8 Editorial maio 2007 Boletim ©2007 de Fl’avia Savary Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil Rua Cândido Mendes, 240/708 – Glória Presidente Luiz Antonio Aguiar Vice-Presidente Rui de Oliveira Diretor Executivo Rogério Andrade Barbosa Secretária Geral Sílvia Cintra Franco Tesoureira Edna Bueno Coordenação Administrativa Sandra Pina Coordenação Políticas Culturais e Estéticas Anna Cláudia Ramos Consultoria Jurídica Gabriel Lacerda Conselho Consultivo Benita Prieto, Edson Gabriel Garcia, Maurício Veneza, Pedro Bandeira, Rosa Amanda Strausz, Rosana Rios. Rio de Janeiro – RJ – cep: 20241-220 Coordenações Regionais Almir Mota (CE) [email protected] Diléia Pires (MG) [email protected] Eliana Martins (SP) [email protected] Francisco Aurélio (ES) [email protected] Hermes Bernardi (RS) [email protected] Jô Oliveira (DF) [email protected] Glória Kirinus (PR) [email protected] Rosinha Campos (PE) [email protected] Thais Linhares (RJ) [email protected] Wendell Pimenta (PA) [email protected] Yedda Goulart (SC) [email protected] Boletim AEI-LIJ nº8 - Maio de 2007 Jornalista Responsável: Sandra Pina Projeto gráfico: Thais Linhares Colaboradores: Flávia Savary (Capa), Edna Bueno, Gabriel Lacerda, Anna Claudia Ramos, Rogério Andrade Barbosa, Mauricio Veneza, Flávia Côrtes, Sandro Dinarte, Glória Kirinus e Eliana Martins. Anuncie conosco Sua marca estará associada a uma entidade respeitada e divulgada em nossa mala-direta, em eventos e através de nosso correio eletrônico. www.docedeletra.com.br/aeilij IMPRESSO DIREITOS AUTORAIS As eleições para a nova diretoria da AEILIJ estão marcadas para o dia 26 de junho. É mais do que lugar comum dizer que as eleições numa entidade como a nossa são um momento de consagração de nossa democracia interna e de ver a quantas anda nossa representatividade. Afinal, somos uma entidade que ainda busca sua consolidação, que luta dia-a-dia por espaços tanto para promover profissionalmente seus associados, quanto para ser ouvida por órgãos do governo, pela imprensa e por outras entidades de classe. Para estruturar-se, ganhar eficiência, poder prestar serviços cada vez mais úteis a seus associados. Para ser um pólo de discussão estética – a visão dos autores dos múltiplos vieses da LIJ brasileira; a resistência contra imposições, como a estreiteza e mesmo o fechamento de temas; os atentados contra a autonomia estética e artística da LIJ, contra o que a faz Literatura e Arte. A promoção do caráter artístico e autoral de nosso ofício. A ampliação do público leitor e a democratização da Literatura no Brasil. Assim, repetindo, é lugar comum fazer a defesa da participação nas eleições como uma reafirmação de toda a nossa plataforma de lutas, desde a fundação, passando pelo I Encontro em SP – 2004 – por nossa Lista de Debates, Boletim e parcerias. E no entanto é irresistível marcar que, embora com limitações (e muitas), todos esses pontos, propósitos, contidos na nossa Carta de Princípios, têm sido contemplados em nossa atuação. Portanto, peço a participação maciça nas eleições. Peço às Coordenações Estaduais que promovam debates, do jeito que for possível, sobre nossas posições e ações. Peço que se organizem em chapas, que se lancem, que explicitem suas posições, divergências e sonhos, pensando no que já foi feito. Cada reunião, seja com que quorum for, cada iniciativa, cada evento em que colocamos nossa logo, em que marcamos presença, é mais valioso ainda por despender recursos de quem não os tem em absoluto para desperdiçar. Precisamos de muito mais, mas o que temos custou um bocado a cada um e ao nosso coletivo. Creio que vamos num futuro próximo contar com uma Associação forte, representativa, democrática. Que seja ouvida, chamada, consultada. Que seja influente e útil. Uma referência política e ética. A Associação de que precisamos neste mercado, cada vez mais hostil e tortuoso. A Diretoria que se despede, e eu particularmente, embora quiséssemos ter feito mais, guardamos a sensação de compromisso cumprido. E com a certeza de que a próxima Diretoria, seja quem for, vai seguir adiante, conseguindo mais e melhores resultados. Discutam. Participem. Votem. Luiz Antonio Aguiar Presidente da AEILIJ NOTAS BOLETIM – maio 2007 Parabéns! A vencedora do III Concurso de Cuentos Infantiles “Los Niños del Mercosur”, que tem como objetivo difundir a obra de autores de LIJ nativos ou residentes em países do Mercosul, foi Gláucia de Souza, associada do RS, com a obra inédita “Josefino”. Parabéns, Gláucia! Que o concurso aguarde mais aeilijianos em 2008!!! Estão de Volta as Cirandas de Parati O Programa Educativo Cirandas de Parati está de volta à ativa em maio de 2007. Uma iniciativa da Associação Casa Azul, o programa leva escritores e ilustradores de LIJ às escolas de Parati para encontros com alunos e professores, sendo sua meta principal a capacitação de professores, visando qualidade na incorporação da literatura nas salas de aula. A Flipinha, que esse ano acontece de 4 a 8 de julho, é o ponto de encontro dessa e de outras ações de incentivo à leitura realizadas na cidade de Parati durante todo o ano. AEI-LIJ no Salão do Livro no Rio de Janeiro A AEI-LIJ estará presente no 9º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, de 23 de maio a 03 de junho, no MAM-RJ. Ponto de encontros e reencontros, troca de idéias, negócios, inspirações, nosso estande terá o tradicional painel de ilustrações e autógrafos. Além disso, teremos espaço para que os associados exponham seus livros que, posteriormente, serão doados a uma biblioteca de instituição carente. AEI-LIJ no 16º COLE A AEI-LIJ estará presente no 16º Congresso de Leitura do Brasil (COLE) fazendo parte do VI Seminário de LIJ, coordenação da FNLIJ, com a palestra “Reflexões sobre Leitura na Escola: Por um Espaço Especial para a Literatura”. Com o tema “No mundo há muitas armadilhas e é preciso quebrá-las”, o 16º COLE, organização da ALB, acontece esse ano de 10 a 13 de julho. Maiores informações em www.alb.com.br. Viva Ana Maria! Em março, Ana Maria Machado ganhou o “Life Achievement Award” pelo conjunto da obra. O prêmio é dado por entidades brasileiras nos EUA a conterrâneos que enchem o Brasil de orgulho. Parabéns, mais uma vez, Ana Maria! 2ª edição do Prêmio Vivaleitura O Prêmio Vivaleitura, em sua 2ª edição, abre para inscrições de 23 de abril a 09 de julho de 2007. Uma iniciativa dos Ministérios da Educação (MEC), da Cultura (MinC) e Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), o prêmio, que faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), tem o objetivo de estimular, fomentar e reconhecer as melhores experiências de promoção da leitura. Poderão concorrer instituições, órgãos e pessoas físicas. Os vencedores de cada categoria receberão um prêmio de R$ 25 mil. Maiores informações em www.premiovivaleitura.org.br ou pelo telefone 0800-7700987. Literatura Infantil em Cuba A data limite para inscrição no Congreso Lectura 2007: Para Leer el XXI Por el mejoramiento humano, a realizar-se de 23 a 27 de outubro na cidade de Havana, Cuba, é 30 de agosto de 2007. No congresso, o II Taller Internacional IBBY Para los niños trabajamos que trata da Literatura para Crianças. Programação e maiores informações em www.congresolectura2007.com. Continuamos em campanha de atualização de cadastro e solicitamos aos associados que não deixem de enviar seus dados (nome, e-mail, site, endereço completo, telefone, indicação de se é escritor ou ilustrador ou escritor e ilustrador, indicação do mês escolhido para receber boleto de pagamento da anuidade) para [email protected] ou para Rua Cândido Mendes, 240/ 708 – Glória – Rio de Janeiro – RJ 20241-220 confirmando, assim, sua participação na AEI-LIJ. Lista de Discussão - Participe! Nossa lista de discussão na internet, no Yahoo, é espaço para troca de experiências dos associados, discussão de assuntos de interesse comum. Envie um e-mail para Sandra Pina ([email protected]) para se inscrever na lista. Gabriel Lacerda - Consultor Jurídico Uma cláusula que existe em praticamente todos os contratos de edição e que normalmente os autores não lêem, é a cláusula que diz o que acontece quando a obra não vende. No entanto, a verdade é que uma grande parte dos livros que são publicados não chega à segunda edição. A lei a esse respeito é clara: se o livro encalha, o editor pode vender os exemplares restantes “como saldo”, ou seja, ao preço que quiser. Mas, para que isso possa ser feito, a lei impõe duas condições: A venda como saldo só pode acontecer, no mínimo, um ano depois da data do contrato. E, mais importante, antes de torrar o estoque, o editor está obrigado a notificar o autor, dando a ele trinta dias para adquirir os exemplares que sobraram pelo mesmo “preço de saldo”. Como em tantos outros pontos, a lei é, nesse caso, apenas uma moldura. Respeitados os parâmetros legais, o contrato pode dispor diferentemente. Assim, por exemplo, o prazo estabelecido para poder deflagrar a opção de vender encalhe como saldo é geralmente bem maior que um ano. O próprio “preço de saldo” é, normalmente, negociado entre autor e editora. Implícito, mas claro na hipótese é que a aquisição do estoque pelo autor implica em encerrar o contrato e deixar o autor livre para negociar a sobra com outro editor e até para tentar ele mesmo vender os exemplares que comprou a preço de saldo. A hipótese oposta e mais agradável – a edição que se esgota - também é regulada em lei. O autor tem interesse em que sua obra esteja sempre disponível no mercado. Ao mesmo tempo, enquanto está em vigor o contrato de edição, ele não pode editar sua obra, mesmo esgotada, com outro editor, que não aquele a quem está vinculado por contrato. Por isso, a lei dá expressamente ao autor o direito de, se a edição se esgota, notificar o editor para que a re-edite em “certo prazo”. “Certo” pode ser um, dois, três meses: se o editor notificado, não fizer a edição, perde seu direito e ainda tem que responder por perdas e danos. Faltou dizer que uma obra se considera “esgotada” quando o editor tiver em estoque um número de exemplares inferior a 10% da edição. Por tudo isso e, como sempre, é importante ler o contrato e estar sempre atento aos números em estoque, que devem vir sempre mencionados nas prestações de contas. Estoques e saldos Entrevista com Marisa Lajolo Dando continuidade ao assunto levantado no Boletim AEI-LIJ 7 sobre a formação de leitores, a AEI-LIJ entrevistou com exclusividade a pesquisadora e professora Marisa Lajolo, que dispensa maiores apresentações. Deslimites da Literatura Infanto-Juvenil Por Gloria Kirinus ([email protected]) Escritora. Dra. em Teoria Literária (USP). Representante da AEI-LIJ/PR ) AEI-LIJ: Fala-se muito de um aumento na quantidade de trabalhos acadêmicos relacionados à LIJ. Você concorda? Por quê? ML: Sim, acredito que a LIJ chegou à universidade: trabalhos de final de curso, mestrados e doutorados, constituindo, inclusive, disciplina de muitas graduações de Letras e de Pedagogia/Educação. Aliás, valeria a pena alguém fazer uma pesquisa, no banco de dados da CAPES (está online) do número de dissertações e teses sobre literatura infantil. Os debates sobre questões de leitura como que “empurraram” a LIJ para as universidades. AEI-LIJ:Você acha que o fato da universidade estar pesquisando mais sobre LIJ já está se refletindo na preparação dos professores que estão na sala de aula em contato com as crianças? ML: Creio que os professores estão, hoje, melhor preparados do que estavam há dez anos atrás. Mas isso não se deve apenas ao ingresso da LIJ em cursos universitários. Deve-se, em minha opinião, à multiplicação de instituições, eventos e publicações sobre leitura. AEI-LIJ: Na sua opinião, ainda existe a famosa resistência do meio acadêmico em relação à LIJ? ML: Creio que sim. Toda literatura que carece de adjetivos é – institucionalmente – menor... Literatura infantil, literatura feminina, literatura negra... Creio que um professor (ou estudante, ou especialista) de/em literatura infantil e juvenil não pode desconhecer a literatura não infantil. Mas a recíproca não é verdadeira. Esta situação exemplifica o que penso quando falo em uma “literatura institucionalmente menor”: é uma literatura – como a infantil e juvenil – que não integra o corpus a partir do qual se constroem histórias e teorias literárias. AEI-LIJ: Há anos vemos o governo investir em programas de incentivo à leitura, você acha que esses programas estão realmente formando leitores? Por quê? ML: Acho ótimo que o governo torne livros acessíveis. Bisótimo, como diria a Emília, ou tri-legal de bom como dizem os gaúchos. Livros, livros a mancheias como dizia Castro Alves. Agora, quanto a formar leitores... acho que nenhuma medida isoladamente “forma” ninguém. AEI-LIJ: A AEILIJ vem defendendo há anos a necessidade de um trabalho com a literatura nas escolas que privilegie a Literatura em si, e não apenas seus usos como apoio às ações didáticas. O que você acha dessa nossa posição? E seria factível um espaço próprio para Literatura nas escolas, fora do âmbito didático apenas? ML: Vou responder a estas duas perguntas – cuja temática é muito próxima – numa única reflexão. Acho impossível, na atual conjuntura, “desescolarizar” a literatura. Tenho a maior dificuldade em entender (e, decorrentemente, de “discutir”) expressões como “Literatura em si”. Idem “Estética”. Idem “leitura de lazer”. Há anos escrevi um texto intitulado “O texto não é pretexto...” e hoje faço “mea culpa” dele. O texto é, sim, pretexto... para muitas coisas, para o bem e para o mal. E, creio, é exatamente esta instabilidade da literatura (infantil e não infantil) que a torna tão importante. Mas, é uma opinião e, como já disse, sou volúvel relativamente a opiniões... Quem sabe vocês me convencem do contrário? Ilustradora da capa Flávia Savary mora em Teresópolis, RJ. Formada em português-inglês, tem um longo caso de amor com a literatura infantil e juvenil. Ganhou 70 prêmios literários e tem poemas, contos, crônicas e peças teatrais publicados em mais de 30 antologias. Participou de exposições no Brasil e no exterior, como ilustradora. Dos 11 livros publicados, 2 trazem suas ilustrações. Ministra oficinas de criatividade chamadas “Bagunças Dóceis”. Quer saber mais? Visite o site: www.flaviasavary.com Atrelada ao vigor da vida, a Literatura Infanto-Juvenil narram Guimarães Rosa pelo canal da percepção infantil e ganha espaços cada vez menos previsíveis para encantar poética do que se descobre pela primeira vez. leitores de todas as idades. Pelo rumo das águas ela navega No espaço acadêmico, os cursos de Letras e Pedagogia em balsas e canoas, com malas de leitura, por esses rios, ministram a disciplina de Literatura Infanto-Juvenil, tanto na quase mares, do Brasil. Pelo sopro dos ventos a banda larga graduação como na pós-graduação. Outros cursos, como da internet permite uma série de sites informativos, reflexivos, Jornalismo, Biblioteconomia, Pedagogia Hospitalar, Filosofia e de extremo cuidado e compromisso com a Literatura Infanto- Arte-terapia descobriram o valor estético e transdisciplinar da Juvenil. Como não citar o www.docedeletra.com.br e Literatura Infanto-Juvenil. Se por um lado vemos, nesta aberwww.dobrasdaleitura.com como referências primeiras? Neste tura, o perigo de servir a fins e funções formativas e informatimesmo percurso, inúmeros escritores e ilustradores com seus vas, por outro, ganhamos um espaço especial com novos próprios sites apresentam sua obra e olhares — e cabe ao ministrante das dialogam com seus leitores. Sem falar disciplinas a seleção de livros que Pois é nos desvios dos jogos aqui e lá permeando o potenprimem pela qualidade e pela promoção cial de outra narrativa que já começa a do imaginário. que se encontra as ser objeto de pesquisas no campo Não é nada fácil adentrar no bosque acadêmico. Pelo canto da terra, espaços e ser seduzida pelos tais desvios anunmelhores surpresas cobertos como circos — e faço pouso ciados na perífrase de Manoel de e os araticuns breve aqui, para lembrar dos programas Barros. Neste sentido, numa entrada da intensos de Literatura Infanto-Juvenil cidade de Ilhota (SC) apreciei o relato maduros embaixo do toldo armado em Chapecó, da realização do 1º Manequim Literário, no tempo do Celso Sisto, reunindo iniciativa do PROLER local, com apoio Manoel de Barros ciganos artistas que depois da jornada da prefeitura e dos empresários do setor descansavam olhos no “Literatório”, outro de moda íntima e moda praia: o evento invento do escritor andarilho. Temos, apresentou poemas em manequins claro, as livrarias, os hospitais, os auditórios e as bibliotecas. expostos na praça municipal, ampliando-se em tendas com Faço outro pouso, não menos breve que o anterior, para leitura de Literatura Infanto-Juvenil, numa proposta singular. destacar a figura das três Anas de Araxá, meninas heróicas da Quintana, Cecília Meireles, Cora Coralina foram lidos diretaBiblioteca Municipal... Será o sabonete e a lama própria do mente das barrigas saradas dos manequins. lugar que permitem essa desmedida força estranha para fazer Num espaço quieto da Biblioteca Pública do Paraná, reserdo pouco muito? Nos espaços abertos como praças, pátios e vado para os leitores cegos, as crianças da escola Palmares, bosques projetos e programas de leitura infanto-juvenil em Curitiba, fazem leituras de Literatura Infanto-Juvenil para reúnem leitores em torno da Literatura Infanto-Juvenil a olhos os mesmos. Só ficar perto para sentir nos gestos a captura da vistos em cidades grandes e pequenas. E os ônibus-bibliote- fantasia que constitui outra maneira de perceber o claro do cas que unem trajetos com leituras? Verdadeiras metáforas de mundo e seus escuros. A Literatura Infanto-Juvenil, água “mãos na roda”, no momento da leitura de consulta ou leitura- inquieta que avança conforme o sulco que abrimos na terra, prazer. quer receber os passantes. Nem delírio, nem miragem, os Cada vez mais os contadores de histórias recuperam as desvios estão ali, para serem adentrados. Mas quem diz que fogueiras milenares nas empresas, na abertura de eventos, vou sozinha à procura da presença da Literatura Infantoem festas familiares e em maratonas de fôlego heróico. Juvenil desbravando terrenos? Que meu atrevimento Agrupados, organizados comovem ouvintes de todas as provoque a boa companhia do leitor para ampliar este começo idades. Estão aí os “Miguilins de Cordisburgo”, crianças que de procura. Vamos? Foto: arquivo pessoal. LIJ Brasileira representada em Israel Guia do Ilustrador Poderemos contar em breve com O Guia do Ilustrador – o primeiro no Brasil, para orientar e apoiar os iniciantes, dar mais embasamento aos que já estão no mercado e estabelecer uma relação mais homogênea entre os profissionais da área. Criado pelo ilustrador Ricardo Antunes, com a ajuda de mais 10 grandes, a citar: Angelo Shuman, Benício, Eduardo Schaal, Gonzalo Cárcamo, José Alberto Lovetro / JAL, Kako, Montalvo Machado, Mozart Couto, Orlando Pedroso e Rogerio Vilela, além do publicitário Eugênio Mohallem, presidente da Agência Fallon. O guia abrangerá desde montagem de portfólio até leis de direitos autorais e relações de mercado. Também versa sobre ética, como lidar com problemas de saúde devido ao trabalho, organização da vida profissional, além de links absolutamente indispensáveis de consulta e uma sessão de FAQ. O Guia do Ilustrador será distribuído GRATUITAMENTE pela net, em formato PDF, 46 páginas. Para maiores informações: [email protected] Ou em: www.ricardoantunes.com A Ilustração e o PNBE O edital para 2008 do PNBE exige o contrato de uso da ilustrações para incluir o título na concorrência. Cabe ao ilustrador entrar em acordo com seu editor sobre o valor deste tipo de licenciamento, novidade para muitos. Lembramos que o ilustrador também é autor - autor das imagens, e tem o uso de sua criação igualmente protegido pela Lei 9.610/98, a Lei dos Direitos Autorais. Em fevereiro deste ano, a Embaixada de Israel no Brasil levou doze escritores brasileiros para uma viagem de doze dias a Israel (com tudo pago!), com a intenção de tornar seu país mais conhecido por estes formadores de opinião, e, conseqüentemente, porventura melhorar a imagem de Israel entre os brasileiros. Um de nossos associados, o Pedro Bandeira, foi o único representante da LIJ entre os convidados, no meio de um time de primeira, que contava com Rubem Fonseca, Luis Fernando Veríssimo, Affonso Romano de Santana, Marina Colasanti e Ignácio de Loyola Brandão, entre outros. Pedro Bandeira nos contou que foi uma grande emoção este passeio pela História e pelas tradições de três diferentes religiões, além de contatos com escritores israelenses, árabes e drusos (nenhum de LIJ!). Isso sem falar no Mar Morto, nas Colinas de Golan, em Cesaréia, no deserto da Judéia, na Fortaleza de Massada e na Feira do Livro de Jerusalém. Até um dia, DIO! O mês de fevereiro levou consigo nosso amigo e escritor Diorindo Lopes Júnior ou, simplesmente, Dio. A AEI-LIJ ficou sem um de seus mais sensíveis cronistas. Brincalhão e hospitaleiro, adorava receber amigos em seu apartamento, em São Paulo. Jornalista por profissão e escritor por devoção, Diorindo disse em seu site: Não gosto muito de falar de conquistas pessoais, mas algumas existiram, na literatura, e me encheram de orgulho. A melhor conquista, contudo, é LER. Escrever vem no rastro. E no seu rastro, hoje, ficamos nós, amigos da AEI-LIJ. Até um dia, DIO! Eliana Martins