Český komiks Czech Comics ...A EXPOSIÇÃO Petr Štěpán Comissário *Jaroslav Rudiš and Jaromír 99, Primavera branca, 2003. (fragmento) História passada nas terras sudetas ao longo de vários períodos e tempo, revelando estórias escondidas entre a fronteira checa e alemã. ČESKÝ KOMIKS A BD CHECA A banda desenhada nunca encontrou em terras checas chão para se desenvolver, sendo com frequência marginalizada e considerada uma forma de arte inferior, quando não mesmo encarada como algo meramente kitsch. Juntamente com o anãozinho ornamental de jardim, a banda desenhada tem sido o exemplo acabado do kitsch. Mas, por outro lado, sobreviveu às convulsões do século vinte e a pressão crítica e a censura contribuíram para moldar as qualidades específicas da BD checa. Os livros infantis de banda desenhada tinham amiúde um propósito moral e educacional. No seu melhor, eram trabalhos interessantes e mesmo notáveis pelo modo como os seus autores atingiam essa finalidade, pouco vulgar neste género. Conseguiam-no muitas vezes graças a outro fenómeno tipicamente checo - o humor. O humor checo evoluíra no sentido de uma independência crítica em relação à autoridade e ao poder dominante do momento, uma tradição que remonta aos tempos da dominação austro-húngara, que é onde se devem procurar as origens da BD checa. . SOB O DOMINÍO AUSTRÍACO *Autor anónimo, Sabina o traidor in Humoristické listy (Notícias Cómicas), 1874. A vida de Karel Sabina. Numa fase revolucionário (em 1848), depois traidor, agente da polícia secreta austríaca. A banda desenhada ou os seus predecessores emergiram na altura da expansão massiva dos jornais e periódicos, especialmente os de cariz humorístico como o Humoristické listy (Notícias Cómicas) ou Švanda dudák (Švanda, o Gaiteiro). No século dezanove, a Humoristické listy apresentava folhetins ilustrados com textos prolixos que versavam frequentemente assuntos políticos e tinham um timbre nacionalista. No volver do século, o estilo de desenho tornou-se mais simples, no espírito da Arte Nova (Karel Stroff, Artuš Scheiner). Na geração seguinte surgiram alguns desenhadores excelentes influenciados pela arte moderna, sendo talvez o mais interessante entre eles Zdeněk Kratchovil, o ilustrador de Letáky (Folhetos). DURANTE A REPÚBLICA *René Klapač, Punťa, (Cãozinho), 1941. Não me distraias, estou a por um ovo! A Europa transformara-se e a Checoslováquia emergira. O humor checo era celebrado em especial devido a Hašek, que tinha em Josef Lada a sua contraparte nas artes visuais. Os desenhos deste ostentam um traço fino e cores puras, característicos da Arte Nova mas corporizando o espírito da idade moderna, mantendo-se contudo comicamente antiquados – uma combinação que sempre se revelou irresistível. A famosa Ferda Mravenec (Ferda, a Formiga) também viu a luz como figura num folhetim ilustrado. Antes disso, o talentoso cartunista Ondřej Sekora desenhara pequenas séries cómicas para o Lidové noviny (Jornal do Povo) e outras publicações. A primeira tira de BD moderna terá talvez sido Rychlé šípy (Flechas Ligeiras), de Foglar, publicada no Mladý hlasatel (O Jovem Arauto). É o exemplo perfeito de banda desenhada de aventuras para rapazes. Foglar, escuteiro durante toda a sua vida, encontrou uma maneira divertida de instilar moral na juventude e propiciar-lhe conselhos práticos, tais como “Não bebam depois de comer fruta”. Os maravilhosos desenhos que os acompanhavam foram criados pelo excelente cartunista, auto-didacta e grande apreciador de arte, Dr. Jan Fischer. Durante a guerra publicou-se Punťa (Cachorrinho) destinado aos mais pequenos. O seu melhor desenhador foi René Klapač. Após a guerra, os cartunistas prosseguiram o seu trabalho na esteira do que fora delineado durante a Primeira República, mas em breve se viram confrontados com novas tarefas. PRIMEIRA (1918-1939) BD *Jaroslav Malák, Prague in 2058, 1958. Fantasia em Praga com foguetões para não-fumadores e uma excursão à construção do Metro que em 1958 começou a ser projectado. SOCIALISTA O desenhador e cartunista de maior sucesso nos longos anos entre a década de cinquenta e a de oitenta foi Jiří Winter-Neprakta. Por trás do seu sucesso esteve também o inexaurível humor de Miroslav Švandrlík, o autor de Černí baroni (Os Barões Negros). Graças ao talento de desenhador e contador de histórias de Neprakta, os seus desenhos evoluíam frequentemente para revistas. Em final dos anos cinquenta surgiu a banda desenhada “socialista”, mas Neprakta, tal como por exemplo Jaroslav Malák, apresentava uma refinada sátira dúplice, que troçava do próprio Socialismo. Tratava-se de uma forma especificamente checa de humor que emergiu em resposta à censura e à pressão ideológica. *Miroslav Háďák-Liďák, Brezhnev - Superman, 1968. Não foi publicado na Checoslováquia. OS ANOS60 A década de sessenta foi uma época de relativa liberdade para a cultura checa, e isso também se aplica à BD. Em 1964 foi lançado o folhetim ilustrado Vinnetou, comungando da “febre Apache” da altura. Era publicado na revista militar Zápisník (Bloco de Notas), para desagrado do então Presidente, Antonín Novotný. Apesar disso, o folhetim, esplendidamente ilustrado por Gustav Krum, foi publicado na íntegra, e a ele se seguiram outros. Em Ostrava a Rychlé šípy tornou a sair, depois de ter sido denunciada durante duas décadas como banda desenhada burguesa. Surgiu como uma revelação e novas histórias foram sendo produzidas, ilustradas por Marko Čermák. Outra descoberta foi Kája Saudek, que decidiu revelar o verdadeiro poder das “frases ocas de kitsch sem alma”, como então era chamada a banda desenhada na Checoslováquia. Saudek começou a trabalhar no filme Kdo chce zabít Jessii? (Quem Quer Matar Jessie?), uma notória paródia à BD de western. Os trabalhos de Saudek em revistas como Mladý svět (Mundo Jovem) eram escandalosos mas fascinantes. Depois de 1969 essa liberdade foi cerceada e Saudek teve que se confrontar com os censores. O caricaturista e editor da Mladý svět, Miroslav Haďák-Liďák, também teve grandes problemas com a censura, acabando no tribunal. Felizmente as autoridades não tinham conhecimento do seu Brezhnev - Superman. *Jaroslav Němeček, O trevo da sorte, publicado desde os anos 70. A bd mais popular para crianças. OS ANOS 70 80 & Nas décadas de setenta e oitenta a banda desenhada só a custo sobreviveu e apenas se podia encontrar nas revistas infantis. Por vezes tinha um cariz tipicamente edificante, outras era de carácter educacional, como a Obrazy z českých dějin a pověstí (Imagens da História Checa e as suas Lendas), de Kalousek. Apareciam igualmente histórias de ficção científica. Para os mais pequenos, Čtyřlístek (Trevo da Sorte) era (e continua a ser) incrivelmente popular, tornando-se parte integrante das suas vidas. Uma das razões do seu sucesso era o facto de os desenhos serem propositadamente feitos para leitores muito jovens. As figuras não tinham nada de “artístico”, pareciam saídas do caderno de desenho duma criança. Foram tempos estranhos. De início deprimentes, mas depois com toques de humor absurdo, que se tornaram mais marcantes entre a geração mais jovem durante os anos da perestroika, antecipando posteriores desenvolvimentos. Mas apenas nos anos noventa uma imprensa livre permitiria que jovens artistas ensaiassem as possibilidades oferecidas pela banda desenhada. František Skála fê-lo logo a partir de 1989, quando o seu Velké putování Vlase a Brady (A Grande Viagem de Cabelo e Queixo) se tornou quase um trabalho clássico. *Štěpán Mareš, A vida de Václav Havel, 2003. O PRESENTE Aparentemente, tinham chegado grandes dias para a banda desenhada. Surgiam novas revistas – que não tardavam a desaparecer. Parecia impossível ganhar- -se a vida a fazer banda desenhada na República Checa. Posteriormente, foram lançadas outras editoras e revistas de BD, tanto comerciais como radicalmente alternativas (e.g. a editora Dobrodružství [Aventura]). Praticamente todos os jornais publicam BD, ou pelo menos tiras de banda desenhada, que se tornou um medium reconhecido, e é difícil imaginar alguns jornais e revistas sem o seu comentário político em forma de caricatura. Os estudantes de Belas-Artes e os seus professores experimentam com a banda desenhada. Alguns desenhadores muito jovens ganharam competições internacionais. Será isto o dealbar de uma época de grandeza para a banda desenhada? ...O O ÍNDICE DE OBRAS .Autor anónimo, Sabina o traidor in Humoristické listy, (Notícias Cómicas), 1874. A vida de Karel Sabina. Numa fase revolucionário (em 1848), depois traidor, agente da polícia secreta austríaca. .Karel Stroff, A primeira aventura de Primavera do Sr. Topásek, 1906. .Zdeněk Kratochvíl, Leták (Flyer) n.º 5. Publicado para comemorar a descoberta do esqueleto do General Jan Žižka (do Séc.XIV) na cidade de Čáslav, 1911. .Autor anónimo, Jogo de Pés e Pernas, Finais de 1920. .Josef Lada, Várias observações da vida na República Soviética, 1921. Na primeira vinheta: invés de um nome, cada cidadão recém-nascido é marcado na pele com uma identificação para a vida. .Ondřej Sekora, Fuga aérea, 1932. .Ondřej Sekora, Um polícia é apenas um ser humano, 1932. .Jan Fischer (d), Jaroslav Foglar (a), Flechas ligeiras, Rychlonožka no Mundo dos Sonhos, década de 1930. A série de bd mais popular na história checa, especialmente nos anos 30 mas também durante os anos 60 quando a série foi retomada. .René Klapač, Punťa, (Cãozinho), 1941. Não me distraias, estou a por um ovo! .Milos Nesvadba, Anjo da Guarda e a Semana de Prevenção Rodoviária em Praga, 1947. .Josef Lada, Natal - Noite de Natal. BD pedagógica editada pelo Ministério da Educação, 1948. .Neprakta, Alpaka a lâmpada, 1958. 1.ª tira: Alpaka ajuda na construção de um edifício. 2.ª tira: Alpaka ajuda os agricultores a reparar o tractor oferecendo a sua perna. Registo irónico sobre a cultura socialista da colectivização. .Neprakta, Antes da Civilização começar, 1959. Livro de crítica dos males da sociedade, por exemplo, na segunda vinheta é comentado que o realismo nunca terá futuro na Arte; ou na 4.ª vinheta (diálogo): Quando é que estará limpo? Estamos na Idade da Pedra, pergunte outra vez lá para a Idade Média. .Jaroslav Malák, Prague in 2058, 1958. Fantasia em Praga com foguetões para não-fumadores e uma excursão à construção do Metro que em 1958 começou a ser projectado. .Gustav Krum, Vinnetou, 1964. .Kája Saudek, Muriel e os anjos, 1969. .Kája Saudek, Assassinato, 1976. (reedição em 2002) História do assassínio de Reinhard Heidrich, mentor do pogróm da Noite dos Cristais e Chefe do Protectorado da Boémia e Morávia durante o regime nazi. Como forma de retaliação a aldeia de Lidice foi totalmente dizimada. .Josef Kremláček, Capitão..., 1969. .Miroslav Háďák-Liďák, Brezhnev-Superman, 1968. Não foi pu blicado na Checoslováquia. .Marko Čermák (d), Jaroslav Foglar (a), As Flechas Ligeiras caçam o ladrão de bagagens, finais de 1960. .Miloš Novák, Hotel Victória, década de 1970. .Jiří Kalousek, Imagens da História Checa e as suas Lendas, década de 1970. História que descreve a conquista de Milão em 1158 com a ajuda substancial de tropas das terras checas. .Jaroslav Němeček, O trevo da sorte, publicado desde os anos 70. A bd mais popular para crianças. .František Skála, A grande viagem de Cabelo e Queixo, 1989. .Jan Patrik Krásný, O Leão e a Espada, 1989. .Martin Nemec, Metarmofoses, 1992. .Filip Raif, Contos por Daniil Charms, 1992. Contos catastróficos da Rússia. Todos estão a morrer ou num estado de decadência. .Martin Mainer, in Raut, 1994. A estória original lida directamente com a criação desta bd-pintura. .Martin Velíšek, Jassica, um conto do mar, 1995. .Petr Pavlán, Planeta Inspiro, 1998. .Michal Cihlář, Como o cão e o gato fizeram um bolo, 1999. Adaptação literária de um conto de Karel Čapek (1890 - 1938). Demasiados ingredientes para um bolo - ao ponto do cão e do gato ficarem 14 dias com dores de estômago. .Michal Jindra, Het levende water, 1999. (“O que faz bem a uma túlipa” - holandês). .Kakalík, A Princesa Fascista, 1999. .Aleš Najbrt & Zuzana Lednická, Excursão, 1999. .Tomáš Prokůpek, Cheeky e Freaky, 2001. .Jiří Grus, Banho, 2001. .Vhrsti, Óculos, 2004. .PŠ Iglau, No País Marlboro, 2002. .Wladimír 518, Capa da revista Aargh, 2002. .Štěpán Mareš, A vida de Václav Havel, 2003. .Jaroslav Rudiš and Jaromír 99, Primavera branca, 2003. História passada nas terras sudetas ao longo de vários períodos e tempo, revelando estórias escondidas entre a fronteira checa e alemã. ...IN ENGLISH The Czech Comics The comic strip has never really thrived in the Czech Lands, and has often been shunned, considered inferior art or outright kitsch. Along with the poor garden gnome, the comic strip has been a textbook example of kitsch. On the other hand, comics have survived all the turmoil of the 20th century. Critical pressure and censorship helped shape the specific qualities of Czech comics. Czech children’s comics often had a moral and educational purpose. At their best, these were interesting works, remarkable for how their authors managed to meet those requirements, so unusual for comic strips. Often they managed to do so thanks to another typically Czech phenomenon – humour. Czech humour had evolved into a critical detachment from authority and from whatever regime was currently ruling, a tradition dating back to Austro-Hungarian rule, which is where we can trace the origin of Czech comics. Under Austrian Rule Comics or their predecessors emerged at a time when there was a massive expansion in newspapers and periodicals, especially humorous periodicals such as Humoristické listy (Comical News) or Švanda dudák (Švanda the Bagpiper). In the 19th century, Humoristické listy featured illustrated serials with very long-winded accompanying texts. They frequently addressed political issues, and had nationalist sentiments. At the turn of the century, the style of drawing became simpler, in the spirit of the Art Nouveau (Karel Stroff, Artuš Scheiner). Some excellent draftsmen, steeped in modern art, appeared in the next generation, perhaps the most interesting of them Zdeněk Kratochvíl, the illustrator of Letáky (Fliers). During the First Republic (1918-1939) Europe had been transformed, and Czechoslovakia emerged. Czech humour was celebrated especially due to Hašek, whose counterpart in the visual arts was Josef Lada. His drawings deployed a firm line and pure colours, characteristic of the Art Nouveau but embodying the spirit of the modern age, while remaining comically old-fashioned – a combination that has always been irresistible. The famous Ferda Mravenec (Ferda the Ant) also began life as a figure in illustrated serials. Earlier, the talented cartoonist Ondřej Sekora had drawn short funny serials for Lidové noviny (People´s Newspaper) and other publications. Perhaps the first modern comic strip was Foglar’s Rychlé šípy (The Swift Arrows), published in Mladý hlasatel (The Young Herald). It is a perfect example of an adventure comic strip for boys. Foglar, a lifelong scout, found an entertaining way to instil moral lessons in young people and give them practical advice, such as “Don’t drink after eating fruit”. The marvellous accompanying drawings were created by the excellent self-taught cartoonist and art lover Dr. Jan Fischer. During the war Punťa (Doggie) was published for little children. Its finest draughtsman was René Klapač. After the war, cartoonists continued along the lines laid down in the First Republic, but were soon to be faced with new tasks. Socialist Comics The most successful Czech draughtsman and cartoonist in the long years between the fifties and the eighties was Jiří Winter-Neprakta. Behind his success was also the inexhaustible humour of Miroslav Švandrlík, the author of Černí baroni (The Black Barons). Thanks to Neprakta’s skill as a storyteller and draughtsman, his drawings often grew into serials. At the end of the fifties “socialist” comics appear. But Neprakta, like for instance Jaroslav Malák, deployed a refined “dual” satire, making fun of Socialism itself. That was a specifically Czech form of humour that had emerged in response to censorship and ideological pressure. The Sixties The sixties were a time of relative freedom for Czech culture, and that also applied to comics. In 1964 the illustrated serial Vinnetou was launched, part of the “Apache fever” of the time. It was published in the military magazine Zápisník (Note Book), to the displeasure of the then President, Antonín Novotný. The serial, splendidly illustrated by Gustav Krum, was however published in full, and was followed by other serials. In Ostrava Rychlé šípy came out again, having been denounced for two decades as a bourgeois comics. It came as a revelation, and new stories were produced, illustrated by Marko Čermák. Another discovery was Kája Saudek, who had decided to reveal the true power of the “hollow phrases of soulless kitsch”, as comic strips were then called in Czechoslovakia. Saudek started work on the film Kdo chce zabít Jessii? (Who Wants to Kill Jessie?), a noted parody of Western comics. Saudek’s comics in magazines such as Mladý svět (Young World) were scandalous but fascinating. After 1969 that freedom was curtailed, and Saudek ran up against censorship. The caricaturist and editor of Mladý svět Miroslav Haďák-Liďák also had great problems with censorship, ending up in court. Luckily the court hadn’t come across his Brezhnev – Superman. The Seventies and Eighties In the seventies and eighties comic strips again barely survived, and mostly could only be found in children’s magazines. Sometimes they were typically edifying in tone, at other times the focus was on education, as in Kalousek’s Obrazy z českých dějin a pověstí (Images from Czech History and Legends). There were also science fiction stories. For little children, Čtyřlístek (Four-Leaf Clover) was (and remains) incredibly successful, becoming part of their lives. One reason for its success was that the drawings were tailored for very young readers. The figures are not “artistic”, but seem to be straight out of a child’s scrapbook. It was a strange time. At first depressing, but later with touches of absurd humour, which grew stronger among the young generation during the perestroika years, in anticipation of later developments. But it was not until the nineties that a free press allowed young artists to try out the possibilities offered by comics. František Skála did so as early as 1989, when his Velké putování Vlase a Brady (Hair and Chin’s Great Voyage) became almost a classic work. The Present It seemed as though great days had come for the comic strip. New magazines appeared – but soon vanished. It appeared impossible to make a living from comics in the Czech Republic. Later, other magazines and comics publishing companies were launched, both commercial and radically alternative (e.g. the Dobrodružství [Adventure] publishing company). Nearly all newspapers and magazines feature comics, or at least comic strips. Comics have become a valid medium, and it is hard to imagine certain newspapers and magazines without their caricatured political commentary. Art students and their teachers are experimenting with comics. Some young draughtsmen have won international competitions. Could this be the dawn of the great age of the comics? Petr Štěpán FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO DE PROJECTO Rosa Barreto EDITOR Marcos Farrajota CONCEPÇÃO GRÁFICA Ivo Valadares TEXTO Petr Štěpán TRADUÇÃO Júlio Soares Pereira FICHAS DE ACTIVIDADES Lithales Soares EXECUÇÃO GRÁFICA Divisão de Imprensa Municipal Lisboa, Fevereiro de 2007 FICHA TÉCNICA Esposição COMISSÁRIO Petr Štěpán DESIGN DE COMUNICAÇÃO Ivo Valadares MONTAGEM Ana Branco e José Carlos Fonseca ORGANIZAÇÃO Bedeteca de Lisboa e Embaixada da República Checa PARCERIAS Divisão de Imprensa Municipal, Divisão de Programação e Divulgação Cultural, Departamento de Construção e Conservação de Instalações Eléctricas e Mecânicas. EMBAIXADA DA RÉPUBLICA CHECA EM PORTUGAL BEDETECA DE LISBOA PALÁCIO DO CONTADOR-MOR RUA CIDADE DE LOBITO TEL.: 21 853 66 76 OLIVAIS SUL FAX: 21 853 21 68 E-MAIL: [email protected] WWW.BEDETECA.COM