Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias - Português
Ensino Médio, 2º Ano
Linguagem e temas da poesia romântica.
Língua Portuguesa – 2º ano do Ensino Médio
Linguagem e temas da poesia romântica
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Você se considera uma pessoa romântica?
A palavra romântico é frequentemente associada ao
conjunto de comportamentos como dar e receber flores;
gostar de poesias e histórias de amor; se emocionar
facilmente; ser gentil e educado com a pessoa amada. (1)
(1) pt.scribd.com/doc/51818522/Romantismo
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Linguagem e temas da poesia romântica
Esse tipo de romantismo, porém, é diferente do
romantismo da arte. Esse também está relacionado aos
sentimentos, mas foi muito mais do que isso.(2) Foi um
movimento artístico do século XIX e representou os
anseios da burguesia que acabara de chegar ao poder.
Imagem: Autor Desconhecido/United States Public
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(2) pt.scribd.com/doc/51818522/Romantismo
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Linguagem e temas da poesia romântica
No Brasil, surge pouco depois da nossa independência
política. Por isso, os nossos primeiros artistas românticos
se mostram empenhados em definir um perfil cultural
brasileiro, no qual o nacionalismo torna-se o traço
principal.
Imagem:Martins, Lincoln. Pedro Américo: pintor universal. Brasília, Federal
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catalogue/United States Public Domain0
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Atualizando as linguagens!
O compositor Vander Lee expressa sua visão dos românticos:
vamos conhecer?
Românticos
Românticos são poucos...
Românticos são loucos
desvairados...
Que querem ser o outro;
Que pensam que o outro;
é o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
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São tipos populares
que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!
•
LEE, Vander. In Português Linguagens, 2005 p.14
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O movimento Romântico foi mais
que um programa de ação de um grupo de
poetas, romancistas, filósofos ou músicos.
Tratou-se de um movimento onde se
abrigaram o conservador e o libertário, a
inovação e a repetição de fórmulas que deram
certo.(3)
Liberdade, paixão e emoção são as
bases do romantismo. A partir do apoio de D.
Pedro II aos intelectuais e artistas, o
Romantismo no Brasil se transformou em
projeto oficial, expressando sua ligação com a
política. Para valorizar as origens da
nacionalidade escolheu-se o indígena, visto
como parte integrante e como fundador da
nação brasileira.(4)
(3)www.overmundo.com.br/banco/o-romantismo-emportugal
(4)portalmultirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo02/indianismo
.html
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O ROMANTISMO
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POESIA ROMÂNTICA - PORTUGAL
Camões dizia que o amor é fogo que arde sem ser ver, é
ferida que dói e não se sente.
Esse medo de amar, essa angústia é retratada no poema
“Este Inferno de amar” de Almeida Garret que veremos agora:
Este Inferno de amar
Este inferno de amar — como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida — e que a vida destrói —
Como é que se veio a atear,
Quando — ai quando se há-de ela apagar?
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Eu não sei, não me lembra; o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… — foi um sonho —
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar…
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Que fez ela? Eu que fiz? — Não no sei
Mas nessa hora a viver comecei…
Almeida Garrett – In Português Novas palavras 2003 p. 118
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Conhecendo o autor
João Baptista da Silva Leitão
de Almeida Garrett nasceu
em 1799 no Porto e faleceu
em Lisboa em 1854.
É provavelmente o escritor
português mais completo de
todo o século XIX, porquanto
nos deixou obras-primas na
poesia, no teatro e na prosa,
inovando a escrita e a
composição em cada um
destes gêneros literários.(5)
(5)www.edusurfa.pt/area.asp?tipo=1&seccao=4&area=2...153
Imagem: Autor Desconhecido/United States Public
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Atuou intensamente na
política e na vida cultural de
Portugal. Com 22 anos casouse com uma moça de 14, Luisa
Midosi. O casamento acabou
tumultuado pela traição da
esposa.
Em 1841, ele teve um
caso com Adelaide Devile, com
quem teve uma filha.
Seu grande amor surgiu
na
velhice
quando
se
apaixonou pela viscondessa
Rosa de Montufar, que era
casada.(6)
(6)www.edusurfa.pt/area.asp?tipo=1&seccao=4&area=2...153
AGORA PENSE:
• Que episódio da vida do
autor pode estar associado
ao poema lido?
• O eu-lírico evoca o tempo
em que o amor era apenas
um sonho. Olhos de uma
mulher
despertaram-no.
Qual a diferença entre o
sonho e a realidade do
amor?
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Poesia romântica - Brasil
A formação de uma identidade nacional
A pátria, amada, cantada por poetas e exaltada por
grandes escritores não poderia deixar de ser a razão do poema
Canção do Exílio de Gonçalves Dias que implantou e solidificou a
poesia romântica em nossa literatura.
A linguagem simples do poema escrito há mais de 150
anos dialoga com o leitor de hoje. (7)
(7) emanoeleducacao.blogspot.com/2012/06/roteiro-do-sarau.html
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Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(...)
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias. In Port. Novas Palavras, 2003 p.131.
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Agora pense!
• Qual das estrofes é
lembrada no Hino Nacional?
CONHECENDO O AUTOR
• A distância no poema é
marcada por dois advérbios.
Quais são eles e o que cada
um representa?
• Dois elementos da natureza
são destacados no poema
como símbolo da pátria.
Identifique-os.
Imagem: Édouard (1804-18??)/United Stated Public
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Gonçalves Dias
Nasceu no Maranhão, filho de um comerciante português e uma cafuza,
estudou Direito em Coimbra, Portugal, entre 1840 e 1844; lá ocorreu sua
estreia literária, em 1841, com o poema dedicado à coroação do Imperador D.
Pedro II no Brasil. Em 1843, escreveu o famoso poema Canção do Exílio. De
volta ao Brasil, foi nomeado Professor de Latim e secretário do Liceu de
Niterói, e iniciou atividades no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Nos anos seguintes, aliou a intensa produção literária com o trabalho como
colaborador de vários periódicos, professor e pesquisador que o levou a fazer
várias viagens pelo interior do Brasil e para a Europa. Em 1846, a publicação
de Primeiros Cantos o consagraria como poeta.
Considerado o principal poeta da primeira geração do Romantismo brasileiro,
Gonçalves Dias ajudou a formar, com José de Alencar, uma literatura de feição
nacional, principalmente com seus poemas de temática indigenista e
patriótica. (8)
(8) www.biografia.inf.br/termos/poesia-brasileira
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ULTRARROMANTISMO
A segunda geração romântica brasileira é acometida
pela crise existencial da geração ultrarromântica. Um
emocionalismo excessivo, a melancolia, o desespero
são as marcas dessas poesias.(9)
(9) www.geocities.ws/seuromantismo/2gerabra.htm
A atitude mórbida do ultrarromantismo é chamada de
“mal do século”.
Os principais escritores dessa época no Brasil foram
Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Álvares de
Azevedo.
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No poema a seguir veremos alguns dos temas mais recorrentes da poesia de
Álvares de Azevedo: o amor e a mulher idealizados, o isolamento, a solidão, o
pessimismo, o ambiente noturno e a morte como saída.
Lembrança de Morrer
(Fragmentos)
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
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Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro,
... Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade... é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
(...)
Só levo uma saudade... é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
(...)
Se uma lágrima as pálpebras
me inunda,
Se um suspiro nos seios
treme ainda,
É pela virgem que sonhei...
que nunca
Aos lábios me encostou a
face linda!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Álvares de Azevedo. In: Português Linguagens, 2005 p. 85
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• No poema, estão sintetizados os
temas do escapismo da vida, do
amor febril pela virgem angelical e
das angústias que consomem a
existência do poeta.
Que outras características do
ultrarromantismo encontramos
nele?
• Explique por que Álvares de
Azevedo é tido como a “Antítese
personificada”.
Imagem: Pufacz/ public domain
AGORA PENSE:
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Álvares de Azevedo
É a principal expressão
da geração ultrarromântica de
nossa poesia. Nasceu em São
Paulo, fez os estudos básicos
no Rio de Janeiro.
Escreveu poesias, prosa
e
teatro
enquanto
era
estudante universitário em São
Paulo.
A contradição é a marca
característica de sua obra. (10)
(10)www.bartolomea.com.br/frames/.../LITERATURA_
Livro_2Ano.pdf
Imagem: Autor Desconhecido/ Domínio público
Conhecendo o autor
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A poesia Condoreira
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Antes usada para cantar o amor,
a poesia romântica passa a servir de
elemento de defesa do Nacionalismo e
propaga a ideia de que cada povo é
único e criativo, e expressa seu gênio
na linguagem, na literatura, nos
monumentos e tradições populares.
Além disso, a poesia romântica
na 3ª geração passa a ser chamada
condoreira. O Condoreirismo é uma
parte do Romantismo marcada pela
temática social e pela defesa de ideias
igualitárias.(11)
(11)emanoeleducacao.blogspot.com/2012/06/roteiro-dosarau.html
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Fugindo um pouco do egocentrismo dos ultrarromânticos
os condoreiros desenvolveram uma poesia comprometida com a
causa abolicionista.
São poemas cuja finalidade é convencer o leitor-ouvinte e
conquistá-lo para a causa defendida. (12)
Imagens: Jean-Baptiste Debret(1768–1848)/public
domain
(12)www.lunaeamigos.com.br/gramatica/romantismo5.htm
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O maior representante da poesia condoreira foi Castro
Alves. O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir
gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente
confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos
negros escravizados.
Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de
protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos.
Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta
dos Escravos”. (13)
(13) www.jornalnh.com.br/.../homenagem-a-castro-alves-e-dia-da-poesia...
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O poeta dos escravos
Antônio de Castro Alves
Nasceu na Bahia e
estudou Direito em Recife e em
São Paulo.
Três temas dominaram
sua obra: a natureza, o amor e
a problemática social.
“O navio negreiro”
tornou-se o mais forte grito de
indignação usado pela
campanha abolicionista.
Imagem:Alberto henschel (1827–
1882)/ public domain
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O navio negreiro
(Excerto)
(...)
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os
céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se
cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
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São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres
mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
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Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao
mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Castro Alves. In: Port Novas Palavras, 2003 p. 140
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AGORA PENSE
• Na segunda estrofe, a
pergunta retórica “Quem
são estes desgraçados?”
que introduz as informações
sobre os escravos que virão
nas estrofes seguintes.
A quem é dirigida a
pergunta? Que figura de
linguagem é utilizada nessa
passagem?
• Qual a acusação que a voz
poética faz a esses
interlocutores?
• Qual deve ser a função
da poesia sugerida pela
leitura do poema?
Imagens: Jean-Baptiste Debret(1768–1848)/public domain
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Em dia com o vestibular e o ENEM
QUESTÃO 1 (FUVEST)
Cantei o monge, porque ele é escravo, não da cruz, mas do arbítrio de outro
homem.
Cantei o monge, porque não há ninguém que se ocupe de cantá-lo.
E por isso que cantei o monge, cantei também a morte.
É ela o epílogo mais belo de sua vida: e seu único triunfo.
O autor do trecho acima é um poeta da segunda geração romântica brasileira.
Pelo fato de não utilizar frequentemente um tipo de linguagem própria da
geração em que se encaixa, oscila, muitas vezes, entre a tradição clássica e o
pessimismo. Trata-se de:
a) Castro Alves.
b) Junqueira Freire.
c) Gonçalves Dias.
d) Casimiro de Abreu.
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/literatura-romantismo
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QUESTÃO 2
(...)
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda.
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda! (...)
(Álvares de Azevedo)
A característica do Romantismo mais evidente desta quadra é:
a) o espiritualismo.
b) o pessimismo.
c) a idealização da mulher.
d) o confessionalismo.
e) a presença do sonho.
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/literatura-romantismo
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QUESTÃO 3 (FUVEST)
(...)
Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso... e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.(...)
Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que
fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico
manifesta a:
a) ironia romântica.
b) tendência romântica.
c) melancolia romântica.
d) aversão dos românticos à natureza.
e) fuga romântica para o sonho.
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/romantismo
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QUESTÃO 4 ENEM (2010)
Soneto
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000
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O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica,
porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento
específico. O fundamento desse lirismo é:
a) A angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
b) A melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
c) O descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
d) O desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
e) O gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
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Cruzando linguagens
O cantor Caetano Veloso em 1998 criou uma música
para o poema “Navio Negreiro” em estilo de rap.
Pesquise na internet, ouça e observe os problemas
sociais da época, fazendo uma comparação com os de
hoje.
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Respostas e sugestões
• Questão 1 = b
• Questão 2 = c
• Questão 3 = a
• Questão 4 = b
Filme: “A Moreninha” baseado na obra de
Joaquim Manuel de Macedo.
Sarau de artes e literatura = que tal organizar
uma Sarau com as poesias estudadas aqui e
outras?
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Linguagem e temas da poesia romântica
Bibliografia
•
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2005.
•
AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo, ANTÔNIO, Severino. Novas Palavras – Português
Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2003.
•
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/romantismo acesso
em 20/06/2012
•
•
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/literatura-romantismo acesso em 20/06/2012
www.inep.gov.br/ acesso em 20/06/2012
•
www.google.com.br/imghp acesso em 20/06/2012
•
http://pinterest.com/professorautor/ acesso em 20/06/2012
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03/09/2012
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