Sistemas de Segurança http://www.prof2000.pt/users/lpa Sistemas de Segurança A função de qualquer sistema de segurança é a de detectar a tentativa de um roubo, o início de um incêndio que ponham em risco pessoas e bens. 2 Sistemas de Segurança Constituintes fundamentais de um sistema de segurança: • DETECTORES • CENTRAL DE COMANDO • ELEMENTOS DE SINALIZAÇÃO E AUXILIARES • REDES DE COMANDO 3 Os DETECTORES destinam-se a observar a zona onde se pode produzir o sinistro, ou o que se pretende proteger e cuja segurança se quer aumentar. Os detectores podem ser manuais ou automáticos, segundo necessitem ou não para o seu accionamento da acção de um operador. Os detectores exercem a sua função de aviso mediante a modificação das suas características eléctricas, isto é, produzindo abertura, fecho ou modificação da resistência do circuito a que se encontram ligados. Relé Detectores automáticos Central de alarme 4 A função de uma CENTRAL é a de recepção e tratamento dos avisos vindos dos detectores, sinalizando a zona afectada e transmitindo o alarme ao lugar adequado (polícia, bombeiros, etc.) e, por último, o início de medidas para atacar o sinistro (disparando o circuito de extinção automática, fechando hermeticamente o local, por ex. onde se encontre o ladrão, etc.). A Central de detecção de incêndios deve situar-se em local acessível. 5 ELEMENTOS DE SINALIZAÇÃO E AUXILIARES Além da sinalização que se produz na própria central, em muitas situações esta faz actuar nos exteriores dos locais outros dispositivos, tais como sirenes e sinais luminosos. Quando a importância dos estabelecimentos assim o justifica, a central encontra-se ligada à polícia ou bombeiros, encarregando-se ela própria de activar e ligar os circuitos de sinalização externa. Existem situações em que se adicionam outros dispositivos, comandados pelas centrais, como, por exemplo, câmaras de vídeo, elementos registadores, pilotos indicadores do detector que produz o alarme, etc. 6 REDES DE COMANDO Tanto os detectores como os elementos de sinalização e auxiliares são ligados à central através de linhas que necessitam de estar devidamente dimensionadas para que possam transmitir adequadamente as informações. Cada linha de aviso ou ordem transmitida necessita de dois, três, quatro ou mais fios, segundo o tipo de detector ou elemento a ela ligado. Não será o mesmo ligar um detector manual ou um detector automático, já que este necessita de alimentação para funcionar. TVHV Condutor 0,50 mm Ø 7 TIPOS DE SISTEMAS DE ALARME Os sistemas de segurança realizados através de alarmes e de acordo com a sua função podem ser do seguinte tipo: - Incêndios - intrusão e assalto 8 PROTECÇÂO CONTRA INCÊNDIOS Um sistema que detecte automaticamente a existência de um incêndio será tanto mais eficaz quanto mais rápido for capaz de detectar a existência deste na sua fase inicial. A propagação do fogo no tempo compreende 4 etapas características: • O estado latente ►►► Detectores iónicos de gases de combustão • O fumo visível ►►► Detectores ópticos • A chama ►►► Detectores de chamas • O calor ►►► Detectores térmicos (T≈ 70ºC) Detectores termovelocimétricos (ΔT>10ºC/min) Os detectores devem distar no máximo 4,5m (3,5m se termovelocimétrico) de uma parede e no mínimo 0,5m de paredes e vigas. Em cada compartimento deverá haver pelo menos um detector. 9 Detector iónico de gases de combustão No detector o ar está ionizado e convertido de certo modo em condutor da electricidade. Os gases procedentes de uma combustão são partículas maiores e mais pesadas que as partículas de ar ionizado. Quando os produtos da combustão penetram na câmara de medida do detector, a condutividade do ar ionizado modifica-se e esta alteração eléctrica produz o disparo do alarme na central de sinalização. 10 Detector Óptico de fumos Também designado por detectores de fumo, possuem como sensor uma célula fotoeléctrica (LDR, fotodíodo ou fototransístor) e uma fonte luminosa (LED). Estes elementos estão alojados no interior de uma câmara com acesso ao fumo. Este princípio básico permite que a luz, recebida na célula receptora, seja influenciada pelo fumo tornando assim possível, através de um circuito electrónico, sinalizar a sua existência. Cada detector óptico de fumos cobre uma área de 60m2 e a distância máxima entre detectores é de 9m. 11 Detector de Chamas São também designados por detectores de infravermelhos sendo de grande sensibilidade e de amplo campo de acção. A utilização deste detector deve ser estudada cuidadosamente, atendendo aos factores que podem provocar falsos alarmes. 12 Detectores térmicos São detectores projectados para actuarem a uma temperatura pré-fixada (T≈ 70ºC). São constituídos por um circuito electrónico, controlado por um termistor, que permite uma medição precisa da temperatura na vizinhança do detector e por um dispositivo compensador da variação da temperatura. São utilizados onde o uso de detectores de fumo não é praticável, tal como cozinhas e salas onde existe alta ebulição. Detectores termovelocimétricos Actuam quando é ultrapassado um determinado aumento de temperatura por unidade de tempo (ΔT>10ºC/min), ou quando é atingida uma temperatura máxima pré-estabelecida. São constituídos por um circuito electrónico, controlado por termistor, que permite uma medição precisa da temperatura na vizinhança do detector. Cada detector termovelocimétrico cobre uma área até 40m2 e a distância máxima entre detectores é de 6,5m. 13 BOTONEIRAS DE INCÊNDIO São avisadores destinados a transmitir a informação de incêndio à central, quando actuadas manualmente. Quando accionados, pressionando um botão ou partindo um vidro, um contacto eléctrico é actuado. No caso das botoneiras com botão, as mesmas são rearmadas por meio de uma chave especial. Junto das saídas para o exterior e saídas de cada piso devem ser colocadas botoneiras manuais de alarme. 14 PROTECÇÂO CONTRA INTRUSÃO E ASSALTO Protecção Periférica Corresponde ao perímetro externo da propriedade como os muros e cercas. Protecção Perimétrica Violação de uma janela, porta ou do espaço interior da casa. Os detectores por infravermelhos activos são formados por um emissor e um receptor de IV (barreira de infravermelhos). Nestes, a detecção acontece quando um feixe de IV é cortado. Utilização de detectores de infravermelhos passivos, contactos magnéticos de alarme ou detectores de quebra de vidro. NOTA: A cablagem de segurança (baixa tensão) deve estar afastada, no mínimo, 3 cm da cablagem de potência (rede eléctrica). 15 Detectores de infravermelhos passivos (PIR) Detectam a radiação infravermelha (calor) emitido por animais de sangue quente e, portanto, por seres humanos. Na realidade são sensíveis a uma variação de temperatura no seu campo de acção, o que lhes permite detectar, com uma precisão muito boa, a aproximação de qualquer pessoa. Estes detectores são normalmente para uso interno e não devem ser montados perto de fontes de calor, ventoinhas, aparelhos de ar condicionado, janelas expostas ao sol ou locais com variações bruscas de temperatura. Estes detectores, porque possuem apenas receptor de IV, designam-se de passivos, sendo vulgarmente conhecidos como PIR (Passive Infrared). 16 Detectores de dupla tecnologia Estes detectores mais evoluídos fabricam-se com dupla tecnologia: infravermelhos (IR) e microondas (MW). A tecnologia de infravermelhos detecta as variações de temperatura no raio de acção do detector e a tecnologia de microondas detecta o movimento nesse mesmo raio de acção. Uma forma de evitar os falsos alarmes é integrar, no mesmo detector duas tecnologias: a detecção de fontes de calor e a detecção de movimento. O alarme só irá disparar se as duas tecnologias forem activadas ao mesmo tempo. Este tipo de detector é mais usado no exterior da casa. Os detectores IV devem ser instalado a uma altura entre 2m e 2,3m. 17 Contactos Magnéticos Estes detectores são constituídos por duas lâminas magnéticas com contactos nas extremidades, sendo o conjunto encerrado num invólucro cilíndrico de vidro (reed) cheio de gás inerte. Estes detectores são normalmente utilizados em portas e janelas, o invólucro que contém o reed é fixado na moldura da porta e o invólucro que contém o íman é fixado na própria porta, de modo que, com esta fechada, fiquem defronte um do outro. Assim, com a porta fechada, o contacto do reed está fechado e com a porta ligeiramente aberta, o contacto está aberto e sinaliza alarme. 18 Detectores de Quebra de Vidros Os modernos detectores de quebra de vidros possuem um pequeno microfone que capta o som da pancada no vidro, a que correspondem baixas frequências e de seguida o som do mesmo a partir (estilhaçar), a que correspondem altas frequências. Não necessitam de ser fixados às janelas, eles fazem uma protecção volumétrica, o que permite proteger várias janelas com um único detector. Possuem ajuste de sensibilidade e são montados em tectos e paredes. Para ligação, os detectores de quebra de vidro convencionais possuem 6 terminais: dois para alimentação do seu circuito electrónico com a indicação “12 VDC”, dois para a tampa com indicação “Tamper” que, caso a mesma seja retirada, abre um contacto e mais dois com a indicação “Alarme” que abre um contacto caso o detector detecte uma quebra de vidro. Lucínio Preza de Araújo 19