Quinhentismo marco inicial Carta, de Pero Vaz de Caminha (1500) Não se pode dizer que as manifestações escritas nos primeiros anos da história do Brasil sejam literatura, em seu verdadeiro sentido. São textos informativos que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro. Literatura de Informação Pero Lopes de Sousa: Diário de navegação (1530). Pero de Magalhães Gândavo: História da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil (1576); Tratado da terra do Brasil (1570). Gabriel Soares de Sousa:Tratado descritivo do Brasil (1587). Ambrósio Fernandes Brandão: Diálogos das grandezas do Brasil (1618). Literatura de Formação José de Anchieta, teatro: Auto representado na festa de são Lourenço, na Vila de Vitória e na visitação de sta. Isabel; poesia: A santa Inês; Do santíssimo sacramento; Em Deus meu Criador; De beata Virgine Dei Matre Maria. Pe. Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão dos gentios (1558). Pe. Fernão Cardim: Narrativa epistolar e Tratados da terra e da gente do Brasil (1583). Fr. Vicente do Salvador: História do Brasil (1627). Outros Relatos Hans Staden: Duas viagens ao Brasil, obra escrita em alemão e publicada em 1557. Jean de Léry: Viagem à terra do Brasil, escrita em francês e publicada em 1578. 19279 - Literatura Era Colonial 1601 Prog. Visual Redação Coor. Ped. C. Qualidade Dep. Arte marco inicial Barroco Prosopopéia, de Bento Teixeira (1601) Teocentrismo X Antropocentrismo Verso, tende para o cultismo Gregório de Matos Guerra, religioso: Buscando a Cristo; A Jesus Cristo, Nosso Senhor; satírico: A cidade da Bahia; Triste Bahia; lírico: À sua mulher antes de se casar. Manuel Botelho de Oliveira: Música do Parnaso (1705). Frei Manuel de Santa Maria Itaparica: Eustáquidos (1769 - sacro) e Descrição da Ilha de Itaparica (mais clássico que barroco). Frei Manuel Calado: Valoroso Lucideno e Templo da liberdade (1648). Prosa, tende para o conceptismo Pe. Antônio Vieira Profecias (narrativa escatológica): Histórias do futuro; Esperanças de Portugal e Clavis prophetarum. Cartas (narrativa epistolar): cerca de 500 cartas (sobre Portugal e Holanda, a Inquisição e os cristãos-novos e sobre a situação da colônia). Sermões (literatura parenética): cerca de 200 sermões, em 15 volumes (de tendência conceptista) – Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda (Bahia,1640); Sermão de santo Antônio (São Luís, 1654, dirigindo-se aos peixes); Sermão do mandato (sobre o amor); Sermão da sexagésima (sobre a ineficiência dos sermões); Sermão da Primeira Dominga da Quaresma (Maranhão, 1653, tenta persuadir os colonos a libertarem os indígenas). 1768 1836 Romantismo marco inicial Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1836) Antecedentes: Niterói (Revista Brasiliense – 1836): Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto-Alegre, Francisco Sales Torres-Homem e C. M. de Azeredo Coutinho. O Jornal Minerva Brasiliense (1843 a 1845): Gonçalves de Magalhães, Odorico Mendes, Santiago Nunes Ribeiro e Teixeira e Sousa. Verso 1ª Geração _ nacionalismo, indianismo, lirismo amoroso Gonçalves de Magalhães: Suspiros poéticos e saudades; Confederação dos tamoios. Gonçalves Dias: Cantos (Primeiros cantos, Segundos cantos, Últimos cantos ); Sextilhas de Frei Antão e Os timbiras. 2ª Geração _ byronismo, ultra-romantismo, mal-do-século (morte, subjetivismo e sentimentalismo) Álvares de Azevedo: Lira dos vinte anos. Casimiro de Abreu: As primaveras. Junqueira Freire: Inspirações do claustro e Contradições poéticas. Fagundes Varela: Noturnas; Vozes da América; Pendão auriverde; Cantos e fantasias; Cantos meridionais; Cantos do ermo e da cidade; Anchieta ou O evangelho nas selvas; Diário de Lázaro. hugoana, grandiloquente, voar alto, condoreira 3ª_ Geração Castro Alves: Espumas flutuantes; Cachoeira de Paulo Afonso; Os escravos; Vozes d’África. Sousândrade: Harpas selvagens; Guesa errante; Novo Éden. Prosa romances urbanos: vida burguesa, Rio de Janeiro Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha (1844); O Moço Loiro (1845); A luneta mágica (1869); Mulheres de Mantilha (1871). Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um sargento de milícias (1853). José de Alencar: Cinco minutos (1856); A Viuvinha (1857); Lucíola (1862); Senhora (1875). romances indianistas: vida na floresta José de Alencar: O Guarani (1857); Iracema (1865); Ubirajara (1874). romances históricos: fato histórico como pano de fundo José de Alencar: As minas de prata (1862-1866); Guerra dos mascates (1873); Alfarrábios (1873). romances regionalistas: ambiente rural ou sertanejo Bernardo Guimarães: O ermitão de Muquém (1864); O Seminarista (1872); A escrava Isaura (1875). José de Alencar: O Gaúcho (1870); Tronco do Ipê (1871); Til (1872); O Sertanejo (1875). Visconde de Taunay: Inocência (1872). Franklin Távora: O Cabeleira (1876). Teatro Arcadismo marco inicial Obras, de Cláudio M. da Costa (1768) Neoclassicismo Lemas latinos: inutilia truncat; fugere urbem; locus amoenus; carpe diem; aurea mediocritas Poesia Lírica Cláudio Manuel da Costa (Glauceste Satúrnio): Obras (1768). Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu): Marília de Dirceu (1792). Silva Alvarenga (Alcindo Palmireno): O desertor das letras (1774) e Glaura (1799). Alvarenga Peixoto (Alceu): Obras poéticas (1865). Poesia Épica Martins Pena, comédia: O juiz de paz na roça; O noviço; O inglês maquinista; drama: D. João de Lira; O nero de Espanha. Gonçalves de Magalhães, tragédia: O poeta e a Inquisição; Olgiato. Joaquim Manuel de Macedo, drama: O cego; Cobé; Lusbela; comédias: O primo da Califórnia; Cincinato quebralouças. Gonçalves Dias, drama: Leonor de Mendonça. Álvares de Azevedo, macabra: Macário (inacabada). Casimiro de Abreu, drama: Camões e o Jaú. José de Alencar, comédia: Demônio familiar; As asas de um anjo; Mãe; A expiação; O jesuíta. França Júnior, comédia: A república modelo; Amor com amor se paga. Qorpo Santo, nonsense: Certa identidade em busca de outra; Eu sou vida eu não sou morte; As relações naturais. Castro Alves, drama: Gonzaga ou A Revolução de Minas. Artur Azevedo, comédia: Amor por anexins; A filha de Maria Angu; Uma véspera de reis. 1881 Realismo | Naturalismo marco inicial Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1881) O Mulato, de Aluísio de Azevedo (1881) Influências: Comte, positivismo; Taine, determinismo; Marx, socialismo; Darwin, evolucionismo e seleção natural Diferenças Realismo Naturalismo Romance de revolução Pequeno número de personagens Análise psicológica Preocupação moral Predomínio da razão Ambiente requintado, burguês Meio corrompido moralmente Romance de tese Grande número de personagens Análise dos grandes desvios de comportamento Redução quase total da vida interior Não há preocupação moral O instinto prevalece sobre a razão. Visão biológica do mundo Destaque para os aspectos repugnantes da condição humana (patológico) Meio corrompido moral e ou economicamente Obra Realismo Naturalismo Machado de Assis: Memórias póstumas de Brás Cubas, romance (1881); Quincas Borba, romance (1891); Dom Casmurro, romance (1899); Esaú e Jacó, romance (1904); Memorial de Aires, romance (1908); Papéis avulsos, contos (1884); Várias histórias, contos (1896); Páginas recolhidas, contos (1899); Relíquias da casa velha, contos (1906). Raul Pompéia: Uma trajédia no Amazonas, novela (1808); As jóias da coroa, novela (1882); Canções sem metro, poemas em prosa (1883); O Ateneu, romance (1888). Aluísio Azevedo: O Mulato (1881); Casa de pensão (1884); O Cortiço (1890). Inglês de Sousa: O Cacaulista (1876); História de um pescador (1876); O coronel sangrado (1877); O Missionário (1888); Contos amazônicos (1893). Oliveira Paiva: Dona Guidinha do poço (1952 – póstumo); A Afilhada (1961 – póstumo). Adolfo Caminha: A Normalista (1893); O Bom-Crioulo (1895). Domingos Olímpio: Luzia-Homem (1903). Júlio Ribeiro: A Carne (1882). Era Moderna 1500 Era Nacional Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Panorama Geral da Literatura Brasileira 1902 Pré-Modernismo marco inicial Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha (1902) Romances Graça Aranha: Canaã (1902). Euclides da Cunha: Os Sertões (1902). Lima Barreto: Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909); Triste fim de Policarpo Quaresma (1915 ); Numa e Ninfa (1915); Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919); Clara dos Anjos (inacabada – 1948); Cemitério dos vivos (inacabada – 1953). Contos Monteiro Lobato: Urupês (1918); Cidades mortas (1919); Negrinha (1920). João Simões Lopes Neto: Contos gauchescos (1912); Lendas do Sul (1913); Casos de Romualdo (póstumo, 1952). Poesia Augusto dos Anjos: Eu (1912). 1922 marco inicial Modernismo Semana de Arte Moderna (1922) Geração de 22 Oswald de Andrade Poesia: Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia, Oswald de Andrade; Cântico dos cânticos para flauta e violão; O escaravelho de ouro. Teatro: O rei da vela. Romance: Memórias sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande. Mário de Andrade Poesia: Paulicéia desvairada; Lira paulistana; Clã do jabuti; Remate de males. Conto: Primeiro amor; Os contos de Belazarte. Romance: Amar, verbo intransitivo; Macunaíma. Manuel Bandeira 1882 marco inicial Parnasianismo Fanfarras, de Teófilo (1882) Antecedentes: Batalha do Parnaso (1878), Diário do Rio de Janeiro; Sonetos e rimas (1880), Luís Guimarães Júnior. A Tríade Parnasiana, poesia Olavo Bilac: “Panóplias”, “Via-láctea” e “Sarças de fogo” (1888); “Viagens”, “Alma inquieta” e “O caçador de esmeraldas” (1902); “Tarde” (1917) – poemas que estão no livro Poesias. Raimundo Correia: “Sinfonias” (1883); “Versos e versões” (1887); “Aleluias” (1891) – poemas que estão no livro Poesias (1898). Alberto de Oliveira: “Meridionais” (1884); “Sonetos e poemas“ (1885); “Versos e rimas” (1895); “Poesias” (1900). Outros autores parnasianos Francisca Júlia: Mármores (1895); Esfinges (1903). Vicente de Carvalho: Rosa, rosa de amor (1902); Poemas e canções (1908). Emílio de Menezes: Marcha fúnebre, sonetos (1892); Poemas da morte (1901); Dies irae – A tragédia de Aquidabã (1906); Poesias (1909). 1893 Simbolismo marco inicial Missal, poemas em prosa, e Broquéis, poemas em verso, de Cruz e Sousa (1893) Cruz e Sousa Missal (1883); Broquéis (1883); Evocações (1898); Faróis (1900); Últimos sonetos (1905). Alphonsus de Guimaraens Setenário das dores de nossa senhora (1899); Dona mística (1899); Câmara ardente (1899); Kyriale (1902); Pauvre lyre (1921); Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923); A escada de Jacó (1938); Pulvis (1938). Poesia: A cinza das horas; O rítmo dissoluto; Libertinagem; Estrela da manhã; Belo Belo; Estrela da tarde. Outros autores Cassiano Ricardo: Vamos caçar papagaios; Martim Cererê; Jeremias sem-chorar; Os sobreviventes. Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda; Laranja da China. Menotti del Picchia: Juca Mulato. Guilherme de Almeida: Meu; Raça. Raul Bopp: Cobra Norato. Geração de 30 Poesia Carlos Drummond de Andrade: Alguma poesia; Sentimento do mundo; A rosa do povo; Boitempo; Antologia poética. Jorge de Lima: Invenção de Orfeu; Tempo e eternidade; A túnica inconsútil. Cecília Meireles: Viagem; Mar absoluto; Metal rosicler; Solombra; Romanceiro da Inconfidência. Vinicius de Moraes: O caminho para a distância; Forma e exegese; Poemas, sonetos e baladas. Mario Quintana: Canções; Sapato florido; Caderno H. Romance José Américo de Almeida: A Bagaceira. Rachel de Queiroz: O Quinze; Caminho de pedras; Memorial de Maria Moura. Jorge Amado: Cacau; Jubiabá; Terras do sem-fim; Gabriela, cravo e canela; Tenda dos milagres; Teresa Batista cansada de guerra; Tocaia grande; A morte e a morte de Quincas Berro D’água. José Lins do Rego: Menino de engenho; Doidinho; Bangüê; Usina; Moleque Ricardo; Fogo morto. Graciliano Ramos: Caetés; São Bernardo; Angústia; Vidas Secas. Erico Verissimo: Clarissa; Caminhos cruzados; Música ao longe; O tempo e o vento; Incidente em Antares. Outros autores: Dyonélio Machado; Marques Rabelo; Cyro Martins; Lúcio Cardoso; Cornélio Pena; Ciro dos Anjos. Geração de 45 João Cabral de Melo Neto, poema: Morte e vida severina; O rio. Clarice Lispector, romance: Perto do coração selvagem; A paixão segundo G. H.; A hora da estrela. Conto: Laços de família; A legião estrangeira. João Guimarães Rosa, conto: Sagarana; Primeiras estórias; Corpo de baile; Tutaméia. Romance: Grande sertão: veredas. Emiliano Perneta Ilusão (1911); Pena de Talião (1914); póstumas: Setembro (1934); Poesias completas (1945). Cláudio Manuel da Costa: Vila Rica (1773). Santa Rita Durão: Caramuru (1781). Basílio da Gama (Termindo Sipílio): O Uraguai (1769). Poesia Satírica Tomás Antônio Gonzaga (Critilo): Cartas chilenas (1845). 0800 - 11 27 10