relatório comparando com os anteriores?
Muito Inferior
Inferior
Superior
Muito Superior
Muito Inferior
Inferior
Superior
Muito Superior
Como classifica este relatório comparando com outros?
A que grupo de Stakeholder pertence?
Colaboradores
Entidades Publicas
Clientes
Comunidade
Fornecedores
Parceiros Estratégicos
Outros:
Caso pretenda uma resposta pessoal às suas sugestões indique-nos o seu contacto:
Identificação (preenchimento opcional)
Nome:
Empresa:
Contacto:
MUITO OBRIGADO PELA SUA PARTICIPAÇÃO!
117
Somague – Soc. Gest. Part. Sociais, S.A.
SintraCascais Escritórios
Rua da Tapada da Quinta de Cima – Linhó
2714-555 Sintra – Portugal
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