J.R. D’ELBOUX,
D’ELBOUX, DIRETOR DE CRIAÇÃO DA Y&R, REGISTRA A
TIPOGRAFIA E A ARQUITETURA DE SÃO PAULO . Projeto ajuda a
contar a história da cidade a partir de detalhes fascinantes que
muitas vezes passam despercebidos pelos moradores. Elas estão
espalhadas por prédios, cemitérios, cinemas e calçadas. As
referências tipográficas encontradas no espaço público
públic de São
Paulo revelam parte da história da cidade. E foi exatamente para
estudar esse vínculo que o arquiteto de formação e publicitário
por profissão J. R. D´Elboux, diretor de Criação da agência Y&R e
professor da FAAP, criou o projeto Tipos Paulistanos.
Paulistanos. “A ideia é que ele seja um repositório de
imagens de elementos gráficos e arquitetônicos interessantes e relevantes do ponto de vista
da identidade da metrópole”, explica D´Elboux. “Além de referência visual, o Tipos Paulistanos
faz com que as pessoas reparem
parem mais nos detalhes e nas riquezas que temos por aqui, os
quais, na maior parte do tempo, passam despercebidos. Muitos se surpreendem ao saber que
tudo isso é em São Paulo.” O piso de mosaico estilo Art Nouveau com o monograma da família
Álvares Penteado,
do, na Vila Penteado; as letras Art Déco na entrada do Estádio do Pacaembu; as
inscrições caligráficas encontradas no cemitério São Paulo; e a moderna Biblioteca de São
Paulo, com suas enormes letras que lembram antigos tipos metálicos para impressão, são
alguns dos exemplos de como a tipografia se encontra entrelaçada à arquitetura na cidade.
Segundo D´Elboux, o uso da tipografia na arquitetura existe desde a Antiguidade, mas se
intensificou principalmente durante o período moderno, e de maneira mais particular
pa
com o
Art Déco. “Esse estilo dominou a arquitetura paulista a partir da década de 1930, por isso o
Tipos Paulistanos guarda bastante material dessa fase”, explica o publicitário, que fez
mestrado na FAUUSP sobre o assunto, tendo como orientadora a Profª Drª Priscila
Farias.D´Elboux começou a fazer o registro de tipografias em 2008. No início eram apenas
números, mas depois ele começou a também colecionar letras. “Acabei me entusiasmando
com isso, que de certa maneira uniu minha formação de arquiteto
arquiteto com meu trabalho como
diretor de arte, em que a convivência com a tipografia é diária, e, também, com a fotografia,
atividade à qual me dedico regularmente”, comenta. Formado pela FAUUSP, D´Elboux entrou
para a publicidade pela DPZ Propaganda, na equipe do icônico Francesc Petit, em 1985. E foi
nesse período que começou a se interessar pela tipografia. “Acho que o interesse deve-se
deve
a
duas pessoas: ao Sylvio de Ulhoa Cintra, meu professor na FAU, que me deu a oportunidade de
fazer parte da equipe que estava
estava desenvolvendo uma família tipográfica, a Ulhoa; e depois, na
DPZ, ao Murilo Felisberto, de quem fui assistente e que era bastante preocupado com a
escolha
e
combinação
de
fontes
nos
layouts”,
diz
ele.
Para conhecer melhor o projeto Tipos Paulistanos, acesse http://tipospaulistanos.com.br/ ou
http://instagram.com/tipospaulistanos e, para ler a tese de D´Elboux, acesse
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-10092013-093443/pt
093443/pt-br.php
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J.R. D`ELBOU TIPOGRAFIA E contar a histó muitas vezes