ICONOGRAFIA DA AZULEJARIA RARAMENTE FIGURATIVA NO MARANHÃO COLONIAL Paulo César Alves de Carvalho [email protected] (98) 88525404 RESUMO O Estudo reflete motivos pelos quais a importação de azulejos portugueses para o Maranhão colonial entre os séculos XVIII e XIX não fora representativo a categoria figurativa, posto que as políticas pombalinas na corte fora motivo de encerramento produtivo da azulejaria do ciclo barroco, e que por tal razão deu-se a forja triunfante da nova produção de azulejos industriais. Desse modo o momento trouxera a luz do azulejo padronizado, considerado as vezes populista e vulgar, mas que fora capaz de contemplar a reconstrução de Lisboa a partir de 1755, pós-terremoto. Por tal a cidade de São Luis do Maranhão e Grão Pará foi em parte gerou insumos econômicos dessa empreita da metrópole através do algodão, o dito ouro branco, posto que a Minas Gerais já davam sinal de esgotamento do nobre metal e das pedras preciosas. Contudo esse mesmo Maranhão só tivera seu apogeu à construção civil dos sobrados azulejados a partir de então e refletindo os mesmos gostos estéticos do período pelo uso do azulejo padronizado, estilizado e simplificado, à contraponto a presença da azulejaria anterior a Pombal no Brasil, por ser figurativa Joanina (barroca) nas colônias de São Salvador, São Sebastião do Rio de Janeiro, Jaboatão, Recife, Olinda, Guararapes e João Pessoa, dentre outras menores representações. Resumindo-se a rara expressão e desmesurável volume dessa representação da azulejaria figurativa apontada em 06 (seis) casos onde tardiamente aparece no meio da azulejaria industrial do século XIX. PALAVRAS-CHAVES: História, azulejo, estilização e poder. Fatos que contribuíram para o encerramento da azulejaria figurativa • Terremoto de Lisboa, 1755; • Reconstrução da cidade; • Proibição da azulejaria de luxo; • Forja da azulejaria de padrão popular; • Imitação da baixela real em Faiança na Real Fábrica do Rato. O cenário tecnológico do século XIX • Revolução Industrial; • Grande consumo pela burguesia de produtos seriados; • Nova classe de poderio econômico no Brasil. A produção tecnológica industrial •Figuração; •Estilização; •Abstração. CASO I Painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. Detalhe do painel hagiográfico N.Sra. da Piedade, Ig. de Santana. Final do século XVIII. Fonte Renata Jatahy, 2004. CASO II Silhar da Capela do Recolhimento em São Luis. Prod. final do século XVIII. Fonte : Renata Jatay Silhar da Capela do Recolhimento em São Luis. Prod. final do século XVIII. Fonte : Renata Jatay CASO III Painel de figura de convite masculina, segunda metade do século XIX. Acervo do MAV - fonte Paulo César, 2006. Detalhe painel I de figura de convite masculina, segunda metade do século XIX. Acervo do MAV . Fonte Paulo César, 2006. Detalhe painel II de figura de convite masculina, segunda metade do século XIX. Acervo do MAV . Fonte Paulo César, 2006. Detalhe painel III de figura de convite masculina, segunda metade do século XIX. Acervo do MAV . Fonte Paulo César, 2006. CASO IV Silhar Neoclássico ou D. Maria I Detalhe I do Silhar em cartela de Chinoiserie Neoclássico ou D. Maria I Detalhe II do Silhar albarrada e grotesco Neoclássico ou D. Maria I Detalhe III do Silhar grotesco e grinaldas Neoclássico ou D. Maria I Azulejo avulso padrão D. Maria Azulejo avulso padrão D. Maria CASO V Silhar Marmoreado Pombalino Detalhe I Silhar Marmoreado Pombalino Detalhe II Silhar Marmoreado Pombalino Detalhe III Silhar Marmoreado Pombalino Detalhe IV Silhar Marmoreado Pombalino Detalhe de Silhar Pombalino Padrões Pombalinos avulso. Azulejo de imagem avulsa. Luis de Camões. Acervo do MAV. Casos a parte de azulejaria figurativa no século XX Edificio Art Deco ornamentado com azulejos recortados aveirenses, rua de Santaninha, 398. Painel Informativo Aveirense. Hospital Português. Fonte : Paulo Cesar , 2006. Painel ornamental Aveirense, rua rio Branco, nº 379. Fonte: Paulo César, 2005. Painel Devocional de Stº Antonio, rua do Egito. Fonte: Renata Jathay, 2004. Painel Devocional N.Sra. da Conceição (Aveiro), localizado no Campo Dóurique. Fonte: Paulo Cesar. Painel devocional dos sagr. corações, acervo do MAV. Fonte: Paulo Cesar, 2006. Painel devocional de Santo Antonio( Aveiro), sede do Unibancoaz. Fonte: Paulo César, 2006. Considerações finais • O estado do Maranhão e Grão-Pará; • O esgotamento das Minas Gerais; • As políticas populistas pombalinas; • A contra-influência brasileira; • Modos de produção a partir da revolução industrial.