(11) (21) República Federativa do Brasil PI 0406819-0 A (22) Data de Depósito: 16/01/2004 (43) Data de Publicação: 27/12/2005 (RPI 1825) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior Instituto Nacional da Propriedade Industrial (54) Titulo: CONJUGADOS OBTIDOS POR AMINAÇÃO REDUTORA DO POLI-SACARÍDEO CAPSULAR DO PNEUMOCOCO DE SOROTIPO 5 (30) Prioridade Unionista: (71) Depositante(s): (72) Inventor(es): (74) Procurador: 17/01/2003 FR 03/00488 Sanofi Pasteur (FR) Noêlle Mistretta, Emilie Danve, Monique Moreau Andréa Gama Possinhas Tardin (86) Pedido Internacional: PCT FR2004/000089 de 16/01/2004 (87) Publicação Internacional: WO 2004/067574 de 12/08/2004 IB 01 (51) Int. C1 7 .: CO8B 37/00 A61K 39/09 A61 K 39/385 (57 ) Resumo: "CONJUGADOS OBTIDOS POR AMINAÇÃO REDUTORA DO POLI-SACAR(DEO CAPSULAR DO PNEUM0b0C0 DE SOROTIPO 5". A invenção tem por objeto conjugados oriundos da aminação redutora do poli-sacarideo capsular do pneumococo de sorotipo 5. As condições de aminação redutora se distinguem das condições clássicas pelo fato de permitirem evitar o aparecimento de um composto, indesejável que é prejudicial à imunogenecidade dos conjugados. Em espectrometria RMN do Carbono, esse composto indesejável se caracteriza por um sinal de ressonância entre 13 e 14 ppm. Os poli-sacarídeos aminados que entram na produção dos conjugados possuem, portanto, um espectro RMN Carbono desprovido de sinal de ressonância entre 13 e 15 ppm. As condições de aminação redutora oferecidas pela invenção são em número de duas. De acordo com um primeiro processo, a aminação redutora é conduzida com pH ligeiramente ácido (4-6,5) durante no máximo 4 horas. De acordo com um segundo processo, o poli-sacarídeo é inteiramente reduzido, depois fragmentado e enfim submetido a uma aminação redutora propriamente dita, em condições clássicas ou não. De acordo com o processo aplicado, a estrutura do poli-sacarídeo aminado pode variar (conversão ou não do resíduo Sug da unidade repetitiva em quinovosamina N-acetilada e em fucosamina N-acetilada); mas essas variações, tais como registradas em espectrometria RMN do Carbono, não têm efeito sobre a imunogenicidade: 1/42 •• • • k)• .•: • • C.. • •..: • 0•• ...i•• •, , •■ •j ••- • • e•• •n", •• •• J ■ • w ••• • • • • ••• CONJUGADOS OBTIDOS POR AMINAÇÃO REDUTORA DO POLI-SACARÍDEO CAPSULAR DO PNEUMOCOCO DE SOROTIPO 5 A presente invenção tem notadamente por objeto uma forma aminada particular do poli-sacarídeo capsular do 5 pneumococo tipo 5, os conjugados incorporando essa forma, assim como os processos de produção que permitem obtê-lo. O pneumococo (streptococcus pneumoniae) é uma bactéria encapsulada Gram-positiva, responsável pelas meningites e por bacteremias. Ele acarreta também uma grande parte das 10 infecções respiratórias, tais como bronquites, rinites e otites com complicações tanto no adulto, quanto na criança. Os pneumococos são divididos em sorotipos, segundo a estrutura dos poli-sacarídeos que formam a cápsula. A sorotipagem dos pneumococos é realizada com o auxílio de 15 uma bateria de imuno-soros, cada imuno-soro sendo específico de um só tipo de poli-sacarídeo capsular. Mais de 90 sorotipos diferentes, quaisquer patógenos para o homem, foram recenseados. Os sorotipos 6B, 14, 18C, 19F e 23F são prevalentes nas jovens crianças e são a causa de 20 pneumonias e de otites. Os sorotipos 1 e 5 são mais freqüentemente encontrados nos países em via de desenvolvimento do que nos países industrializados. Vacinas que protegem contra os principais sorotipos encontrados em clínica humana foram desenvolvidas ou estão 25 em curso de desenvolvimento. Uma vacina que compreende os poli-sacarídeos capsulares de 23 sorotipos diferentes responsáveis por 90 % das infecções com pneumococos (1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F, 33F) é eficaz no adulto e na 30 criança de mais de dois anos. Ao contrário, a criança de •• •. •• •• • 2/42 menos de dois anos, devido à imaturidade de seu sistema imunitário, não responde a essa vacina constituída de antígenos poli-sacarídicos T-independentes. Esse obstáculo foi superado, desenvolvendo-se vacinas que contêm poli5 sacarídeos capsulares de diferentes sorotipos de pneumococos acoplados (conjugados) a uma ou várias proteínas portadoras (WO 98/51339). Esses conjugados induzem o desenvolvimento de uma imunidade humoral protetora T-dependente na jovem criança, traduzindo-se pela 10 produção de anticorpos específicos dirigidos contra os poli-sacarídeos dos diferentes sorotipos utilizados nesses conjugados. Os poli-sacarídeos capsulares dos diferentes sorotipos de pneumococo são todos formados da repetição de uma 15 unidade de base (unidade repetitiva) constituída de vários açúcares. A título de ilustração, indica-se que a unidade de base do poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5 é constituída de 5 hexoses: a glicose, a fucosamina Nacetila, a pneumosamina N-acetilada (2-acetamido-2,6 20 deoxitalose), o ácido glicurônico e um açúcar denominado Sug (2-acetamido-2,6-deoxi-hexose-4 ulose) ligados uns aos outros para formar uma estrutura química cuja fórmula condensada é a seguinte: 4)-13-D-G1cp-(1 --)4)-a-L-FucpNAc-(1--)3)13-D-Sugp- --> 3 1 -GIcAp a-L-PnepNAc,-(132)-p-D 11 A fórmula que corresponde a isso é a fórmula (I) tal 25 como se segue: 3/42 na qual Sug significa 2-acetamido-2,6-deoxi-hexose-4-ulose; PneNAc significa 2-acetamido-2,6-deoxitalose, também denominado pneumosamina N-acetilada; FucNAc significa 2acetamido-2,6-deoxigalactose também denominada fucosamida 5 N-acetilada; G1cA significa ácido glicurônico; e Glc significa glicose. Essa fórmula foi dada por Jannson P.E. et al., Carbohydrate Research (1985) 140 (1): 101. Todavia, não é impossível que uma baixa percentagem das unidades 10 repetitivas do poli-sacarídeo apresente um grupamento hidroxil no lugar da função cetona. Existem numerosos processos que permitem acoplar um poli-sacarídeo a uma proteína portadora. Dentre estes, os processos que colocam em jogo, a título preliminar, uma 15 aminação redutora do poli-sacarídeo são de uso comum. Por exemplo, conforme é descrito em EP 562 107, o polisacarídeo é inicialmente acoplado por aminação redutora a um espaçador bifuncional do tipo NH2-R-NH2; depois o polisacarídeo assim derivatizado e aminado é acoplado a um 20 agente de ligação bifuncional notadamente capaz de reagir com uma função amina. O poli-sacarídeo assim ativado é em 4/42 seguida conjugado a uma proteína portadora. Segundo outras variantes, pode-se também acoplar diretamente o polisacarídeo à proteína por aminação redutora ou ainda omitir o espaçador. 5 Conforme é bem conhecido, uma reação de aminação redutora é feita em dois tempos. Em um primeiro tempo, forma-se um composto intermediário denominado base de Schiff de fórmula R-CH=NH+R', resultante da interação entre um grupamento aldeído de uma primeira molécula (R-CHO) e um 10 grupamento amina primária (R'-NH 2 ) de uma segunda molécula. A base de Schiff é em seguida reduzida em um segundo tempo sob a forma de um composto aminado R-CH2 -NH-R' em presença de um agente redutor. Utiliza-se um agente redutor seletivo capaz de reduzir a função imina da base de Schiff de 15 maneira específica, tal como um hidrogênio ativado por um catalisador, o cianoboro-hidreto de sódio (NaCNBH 3 ) ou uma amina borano. Utiliza-se, de preferência, o cianoborohidreto ou o piridina borano. À medida que todos os poli-sacarídeos possuem uma 20 função aldeído na extremidade de cadeia (função aldeído terminal), os processos de conjugação comportando uma aminação redutora do poli-sacarídeos são de aplicação muito geral e, quando não existe nenhuma outra função aldeído na unidade repetitiva (função aldeído intracadeia), esses 25 processos permitem obter conjugados nos quais uma molécula de poli-sacarídeo é acoplada a uma molécula única de proteína portadora. De maneira inteiramente clássica, um poli-sacarídeo é submetido a uma aminação redutora, em presença de um agente 30 redutor seletivo da base de Schiff, durante pelo menos 24 a 5/42 48 horas, com um pH neutro ou básico. Assim, US 4.761.283 descreve a aminação redutora do poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 6A (previamente fragmentado por hidrólise ácida) por um 5 mutante não tóxico da toxina diftérica (mutante CRM 197), em presença de cianoboro-hidreto de sódio. O pH do meio reacional é básico (pH=8) e a duração de incubação é de 18 dias a 37 °C. EP 477 508 descreve a aminação redutora dos poli10 sacarídeos do pneumococo de tipo 6A, 14, 19F e 23F por diaminometano ou diaminoetano, em presença de piridina borano que exerce o papel de agente redutor da base de Schiff. O pH do meio reacional é de 9,2. A reação prossegue durante 48 horas. 15 Em EP 562 107 citada mais acima, a aminação redutora do poli-sacarídeo é conduzida com pH 8, durante 6 dias. À medida que o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 comporta uma função cetona intracadeia, dever-seia em teoria esperar que essa função cetona, além da função 20 aldeído terminal, fosse amino-reduzida durante a aminação redutora do poli-sacarídeo. Ora, quando se submete em paralelo o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 e um poli-sacarídeo capsular de um outro sorotipo ou de uma outra espécie que não comporta funções aldeído e cetona 25 intracadeias, as taxas de aminação são equivalentes; o que parece bem confirmar que só a função aldeído terminal do poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 é aminada e que só essa função é modificada durante a reação. Ora, em verdade, esse não é o caso. 30 Com efeito, descobriu-se que a estrutura química da 6/42 unidade repetitiva do poli-sacarídeo do pneumococo de tipo 5 era modificado após aminação redutora segundo o método clássico. Isto foi mostrado por espectrometria de ressonância magnética nuclear (RMN) e por cromatografia de 5 troca de ânions elevado desempenho acoplado a uma detecção amperométrica em campo pulsado (cromatografia HPAEC-PAD): a grande maioria do resíduo Sug desaparece em proveito de três novos compostos: (I) a P-D-quinovosamina N-acetilada proveniente da redução da função cetona do resíduo Sug em 10 função álcool e (II) um composto X resultante de uma transformação mais importante do resíduo Sug. O terceiro composto não é outro senão o isômero da P-D-quinovosamina N-acetilada, isto é, a P-D-fucosamina N-acetilada, proveniente também da redução do resíduo Sug e da qual se 15 observa um ligeiro aumento. Em espectrometria RMN é tal como mostrado na figura 1, o poli-sacarídeo do pneumococo de tipo 5 sob sua forma nativa simplesmente fragmentada, apresenta na zona de ressonância dos carbonos dos grupamentos metilas em posição 20 6 (C6) dos açúcares, os três sinais de ressonâncias características dos grupamentos metilas da pneumosamina Nacetilada (PneNAc), da fucosamina N-acetilada (FucNAc) e do resíduo Sug (figura 1 - espectro 1). A fragmentação não modifica em nada o espectro, mas melhora sua resolução. 25 Após aminação clássica pelo diamino-hexano, em presença de cianoboro-hidreto de sódio (NaCNBH 3 ), nota-se que o sinal de ressonância característica do grupamento metila do resíduo Sug (em resumo "sinal característico do resíduo Sug") é substancialmente diminuído e que essa diminuição é 30 acompanhada do aparecimento de dois novos sinais de 7/42 ressonâncias: um entre 17 e 18 ppm, característico da quinovosamina N-acetilada (QuiNAc) e o outro entre 13 e 14 ppm, que assinala um composto novo, cuja estrutura não é conhecida e que, por essa razão, é denominado composto X 5 (fig 1 - espectro 4). Em cromatografia HPAEC-PAD, quando se comparam os cromatogramas dos produtos da hidrólise pelo ácido trifluoroacético 2N, durante 2 horas a 120 °C do polisacarídeo nativo ou despolimerizado e do poli-sacarídeo 10 obtido após aminação redutora clássica, tais como mostrado na figura 2 (curva em tracejado), constata-se o aparecimento de um primeiro pico (entre 5,50 e 6,10 min, quando a cromatografia é realizada nas condições especificadas mais adiante) correspondente a um composto 15 proveniente da aminação redutora cuja estrutura é não identificada (composto X), assim como um segundo pico (entre 6,90 e 7,40 min, quando a cromatografia é realizada nas condições especificadas mais adiante), característico da quinovosamina. Por outro lado, a intensidade do pico 20 correspondente à fucosamina é sensivelmente aumentada. Convém notar que os cromatogramas, aí incluído aquele do poli-sacarídeo nativo ou despolimerizado, não comportam pico correspondente ao resíduo Sug. Com efeito, para ser submetido a uma cromatografia HPAEC-PAD, o poli-sacarídeo 25 deve inicialmente ser hidrolisado. Essa hidrólise destrói o resíduo Sug; ela tem também por efeito converter a QuiNAc, o PneNAc e a FucNAc em quinovosamina (QuiN), pneumosamina (PneN) e fucosamina (FucN). Por outro lado, descobriu-se também que a 30 transformação do composto Sug em composto X era nefasta à 8/42 imunogenicidade do poli-sacarídeo, mesmo se essa transformação for apenas parcial - isto é, que ocorreu apenas em determinadas das unidades repetitivas do polisacarídeo e não na totalidade. Ao contrário, a 5 transformação em QuiNAc ou FucNAc não tem nenhuma influência notável. Portanto, pareceu desejável pesquisar meios que permitissem evitar o aparecimento do composto X. Isto foi tornado possível, modificando-se o modo operacional 10 clássico da aminação redutora. De maneira alternativa, pode-se também reduzir previamente as funções cetona (C = O) do poli-sacarídeo nativo (não fragmentado). Isto pode ser aplicado utilizando-se um agente redutor forte tal como o NaBH4 . Esse agente redutor não gera composto indesejável. 15 Ele reduz apenas as funções cetona e aldeído. Mas como reduz estas, é necessário fragmentar em seguida o polisacarídeo reduzido, a fim de reintroduzir grupamentos aldeídos terminais. A redução das funções cetona impede qualquer modificação posterior, quando o poli-sacarídeo é 20 submetido na seqüência a uma aminação redutora qualquer. É por isso que a invenção tem por objeto: um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado ao nível do grupamento aldeído terminal e que apresenta (I) um espectro RMN do Carbono ( 13 C) desprovido 25 de sinal de ressonância entre 13 e 14 ppm limites incluídos; (II) um cromatograma HPAEC-PAD, substancialmente desprovido de pico entre os picos de fucosamina e pneumosamina, o cromatograma sendo obtido por purificação a partir de uma coluna Carbopac Tm PA10, em uma solução de soda 30 18 mM, a uma vazão de 1 ml/min durante 15 min, mono- 9/42 sacarídeos oriundos da hidrólise desse poli-sacarídeo; ou (III) os dois. (II) Um conjugado no qual o poli-sacarídeo, de acordo com a invenção, é acoplado a um polipeptídeo portador (P). 5 (III) Um primeiro processo de produção de um polisacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado, segundo o qual se submete o poli-sacarídeo a uma aminação redutora em presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um pH de 4 a 6,5, de preferência de 5 a 6, por 10 uma duração que não excede 4 horas. (IV) Um segundo processo de produção de um polisacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado, segundo o qual (I) se faz reagir o poli-sacarídeo com um agente capaz de reduzir uma função cetona (II) se fragmenta o 15 poli-sacarídeo reduzido obtido em (I) e (III) se submete o poli-sacarídeo reduzido e fragmentado a uma aminação redutora. Na seqüência do texto, denomina-se "poli-sacarídeo aminado" um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 20 que é aminado ao nível do grupamento aldeído terminal; isto é, oriundo da reação da função aldeído terminal com uma função amina. A aminação redutora de um poli-sacarídeo pode ser realizada, fazendo-se reagir a função aldeído terminal de 25 um poli-sacarídeo com compostos muito diversos, mas evidentemente todos caracterizados pelo fato de possuírem pelo menos uma função amina primária. Esses compostos podem ser polipeptídeos ou compostos químicos. Esses compostos polipeptídeos e esses compostos químicos serão evocados de 30 maneira mais detalhada na seqüência da descrição. Quando se 1 0/ 42 trata de um polipeptídeo, o produto da aminação redutora é, na realidade, um conjugado poli-sacarídeo-polipeptídeo. Para uso nos processos, de acordo com a invenção, um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 é 5 previamente vantajosamente purificado a partir de uma cultura bacteriana, por exemplo, segundo o método de Gotschlich et al., J. Exp. Med. (1969) 129: 1349. O poli-sacarídeo pode ser utilizado tal qual (fala-se então de forma nativa) ou bem fragmentado. Com efeito, o 10 tamanho do poli-sacarídeo não é absolutamente crítico. Sob sua forma nativa, o poli-sacarídeo contém aproximadamente 300 unidades repetitivas. Um poli-sacarídeo fragmentado pode ser constituído de pelo menos 4 unidades repetitivas, em geral de 25 a 100 unidades repetitivas. Se necessário, 15 pode-se determinar o tamanho de um poli-sacarídeo, segundo métodos conhecidos, por exemplo pela determinação de seu KD por gel de filtragem ou pela medida de sua massa molecular por SEC-tripla detecção (cromatografia de exclusão-difusão acoplada a uma tripla detecção: refractometria, 20 viscosimetria, difusão da luz). Um poli-sacarídeo pode ser fragmentado, segundo diversos métodos bem conhecidos do técnico, por exemplo por hidrólise ácida ou básica feita ou despolimerização radicalar oxidativa, tal como descrita em EP 562 107. 25 No primeiro processo, de acordo com a invenção, se utiliza, de preferência, um poli-sacarídeo fragmentado; no segundo, um poli-sacarídeo nativo. A fim de caracterizar a presente invenção, a espectrometria de ressonância magnética nuclear (RMN) pode 30 ser utilizada segundo protocolos inteiramente 11/42 convencionais; em particular, os dados podem ser coletados a partir de qualquer tipo de aparelho destinado para isso. A espectrometria RMN do Carbono já foi amplamente utilizada para estudar as unidades repetitivas de um certo número de 5 poli-sacarídeos capsulares, notadamente aqueles do pneumococo. A título de exemplo, cita-se C. Jones et al., Carbohid. Res. (2000) 325: 192. O técnico no domínio da análise espectral dispõe, portanto, suficientemente de informação para utilizar ele mesmo a análise do poli10 sacarídeo de tipo 5 por espectrometria RMN do carbono. Todavia, a título de exemplo, indica-se um protocolo de preparo das amostras que é notadamente apropriado para medida posterior em um espectrofotômetro Bruker DRX500 com uma sonda de medida banda larga (largura espectral: 27500 15 Hz). 12 a 17 mg de um liofilizado de um poli-sacarídeo de tipo 5 são dissolvidos em 0.5 ml de água deuterada (D20). Essa amostra é colocada em um tubo de 5 mm especialmente concebido para a análise RMN. Depois os espectros são registrados a 70 °C (343 K). 20 Com a finalidade de caracterização, a cromatografia HPAEC-PAD deve ser feita em condições bem precisas referentes ao tipo de coluna, as soluções de purificação e a vazão de purificação. A seguir se fornece um modo operacional completo. 25 Convém inicialmente hidrolisar os poli-sacarídeos aminados em mono-sacarídeos. Para isto, tratam-se 5 a 20 gg de poli-sacarídeo aminado em solução na água deionizada a uma concentração de 10-40 gg/ml, por 500 gl de ácido trifluoroacético 2 N, durante 2 horas a 120 °C em frasco 30 fechado hermeticamente. Os hidrolisados são secados sob um 12/42 fluxo de nitrogênio a 40 °C, de forma a eliminar o ácido trifluoroacético. Os resíduos são então dissolvidos em 400 gl de água deionizada. A cromatografia é utilizada sobre uma coluna analítica 5 CarboPac TM PA10 (4 x 250 mm) comercializada por Dionex. Essa coluna é constituída de um suporte à base de poliestireno e de divinil benzeno sulfonatado com um °C de reticulação de 55 % recoberto de micro-esferas de látex enxertadas com grupamentos amônio quaternário. O °C de 10 reticulação do látex (micro-esferas de látex) é de 5 %; o diâmetro das micro-esferas é de 400 nm. Injetam-se 5 gg de hidrolisado na coluna. Depois se submete a coluna a um fluxo de uma solução de soda 18 nM durante 15 minutos com uma vazão de 1 ml/min, a fim de 15 purificar os mono-sacarídeos e oligo-sacarídeos não carregados, tais como as hoxoses e hexosaminas. Para concluir o cromatograma pode-se em seguida aumentar gradualmente a molaridade da solução de soda até 100 mM e enfim purificar os mono-sacarídeos e oligo-sacarídeos 20 ácidos restantes com o auxílio de um substrato de soda 100 mM/acetato de sódio 300 mM. Por toda a duração da purificação a vazão é de 1 ml/min e a temperatura é de 30 °C. Nessas condições, a distância entre os picos de 25 fucosamina e de pneumosamina é de aproximadamente 2 minutos. Quando os picos de fucosamina e de pneumosamina aparecem a 4,75 e 6 ,75 min respectivamente, o pico X se tiver de aparecer, sai entre 5,50 e 6,10 (5,80 min). Os produtos obtidos por cada um dos dois processos, de 30 acordo com a invenção, respondem ambos à definição do 13/42 produto, de acordo com a invenção; mas diferentes no que se refere à percentagem de composto Sug e de quinovosamina Nacetilada. Quando o primeiro processo, de acordo com a invenção, 5 (que especifica condições de aminação redutora otimizada) é utilizado, obtém-se um poli-sacarídeo aminado que apresenta: (I) um espectro RMN do Carbono que compreende um sinal de ressonância entre 11,5 e 12,5 ppm, limites 10 incluídos, característica do composto Sug, e um sinal de ressonância situado entre 17 e 18 ppm limites incluídos, característica da quinovosamina N acetilada, cuja intensidade é menor por comparação com o sinal situado entre 17 e 18 ppm, limites incluídos, no espectro RMN ( 13 C) 15 de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoborohidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou (II) um cromatograma HPAEC-PAD que compreende um pico purificado imediatamente após a pneumosamina, 20 característica da quinovosamina, cuja intensidade é menor por comparação com o pico equivalente no cromatograma HPAEC-PAD de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoboro-hidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou 25 (III) os dois. Não é possível quantificar no absoluto a percentagem de resíduos Sug que foram modificados após aminação redutora, em uma molécula de poli-sacarídeo considerada separadamente ou em um conjunto de moléculas. Ao contrário, 30 é possível indicar que a taxa de modificação dos resíduos 14/42 Sug é diminuído de pelo menos 65 % - quando não é de pelo menos 70 ou 75 % - quando o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 é obtido sob a forma aminada pelo primeiro processo, de acordo com a invenção, por comparação 5 com um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado, de acordo com um processo clássico. Após aminação redutora de acordo com o primeiro processo, de acordo com a invenção, o essencial das modificações que persistem se refere à transformação de certos resíduos Sug do poli10 sacarídeo em quinovosamina N-acetilada; o composto X não é formado de maneira substancial como prova o espectro RMN do Carbono e o cromatograma HPAEC-PAD (figura 1 - 2 ° espectro - e figura 2- curva em tracejados). Com efeito, o espectro não apresenta sinal de ressonância compreendido entre 13 e 15 14 ppm limites incluídos, característica do composto X e o cromatograma apresenta simplesmente um pico largo de intensidade muito fraca entre o pico de fucosamina e de pneumosamina (entre 5,50 e 6,10 min). Pelo primeiro processo, de acordo com a invenção, é 20 mesmo possível obter um poli-sacarídeo aminado que apresenta (I) um espectro RMN do Carbono quadradamente desprovido de sinal de ressonância entre 17 e 18 ppm; (II) um cromatograma HPAEC-PAD desprovido de pico quinovosamina (entre 6,90 e 7,40 min), o pico observado com o poli25 sacarídeo aminado segundo um processo de aminação clássica, reduzindo-se até ser apenas um simples rebordo do pico precedente (pico da pneumosamina); ou (III) os dois. O segundo processo, de acordo com a invenção, requer previamente a redução dos grupamentos cetona do poli30 sacarídeo nativo. Nessas condições, compreende-se 15/42 facilmente que os resíduos Sug sejam essencialmente transformados em quinovosamina e fucosamina N-acetiladas. Nesse caso, fala-se de poli sacarídeo reduzido. A aminação - redutora, segundo um modo operacional clássico do poli5 sacarídeo reduzido e fragmentado, não tem qualquer influência notável sobre a estrutura das unidades repetitivas. Isto é bem mostrado na figura 2 - curva em tracejado ponto. Assim, quando o segundo processo, de acordo com a 10 invenção, é empregado, obtém-se um poli-sacarídeo aminado que apresenta: (I) um espectro RMN do Carbono desprovido de sinal de ressonância entre 11,5 e 12,5 ppm, limites incluídos característico do composto Sug, que compreende um sinal de 15 ressonância situado entre 17 e 18 ppm limites incluídos, característico da quinovosamina N-acetilada, cuja intensidade é aumentada por comparação com o sinal de ressonância situado entre 17 e 18 ppm, limites incluídos, no espectro RMN ( 13 C) de um poli-sacarídeo capsular do 20 pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoboro-hidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou (II) um cromatograma HPAEC-PAD que compreende um pico situado imediatamente após o pico de pneumosamina, 25 característico da quinovosamina, cuja intensidade é aumentada por comparação com o pico equivalente no cromatograma HPAEC-PAD de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de um cianoboro-hidreto de sódio, com pH 8, 30 durante 48 horas; ou 16/42 (III) os dois Em outros termos, um poli-sacarídeo aminado, de acordo com a invenção, aminado ao nível do grupamento aldeído terminal, é essencialmente constituído de unidades 5 repetitivas de fórmula (II): P1,3 ÇO 10 OH na qual A é de maneira independente e aleatória C=0 ou 15 CHOH. Por "poli-sacarídeo aminado essencialmente constituído", entende-se um poli-sacarídeo aminado ao nível do grupamento aldeído terminal, no qual a percentagem de unidades repetitivas de fórmula (II) é de pelo menos 85%, 20 de preferência de pelo menos 90%, de maneira inteiramente preferida de pelo menos 95%. Em função do processo utilizado para produzibr polisacarídeos aminados, de acordo com a invenção, a proporção das unidades repetitivas de fórmula (II), na qual A é C=0 25 (fórmula II') pode variar consideravelmente; e, em conseqüência, o mesmo ocorre com a proporção das unidades repetitivas de fórmula (II), na qual A é CHOH (fórmula II"). O segundo processo, de acordo com a invenção, gera um 30 poli-sacarídeo aminado no qual as unidades repetitivas 17/42 correspondem à formula (II"), já que, em RMN, o sinal de ressonância correspondente ao resíduo Sug desaparece em proveito do sinal de ressonância correspondente à quinovosamina N-acetilado. O poli-sacarídeo contém pelo 5 menos 95% de unidades repetitivas de fórmula (II"). Ao contrário, utilizando-se o primeiro processo, de acordo com a invenção, produz-se um poli-sacarídeo aminado no qual a relação unidades de fórmula (II') / unidades de fórmula (II") é bem diferente. Com efeito, em RMN, o sinal 10 de ressonância correspondente ao resíduo Sug é visível assim como aquele correspondente à quinovosamina Nacetilada. O poli-sacarídeo contém de 85 a 95 % de unidades repetitivas de fórmula (II'). Conforme assinalado anteriormente, um poli-sacarídeo, 15 de acordo com a invenção, pode ser aminado com o auxílio de diversos compostos. Quando o poli-sacarídeo, de acordo com a invenção, é destinado à produção de conjugados, o composto que permite aminar o poli-sacarídeo é vantajosamente escolhido, segundo a estrutura que se quer 20 dar a esses conjugados. De maneira geral, os conjugados, segundo a presente invenção, correspondem à fórmula Ps-CH2NH-R na qual: Ps designa o poli-sacarídeo capsular do pneumococo tipo 5 essencialmente constituído das unidades repetitivas 25 de fórmula (II); R é um polipeptídeo portador P; um composto de fórmula (III) L-P, na qual um polipeptídeo portador é ligado a um agente de ligação (L); OU 30 um composto de fórmula (III') S-L'-P, na qual um 18/42 polipeptídeo portador P é ligado a um espaçador (S), por intermédio de um agente de ligação (L'); C designa o átomo de carbono do grupamento aldeído terminal do poli-sacarídeo; e 5 N designa o átomo de nitrogênio do grupamento amino portado por R. Os compostos P, L e S serão abordados depois na descrição, na seção consagrada aos conjugados. Nota-se todavia desde então que esses compostos devem todos 10 evidentemente comportar um grupamento amina primária livre, capaz de reagir com uma função aldeído. Eles podem ser empregados em cada um dos dois processos, de acordo com a invenção, sem distinção nenhuma. No primeiro processo, de acordo com a invenção, a 15 aminação redutora, à qual é submetido o poli-sacarídeo consiste notadamente em fazer reagir o poli-sacarídeo com um composto que comporta uma função amina, tal como os compostos P, L ou S, em presença de um agente redutor seletivo de uma base Schiff, tal como o cianoboro-hidreto 20 ou a piridina borano, nas condições de pH e de tempo já especificadas, de preferência entre 30 minutos e 4 horas. A fim de se obter uma taxa de aminação similar àquela obtida em condições clássicas, preconiza-se uma duração de incubação compreendida entre 2 e 4 horas, limites inclusos. 25 Quando a duração de incubação não excede 2 horas, os compostos Sug não são modificados. Além de 2 horas, observam-se Dug reduzidos sob a forma de P-D-quinovosamina N-acetilada e/ou de 0-D-fucosamina N-acetilada coexistente geralmente com Sug não modificados na cadeia poli30 sacarídica. Por conseguinte, quando mais considerável for a 19/42 duração de incubação, mais considerável será a proporção de Sug reduzido. Além de 4 horas, identifica-se por RMN o composto X indesejável. A fim de não prolongar a duração da reação de aminação 5 redutora além do tempo requerido, esta deve ser parada por métodos rápidos, notadamente por precipitação seletiva do poli-sacarídeo aminado. O poli-sacarídeo aminado é, por exemplo, purificado por precipitação alcoólica, quando o composto aminado é um agente de ligação ou um espaçador. 10 Prefere-se a precipitação ao sulfato de amônio, quando o composto aminado é um polipeptídeo. Os processos de purificação por precipitação são processos clássicos, bem conhecidos do técnico. A aminação redutora é feita geralmente em um meio 15 tamponado tal como o tampão citrato / fosfato, mas um outro tampão, cujo pKa se situa entre 2,5 e 6, é também conveniente. A título de exemplo, pode-se utilizar um tampão citrato, acetato ou succinato. Excluem-se, todavia, os tampões cuja fórmula química comporta compostos 20 portadores de grupamento aminado, como, por exemplo, um tampão glicina. A temperatura do meio reacional se situa em geral entre 4 e 70 °C, segundo o composto aminado utilizado, de forma preferida entre 20 e 50 °C, e de forma ainda mais 25 preferida entre 20 e 37 °C, quando o composto aminado é um polipeptídeo. Para uso no primeiro processo, de acordo com a invenção, o poli-sacarídeo pode ser seja nativo, seja fragmentado previamente. Não importa que método de 30 fragmentação pode ser conveniente, à condição que ele 20/42 conserve a integridade estrutural do poli-sacarídeo nativo. O método de fragmentação por radicais livres, descrito mais adiante, é particularmente conveniente. Embora as razões ponderais entre o poli-sacarídeo, o 5 composto aminado e o cianoboro-hidreto não sejam críticos, são obtidos melhores rendimentos em poli-sacarídeos aminados na faixa de razões ponderais poli-sacarídeo / composto aminado / cianoboro-hidreto que vão de 1 / 0,1 / 0,02 a 1 / 5 / 0,2 quando se utiliza como composto aminado 10 um agente de ligação L ou um espaçador S; ou na faixa de razões ponderais que vão de 1 / 0,2 / 0,02 a 1 / 1/ 0,2 quando se utiliza como composto aminado um polipeptídeo portador P. Os rendimentos ótimos em poli-sacarídeos aminados são obtidos com relação 1 / 1 / 0,1, quando o 15 composto aminado é um polipeptídeo portador. Para uso no segundo processo, de acordo com a invenção, o poli-sacarídeo é, de preferência, um polisacarídeo nativo, não despolimerizado, já que, quando da utilização desse segundo processo, o poli-sacarídeo é 20 necessariamente submetido a uma fragmentação, após redução, para reintroduzir grupamentos aldeído terminais. No segundo processo, de acordo com a invenção, a redução do poli-sacarídeo é feita de maneira convencional, isto é, à temperatura ambiente, em meio aquoso, com pHa 25 básico, de preferência com um pH compreendido entre 8 e 10. O agente redutor muito específico das funções cetona e aldeído é utilizado em excesso, isto é, com uma concentração molar de pelo menos 10 vezes, de forma preferida de pelo menos 100 vezes mais forte do que aquela 30 do poli-sacarídeo. Um boro-hidreto, tal como o boro-hidreto de sódio (NaBH4 ), é um agente redutor de escolha. O tempo reacional pode ser de 30 minutos a 2 horas, de preferência 1 hora. O poli-sacarídeo reduzido pode ser em seguida purificado por um método qualquer, de preferência por 5 precipitação alcoólica. A despolimerização do poli-sacarídeo reduzido por ser feita notadamente por hidrólise feita. Utiliza-se, de preferência, o método de despolimerização radicalar oxidativa tal como descrita em EP 562 107. Os poli10 sacarídeos fragmentados podem ser em seguida purificados de maneira convencional, isto é, por precipitação alcoólica antes da etapa de aminação redutora. No segundo processo, de acordo com a invenção, a aminação redutora pode ser utilizada segundo qualquer 15 condição, aí incluídas as condições clássicas, pois não existe mais composto Sug na estrutura do poli-sacarídeo reduzido e fragmentado; e, por conseguinte, maior risco de formar o composto X indesejável. Assim, no segundo processo, de acordo com a invenção, 20 a aminação redutora, à qual é submetido o poli-sacarídeo, requer simplesmente a reação do poli-sacarídeo com um composto que comporta uma função amina, tal como os compostos, P, L ou S, em presença de um agente redutor, seletivo de uma base de Schiff. 25 Podem-se utilizar as condições descritas para o primeiro processo, de acordo com a invenção; e, conforme nesse caso, a duração de incubação, assim como o pH não crítico, com ou sem as limitações de duração ou as restrições referentes à gama de pH. Geralmente, nas 30 condições clássicas, o pH do meio reacional se situa em uma 22/42 ampla faixa que vai de 5 a 9, mas se escolhe, de preferência, um pH compreendido entre 5 e 8. Um tempo de incubação geralmente compreendido entre 2 e 48 horas dá bons rendimentos em poli-sacarídeo aminado. A temperatura 5 de incubação está geralmente compreendida entre 20 e 50 °C. Uma vez que a aminação redutora empreendida, purificase o poli-sacarídeo aminado do meio reacional com o auxílio de métodos usuais, isto é, por precipitação alcoólica ou ao sulfato de amônio, por diálise, por cromatografia de 10 exclusão-difusão ou por ultrafiltragem, conforme as necessidades. Assim como anteriormente mencionado, um poli-sacarídeo aminado pode ser já um conjugado, quando o composto que reage com a função aldeído terminal do poli-sacarídeo é um 15 polipeptídeo portador. Esse conjugado é de fórmula Ps - CH2 NH-P,naqulopi-scaríde(P)éitamencopld ao polipeptídeo portador (P). É por isso que a invenção tem também por objeto: a. um processo de produção de um conjugado, de acordo 20 com a invenção, de fórmula (IV) Ps-CH 2 -NH-P, na qual Ps designa o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5; processo segundo o qual- se-faz reagir o poli-sacarídeo com um polipeptídeo portador (P), em presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um pH de 4 a 25 6,5, de preferência de 5 a 6, por uma duração que não excede 4 horas. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula (IV) Ps-CH 2 -NH-P, na qual Ps designa o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5; processo 30 segundo o qual (I) se reduz o poli-sacarídeo nativo com um 23/42 agente redutor muito específico das funções cetona e aldeído, (II) se fragmenta o poli-sacarídeo reduzido e (III) se submete o poli-sacarídeo reduzido e fragmentado a uma aminação redutora em presença de um polipeptídeo 5 portador P. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P, segundo o qual: (I) se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) com um agente de ligação (L) que 10 possui pelo menos uma função amina primária, em presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um pH de preferência de de 4 a 6,5, não excede 4 5 a 6, por uma duração que horas, a fim de se obter um poli-sacarídeo ativado de fórmula (VI) Ps-CH 2 -NH-L; e (II) 15 se acopla o poli-sacarídeo ativado a um polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P; ou alternativamente, um processo de produção de um conjugado segundo a invenção de fórmula 20 segundo o qual se (V) Ps-CH 2 -NH-L-P, faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) com um polipeptídeo portador ativado de fórmula (VII) L-P, na qual L é um agente de ligação que possui pelo menos uma função amina primária e P um polipeptídeo portador, em presença de um agente redutor seletivo de uma 25 base de Schiff, com um pH de 4 a 6,5, de preferência de 5 a 6, por uma duração que não excede 4 horas, a fim de se obter o conjugado de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula 30 (I) (V) Ps-CH 2 -NH-L-P, segundo o qual: se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do 24/42 pneumococo de tipo 5 (Ps) com um agente capaz de reduzir uma função cetona; (II) se fragmenta o poli-sacarídeo reduzido; (III) se acopla por aminação redutora o poli-sacarídeo 5 reduzido e fragmentado com um agente de ligação (L) que possui pelo menos uma função amina primária a fim de se obter um poli-sacarídeo ativado de fórmula (VI) Ps-CH 2 -NHL; e se acopla o poli-sacarídeo ativado a um polipeptídeo 10 portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P; ou alternativamente. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P, segundo o qual: (I) se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do 15 pneumococo de tipo 5 (Ps) com um agente capaz de reduzir uma função cetona; (II) se fragmenta o poli-sacarídeo reduzido; e (III) se acopla por aminação redutora o poli-sacarídeo reduzido e fragmentado com um polipeptídeo portador ativado 20 de fórmula (VII) L-P, na qual L é um agente de ligação que possui pelo menos uma função amina primária, a fim de se obter o conjugado de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-L'-P, segundo o 25 qual: (I) se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 com um espaçador (S) que possui pelo menos uma função amina primária, em presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um pH de 4 a 30 6,5, de preferência de 5 a 6, por uma duração que não 25/42 excede 4 horas, a fim de se obter um poli-sacarídeo derivatizado de fórmula (IX) Ps-CH 2 -NH-S; (II) se acopla o poli-sacarídeo derivatizado com um agente de ligação 5 (L'), ativado de fórmula a fim de se obter um poli-sacarídeo (X) Ps-CH 2 -NH-S-L'; e (III) se acoplar o poli-sacarídeo ativado com um polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-L'-P; ou alternativamente, h. um processo de produção de um conjugado, de acordo 10 com a invenção, de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-W-P, segundo o qual: (I) se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 com um espaçador (S) que possui pelo menos uma função amina, em presença de um agente redutor 15 seletivo de uma base de Schiff, com um pH de 4 a 6,5, de preferência de 5 a 6, por uma duração que não excede 4 horas, a fim de se obter um poli-sacarídeo derivatizado de fórmula (IX) Ps-CH 2 -NH-S; e (II) se acopla o poli-sacarídeo derivatizado com um 20 polipeptídeo portador ativado de fórmula L' (XI) L'-P, na qual é um agente de ligação e P um polipeptídeo portador, a fim de se obter o conjugado de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S- L'-P. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com 25 a invenção, de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-L'-P, segundo o qual: (I) se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) com um agente capaz de reduzir uma função cetona, 30 (II) se fragmenta o poli-sacarídeo reduzido; 26/42 (III) se acopla por aminação redutora o poli-sacarídeo reduzido e fragmentado a um espaçador (S) portador de pelo menos uma função amina primária, a fim de se obter um poli(IX) Ps-CH 2 -NH-S; sacarídeo derivatizado de fórmula 5 (IV) se acopla o poli-sacarídeo derivatizado a um agente de ligação ativado de fórmula (V) (L'), a fim de se obter um poli-sacarídeo (X) Ps CH 2 NH S L'; - - - - e se acopla o poli-sacarídeo ativado a um polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de 10 fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-L'-P; ou alternativamente. J. Um processo de produção de um conjugado, de acordo com a invenção, de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S-L'-P, segundo o qual: (I) 15 se faz reagir um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) com um agente capaz de reduzir uma função cetona; (II) se fragmenta o poli-sacarídeo reduzido; (III) se acopla por aminação redutora o poli-sacarídeo reduzido e fragmentado a um espaçador (S) portador de pelo 20 menos uma função amina primária, a fim de se obter um polisacarídeo derivatizado de fórmula (IX) Ps-CH 2 -NH-S; e (IV) se acopla o poli-sacarídeo derivatizado com um polipeptídeo portador ativado de fórmula L' 25 (XI) L'-P, na qual é um agente de ligação e P um polipeptídeo portador, a fim de se obter o conjugado de fórmula (VIII) Ps-CH 2 -NH-S- W-P. Em seu alcance mais geral, o termo de polipeptídeo portador (P) designa uma cadeia de ácidos aminados, quaisquer que sejam seu tamanho e suas modificações pós30 traducionais que puderam ocorrer, compreendendo pelo menos 27/42 um epitopo "T-helper". Sabendo-se que um epitopo T-helper pode ser constituído por 10-15 ácidos aminados, o termo de polipeptídeo portador engloba os peptídeos. Evidentemente, ele engloba também as proteínas. 5 Por epitopo "T-helper" entende-se um encadeamento de ácidos aminados que, no contexto de uma ou várias moléculas do MHC, ativa os linfócitos T-helper. O polipeptídeo portador do conjugado provoca o desenvolvimento de uma imunidade T-dependente específico do poli-sacarídeo do 10 pneumococo de tipo 5 com produção de anticorpos específicos dirigidos contra o poli-sacarídeo na seqüência da administração do conjugado. Ele induz também uma elevação da taxa de anticorpos específicos, quando de uma vacinação de reforço. Para o uso nos conjugados, de acordo com a invenção, o 15 polipeptídeo portador pode ser uma anatoxina bacteriana obtida por destoxificação química, como a anatoxina tetânica ou obtida por mutação genética como a anatoxina diftérica (CRM 197, a título de exemplo), a exoproteína A 20 de Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus. ou a exotoxina A de Podem-se também utilizar as proteínas de membrana externa das bactérias, como as proteínas OMP1 ou OMP2 de Nelsseria meningitidis. As proteínas lamB, OmpC, OmpA, OmpF e PhoE de Escherichia 25 coli, a proteína CotC ou CotD de Bacillus subtilis, as porinas bacterianas como a porina de classe 1 de Neisseria meningitidis B, a porina P40 de Klebsiella pneumoniae; também as lipoproteínas como OspA de Borrelia burgdorfi, PspA de 30 streptococcus pneumoniae, a Transferrine binding protein type 2 (TBP2) de Neisseria maningitidis, TraT de 28/42 Escherichia coli, a adesina A de streptococcus pneumoniae. As proteínas de origem viral, como a hemaglutinina do vírus gripal podem também exercer o papel de polipeptídeo portador, assim como os peptídeos p 24E, p 24N, p 24M, p 5 24H descritos em WO 94/29339 portanto um epitopo T helper, ou os peptídeos PADRE (PanDR T helper epitopos) descritos por Del guercio et al (Vaccine (1997), vol 15/4, p441-448). A produção dos conjugados de fórmula (IV) Ps-CH2-NH-LP é feita em uma única etapa, a reação de aminação redutora 10 do poli-sacarídeo assegurando também a conjugação do polisacarídeo ao polipeptídeo. Ao contrário, a produção dos conjugados de fórmula (V) Ps-CH 2 -NH-L-P ou (VIII) Ps-CH 2 NH-A-L'-P é realizada em várias etapas distintas, a primeira etapa sendo constituída pela utilização de um dos 15 dois processos de produção de um poli-sacarídeo aminado, de acordo com a invenção, chegando à aminação redutora do poli-sacarídeo pelo composto L ou S. O espaçador S e os agentes de ligação L e L' são compostos que possuem pelo menos dois grupamentos 20 funcionais e dispostos no meio do composto, segundo direções relativamente opostas. No que se refere ao espaçador S e ao agente de ligação L, um dos grupamentos funcionais deve ser capaz de reagir com o aldeído terminal do poli-sacarídeo, quando da aminação redutora, o outro 25 sendo respectivamente capaz de reagir com um agente de ligação L' ou com um polipeptídeo portador. No que se refere ao agente de ligação L', um dos grupamentos funcionais deve ser capaz de reagir com o espaçador, o outro sendo capaz de reagir com um polipeptídeo portador. 30 Para os fins da presente invenção, o agente de ligação 29/42 L é um composto de fórmula (XII) R1-A-R2, na qual: A designa uma cadeia alifática, aromática, ou uma cadeia mista alifática e aromática, substituída ou não, saturada ou insaturada; 5 R1 designa uma amina primária ou um radical químico portador de uma amina primária, como, por exemplo, o radical hidrazida, NH2 -NH-CO; e R2 designa um grupamento funcional capaz de reagir com um grupamento funcional do polipeptídeo portador. 10 De maneira vantajosa, A designa um alquila, um alquileno ou um ditioalquil, compreendendo de 1 a 12, vantajosamente de 2 a 8, de preferência de 2 a 6 átomos de carbono. De maneira vantajosa, R2 é capaz de reagir com um 15 grupamento carboxil, tiol ou amina. Assim, R2 pode ser independentemente de R1 , um grupamento amina ou um radical portador de um grupamento amina, tal como o radical hidrazida. R2 pode também ser um grupamento tiol ao carboxil. 20 Assim, um composto de fórmula R1-A-R2 pode ser um alquil di-hidrazida, tal como o ácido adípico di-hidrazida; um tio alquil monoaminado, tal como a cisteína ou a cisteamina, ou diamino etano e o diamino-hexano. Para fins da presente invenção, o espaçador S é um 25 composto de fórmula (XIII) R 1 -A-R2 1 , na qual: - A designa uma cadeia alifática e/ou aromática, substituída ou não, saturada ou insaturada; R1 designa uma amina primária ou um radical químico portador de uma amina primária, como, por exemplo, o 30 radical hidrazida, NH2-NH-CO; e 30/42 R2' designa um grupamento funcional capaz de reagir com um grupamento funcional de um agente de ligação L'. De acordo com modo particular, o espaçador S pode ser escolhido dentre os compostos de fórmula (XII) R1 - A - R2. 5 Para a finalidade da presente invenção, a escolha do agente de ligação L' é condicionada, em primeiro lugar, pelo grupamento funcional R2' portado por S, depois pelo grupamento funcional do polipeptídeo portador que deve intervir na operação de conjugação. O agente de ligação L' 10 é um composto de fórmula (XIV) R 3 -B-R4 , na qual: B designa uma cadeia alifática e/ou aromática, substituída ou não, saturada ou insaturada; R3 designa um grupamento funcional capaz de reagir com e o grupamento funcional R2'; R4 designa um grupamento 15 funcional capaz de reagir com o grupamento funcional do polipeptídeo portador. De maneira vantajosa, B designa um alquila ou um alquileno, substituído ou não, compreendendo de 1 a 12, de forma preferida de 2 a 8 átomos de carbono; um aril, um 20 alquilaril ou um arilalquileno, compreendendo de 7 a 12 átomos de carbono; um fenil ou um fenileno substituído ou não. Quando R2' é um grupamento tiol, R3 pode ser um grupamento tiol; um carbonil a ou P. insaturado ou um grupo 25 imidil, em particular um grupo maleimidil; um halogeneto de acila ou um halogeneto de alquila, no qual o halogênio é um bromo, um cloro, ou um iodo. De maneira vantajosa, R4 é capaz de reagir com um grupamento carboxil, tiol ou amina. Assim, se o grupamento 30 funcional do polipeptídeo portador que deve intervir na 31/42 operação de conjugação for um tiol, R4 pode ser um grupamento maleimida. Da mesma forma, se o grupamento funcional do polipeptídeo portador que deve intervir na operação de conjugação é uma amina, R4 pode ser um 5 grupamento carboxil ou, de preferência, um grupamento Nhidróxi succimidil ou N-hidróxi sulfo-succinimidil. Quando o espaçador S é aminotiol tal como a um cisteína, a cisteamina, ou a cistamina, o agente de ligação. L é, de maneira vantajosa, um succinimidil 10 maleimidil alquil. Este pode ser notadamente o ácido y maleimido butírico N-hidróxi-succinimida éster ou n sulfosuccinimida éster (GMBS ou sulfo-GMBS), o ácido E maleimido capróico N-hidróxi-succinimida éster (MCS), o succinimidil4-(p-maleimidofenil)-butirato (SMPB) ou o sulfo15 succinimidil-4-(p-maleimidofeni1)-butirato (sulfo-SMPB), o ácido maleimido benzóico N-hidroxi-succinimida éster (MBS) ou o ácido maleimido benzóico N-hidroxi-sulfo-succinimida éster (sulfo-MBS), o ácido 4-(N-maleimidometil) ciclohexano carboxílico N-hidróxi-succinimida éster (SMCC) ou o 20 ácido 4-(N-maleimidometil) ciclo-hexano carboxílico Nhidróxi-sulfo-succinimida éster (sulfo-SMCC). Quando o espaçador S é um diaminoalquil ou dihidrazida, o agente de ligação L' é vantajosamente escolhido dentre os compostos di succinimidyl alkyls - ou 25 succinimidyl maleimido alkys de fórmula (XIV) R 3 -B-R4 na qual B é um grupamento alquil, succinimidil e R4 é R3 é um grupamento um grupamento succinimidil ou maleimido. O composto disuccinimidil pode ser o di-succinimidil 30 suberato (DSS), o bis (sulfosuccinimidil)suberato (BS 3 ), o 32/42 di-succinimidil glutarato (DSG), o succinimidildiéster do ácido adípico (SIDEA) ou o succinimidiléster do ácido succínico. Os grupamentos succinimidiis e/ou sulfo succinimidil são capazes de reagir com um grupamento amina. 5 O composto succinimidil maleimido alquil pode ser um daqueles citados mais acima. Nos processos de conjugação a a j, as etapas de derivatização, de ativação e de conjugação propriamente ditas podem ser utilizadas segundo modos operacionais bem 10 conhecidos do técnico. Eles são notadamente descritos na obra de referência intitulada (1996) Ed Academic press. Bioconjugate Techniques A título de exemplo, será feita referência a essa obra para indicar que reações de conjugação que colocam em jogo um grupamento amina e um 15 grupamento carboxil se realizam vantajosamente em presença de uma carbodiimida. As etapas de derivatização, de ativação e de conjugação não têm efeito sobre a estrutura química das unidades repetitivas do poli-sacarídeo. 20 Os conjugados obtidos segundo um dos processos a a j podem ser finalmente purificados, isto é, por precipitação ao sulfato de amônio, por ultrafiltragem, cromatografia de exclusão-difusão ou por cromatografia de divisão, de forma a eliminar as frações poli-sacarídica e protéica residuais 25 não conjugadas. A invenção tem também por objeto uma composição farmacêutica para um uso terapêutico ou profilático, compreendendo um poli-sacarídeo, de acordo com a invenção, de forma preferida sob a forma de um conjugado. Este pode 30 ser formulado com um diluente ou um suporte aceitável de um 33/42 ponto de vista farmacêutica, isto é, um tampão fosfato, e, se for o caso, um excipiente de liofilização. Em geral, esses produtos podem ser selecionados em função do modo e da via de administração e segundo as práticas farmacêuticas 5 padrão. Os diluentes apropriados, assim como o que é indispensável à elaboração de uma composição farmacêutica são descritos em Remington's Pharmaceutical Sciences, servindo de referência padrão nesse domínio. A composição pode também conter um adjuvante, isto é, um hidróxido de 10 alumínio, um fosfato de alumínio ou um hidroxifosfato de alumínio. Pode-se também utilizar um conservante, tal como o fenoxietanolformol. Uma dose vacinal pode ser preparada sob um volume de 0,1 ml a 2 ml, de forma preferida sob um volume de 0,5 ml. A título de exemplo, indica-se que uma 15 dose pode conter 0,475 mg de íon PO 4 2- , 4,5 mg de cloreto de sódio e eventualmente 300 gg de íons AL3+ . A composição vacinal, de acordo com a invenção, pode ser também associada a outros antígenos vacinais, notadamente antígenos poli-sacarídicos do pneumococo conjugados ou não 20 a um portador polipeptídico. Obtém-se então uma vacina multivalente contra o pneumococo, na qual o poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5 está sob uma das formas descritas na invenção. A invenção tem também por objeto um método de 25 tratamento ou de prevenção contra as infecções com pneumococo tipo 5, que consiste em administrar em bebês, jovens crianças, adultos ou pessoas idosas, uma dose suficiente de uma composição, de acordo com a invenção, eventualmente adjuvantada, para induzir uma resposta imune 30 específica protetora contra esse patógeno. O método é 34/42 aplicado por administração de pelo menos uma dose vacinal da composição, de acordo com a invenção. Por exemplo, podem-se praticar entre 1 e 3 injeções, mas, de preferência, se praticam 3 injeções, respeitando um prazo 5 de um mês entre cada injeção. Uma composição, de acordo com a invenção, pode ser administrada por qualquer via convencional em uso no domínio das vacinas, em particular por via sistêmica, isto é, parenteral, por exemplo, por via subcutânea, intramuscular, intradérmica - ou intravenosa; ou 10 por via mucosa, por exemplo, por via oral ou nasal. A quantidade administrada considera o polipeptídeo portador utilizado ou da via de administração. A título de exemplo, a dose de poli-sacarídeo necessária contínua no conjugado para observar uma imunidade protetora face ao sorotipo 5 15 consecutiva a uma administração parenteral está compreendida geralmente entre 0,5 gg e 10 gg; mas de forma preferencial entre 0,5 e 5 gg, e de forma ainda mais preferida entre 0,5 gg e 2 gg, quando a proteína portadora é a anatoxina tetânica. Sob uma forma não conjugada, a dose 20 de poli-sacarídeo necessária está compreendida entre 10 e 50 gg de forma preferida entre 20 e 30 gg. A presente invenção será melhor compreendida à luz dos exemplos seguintes que servem para ilustrar a invenção sem para tanto limitar o seu conteúdo. 25 A figura 1 representa os espectros RMN de um polisacarídeo aminado, segundo diferentes processos de produção. O primeiro espectro é aquele do poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5 fragmentado após despolimerização 30 oxidativa radicalar. Identificam-se nas zonas dos altos 35/42 campos do espectro os sinais de ressonância dos carbonos metílicos das 3 hexosaminas N-acetilados da unidade repetitiva do poli-sacarídeo: a fucosamina N acetilada (C6 FucNAc), a pneumosamina N acetilado (C6 PneNAc) eo Sug (C6 5 Sug). O segundo espectro é aquele do poli-sacarídeo aminado, obtido de acordo com o segundo processo objeto da invenção. Observa-se o desaparecimento do sinal correspondente ao Sug (C6 Sug) e o aparecimento de um novo sinal correspondente à 10 quinovosamina N acetilada (C6 QuiNAc). O terceiro espectro é aquele do poli-sacarídeo aminado, obtido de acordo com o primeiro processo objeto da invenção. Ele é idêntico ao espectro RMN do poli-sacarídeo fragmentado não aminado. 15 O quarto espectro é aquele do poli-sacarídeo aminado em condições clássicas. Nota-se a presença de dois sinais adicionais na zona dos altos campos do espectro, correspondente à quinovosamina N acetilado e ao composto X, assim como a uma diminuição da altura do sinal 20 correspondente ao Sug. A figura 2 representa o cromatograma obtido por HPAECPAD do poli-sacarídeo nativo despolimerizado (curva em traço contínuo), do poli-sacarídeo aminado, conforme o processo clássico de aminação redutora (curva em 25 tracejado), segundo o primeiro processo objeto da invenção (curva em tracejado) o conforme o segundo processo objeto da invenção (curva em tracejado pontilhado) EXEMPLO 1: aminação redutora com pH 6, durante 2 horas, do poli-sacarídeo capsular do pneumococo tipo 5, após 30 fragmentação. 36/42 a) Despolimerização radicalar do poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5 nativo O poli-sacarídeo com uma concentração de 2,5 mg/ml em solução aquosa é fragmentada pelo ácido ascórbico, do 5 sulfato ferroso, assim como do sulfato cúprico. A quantidade em número de mmoles de ácido ascórbico é cem vezes superior àquela do sulfato ferroso e do sulfato cúprico. A relação ponderal entre o ácido ascórbico e o poli-sacarídeo é de 0,1. A incubação da mistura reacional é 10 feita em banho-maria a 30 °C e protegido da luz durante 1 hora e 30. O poli-sacarídeo hidrolisado é purificado por precipitação no etanol a 80 % seguida de uma centrifugação. O resíduo de centrifugação é dialisado, depois liofilizado. O tamanho médio do poli-sacarídeo fragmentado é de 15 aproximadamente 30-35 unidades repetitivas, tal como medida por cromatografia de exclusão com tripla detecção (Viscoteck). b) Aminação redutora do poli-sacarídeo O poli-sacarídeo fragmentado é recolocado em solução 20 em um tampão citrato/fosfato 0,2 M, pH 6 a uma concentração de 10 mg/ml em presença de cloridrato de diamino-hexano (DAH) (Aldrich) e de cianoboro-hidreto de sódio (NaCNBH 3 ) (Sigma). As relações ponderais poli-sacarídeo / cloridrato de DAH e NaCNBH 3 / cloridrato de DAH são respectivamente de 25 0,8 a 0,1. A incubação da mistura reacional é feita a 50 °C em banho-maria durante 2 horas. A reação é em seguida parada por precipitação do poli-sacarídeo aminado no etanol a 80% seguida de uma centrifugação. O resíduo de precipitação é em seguida retomado por NaC1 0,5 M à razão 30 de 10 mg/ml em poli-sacarídeo, depois submetido a 8 banhos 37/42 de diálise sucessivos (4 primeiros banhos feitos em uma solução de NaC1 0,5 M seguidos de 4 banhos feitos na água ultrafiltrada). O poli-sacarídeo derivatisado e assim aminado é finalmente liofilizado. 5 EXEMPLO 2: aminação redutora do poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5, após redução e fragmentação a) Redução e fragmentação do poli-sacarídeo nativo A 10 ml de uma solução aquosa de poli-sacarídeo nativo a 10 mg/ml ajustada com pH 9 + 0,5 com amoníaco 1N, 10 acrescentam-se 10 mg de boro-hidreto de sódio (NaBH 4 ), depois se deixa o meio reacional à temperatura ambiente durante 2 horas à obscuridade. O NaBH4 é em seguida destruído por adição de algumas gotas de ácido acético glacial. Dialisa-se em seguida o poli-sacarídeo reduzido 15 contra água, depois se fragmenta-o, utilizando-se o protocolo descrito no parágrafo a) do exemplo 1. Obtém-se um poli-sacarídeo, contendo em média 30-35 unidades repetitivas. O poli-sacarídeo reduzido e fragmentado é na seqüência liofilizado. 20 b) Aminação redutora do poli-sacarídeo reduzido e fragmentado. O poli-sacarídeo reduzido e fragmentado é recolocado em solução em um tampão fosfato 0,2 M, pH 7,5 a uma concentração de 10 mg/ml em presença de cloridrato de 25 diamino-hexano (DAH) e de cianoboro-hidreto de sódio (NaCNBH3) preparado extemporaneamente. As relações ponderais poli-sacarídeo/cloridrato de DAH e NaCNBH3 /cloridrato de DAH são respectivamente de 0,8 e 0,1. A incubação da mistura reacional é feita a 50 °C em banho30 marfa durante 48 a 72 horas. O poli-sacarídeo aminado é em 38/42 seguida purificado no etanol a 80 % seguida de uma centrifugação. O resíduo de precipitação é retomado por NaC1 0,5 M à razào de 10 mg/ml em poli-sacarídeo, depois submetido a 8 banhos de diálise sucessivos (4 primeiros 5 banhos realizados em uma solução de NaC1 0,5 M seguidos de 4 banhos realizados na água ultrafiltrada). O polisacarídeo derivatizado e assim aminado é finalmente liofilizado. EXEMPLO 3: produção e estudo do poder imunógeno dos 10 conjugados obtidos a partir dos poli-sacarídeos derivatizados e aminados dos exemplos 1 e 2. a) Produção dos conjugados Os poli-sacarídeos aminados dos exemplos 1 e 2 são conjugados à anatoxina tetânica (ATT) por intermédio do 15 DSS. Em uma primeira etapa, ativa-se o poli-sacarídeo aminado com DSS, depois se conjuga a anatoxina tetânica ao poli-sacarídeo ativado. O poli-sacarídeo aminado do exemplo 1 ou 2 é retomado em solução aquosa a uma concentração de 40 mg/ml. O DSS é 20 retomado em uma solução de DMSO à razão de 5 mg/ml. Acrescentam-se, gota a gota, 2,5 ml de uma solução aquosa do poli-sacarídeo aminado em 10 ml da solução DSS sob agitação. Após 1 h 30 de incubação, a reação é parada por precipitação em 50 ml de acetona. Recupera-se o precipitado 25 por filtragem sobre Büchner N ° 5, que se lava em seguida 5 vezes por 20 a 50 ml de acetona. Seca-se em seguida o precipitado sob vácuo, depois sob corrente de nitrogênio. O precipitado contendo o poli-sacarídeo derivatizado é retomado por um volume adequado de uma solução de anatoxina 30 tetânica a 10 mg/ml em um tampão fosfato 0,2 M de modo que 39/42 a razão ponderal entre o poli-sacarídeo derivatizado e a anatoxina tetânica esteja compreendida entre 1 e 2. A mistura é incubada à temperatura do laboratório, sob agitação durante 16 a 20 horas. A reação é em seguida 5 parada por precipitação ao sulfato de amônio a 70 % após diluição em 14 da mistura em um tampão fosfato 0,2 M. O meio contendo precipitado é agitado durante 1 hora à temperatura do laboratório, depois durante 4 a 20 horas a + 4 °C. Após ter coletado o precipitado por centrifugação, este é 10 finalmente retomado e dissolvido em um tampão fosfato 0,2 M. A solução do conjugado é obtida sob uma forma praticamente pura. As quantidades de anatoxina tetânica e de poli-sacarídeo não conjugados são desprezíveis. A solução é finalmente ajustada à concentração desejada com 15 vistas a uma utilização vacinal. A razão polisacarídeo/proteína no conjugado é de 1/5. b) Estudo do poder imunógeno dos conjugados O poder imunógeno dos conjugados assim obtidos é comparado com aquele de um conjugado que faz uso de um 20 poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5, previamente submetido a uma aminação redutora clássica, descrita como se segue: o poli-sacarídeo nativo é inicialmente fragmentado por despolimerização radicalar, segundo o protocolo operacional do parágrafo a) do exemplo 25 1. Obtém-se um poli-sacarídeo despolimerizado contendo 3035 unidades repetitivas. Depois o poli-sacarídeo fragmentado é submetido a uma aminação redutora, segundo o protocolo operacional do parágrafo b) do exemplo 2. O polisacarídeo aminado é em seguida conjugado à anatoxina 30 tetânica por intermédio do DSS nas condições operacionais 40/42 do parágrafo a) do exemplo 3. O conjugado assim obtido tem as mesmas características de pureza e é utilizável como vacina. A proporção poli-sacarídeo/proteína no conjugado é de 1/5. 5 Quinze coelhos NZB repartidos em 3 grupos distintos receberam por via intramuscular nos dias Dl e D23 um dos 3 conjugados poli-sacarídicos à razão de 0,5 gg de polisacarídeo e de 2,5 gg de anatoxina tetânica por coelho e por injeção. O grupo 1 foi imunizado com o conjugado obtido 10 a partir do poli-sacarídeo aminado do exemplo 1, o grupo 1 como conjugado obtido a partir do poli-sacarídeo aminado do exemplo 2, o grupo 3 com o conjugado obtido a partir do poli-sacarídeo aminado, de acordo com um processo clássico tal como descrito no parágrafo precedente do presente 15 exemplo. Um grupo de coelhos "prova" recebeu no Dl e D23 do soro fisiológico por via intramuscular. Retiradas de sangue foram feitas no Dl, D23 e D36 para controlar as taxas de anticorpos séricos específicos do poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5 por ELISA sobre 20 microplacas sensibilizadas com poli-sacarídeo tipo 5 por ELISA sobre microplacas sensibilizadas com poli-sacarídeo nativo de pneumococo tipo 5 (1 gg/micropoço). As taxas de anticorpos contidos em cada coelho foram definidos como sendo o inverso da diluição do soro que dá uma densidade 25 óptica de 1 ao espectrofotômetro após a revelação do teste ELISA com o auxílio de um indicador colorido o trimetilbenzidina. Os resultados foram agrupados na tabela 1 a seguir: Grupo Dl 1 < 10 D23 239* (122-469)** D36 2824 (1758-4535) 41/42 2 < 10 110 3 < 10 57 Prova <10 (74-164) (29-113) 2929 (1180-7270) 423 (166-1078) < 20 < 20 * Representa a média geométrica das taxas de anticorpos séricos específicos dos 5 coelhos. ** Indica o valor da taxa de anticorpos o mais baixo e o valor da taxa a mais elevada em cada grupo. 5 Após duas imunizações, os valores médios das taxas de anticorpos específicos dos coelhos imunizados com os conjugados obtidos a partir dos poli-sacarídeos aminados dos exemplos 1 e 2 são aproximadamente 5 vezes superiores àquele dos coelhos imunizados com um conjugado obtido a 10 partir de um poli-sacarídeo aminado segundo um processo clássico de aminação redutora. Quando se faz variar as razões ponderais polisacarídeo / anatoxina tetânica em uma faixa que vai de 1/0,5 a 1/5, os resultados que são obtidos no teste 15 anteriormente descrito são em qualquer ponto semelhantes. A funcionalidade desses anticorpos é controlada por um teste de opsonofagocitose. O título opsonizante é definido como sendo o inverso da diluição do soro que permite matar 50 % das bactérias. Os resultados foram agrupados na tabela 20 II a seguir: D36 Grupo Dl D23 1 n.t 7* (3-18) ** 128 (27-599) 2 n.t 2(2-3) 185 (60-565) 3 n.t 2(1-5) 35 Prova n.t n.t (11-110) n.t. * Representa a média geométrica dos títulos opsonizantes dos 5 coelhos. 42/42 ** Indica o valor do título opsonizante o mais baixo e o valor do título o mais elevado em cada grupo. n.t . : não titulado. Os títulos opsonizantes se correlacionam com os 5 títulos anticorpos séricos específicos do poli-sacarídeo do pneumococo tipo 5. •• • 1/9 • • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • REIVINDICAÇÕES 1. Poli-sacarídeo capsular do pneumococbo de tipo 5 aminado ao nível do grupamento aldeído terminal caracterizado pelo fato de apresentar (I) um espectro RMN 5 do Carbono ( 13 C) desprovido de sinal de ressonância entre 13 e 14 ppm limites incluídos; (II) um cromatograma HPAECPAD, substancialmente desprovido de pico entre os picos de fucosamida e de pneumosamina, o cromatograma sendo obtido por purificação a partir de uma coluna Carbopac TM PA 10, em 10 uma solução de soda 18 nM, a uma vazão de 1 ml/min durante 15 minutos, mono-sacarídeos oriundos da hidrólise desse poli-sacarídeo; ou (III) os dois. 2. Poli-sacarídeo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de apresentar: 15 (I) um espectro RMN do Carbono que compreende sinal de ressonância entre e 11,5 12,5 um ppm, limites incluídos, característica do composto Sug, e um sinal de ressonância situado entre 17 e 18 ppm limites incluídos, característica da quinovosamina N acetilada, cuja 20 intensidade é menor por comparação com o sinal situado entre 17 e 18 ppm, limites incluídos, no espectro RMN 13 C de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoborohidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou 25 (II) um cromatograma HPAEC-PAD obtido nas condições específicas na reivindicação 1, que compreende um pico situado imediatamente após o pico da pneumosamina, característica da quinovosamina, cuja intensidade é menor por comparação com o pico equivalente no cromatograma 30 HPAEC-PAD de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de 2/9 tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoboro-hidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou (III) os dois. 3. Poli-sacarídeo, de acordo com a reivindicação 1 ou 5 2, caracterizado pelo fato de apresentar (I) um espectro RMN do Carbono inteiramente desprovido de sinal de ressonância entre 17 e 18 ppm; (II) um cromatograma HPAECPAD desprovido do pico da quinovosamina, o pico observado com o poli-sacarídeo, aminado segundo um processo de 10 aminação clássica, sendo reduzido até ser apenas um simples rebordo do pico precedente (pico da pneumosamina), o cromatograma sendo obtido nas condições especificadas na reivindicação 1; ou (III) os dois. 4. Poli-sacarídeo 15 reivindicação 1, aminado, de acordo com a caracterizado pelo fato de apresentar: (I) um espectro RMN do Carbono que compreende um sinal de ressonância entre 11,5 e 12,5 ppm, limites incluídos, característica do composto Sug, que compreende um sinal de ressonância situado entre 17 e 18 ppm limites incluídos, 20 característica da quinovosamina N acetilada, cuja intensidade é menor por comparação com o sinal situado entre 17 e 18 ppm, limites incluídos, no espectro RMN de um poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoboro25 hidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas; ou (II) um cromatograma HPAEC-PAD que compreende um pico situado imediatamente após o pico da pneumosamina, característica da quinovosamina, cuja intensidade é aumentada por comparação com o pico equivalente no 30 cromatograma HPAEC-PAD de um poli-sacarídeo capsular do 3/9 pneumococo de tipo 5 obtido após aminação redutora, em presença de cianoboro-hidreto de sódio, com pH 8, durante 48 horas, o cromatograma sendo obtido nas condições especificadas na reivindicação 1; ou 5 (III) os dois. 5. Poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado ao nível do grupamento aldeído terminal, caracterizado pelo fato de ser constituído de unidades repetitivas, das quais pelo menos 85 % das unidades 10 repetitivas correspondem à fórmula (II): na qual A é de maneira independente e aleatória C=0 ou CHOH. 6. Poli-sacarídeo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de pelo menos 90 % das unidades 15 repetitivas corresponderem à fórmula (II). 7. Poli-sacarídeo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de pelo menos 95 % das unidades repetitivas corresponderem à fórmula (II). 8. Poli-sacarídeo, de acordo com qualquer uma das 20 reivindicações 5, 6 ou 7, caracterizado pelo fato de pelo menos 95% das unidades repetitivas corresponderem à fórmula 4/9 (II) correspondentes à fórmula II: C OH • 043 ÇO 5 eNac ' HO HO CO O HO Ti aL-PneNAc (Ir OH ÇO CH3 na qual A é CHOH. 9. Poli-sacarídeo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 5, 6 ou 7, caracterizado pelo fato de 85 a 5 95 % das unidades repetitivas corresponderem à fórmula II: na qual A é C=O. 10. Conjugado de um poli-sacarídeo de qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato ser acoplado a um polipeptídeo portador (P). 10 11. Processo de produção de um polipeptídeo capsular do pneumococo de tipo 5 aminado, caracterizado pelo fato de se submeter o poli-sacarídeo a uma aminação redutora em 5/9 presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um pH de 4 a 6,5, por uma duração que não excede 4 horas. 12. 5 Processo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de se submeter o poli-sacarídeo a uma aminação redutora com um pH de 5 a 6. 13. Processo, de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado pelo fato de se submeter o poli-sacarídeo a uma aminação redutora por uma duração que não excede 2 10 horas. 14. Processo, de acordo com a reivindicação 11, 12 ou 13, caracterizado pelo fato de o agente redutor seletivo de uma base de Schiff ser o cianoboro-hidreto ou o complexo piridina borano. 15. Processo de produção de um poli-sacarídeo capsular 15 do pneumococo de tipo 5 aminado, caracterizado pelo fato de (I) se fazer reagir o poli-sacarídeo com um agente capaz de reduzir uma função cetona, (II) se fragmentar o polisacarídeo reduzido e (III) se submeter o poli-sacarídeo 20 reduzido e fragmentado a uma aminação redutora. 16. Processo, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato do poli-sacarídeo colocado para reagir com o agente capaz de reduzir uma função cetona estar sob a forma nativa. 17. Processo, de acordo com a reivindicação 15 ou 16, 25 caracterizado pelo fato do agente capaz de reduzir uma função cetona ser o NaBH4. 18. Processo, de acordo com a reivindicação 15, 16 ou 17, caracterizado pelo fato de se fragmentar o poli- 30 sacarídeo reduzido por despolimreização radicalar 6/9 oxidativa. 19. Processo de produção de um conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-P, caracterizado pelo fato de se utilizar o processo de qualquer uma das reivindicações 11 a 14, no 5 qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) reduzido e fragmentado é acoplado por aminação redutora com um polipeptídeo portador (P) em presença de um agente redutor seletivo de uma base de Schiff, com um 6,5, e de preferencia de 5 a 6 pH de 4 a por uma duração que não 10 excede 4 horas. 20. Processo de produção de um conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-P, caracterizado pelo fato de se utilizar o processo de qualquer uma das reivindicações 15 a 18, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) 15 reduz o fragmento que está acoplado por aminação redutora com um polipeptídeo portador (P). 21. Processo de produção de um conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-L-P, caracterizado pelo fato de: (I) se utilizar o processo, de acordo com uma das 20 reivindicações 11 a 14, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) redutora a um agente de ligação é acoplado por aminação (L) que possui pelo menos uma função amina primária, para formar um poli-sacarídeo aminado e ativado de formula Ps-CH 2 -NH-L, e acoplado a um 25 poli- sacarídeo ativado a um polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH2 -NH-L-P; ou alternativamente, (II) se utilizar o processo, de acordo com uma das reivindicações 11 a 14, no qual o poli-sacarídeo capsular 30 do pneumococo de tipo 5 (Ps) é acoplado por aminação 7/9 redutora a um polipeptídeo portador ativado de fórmula L-P, na qual L é um agente de ligação que possui pelo menos uma função amina primária, a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH2 -NH-L-P. 22. 5 Processo de produção de um conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-L-P, caracterizado pelo fato de: (I) a) se utilizar o processo, de acordo com uma das reivindicações 15 a 18, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) reduzido e fragmentado é 10 acoplado por aminação redutora a um agente de ligação (L) que possui pelo menos uma função amina primária, para formar um poli-sacarídeo aminado e ativado de fórmula PsCH 2 -NH-L; b) 15 e se acoplar o poli-sacarídeo ativado a um polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-L-P; ou alternativamente; (II) se utilizar o processo, de acordo com uma das reivindicações 15 a 18, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 20 5 (Ps) reduzido e fragmentado ser acoplado por aminação redutora a um polipeptídeo portador ativado de fórmula L-P, na qual L é um agente de ligação que possui pelo menos uma função amina primária, a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH2-NH-L-P. 23. Processo de fabricação de um conjugado de fórmula 25 Ps-CH 2 -NH-S-L'-P, caracterizado pelo fato de: (I) a) se utilizar o processo, de acordo com uma das reivindicações 11 a 14, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) é acoplado por aminação redutora a um espaçador (S) possuindo pelo menos uma função 30 amina primária, para formar um poli-sacarídeo aminado e 8/9 derivatizado de fórmula Ps-CH 2 -NH-S; e b) se acoplar o poli-sacarídeo derivatizado com um agente de ligação (L'), ativado de fórmula a fim de se obter um poli-sacarídeo Ps-CH 2 -NH-S-L', depois se acoplar o 5 poli-sacarídeo ativado com polipeptídeo portador (P), a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-S-L'-P; ou alternativamente; (II) b) se acoplar o poli-sacarídeo derivatizado, com um polipeptídeo portador ativado de fórmula L'-P, 10 L' na qual é um agente de ligação, a fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-S-L'-P. 24. Processo de produção de um conjugado de fórmula Ps-CH 2 -NH-S-L'-P, a) caracterizado pelo fato de: se utilizar o processo, de acordo com uma das 15 reivindicações 15 a 18, no qual o poli-sacarídeo capsular do pneumococo de tipo 5 (Ps) reduzido e fragmentado é acoplado por aminação redutora a um espaçador (S) que possui pelo menos uma função amina primária, para formar um poli-sacarídeo aminado e derivatizado de fórmula Ps-CH 2 -NH20 S; e b) se acoplar o poli-sacarídeo derivatizado com um agente de ligação (L'), a fim de se obter um poli-sacarídeo ativado de fórmula Ps-CH 2 -NH-S-L', depois se acoplar o poli-sacarídeo ativado com um polipeptídeo portador (P), a 25 fim de se obter o conjugado de fórmula Ps-CH2 -NH-S-L'-P; ou alternativamente, (II) b) se acoplar o poli-sacarídeo derivatizado, com um polipeptídeo portador ativado de fórmula L'-P, L' na qual é um agente de ligação, a fim de se obter o conjugado de 30 fórmula Ps-CH 2 -NH-S-L' -P. 9/ 9 25. Processo, de acordo com qualquer uma das caracterizado pelo reivindicações 19, 20, 21, 22, 23 ou 24, fato do polipeptídeo portador P ser a anatoxina diftérica ou tetânica. 5 26. Processo, de acordo com a reivindicação 21 ou 22, caracterizado pelo fato do agente de ligação (L) ser um composto de fórmula R 1 -A-R2 , na qual: A designa uma cadeia alifática, aromática ou uma cadeia mista alifática e aromática, substituída ou não, 10 saturada ou insaturada; R1 designa uma amina primária ou um radical químico portador de uma amina primária; e R2 designa um grupamento funcional capaz de reagir com um grupamento carboxila, tiol ou amina. 15 27. Processo, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato do agente de ligação (L) ser um alquil, di-hidrazida ou um diaminoalquil. 28. Processo, de acordo com a reivindicação 23 ou 24, caracterizado pelo fato do espaçador ser um aminotiol e o 20 agente de ligação L' ser um succinimidil maleimidil alquil. 29. Processo, de acordo com a reivindicação 23 ou 24, caracterizado pelo fato do espaçador ser um diaminoalquil ou um di-hidrazida, e o agente de ligação L' ser escolhido dentre os compostos di-succinimidil alquiis ou succinimidil 25 maleimido alquiis de fórmula (XIV) R 3 -B-R4 , na qual B é um grupamento alquil, R3 é um grupamento succinimidil e R4 é um grupamento succinimidil ou maleimido. 30. Composição farmacêutica, caracterizada por compreender o conjugado da reivindicação 10 ou ser obtido 30 pelo processo de qualquer uma das reivindicações 19 a 29. FIGURA 1 C6 FucNAc Cl FucNAc Cl PnevNAc Cl Sug Cl Glc / C6 PneNAc / C6 Sug Cl GIGA r(C4 Sug PS fragmentado 41,44~ffit C6 QuiPiAc PS aminado do ;10001.0exemplo 2 PS amimado do exemplo 1 PS aminado segundo os métodos clássicos k) no 150 là NO 66 -Lsinal característico da guinovosamina * :Sinal característico do composto X 0 H acetilado 3o X20 " gn Zona de ressonância dos grupamentos metilas 350 FIGURA 2 390 o 250 200 150 cv O 1:4 -50 O 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 Tempo de retenção (min) 345 PneN MuiN f. 300 S 250 FucN Pn5 Pn5 Pn5 Pn5 despolimerizado aminado do exemplo 1 aminado do exemplo 2 aminado clássico 124 200 ro tl 150 o W na 1:4 X 50 0, 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 Cromatogramas HPAEC-PAD sobre coluna CarboPac PA 10 do poli-sacarídeo do pneumococo de tipo 5 (Pn5) após hidrólise pelo TFA Q uiN = quinovosamina p neN = pneumosamina X a composto X Gi c A = ácido glicorônico di-sacarideo ácido glicorônico - fucosamina GIGA - FucN FueN = fucosamina 1/1 •• • • •• t•. » J• e) • • J • • • , • • • • •• e • •• ' • •• .•• •• •• •. • •• • • • • •• • -: • • • • • • CONJUGADOS OBTIDOS POR AMINAÇÃO REDUTORA DO POLI-SACARÍDEO CAPSULAR DO PNEUMOCOCO DE SOROTIPO 5 A invenção tem por objeto conjugados oriundos da aminação redutora do poli-sacarídeo capsular do pneumococo 5 de sorotipo 5. As condições de aminação redutora se distinguem das condições clássicas pelo fato de permitirem evitar o aparecimento de um composto, indesejável que é prejudicial à imunogenecidade dos conjugados. Em espectrometria RMN do Carbono, esse composto indesejável se 10 caracteriza por um sinal de ressonância entre 13 e 14 ppm. Os poli-sacarídeos aminados que entram na produção dos conjugados possuem, portanto, um espectro RMN do Carbono desprovido de sinal de ressonância entre 13 e 15 ppm. As condições de aminação redutora oferecidas pela invenção são 15 em número de duas. De acordo com um primeiro processo, a aminação redutora é conduzida com pH ligeiramente ácido (46,5) durante no máximo 4 horas. De acordo com um segundo processo, o poli-sacarídeo é inteiramente reduzido, depois fragmentado e enfim submetido a uma aminação redutora 20 propriamente dita, em condições clássicas ou não. De acordo com o processo aplicado, a estrutura do poli-sacarídeo aminado pode variar (conversão ou não do resíduo Sug da unidade repetitiva em quinovosamina N-acetilada e em fucosamina N-acetilada); mas essas variações, tais como 25 registradas em espectrometria RMN do Carbono, não têm efeito sobre a imunogenicidade. ti