IDADE MÉDIA Profª Maria Auxiliadora Séc V Séc XI Séc XV IDADE MÉDIA Século V – XV • Alta Idade Média – Séc. V – XI (formação e apogeu feudalismo) • Baixa Idade Média – Séc. XI – XV (desagregação do feudalismo) • Elementos feudais: ROMANOS GERMÂNICOS Clientela (dependência entre servos e senhores) Comitatus (dependência entre nobres – base da suserania e vassalagem) Colonato (fixação na terra – origem da servidão) Subsistência (ausência de comércio e moeda) Vilas (grandes propriedades rurais – Economia agropastoril origem dos feudos) Igreja Direito consuetudinário (tradição oral) Divisão do feudo A Estrutura Feudal • Economia – Autárquica (subsistência) • Inexistência de Comércio – O que ocorria era o ESCAMBO (troca de mercadorias) Mão de obra no feudalismo - Servil Servo (preso à terra não era comercializado) ====//=== Escravo (comercializado) A SERVIDÃO • O servo para ter proteção assumia diversas obrigações com o senhor feudal OBRIGAÇÕES SERVIS • Corveia – Trabalho compulsório nas terras do senhor (imposto pago em serviço) * Talha – Obrigação de entregar parte da produção agrícola ao senhor feudal (geralmente 1/3 da produção) • Banalidades – Pagamento pela utilização de equipamentos e instalações do feudo. SOCIEDADE FEUDAL • Estamental • O que determinava o “status” social era o nascimento • Manipulada pela Igreja CLERO REZAR NOBREZA LUTAR SERVOS E VILÕES TRABALHAR POLÍTICA NO FEUDALISMO DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA • Existia o rei, porém não tinha poder efetivo sobre todo o reino. • O poder político dividia-se entre os senhores feudais (vassalos). • Governando de forma independente, o senhor feudal era a autoridade absoluta do feudo. Filosofia Medieval – Alta Idade Média (séc. V – XI) • Santo Agostinho (354-430) • Obra: A cidade de Deus • Subordina a história à vontade divina e estabelece a predestinação Religião • Na Idade Média a Igreja Católica Apostólica Romana dominava o cenário religioso Maior Instituição Medieval Igreja Católica Teocentrismo O fim do feudalismo Causas • Estagnação da produção • Crescimento demográfico • Necessidade do comércio • Mudanças na estrutura servil (exploração, fugas e monetarização das obrigações servis) Alta Idade Média (Século V – X) Prof.ª. Maria Auxiliadora Alta Idade Média (Século V – X) • Principais passagens da Alta Idade Média: • Império Bizantino • Mundo Árabe – Islamismo • Povos Bárbaros – Francos • Formação e apogeu do feudalismo O IMPÉRIO BIZANTINO • Império Romano do Oriente • Constantinopla – capital. – Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TURQUIA). – Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio. • Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas. • Resistência às invasões bárbaras. • Centralização política: Imperador. – CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja O IMPÉRIO BIZANTINO • JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império. – Conquistas territoriais. • Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África. – Compilação do Direito Romano a partir do séc. II. • • • • CORPUS JURIS CIVILIS Poderes ilimitados ao imperador. Privilégios para a Igreja e para a nobreza. Marginalização de colonos e escravos. – Burocracia centralizada + gastos militares + impostos. • 532 - Revoltas populares - Revolta de Nika – Igreja de Santa Sofia (estilo bizantino – majestosidade) EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO BIZANTINO (JUSTINIANO) • Influência de valores orientais. • Grego – língua a partir do séc. VII. • Surgimento de heresias: – MONOFISISTAS – negação da santíssima trindade (Cristo apenas com natureza divina); – ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones). • 1054: CISMA DO ORIENTE: – Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla); – Igreja Católica Apostólica Romana (Papa). O IMPÉRIO BIZANTINO • Decadência: – séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes; – séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas; – 1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna. A CIVILIZAÇÃO ÁRABE O IMPÉRIO ÁRABE: • Península arábica. • Deserto predominante. Arábia Pré-Islâmica • Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300 tribos. – Beduínos – nômades, dedicados a saques, habitavam o deserto. – Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram as principais cidades da região (Meca e Iatreb). – Comando em ambas: xeques (sheiks) • Meca: centro comercial e religioso. – Caaba (cubo) – santuário e depósito de imagens de deuses politeístas das diferentes tribos. – Administrada pela tribo dos coraixitas. A CAABA – MECA Mohamed Ou Maomé Arábia Islâmica • MAOMÉ (570 – 632) – Família Haxemita- membro do ramo pobre dos coraixitas. – Profeta que segue a linhagem de Noé, Abraão, Moisés e Jesus. • 610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta”. – Oposição dos administradores coraixitas de Meca. – Repressão aos seguidores de Maomé. • 622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus seguidores para Iatreb (posteriormente conhecida como Medina – a cidade do profeta). – Início do calendário muçulmano. – População local é convertida. Unificação Política – Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo). Dogmas do Islamismo • • • • • • As 5 principais regras que todo o muçulmano deve seguir são: 1) Alá é o único Deus, e Maomé o seu enviado; 2) Cada muçulmano dever orar 5 vezes ao dia; 3) fazer a caridade; Dar esmolas 4) Cumprir jejum durante o mês do Ramadão; 5) Deslocar-se pelo menos uma vez na vida a Meca. • Proibições: 1) Ingerir bebida alcoólica 2) Comer carne de porco 3) Reprodução da figura humana 4) Jogos de azar * Permissão Poligamia • 630 – Retorno a Meca com exército de populações convertidas. – Destruição de divindades politeístas da Caaba. – Anistia a antigos opositores. – Península Arábica é completamente convertida ao islamismo. • 632 – Maomé morre. – – – – – Califas continuam expansão do islamismo. 1º Califa: ABU BEKR – sogro de Maomé. Motivações: crescimento populacional + busca de terras. Justificativa ideológica: Jihad (conversão dos infiéis). Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino. • Séc. XIII – território comparável ao do Império Romano. A expansão do islamismo: Califas (sucessores de Maomé) iniciaram a expansão (necessitavam de terras e melhorias na economia, por isso, recorriam ao Botim = saque dos vencidos) Seitas Maometas Xiitas – Califa Ali • crença no Corão • Líder político descendente do profeta Maomé Sunitas – Califa Abu-Becker * Crença no Corão e no Suna (livro que apresenta narrativas da vida de Maomé) * Líder político eleito BAIXA IDADE MÉDIA - SÉC. XI - XV 2 – CRESCIMENTO POPULACIONAL: Fim das invasões. Maior consumo. Excedentes populacionais expulsos dos feudos. Retomada das cidades. Aumento do comércio. Aumento da criminalidade. Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas. Moinho hidráulico, arado de ferro... Busca de mais terras para cultivo Filosofia Medieval – Baixa Idade Média (séc. XI – XV) • Santo Tomás de Aquino (1225-1274) Tomismo ou Escolástica Obra: Suma Teológica Razão e Fé em equilíbrio Livre-arbítrio Condenava a Usura (lucro) As Cruzadas: a fé, as armas e o comércio (séc. 1096-1270) Fatores que ocasionaram as Cruzadas • Marginalização social – Crise feudal : Cavalaria andante (Nobreza marginalizada) e bandoleiros (servos marginalizados) • Afastar os turcos seldjúcidas do Império Bizantino (Turquia) • Igreja Católica desejava unir-se com a Igreja Cristã Ortodoxa (Império Bizantino) • Cidades italianas – vantagens comerciais • Ideologia – libertar Jerusalém (Santo sepulcro) dominada pelos muçulmanos O discurso proferido pelo papa Urbano II, na França – Concílio de Clermont ""Deixai os que outrora estavam a se baterem, impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis... Deixai os que até aqui foram ladrões, tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra seus irmãos e parentes, lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixos salários, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra que vós habitais, fechada por todos os lados pelo mar e circundada por picos e montanhas, é demasiadamente pequena para vossa grande população: a sua riqueza não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores... Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos..." Consequência das Cruzadas- reabertura do Mar Mediterrâneo Baixa Idade Média (séc. XI-XV) Renascimento Comercial e Urbano Renascimento Comercial • Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. • Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais • Dois pólos logo despontaram nesse novo ambiente: as cidades italianas em especial Veneza, Gênova, Pisa, Amalfi, Milão e Flandres (atual Bélgica e Holanda). Entre as mais famosas feiras estavam as de Champagne. BAIXA IDADE MÉDIA - SÉC. XI - XV ROTAS DE COMÉRCIO MEDIEVAIS: • O fortalecimento do comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o desenvolvimento e surgimento de muitas cidades. Novas profissões • Com mais pessoas morando nas cidades européias, as necessidades e transformações aumentaram muito. Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e prata, começou a circular com maior intensidade. • Os cambistas, por exemplo, ganharam espaço na sociedade, pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas • Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. As Corporações de Ofício • As Corporações de Ofício eram associações, existentes no final da Idade Média, que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão • Estas associações serviam para defender os interesses trabalhistas e econômicos dos trabalhadores. Cada profissional contribuía com uma taxa para manter a associação em funcionamento. • As corporações de ofício controlavam o preço e a quantidade do produto a ser vendido. Existiam as seguintes categorias numa corporação mestre jornaleiro aprendiz