Engenharia ::: MAF2201 – Física 1 Prof.: Maurício Falleiros Prova P2 Turma A07 Questões 1. Na figura ao lado, considere que a massa do bloco é de 8,8 kg e que o ângulo θ é de 30º. Ache (a) a tração no fio e (b) a força normal que age sobre o bloco. (c) Se o fio for cortado, determine o módulo da aceleração do bloco. Em (a) e (b), a situação é de equilíbrio tanto no eixo x quando no y. Considere o eixo paralelo à rampa como x, e o eixo perpendicular como y. N − P cos θ = 0 → N = m g cos θ = 76,7 N P sen θ−T = 0 → T = m g sen θ = 43,1 N 2. A figura abaixo mostra quatro pinguins que estão se divertindo ao serem puxados em uma camada de gelo bastante escorregadia (sem atrito) por um tratador. As massas de três pinguins são m1 = 13 kg, m3 = 16 kg e m4 = 20 kg, e a tração em dois dos fios são T2 = 100 N e T4 = 210 N. Ache a massa m2 do segundo pinguim. Pode-se escrever a segunda lei de Newton para cada pinguim, acrescentando as trações T3 e T1, chegando ao mesmo resultado, mas é mais fácil considerar 1 e 2 juntos, 3 e 4 juntos. A aceleração de todos os pinguins (consequentemente das duas duplas também) é a mesma. O sistema resultante tem as incógnitas a e m2 – das quais a primeira não interessa nesse exercício (mas pode ser encontrada e usada, no caminho da solução). T2 T 2=(m1 + m2 )a → a= T 4 −T 2=(m3 +m4 ) a ( m 1+ m 2) m2 = ( m3+ m4) T 4 −T 2 = ( m3+ m4) T2 (m1 + m2) → T2 −m1 = 19,7 kg (T 4−T 2 ) 3. Um elevador pesando 24,5 kN recebe uma aceleração para cima de 1,05 m/s 2 por meio de um cabo. (a) Calcule a tração no cabo. (b) Qual será a tração quando o elevador estiver desacelerando a uma taxa de 1,05 m/s2 mas ainda estiver se movendo para cima? (a) Sobre o elevador agem o peso e a tração. Considere positivo para cima, já que a aceleração observada é para cima. T − P = ma → T = ma+ m g = m( g +a) = P (g + a) = P(1+ a/ g ) = 27125 N = 27,1 kN g Atenção! 24,5 kN = 24,5 103 N = 24500 N (b) “Desacelerando mas ainda movendo para cima” quer dizer que a aceleração é negativa (se o eixo continua para cima). Basta usar a mesma equação acima, só que com a = –1,05 m/s2: T = 21875 N = 21,9 kN ou então considerar positivo para baixo, daí as forças trocam de sinal e tudo dá na mesma. 4. Dois blocos estão em contato sobre uma mesa sem atrito. Uma força horizontal é aplicada ao bloco maior, como mostrado na figura ao lado. (a) Se m1 = 2,6 kg, m2 = 1,3 kg e F = 4,2 N, ache o módulo da força entre os dois blocos. (b) Se uma força de mesmo módulo F for aplicada ao bloco menor mas no sentido contrário, qual será o módulo da força entre os blocos? (a) Os eixos verticais não importam, neste problema, pois não há atrito, e a normal vertical (contra a mesa) e o peso se equilibram, em cada corpo. Na horizontal, sobre o corpo 1 agem a força externa F, positiva, e a normal contra o corpo 2, negativa; sobre o corpo 2, age apenas a normal contra o corpo 1, positiva; a normal sobre um corpo contra o outro tem o mesmo módulo que a normal sobre o outro contra o primeiro. A aceleração dos dois corpos é a mesma. F −M = m 1 a M M F → F− M = m1 → M= = 1,4 N → a= m2 m2 1 + m1 / m2 M =m 2 a (b) A situação é praticamente a mesma, trocando as massas m1 e m2 de equação: F −M = m 2 a M M F → F − M = m2 → M= = 2,8 N → a= m1 m1 1 + m 2 /m 1 M =m 1 a 5. Um bloco de 3,7 kg é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F de intensidade igual a 23 N que faz um ângulo de θ = 42º para baixo com a horizontal (figura ao lado). O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o piso é de 0,25. Calcule a intensidade (a) da força de atrito que o piso exerce sobre o bloco e (b) da aceleração do bloco. Na vertical, agem o peso e a componente y da força F, para baixo, e a normal, para cima – e elas se equilibram: N = P+ F sen θ = m g + F sen θ = 51,65 N Na horizontal, agem a componente x da força F, para a direita, e o atrito cinético, para a esquerda f k = μ k N = 12,9 N F cos θ− f k F cos θ− f k=ma → a = = 1,13 m /s 2 m 6. Os blocos A e B da figura ao lado pesam 42N e 27N, respectivamente. (a) determine o peso mínimo do bloco C para impedir que o bloco A deslize se μs entre o bloco A e a mesa for de 0,25. (b) O bloco C é removido subitamente de cima do bloco A. Qual será a aceleração do bloco A se μk entre A e a mesa for de 0,18? (a) Na situação desejada de equilíbrio, a tração T na corda é igual ao peso do corpo B. Esta tração puxa o corpo A para a direita, enquanto o atrito estático resiste a esta tração. O valor limite do atrito estático é aumentado quando o corpo C é colocado sobre o A pois isto aumenta a normal N entre o corpo A e a mesa. Faça o diagrama destas forças para ajudar a visualizar tudo isto. P B =T = f s,max = μ s N = μs ( P A + P C ) → P PC = μBs −P A = 66 N (b) se o peso C for removido, o atrito estático máximo é menor do que a tração exercida pela corda e o sistema entra em movimento. Neste caso, não há mais equilíbrio nem para o corpo A nem para o B e vale a segunda lei de Newton para ambos, com a mesma aceleração (considerando positivo do corpo A para a direita e do corpo B para baixo): P B −T =m B a → T − f k=m A a a= P B − f k = (mA + mB )a → a = P B− f k P B− f k = mA + mB (P A /g )+( P B / g ) P B −μ k P A g = 2,76 m/s 2 PA+ PB 7. Um engradado de 68 kg é arrastado sobre um piso horizontal, puxado por uma corda presa ao engradado e inclinada de 15º acima da horizontal. (a) Se o coeficiente de atrito estático for de 0,50, qual será a intensidade da força mínima necessária para que o engradado comece a se mover? (b) se μK = 0,35, qual será a intensidade da aceleração do engradado, quando ele se mover? Com a força na diagonal, sua intensidade interfere tanto na componente horizontal que move o engradado quanto na vertical, diminuindo sua normal com o chão (o que reduz o atrito). Então é necessário equacionar os dois eixos e resolver o sistema. Separadamente para a situação (a) e para a (b), já que uma é de equilíbrio e envolve a força de atrito estático, e a outra, tem aceleração e força de atrito cinético. (a) A intensidade mínima da força é quando ela iguala o valor máximo do atrito estático. eixo y : F sen 15º + N −P = 0 → N = m g −F sen 15º → eixo x : F cos 15º− f s,max = 0 → F cos 15º−μ s N = 0 F cos 15º−μ s (m g−F sen 15º) = 0 → F (cos 15º +μ s sen 15º) = μs m g → F= μs m g = 304,2 N cos 15º +μ s sen 15º (b) A equação do eixo y não muda, a do eixo x agora envolve cinético e aceleração. Quando ele começar a se mover, a força F terá a intensidade calculada no item anterior e a incógnita é a aceleração. eixo y : F sen 15º+ N −P = 0 → N = m g−F sen 15º eixo x : F cos 15º− f s,max = ma → F cos 15º−μ k N = m a → F cos 15º−μ k (m g−F sen 15º) = ma → a = F (cos 15º+μ k sen 15º )−μ k m g = 1,30 m/s2 m