Opera Mundi ASSINE 0800 703 3000 Page 1 of 3 BATE-PAPO E-MAIL SAC BUSCAR VOIP E-MAIL GRÁTIS SHOPPING ÍNDICE PRINCIPAL 6 29/10/2010 - 08:17 | Luciana Taddeo | Buenos Aires Argentina: chanceler afirma que Cristina será candidata, mas analistas apontam Scioli O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou na noite desta quinta-feira (28/10), que a presidente Cristina Kirchner será candidata para as eleições presidenciais do país em 2011. A declaração foi dada para a rede de televisão CNN durante o velório do ex-presidente Néstor Kirchner, vítima de uma parada cardiorrespiratória na manhã de quarta-feira (27/10). Partido Verde francês declara apoio a Dilma e diz que sua vitória é única forma de avançar debate ecológico no país “Cristina vai ser candidata dos argentinos e a ganhadora das eleições, não tenho nenhuma dúvida”, anunciou o chanceler, segundo a agência de notícias Télam. “Nós dizíamos que poderia ser ele ou ela, agora com certeza será ela”, afirmou. Quando questionado, no entanto, sobre a confirmação da afirmação, o diplomata recuou: “Não está decidido, porque é uma coisa que ela é quem tem que decidir, mas sabe que tem o meu apoio”, disse. Mujica diz apoiar Dilma por ser quem "mais convém" ao Uruguai África do Sul: Em campanha contra HIV, atores de filmes pornô usam camisinha em cena Efe Presidente de El Salvador diz acreditar em vitória de Dilma no 2º turno Chávez nacionaliza filial de fabricante de garrafas dos EUA 5 Câmera Sony Diversos modelos a partir de R$ 299 GPS Multilaser Notebooks A partir de apenas R$ 251. Aproveite! Diversas marcas a partir de 12x de R$ 91,59 Samsung Star TV Pen Drives O apoio demonstrado à Cristina é visto como termômetro pelo peronismo para as próximas eleições, em 2011 As declarações do chanceler retratam as incertezas sobre o futuro panorama político argentino após a morte de Néstor Kirchner, assim como as expectativas em relação a como se organizará o cenário para as eleições presidenciais de 2011. Se há alguns meses a conjuntura política do país gerava dúvidas sobre qual cônjuge do casal presidencial tentaria se eleger como próximo presidente e como os partidos opositores se articulariam para combatê-lo, o recente acontecimento traz novos questionamentos. Os principais deles remetem aos desafios que a presidente enfrentará para dar continuidade ao seu mandato sem o apoio do marido e às incertezas em relação à organização da coalizão Frente para a Vitória para a campanha eleitoral do ano que vem. “Ainda é muito cedo para fazer avaliações, pois não sabemos como Cristina pode reagir na ausência de seu marido e principal sustento político”, afirmou ao Opera Mundi o analista Marcelo Leiras, diretor das licenciaturas em Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de San Andrés. 3 Há pouco mais de um mês, Leiras considerava que Kirchner emitia sinais de que queria voltar à Casa Rosada e que provavelmente seria o candidato pelo kirchnerismo em 2011. Para ele, hoje é precoce tentar prever como se comporá o cenário eleitoral a partir de agora. “A formação dos quadros políticos dependerá de como a reação popular diante da morte de Kirchner vai afetar a imagem do governo e o ânimo de Cristina”, explicou. O pesquisador de sociologia histórica da política argentina pelo Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), Nicolás Damin, acredita que a morte do ex-presidente terá um papel importante no futuro desenho da opinião pública: “Os argentinos têm uma forma muito particular de lidar com seus líderes mortos, como aconteceu com o general Juan Domingo Perón e com Raúl Alfonsín. A figura de Néstor vai somar muito neste aspecto e os níveis de aceitação do governo vão crescer fortemente”, disse. Desbloqueado a partir de R$ 599. Confira! Diversos modelos a partir de R$ 19,90 6 4 A Imagem dos Sonhos Agora é realidade. Novas TVs LG com tecnologia IPS. Conheça o site! www.painelips.com.br Smirnoff Exchange Mande o Melhor das Baladas da Sua Cidade Para Outro País! Acesse Facebook.com/SmirnoffBrasil Caminhe com um Gigante! Conheça o Hamilton, Dê uma Volta em Interlagos e veja a F1 do Paddock. www.facebook.com/johnniewalkerbrasil Mais anúncios Segundo o sociólogo, a massiva presença de pessoas na Casa Rosada para se despedir do expresidente no dia de sua morte e no velório pode ser avaliada, no interior do peronismo, “como uma clara http://operamundi.uol.com.br/noticias/ARGENTINA+CHANCELER+AFIRMA+QUE+CRI... 01/11/10 Opera Mundi Page 2 of 3 opção dos cidadãos argentinos pelo kirchnerismo”. Leia mais Morre Néstor Kirchner, ex-presidente da Argentina Argentinos lotam a Praça de Maio para homenagear Néstor Kirchner Amorim diz que morte de Kirchner é perda para América do Sul Avós da Praça de Maio dizem que Kirchner deu a vida pela Argentina Eleito durante crise, Kirchner se tornou uma das figuras políticas mais importantes da Argentina Galeria de imagens: Líderes mundiais homenageiam ex-presidente Néstor Kirchner Galeria de imagens: Argentinos vão à Praça de Maio para homenagear ex-presidente Néstor Kirchner Perda do líder O diretor do Centro de Investigações Políticas (Cipol), Marcos Novaro, no entanto, apesar de acreditar que as tendências não se evidenciarão em curto prazo, acredita que o kirchnerismo passará por uma renovação. Para ele, com a morte de Kirchner, o governo sofrerá com a falta de seu principal “armador”. “O kirchnerismo perdeu a pessoa que se encarregava de mobilizar e disciplinar a base política de prefeitos, governadores e sindicalistas que o apóiam. Este líder era Néstor, que é insubstituível”, afirmou. A opinião de Novaro sobre o protagonismo de Kirchner na atuação de Cristina coincide com a de outros analistas. “O kirchnerismo é uma força política potente, mas muito heterogênea. A atividade política intensa de Néstor mantinha esta coalizão em movimento e na ofensiva”, explicou Leiras. “A morte do expresidente complica a gestão política do dia a dia devido à grande quantidade de decisões que recaíam sobre ele, por ser chefe do Partido Justicialista e referência máxima dos grupos que o acompanham e que, às vezes, têm conflitos entre si”, disse Damin. Como consequência, uma das possibilidades vislumbradas pelo diretor do Cipol é o surgimento de um pós-kirchnerismo e que a grande questão que emerge é quem seria o candidato com força para representá-lo. Segundo ele, os agrupamentos dentro do Partido Justicialista que ultrapassavam o Peronismo Federal – cujos integrantes são conhecidos como peronistas dissidentes, com tendências direitistas – já tinham começado a desenhar um projeto de sucessão do governo Kirchner, encarnado, principalmente, em Daniel Scioli, atual governador da província de Buenos Aires. Efe As largas filas para velar o corpo de Kirchner continuaram por toda a noite e na manhã desta sexta-feira Candidato iminente Deputado da cidade de Buenos Aires entre 1997 e 2002 e secretário de Turismo e de Esportes durante o governo interino de Eduardo Duhalde (2002-2003), o político também traz em seu currículo a vicepresidência da Argentina durante a administração de Néstor Kirchner (2003-2007). Com a morte do expresidente, o político assumirá a liderança do Partido Justicialista, segundo confirmou ontem o deputado Jorge Landau à agência Télam. “Scioli é um dos mais bem posicionados para suceder o kirchnerismo. Acho que Cristina tem poucas chances, ela nunca foi armadora da coalizão, nem sequer foi chefe de governo, estava como uma presidente substituta. Para os funcionários do governo e os sindicalistas, a liderança sempre foi Néstor. Cristina leva o peso do sobrenome, mas este não é aceito pelos dissidentes, enquanto o de Scioli sim”, afirmou Novaro, que acredita que a candidatura da presidente implica uma divisão no peronismo: “Tenho a impressão de que os prefeitos e governadores hoje têm menos necessidade de correr o risco de apoiar Cristina do que quando Néstor estava vivo.” O pesquisador Gabriel Puricelli, um dos coordenadores do Laboratório de Políticas Públicas em Buenos Aires, corrobora que Néstor Kirchner faleceu em um momento em que Scioli emergia como concorrente à http://operamundi.uol.com.br/noticias/ARGENTINA+CHANCELER+AFIRMA+QUE+CRI... 01/11/10 Opera Mundi Page 3 of 3 candidatura presidencial. “Sua ideologia e seu estilo são mais parecidos à da ideologia média da base de apoio do governo, mas próxima que a de Cristina e seu esposo, e se ele realmente tem aspirações presidenciais, a ausência de Kirchner do cenário eleitoral lhe favorece muito”, analisou. Segundo ele, muitos do Peronismo Federal estavam calculando entre buscar outras alianças ou esperar que a campanha dos Kirchner se decantasse e que candidatura do governador viesse à tona. “Mas Cristina ganhará crescente apoio da opinião pública e os passos de Scioli deverão ser discretos”, completou. Leia mais: O legado deixado por Néstor Kirchner Casamento Igualitário na Argentina. E no Brasil? América do Sul à beira do futuro Inconstitucionalidade do acordo EUA-Colômbia Diplomacia brasileira: o contraste entre a inércia passada e o dinamismo atual Chances para a oposição Uma das derivações de um peronismo dividido seria o aumento da força dos partidos de oposição, que até a morte do ex-presidente não tinham mostrado capacidade de formar alianças para enfrentar o kirchnerismo. “Se o peronismo não conseguir mostrar indícios de resolver suas eleições internas agora, com a ausência de Néstor, abrirá a única possibilidade de que a oposição dispersa e fraturada seja favorecida”, afirmou Novaro. Maurício Macri, segundo ele, é um dos nomes fortes para competir com um peronismo desunido. Prefeito da cidade de Buenos Aires, Macri é líder do partido Proposta Republicana (PRO), com tendência de centro-direita que, apesar de divergências, formou com Felipe Solá, ex-governador da província de Buenos Aires e Francisco De Narváez, do Peronismo Federal, a coligação União–PRO para as eleições legislativas de 2009, e superou os votos da Frente para a Vitória no parlamento. “Com Cristina candidata, Macri tem mais chances, porque os dissidentes e grupos de interesse vão confluir em sua direção rapidamente. Tudo dependerá do que acontecer dentro do peronismo, se há reconciliação, com Scioli, a dissidência vai desaparecer”, afirmou Novaro. Consequências Além de sentirem a perda do ex-presidente, setores argentinos temem pelo fim do atual governo, que teve grande enfoque nos programas de distribuição de renda, inclusão social e Direitos Humanos. Para Damin, muitos movimentos que dependem da aliança com o governo, como a central sindical CGT (Confederação Geral do Trabalho), que poderiam diluir-se sem uma sucessão kirchnerista. “Os movimentos sociais da periferia representam milhares de pessoas que sabem que seu futuro está ligado às próximas eleições. O caso da CGT não é tão preocupante quanto à obtenção de recursos, mas este aspecto afeta diretamente os movimentos sociais sim”, disse. Siga o Opera Mundi no Twitter Notícias Perfis Entrevistas Especiais Opinião Dicas Esportes Vídeos Links Expediente Contato Newsletter Opera Mundi é melhor visualizado com Mozilla Firefox, Google Crome ou Internet Explorer 7 http://operamundi.uol.com.br/noticias/ARGENTINA+CHANCELER+AFIRMA+QUE+CRI... 01/11/10