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PERFIL DOS IDOSOS INSERIDOS EM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA
THE AGED PEOPLE PROFILE INSIDE IN A LIVING CENTER
Alanna Magalhães Hott
Enfermeira. Graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG.
[email protected]
Vitória Augusta Teles Netto Pires
Enfermeira graduada em Enfermagem e Obstetrícia. Mestre em Saúde e Enfermagem na área de
Planejamento, Organização e Gestão de Serviços de Saúde Enfermagem pela Escola de
Enfermagem da UFMG. Docente do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG e
Analista de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. [email protected]
RESUMO
A população brasileira com mais de 60 anos constitui a parcela que mais cresce no país de forma
rápida e acentuada, portanto deve-se entender melhor como estão vivendo. Nesta diretriz, o objetivo
dessa pesquisa foi descrever o perfil dos idosos inseridos em um centro de convivência, por meio do
Projeto Sol e Cia., direcionado para a população idosa do município de Coronel Fabriciano, MG.
Realizou-se uma pesquisa com abordagem quantitativa descritiva, utilizando-se como instrumento de
coleta de dados a Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa proposta pelo Ministério da
Saúde. A população foi constituída de 184 idosos que participaram das avaliações multidimensionais
realizadas pelos alunos de Enfermagem da Unileste-MG. Os resultados demonstraram que a maior
parte dos idosos encontravam-se na faixa etária de 60 a 69 anos (58,7%), com prevalência do sexo
feminino (88,6%) e com primeiro grau incompleto (56,5%). Entre as alterações de saúde, houve
predomínio das doenças do sistema cardiovascular (45,7%) e a alteração geriátrica mais recorrente
foi a alteração visual (44%). Entre os idosos, 66% auto avaliaram sua como saúde boa. No arranjo
domiciliar os idosos apresentaram maior preocupação com a família (47,8%) e os seus sonhos mais
expressivos foram de origem pessoal (45%). Os resultados apresentados permitiram entender o perfil
do grupo de idosos pesquisados, oferecendo subsídios para a definição de ações de promoção à
saúde focada em suas características e necessidades, com vistas ao aumento na expectativa de vida
e na oferta de uma assistência mais qualificada.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde do idoso. Perfil de saúde.
ABSTRACT
The Brazilian population over 60 years is the fastest growing share of the country. This steady
increase has established quickly and sharply. If, on the one hand people are living longer, on the other
hand, we must understand more about how they live. The purpose of this study was to evaluate the
elderly profile inside in a living center, in this case the Sol and Cia. Project, directed to the elderly
population of Coronel Fabriciano. It was made a descriptive research with quantitative approach, using
as a data collection instrument the Fast Multidimensional Assessment of Aged People proposed by
the Health Ministry. The study population consisted of 184 seniors who participated in the
multidimensional assessments made by nursing students of the Unileste/MG involved in the Care
System for Elderly Health Project. The results showed that elderly people who are attended for the
project are mostly aged 60 to 69 years (58.7%), mostly female (88.6%) and an incomplete high school
education (56.5%). The change in their health has found the prevalence of cardiovascular system
diseases (45.7%). Regarding the frequency of geriatric changes, was found that the most important is
that 44% had abnormal visual. 66% of these participants considered their healthy good. In the elderly
living arrangement they were more worried with their family (47.8%) and in their dreams were more
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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personal source (45%). The results shows that the aged people can have more quality in health
promotion, directing on their real needs, thus occurring an increase in life prospect and encouraging
professionals to act in their service satisfactorily.
KEY WORDS: Health of the Elderly. Health Profile.
INTRODUÇÃO
Os idosos constituem a parcela da população que mais cresce em todo o
mundo. No Brasil, um novo processo de transição demográfica vem se
estabelecendo de forma rápida e acentuada. Percebe-se que, com o passar dos
anos, vem ocorrendo uma transformação na estrutura etária, iniciada em 2000 com
13,9 milhões. E segundo as projeções, em 2020 se elevará para 28 milhões
(BRASIL, 2009).
Essas mudanças acarretam demandas crescentes para o indivíduo, família,
comunidade e nos diversos setores da sociedade, especialmente o de seguridade
social e da saúde. Neste contexto, o conhecimento do estado de saúde da
população acima de 60 anos poderá orientar o planejamento das políticas de saúde
do idoso e auxiliar na elaboração de estratégias específicas para este projeto
(ALVES; LEITE; MACHADO, 2008).
Em consonância com o quadro sócio-epidemiológico que se delineia no
Brasil, foi aprovada a Política Nacional da Pessoa Idosa (PNPI), através da portaria
n.º 2528 de 19 de outubro de 2006 do Ministério da Saúde. Esta portaria apresenta
como propósito central recuperar, manter e promover a autonomia e a
independência dos idosos, através do desenvolvimento de ações de saúde
individuais e coletivas, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de
Saúde (BRASIL, 2006).
Considerando o art. 2º do Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741 de 1º de outubro
de 2003, esta parcela da população goza de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei.
Assegurando, todas as oportunidades e facilidades para preservação de sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade (BRASIL, 2003).
Portanto, investir na saúde dos idosos é investir no desenvolvimento. Com o
atendimento adequado desta população na área da saúde, a aplicação de
estratégias de saúde pública pode promover o envelhecimento ativo, inclusive a
mudança no perfil de adoecimento, que passa a enfatizar a promoção da saúde, a
manutenção da autonomia e a valorização das redes de suporte social, gerando
impactos nas diversas formas de se prestar assistência aos idosos (RODRIGUES et
al., 2007).
As ações de enfermagem junto ao idoso no contexto da Atenção Básica
implicam em um diálogo permanente, sendo uma experiência intersubjetiva, ou seja,
tem como lócus central o idoso e o profissional. Desta forma as ações dos
profissionais são fundamentais para que se alcance a humanização na atenção à
saúde da pessoa idosa (LIMA; TOCANTINS, 2009).
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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A assistência de enfermagem, por sua vez, é uma ação prática, e de acordo
com a demanda da clientela pode também ser reconhecida por uma dimensão não
apenas biológica. As pessoas demonstram suas necessidades demandando um tipo
de ação de saúde que provoque satisfação em suas expectativas. Com este
entendimento, os reflexos da assistência e do cuidado de enfermagem podem ser
analisados, entre outros, pelo bem-estar sentido pelo idoso e, consequentemente, o
atendimento as suas necessidades de saúde (ZOBOLI, 2007).
Na perspectiva de melhorar as condições de vida e de saúde desta parcela da
população, o projeto Sol e Cia. tem como objetivo promover a socialização dos
idosos moradores do município de Coronel Fabriciano/MG, através de encontros
semanais, onde realizam atividades físicas e participam de encontros, além de
discutirem assuntos de interesse do grupo. Para que os idosos realizem atividades
físicas com segurança é necessário fazer uma avaliação de cada um para verificar
suas necessidades e ajudá-los a restabelecer a saúde e reduzir os riscos.
A Unileste/MG, através do Projeto de Extensão Sistematização da
Assistência ao Idoso Saudável do curso de Enfermagem, realizou a Avaliação
Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa proposta pelo Ministério da Saúde nos
idosos inseridos no projeto no ano de 2009.
A Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa pode ser definida
como um processo diagnostico multidimensional, planejada para detectar problemas
biológicos, psicossociais e funcionais da pessoa idosa com o objetivo de
desenvolver um plano de tratamento e acompanhamento em longo prazo. Seu
objetivo se concentra no estado funcional e na qualidade de vida, utilizando, para
atingir esses objetivos a atenção prestada por uma equipe interdisciplinar
(CARVALHO FILHO; PAPALEO NETO, 2005).
Para Passos e Borges (2009), nesta avaliação é utilizado um instrumento
para identificar problemas de saúde condicionantes de declínio funcional, com
investigação dos aspectos familiares, sociais, culturais, econômicos, afetivos e
biológicos que envolvem a vida dos idosos.
O levantamento do perfil dos idosos que participam do Projeto Sol e Cia. pode
favorecer o direcionamento de ações no plano da saúde, além de delinear as
necessidades de adequação deste local e de suas atividades para o público
frequentador. Adicionalmente, o conhecimento das características dos idosos pode
contribuir para a definição de outras ações visando a participação de mais idosos no
projeto, uma vez que ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso, as
particularidades e os desafios do envelhecimento.
Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos idosos inseridos
em um centro de convivência, por meio do Projeto Sol e Cia., direcionado para a
população idosa do município de Coronel Fabriciano, MG.
METODOLOGIA
Para a realização dessa pesquisa utilizou-se a abordagem quantitativa
documental retrospectiva, com o intuito de identificar o perfil da população acima de
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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60 anos, frequentadora do Projeto Sol e Cia. na cidade de Coronel Fabriciano, em
Minas Gerais. A pesquisa foi realizada no período de abril a junho de 2010.
A amostra foi constituída de 184 avaliações multidimensionais realizadas
pelos alunos do curso de Enfermagem do Unileste/MG envolvidos no Projeto de
Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável, durante o 2° semestre
de 2009. Este banco de dados foi utilizado pela pesquisadora.
Após a coleta, os dados foram consolidados, tabulados em tabelas e gráficos
com a utilização do programa Microsoft Excel e analisados pela pesquisadora. As
informações traçadas referem-se à saúde física, faixa etária, renda familiar, sexo,
escolaridade, ocupação anterior e atual, renda e adequação com as necessidades,
percepção do idoso sobre seu estado de saúde atual, maior preocupação no
momento, suas esperanças e sonhos.
Foram excluídos os dados não informados ou respostas em branco em todas
as análises. A pesquisa contemplou a Resolução nº. 196 de 10 de outubro de 1996,
do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta a pesquisa com seres humanos,
sendo previamente autorizada sua realização pela coordenadora do Projeto Sol e
Cia (BRASIL, 1996).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As informações apresentadas a seguir retratam a descrição da população
idosa frequentadora do Projeto Sol e Cia., envolvendo as variáveis: sexo, idade
escolaridade, situação ocupacional e arranjo domiciliar (TAB. 1).
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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TABELA 1 Características sócio-demográficas dos idosos freqüentadores do Projeto Sol e Cia.
Coronel Fabriciano, MG, 2010
N
%
Variável
Faixa Etária
108
58,7
60-69
58
31,6
70-79
>80
18
9,7
Total
184
100
Sexo
Feminino
Masculino
Total
163
21
184
88,6
11,4
100
Escolaridade
Nenhuma
1º grau incompleto
1º grau completo
2º grau incompleto
2º grau completo
Superior
Pós-graduação
“Não informado”
Total
22
104
15
18
15
4
1
5
184
12,0
56,5
8,2
9,8
8,2
2,2
0,5
2,7
100
Arranjo domiciliar
Mora sozinho(a)
Mora acompanhado
“Não informado”
Total
37
145
2
184
20,1
78,8
1,1
100
Situação ocupacional
Aposentado(a) ou pensionista
Empregado(a)
Dona de casa
Voluntário(a)
“Não informado”
Total
86
67
25
2
4
184
46,7
36,4
13,6
1,1
2,2
100
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Os idosos, em sua maioria, encontravam-se na faixa etária de 60 a 69 anos
(58,7%), com predomínio do sexo feminino (88,6%). Na escolaridade predominou o
primeiro grau incompleto (56,5%). No arranjo domiciliar, 78,8% informou morar
acompanhado. Com relação às pessoas as quais eles residem 23,9% moravam com
cônjuge ou companheiro, 20,7% com cônjuge e filhos, 25,5% com filhos, 9,8% com
netos, 2,7% com irmãos. Em relação à situação ocupacional, a maior parte, 46,7%,
pertence ao grupo de aposentados e pensionistas (TAB. 1).
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A expectativa de vida das mulheres excede a dos homens e este fato explica,
em parte, a maior proporção de mulheres idosas (4.548) em relação aos homens
(3.585) na população residente em Coronel Fabriciano, município que contempla a
população estudada (DATASUS, 2006). Como as mulheres vivem mais do que os
homens, aumenta a probabilidade daquelas idosas viverem sozinhas e, desta forma,
procurarem se relacionar com outras mulheres em situações semelhantes.
As avaliações de Nunes et al. (2009) ao estudarem a influência das
características sociodemográficas e epidemiológicas na capacidade funcional de
idosos constataram que as mulheres eram a maioria entre o grupo de idosos.
Apesar de terem maior expectativa de vida, apresentam maiores limitações ou maior
perda da capacidade funcional. Algumas hipóteses são levantadas para explicar
essa diferença: maior prevalência de condições incapacitantes não-fatais
(osteoporose, osteoartrite e depressão, por exemplo) e maior habilidade das
mulheres em reportar maior número de condições de saúde em relação aos homens
da mesma faixa etária.
Borges et al. (2010) identificaram que o fato de ter a presença maior de
idosos entre 60 e 69 anos nos grupos de convivência está associado a sua
autonomia e menor participação no mercado de trabalho, com tempo livre para
atividades lúdicas, ou a uma fuga do estereótipo de idoso. Por outro lado, a baixa
participação de idosos com mais de 80 anos pode decorrer em função do maior grau
de comorbidades com o aumento da idade e a dependência. Estes são fatores
importantes, pois podem limitar o acesso e a participação nas atividades oferecidas
pelo projeto uma vez que esses idosos dependem de outras pessoas para levá-los
até o local dos encontros.
A baixa escolaridade observada entre os idosos está em consonância com as
observações de Pavarini et al. (2008) ao constatarem que a maioria dos idosos
(63%) cursou o ensino fundamental incompleto, apresentando entre um a cinco anos
de escolaridade. Este percentual evidencia o significativo número de pessoas com
pouco ou nenhum grau de escolaridade; fato considerado comum na realidade dos
países em desenvolvimento como o Brasil, principalmente quando se trata de idosos
que viveram sua infância em época em que o ensino não era prioridade.
No que se refere ao arranjo familiar, os levantamentos realizado pelo
Ministerio da Saúde, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
realizada em 2007 mostraram que a consanguinidade é o eixo principal de união das
pessoas que vivem juntas: 88,6% dos arranjos são de pessoas com parentesco.
Destes, 48,9% são do tipo cônjuge com filhos, cuja taxa vem se reduzindo devido,
principalmente, à queda da fecundidade (BRASIL, 2008).
O crescimento da proporção de pessoas que viviam sozinhas (8,3% para
11,1%) na PNAD é uma tendência que vem sendo verificada nos últimos anos e
considerada como fruto da redução das taxas de mortalidade e do aumento da
esperança de vida, especialmente para as mulheres. Em 2007, os arranjos
familiares unipessoais correspondiam a cerca de 6,7 milhões, sendo que 40,8%
eram constituídos por pessoas de 60 anos ou mais de idade. A situação
ocupacional, respectivamente, na região Sudeste é de cerca de 40,9% da renda
familiar provenientes das aposentadorias dos idosos (BRASIL, 2008).
No aspecto da saúde, a frequência de queixas relatadas de acordo com os
sistemas corporais e as comorbidades relacionadas está descrita no GRAF. 1.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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GRÁFICO 1 - Relato de comorbidades apresentadas pelos idosos no Projeto Sol e Cia. Coronel
Fabriciano, MG, 2010
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Em relação às comorbidades houve um predomínio de doenças do sistema
cardiovascular (45,7%), sendo a hipertensão arterial a mais prevalecente (47%),
seguida por problemas osteomusculares (17,9%), e doenças do sistema endócrino
(15,8%). Em 90% dos idosos estudados foi observada a presença de, pelo menos,
uma doença crônica.
Cavalcanti et al. (2009), identificaram também em seus estudos a
prevalência de doenças cardiovasculares. A mais recorrente foi a hipertensão
arterial (56,4%). A hipertensão é um fator de risco importante em qualquer idade,
embora seja um problema característico da população idosa. No estudo dos autores
supracitados, entre os idosos entrevistados, 78,6% relataram utilizar algum tipo de
medicamento e 82,1% afirmaram possuir alguma doença crônica, dados similares
com essa pesquisa.
Neri et al. (2009) constataram que para a maioria dos idosos a probabilidade
de ocorrências de doenças crônicas é muito alta. A prevenção de doenças tem como
conseqüência a redução da morbidade associada ao envelhecimento, em que os
idosos que chegam à velhice mais avançada com 80 anos ou mais sem doenças
típicas e sem o agravamento de condições crônicas são vistos como sobreviventes.
Dos idosos atendidos no projeto Sol e Cia, 73,9% utilizavam algum tipo de
medicamento e 63,6% relataram ter cartão de vacina completo. Carvalho Filho e
Papaléo Netto (2005) mostram que no Brasil pelo menos 90% de pessoas com mais
de 65 anos fazem uso de no mínimo um medicamento ao dia e, alguns, dois ou
mais.
Os dados referentes às alterações geriátricas dos idosos frequentadores do
Projeto Sol e Cia estão apresentados na TAB. 2.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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TABELA 2 - Frequência de alterações geriátricas entre os idosos. Projeto Sol e Cia - Coronel
Fabriciano, MG, 2010
Sim
Alterações geriátricas
Não
N
%
N
%
Incontinência urinária
46
25,0
132
Alteração da Audição
22
11,9
150
81,6
Alteração da Visão
81
44,0
78
42,4
Queda
93
51,0
73
39,7
72,0
Alteração de humor
78
42,4
82
45,0
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Obs.: excluídos dados não informados.
Com referência as alterações geriátricas, 72% dos idosos não apresentaram
incontinência urinária. Do total, 81,6% não tinha alteração auditiva e 44% relataram
alterações visuais. Com relação à queda 51% informaram que já sofreram algum
tipo de queda. Dentre eles 50% apresentaram problemas nos membros inferiores e
45% apresentaram alteração na visão, que é um grande fator de risco. Quanto à
alteração de humor 45% dos idosos afirmaram não apresentar alteração de humor.
Marin et al. (2010) ao estudarem os diagnósticos de enfermagem de idosos
que utilizam múltiplos medicamentos encontraram um elevado índice de
incontinência urinária (56,8%), quando comparados com este estudo cujo índice foi
menor (28%). O percentual reduzido do grupo pesquisado pode estar associado a
atividade física regular praticada pelos idosos, pois os exercícios podem reduzir ou
até evitar a incontinência urinária nesta população. Os dados sobre o
comprometimento auditivo (23,8%) e visual (62,7%) apresentado pelos autores são
semelhantes aos encontrados nesta pesquisa. Esta condição é quase sempre
subestimada, sendo considerada tanto pelos familiares como pelo idoso e até
mesmo pelos profissionais da saúde como próprio do processo de envelhecimento e
sem muita opção de solução. Em função disto, muitas vezes, eles têm dificuldades
de acesso a aparelhos auditivos e lentes corretivas ou a tratamentos mais
especializados, como a cirurgia de catarata.
Em relação à queda, os estudos de Carvalho Filho e Papaléo Netto (2005)
confirmam a necessidade de investigar a ocorrência de quedas em idosos, levando
em conta a sua dimensão e significado para o idoso e seus familiares, podendo
acarretar consequências muitas vezes graves e até letais.
Ishizuka e Jacob Filho (2009) verificaram que quando se reduz apenas um
fator de risco, há uma diminuição considerável na incidência de quedas, que são
passíveis de prevenção, havendo a necessidade de ações educativas envolvendo
tanto o idoso como os familiares.
As alterações de humor estão relacionadas principalmente a dificuldades em
superar as perdas ocorridas, à perda da auto-estima e desesperança e propicia o
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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desinteresse pelo autocuidado. Segundo Irigaray e Schneider (2008), os sintomas
de alteração de humor tiveram menor destaque para aquelas pessoas que
participam de grupos de convivência e principalmente tem maior tempo de
participação no grupo.
Os dados referentes à classificação da autopercepção de saúde dos idosos
podem ser visualizados na TAB. 3.
TABELA 3 - Categorização da autopercepção de saúde dos idosos do Projeto Sol e Cia. - Coronel
Fabriciano, MG, 2010
Autopercepção de saúde
N
%
Ótima
19
10
Boa
Regular
122
17
66
9
Ruim
17
9
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Obs.: excluídos dados não informados.
Com relação às condições de saúde autorreferidas, 66% dos idosos
avaliaram sua saúde como boa. A autopercepção de saúde desse grupo sobre sua
saúde está de acordo com as avaliações de Carneiro et al. (2007) ao afirmarem que
a maioria dos idosos (57%) tiveram a mesma opinião, mostrando que esta avaliação
não está associada com a gravidade de um problema, mas sim com a possibilidade
e o modo de enfrentá-lo, principalmente ao contarem com o apoio da família.
Por outro lado, Lebrão e Laurenti (2005) mostraram que a presença de
incapacidade é um fator determinante na autoavaliação da saúde. Ter, pelo menos,
uma incapacidade para as atividades básicas de vida diária reduz à metade a
disposição de considerar a sua saúde muito boa ou boa.
Para Tavares et al. (2008) os resultados foram contrários. A autopercepção
da saúde foi considerada, pela maioria, como regular (43,5%) verificando que a
condição considerada como ótima e boa diminuiu de acordo com o aumento da
idade dos idosos estudados. No contexto da saúde, a autopercepção considerada
ruim aumenta o risco de mortalidade, interfere na satisfação com a vida e no bemestar subjetivo.
A classificação das preocupações apresentadas pelos idosos está ilustrada
na TAB. 4.
TABELA 4 – Categorização das preocupações dos idosos do Projeto Sol e Cia. - Coronel Fabriciano,
MG, 2010
Preocupação
N
%
Família
88
48
Financeiro
Moradia
15
9
8
5
Saúde
33
18
Nenhuma
35
19
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.1 - Jul./Ago. 2011.
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Obs.: excluídos dados não informados.
No espaço domiciliar, a família destaca-se entre a maior preocupação dos
idosos (48%). As principais preocupações apresentadas foram com a saúde, a
felicidade e a situação financeira dos filhos e/ou do cônjuge. Foi observado que a
preocupação com o outro está relacionada a deixá-lo sempre bem. Apesar disso, o
estudo também identificou que nem sempre essas pessoas que se preocupam com
o outro precisam de ajuda, pelo contrario, muitas vezes elas tem até o papel de
auxiliar os outros.
Entre os idosos que relataram não ter nenhuma preocupação, 38%,
apresentaram alteração do humor relacionada à falta de estimulo para viver. Entre as
preocupações citadas, a saúde esta relacionada com o medo da dependência e da
invalidez, assim como foi identificado que a percepção negativa com a saúde leva a
uma recuperação mais demorada e insatisfatória.
Na TAB. 5, pode ser visualizada a classificação dos sonhos relatados pelos
idosos frequentadores do Projeto Sol e Cia.
TABELA 5 - Categorização dos sonhos dos idosos do Projeto Sol e Cia. - Coronel Fabriciano, MG,
2010.
Sonho
N
%
Pessoal
84
45
Interpessoal
61
33
Nenhum
22
12
Casar
7
4
FONTE: Projeto de Extensão Sistematização da Assistência ao Idoso Saudável. Avaliações
multidimensionais (2009).
Os sonhos de nível pessoal apresentados por 45% dos idosos foram por
viajar, ter casa própria, reformar a cozinha, conhecer outro país e morar na praia. Os
que relataram não ter nenhum sonho (36%) já tiveram ou tem alteração de humor,
fato este muito importante, pois a falta de estimulo pode ser um fator de risco para
depressão entre os idosos. Outro dado encontrado foi relato do sonho de casar
(4%), observado entre aqueles que apresentaram melhoria na qualidade da autoestima.
Estes dados revelam que os idosos nos seus sonhos se voltam para um bem
pessoal caracterizado como um modo de pensar construtivo. No estudo de Trentini
et al. (2005) sobre enfrentamento de situações adversas e favoráveis por pessoas
idosas destaca-se a importância de estimular os idosos a manter e/ou encontrar
sentido para viver, buscando algo que deseja ou sonha. Quando eles têm razão para
viver, buscam superar os acontecimentos desagradáveis com mais facilidade.
Porém, aqueles que não têm sonhos de vida perdem o sentido de sua existência e
qualquer sentido para suportar os desafios encontrados.
CONCLUSÃO
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775
O estudo de avaliação do perfil dos idosos trouxe informações detalhadas
sobre a clientela integrante do projeto. Os resultados demonstraram que os idosos
frequentadores do projeto Sol e Cia. apresentam características semelhantes
quando comparados com outros estudos do mesmo perfil.
Esta analise possibilitou o entendimento sobre o perfil do grupo de idosos,
oferecendo subsídios para a definição de ações de promoção à saúde focada em
suas reais necessidades, com vistas à oferta de uma assistência mais qualificada
que promova aumento na expectativa de vida e favoreça a atuação dos
profissionais.
O estudo do perfil dos frequentadores do Projeto Sol e Cia apresentou um
maior impacto na assistência pelas ações realizadas, proporcionou aos profissionais
maior conhecimento sobre os idosos inseridos no projeto, efetivando a humanização
na atenção à saúde, não contrariando a liberdade do idoso, fazendo-o participante
ativo do processo de um envelhecimento saudável.
Esse estudo mostrou que o convívio no Projeto pode ser um importante
veículo de promoção para que as ações de saúde atinjam um número significativo
de idosos. A análise destes dados deve ser considerada como subsídio para
avaliação da adequação do local onde o projeto é atualmente desenvolvido para que
possa não só atender os atuais idosos, mas também a outros que poderão se
beneficiar de suas atividades.
Acredita-se que esta pesquisa possa subsidiar outros estudos, favorecer a
compreensão das necessidades decorrentes do processo de envelhecimento,
contribuir para que os futuros idosos não sejam estigmatizados e para que esta fase
da vida seja mais bem compreendida e respeitada em sua plenitude. É importante
ressaltar que ter ou não qualidade de vida não é responsabilidade individual. Fatores
econômicos, sociais e culturais interferem diretamente no bem-estar de uma
população. Desse modo, deve-se investir constantemente para a construção de uma
sociedade que esteja preparada para envelhecer com qualidade.
REFERÊNCIAS
ALVES, Luciana Correia; LEITE, Lúri da Costa; MACHADO, Carla Jorge. Perfis de
saúde dos idosos no Brasil: análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
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perfil dos idosos inseridos em um centro de convivência