Perspectivas da Auditoria Interna Aumento no nível de risco na cadeia de fornecimento soma-se à crescente cadeia de desafios Como consequência do amadurecimento da economia e da sociedade brasileira as questões pertinentes à competitividade dos produtos e serviços tornam-se cada vez mais relevantes nas pautas estratégicas das empresas. A recente crise financeira acelerou esta avaliação. As perspectivas positivas motivadas por fatos e eventos tais como a exploração das riquezas na camada pré-sal, a Copa do Mundo, as Olimpíadas, a mobilidade social, dentre outros, colocam o Brasil no centro das atenções mundiais. Concretamente, canalizam recursos, investimentos e concorrência para o nosso mercado. Deixar de ser competitivo nos mercados externos, via exportações, é um claro sinal de nossa fragilidade de defesa do mercado interno, via novos entrantes e mesmo com as importações. Contar apenas com o fator câmbio e barreiras alfandegárias como forma de se alcançar competitividade e defesa de mercado nos parecem insuficientes neste cenário. A questão de reduzir sustentavelmente os custos das operações torna-se fundamental para que as empresas aproveitem as oportunidades que o mercado brasileiro está e irá apresentar nos próximos anos. E é sobre isto que gostaríamos de discutir e apresentar nosso ponto de vista. Perspectivas da Auditoria Interna Aumento no nível de risco na cadeia de fornecimento soma-se à crescente cadeia de desafios Publicações relacionadas: 10Minutes on supply chain risk management From vulnerable to valuable: How integrity can transform a supply chain A recente crise financeira mundial levou muitas empresas a enfrentar questões corporativas críticas como estabilidade financeira, gestão de riscos e sustentabilidade. Neste momento, quase nenhum aspecto empresarial foge à análise, enquanto empresas lutam para colocar os pingos nos “is” e seguir gerindo seus negócios, ao mesmo tempo em que cortam custos. Em meio à urgência por operações mais inteligentes, gerenciando a variedade dos riscos associados à cadeia de fornecimento, deve ter seu espaço na lista das questões corporativas mais prementes. E, como era de se esperar, as funções da Auditoria Interna estão ajudando ativamente os líderes de negócios na gestão dos riscos cada vez mais complexos e abrangentes associados à cadeia de fornecimento. Hoje em dia estas questões não mais se limitam à qualidade e ao custo. Uma ruptura com fornecedor pode afetar imediatamente a lucratividade, prejudicar oportunidades de crescimento, destruir valor do acionista e comprometer a reputação da empresa por meio de uma queda nos níveis de confiança do público. Uma análise da PricewaterhouseCoopers (PwC) mostra que as empresas que vivenciaram rupturas em sua cadeia de fornecimento experimentaram uma queda mais brusca no valor ao acionista do que outras, além de maior volatilidade nos preços dos estoques e maiores reduções no retorno de suas vendas e ativos. Esteja preparado A economia global profundamente conectada e a pressão para corte de custos trazem desafios adicionais para o imperativo controle de riscos. A instabilidade política mundial, mudanças no tempo e no clima, pandemias e outras crises na saúde, além de hiatos culturais, podem levar a rupturas e falhas na cadeia de fornecimento que, por sua vez, podem manchar a reputação de um negócio e acabar de vez com o valor de uma empresa. Em uma era em que os consumidores buscam produtos e serviços sob encomenda quase instantâneos, falhas nas complexas cadeias de suprimento podem resultar em atrasos no lançamento de produtos ou em recalls – situações que são observadas com lentes de aumento por órgãos reguladores, consumidores e outros stakeholders. Enquanto muitos países em desenvolvimento operam sob leis menos rigorosas de proteção à produção e à propriedade intelectual, as empresas dos Estados Unidos estão dedicando atenção mais meticulosa às transações de negócios e à integridade do fornecedor. Por exemplo, um fabricante mundial de automóveis experimentou perdas significativas porque alguns de seus fornecedores faliram e outros entregaram produtos de má qualidade, ou não conseguiram cumprir os prazos. Em resposta, este fabricante começou a observar mais atentamente o ambiente de negócios em que seus fornecedores operavam. Identificou importantes riscos enfrentados pelos fornecedores e conduziu avaliações ajustadas ao risco nas cotações solicitadas aos fornecedores. Como resultado, a cotação mais baixa não foi a que gerou a maior economia depois de efetuados os ajustes para considerar o risco. Este fabricante agora toma decisões melhor suportadas na escolha de seus fornecedores, identifica rapidamente fornecedores problemáticos e pode tomar medidas corretivas antecipadamente. Perspectivas da Auditoria Interna. Aumento no nível de risco na cadeia de fornecimento soma-se à crescente cadeia de desafios Cura holística Sua empresa pode começar a entender melhor o risco geral da cadeia de fornecimento através de uma abordagem holística ao corte de exposição ao risco desta cadeia - esta abordagem baseia-se em um modelo abrangente que ajuda a identificar e avaliar as vulnerabilidades em todo o ciclo da cadeia de fornecimento. O primeiro passo deve ser identificar os fornecedores mais críticos para a empresa, levando em conta considerações de alto nível sobre sua reputação, governança, transações, estratégias e marca. Depois, pergunte-se: • Existem áreas em que estamos arriscando mais do que economizando ao confiar neste fornecedor? • Quais fornecedores causariam problemas operacionais sérios se falhassem? • Qual seria o provável impacto financeiro causado por uma questão operacional crítica/ruptura às nossas operações? • Quão vulnerável ou viável é cada fornecedor? • Como as operações de nossos fornecedores, na forma como refletem qualidade e economia, alinham-se às nossas metas de negócios e à nossa marca? • A integridade dos fornecedores, no modo como reflete seus fundamentos sociais, trabalhistas, ambientais e éticos, está em linha com nossas metas de negócios e nossa marca? Construindo um suporte para as suas bases Para melhorar a integridade da cadeia de fornecimento, as empresas devem desenvolver uma configuração com abordagem estruturada para contínua identificação e gestão de risco. Isto permitirá contemplar de forma pró-ativa e periódica os riscos organizacionais da cadeia de fornecimento - prática que protege mais fortemente a empresa contra hiatos na cadeia de fornecimento. Um bem sucedido programa de gestão de risco da cadeia de fornecimento requer características de uma abordagem estruturada: • Um perfil abrangente do risco da cadeia de fornecimento. • O estabelecimento de tolerâncias a risco por tipo de risco, fornecedor, commodities, etc. • Uma compreensão clara do custo real (custo direto mais custo indireto) dos eventos de risco da cadeia de fornecimento. • Principais indicadores de risco (KRIs) alinhados a modelos de classificação que fornecem “alertas antecipados” para problemas potenciais. • Respostas pré-definidas da administração, correspondente ao aumento nos níveis de risco do fornecedor. • Precificação baseada em risco e análise de desempenho para apoiar o desenvolvimento de melhor resposta ao risco. • Alinhamento de incentivos individuais para decisões baseadas em risco. • Foco na intervenção antecipada em vez de gestão de crise. (1 “Da vulnerabilidade ao valor: como a integridade pode transformar uma cadeia de fornecimento” da série: “Conseguindo excelência operacional, PwC 2008”) Perspectivas da Auditoria Interna. Aumento no nível de risco na cadeia de fornecimento soma-se à crescente cadeia de desafios A Auditoria Interna pode trabalhar com os líderes de negócios no desenvolvimento de um programa de gestão de riscos da cadeia de fornecimento usando algumas dessas características, bem como na avaliação do programa de gestão de riscos da cadeia de fornecimento, através de acompanhamento e auditoria contínuos. Sua empresa pode também avaliar informações financeiras de seus fornecedores para medir sua solvência e estabilidade. Devido ao custo proibitivo de se avaliar cada fornecedor, recomendamos a alavancagem dos seus processos e dos principais indicadores de risco, para identificar os fornecedores problemáticos dentro da cadeia de fornecimento antes que estes se tornem onerosos. Este procedimento poderá também incluir a avaliação de fornecedores em uma abordagem segmentada para classificar o nível de risco de cada fornecedor. Como a Auditoria Interna pode ajudar A Auditoria Interna pode contribuir para a segurança e o sucesso de sua empresa através das seguintes funções: • Revisar e entender a cadeia de fornecimento, incluindo seus pontos fortes e fracos, para validar programas de monitoramento. • Trabalhar com especialistas na cadeia de fornecimento da empresa para desenvolver um processo de monitoramento que possa ser replicado. • Ajudar a identificar os fornecedores críticos. • Avaliar quais fornecedores poderão ser vulneráveis a ameaças e ajudar a desenhar um perfil de mitigação residual. • Identificar procedimentos de controle fortes. • Ajudar a desenvolver ferramentas e técnicas analíticas fundamentais. • Auxiliar no monitoramento de compliance. Uma vez que estes programas estejam implementados, a Auditoria Interna pode monitorar sua efetividade e fornecer percepções para orientar a empresa no sentido de obter melhoras contínuas e sustentáveis. Estas medidas vão além de precaução e controle de danos de hoje. Elas estabelecem a direção para um posicionamento inteligente no ambiente global de negócios de amanhã. Empresas operando em mercados competitivos parecerão mais competentes no futuro se vencerem agora os desafios da integridade da cadeia de fornecimento. Distantes mercados acenam e podem apresentar riscos potenciais ainda maiores na cadeia de fornecimento – assim como oportunidades de negócio - ao longo do tempo. Contatos: Manuel Araujo [email protected] 55 11 3674-3524 Paulo Petroni [email protected] 55 11 3674-2673 Wilson Marques [email protected] 55 11 3674-3733 Silvio Souza [email protected] 55 11 3674-2248 Rodrigo Raposo [email protected] 55 11 3674-3803 © 2009 PricewaterhouseCoopers. Todos os direitos reservados. 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