As informações contidas neste Prospecto Preliminar estão sob análise da Comissão de Valores Mobiliários, a qual ainda não se manifestou a seu respeito. O presente Prospecto Preliminar está sujeito a complementação e correção. O Prospecto Definitivo será entregue aos investidores durante o período de distribuição. CRDE3 PROSPECTO PRELIMINAR DE OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. Companhia de Capital Autorizado CNPJ n.º 07.820.907/0001-46 – NIRE n.º 33.3.0027764-1 – Código ISIN n.º BRCRDEACNOR1 Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), CEP 20010-120, Rio de Janeiro, RJ Código de Negociação no Segmento do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo ("BOVESPA"): CRDE3 15.378.750 Ações Ordinárias No contexto desta Oferta, estima-se que o Preço por Ação estará situado entre R$20,00 e R$25,00, ressalvado, no entanto, que o Preço por Ação poderá ser fixado fora desta faixa indicativa. A CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. ("CR2" ou "Companhia") está realizando uma oferta de distribuição pública primária de 15.378.750 ações ordinárias de emissão da Companhia, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal ("Ações"), a ser realizada no Brasil, com esforços de colocação no exterior ("Oferta"). As Ações da Oferta serão distribuídas no Brasil sob a coordenação do Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. (“Coordenador Líder”), no Brasil, em mercado de balcão não organizado, em conformidade com os procedimentos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários ("CVM") n.º 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada ("Instrução CVM 400"), com esforços de colocação no exterior, a serem realizados por Unibanco Securities Inc. e eventuais outras instituições, sendo, nos Estados Unidos da América, para investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Rule 144A editada pela Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da América ("SEC"), que sejam compradores qualificados, conforme definido no U.S. Investment Company Act of 1940, conforme alterado, em operações isentas de registro em conformidade com o disposto no U.S. Securities Act of 1933, conforme alterado ("Securities Act"), e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act, e, nos demais países (exceto o Brasil e os Estados Unidos da América), em conformidade com os procedimentos previstos no Regulation S editado pela SEC, respeitada a legislação vigente no país de domicílio de cada investidor, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela CVM. Nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, a quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações Adicionais) poderá ser acrescida em até 15%, ou seja, até 2.306.812 ações ordinárias de emissão da Companhia, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas ("Ações do Lote Suplementar"), conforme opção a ser outorgada no contrato de distribuição das Ações ("Contrato de Distribuição") pela Companhia ao Coordenador Líder, as quais serão destinadas a atender a eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta ("Opção de Lote Suplementar"). A Opção de Lote Suplementar poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição e até 30 dias contados da data de início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BOVESPA, inclusive. Nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, até a data de publicação do anúncio de início da Oferta (“Anúncio de Início”), a quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações do Lote Suplementar) poderá, a critério da Companhia e do Coordenador Líder, ser acrescida em até 20%, ou seja, até 3.075.750 ações ordinárias de emissão da Companhia, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas ("Ações Adicionais"). O preço por Ação (“Preço por Ação”) será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, a ser conduzido pelo Coordenador Líder. Por Ação ................................................. Total ...................................................... (1) (2) (3) Preço(1) Comissões(1) Recursos Líquidos(1)(2)(3) 22,50 346.021.875,00 1,01 15.570.984,38 21,49 330.450.890,63 Com base no valor de R$22,50, ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação. Sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. Sem dedução das despesas da Oferta. A Oferta foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em reunião realizada em 13 de março de 2007, cuja ata foi arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro em 19 de março de 2007 e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal Diário Mercantil em 2 de abril de 2007, retificada pela reunião realizada em 02 de abril de 2007, que será arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal Valor Econômico. O Preço por Ação será aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia previamente à concessão do registro da Oferta pela CVM. Não foi e nem será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações na SEC e nem em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto o Brasil. Registro da Oferta na CVM: CVM/SRE/REM/2007/[•], em [•] de [•] de 2007. "O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as Ações a serem distribuídas." Este prospecto não deve, em nenhuma circunstância, ser considerado uma recomendação de subscrição e integralização das Ações. Ao decidir subscrever e integralizar as Ações, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação da situação financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Ações. Ver a seção "Fatores de Risco", iniciada na página 40 deste prospecto, para ciência de certos fatores de risco que devem ser considerados com relação à subscrição das Ações. “A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa”. Coordenador Líder e Sole Bookrunner A data deste Prospecto Preliminar é 02 de abril de 2007. (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO • • • • • • • • • • • Definições................................................................................................................................ 2 Considerações sobre Estimativas e Declarações Futuras.......................................................... 11 Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações .......................................... 13 Sumário da Companhia ......................................................................................................... 14 Sumário da Oferta ................................................................................................................. 20 Sumário das Informações Financeiras e Operacionais ............................................................. 24 Informações sobre a Oferta.................................................................................................... 26 Identificação de Administradores, Consultores e Auditores .................................................... 37 Informações Cadastrais da Companhia .................................................................................. 39 Fatores de Risco ..................................................................................................................... 40 Destinação dos Recursos........................................................................................................ 49 2. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA • • • • • • • • • • • • • • Capitalização ......................................................................................................................... 51 Diluição ................................................................................................................................. 52 Informações sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos................................................... 54 Informações Financeiras Selecionadas .................................................................................... 57 Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional ..................................................................................................... 59 Visão Geral do Setor .............................................................................................................. 73 Regulamentação do Setor Imobiliário..................................................................................... 88 Nossas Atividades .................................................................................................................. 96 Administração...................................................................................................................... 122 Principais Acionistas ............................................................................................................. 129 Operações com Partes Relacionadas..................................................................................... 132 Descrição do Capital Social .................................................................................................. 133 Governança Corporativa ...................................................................................................... 135 Dividendos e Política de Dividendos.. ................................................................................... 153 3. ANEXOS • • • • • • • • Estatuto Social .................................................................................................................... 158 Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que aprovou a Oferta .......................................................................................................... 180 Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que retificou a ata que aprovou a Oferta ..............................................................................183 Minuta da Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que Deliberar sobre o Preço por Ação .................................................................................. 186 Informações Anuais da Companhia Relativas ao Exercício Social Encerrado em 31 de Dezembro de 2006 .............................................................................................. 188 Estudo de Viabilidade .......................................................................................................... 199 Sumário das Demonstrações de Resultados Anuais, Auditadas, dos Projetos que Compõem a Experiência Passada dos Nossos Administradores ...................................... 253 Declarações da Companhia e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 ........................................................................................................ 264 4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS • Demonstrações Financeiras Relativas aos Exercícios Encerrados em 31 de dezembro de 2006 e Parecer dos Auditores Independentes.................................................................. 269 i (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 1. INTRODUÇÃO • • • • • • • • • • • Definições Considerações sobre Estimativas e Declarações Futuras Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações Sumário da Companhia Sumário da Oferta Sumário das Informações Financeiras e Operacionais Informações sobre a Oferta Identificação de Administradores, Consultores e Auditores Informações Cadastrais da Companhia Fatores de Risco Destinação dos Recursos 1 DEFINIÇÕES Para fins do presente Prospecto, os termos indicados abaixo terão o significado a eles atribuídos, salvo referência diversa neste Prospecto. ABECIP Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Ação ou Ações Ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de emissão da Companhia e objeto da Oferta. Ações Adicionais Até 3.075.750 novas Ações, equivalentes a até 20% da quantidade de Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações do Lote Suplementar), com as mesmas características das Ações inicialmente ofertadas que, conforme dispõe o artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, poderão ser acrescidas à Oferta, a critério da Companhia, em comum acordo com o Coordenador Líder, até a data de publicação do Anúncio de Início. Salvo se disposto de maneira diversa as referências às Ações serão também referência às Ações Adicionais. Ações do Lote Suplementar Até 2.306.812 novas Ações, equivalentes a até 15% da quantidade de Ações inicialmente ofertadas, sem considerar as Ações Adicionais, com as mesmas características das Ações inicialmente ofertadas, que poderão ser incluídas na Oferta em decorrência do exercício da Opção de Lote Suplementar. ADEMI Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário. Agentes de Colocação Internacional Unibanco Securities Inc. e eventuais outras instituições. ANBID Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Anúncio de Encerramento Anúncio de Encerramento da Distribuição Pública Primária de Ações Ordinárias de Emissão da CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A., a ser publicado na forma do artigo 29 da Instrução CVM 400. Anúncio de Início Anúncio de Início da Distribuição Pública Primária de Ações Ordinárias de Emissão da CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A., a ser publicado na forma do artigo 52 da Instrução CVM 400. Anúncio de Retificação Anúncio a ser publicado na hipótese de modificação da Oferta, conforme dispõe o artigo 27 da Instrução CVM 400. Área Bruta Locável (ABL) Área Bruta Locável, correspondente à somatória de todas as áreas disponíveis para a locação, exceto quiosques. Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, auditores independentes da Companhia. Aviso ao Mercado Aviso ao mercado da Oferta, publicado em 3 de abril de 2007 e a ser republicado em 11 de abril de 2007 no jornal "Valor Econômico, informando os termos e condições da Oferta, conforme disposto no artigo 53 da Instrução CVM 400. 2 BACEN Banco Central do Brasil. Banco CR2 Banco CR2 S.A. BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo. Brasil ou País República Federativa do Brasil. CBLC Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro. CEF Caixa Econômica Federal. CFC Conselho Federal de Contabilidade. CMN Conselho Monetário Nacional. Código Civil Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e posteriores alterações. COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Controle Difuso Significa o Poder de Controle exercido por acionista detentor de menos de 50% do capital social da Companhia. Significa, ainda, o Poder de Controle quando exercido por grupo de acionistas detentor de percentual superior a 50% do capital social em que cada acionista detenha individualmente menos de 50% do capital social e desde que estes acionistas não sejam signatários de acordo de votos, não estejam sob controle comum e nem atuem representando um interesse comum. Companhia CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. Constituição Federal Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de dezembro de 1988, e posteriores alterações. Contrato de Distribuição Contrato de Coordenação, Subscrição e Distribuição de Ações Ordinárias de Emissão de CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A., entre a Companhia, o Coordenador Líder e a CBLC, na qualidade de interveniente-anuente, relativo à distribuição pública primária das Ações no Brasil. Contrato de Estabilização Contrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preço de Ações Ordinárias de Emissão de CR2 Empreedimentos Imobiliários S.A., entre a Companhia, o Coordenador Líder e Unibanco Investshop-Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio S.A. 3 Contrato de Participação no Novo Mercado Contrato celebrado em 22 de março de 2007, entre os Srs. Carlos Antonio Guedes Valente, Cláudio Coutinho Mendes, Rogério Furtado Moreira, Marco Paulo de Alvarenga Costa, CR2 Realty FIP e Tiebold Assets LLC, na qualidade de titulares do Controle Difuso, sendo que o CR2 Realty FIP, até o Anúncio de Início, será dissolvido e as ações que detém serão transferidas aos quotistas desse fundo, e a BOVESPA, nós, nossos administradores, contendo obrigações relativas à listagem da Companhia no Novo Mercado, cuja eficácia somente terá início na data de publicação do Anúncio de Início. Coordenador Líder Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. CPMF Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores ou de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. CR2 Administradora CR2 Administradora de Recursos Ltda. CR2 DTVM CR2 DTVM S.A. CR2 Realty FIP CR2 Realty Fundo de Investimento em Participações. CRI Certificado de Recebível Imobiliário. CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Custo Alvo Custo Raso, acrescido da taxa de administração. Custo Máximo Custo máximo previsto inicialmente por nós para a execução da construção, para complementação da construção, a partir do qual o construtor arca com todo o custo excedente. Custo Raso Custo inicialmente orçado para a execução da construção. CVM Comissão de Valores Mobiliários. Data de Liquidação Data da liquidação física e financeira da Oferta, que ocorrerá três dias úteis após a publicação do Anúncio de Início. Data de Liquidação das Ações do Lote Suplementar Data da liquidação financeira das Ações do Lote Suplementar, prevista para o terceiro dia útil contado da data do respectivo exercício da Opção de Lote Suplementar. Dólar, dólares norteamericanos ou US$ Moeda corrente dos Estados Unidos da América. EMBRAESP Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio. Estatuto da Cidade Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001, e alterações posteriores. Estatuto Social Estatuto Social da Companhia. 4 Estudo de Viabilidade Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira elaborado pela Companhia, em cumprimento ao disposto no artigo 32 da Instrução CVM 400. EUA ou Estados Unidos Estados Unidos da América. FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. FGV Fundação Getulio Vargas. FII Fundo de Investimento Imobiliário. Governo Federal Governo Federal do Brasil. Grande Rio Área que corresponde à região metropolitana da Cidade do Rio de Janeiro, que abrange os seguintes municípios do Estado do Rio de Janeiro: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá. Grupo de Acionistas Grupo de duas ou mais pessoas que sejam (a) vinculadas por contratos ou acordos de qualquer natureza, inclusive acordos de acionistas, orais ou escritos, seja diretamente ou por meio de sociedades controladas, controladoras ou sob controle comum; ou (b) entre os quais haja relação de controle, seja direta ou indiretamente; ou (c) que estejam sob controle comum; ou (d) que atuem representando um interesse comum. Incluem-se dentre os exemplos de pessoas representando um interesse comum (i) uma pessoa que detenha, direta ou indiretamente, uma participação societária igual ou superior a 15% do capital social da outra pessoa; e (ii) duas pessoas que tenham um terceiro investidor em comum que detenha, direta ou indiretamente, uma participação societária igual ou superior a 15% do capital social das duas pessoas, respectivamente. IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. IFRS International Financial Reporting Standards, correspondente às normas internacionais de contabilidade. IGP-M Índice Geral de Preços – Mercado, divulgado pela FGV. INCC Índice Nacional de Custo da Construção, divulgado pela FGV. INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgado pelo IBGE. INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial. 5 Instituições Participantes da Oferta O Coordenador Líder, as Instituições Subcontratadas e os Participantes Especiais, considerados conjuntamente. Instituições Subcontratadas Instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários que venham a participar da Oferta e realizem esforços de colocação das Ações para os Investidores Não Institucionais e/ou para os Investidores Institucionais, e que não sejam consideradas Participantes Especiais. Instrução CVM 325 Instrução da CVM n.º 325, de 27 de dezembro de 2000, e alterações posteriores. Instrução CVM 400 Instrução da CVM n.º 400, de 29 de dezembro de 2003, e alterações posteriores. Investidores Institucionais Os Investidores Institucionais Locais e os Investidores Institucionais Estrangeiros, considerados conjuntamente. Investidores Institucionais Estrangeiros Nos Estados Unidos da América, investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Regra 144A que sejam compradores qualificados, conforme definido no Investment Company Act, em operações isentas de registro em conformidade com o disposto no Securities Act e nos regulamentos editados ao amparo do Securities Act, e, nos demais países (exceto o Brasil e os Estados Unidos da América), investidores institucionais e demais investidores, que participarão da Oferta em conformidade com os procedimentos previstos no Regulation S editado pela SEC, respeitada a legislação vigente no país de domicílio de cada investidor, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo BACEN e pela CVM. Investidores Institucionais Locais Investidores institucionais, incluindo fundos de investimento, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, condomínios destinados à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou na BOVESPA, seguradoras, sociedades de previdência complementar e capitalização, entidades abertas e fechadas de previdência privada e pessoas físicas e jurídicas e clubes de investimento registrados na BOVESPA relativamente a ordens específicas que excederem o limite máximo de investimento para Investidores Não Institucionais. Investidores Não Institucionais Investidores pessoas físicas ou jurídicas, residentes e domiciliados no Brasil, inclusive clubes de investimento registrados na BOVESPA que não sejam considerados Investidores Institucionais e que venham a realizar Pedido de Reserva para participar da Oferta de Varejo. Investment Company Act Investment Company Act de 1940 dos EUA, e posteriores alterações. IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE. IRPJ Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. Lei das Sociedades por Ações Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e posteriores alterações. 6 Lei de Condomínio e Incorporação Lei nº. 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e posteriores alterações. Lei de Registros Públicos Lei de Zoneamento Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e posteriores alterações. Lei Municipal nº. 13.885, publicada em 6 de outubro de 2004, do Município de São Paulo, e posteriores alterações. Lei do Mercado de Valores Mobiliários Lei n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e posteriores alterações. Lei nº. 9.514 Lei nº. 9.514, de 18 de outubro de 1991, e posteriores alterações. Lei de Locação Lei nº. 8.245, de 20 de novembro de 1997, e posteriores alterações, que institui a alienação fiduciária de coisa imóvel entre outras providências. NYSE New York Stock Exchange – NYSE (Bolsa de Valores de Nova Iorque). m2 Metro quadrado. Novo Mercado Segmento especial de listagem da BOVESPA, com regras diferenciadas de governança corporativa, do qual a Companhia fará parte a partir da data de publicação do Anúncio de Início da presente Oferta. Oferta Oferta pública de distribuição primária de 15.378.750 Ações (sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), no Brasil, em mercado de balcão não organizado, nos termos da Instrução CVM 400 e demais disposições legais aplicáveis, com esforços de colocação no exterior para Investidores Institucionais Estrangeiros. Oferta de Varejo Oferta pública de distribuição primária das Ações direcionada a Investidores Não Institucionais. Oferta Institucional Oferta pública de distribuição primária das Ações direcionada a Investidores Institucionais. OPA Oferta pública de aquisição de ações. Opção de Lote Suplementar Opção a ser outorgada pela Companhia ao Coordenador Líder no Contrato de Distribuição para a emissão das Ações do Lote Suplementar, destinada a atender a eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta, que poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição e no prazo de até 30 dias contados da data de início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BOVESPA, inclusive, de acordo com as disposições do Contrato de Distribuição. Participantes Especiais Corretoras membros da Bovespa e outras instituições financeiras que não sejam corretoras membros da Bovespa, subcontratadas pelo Coordenador Líder para efetuar exclusivamente esforço de colocação das Ações para os Investidores Não Institucionais. 7 Período de Colocação Pedidos de Reserva Prazo para a colocação e subscrição das Ações, que será de até três dias úteis a contar da data de publicação do Anúncio de Início. Formulário específico para realização de pedido de reserva das Ações pelos Investidores Não Institucionais, no âmbito da Oferta de Varejo. Período de Reserva Prazo para Investidores Não Institucionais efetuarem seus Pedidos de Reserva, de 11 de abril de 2007 a 18 de abril de 2007, inclusive. Pessoas Vinculadas Investidores Não Institucionais que sejam (a) administradores da Companhia; (b) controladores ou administradores de quaisquer das Instituições Participantes da Oferta ou dos Agentes de Colocação Internacional; (c) outras pessoas vinculadas à Oferta; ou (d) cônjuges, companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nas alíneas (a), (b) ou (c) acima. PIB Produto Interno Bruto. PIS Programa de Integração Social. Placement Agent Agreement Contrato entre a Companhia e os Agentes de Colocação Internacional, referente aos esforços de colocação das Ações no exterior. Poder de Controle (e termos correlatos como Controle, Controlador, Controlada e sob Controle comum) O poder efetivamente utilizado de dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da Companhia, de forma direta ou indireta, de fato ou de direito, havendo presunção relativa de titularidade do controle em relação à pessoa ou ao grupo de pessoas vinculado por acordo de acionistas ou sob controle comum (grupo de controle) que seja titular de ações que lhe tenham assegurado a maioria absoluta dos votos dos acionistas presentes nas três últimas Assembléias Gerais da Companhia, ainda que não seja titular das ações que lhe assegurem a maioria absoluta do capital votante. Práticas Contábeis Adotadas no Brasil ou BRGAAP Práticas contábeis estabelecidas pela Lei das Sociedades por Ações, pelas normas da CVM e pelas normas, pronunciamentos e resoluções do IBRACON e do CFC. Preço por Ação Preço por Ação a ser fixado após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding. Estima-se que o Preço por Ação estará situado entre R$20,00 e R$25,00, ressalvado, no entanto, que o Preço por Ação poderá, eventualmente, ser fixado fora dessa faixa indicativa. Procedimento de Bookbuilding Procedimento de coleta de intenções de investimento com Investidores Institucionais, a ser realizado pelo Coordenador Líder, conforme o artigo 44 da Instrução CVM 400, sendo que os Investidores Não Institucionais que aderirem à Oferta não participarão do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, não participarão da fixação do Preço por Ação. Prospecto Definitivo Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Primária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia. 8 Prospecto ou Prospecto Preliminar Prospecto Preliminar de Distribuição Pública Primária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia. Real, reais ou R$ Moeda corrente do Brasil. Regra 144A Rule 144A do Securities Act editada pela SEC. Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado, inclusive suas posteriores modificações, que disciplina o procedimento de arbitragem ao qual serão submetidos todos os conflitos estabelecidos na cláusula compromissória inserida no Estatuto Social da Companhia e constante dos Termos de Anuência. Regulamento do Novo Mercado Regulamento que disciplina os requisitos para negociação de valores mobiliários de companhias abertas no Novo Mercado, estabelecendo regras de listagem diferenciadas para essas companhias, seus administradores, membros do Conselho Fiscal, se instalado, e seu acionista controlador, instituído pela BOVESPA. Regulamento S Regulation S do Securities Act. Resolução CFC nº. 963/03 Resolução do CFC nº. 963, de 16 de maio de 2003, que estabelece novas regras contábeis aplicáveis às companhias do setor imobiliário em relação às Unidades lançadas a partir de 1º de janeiro de 2004. Resolução CMN 2.689 Resolução do CMN nº. 2.689, de 26 de janeiro de 2000, e alterações posteriores. Segmento Residencial de Alta Renda Segmento referente a imóveis cujo valor do m2 é superior a R$3.500,00. Segmento Residencial de Baixa Renda Segmento referente a imóveis cujo valor do m2 é inferior a R$1.700,00. Segmento Residencial de Renda Média Segmento referente a imóveis cujo valor do m2 é de R$2.500,0 a R$3.500,00. Segmento Residencial de Renda Média Baixa Segmento referente a imóveis cujo valor do m2 é de R$1.700,0 a R$2.500,00. SBPE Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos. SEC Securities and Exchange Commission. SECOVI Sindicato da Habitação de São Paulo – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo. Securities Act Securities Act de 1933 dos EUA, e posteriores alterações. 9 SELIC Taxa de juros referencial para financiamentos com lastro em títulos públicos federais (apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) também considerada como sendo a taxa básica da economia. SFH Sistema Financeiro de Habitação. SFI Sistema Financeiro Imobiliário, criado pela Lei nº. 9.514, de 20 de novembro de 1997, e posteriores alterações. Shopping Center Centro de compras que congrega, no mesmo local, atividades empresariais diversificadas, distribuídas entre os diferentes ramos de comércio e serviços, segundo uma planificação técnica precedida de estudos sobre o potencial de compra da área de influência a que ele serve. SMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. SPE Sociedade de propósito específico. SRF ou Receita Federal Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda. Subsidiárias Green 3.000 Empreendimentos Imobiliários S.A.; CSG Empreendimentos Imobiliários S.A.; CR2 Shoppings Empreendimentos Ltda.; CR2 Empreendimentos SPE-7 Ltda.; CR2 Empreendimentos SPE-9 Ltda.; CR2 Empreendimentos SPE-12 Ltda.; CR2 Investimentos S.A.; CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A.; CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A.; CR2 Pontal Empreendimentos Ltda.; CR2 Caxias Empreendimentos S.A.; CR2 Empreendimentos SPE-11 Ltda.; CR2 Splendor Participações S.A.; Cimol Empreendimentos Imobiliários Ltda. e CR2 Empreendimentos SPE-13 Ltda.; e CR2 Empreendimentos SPE-14 Ltda. TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo, divulgada pelo CMN. Unibanco Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Unidade Unidade imobiliária individual, residencial ou comercial, construída ou em fase de construção. U.S. GAAP Princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. VGV Valor Geral de Vendas, ou seja, o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o U.S. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Zona Sul Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro, área que corresponde aos seguintes bairros: Glória, Catete, Flamengo, Urca, Lagoa, Copacabana, Leme, Ipanema, Leblon, Laranjeira, Cosme Velho, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, Rocinha, Vidigal e São Conrado, conforme www.rio.rj.gov.br/planoestrategico. 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTIMATIVAS E DECLARAÇÕES FUTURAS As declarações contidas neste Prospecto relativas aos nossos planos, previsões, expectativas sobre eventos futuros, estratégias, projeções, tendências financeiras que afetam as nossas atividades, bem como declarações relativas a outras informações, principalmente descritas nas seções “Sumário da Companhia”, “Fatores de Risco”, “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional” e “Nossas Atividades”, constituem estimativas e projeções que envolvem riscos e incertezas e, portanto, não constituem garantias de resultados futuros. Muitos fatores importantes, além daqueles discutidos em outras seções deste Prospecto, podem fazer com que os nossos resultados efetivos sejam substancialmente diferentes dos resultados previstos em nossas estimativas, inclusive, entre outros, os seguintes: • conjuntura econômica, política e de negócios do Brasil e, em especial, no mercado geográfico em que atuamos; • nosso nível de endividamento, demais obrigações financeiras e nossa capacidade de contratar financiamentos quando necessário e em termos razoáveis; • fatores demográficos e disponibilidade de renda; • nossa capacidade de competir com êxito e dirigir os nossos negócios no futuro; • inflação e flutuações na taxa de juros; • mudanças de preços do mercado imobiliário, da demanda e preferências de clientes, da situação financeira dos nossos clientes e das condições da concorrência; • alterações nas leis e regulamentos aplicáveis ao setor imobiliário; • intervenções governamentais, resultando em alteração na economia, tributos, tarifas ou ambiente regulatório no Brasil; • demanda futura para o mercado imobiliário brasileiro, no Grande Rio e na região metropolitana de São Paulo e, em particular, para nossas Unidades; • rentabilidade média de projetos imobiliários no Brasil; • disponibilidade de financiamento ao consumidor no Brasil; • taxas de juros ofertadas aos consumidores imobiliários; • outros fatores de risco apresentados na seção “Fatores de Risco”; e • outros fatores que podem afetar nossa condição financeira, liquidez e nossos resultados operacionais. Declarações que dependam ou estejam relacionadas a eventos ou condições futuras ou incertas, ou que incluam as palavras “acredita”, “antecipa”, “continua”, “espera”, “estima”, “faria”, “planeja”, “poderia”, “pode”, “poderá”, “pretende”, “prevê”, “projeta” e palavras similares têm por objetivo identificar estimativas e declarações futuras. As estimativas e declarações futuras contidas neste Prospecto referem-se apenas à data em que foram expressas, sendo que não assumimos a obrigação de atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas e declarações futuras, em razão de novas informações, eventos futuros, ou quaisquer outros fatores. Essas estimativas envolvem riscos e incertezas e não podem ser entendidas como garantia de um desempenho futuro, sendo que os reais resultados ou desenvolvimentos podem ser substancialmente diferentes das expectativas descritas nas estimativas e declarações futuras. 11 Mais especificamente, as estimativas referentes a VGVs futuros indicadas nesse Prospecto são baseadas na melhor avaliação da Companhia sobre os preços por m2 a serem obtidos com a venda do respectivo imóvel, não havendo, entretanto, garantias de que referidos imóveis serão vendidos pelos preços utilizados para fins de cálculo do VGV correspondente. Dessa forma, caso determinado imóvel seja vendido por preço inferior àquele utilizado para fins de cálculo dos respectivos VGVs futuros, as expectativas quanto a esses VGVs não se concretizarão. Tendo em vista os riscos e incertezas envolvidos, as estimativas e declarações acerca do futuro constantes deste Prospecto podem não vir a ocorrer e, ainda, nossos resultados futuros e nosso desempenho podem diferir substancialmente daqueles previstos em nossas estimativas em razão, inclusive, mas não se limitando, dos fatores mencionados acima. Por conta dessas incertezas, o investidor não deve se basear nessas estimativas e declarações futuras para tomar uma decisão de investimento. 12 APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Fomos constituídos no dia 10 de janeiro de 2006 e, por essa razão, não dispomos de demonstrações financeiras para qualquer período anterior a essa data. Nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, auditadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, encontram-se anexas a este Prospecto e foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. As informações financeiras consolidadas incluídas neste Prospecto devem ser lidas em conjunto com nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, auditadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006. Nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, auditadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006 incluídas no presente Prospecto foram elaboradas em conformidade com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Referências à Nossa Experiência e Atividades Neste Prospecto, utilizamos os termos “Companhia”, “nós”, “nosso” e “nossa” para nos referirmos à Companhia e suas controladas e coligadas, exceto quando expressamente definirmos de maneira diversa. Informações de Mercado As informações de mercado e sobre a nossa posição competitiva no setor de atuação apresentadas ao longo deste Prospecto, incluindo estimativas de mercado, foram obtidas por meio de pesquisas internas, pesquisas de mercado, informações públicas e publicações do setor. Fazemos tais declarações com base em informações obtidas de fontes que consideramos confiáveis, tais como EMBRAESP, IBGE, ABECIP, SECOVI, ADEMI, dentre outras. Embora não tenhamos motivos para achar que tais informações não sejam corretas em seus aspectos materiais, não as verificamos de forma independente. Todas as referências a VGV correspondem ao valor total a ser potencialmente obtido, proveniente da estimativa de venda de todas as Unidades de um determinado empreendimento imobiliário a um preço determinado. O VGV é revisado quando do lançamento do projeto, mas não é atualizado a partir de então, para que reflita o valor das vendas de fato realizadas. O investidor deve estar ciente de que o VGV dos projetos descritos neste documento poderão diferir do valor total efetivo das vendas das Unidades que compõem tais projetos. O termo “lançamento” relaciona-se à fase que se inicia quando do início da comercialização de um projeto. Arredondamentos Alguns dos percentuais e outros valores incluídos neste Prospecto foram arredondados para a apresentação. Portanto, alguns dos totais constantes das tabelas aqui apresentadas podem não representar uma soma aritmética exata dos valores que os precedem. Grupamento de Ações Em 13 de março de 2007, os nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4:1. Esse grupamento teve efeito a partir daquela mesma data. Como resultado do grupamento, cada titular de quatro ações ordinárias de nossa emissão passou a ser titular de uma ação ordinária. As informações de lucro por ação em reais e dividendo por ação em reais foram apuradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil (ou seja, foram apuradas com base nas quantidades de ações em circulação na data de encerramento de cada exercício social apresentado). Conseqüentemente, essa informação e os demais dados por ação e outros dados neste Prospecto, salvo quando disposto expressamente de forma contrária, não foram ajustados para refletir o grupamento de nossas ações ocorrido em 13 de março de 2007. 13 SUMÁRIO DA COMPANHIA O presente sumário destaca as informações selecionadas sobre nossa Companhia e nossas Ações. Por ser um sumário, este não contém todas as informações que os investidores devem considerar antes de investir em nossas Ações. O potencial investidor deverá ler todo o Prospecto cuidadosamente, especialmente as seções “Fatores de Risco” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”, bem como nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e respectivas notas explicativas, anexas a este Prospecto. Visão Geral Acreditamos ser uma reconhecida incorporadora imobiliária que atua no Grande Rio. Criamos e implementamos um modelo diferenciado de negócio, que tem como foco a incorporação imobiliária, baseando-se em parcerias para cada empreendimento que desenvolvemos e que são gerenciadas e controladas por nossa Companhia. Diferentemente de muitas das construtoras e incorporadoras tradicionais do Brasil, focamos na atividade de incorporação imobiliária, formando parcerias para cada um de nossos projetos, especialmente com construtoras e empreiteiras locais, buscando aproveitar sua expertise específica, conjuntamente a nossa, na execução dos projetos. Por meio do controle de nossas parcerias, somos capazes de administrar ativamente o nosso nível de risco e liquidez, determinando quando e, até mesmo, se deverá ocorrer uma incorporação imobiliária, a velocidade de execução de tal empreendimento e a sua estrutura de custo e preço, otimizando, assim, a velocidade de vendas e o retorno para aquele dado nível de risco. Acreditamos que nosso modelo de negócio baseado em parcerias, das quais detemos o controle, especialmente em um mercado imobiliário altamente fragmentado como o brasileiro, promove múltiplas oportunidades de novas incorporações, que nos permitem operar com eficiência em vários segmentos do mercado – do Segmento Residencial de Alta Renda ao Segmento Residencial de Baixa Renda, empreendimentos comerciais e Shopping Centers, variando de acordo com as condições do mercado. Acreditamos que o enfoque financeiro que temos em nossa atividade de incorporação imobiliária, associado à diversificação de nosso portfolio de produtos, permite-nos administrar o perfil de risco de nosso negócio de modo adequado a nossos objetivos de rentabilidade. Ao formar parcerias para o desenvolvimento de nossos empreendimentos de incorporação imobiliária, acreditamos nos beneficiar de certas vantagens em comparação às construtoras tradicionais, dentre as quais destacamos: • nos beneficiamos do conhecimento específico de nossos parceiros em relação a diferentes produtos e segmentos do mercado imobiliário, e possuímos flexibilidade na escolha dos melhores e mais experientes parceiros para um determinado empreendimento; • somos capazes de estabelecer inúmeras parcerias simultaneamente, o que amplia nossa gama de oportunidades e diversifica nosso portfolio de produtos, diluindo nossa exposição a riscos; • nosso reduzido quadro de funcionários resulta em uma estrutura operacional de baixo custo fixo, maior flexibilidade e, conseqüentemente, margens financeiras mais elevadas. Por não possuirmos funcionários nas áreas de arquitetura, engenharia e construção, aproveitamos de modo eficaz as oportunidades do mercado nos diferentes segmentos, bem como podemos desacelerar ou até mesmo suspender a execução de um determinado empreendimento caso as condições do mercado se tornem desfavoráveis. A terceirização das atividades de construção, marketing e comercialização de nossos empreendimentos imobiliários permite-nos controlar custos, mantendo a qualidade de nossos empreendimentos, resultando em margens financeiras mais elevadas; e • nossos interesses não são conflitantes com os interesses de nossos parceiros porque nossa estrutura é focada no desenvolvimento e gestão de projetos imobiliários. Estamos em constante contato com diversos participantes do fragmentado mercado imobiliário brasileiro, o que resulta em uma plataforma ampla de originação de negócios e nos proporciona um acesso abrangente às informações e tendências do mercado, permitindo-nos avaliar de forma eficiente os custos e determinar os preços, assim como analisar as possibilidades de êxito de um novo empreendimento. 14 Equacionamos os parâmetros de risco e liquidez no início de qualquer novo empreendimento imobiliário. Focamos os lançamentos de empreendimentos imobiliários em mercados em que a atividade imobiliária seja significativa e que conseqüentemente ofereçam informações consistentes e confiáveis sobre demanda e preço de um determinado produto, em segmentos específicos de mercado. Tais informações permitem-nos estabelecer preços que resultem em vendas de acordo com o nosso planejamento, reduzindo, dessa forma, o nosso estoque e permitindo um melhor controle do nosso perfil de risco. Por controlarmos nossas parcerias e, conseqüentemente, os empreendimentos, estabelecemos e alteramos as datas de lançamento, bem como os cronogramas de desenvolvimento de cada empreendimento, a partir da análise das condições de mercado, o que minimiza nosso risco e otimiza o uso de nossos recursos de capital para novos empreendimentos. Além de atuarmos no segmento residencial, analisamos constantemente oportunidades de empreendimentos comerciais e de desenvolvimento de Shopping Centers. Acreditamos poder utilizar nossa flexibilidade operacional e nossos relacionamentos com parceiros locais para suprir uma demanda não atendida de empreendimentos comerciais, como condomínios de escritórios profissionais e de Shopping Centers, nas mesmas áreas em que exista demanda no Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Antes de ingressar em nossa sociedade, nossos administradores gerenciaram e coordenaram 11 empreendimentos com um VGV de aproximadamente R$217,8 milhões (atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006), localizados no Grande Rio, totalizando 465 novas Unidades e 10 lotes de condomínio. Naqueles 11 empreendimentos imobiliários, aproximadamente 60% das Unidades foram vendidas nos primeiros seis meses contados da data de lançamento e 95% das Unidades foram vendidas antes da conclusão dos empreendimentos. Em 2006, ano de nossa constituição, lançamos o nosso primeiro empreendimento, o Green Park, composto por duas torres e com um VGV de R$58,8 milhões, sendo a nossa participação neste VGV de R$35,3 milhões. Informações Operacionais Selecionadas A tabela abaixo apresenta algumas informações operacionais selecionadas, referentes aos projetos lançados pela Companhia em 2006 e 2007 e os lançamentos programados para os anos de 2007, 2008 e 2009 em diante: Projetos Lançados Residencial 2006 2007 Empreendimentos(1) ........... VGV - 100% (R$ milhões).. VGV – CR2 (R$ milhões) .... Unidades........................... Área privativa Total (m2)..... Participação Média CR2..... (1) (2) (3) (4) (5) 1 58,8 35,3 240 19.418 60,0% 1 97,2 58,3 272 30.850 60,0% Residencial 6(2) 821,0(3) 585,3 5.449 331.807 71,3% Comercial 2007 1 27,2 16,3 5 5.672 60,0% Lançamentos Programados Total Residencial Comercial 2008 7 848,2 601,6 5.454 337.479 70,9% 1(4) 325,0 325,0 5.000 250.000 100,0% Total 1 1.250,0 312,5 2 1.575,0 637,5 (5) (5) (5) (5) 25,0% 40,5% Residencial 2009 em diante (4) 2.170,0 2.170,0 27.000 1.350.000 100,0% O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o USGAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Considerando o empreendimento Verano Lançado em 2007 (1º fase). Considera o VGV das 2ª e 3ª fases do empreendimento Verano. Informações referentes ao empreendimento Nova Iguaçu, que será desenvolvido em 4 fases, que englobarão a construção total de 32.000 casas. Para maiores informações, ver a seção “Nossas Atividades - Projetos de Incorporação Imobiliária - Incorporação Imobiliária Residencial - Lançamentos programados”. Informação não disponível no momento. Nossa participação no VGV total dos empreendimentos residenciais e comerciais indicados na tabela acima, compreendendo projetos lançados e lançamentos programados, atinge R$3.502,7 milhões. 15 Dentre os empreendimentos que compõem os nossos lançamentos programados, destacamos: • • Empreendimento Alcântara: composto por 3.800 Unidades residenciais que deverão medir, aproximadamente, 51 m2 de área privativa a um preço médio de venda de R$2.200,00 por m2 ou R$112.000,00 por Unidade (público-alvo pertencente ao Segmento Residencial de Renda Média Baixa), perfazendo um VGV total de R$424,5 milhões (R$339,6 milhões referentes à CR2). O lançamento deste projeto está previsto para agosto de 2007. Empreendimento Nova Iguaçu: composto por 32.000 casas que deverão medir, aproximadamente, 50 m2 de área privativa, a um preço médio de venda variando de R$1.300,00 a R$1.700,00 por m2 (preço médio de R$1.600,00), com preços variando de R$65.000,00 a R$85.000,00 por Unidade (público-alvo pertencente ao Segmento de Baixa Renda), perfazendo um VGV total de R$2.495,0 milhões (100% referentes à CR2). A data de início das obras da primeira fase deste projeto, composta por 5.000 casas, está prevista para janeiro de 2008, com previsão de entrega das unidades para novembro de 2008. Este empreendimento não se configurará como incorporação imobiliária, mas sim como construção com posterior venda de imóveis. Desta forma, não haverá comercialização de casas durante a construção, modelo que se adequa ao perfil do comprador da faixa de Renda Baixa e Média Baixa, o qual geralmente não dispõe de renda mensal suficiente para pagar prestações da residência ainda em construção a ser adquirida. Estimamos que o período de construção de cada fase deva ser de aproximadamente 10 meses e que o preço médio de construção deva se 2 situar em torno de R$600,00 por m construído. O esforço de marketing desse projeto será concentrado em adquirentes de programas habitacionais cujos dados cadastrais são obtidos com prefeituras e demais órgãos públicos. Nossas vendas serão efetuadas a adquirentes que tenham obtido financiamento com a Caixa Econômica Federal ou qualquer outra instituição financeira, desde que dentro de parâmetros que julguemos aceitáveis. O empreendimento Nova Iguaçu terá 2,4 milhões de m² de área total edificavel e será desenvolvido em uma área total de, aproximadamente, 1,5 milhão de m2, localizada no entorno de uma região industrial com elevada densidade populacional. O empreendimento será também adjacente ao Centro de Recreação Paradiso Clube, um clube cuja freqüência foi de, aproximadamente, 9.700 associados por fim de semana no mês de Fevereiro de 2007 e que acreditamos poder contribuir para a atratividade do empreendimento. Vantagens Competitivas Acreditamos que nossos pontos fortes sejam: Modelo diferenciado de negócio com foco em incorporação imobiliária por meio de parcerias que controlamos. Criamos e implementamos um modelo diferenciado de negócio no setor imobiliário brasileiro baseado exclusivamente em parcerias para cada empreendimento específico, controladas por nossa Companhia. Por sermos exclusivamente uma incorporadora imobiliária, controlamos nossas parcerias com incorporadoras e construtoras locais que detêm conhecimento específico necessário para a execução bem sucedida de um determinado empreendimento. Nosso modelo de negócio nos proporciona as seguintes vantagens em relação aos nossos concorrentes: 16 Flexibilidade e eficiência para financiar novas oportunidades de negócios. As parcerias que estabelecemos permitem-nos desenvolver empreendimentos com profissionais altamente capacitados e que atuam em todos os segmentos do mercado imobiliário, sem a necessidade de mantermos profissionais com aptidões específicas e estrutura para tanto. Tal situação permite-nos operar com agilidade e eficiência em todos os segmentos do mercado imobiliário, desde o Segmento Residencial de Alta Renda ao Segmento Residencial de Baixa Renda, bem como o segmento comercial, minimizando, em certos períodos, a nossa exposição a riscos de variações na demanda de produtos em determinados segmentos, bem como maximizando o retorno do investimento quando as variações na demanda nos são favoráveis. Acreditamos que nossos parceiros nos dão preferência em relação a outros concorrentes em razão de nossa credibilidade, experiência, prontidão e manutenção de relacionamentos de longo prazo. Adicionalmente, nossas atividades são complementares às de nossos parceiros, eliminando conflitos de interesse, o que nos assegura amplo acesso a novos empreendimentos, informações e tendências do mercado. Dessa forma, podemos avaliar melhor os custos e fixar os preços de forma mais eficiente, em consonância com nosso cronograma de vendas, bem como alterar nosso portfolio de produtos para adequá-lo à demanda dos clientes. Além disso, operamos com estrutura de baixo custo operacional. As nossas parcerias permitem-nos direcionar nossos recursos financeiros para um maior número de empreendimentos imobiliários e diversificar nosso portfolio de produtos, reduzindo nosso perfil de risco e aumentando nosso potencial de lucros. Foco no controle de risco e busca por mercados com liquidez para maximizar a lucratividade sobre o capital empregado. Antes de investir em um novo empreendimento, nos concentramos em verificar se a área em que o empreendimento será lançado possui demanda significativa para esse tipo de empreendimento e confirmamos se as informações sobre a formação do preço de venda nesta região são confiáveis e consistentes. Acreditamos que nossa rigorosa análise financeira e o controle que exercemos em cada empreendimento colocam-nos em posição privilegiada para prever o sucesso de um empreendimento e a velocidade de vendas, reduzindo o nosso risco e aumentando nossa lucratividade. Atuação em Segmentos com Maior Potencial de Crescimento. Acreditamos estar bem posicionados para nos beneficiar do forte potencial de crescimento apresentado pelo Segmento Residencial de Baixa Renda e pelo Segmento Residencial de Renda Média Baixa, em razão da expectativa de aumento significativo na demanda nesses segmentos, devido, entre diversos fatores, ao expressivo aumento nos financiamentos de longo prazo, ao significativo déficit habitacional especialmente nesses segmentos, a tendência de queda nas taxas de juros e as perspectivas para o cenário macroeconômico brasileiro. Nosso estoque de lançamentos programados para 2007 e 2008 e nossos empreendimentos lançados em 2007 somam 10 projetos, dos quais 8 referem-se a empreendimentos residenciais cujo VGV é de aproximadamente R$3.413,1 milhões, sendo a nossa participação equivalente a R$3.138,6 milhões. Ao todo, 5 desses 8 projetos são voltados ao Segmento Residencial de Baixa Renda e Renda Média Baixa, totalizando um VGV de R$2.988,3 milhões, sendo R$2.899,0 milhões referentes à nossa parcela. Capacidade de reproduzir o nosso modelo em outros mercados. Nosso sucesso tem sido associado à nossa capacidade de analisar a demanda do mercado do Grande Rio e eficientemente definir os preços de nossos empreendimentos de modo a otimizar a velocidade de vendas. Acreditamos poder implementar nosso modelo de negócio mantendo sua lucratividade em mercados nos quais haja significativa atividade imobiliária e nos quais informações consistentes e confiáveis sobre demanda e preço estejam disponíveis. Em virtude do setor imobiliário brasileiro ser fragmentado, acreditamos poder selecionar os parceiros locais que participarão de nossos empreendimentos com facilidade, independentemente do segmento ou localização geográfica. A área metropolitana de São Paulo, o maior mercado imobiliário no Brasil, destaca-se como um interessante mercado para reproduzirmos nosso modelo. 17 Administração experiente e com foco financeiro. Nossos administradores são profissionais altamente dedicados, qualificados e experientes em vários mercados brasileiros e com 15 anos em média de experiência no setor imobiliário. A maior parte de nossos administradores iniciou suas carreiras no setor imobiliário em instituições financeiras que operam no mercado imobiliário, tendo estabelecido ampla rede de relacionamentos profissionais e de credibilidade com incorporadores, empreiteiros e demais participantes do setor. Consequentemente, nossa administração incorporou a disciplina analítica e financeira de sua experiência em instituições financeiras ao desenvolvimento de nossas atividades, adaptando e utilizando mensuração de risco e sistemas de controle sofisticados, bem como sujeitando os empreendimentos programados a rigorosos e objetivos testes de avaliação financeira. Implementamos rigorosos procedimentos de controle de risco, tendo como modelo os padrões de análise de risco de instituições financeiras. Estratégias Pretendemos desenvolver nossos pontos fortes, como as vantagens de nosso modelo diferenciado de negócio, para implementar as seguintes estratégias com a finalidade de maximizar o retorno aos nossos acionistas: Expandir nossa participação no Grande Rio e ingressar no mercado da área metropolitana de São Paulo. Planejamos expandir significativamente nossos negócios no Grande Rio e ingressar no mercado imobiliário na área metropolitana de São Paulo, o maior e mais dinâmico mercado do setor imobiliário brasileiro. Acreditamos que nossa sólida reputação e credibilidade estabeleceram os alicerces para uma bem sucedida expansão para o mercado imobiliário de São Paulo. Além disso, pretendemos também captar oportunidades distintas em outras regiões do Brasil que apresentem crescente demanda por nossos produtos na medida em que possamos empregar com êxito nosso modelo de negócio, mesmo que sejam oportunidades isoladas em regiões em que antes nunca tenhamos operado. Expandir nossa atuação no Segmento Residencial de Baixa Renda, no Segmento Residencial de Renda Média Baixa e aproveitar oportunidades especiais em outros segmentos. Pretendemos concentrar nossa expansão especificamente no Segmento Residencial de Baixa Renda e de Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Acreditamos que (i) o aumento na disponibilidade de financiamento de longo prazo, (ii) o déficit significativo de habitação para a população de renda média baixa e baixa e (iii) a redução contínua nas taxas de juros proporcionará um potencial de crescimento superior para estes segmentos. Nossa meta é manter o valor médio das 2 Unidades lançadas de nosso portfolio de produtos inferior a R$2.500,00 por m . Nosso estoque de lançamentos programados e nossos empreendimentos lançados em 2007 somam 10 projetos, dos quais 8 referem-se a empreendimentos residenciais cujo VGV é de aproximadamente R$3.413,1 milhões, sendo a nossa participação equivalente a R$3.138,6 milhões. Ao todo, 5 desses 8 projetos são voltados ao Segmento Residencial de Baixa Renda e Renda Média Baixa, totalizando um VGV de R$2.988,3 milhões, sendo R$2.899,0 milhões referentes à nossa parcela Aproveitar oportunidades no segmento comercial. Pretendemos desenvolver oportunidades no mercado imobiliário comercial, como Shopping Centers e condomínios de escritórios profissionais nas mesmas áreas em que há demanda por habitação no Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Acreditamos existir uma demanda correlata crescente ainda não atendida para esse tipo de empreendimento comercial e pretendemos nos beneficiar do desenvolvimento de empreendimentos do Segmento Residencial de Renda Média Baixa, incorporando projetos comerciais próximos a estas áreas residenciais. Acreditamos que nosso modelo de negócio baseado em parcerias que controlamos permitir-nos-á atuar eficazmente nos diferentes segmentos do mercado imobiliário. Em relação aos Shopping Centers, nossa flexibilidade operacional permitir-nos-á permanecer apenas como o proprietário após sua conclusão e inauguração, posto que terceirizaremos todas as atividades de administração do imóvel, recebendo, assim, os aluguéis das lojas. 18 Utilizar a alavancagem financeira para otimizar a estrutura de capital. O mercado de capitais no Brasil evoluiu gradualmente de forma a abranger um número crescente de operações destinadas a segregar fluxos de caixa dos empreendimentos imobiliários. Como parte de nosso gerenciamento de risco, pretendemos explorar as oportunidades de securitização de recebíveis, repasses de carteiras a bancos ou outros instrumentos para disponibilizar capital para novos empreendimentos. Pretendemos, ainda, contrair financiamento bancário sempre que financeiramente atrativo, de forma a otimizar a nossa estrutura de capital e a potencializar o retorno para os nossos acionistas. Nossa História e Recente Reorganização Societária A Companhia foi constituída em 10 de janeiro de 2006. Anteriormente à nossa constituição, os nossos administradores já atuavam há mais de 10 anos no mercado imobiliário brasileiro, o que lhes conferiu vasta experiência no setor. Em 04 de setembro de 1998, nossos administradores constituíram a CR2 Administradora, empresa que atuava como gestora de empreendimentos imobiliários desenvolvidos por meio de SPEs. Em 26 de julho de 1999, os nossos administradores constituíram a CR2 DTVM, posteriormente transformada em Banco CR2, que foi o responsável pela constituição e administração de FIIs responsáveis pelo desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. Em 05 de dezembro de 2005, nossa equipe de administração começou a gerir o CR2 Realty FIP, um fundo com o propósito de investir em projetos imobiliários e com longo período de retorno de investimento (7 anos). Tanto o Banco CR2 como a CR2 Administradora eram empresas sob Controle Comum. Como gestores desses empreendimentos, a CR2 Administradora e o Banco CR2 eram remunerados pelas SPEs e pelos FIIs por meio de uma taxa de administração e de performance. Estas SPEs e FIIs foram os veículos através dos quais a CR2 Administradora e o Banco CR2 levantaram fundos de terceiros investidores que desejavam investir em empreendimentos imobiliários estruturados, planejados e conduzidos por nossos administradores. Em 19 de maio de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, foi aprovado aumento do nosso capital social, com a emissão de 500.000 novas ações ordinárias atribuídas ao CR2 Realty FIP, fundo de investimento cujo objeto principal é o investimento em valores mobiliários de emissão de companhias que atuem no mercado imobiliário, tornando-se o nosso acionista controlador. Em subseqüentes aumentos de capital durante o ano de 2006, que totalizaram R$61,5 milhões, o CR2 Realty FIP subscreveu nossas ações. Em 20 de dezembro de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, incorporamos a totalidade do patrimônio líquido da CR2 Administradora. Em decorrência dessa incorporação, o nosso capital social foi aumentado, mediante a emissão de 61.515.000 ações ordinárias, atribuídas aos então sócios da CR2 Administradora, totalizando R$61.856.745,00. Em 13 de março de 2007, os nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4:1. Esse grupamento teve efeito a partir daquela mesma data. Como resultado do grupamento, cada titular de quatro ações ordinárias de nossa emissão passou a ser titular de uma ação ordinária. Com o grupamento das ações, o capital social da Companhia, no valor de R$61.856.745,00, está dividido e representado por 30.757.500 ordinárias nominativas. Para maiores informações, ver a Seção “Descrição do Capital Social”. Informamos que, entre a data deste Prospecto Preliminar e a conclusão do Processo de Bookbuilding, o CR2 Realty FIP, principal acionista de nossa Companhia até a presente data, será dissolvido e seus quotistas tornar-se-ão acionistas diretos da Companhia. Em decorrência dessa dissolução, não possuiremos acionista controlador com mais de 50% de nossas ações após a conclusão desta Oferta, conforme a definição do Regulamento do Novo Mercado. 19 SUMÁRIO DA OFERTA Companhia CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. Ação Ações ordinárias de nossa emissão, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de emissão da Companhia e objeto da Oferta. Oferta Oferta pública de distribuição primária de 15.378.750 Ações (sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), no Brasil, em mercado de balcão não organizado, nos termos da Instrução CVM 400 e demais disposições legais aplicáveis, com esforços de colocação no exterior para Investidores Institucionais Estrangeiros. Opção de Lote Suplementar A quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações Adicionais) poderá ser acrescida das Ações do Lote Suplementar, equivalentes a até 15% das Ações inicialmente ofertadas, por meio do exercício da Opção de Lote Suplementar. A Opção de Lote Suplementar poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição e no prazo de até 30 dias contados da data de início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia, inclusive, de acordo com as disposições do Contrato de Distribuição. Ações Adicionais Sem prejuízo das Ações do Lote Suplementar, a quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações do Lote Suplementar) poderá ser acrescida das Ações Adicionais, equivalentes e até 20% das Ações inicialmente ofertadas, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas, que poderão ser emitidas pela Companhia em comum acordo com o Coordenador Líder até a data de publicação do Anúncio de Início, inclusive. Preço por Ação O Preço por Ação será fixado após o resultado do Procedimento de Bookbuilding. Faixa Indicativa do Preço por Ação Estima-se que o Preço por Ação estará situado entre R$20,00 e R$25,00, podendo, no entanto, ser fixado acima ou abaixo dessa faixa indicativa. Valor Total da Oferta R$346.021.875,00 (baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto, sem considerar as Ações do Lote Suplementar, as Ações Adicionais e comissões e despesas estimadas da Oferta). Coordenador Líder Unibanco. Agentes de Colocação Internacional Unibanco Securities Inc. e eventuais outras instituições. Instituições Participantes da Oferta O Coordenador Líder, as Instituições Subcontratadas e as Corretoras Consorciadas, considerados conjuntamente. 20 Garantia Firme As Ações serão colocadas no Brasil pelo Coordenador Líder, em regime de garantia firme de liquidação. A garantia firme de liquidação consiste na obrigação do Coordenador Líder, de subscrever, no último dia do Período de Colocação, pelo Preço por Ação, conforme indicado no Contrato de Distribuição, a totalidade do respectivo saldo resultante da diferença entre (i) a quantidade de Ações indicada no Contrato de Distribuição (exceto as Ações do Lote Suplementar); e (ii) a quantidade de Ações efetivamente liquidada pelos investidores que as subscreveram. Tal garantia é vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de Bookbuilding e celebrado o Contrato de Distribuição. Fatores de Risco Para uma descrição dos fatores que devem ser considerados antes da decisão de investimento nas Ações, ver a seção "Fatores de Risco", além de outras informações incluídas neste Prospecto. Destinação dos Recursos Estima-se que os recursos líquidos provenientes da Oferta serão de, aproximadamente, R$327.358.020,63 (baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto e sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), após a dedução de comissões e despesas estimadas. Pretendemos empregar os recursos da Oferta prioritariamente na expansão de nossas atividades. Ver a seção "Destinação dos Recursos". Direitos das Ações As Ações garantem aos seus titulares todos os direitos e benefícios assegurados às ações de nossa emissão, inclusive, quanto ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados a partir da data de sua liquidação. Direito de Venda Conjunta (Tag Along) Em caso de alienação do nosso controle direto ou indireto, os nossos acionistas têm o direito de ser incluídos em oferta pública de aquisição de ações, que deverá ser efetivada pelo adquirente do controle, devendo o preço da referida oferta, por ação não representativa do bloco de controle, ser equivalente a 100% do preço pago por ação representativa do bloco de controle em garantia de extensão das mesmas condições atribuídas ao acionista alienante. Restrições a vendas de ações (Lock-up) Nós, nossos acionistas e cada um dos membros do nosso Conselho de Administração e de nossa Diretoria celebramos acordos de restrição à venda de Ações, por meio dos quais concordamos, sujeitos a determinadas exceções previstas em referidos acordos, em não emitir, oferecer, vender, contratar a venda, dar em garantia ou de outra forma alienar, direta ou indiretamente, pelo prazo de 180 dias contados da data de publicação do Anúncio de Início, sem o prévio e expresso consentimento dos Agentes de Colocação Internacional, qualquer Ação, qualquer valor mobiliário conversível em, ou que represente um direito de receber, Ações ou derivativos lastreados nestas Ações, exceto as Ações do Lote Suplementar. 21 Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, durante os primeiros seis meses subseqüentes à data de publicação do Anúncio de Início, os nossos administradores e os nossos acionistas que assinaram o Contrato de Participação no Novo Mercado na qualidade de titulares do Controle Difuso não poderão vender e/ou ofertar à venda quaisquer das Ações de nossa emissão, ou derivativos lastreados nessas Ações de que sejam titulares imediatamente após a efetivação da distribuição anteriormente mencionada. Após este período inicial de seis meses, os nossos administradores e os nossos acionistas que assinaram o Contrato de Participação no Novo Mercado, na qualidade de titulares do Controle Difuso, não poderão vender e/ou ofertar à venda mais do que 40% das Ações, ou derivativos lastreados em Ações de que sejam titulares, imediatamente após a efetivação da distribuição anteriormente mencionada, por seis meses adicionais. Estas vedações não se aplicarão na hipótese de cessão ou empréstimo de ações que vise ao desempenho da atividade de formador de mercado credenciado pela BOVESPA, nesse caso limitado a 15% da quantidade total de ações cuja negociação esteja vedada. Público Alvo da Oferta Investidores Não Institucionais, Investidores Institucionais Locais e Investidores Institucionais Estrangeiros, sendo que os Investidores Institucionais Estrangeiros somente poderão subscrever as Ações da Oferta por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo BACEN e pela CVM. Inadequação da Oferta a Certos Investidores Não há inadequação específica da Oferta a certo grupo ou categoria de investidor. No entanto, a presente Oferta não é adequada a investidores avessos ao risco inerente a investimentos em ações. Como todo e qualquer investimento em ações, a subscrição das Ações apresenta certos riscos e possibilidades de perdas patrimoniais que devem ser cuidadosamente considerados antes da tomada de decisão de investimento. Para mais informações, os investidores devem ler as seções "Descrição do Capital Social" e "Fatores de Risco" deste Prospecto. Pedidos de Reserva Será concedido aos Investidores Não Institucionais o prazo a ser iniciado em 11 de abril de 2007 e a ser encerrado em 18 de abril de 2007, inclusive, o qual poderá ser estendido a critério do Coordenador Líder, para a realização dos respectivos Pedidos de Reserva. Data de Liquidação A liquidação financeira das Ações (excluídas as Ações do Lote Suplementar), que ocorrerá três dias úteis contados da data de publicação do Anúncio de Início. Data de Liquidação das Ações do Lote Suplementar A liquidação financeira das Ações do Lote Suplementar deverá ser realizada nas datas em que for efetuado o depósito das Ações do Lote Suplementar na CBLC. 22 Aprovações Societárias O nosso Conselho de Administração, em reunião realizada em 13 de março de 2007, retificada pela reunião realizada em 02 de abril de 2007, aprovou o aumento do nosso capital social, dentro do limite do capital autorizado previsto em nosso Estatuto Social, mediante a emissão das Ações, com a possibilidade de emissão das Ações do Lote Suplementar e das Ações Adicionais, com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas, nos termos do artigo 172 da Lei das Sociedades por Ações, para colocação por meio da Oferta, e autorizou a nossa diretoria a praticar todos os atos e assinar todos os documentos necessários à realização dessas deliberações. O nosso Conselho de Administração aprovará a fixação do Preço por Ação, calculado de acordo com o inciso III do parágrafo primeiro do artigo 170 da Lei das Sociedades por Ações, de acordo com o resultado do Procedimento de Bookbuilding, previamente à concessão do registro da Oferta pela CVM. Listagem No primeiro dia útil subseqüente ao registro da Oferta e à publicação do Anúncio de Início, as Ações serão negociadas na BOVESPA sob o código "CRDE3" e listadas no Novo Mercado. Informações Adicionais Para uma descrição completa das condições aplicáveis à Oferta, ver "Informações sobre a Oferta". Nós, em conjunto com o Coordenador Líder, solicitamos o registro da Oferta em 16 de fevereiro de 2007, estando a presente Oferta sujeita à prévia aprovação da CVM. Na mesma data, nós solicitamos o nosso registro como companhia aberta, estando tal pedido de registro também sujeito à prévia aprovação da CVM. Mais informações sobre a Oferta poderão ser obtidas com as Instituições Participantes da Oferta nos endereços indicados na seção "Informações sobre a Oferta". CRONOGRAMA DAS ETAPAS DA OFERTA Ver seção “Informações sobre a Oferta”. 23 SUMÁRIO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS A tabela abaixo apresenta um resumo das nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, que foram preparadas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. As informações abaixo devem ser lidas e analisadas em conjunto com as nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto e com as seções “Informações Financeiras Selecionadas” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional”. Fomos constituídos no dia 10 de janeiro de 2006. Logo, não temos qualquer demonstração financeira para qualquer exercício ou período anterior a essa data. Nossas demonstrações financeiras auditadas, individual e consolidada, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006 encontram-se anexas a este Prospecto. Todavia, estas demonstrações financeiras podem não servir de parâmetro para a avaliação de nossa performance financeira, perspectiva comercial ou do valor futuro de nossas ações ordinárias. BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) Ativo Circulante Disponibilidades................................................................................ Aplicações financeiras em: Cotas de Fundos de Investimento .................................................. Letras Financeiras do Tesouro - LFT'S ............................................. Letras do Tesouro Nacional - LTN'S ................................................ Clientes por incorporação e venda de imóveis................................... Contas a receber de terceiros............................................................ Estoques ........................................................................................... Opção de compra de terrenos........................................................... Gastos com vendas a apropriar ......................................................... Outros ativos..................................................................................... Total do ativo circulante................................................................ Ativo não circulante Mútuos a receber - Partes relacionadas ............................................. Clientes por incorporação e venda de imóveis................................... Gastos com vendas a apropriar ......................................................... Total do ativo não circulante ........................................................ Imobilizado de uso............................................................................ Total do ativo permanente ........................................................... Total do ativo ................................................................................. Passivo circulante Dividendos a pagar ........................................................................... Provisões tributárias .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social diferidos............................... Contas a pagar ................................................................................ Adiantamentos de clientes ................................................................ Financiamento de imóveis ................................................................. Adiantamentos para futuro aumento de capital................................ Total do passivo circulante ........................................................... Passivo não circulante Imposto de renda e contribuição social diferidos............................... Financiamentos de imóveis................................................................ Total do passivo não circulante .................................................... Participação de minoritários ......................................................... Patrimônio líquido Capital social..................................................................................... Reservas de lucros............................................................................. Total do patrimônio líquido.......................................................... Total do passivo e patrimônio líquido ......................................... (1) Análise vertical. 24 %AV (1) 492 0,5% 832 44.618 5.445 101 7.522 33.830 330 1.901 329 95.400 0,9% 45,6% 5,6% 0,1% 7,7% 34,6% 0,3% 1,9% 0,3% 97,6% 724 568 1.056 2.348 2 2 97.750 0,7% 0,6% 1,1% 2,4% 0,0% 0,0% 100,0% 351 715 657 79 223 6.120 1.228 9.373 0,4% 0,7% 0,7% 0,1% 0,2% 6,3% 1,3% 9,6% 10 24.000 24.010 1.383 0,0% 24,6% 24,6% 1,4% 61.857 1.127 62.984 97.750 63,3% 1,2% 64,4% 100,0% DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO CONSOLIDADO Receita operacional bruta ........................................................... Receitas por incorporações e venda de imóveis ............................... Deduções sobre as vendas .......................................................... Impostos incidentes sobre vendas ................................................... Receita operacional líquida......................................................... Custo das vendas realizadas ....................................................... Custo de incorporações e venda de imóveis .................................... Lucro bruto ................................................................................... Outras receitas (despesas) operacionais.................................... Despesas gerais e administrativas.................................................... Resultado na alienação de participação........................................... Despesas tributárias ....................................................................... Despesas com vendas ..................................................................... Outras despesas operacionais ......................................................... Lucro operacional antes do resultado financeiro...................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras .................................................................. Contas a receber imobiliário ........................................................ Operações de mútuo - partes relacionadas .................................. Outros ......................................................................................... Despesas financeiras ....................................................................... Lucro operacional após os resultados financeiros .................... Resultado antes da tributação sobre o lucro............................. Imposto de renda corrente.............................................................. Contribuição social corrente............................................................ Imposto de renda e contribuição social diferidos............................. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro .............. Lucro do exercício antes da participação de minoritários ................. Participação de minoritários ....................................................... Lucro líquido do exercício ........................................................... (1) Análise vertical. 25 Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) 916 916 (59) (59) 857 (357) (357) 500 2.374 (810) 2.804 (295) (65) (332) 1.302 879 108 26 86 (27) 2.374 2.874 (476) (181) (666) (1.323) 1.551 (73) 1.478 %AV (1) 106,9% 106,9% -6,9% -6,9% 100,0% -41,7% -41,7% 58,3% 277,0% -94,5% 327,2% -34,4% -7,6% -38,7% 151,9% 102,6% 12,6% 3,0% 10,0% -3,2% 277,0% 335,4% -55,5% -21,1% -77,7% -154,4% 181,0% -8,5% 172,5% INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA Composição Atual do Capital Social Nesta data, o nosso capital social subscrito e integralizado é de R$61.856.745,00, representado por 30.757.500 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. Nosso capital autorizado é de 60.000.000 ações ordinárias, além das ações já emitidas, todas nominativas e sem valor nominal. Na data deste Prospecto, a composição do nosso capital social é a seguinte: Espécie e classe Ordinárias .................................................. Total ......................................................... Subscrito/Integralizado Quantidade Valor (R$) 30.757.500 30.757.500 61.856.745,00 61.856.745,00 Após a conclusão da Oferta, a composição do nosso capital social será a seguinte, assumindo a colocação da totalidade das Ações e sem considerar o exercício da Opção de Lote Suplementar e as Ações Adicionais: Espécie e classe Ordinárias .................................................. Total ......................................................... Subscrito/Integralizado Quantidade Valor (R$) 407.878.620,00 407.878.620,00 46.136.250 46.136.250 Após a conclusão da Oferta, a composição do nosso capital social será a seguinte, assumindo a colocação da totalidade das Ações e considerando o exercício da Opção de Lote Suplementar e as Ações Adicionais: Espécie e classe Ordinárias .................................................. Total ......................................................... Subscrito/Integralizado Quantidade Valor (R$) 528.986.265,00 528.986.265,00 51.518.812 51.518.812 A tabela abaixo contém informações sobre a titularidade das ações ordinárias de nossa emissão antes da dissolução do CR2 Realty FIP, pelos acionistas que detêm mais de 5% das Ações de nossa emissão: Acionistas Ações ordinárias CR2 Realty FIP.......................................................................... (1) Carlos Antonio Guedes Valente .............................................. Cláudio Coutinho Mendes ....................................................... Rogério Furtado Moreira .......................................................... Marco Paulo de Alvarenga Costa.............................................. Outros ..................................................................................... Total ....................................................................................... 15.375.000 5.014.764 5.014.764 2.239.544 2.238.793 874.635 30.757.500 (1) Capital total (Em %) 49,99% 16,30% 16,30% 7,28% 7,28% 2,85% 100% O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. 26 A tabela abaixo contém informações sobre a titularidade das ações ordinárias de nossa emissão após a dissolução do CR2 Realty FIP, assim como o percentual representativo dessas ações em relação ao nosso capital social, antes e após a realização da Oferta, não considerando o exercício da Opção de Lote Suplementar e as Ações Adicionais: Acionistas Tiebold Assets LLC(1) ........................ (2) Carlos Antonio Guedes Valente .... Cláudio Coutinho Mendes.............. Rogério Furtado Moreira................. Marco Paulo de Alvarenga Costa .... Outros............................................ Total ............................................. (1) (2) Ações ordinárias antes da Oferta Ações Capital total ordinárias (Em %) 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 5.383.143 30.757.500 33,04% 18,60% 16,30% 7,28% 7,28% 17,50% 100,00% Ações ordinárias após a Oferta Ações Capital total ordinárias (Em %) 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 20.761.893 46.136.250 22,02 12,40 10,87 4,85 4,85 45,01 100,00 Antigo detentor de quotas do CR2 Realty FIP, que se tornou acionista direto de nossa Companhia com a dissolução ocorrida após o registro de companhia aberta e antes da conclusão da oferta. O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. A tabela abaixo contém informações sobre a titularidade das ações ordinárias de nossa emissão após a dissolução do CR2 Realty FIP assim como o percentual representativo dessas ações em relação ao nosso capital social, antes e após a realização da Oferta, considerando o exercício da Opção de Lote Suplementar e as Ações Adicionais: Acionistas Tiebold Assets LLC(1)....................... (2) Carlos Antonio Guedes Valente ... Cláudio Coutinho Mendes............. Rogério Furtado Moreira ............... Marco Paulo de Alvarenga Costa ... Outros .......................................... Total ............................................ (1) (2) Ações ordinárias antes da Oferta Ações Capital total ordinárias (Em %) 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 5.383.143 30.757.500 33,04% 18,60% 16,30% 7,28% 7,28% 17,50% 100,00% Ações ordinárias após a Oferta Ações Capital total ordinárias (Em %) 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 26.144.455 51.518.812 19,72 11,10 9,73 4,35 4,35 50,75 100,00 Antigo detentor de quotas do CR2 Realty FIP, que se tornou acionista direto de nossa Companhia com a dissolução ocorrida após o registro de companhia aberta e antes da conclusão da oferta. O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. Descrição da Oferta A Oferta compreende a distribuição pública primária das Ações. As Ações serão ofertadas no Brasil, em mercado de balcão não organizado, nos termos da Instrução CVM 400 e demais disposições legais aplicáveis, com esforços de colocação no exterior para Investidores Institucionais Estrangeiros. Nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, a quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações Adicionais) poderá ser acrescida das Ações do Lote Suplementar, conforme opção a ser outorgada no Contrato de Distribuição pela Companhia ao Coordenador Líder, as quais serão destinadas a atender a eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta. A Opção de Lote Suplementar poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, no todo ou em parte, em uma ou mais vezes, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição e até 30 dias contados da data de início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BOVESPA, inclusive. Nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400, até a data de publicação do anúncio de início da Oferta, a quantidade total das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações do Lote Suplementar) poderá, a critério da Companhia e do Coordenador Líder, ser acrescida das Ações Adicionais. 27 Exceto pelo registro da Oferta perante a CVM, não será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações perante a SEC nem perante qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país. Preço por Ação O Preço por Ação será fixado após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, a ser realizado com Investidores Institucionais pelo Coordenador Líder, conforme previsto no artigo 44 da Instrução CVM 400. Nos termos do artigo 170, parágrafo primeiro, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações, a escolha do critério para determinação do Preço por Ação é justificada pelo fato de que o Preço por Ação não promoverá a diluição injustificada dos nossos atuais acionistas e de que as Ações serão distribuídas por meio de oferta pública, em que o valor de mercado das Ações será aferido com a realização do Procedimento de Bookbuilding, que refletirá o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentarão suas intenções de investimento no contexto da Oferta. Os Investidores Não Institucionais que aderirem à Oferta não participarão do Procedimento de Bookbuilding, e, portanto, não participarão da fixação do Preço por Ação. Estima-se que o Preço por Ação estará situado entre R$20,00 e R$25,00, podendo, no entanto, ser fixado fora dessa faixa indicativa. Preço (R$) Por Ação ....................... Total ............................ (1) (2) (1) 22,50 346.021.875,00 Comissões (R$)(1) Recursos Líquidos(1)(2) (R$) 1,01 15.570.984,38 21,49 330.450.890,63 Baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto. Considerando a colocação total da quantidade de Ações, sem a dedução das despesas incorridas na Oferta e sem considerar o exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. Quantidade, Valor, Espécie e Recursos Líquidos Na hipótese de não haver exercício da Opção de Lote Suplementar e colocação das Ações Adicionais, e considerando a distribuição total das Ações inicialmente ofertadas no âmbito da Oferta: Oferta Quantidade Preço por Ação(1) Oferta ........................... Total ............................ 15.378.750 15.378.750 22,50 22,50 (1) (2) Comissões(1)(2) (em R$) 15.570.984,38 15.570.984,38 Recursos Líquidos(1) 330.450.890,63 330.450.890,63 Baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto. Considerando a colocação total da quantidade de Ações, sem a dedução das despesas incorridas na Oferta e sem considerar o exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. Na hipótese de haver exercício da Opção de Lote Suplementar e a colocação das Ações Adicionais, e considerando a distribuição total das Ações inicialmente ofertadas no âmbito da Oferta: Oferta Quantidade Preço por Ação(1) Comissões(1)(2) (em R$) Recursos Líquidos(1) Oferta ........................... Total ............................ 20.761.312 20.761.312 22,50 22,50 21.020.828,40 21.020.828,40 443.015.821,60 443.015.821,60 (1) (2) Baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto. Considerando a colocação total da quantidade de Ações, o exercício de Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais, após a dedução das comissões de distribuição e das despesas incorridas na Oferta. 28 Custos de Distribuição Os custos de distribuição da Oferta serão pagos por nós. Abaixo, segue descrição dos custos relativos à Oferta, sem considerar a Opção de Lote Suplementar e as Ações Adicionais: Comissões e Despesas(1)(2) Custo (1) Total (R$) Custo por (1) Ação (R$) % em Relação ao (1) Valor Total da Oferta Comissão de Coordenação ............................... Comissão de Colocação .................................. Comissão de Garantia Firme de Liquidação(3) ..... Comissão de Incentivo(4) .................................... Total de Comissões(5) ...................................... 9.342.590,63 3.114.196,88 3.114.196,88 N/D 15.570.984,38 0,61 0,20 0,20 N/D 1,01 2,7% 0,9% 0,9% N/D 4,5% Despesas de Registro e Listagem da Oferta ....... (3) Despesas com consultores legais ..................... (3) Despesas com auditores ................................. Despesas com publicidade e outras (3) despesas relacionadas com a Oferta ............ Total ............................................................... 82.870,00 1.500.000,00 395.000,00 0,01 0,10 0,03 0% 0,4% 0,1% 1.115.000,00 3.092.870,00 0,07 0,20 0,3% 0,9% (1) (2) (3) (4) (5) Baseado no ponto médio da faixa indicativa do Preço por Ação indicada na capa deste Prospecto. Não considera os tributos pagos pela Companhia no âmbito do Contrato de Distribuição. Sem considerar o exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar e a colocação das Ações Adicionais. Poderá haver uma comissão de incentivo, a qual será definida somente após a fixação do Preço por Ação. O total de comissões não considera a comissão de incentivo. Além da remuneração prevista acima, nenhuma outra será contratada ou paga ao Coordenador Líder, direta ou indiretamente, por força ou em decorrência do Contrato de Distribuição sem prévia manifestação da CVM. Aprovações Societárias O nosso Conselho de Administração, em reunião realizada em 13 de março de 2007, aprovou o aumento do nosso capital social, dentro do limite do capital autorizado previsto em nosso Estatuto Social, mediante a emissão das Ações, com a possibilidade de emissão das Ações do Lote Suplementar e de Ações Adicionais, com exclusão do direito de preferência, nos termos do artigo 172 da Lei das Sociedades por Ações, para colocação por meio da Oferta, e autorizou a nossa diretoria a praticar todos os atos e assinar todos os documentos necessários à realização dessas deliberações. O nosso Conselho de Administração fixará o Preço por Ação, calculado de acordo com o artigo 170, parágrafo primeiro, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações, de acordo com o resultado do Procedimento de Bookbuilding, previamente à concessão do registro da Oferta pela CVM. A ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de março de 2007 foi arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro em 19 de março de 2007 e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal Diário Mercantil em 02 de abril de 2007, tendo sido retificada pela ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 02 de abril de 2007, que será arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal Valor Econômico. A ata da reunião do nosso Conselho de Administração que aprovar o Preço por Ação será arquivada na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal Valor Econômico. Público Alvo da Oferta Observado o disposto na seção "Procedimento da Oferta" abaixo, o Coordenador Líder efetuará a Oferta para Investidores Não Institucionais e Investidores Institucionais Locais. O Coordenador Líder poderá efetuar a Oferta de acordo com o disposto no Contrato de Distribuição, em conjunto com as Instituições Subcontratadas contratadas pelo Coordenador Líder, se for o caso, e/ou com os Participantes Especiais. Os Agentes de Colocação Internacional realizarão esforços de colocação das Ações no exterior para Investidores Institucionais Estrangeiros em operações isentas de registro segundo o Securities Act nos termos do Placement Agent Agreement, sendo que tais investidores deverão subscrever Ações nos termos da Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325. 29 Cronograma e Procedimentos da Oferta Cronograma Encontra-se abaixo um cronograma estimado das principais etapas da Oferta: N.º Evento Publicação do Aviso ao Mercado (sem logotipos dos Participantes Especiais) 1. Disponibilização do Prospecto Preliminar Início das apresentações para potenciais investidores Início do Procedimento de Bookbuilding Publicação do Aviso ao Mercado (com logotipos dos Participantes Especiais) 2. Início do Período de Reserva Encerramento do Período de Reserva 3. Encerramento das apresentações para potenciais investidores 4. Encerramento do Procedimento de Bookbuilding Fixação do Preço por Ação Reunião do Conselho de Administração da Companhia para fixar o Preço por Ação Assinatura do Contrato de Distribuição e de outros contratos relacionados à Oferta Início do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar Registro da Oferta 5. Publicação do Anúncio de Início Disponibilização do Prospecto Definitivo Início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BOVESPA 6. Data de Liquidação 7. Encerramento do prazo para exercício da Opção de Lote Suplementar 8. Data de Liquidação das Ações do Lote Suplementar 9. 10. Publicação do Anúncio de Encerramento (1) Data de Realização/ (1) Data Prevista 3.04.2007 11.04.2007 18.04.2007 19.04.2007 20.04.2007 23.04.2007 25.04.2007 22.05.2007 25.05.2007 29.05.2007 Essas datas são meramente indicativas e estão sujeitas a alterações, atrasos e antecipações sem aviso prévio, a critério da Companhia e do Coordenador Líder. Procedimento da Oferta As Instituições Participantes da Oferta efetuarão a colocação pública das Ações, no Brasil, em mercado de balcão não organizado, observado o disposto na Instrução CVM 400, e os esforços de dispersão acionária previstos no Regulamento do Novo Mercado, por meio da Oferta de Varejo e da Oferta Institucional, sendo a Oferta Institucional realizada exclusivamente pelo Coordenador Líder e pelas Instituições Subcontratadas, se for o caso. O plano de distribuição das Ações, organizado pelo Coordenador Líder, nos termos do artigo 33, parágrafo 3º, da Instrução CVM 400, com nossa expressa anuência, leva em consideração as relações com clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica do Coordenador Líder e da nossa Companhia, observado, entretanto, que o Coordenador Líder deverá assegurar a adequação do investimento ao perfil de risco de seus clientes, bem como o tratamento justo e eqüitativo aos investidores e realizar os esforços de dispersão acionária previstos no Regulamento do Novo Mercado. 30 No contexto da Oferta de Varejo, e a critério do Coordenador Líder, o montante de, no mínimo, 10% das Ações inicialmente ofertadas (sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), será destinado prioritariamente à colocação pública para Investidores Não Institucionais que tenham realizado Pedido de Reserva, de acordo com as condições ali previstas e o seguinte procedimento: I. durante o Período de Reserva, cada um dos Investidores Não Institucionais interessado em participar da Oferta deverá realizar Pedido de Reserva irrevogável e irretratável, exceto pelo disposto nos itens IX e X abaixo, mediante preenchimento de formulário específico, perante uma única Instituição Participante da Oferta, sem necessidade de depósito prévio do valor do investimento pretendido, observados o valor mínimo de investimento de R$3.000,00 e o valor máximo de R$300.000,00 por Investidor Não Institucional, sendo que tais Investidores Não Institucionais poderão estipular, no Pedido de Reserva, o preço máximo por Ação como condição de eficácia de seu Pedido de Reserva, sem necessidade de posterior confirmação, sendo que caso o Preço por Ação seja fixado em valor superior ao valor estabelecido pelo Investidor Não Institucional, o respectivo Pedido de Reserva será automaticamente cancelado. As Instituições Participantes da Oferta somente atenderão Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não Institucionais titulares de conta corrente ou de conta-investimento nelas aberta ou mantida pelo respectivo investidor. Recomenda-se aos Investidores Não Institucionais interessados na realização de Pedidos de Reserva que leiam cuidadosamente os termos e condições estipulados no Pedido de Reserva, especialmente os procedimentos relativos à liquidação da Oferta, e as informações constantes deste Prospecto, e que verifiquem com a Instituição Participante da Oferta de sua preferência, antes de realizar o seu Pedido de Reserva, se essa, a seu exclusivo critério, exigirá a manutenção de recursos em conta-investimento nela aberta e/ou mantida, para fins de garantia do Pedido de Reserva; II. os Investidores Não Institucionais deverão realizar seus Pedidos de Reserva no Período de Reserva; III. caso seja verificado excesso de demanda superior a 1/3 das Ações (sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), não será permitida a colocação, pelas Instituições Participantes da Oferta, de Ações para Investidores Não Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas, sendo os Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas automaticamente cancelados; IV. caso o total de Ações objeto dos Pedidos de Reserva seja igual ou inferior ao montante de Ações destinadas à Oferta de Varejo, não haverá Rateio, sendo integralmente atendidos todos os Pedidos de Reserva e as Ações remanescentes, se houver, serão destinadas aos Investidores Institucionais; V. caso o total de Ações objeto dos Pedidos de Reserva exceda o total de Ações destinadas à Oferta de Varejo, será realizado rateio entre os Investidores Não Institucionais, sendo que (a) até o limite de R$5.000,00, inclusive, o critério de rateio será a divisão igualitária e sucessiva das Ações destinadas à Oferta de Varejo entre os Investidores Não Institucionais que tiverem apresentado Pedido de Reserva, limitada ao valor individual de cada Pedido de Reserva; e (b) uma vez atendido o critério descrito na alínea (a) acima, as Ações destinadas à Oferta de Varejo remanescentes serão rateadas proporcionalmente ao valor dos respectivos Pedidos de Reserva entre todos os Investidores Não Institucionais, desconsiderando-se, em ambos os casos, as frações de Ações (Rateio). Opcionalmente, a critério do Coordenador Líder, a quantidade de Ações destinadas à Oferta de Varejo poderá ser aumentada para que os Pedidos de Reserva excedentes possam ser total ou parcialmente atendidos, sendo que, no caso de atendimento parcial, será observado o mesmo critério de Rateio; VI. até as 16:00 horas do primeiro dia útil subseqüente à data de publicação do Anúncio de Início, serão informados a cada Investidor Não Institucional pela Instituição Participante da Oferta que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva, por meio do seu respectivo endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por fac-símile, telefone ou correspondência, a Data de Liquidação, a quantidade de Ações alocadas (ajustadas, se for o caso, em decorrência do Rateio), o Preço por Ação e o valor do respectivo investimento, sendo que, em qualquer caso, o valor do investimento será limitado àquele indicado no respectivo Pedido de Reserva; 31 VII. até as 10:30 horas da Data de Liquidação, cada Investidor Não Institucional deverá efetuar o pagamento, em recursos imediatamente disponíveis, do valor indicado no inciso VI acima à Instituição Participante da Oferta que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva, sob pena de, em não o fazendo, ter seu Pedido de Reserva automaticamente cancelado; VIII. na Data de Liquidação, a Instituição Participante da Oferta que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva entregará as Ações alocadas ao respectivo Investidor Não Institucional de acordo com os procedimentos previstos no Contrato de Distribuição, desde que efetuado o pagamento previsto no inciso VII acima; IX. caso (a) seja verificada divergência relevante entre as informações constantes deste Prospecto Preliminar e do Prospecto Definitivo que altere substancialmente o risco assumido pelo Investidor Não Institucional, ou a sua decisão de investimento; (b) a Oferta seja suspensa, nos termos do artigo 20 da Instrução CVM 400; e/ou (c) a Oferta seja modificada, nos termos do artigo 27 da Instrução CVM 400, o Investidor Não Institucional poderá desistir do respectivo Pedido de Reserva, devendo, para tanto, informar sua decisão à Instituição Participante da Oferta que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva (i) até as 16:00 horas do quinto dia útil subseqüente à data de disponibilização do Prospecto Definitivo, no caso da alínea (a) acima; e (ii) até as 16:00 horas do quinto dia útil subseqüente à data em que foi comunicada por escrito a suspensão ou a modificação da Oferta, no caso das alíneas (b) e (c) acima. Caso o Investidor Não Institucional não informe sua decisão de desistência do Pedido de Reserva nos termos deste inciso, o Pedido de Reserva será considerado válido e o Investidor Não Institucional deverá efetuar o pagamento do valor do investimento. Caso o Investidor Não Institucional já tenha efetuado o pagamento nos termos do inciso VII acima e venha a desistir do Pedido de Reserva nos termos deste inciso, os valores depositados serão devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso e com dedução, se a alíquota for superior a zero, dos valores relativos à incidência da CPMF, no prazo de três dias úteis contados do pedido de cancelamento do Pedido de Reserva; e X. caso não haja conclusão da Oferta ou em caso de resilição do Contrato de Distribuição, todos os Pedidos de Reserva serão cancelados e a Instituição Participante da Oferta que tenha recebido o respectivo Pedido de Reserva comunicará ao respectivo Investidor Não Institucional o cancelamento da Oferta, o que poderá ocorrer, inclusive, mediante publicação de aviso ao mercado. Caso o Investidor Não Institucional já tenha efetuado o pagamento nos termos do inciso VII acima, os valores depositados serão devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso e com dedução, se a alíquota for superior a zero, dos valores relativos à incidência da CPMF, no prazo de três dias úteis contados da comunicação do cancelamento da Oferta. As Ações destinadas à Oferta de Varejo que não tiverem sido alocadas serão destinadas à Oferta Institucional, juntamente com as demais Ações, de acordo com o seguinte procedimento: (i) os Investidores Institucionais interessados em participar da Oferta deverão apresentar suas intenções de investimento durante o Procedimento de Bookbuilding, inexistindo pedidos de reserva ou limites máximos de investimento; (ii) caso seja verificado excesso de demanda superior a 1/3 das Ações (sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais), não será permitida a colocação, pelo Coordenador Líder ou pelas Instituições Subcontratadas, se for o caso, de Ações para Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas, sendo as intenções de investimento realizadas por Investidores Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas automaticamente canceladas; (iii) caso as intenções de investimento obtidas durante o Procedimento de Bookbuilding excedam o total de Ações remanescentes após o atendimento da Oferta de Varejo, o Coordenador Líder dará prioridade aos Investidores Institucionais que, a seu exclusivo critério, melhor atendam o objetivo da Oferta de criar uma base diversificada de investidores, integrada por investidores com diferentes critérios de avaliação das perspectivas da Companhia, seu setor de atuação e a conjuntura macroeconômica brasileira e internacional; (iv) até as 16:00 horas do primeiro dia útil subseqüente à data de publicação do Anúncio de Início, o Coordenador Líder informará aos Investidores Institucionais, por meio do seu respectivo endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por telefone ou fac-símile, a Data de Liquidação, a quantidade de Ações alocadas, o Preço por Ação e o valor do respectivo investimento; e 32 (v) a entrega das Ações alocadas deverá ser efetivada na Data de Liquidação, mediante pagamento em moeda corrente nacional, à vista e em recursos imediatamente disponíveis, do Preço por Ação multiplicado pela quantidade de Ações alocadas, de acordo com os procedimentos previstos no Contrato de Distribuição. A subscrição das Ações será formalizada mediante assinatura de boletim de subscrição, cujo modelo final tenha sido apresentado à CVM. Período de Colocação A data de início da Oferta será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, em conformidade com o previsto no parágrafo único do artigo 52 da Instrução CVM 400. A colocação das Ações deverá ser feita pelas Instituições Participantes da Oferta durante o Período de Colocação. Informações sobre a Garantia Firme de Liquidação A liquidação física e financeira das Ações deverá ser realizada na Data de Liquidação e das Ações do Lote Suplementar na Data de Liquidação das Ações do Lote Suplementar, de acordo com os procedimentos previstos no Contrato de Distribuição. Caso as Ações que tenham sido alocadas não sejam totalmente liquidadas até o final do Período de Colocação, o Coordenador Líder subscreverá, até o último dia do Período de Colocação, pelo Preço por Ação, o saldo resultante da diferença entre (i) a quantidade de Ações indicada no Contrato de Distribuição (exceto as Ações do Lote Suplementar); e (ii) a quantidade de Ações efetivamente liquidada pelos investidores que as subscreveram. Em caso de exercício da garantia firme de liquidação e posterior revenda das Ações ao público pelo Coordenador Líder antes da publicação do Anúncio de Encerramento, o preço de revenda de tais Ações será o preço de mercado das Ações, limitado ao Preço por Ação, exceto no caso de atividade de estabilização realizada nos termos do Contrato de Estabilização. Contrato de Distribuição Nós, o Coordenador Líder e a CBLC (como interveniente-anuente) celebraremos o Contrato de Distribuição. Após celebrado, cópia do Contrato de Distribuição poderá ser obtida com o Coordenador Líder no endereço indicado neste Prospecto. De acordo com o Contrato de Distribuição, o Coordenador Líder concordará em efetuar a colocação das Ações em regime de garantia firme de liquidação, de acordo com a tabela abaixo: Quantidade de Ações Coordenador Líder......................... Total:............................................ 15.378.750 15.378.750 % em relação as Ações Ofertadas 100% 100% Nos termos do Placement Agent Agreement, os Agentes de Colocação Internacional realizarão, exclusivamente no exterior, esforços de colocação das Ações a Investidores Institucionais Estrangeiros, em operações isentas de registro segundo o Securities Act. As Ações que forem objeto de esforços de colocação no exterior pelos Agentes de Colocação Internacional serão obrigatoriamente subscritas, liquidadas e pagas em moeda corrente nacional no Brasil, de acordo com as disposições da Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325. O Contrato de Distribuição e o Placement Agent Agreement estabelecerão que a obrigação do Coordenador Líder de efetuar a colocação das Ações estará sujeita a determinadas condições, tais como (i) a entrega de opiniões legais pelos nossos assessores jurídicos e os assessores jurídicos do Coordenador Líder; (ii) a assinatura de compromissos de restrição à negociação de ações ordinárias por nós e pelos nossos administradores; e (iii) a emissão de certos relatórios pelos nossos Auditores Independentes. De acordo com o Contrato de Distribuição, nós nos obrigamos a indenizar o Coordenador Líder por conta de incorreções relevantes ou omissões relevantes neste Prospecto Preliminar, no Prospecto Definitivo, no Preliminary Private Placement Memorandum datado da data deste Prospecto Preliminar, e no Private Placement Memorandum a ser datado da data do Prospecto Definitivo. Caso o Coordenador Líder venha sofrer perdas em relação a essas questões, poderá ter direito de regresso contra a Companhia por conta dessa cláusula de indenização. 33 De acordo com o Placement Agent Agreement, nós nos obrigamos a indenizar os Agentes de Colocação Internacional por conta de incorreções relevantes ou omissões relevantes no Preliminary Private Placement Memorandum datado da data deste Prospecto Preliminar, e no Private Placement Memorandum a ser datado da data do Prospecto Definitivo. Caso os Agentes de Colocação Internacional venham a sofrer perdas no exterior em relação a essas questões, eles poderão ter direito de regresso contra a Companhia por conta dessa cláusula de indenização. Adicionalmente, o Placement Agent Agreement possui declarações específicas em relação à legislação dos Estados Unidos, as quais, se descumpridas, poderão dar ensejo a outros potenciais procedimentos judiciais. Restrições à Negociação de Ações (Lock-Up) Nós, nossos acionistas e cada um dos membros do nosso Conselho de Administração e de nossa Diretoria celebramos acordos de restrição à venda de Ações, por meio dos quais concordamos, sujeitos a determinadas exceções previstas em referidos acordos, em não emitir, oferecer, vender, contratar a venda, dar em garantia ou de outra forma alienar, direta ou indiretamente, pelo prazo de 180 dias contados da data de publicação do Anúncio de Início, sem o prévio e expresso consentimento dos Agentes de Colocação Internacional, qualquer Ação, qualquer valor mobiliário conversível em, ou que represente um direito de receber, Ações ou derivativos lastreados nestas Ações, exceto as Ações do Lote Suplementar. Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, durante os primeiros seis meses subseqüentes à data de publicação do Anúncio de Início, os nossos administradores e os nossos acionistas que assinaram o Contrato de Participação no Novo Mercado na qualidade de titulares do Controle Difuso não poderão vender e/ou ofertar à venda quaisquer das Ações de nossa emissão, ou derivativos lastreados nessas Ações de que sejam titulares imediatamente após a efetivação da distribuição anteriormente mencionada. Após este período inicial de seis meses, os nossos administradores e os nossos acionistas que assinaram o Contrato de Participação no Novo Mercado na qualidade de titulares do Controle Difuso não poderão vender e/ou ofertar à venda mais do que 40% das Ações, ou derivativos lastreados em Ações de que sejam titulares, imediatamente após a efetivação da distribuição anteriormente mencionada, por seis meses adicionais. Estas vedações não se aplicarão na hipótese de cessão ou empréstimo de ações que vise ao desempenho da atividade de formador de mercado credenciado pela BOVESPA, nesse caso limitado a 15% da quantidade total de ações cuja negociação esteja vedada. Estabilização do Preço de Ações Ordinárias de Nossa Emissão O Coordenador Líder, por meio de Unibanco Investshop-Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio S.A., poderá, a seu exclusivo critério, realizar atividades de estabilização do preço de ações ordinárias de nossa emissão pelo prazo de até 30 dias contados da data de início da negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia na BOVESPA, inclusive, por meio de operações de compra e venda de ações ordinárias de emissão da Companhia, observadas as disposições legais aplicáveis e o disposto no Contrato de Estabilização, que será previamente aprovado pela Bovespa e pela CVM, nos termos do artigo 23, parágrafo 3º, da Instrução CVM 400. Após celebrado, cópia do Contrato de Estabilização poderá ser obtida com o Coordenador Líder no endereço indicado neste Prospecto. Direitos, Vantagens e Restrições das Ações As Ações garantem aos seus titulares os direitos, as vantagens e as restrições decorrentes da Lei das Sociedades por Ações, do Regulamento do Novo Mercado e do nosso Estatuto Social, dentre os quais: I. direito de voto nas assembléias gerais da Companhia, sendo que cada Ação corresponderá a um voto; II. direito ao dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício social, equivalente a 25% do lucro líquido ajustado nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações; III. em caso de alienação, direta ou indireta, a título oneroso, do controle da Companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, direito de alienação de suas ações nas mesmas condições asseguradas ao acionista controlador alienante (tag along de 100% do preço); e IV. direito ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidação. 34 Admissão à Negociação de Ações As Ações serão admitidas à negociação na BOVESPA sob o símbolo "CRDE3". Para mais informações sobre a negociação das Ações na BOVESPA, consulte uma sociedade corretora de valores mobiliários autorizada a operar na BOVESPA. As Ações serão listadas para negociação no Novo Mercado no primeiro dia útil subseqüente à data de publicação do Anúncio de Início. Em 22 de março de 2007, foi celebrado o Contrato de Participação no Novo Mercado, entre os Srs. Carlos Antonio Guedes Valente, Cláudio Coutinho Mendes, Rogério Furtado Moreira, Marco Paulo de Alvarenga Costa, CR2 Realty FIP e Tiebold Assets LLC, na qualidade de titulares do Controle Difuso, sendo que o CR2 Realty FIP, até o Anúncio de Início, será dissolvido e as ações que detém serão transferidas aos quotistas desse fundo, e a BOVESPA, nós, nossos administradores, contendo exigências relativas a práticas diferenciadas de governança corporativa estabelecidas pela BOVESPA, cuja eficácia somente terá início na data de publicação do Anúncio de Início. Alteração das Circunstâncias, Revogação ou Modificação da Oferta Nós poderemos requerer que a CVM autorize a modificação ou o cancelamento da Oferta, caso ocorra, a juízo da CVM, alteração substancial, posterior e imprevisível nas circunstâncias de fato existentes quando da apresentação do pedido de registro da Oferta ou que o fundamentem, acarretando um aumento relevante dos riscos assumidos por nós inerentes à própria Oferta. O requerimento de modificação da Oferta perante a CVM presumir-se-á deferido caso não haja manifestação da CVM em sentido contrário no prazo de dez dias. Adicionalmente, nós poderemos modificar, a qualquer tempo, a Oferta, a fim de melhorá-la em favor dos investidores ou para renúncia a condição para realização da Oferta estabelecida por nós, conforme disposto no parágrafo 3º do artigo 25 da Instrução CVM 400. Caso o requerimento de modificação das condições da Oferta seja deferido, a CVM poderá, por sua própria iniciativa ou por pedido nosso, prorrogar o prazo da distribuição da Oferta por até 90 dias. Se a Oferta for revogada, os atos de aceitação anteriores ou posteriores à revogação serão considerados ineficazes, devendo ser restituídos integralmente aos investidores aceitantes os valores dados em contrapartida às Ações, sem qualquer acréscimo, conforme disposto no artigo 26 da Instrução CVM 400, sendo permitida a dedução do valor relativo à CPMF. A revogação ou qualquer modificação da Oferta será imediatamente divulgada por meio de Anúncio de Retificação, a ser publicado no jornal Valor Econômico, veículo também utilizado para divulgação do Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início, conforme disposto no artigo 27 da Instrução CVM 400. Em se tratando de modificação da Oferta, após a publicação do Anúncio de Início, as Instituições Participantes da Oferta somente aceitarão ordens no Procedimento de Bookbuilding e Pedidos de Reserva daqueles investidores que se declararem cientes dos termos do Anúncio de Retificação. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta serão considerados cientes dos termos do Anúncio de Retificação quando, passados cinco dias úteis de sua publicação, não revogarem expressamente suas ordens no Procedimento de Bookbuilding ou seus Pedidos de Reserva. Nesta hipótese, as Instituições Participantes da Oferta presumirão que os investidores pretendem manter a declaração de aceitação. Além das hipóteses de revogação da declaração de aceitação da Oferta pelo investidor previstas neste Prospecto e nos artigos 20 e 27 da Instrução CVM 400, não há quaisquer outras hipóteses em que o investidor possa revogar a sua declaração de aceitação da Oferta. 35 Suspensão e Cancelamento da Oferta Nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 400, a CVM (i) poderá suspender ou cancelar, a qualquer tempo, uma oferta que (a) esteja se processando em condições diversas das constantes da Instrução CVM 400 ou do registro; ou (b) tenha sido havida por ilegal, contrária à regulamentação da CVM ou fraudulenta, ainda que depois de obtido o respectivo registro; e (ii) deverá suspender qualquer oferta quando verificar ilegalidade ou violação de regulamento sanáveis. O prazo de suspensão de uma oferta não poderá ser superior a 30 dias, durante o qual a irregularidade apontada deverá ser sanada. Findo tal prazo sem que tenham sido sanados os vícios que determinaram a suspensão, a CVM deverá ordenar a retirada da referida oferta e cancelar o respectivo registro. A suspensão ou o cancelamento da Oferta será informado aos investidores que já tenham aceitado a Oferta, sendo-lhes facultado, na hipótese de suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o quinto dia útil subseqüente ao recebimento da respectiva comunicação. Todos os investidores que já tenham aceitado a Oferta, na hipótese de seu cancelamento, e os investidores que tenham revogado a sua aceitação, na hipótese de suspensão, conforme previsto acima, terão direito à restituição integral dos valores depositados, que serão devolvidos sem juros ou correção monetária, sem reembolso e com dedução, se a alíquota for superior a zero, dos valores relativos à incidência da CPMF, no prazo de três dias úteis contados do recebimento da revogação da aceitação ou da comunicação do cancelamento, conforme o caso. Relacionamento entre nós e o Coordenador Líder Unibanco Além do relacionamento referente à Oferta, nós, e sociedades do nosso conglomerado econômico, mantivemos e mantemos relacionamento comercial com o Coordenador Líder, ou sociedades de seu conglomerado econômico, de acordo com as práticas usuais do mercado financeiro, incluindo serviços bancários como cobrança e folha de pagamentos e ainda operações de empréstimo. Além disso, o Unibanco manteve e mantém relacionamento comercial com o controlador da Companhia, de acordo com as práticas usuais do mercado financeiro, incluindo operações de empréstimo e de mercado de capitais. Instituição Financeira Escrituradora das Ações A instituição financeira contratada para a prestação de serviços de escrituração das Ações é o Banco Itaú S.A. Informações Adicionais O investimento em ações representa um investimento de risco, visto que é um investimento em renda variável e, assim, investidores que pretendam investir nas Ações estão sujeitos à volatilidade do mercado de capitais. Ainda assim, não há nenhuma classe ou categoria de investidor que esteja proibida por lei de subscrever ou adquirir as Ações. Para mais informações, ver seção "Fatores de Risco" deste Prospecto. O Coordenador Líder recomenda aos investidores, antes de tomar qualquer decisão de investimento relativa à Oferta, a consulta a este Prospecto. A leitura deste Prospecto possibilita aos investidores uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta, dos "Fatores de Risco" e dos demais riscos a ela inerentes. Para a obtenção de mais informações sobre a Oferta, os investidores interessados deverão dirigir-se à CVM, nos seguintes endereços: (i) Rua Sete de Setembro 111, 5º andar, CEP 20159-900, Rio de Janeiro, RJ; ou (ii) Rua Cincinato Braga 340, 2º, 3º e 4º andares, CEP 01333-010, São Paulo, SP (www.cvm.gov.br); ou contatar quaisquer das Instituições Participantes da Oferta, nos endereços indicados em “Identificação de Administradores, Consultores e Auditores”. Informações das instituições credenciadas na CBLC para participar da Oferta de Varejo, conforme indicadas no Aviso ao Mercado, poderão ser obtidas na página da CBLC na Internet (www.cblc.com.br). 36 IDENTIFICAÇÃO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES 1. Companhia CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. Rua do Mercado, n.º 11, 24º andar (parte), Centro 20010-120, Rio de Janeiro, RJ, Brasil At.: Sr. Rogério Furtado Moreira – Diretor de Relações com Investidores Tel.: (21) 3806-2908 Fax: (21) 3806-2927 www.cr2.com.br 2. Coordenador Líder Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Av. Eusébio Matoso, n.º 891, 20º andar 05423-901, São Paulo, SP, Brasil At.: Sr. André Tosello Laloni Tel.: (11) 3584-4905 Fax: (11) 3584-4501 www.unibanco.com.br/prospectos 3. Consultores Legais 3.1 Para a Companhia quanto ao Direito Brasileiro Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados Alameda Joaquim Eugênio de Lima, n.º 447 01403-001, São Paulo, SP, Brasil At.: Sr. Luiz Octavio Duarte Lopes Tel.: (11) 3147-7600 Fax: (11) 3147-7770 3.2 Para a Companhia quanto ao Direito dos EUA Shearman & Sterling LLP Avenida Brigadeiro Faria Lima, n.º3.400, 17º andar 04538-132, São Paulo, SP, Brasil At.: Sr. André Béla Jánszky Tel.: (11) 3702-2200 Fax: (11) 3702-2231 3.3. Para o Coordenador Líder quanto ao Direito Brasileiro Pinheiro Guimarães – Advogados Av. Paulista, n.º 1842, Torre Norte, 24º andar 01310-923, São Paulo, SP, Brasil At.: Sr. Francisco José Pinheiro Guimarães/Sra. Ivie Moura Alves Tel.: (11) 4501-5000 Fax: (11) 4501-5025 3.4 Para o Coordenador Líder quanto ao Direito dos EUA Davis Polk & Wardwell 450 Lexington Avenue. 10017 New York, NY, EUA At.: Sr. Manuel Garciadiaz Tel.: (1 212) 450-4000 Fax: (1 212) 450-3800 37 4. Auditores da Companhia Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Av. Presidente Wilson, n.º 231 – 22º e 25º andares 20030-905, Rio de Janeiro, RJ, Brasil At.: Sr. Marcelo Cavalcanti Almeida Tel.: (21) 3981-0463 Fax: (21) 3981-0623 38 INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA COMPANHIA Identificação CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A., sociedade por ações, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda sob o n.º 07.820.907/0001-46 e com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro sob o NIRE 33 3 0027764-1. Sede A sede da Companhia está localizada na Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), Centro, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Diretoria de Relações com Investidores A Diretoria de Relações com Investidores está localizada na Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), Centro, na cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro. O responsável por esta diretoria é o Sr. Rogério Furtado Moreira. O telefone do Departamento de Relações com Investidores é (21) 3806- 2908, o fax é (21) 3806-2927 e o e-mail é [email protected]. Auditores Independentes da Companhia Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Títulos e Valores Mobiliários Emitidos pela Companhia As Ações serão listadas na BOVESPA sob o código “CRDE3”. Para informações mais detalhadas, ver a Seção “Informações sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos”. Jornais nos quais a Companhia divulga Informações As publicações realizadas pela Companhia em decorrência da Lei das Sociedades por Ações são divulgadas no jornal Valor Econômico. Site na Internet www.cr2.com.br. Atendimento aos Acionistas O atendimento aos acionistas da Companhia é efetuado em qualquer agência do Banco Itaú S.A., cuja sede está localizada na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha 100 – Torre Itausa. O responsável pelo atendimento aos nossos acionistas é o Sr. Cláudio Vieira Ribeiro. Seguem, respectivamente, o telefone, o fax e o e-mail para contatá-lo no departamento de acionistas: (11) 5029-1908 e (21) 2508-8086, (11) 5029-1917 e [email protected]. Informações Adicionais Quaisquer outras informações complementares sobre a Companhia e a Oferta poderão ser obtidas junto (i) à Companhia, em sua sede; (ii) ao Coordenador Líder, na Avenida Juscelino Kubitschek 50, 8º andar; (iii) à BOVESPA, na Rua XV de Novembro 275, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo; e (iv) à CVM, na Rua Sete de Setembro 111, 5º andar, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro; ou, na Rua Líbero Badaró 471, 7º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 39 FATORES DE RISCO O investimento em nossas Ações envolve alto grau de risco. Os potenciais investidores devem avaliar cuidadosamente as informações contidas neste Prospecto, em particular os riscos descritos abaixo, antes de tomarem uma decisão de investimento. Nossas atividades, situação financeira e resultados operacionais podem ser afetados de maneira adversa por quaisquer desses riscos. O preço de mercado das nossas Ações pode diminuir devido a quaisquer desses riscos ou de outros fatores, e os potenciais investidores podem perder parte substancial ou todo o seu investimento. Os riscos descritos abaixo são aqueles que atualmente acreditamos que poderão nos afetar de maneira adversa, podendo riscos adicionais e incertezas atualmente não conhecidas por nós, ou que atualmente consideramos irrelevantes, também prejudicar nossas atividades de maneira significativa. Riscos Relativos ao Brasil O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Essa influência, bem como a conjuntura econômica e política brasileira, podem causar um efeito adverso relevante nas nossas atividades e no preço de mercado das nossas Ações. O Governo Federal freqüentemente intervém na economia do País e ocasionalmente realiza modificações significativas em suas políticas e normas. As medidas tomadas pelo Governo Federal para controlar a inflação, além de outras políticas e normas, freqüentemente implicaram aumento das taxas de juros, mudança das políticas fiscais, controle de preços, desvalorização cambial, controle de capital e limitação às importações, entre outras medidas. Poderemos ser prejudicados de maneira relevante por modificações nas políticas ou normas que envolvam ou afetem fatores, tais como: • taxas de juros; • política monetária; • controles cambiais e restrições a remessas para o exterior, tais como os que foram impostos em 1989 e no início de 1990; • flutuações cambiais; • inflação; • liquidez dos mercados financeiros e de capitais domésticos; • política fiscal; e • outros acontecimentos políticos, sociais e econômicos que venham a ocorrer no Brasil ou que o afetem. A incerteza quanto à implementação de mudanças por parte do Governo Federal nas políticas ou normas que venham a afetar esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito em outubro de 2006, para um segundo mandato de quatro anos, mas nós não podemos garantir que a política econômica adotada em seu primeiro governo será mantida. Entre 2001 e 2005, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 2,2%. O crescimento econômico limitado da economia brasileira nos últimos anos contribuiu para a incerteza quanto à manutenção da política econômica adotada pela administração atual durante o segundo mandato. A manutenção ou mudança da política econômica pode causar conseqüências adversas para nós. 40 A inflação e os esforços do Governo Federal de combate à inflação podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil, podendo prejudicar nossas atividades e o valor de mercado das nossas Ações. No passado, o Brasil registrou índices de inflação extremamente altos. A inflação e algumas medidas tomadas pelo Governo Federal no intuito de controlá-la, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica existente no Brasil e para o aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro. Mais recentemente, a taxa anual de inflação medida pelo IGP-M caiu de 20,1% em 1999 para 3,8% em 2006. As medidas do Governo Federal para controlar a inflação freqüentemente têm incluído a manutenção de política monetária restritiva com altas taxas de juros, restringindo assim a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Como conseqüência, as taxas de juros têm flutuado de maneira significativa. Por exemplo, as taxas de juros oficiais no Brasil no final de 2003, 2004, 2005 e 2006 foram de 16,50%, 17,75%, 18,00% e 13,25%, respectivamente, conforme estabelecido pelo BACEN. Futuras medidas do Governo Federal, inclusive ajustes nas taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio estrangeiro e ações para ajustar ou fixar o valor do real poderão causar um efeito adverso na economia brasileira, nas nossas atividades, bem como no preço de mercado das nossas Ações. Adicionalmente, no caso de um aumento da inflação, o Governo Federal poderá optar por um aumento da taxa de juros oficial. Existe uma forte relação entre o crescimento do setor imobiliário e o crescimento da economia, porém, altas taxas de juros podem inviabilizar o aumento e desenvolvimento do nosso negócio imobiliário. Além disso, um aumento da taxa de juros pode diminuir a disponibilidade de crédito e, conseqüentemente, ter um impacto negativo no mercado imobiliário e nas nossas atividades. A instabilidade cambial pode prejudicar a economia brasileira, bem como o preço de mercado das nossas Ações. Em decorrência de diversas pressões inflacionárias, a moeda brasileira sofreu desvalorizações periódicas em relação ao Dólar e outras moedas estrangeiras ao longo das últimas quatro décadas. Durante todo esse período, o Governo Federal implementou diversos planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, mini-desvalorizações periódicas (durante as quais a freqüência dos ajustes variou de diária a mensal), sistemas de mercado de câmbio flutuante, controles cambiais e mercado de câmbio duplo. De tempos em tempos, houve flutuações significativas da taxa de câmbio entre o real e o Dólar e outras moedas. Por exemplo, o real desvalorizou 18,7% em 2001 e 34,3% em 2002 frente ao Dólar. Embora o real tenha valorizado 8,8%, 13,4% e 8,7% em relação ao Dólar em 2004, 2005 e 2006, respectivamente, não se pode garantir que o real não sofrerá depreciação ou não será desvalorizado em relação ao Dólar novamente. As desvalorizações do real em relação ao Dólar podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil e acarretar aumentos das taxas de juros, podendo afetar de modo negativo a economia brasileira como um todo, bem como causar um efeito adverso para nós. Desvalorizações também reduziriam o valor de distribuições e dividendos em Dólar e o equivalente em Dólar do preço de mercado das nossas Ações. Acontecimentos e a percepção de riscos em outros países, especialmente em países de economia emergente, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros, inclusive das nossas Ações. O valor de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes graus, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, particularmente outros países da América Latina e países de economia emergente. Embora a conjuntura econômica desses países seja significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de companhias brasileiras. Crises em outros países de economia emergente podem reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários das companhias brasileiras, inclusive os valores mobiliários de nossa emissão. Isso poderia prejudicar o preço de mercado das nossas Ações, além de dificultar o nosso acesso ao mercado de capitais e ao financiamento das nossas operações no futuro, em termos aceitáveis ou absolutos. 41 Riscos Relativos à Nossa Companhia e ao Setor Imobiliário Estamos expostos a riscos associados à incorporação imobiliária e venda de imóveis. Através do uso de SPEs, nós nos dedicamos à incorporação e venda de empreendimentos residenciais e comerciais e pretendemos continuar desenvolvendo tais atividades. Além dos riscos que afetam de modo geral o mercado imobiliário, tais como interrupções de fornecimento de materiais, volatilidade do preço dos materiais de construção e equipamentos, mudanças na oferta e procura de empreendimentos em certas regiões e greves, nossas atividades são especificamente afetadas pelos seguintes riscos: • a conjuntura econômica do Brasil pode prejudicar o crescimento do setor imobiliário como um todo, através da desaceleração da economia, aumento de juros, flutuação da moeda e instabilidade política, além de outros fatores; • extensas leis e normas brasileiras federais, estaduais e municipais relativas ao zoneamento e ao meio ambiente, que exigem que obtenhamos aprovações e licenças para o desenvolvimento de nossas atividades podem nos causar atrasos ou nos fazer incorrer em outros custos significativos e podem proibir ou restringir severamente a atividade de incorporação e construção residencial e comercial em certas regiões ou em áreas ambientalmente mais protegidas; • dependemos do sucesso de nossos empreendimentos programados que podem não se realizar por diversos fatores, dentre eles a não obtenção de autorizações e licenças governamentais, de condições macroeconômicas, da falta de interesse de potenciais adquirentes de nossos empreendimentos; • a não obtenção dos títulos de propriedade de nossos imóveis, cuja aquisição inicial ocorre por meio de opções de compra, que não são registradas no competente cartório de registro de imóveis, sujeitando-nos, enquanto não realizado o registro de nosso título aquisitivo, a riscos de alienação dos terrenos, em má-fé, pelos promitentes vendedores a terceiros; • podemos falhar ao tentar estabelecer os preços e condições de venda para os nossos produtos, resultando num crescimento dos riscos para os nossos empreendimentos; • podemos ser impedidos, em decorrência de nova regulamentação ou de condições de mercado, de corrigir monetariamente nossos recebíveis, de acordo com certas taxas de inflação, conforme atualmente permitido, o que poderia tornar um projeto inviável financeira e economicamente; • o grau de interesse dos compradores por um novo projeto lançado ou o preço de venda por Unidade necessário para vender todas as Unidades podem ficar significativamente abaixo do esperado, fazendo com que o projeto se torne menos lucrativo ou o valor total de todas as Unidades a serem vendidas fique significativamente abaixo do esperado; • na hipótese de falência ou dificuldades financeiras significativas de uma grande companhia do setor imobiliário, o setor como um todo pode ser prejudicado, o que poderia causar uma redução, por parte dos clientes, da confiança em outras companhias que atuam no setor; • condições do setor imobiliário local ou regional, tais como o excesso de oferta de empreendimentos em certa região; • compradores terem uma percepção negativa quanto à segurança, conveniência e atratividade das nossas propriedades ou das áreas onde estão localizadas; • custos operacionais com a construção e o empreendimento podem exceder as estimativas originais, tais como custos com matérias primas, prêmios de seguro, tributos imobiliários e tarifas públicas; • pode haver falta de disponibilidade de terrenos ou de terrenos a preços acessíveis para novas oportunidades de incorporação; • a construção e a venda das Unidades dos empreendimentos podem não ser concluídas dentro do cronograma, acarretando um aumento dos custos de construção ou a rescisão dos contratos de venda; 42 • em conformidade com a lei brasileira, somos responsáveis por cinco anos, por defeitos estruturais e podemos ser obrigados a pagar indenização quanto a esses seguros e estar sujeitos a gastos inesperados, como, mas não limitados a, multas; e • problemas com empreendimentos imobiliários através de nossas SPEs que estão fora de nosso controle, como defeitos em produtos fornecidos por terceiros que utilizamos nas nossas construções, podem abalar nossa reputação e vendas futuras, assim como nos sujeitar ao pagamento de indenização. A ocorrência de quaisquer dos riscos acima pode nos causar um efeito adverso relevante. Na data deste prospecto, parte substancial de nosso estoque de terrenos está concentrada em um único projeto. Atualmente, parte substancial de nosso estoque de terrenos, está concentrada no empreendimento residencial Nova Iguaçu, que está sendo projetado e será desenvolvido em quatro etapas, com o início da construção de sua primeira etapa prevista para janeiro de 2008 e o início da comercialização dos imóveis referentes a esta etapa previsto para novembro de 2008. O empreendimento Nova Iguaçu representa, na data deste prospecto, aproximadamente 55,0%, em termos de VGV, do total de nossos lançamentos programados (aproximadamente 75,0% quando considerada apenas nossa parcela dos lançamentos programados). Diversos fatores poderão afetar adversamente a implementação desse projeto. O projeto está sujeito a atrasos inesperados durante o empreendimento e construção, à incapacidade de se obter autorizações governamentais necessárias, ou à demora em sua obtenção (inclusive, entre outras, licenças ambientais e autorizações de zoneamento), à concorrência de projetos semelhantes e a condições econômicas adversas por ocasião do lançamento. Se esse projeto não for lançado conforme previsto atualmente, se a resposta do cliente for significantemente diferente da esperada, se a implementação das etapas futuras for inesperadamente atrasada ou se tais etapas não puderem ser executadas ou se esse projeto ficar sujeito a fatores adversos inesperados, nossa situação financeira e resultados operacionais poderão ser adversamente afetados. Estamos sujeitos a riscos normalmente associados à obtenção de financiamento e a vendas financiadas aos nossos clientes. Empresas do setor imobiliário, incluindo nós, dependem de uma variedade de fatores fora de seu controle para construir e desenvolver projetos imobiliários. Esses fatores incluem a disponibilidade de recursos de mercado para a aquisição de terra e construção e para financiamento de clientes. A falta de recursos disponíveis no mercado pode diminuir nossa capacidade de vendas quando afetada nossa habilidade de obter crédito para a aquisição de terras e construção. Além disso, um aumento na taxa de juros ou uma deficiência no mercado de financiamento de clientes pode causar um efeito adverso na habilidade ou vontade dos compradores em potencial de financiar suas aquisições, reduzindo a demanda por nossas propriedades residenciais e comerciais, nos afetando de maneira adversa. Através de nossas SPEs, realizamos vendas a prazo aos compradores das Unidades dos nossos empreendimentos residenciais, os quais (i) durante a construção, são tabelados na tabela nacional para custos de construção, medida pela FGV ou pelo INCC, e (ii) após a concessão do “habite-se” pela autoridade local, incidem numa taxa de juros de 12,0% ao ano mais IGP-M. Estamos sujeitos aos riscos normalmente associados à concessão de vendas financiadas a nossos clientes, incluindo risco de falta de pagamento do principal e juros, podendo ambos prejudicar nosso fluxo de caixa. Outrossim, nos termos da legislação brasileira, em caso de inadimplemento ocorrido após a entrega da Unidade adquirida a prazo, temos o direito de promover ação de cobrança tendo por objeto os valores devidos e a retomada da unidade do comprador inadimplente, observadas certas limitações. No entanto, tais ações de cobrança, de modo geral, levam pelo menos dois anos até a obtenção de sentença transitada em julgado. Após a retomada da posse da Unidade, poderemos vir a revender a respectiva Unidade por preço inferior ao anteriormente estabelecido no respectivo contrato de venda. Portanto, caso o comprador venha a se tornar inadimplente, não podemos garantir que seremos capazes de reaver o valor total do saldo devedor de qualquer contrato de venda a prazo, o que poderia ter um efeito relevante adverso na nossa condição financeira e nos nossos resultados operacionais. 43 Por vezes, captamos recursos a diferentes taxas e indexadores daqueles que cobramos de nossos clientes nas vendas a prazo que realizamos. O descasamento de taxas e prazos entre a nossa captação de recursos e a das vendas a prazo por nós realizadas poderão vir a afetar adversamente o nosso fluxo de caixa e desempenho financeiro. A falta de disponibilidade de recursos para obtenção de financiamento e/ou um aumento das taxas de juros podem prejudicar a capacidade ou disposição de compradores de imóveis em potencial para financiar suas aquisições. A falta de disponibilidade de recursos no mercado para obtenção de financiamento e/ou um aumento das taxas de juros podem prejudicar a capacidade ou disposição de compradores em potencial para financiar suas aquisições. Conseqüentemente, tal fato poderia causar uma redução da demanda pelos nossos imóveis residenciais e comerciais, bem como incorporações de loteamentos, afetando adversamente de forma significativa nossa condição financeira e resultados operacionais. Nosso crescimento futuro poderá exigir capital adicional, que poderá não estar disponível ou, caso disponível, poderá não ter condições satisfatórias. Nossas operações exigem volumes significativos de capital de giro. Podemos ser obrigados a levantar capital adicional, proveniente da venda de ações ou, em menor extensão, da venda de títulos de dívida ou de empréstimos bancários, tendo em vista o crescimento e desenvolvimento futuros das nossas atividades. Não podemos assegurar a disponibilidade de capital adicional ou, se disponível, que o mesmo terá condições satisfatórias. A falta de acesso a capital adicional em condições satisfatórias pode restringir o crescimento e desenvolvimento futuros das nossas atividades, o que poderia prejudicar de maneira relevante a nossa situação financeira e os nossos resultados operacionais. Nosso histórico operacional é limitado e, conseqüentemente, nossas demonstrações financeiras históricas podem não ser indicativas da nossa performance futura. Fomos constituídos em 10 de janeiro de 2006 e, portanto, não temos quaisquer demonstrações financeiras para períodos antecedentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006. A falta de um histórico completo de nossas demonstrações financeiras, como base de comparação à nossa performance atual, pode prejudicar sua capacidade de avaliação de nossos negócios e dos resultados das nossas operações recentes, bem como nossas perspectivas futuras e viabilidade. O setor imobiliário no Brasil é altamente competitivo, sendo que podemos perder nossa posição no mercado em certas circunstâncias. O setor imobiliário no Brasil é altamente competitivo e fragmentado, não existindo grandes barreiras que restrinjam o ingresso de novos concorrentes no mercado. Os principais fatores competitivos no ramo de incorporações imobiliárias incluem disponibilidade e localização de terrenos, preços, projetos, qualidade, reputação e parcerias com incorporadores. Uma série de incorporadores residenciais e comerciais e companhias de serviços imobiliários concorrem conosco (i) na aquisição de terrenos, (ii) na tomada de recursos financeiros para incorporação, (iii) na busca de compradores em potencial, e (iv) na busca de parcerias. Outras companhias, inclusive estrangeiras, em alianças com parceiros locais, podem passar a atuar ativamente na atividade de incorporação imobiliária no Brasil nos próximos anos, aumentando ainda mais a concorrência. Na medida em que um ou mais dos nossos concorrentes iniciem uma campanha de marketing ou venda bem sucedida e, em decorrência disso, suas vendas aumentem de maneira significativa, nossas atividades podem vir a ser afetadas adversamente de maneira relevante. Além disso, com o aumento da competitividade e atividades de mercado, a resultante pressão nos preços de propriedades imobiliárias e a redução da disponibilidade de áreas de terra pode afetar de maneira adversa nossos negócios. Se não formos capazes de responder a tais pressões de modo tão imediato e adequado quanto os nossos concorrentes, nossa situação financeira e resultados operacionais podem vir a ser prejudicados de maneira relevante. 44 A perda de membros da nossa alta administração, ou a nossa incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado para integrá-la, pode ter um efeito relevante adverso relevante sobre nós. Nossa capacidade de manter nossa posição competitiva depende em larga escala dos serviços da nossa alta administração. Nenhuma dessas pessoas está sujeita a contrato de trabalho de longo prazo ou a pacto de não-concorrência. Não podemos garantir que teremos sucesso em atrair e manter pessoal qualificado para integrar a nossa alta administração. A perda dos serviços de qualquer dos membros da nossa alta administração ou a incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado para integrá-la, pode causar um efeito relevante adverso sobre nós. Estamos realizando uma oferta pública de distribuição de Ações, o que poderá deixar nossa Companhia exposta a riscos relativos a uma oferta de valores mobiliários no Brasil e no exterior. Os riscos relativos a ofertas de valores mobiliários no exterior são potencialmente maiores do que os riscos relativos a uma oferta de valores mobiliários no Brasil. Nossa Oferta compreende, simultaneamente, a distribuição pública primária de Ações no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, incluindo esforços de venda das Ações nos Estados Unidos, para investidores institucionais qualificados definidos em conformidade com o disposto na Regra 144A, e nos demais países (que não os Estados Unidos), para non-U.S. persons com base no Regulamento S, em ambos os casos, que invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento da Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325 regulamentados pela legislação brasileira, esforços esses que serão realizados pelo Agente de Colocação Internacional. Os esforços de colocação de Ações no exterior expõem a Companhia a normas relacionadas à proteção destes investidores estrangeiros por conta de incorreções relevantes ou omissões relevantes no Private Placement Memorandum datado da data deste Prospecto, quanto do Private Placement Memorandum a ser datado da data do Prospecto Definitivo, inclusive no que tange aos riscos de potenciais procedimentos judiciais por parte de investidores em relação a estas questões. Adicionalmente, a Companhia é parte do Placement Facilitation Agreement, que regula os esforços de colocação de Ações no exterior. O Placement Facilitation Agreement apresenta uma cláusula de indenização em favor dos Agentes de Colocação Internacional para indenizá-los no caso de que eles venham a sofrer perdas no exterior por conta de incorreções relevantes ou omissões relevantes no Private Placement Offering Memorandum ou no Private Placement Memorandum. Caso o Agente de Colocação Internacional venha a sofrer perdas no exterior em relação a estas questões, eles poderão ter direito de regresso contra a Companhia por conta desta cláusula de indenização. Finalmente, informamos que o Placement Facilitation Agreement possui declarações específicas em relação à observência de isenções das leis de valores mobiliários dos Estados Unidos, as quais, se descumpridas poderão dar ensejo a outros potenciais procedimentos judiciais. Em cada um dos casos indicados acima, procedimentos judiciais poderão ser iniciados contra a Companhia no exterior. Estes procedimentos no exterior, em especial nos Estados Unidos, poderão envolver valores substanciais, em decorrência do critério utilizado nos Estados Unidos para o cálculo das indenizações devidas nestes processos. Além disso, devido ao sistema processual dos Estados Unidos, as partes envolvidas em um litígio são obrigadas a arcar com altos custos na fase inicial do processo, o que penaliza companhias sujeitas a tais processos mesmo que fique provado que nenhuma improbidade foi cometida. A eventual condenação da Companhia em um processo no exterior em relação incorreções relevantes ou omissões relevantes no Private Placement Memorandum ou no Private Placement Memorandum, se envolver valores elevados, poderá ter um impacto significativo e adverso para a Companhia. 45 Riscos Relativos às Nossas Ações Após a Oferta, não teremos mais um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais que 50% do capital votante, o que poderá nos deixar susceptíveis a alianças entre acionistas, conflitos entre acionistas e outros eventos decorrentes da ausência de um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais que 50% do capital votante. Após a Oferta, não teremos mais um acionista ou grupo controlador titular da maioria absoluta do capital votante caso venham a ser vendidas as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. Não há uma prática estabelecida no Brasil de companhia aberta sem acionista ou grupo controlador titular da maioria do capital votante. Podem se formar alianças ou acordos entre os novos acionistas, o que poderia representar o mesmo efeito de sermos controlados por um grupo. Caso surja um grupo de controle e este passe a deter o poder decisório da Companhia, poderemos sofrer mudanças repentinas e inesperadas em nossas políticas corporativas e estratégias, inclusive através de mecanismos como a substituição de nossos administradores. Além disso, podemos nos tornar mais vulneráveis a tentativas hostis de aquisição de controle, e a conflitos daí decorrentes. A ausência de um acionista ou grupo controlador titular de mais de 50% do capital votante poderá dificultar certos processos de tomada de decisão, pois poderá não ser atingido o quorum mínimo exigido por lei para determinadas deliberações. Caso a Companhia passe a não ter acionista controlador titular da maioria absoluta do capital votante, a Companhia e os acionistas minoritários poderão não gozar da mesma proteção conferida pela Lei das Sociedades por Ações contra abusos praticados por outros acionistas e, em conseqüência, podemos ter dificuldade em obter a reparação dos danos causados. Qualquer mudança repentina ou inesperada em nossa equipe de administradores, em nossa política empresarial ou direcionamento estratégico, tentativa de aquisição de controle ou qualquer disputa entre acionistas concernentes aos seus respectivos direitos podem afetar adversamente os negócios e resultados operacionais da Companhia. Nosso Estatuto Social não contém dispositivos visando a obstar a aquisição hostil de lote significativo de nossas ações, o que pode permitir a concentração de nosso controle em um investidor ou em um grupo pequeno de investidores. O nosso estatuto social não contém disposições visando a dificultar tentativas de aquisição de lote substancial das nossas ações em circulação ou a concentração das nossas ações em circulação em um investidor ou em um grupo pequeno de investidores. A ausência de tais disposições, aliada ao fato de que não teremos um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais de 50% das nossas Ações, possibilita a aquisição hostil de nosso controle societário, hipótese na qual passaríamos a ter um controle concentrado. Se nosso controle passar a ser detido por um único investidor ou pequeno grupo de investidores, estes terão poderes para, dentre outros, eleger a maioria dos membros do nosso Conselho de Administração e dirigir nossos negócios e atividades, inclusive no que se refere a operações com partes relacionadas, a reorganizações societárias, ao pagamento de quaisquer dividendos e a alterações de nosso estatuto social. O interesse de um eventual acionista controlador ou grupo de acionistas controladores poderá diferir dos interesses dos nossos demais acionistas. A relativa volatilidade e falta de liquidez do mercado brasileiro de valores mobiliários poderão limitar substancialmente a capacidade dos investidores de nossas Ações de vendê-las pelo preço e na ocasião que desejarem. Atualmente, não existe mercado para nossas Ações. Portanto, não podemos garantir que um mercado de negociação para os nossos valores mobiliários irá se desenvolver junto a BOVESPA e, caso isso ocorra, que será suficientemente ativo e líquido, porque o mercado brasileiro de valores mobiliários é substancialmente menor, menos líquido, mais volátil e mais concentrado do que os principais mercados de valores mobiliários mundiais. 46 O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido e mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários internacionais. Como exemplo, a Bovespa apresentou capitalização bursátil de aproximadamente R$1,54 trilhão em 31 de dezembro de 2006 e uma média diária de negociação de R$2,9 bilhões naquele mês. As dez ações mais negociadas em termos de volume contabilizaram, aproximadamente, 46,1% de todas as ações negociadas na BOVESPA no ano de 2006. Essas características de mercado podem limitar substancialmente a capacidade dos detentores das nossas ações ordinárias de vendê-las ao preço e na ocasião em que desejarem fazê-lo e, conseqüentemente, poderão vir a afetar negativamente o preço de mercado das nossas ações ordinárias. A venda de quantidades significativas das nossas Ações após a Oferta pode provocar uma redução no preço das nossas Ações. Nós, nossos atuais acionistas, os membros do nosso Conselho de Administração e nossos Diretores concordamos, nos termos do acordo de restrição à venda de ações (lock-up agreement) e sujeitos a certas exceções, em não emitir, oferecer, vender, contratar a venda, dar em garantia ou de outra forma alienar, direta ou indiretamente, no prazo de 180 dias a contar da data do Prospecto Definitivo, quaisquer das nossas Ações, ou quaisquer valores mobiliários conversíveis em, ou que possa ser permutado ou exercido por, nossas Ações, ou quaisquer outros valores mobiliários conversíveis em Ações nossas, permutáveis por Ações, ou que representem direito de receber Ações nossas. Após a expiração desse período, tais Ações estarão livres para serem negociadas no mercado. Caso os titulares de nossas Ações as vendam ou, caso o mercado tenha a impressão de que nós pretendemos vendê-las, o preço de mercado das nossas Ações poderá cair significativamente. Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, os nossos administradores e os nossos acionistas que assinaram o Contrato de Participação no Novo Mercado na qualidade de titulares do Controle Difuso não poderão vender ou ofertar ações de nossa emissão ou ações variadas em mercados de futuro, ou outros derivativos a estes relacionados, durante os seis meses seguintes à primeira distribuição pública de ações da Companhia no Novo Mercado. Após o término de tal prazo, pelos seis meses posteriores, qualquer venda ou oferta de nossas ações pelos nossos acionistas e administradores está restrita a 40,0% de suas respectivas participações. Podemos vir a precisar de capital adicional no futuro e podemos vir a realizar novas ofertas de ações, ao invés de incorrer em dívida, o que poderá resultar em uma diluição da participação do investidor nas nossas Ações. Podemos vir a ter necessidade de captar recursos adicionais no futuro e, caso os recursos não estejam disponíveis ou se nossos acionistas decidirem, podemos emitir ações adicionais da Companhia ou valores mobiliários conversíveis em ações. Qualquer captação de recursos adicional através da distribuição pública de ações pode resultar na diluição da participação do investidor nas nossas Ações. Haverá diluição do valor contábil dos investimentos. O Preço por Ação na Oferta supera o valor contábil de nossas Ações após esta Oferta. Da mesma forma, os investidores que adquirirem as ações por meio desta Oferta sofrerão imediata diluição de valor contábil. Os interesses dos nossos empregados e administradores podem ficar excessivamente vinculados à cotação das ações de nossa emissão, uma vez que sua remuneração baseia-se também em opções de compra de ações de nossa emissão. Na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 13 de março de 2007, nossos acionistas aprovaram um plano de opção de compra de nossas ações. Nos termos do Plano de Opção, que é gerido pelo nosso Conselho de Administração, nós podemos conceder opção para a compra de nossas ações aos nossos (i) administradores; (ii) empregados; e (iii) prestadores de serviços da Companhia ou de outras sociedades sob o seu controle. 47 As opções são outorgadas sem custo e não podem ser transferidas, exceto em circunstâncias determinadas. Caberá ao Conselho de Administração fixar o preço de exercício das opções outorgadas nos termos do Plano de Opção, respeitado o preço mínimo equivalente à cotação média das ações da Companhia da mesma espécie nos últimos 20 pregões na BOVESPA imediatamente anteriores à data da outorga da opção, corrigido de acordo com a variação do IPCA, divulgado pelo IBGE, a partir do mês imediatamente anterior à outorga da opção e até o mês anterior ao efetivo exercício da mesma, exceto durante o primeiro ano de vigência do plano, em que o preço de exercício das opções será aquele definido no Processo de Bookbuilding, corrigido de acordo com a variação do IPCA. O número total de ações ordinárias relativo ao qual opções podem ser concedidas a qualquer pessoa nos termos do Plano de Opção não excederá 5% das ações ordinárias do capital da Companhia existentes no período. Mediante o exercício de uma opção adquirida e o pagamento do preço de exercício, o participante receberá uma ação ordinária de nosso capital social. Exceto em algumas circunstâncias, as opções deixam de poder ser exercidas depois da data de término do vínculo do participante com a Companhia. Até o presente momento nós não outorgamos opções para aquisição de ações ordinárias da Companhia. O fato de nossos empregados e administradores poderem receber, como parte de sua remuneração, opções de compra de nossas ações a um preço de exercício inferior ao preço de mercado de nossas ações pode levar tais pessoas a ficarem com seus interesses vinculados à cotação de nossas ações. 48 DESTINAÇÃO DOS RECURSOS Estimamos que os recursos líquidos provenientes da venda de nossas Ações na Oferta serão de, aproximadamente, R$327.358.020,63 (ou, aproximadamente, R$443.015.821,60 se a Opção de Ações do Lote Suplementar for exercida integralmente e as Ações Adicionais forem colocadas), após dedução das comissões de distribuição e das despesas estimadas da Oferta a serem pagas por nós. Essa estimativa é baseada no Preço por Ação de R$22,50, que é o ponto médio da faixa de preços indicada na capa deste Prospecto. Um aumento (redução) de R$1,00 no Preço por Ação, aumentaria (reduziria) o valor dos recursos líquidos a serem captados pela Companhia em decorrência da Oferta em, aproximadamente, R$14,7 milhões. A tabela abaixo indica os percentuais aproximados da destinação que pretendemos dar aos recursos líquidos provenientes da Oferta sem considerar a Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais: (1) Destinação Desenvolvimento de Empreendimentos Imobiliários Residenciais ................ Desenvolvimento de Empreendimentos Imobiliários Comerciais.................. Desenvolvimento de Shopping Centers...................................................... (1) Valores Estimados (em milhões de R$) Percentual 261.886.416,50 49.103.703,09 16.367.901,03 80% 15% 5% Estimativa baseada no Preço por Ação de R$22,50, que é o ponto médio da faixa de preços indicada na capa deste Prospecto. A alocação dos investimentos da Companhia é influenciada pelo comportamento do mercado em que atua. O comportamento futuro deste mercado não pode ser determinado com precisão neste momento. Veja as seções “Capitalização” e “Análise e Discussão da Administração sobre as Demonstrações Financeiras” deste Prospecto para maiores informações sobre o impacto em nossa situação patrimonial dos recursos líquidos auferidos em decorrência da Oferta. 49 2. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA • Capitalização • Diluição • Informações sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos • Informações Financeiras Selecionadas • Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional • Visão Geral do Setor • Regulamentação do Setor Imobiliário • Nossas Atividades • Administração • Principais Acionistas • Operações com Partes Relacionadas • Descrição do Capital Social • Governança Corporativa • Dividendos e Política de Dividendos 50 CAPITALIZAÇÃO A tabela a seguir, extraída das nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, apresenta nossa capitalização: • em bases históricas efetivas; e • conforme ajustado para refletir o recebimento de R$327,4 milhões de recursos líquidos estimados desta Oferta, e após deduzidas as comissões e despesas estimadas da Oferta a serem pagas por nós, sem considerar o não exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. O investidor deve ler a tabela abaixo em conjunto com as informações das seções “Apresentação das Informações Financeiras e Operacionais”, “Informações Financeiras Selecionadas”, “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional” e nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e respectivas notas explicativas, constantes deste Prospecto. Em 31 de dezembro de 2006 Ajustado(1) Histórico (em milhões de R$) Financiamento de imóveis – curto prazo .................................................... Financiamento de imóveis – longo prazo ................................................... (2) Patrimônio líquido ................................................................................... Capitalização total(2) .................................................................................. (1) (2) 6,1 24,0 63,0 93,1 6,1 24,0 390,3 420,5 Calculado com base no valor de R$22,50 por Ação, que é o ponto médio da faixa de preço indicada na capa deste Prospecto. Um aumento (redução) de R$1,00 no Preço por Ação de R$22,50, que é o ponto médio da faixa de preços indicada na capa deste Prospecto aumentaria (reduziria) o valor do nosso patrimônio líquido contábil e nossa capitalização total em R$14,7 milhões. Nossa capitalização conforme descrito neste Prospecto está sujeita a ajustes baseados no Preço por Ação e nos demais termos da Oferta a serem fixados após o Procedimento de Bookbuilding. 51 DILUIÇÃO Em 31 de dezembro de 2006, o valor do nosso patrimônio líquido era de R$63 milhões e o valor patrimonial por ação de nossa emissão, na mesma data, a R$2,05 por ação, em decorrência do grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4:1, ocorrido em 13 de março de 2007. O referido valor patrimonial por ação representa o valor contábil total dos nossos ativos menos o valor contábil total do nosso passivo, dividido pelo número total de ações de nossa emissão em 31 de dezembro de 2006. Considerando-se a subscrição das 15.378.750 Ações a serem emitidas por nós na presente Oferta, sem considerar as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais, ao preço de R$22,50 por Ação, que é o ponto médio da faixa de preços indicado na capa deste Prospecto, o valor do nosso patrimônio líquido estimado em 31 de dezembro de 2006 seria de, aproximadamente, R$409,0 milhões, representando R$8,87 por ação de nossa emissão, resultando, portanto, em um aumento imediato do valor patrimonial contábil por ação correspondente a R$6,82 por ação para os acionistas existentes, e uma diluição imediata do valor patrimonial contábil por ação em 31 de dezembro de 2006, de R$13,63 para os novos investidores, adquirentes de Ações no contexto da presente Oferta. Esta diluição representa a diferença entre o Preço por Ação e o valor patrimonial contábil por ação de nossa emissão imediatamente após a conclusão da Oferta. A tabela a seguir ilustra tal diluição: (Em de R$, exceto quando indicado de outra forma) Preço por Ação ............................................................................................................... Valor patrimonial por ação em 31 de dezembro de 2006 ................................................ Aumento do valor patrimonial por ação atribuído aos acionistas existentes...................... Valor patrimonial por ação após a Oferta ....................................................................... Diluição por ação para os novos investidores ................................................................... Percentual de diluição por ação para os novos investidores.............................................. 22,50 2,05 6,82 8,87 13,63 60,60% Nota: em 13 de março de 2007, nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações de nosso capital social na razão de 4:1. Um aumento (redução) de R$1,00 no Preço por Ação de R$22,50, aumentaria (reduziria), após a conclusão da Oferta, o valor total do patrimônio líquido em R$14,7 milhões, e a capitalização total em R$14,7 milhões. O Preço por Ação a ser pago pelos investidores no contexto da presente Oferta não guarda relação com o valor patrimonial das ações de nossa emissão e será fixado após (i) a efetivação dos Pedidos de Reserva; e (ii) a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, em consonância com o disposto no artigo 170, § 1º, inciso III da Lei das Sociedades por Ações, tendo como parâmetro as indicações de interesse, em função da qualidade da demanda (por volume e preço), a serem coletadas junto a Investidores Institucionais. Para uma descrição mais detalhada do procedimento de fixação do Preço por Ação e das condições da presente Oferta. Para maiores informações, ver a Seção “Informações sobre a Oferta”. Na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 13 de março de 2007, nossos acionistas aprovaram um plano de opção de compra de nossas ações. Nos termos do Plano de Opção, que é gerido pelo nosso Conselho de Administração, nós podemos conceder opção para a compra de nossas ações aos nossos (i) administradores; (ii) empregados; e (iii) prestadores de serviços da Companhia ou de outras sociedades sob o seu controle. 52 As opções são outorgadas sem custo e não podem ser transferidas, exceto em circunstâncias determinadas. Caberá ao Conselho de Administração fixar o preço de exercício das opções outorgadas nos termos do Plano de Opção, respeitado o preço mínimo equivalente à cotação média das ações da Companhia da mesma espécie nos últimos 20 pregões na BOVESPA imediatamente anteriores à data da outorga da opção, corrigido de acordo com a variação do IPCA, divulgado pelo IBGE, a partir do mês imediatamente anterior à outorga da opção e até o mês anterior ao efetivo exercício da mesma, exceto durante o primeiro ano de vigência do plano, em que o preço de exercício das opções será aquele definido no Processo de Bookbuilding, corrigido de acordo com a variação do IPCA. O número total de ações ordinárias relativo ao qual opções podem ser concedidas a qualquer pessoa nos termos do Plano de Opção não excederá 5% das ações ordinárias do capital da Companhia existentes no período. Mediante o exercício de uma opção adquirida e o pagamento do preço de exercício, o participante receberá uma ação ordinária de nosso capital social. Exceto em algumas circunstâncias, as opções deixam de poder ser exercidas depois da data de término do vínculo do participante com a Companhia. Até o presente momento nós não outorgamos opções para aquisição de ações ordinárias da Companhia. 53 INFORMAÇÕES SOBRE OS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS Geral Previamente à presente Oferta, não havia mercado de bolsa ou de balcão organizado para as Ações. Adicionalmente, não havíamos emitido qualquer outro valor mobiliário exceto as nossas ações. Realizamos pedidos para que as Ações sejam listadas no Novo Mercado da BOVESPA. Uma vez deferido tal pedido, as ações serão admitidas à listagem no Novo Mercado da BOVESPA sob o símbolo “CRDE3”. Não podemos garantir que, após a Oferta, será desenvolvido um mercado ativo para as nossas Ações ou que estas serão negociadas por um valor maior que o Preço por Ação. Para maiores informações, ver a Seção “Fatores de Risco – Riscos Relacionados às Nossas Ações”. Negociação na Bolsa de Valores de São Paulo Em 2000, a BOVESPA foi reorganizada por meio da assinatura de memorandos de entendimentos entre as bolsas de valores brasileiras. Essa reorganização teve por objetivo fortalecer a liquidez e aumentar a competitividade do mercado acionário nacional e internacional, bem como reduzir os custos das bolsas de valores regionais. De acordo com estes memorandos, a BOVESPA passou a concentrar toda a negociação com valores mobiliários, enquanto a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro passou a ser responsável pelas transações com títulos de dívida pública negociados eletronicamente e de leilões de privatização. As outras bolsas de valores regionais mantêm as atividades de desenvolvimento do mercado e de prestação de serviços à praça local. A liquidação de operações de venda de ações conduzidas na BOVESPA é efetuada três dias úteis após a data de negociação sem quaisquer reajustes inflacionários. A entrega das ações e o pagamento são feitos por intermédio da câmara de compensação da BOVESPA, a CBLC. Geralmente, cabe ao vendedor entregar as ações à BOVESPA no segundo dia útil após a data da negociação. A BOVESPA é uma associação civil sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, sendo que seu capital é de titularidade de corretoras-membro. A negociação na BOVESPA só pode ser realizada pelas corretoras-membro e por um número limitado de não-membros autorizados. As negociações ocorrem das 10:00h às 17:00h, ou entre 11:00h e 18:00h em algumas ocasiões durante o período de horário de verão no Brasil, em um sistema eletrônico de negociação chamado Megabolsa. A BOVESPA também permite negociações das 17:45h às 19:00h, ou entre 18:45h e 19:30h durante o período de horário de verão no Brasil, por um sistema on-line denominado “after market”, que consiste na sessão noturna de negociação eletrônica, conectado a corretoras tradicionais e a corretoras que operam pela internet. As negociações no “after market” estão sujeitas a limites regulatórios sobre volatilidade de preços e sobre o volume de ações negociadas pelas corretoras que operam pela internet. Atualmente, não existem especialistas e formadores de mercado oficialmente reconhecidos para analisarem as Ações no Brasil. Quando da formalização dessa Oferta, poderemos contratar especialistas que possam desempenhar a função de formador de mercado para as Ações. A fim de manter um melhor controle sobre a oscilação do Índice BOVESPA, a BOVESPA adotou um sistema circuit breaker de acordo com o qual a sessão de negociação é suspensa por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que o Índice BOVESPA cair abaixo dos limites de 10% ou 15%, respectivamente, com relação ao índice de fechamento da sessão de negociação anterior. A BOVESPA apresenta liquidez significativamente menor do que a da New York Stock Exchange e de outras das principais bolsas de valores do mundo. Embora qualquer das ações em circulação de uma companhia listada possa ser negociada na BOVESPA, na maioria dos casos, menos da metade das ações listadas encontram-se efetivamente disponíveis para negociação pelo público. O restante dessas ações é detido freqüentemente por um único grupo ou por um grupo pequeno de acionistas controladores, ou por entes públicos. 54 A negociação na BOVESPA por detentor não considerado domiciliado no Brasil, para fins fiscais e regulatórios, ou detentor não residente no Brasil, está sujeita a certas limitações nos termos da regulamentação brasileira sobre investimento estrangeiro. Com exceções limitadas, detentores não residentes no Brasil poderão negociar na BOVESPA somente em conformidade com as exigências da Resolução CMN 2.689. A Resolução CMN 2.689 requer que valores mobiliários detidos por detentores não residentes no Brasil sejam mantidos sob a custódia de instituições financeiras autorizadas pelo BACEN e pela CVM, ou em contas de depósito junto a essas instituições. Ademais, a Resolução CMN 2.689 exige que os detentores não residentes no Brasil restrinjam a negociação de seus valores mobiliários a operações na BOVESPA ou mercados de balcão organizados. Com exceções limitadas, os detentores não residentes no Brasil não poderão transferir a propriedade de seus investimentos efetuados nos termos da Resolução CMN 2.689 a outros detentores não residentes por meio de operações privadas. Governança Corporativa e Novo Mercado Em 2000, a BOVESPA introduziu três novos segmentos de listagem especial, os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2, e o Novo Mercado. Esta iniciativa teve por objetivo promover o mercado secundário para os valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras, incentivando estas companhias a seguir práticas de governança corporativa diferenciadas. Os segmentos de listagem destinam-se à negociação de ações de emissão de companhias que, voluntariamente, se comprometeram a cumprir outras exigências de governança corporativa e de divulgação de informações, além das já impostas pela legislação brasileira em vigor. Estas normas em geral, conferem mais direitos aos acionistas e aprimoram a qualidade das informações fornecidas aos acionistas. Para listar uma companhia no Nível 1, o emissor das ações deve comprometer-se a: (a) garantir que as ações do emissor, representativas de, no mínimo, 25% do seu capital social estejam efetivamente disponíveis para negociação, (b) adotar, sempre que for efetuar oferta pública de ações, procedimentos que favoreçam a dispersão das suas ações, (c) observar os padrões mínimos de divulgação trimestral, (d) seguir políticas de divulgação mais rígidas com relação às operações realizadas por acionistas controladores e administradores que envolvam valores mobiliários emitidos pela companhia, (e) submeter quaisquer acordos de acionistas e planos de opção de compra de ações existentes à BOVESPA, e (f) elaborar e divulgar aos investidores um calendário de eventos corporativos. Para listar uma companhia no Nível 2, a companhia deve comprometer-se a: (a) atender todas as exigências de listagem aplicáveis às companhias do Nível 1; (b) em caso de alienação de controle, estender (i) aos detentores de ações ordinárias, as mesmas condições oferecidas ao acionista controlador, incluindo o mesmo preço, e (ii) aos detentores de ações preferenciais, pelo menos 80% do preço pago por ação ordinária do bloco controle (tag-along); (c) conferir direito de voto a detentores de ações preferenciais em relação a certas reestruturações societárias e operações com partes relacionadas, tais como: (i) qualquer transformação do tipo societário da companhia, (ii) qualquer incorporação, fusão ou cisão da companhia, (iii) aprovação de quaisquer operações entre a companhia e seu acionista controlador, incluindo partes vinculadas ou relacionadas com o acionista controlador, (iv) aprovação de qualquer avaliação de ativos a serem transferidos à empresa para integralização das ações emitidas em decorrência de aumento de capital, (v) nomeação de empresa especializada para determinação do justo valor da empresa com relação a qualquer baixa de registro e cancelamento de listagem, e (vi) qualquer alteração destes direitos de voto; (d) possuir conselho de administração composto por pelo menos cinco membros, com mandato de até dois anos; (e) elaborar relatórios financeiros anuais, em inglês, inclusive demonstrações de fluxo de caixa, em conformidade com padrões contábeis internacionais, tais como US GAAP ou IFRS; (f) caso opte por cancelamento da listagem no segmento de Nível 2, fazer com que o acionista controlador da companhia efetue oferta de compra de ações (o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado por meio de processo de avaliação); e (g) observar, exclusivamente, as normas da Câmara de Arbitragem da BOVESPA para solução de litígios entre a companhia e seus acionistas. 55 Por fim, para ser listado no Novo Mercado, o emissor deve atender todas as exigências necessárias para listagem no Nível 1 e no Nível 2, além de: (a) emitir apenas ações com direito de voto e, (b) na alienação de controle, estender aos acionistas minoritários as mesmas condições oferecidas ao acionista controlador, incluindo o mesmo preço (tag-along). Para maiores informações, ver a Seção “Governança Corporativa”. Regulamentação do Mercado Brasileiro de Valores Mobiliários Os mercados brasileiros de valores mobiliários são regulamentados pela CVM, que tem competência sobre as bolsas de valores e mercados de valores mobiliários de modo geral, pelo CMN, bem como pelo BACEN, que detém, entre outros, poderes para autorizar o funcionamento de corretoras de valores e para disciplinar investimentos estrangeiros e operações de câmbio. O mercado brasileiro de valores mobiliários é regido pela Lei do Mercado de Valores Mobiliários, bem como pela Lei das Sociedades por Ações e por demais atos e regulamentação da CVM. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, uma companhia pode ser aberta ou fechada. Todas as companhias abertas são registradas na CVM e ficam sujeitas a exigências de prestação de informações periódicas. Uma companhia registrada na CVM poderá negociar seus valores mobiliários nas bolsas de valores brasileiras ou no mercado de balcão no Brasil. As ações de companhias listadas, também podem ser negociadas em operações privadas, observadas certas limitações como as Ações da Companhia, uma vez obtido o respectivo registro perante a CVM, também podem ser negociadas em operações privadas, observadas certas limitações. O mercado de balcão brasileiro consiste em negociações diretas entre pessoas nas quais instituições financeiras registradas na CVM atuam como intermediárias. Não se faz necessário nenhum requerimento especial, exceto pelo registro junto à CVM (e, no caso de mercados de balcão organizados, no mercado de balcão pertinente), para se negociar valores mobiliários de companhia aberta nesse mercado. A CVM deve receber aviso de todas as negociações realizadas no mercado de balcão brasileiro pelos respectivos intermediários. A negociação de valores mobiliários de uma companhia na BOVESPA poderá ser suspensa antes da publicação de fato relevante. A companhia também deverá suspender a negociação de seus valores mobiliários em bolsas de valores internacionais em que os mesmos sejam negociados. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da BOVESPA ou da CVM, com base em, ou devido a, entre outros motivos, indício de que a companhia tenha fornecido informações inadequadas com relação a um fato relevante, ou tenha fornecido respostas inadequadas a questionamentos feitos pela CVM ou pela respectiva bolsa de valores. A Lei das Sociedades por Ações, os regulamentos emitidos pela CVM e o Regulamento do Novo Mercado prevêem, entre outras coisas, obrigações de divulgação de informações, restrições sobre negociações baseadas em informações privilegiadas e manipulação de preços, além de proteções para acionistas minoritários. Para maiores informações, ver a Seção “Descrição do Capital Social” e “Governança Corporativa”. 56 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS SELECIONADAS A tabela abaixo apresenta um resumo das nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, preparadas de acordo com o BRGAAP. As informações abaixo devem ser lidas e analisadas em conjunto com as nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto e com as seções “Informações Financeiras Selecionadas” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado Operacional”. Fomos constituídos no dia 10 de janeiro de 2006. Logo, não temos qualquer demonstração financeira para qualquer exercício ou período anterior a 10 de janeiro de 2006. Nossas demonstrações financeiras, individual e consolidada, auditadas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006 encontram-se anexas a este Prospecto. Todavia, essas demonstrações financeiras podem não servir de parâmetro para a avaliação de nossa performance financeira, perspectiva comercial ou do valor futuro de nossas ações ordinárias. BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) Ativo Circulante Disponibilidades................................................................................ Aplicações financeiras em: Cotas de Fundos de Investimento .................................................. Letras Financeiras do Tesouro - LFT'S ............................................. Letras do Tesouro Nacional - LTN'S ................................................ Clientes por incorporação e venda de imóveis................................... Contas a receber de terceiros............................................................ Estoques ........................................................................................... Opção de compra de terrenos........................................................... Gastos com vendas a apropriar ......................................................... Outros ativos..................................................................................... Total do ativo circulante................................................................ Ativo não circulante Mútuos a receber - Partes relacionadas ............................................. Clientes por incorporação e venda de imóveis................................... Gastos com vendas a apropriar ......................................................... Total do ativo não circulante ........................................................ Imobilizado de uso............................................................................ Total do ativo permanente ........................................................... Total do ativo ................................................................................. Passivo circulante Dividendos a pagar ........................................................................... Provisões tributárias .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social diferidos............................... Contas a pagar ................................................................................ Adiantamentos de clientes ................................................................ Financiamento de imóveis ................................................................. Adiantamentos para futuro aumento de capital................................ Total do passivo circulante ........................................................... Passivo não circulante Imposto de renda e contribuição social diferidos............................... Financiamentos de imóveis................................................................ Total do passivo não circulante .................................................... Participação de minoritários ......................................................... Patrimônio líquido Capital social..................................................................................... Reservas de lucros............................................................................. Total do patrimônio líquido.......................................................... Total do passivo e patrimônio líquido ......................................... (1) Análise vertical. 57 %AV (1) 492 0,5% 832 44.618 5.445 101 7.522 33.830 330 1.901 329 95.400 0,9% 45,6% 5,6% 0,1% 7,7% 34,6% 0,3% 1,9% 0,3% 97,6% 724 568 1.056 2.348 2 2 97.750 0,7% 0,6% 1,1% 2,4% 0,0% 0,0% 100,0% 351 715 657 79 223 6.120 1.228 9.373 0,4% 0,7% 0,7% 0,1% 0,2% 6,3% 1,3% 9,6% 10 24.000 24.010 1.383 0,0% 24,6% 24,6% 1,4% 61.857 1.127 62.984 97.750 63,3% 1,2% 64,4% 100,0% DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO CONSOLIDADO Receita operacional bruta ........................................................... Receitas por incorporações e venda de imóveis ............................... Deduções sobre as vendas .......................................................... Impostos incidentes sobre vendas ................................................... Receita operacional líquida......................................................... Custo das vendas realizadas ....................................................... Custo de incorporações e venda de imóveis .................................... Lucro bruto ................................................................................... Outras receitas (despesas) operacionais.................................... Despesas gerais e administrativas.................................................... Resultado na alienação de participação........................................... Despesas tributárias ....................................................................... Despesas com vendas ..................................................................... Outras despesas operacionais ......................................................... Lucro operacional antes do resultado financeiro...................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras .................................................................. Contas a receber imobiliário ........................................................ Operações de mútuo - partes relacionadas .................................. Outros ......................................................................................... Despesas financeiras ....................................................................... Lucro operacional após os resultados financeiros .................... Resultado antes da tributação sobre o lucro............................. Imposto de renda corrente.............................................................. Contribuição social corrente............................................................ Imposto de renda e contribuição social diferidos............................. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro .............. Lucro do exercício antes da participação de minoritários ................. Participação de minoritários ....................................................... Lucro líquido do exercício ........................................................... (1) Análise vertical. 58 Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) 916 916 (59) (59) 857 (357) (357) 500 2.374 (810) 2.804 (295) (65) (332) 1.302 879 108 26 86 (27) 2.374 2.874 (476) (181) (666) (1.323) 1.551 (73) 1.478 %AV (1) 106,9% 106,9% -6,9% -6,9% 100,0% -41,7% -41,7% 58,3% 277,0% -94,5% 327,2% -34,4% -7,6% -38,7% 151,9% 102,6% 12,6% 3,0% 10,0% -3,2% 277,0% 335,4% -55,5% -21,1% -77,7% -154,4% 181,0% -8,5% 172,5% ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E O RESULTADO OPERACIONAL A discussão a seguir é baseada em, e deve ser lida em conjunto com, as nossa demonstrações financeiras consolidadas e notas explicativas relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, sendo que tais demonstrações foram elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. A discussão a seguir também deve ser lida em conjunto com as seções “Apresentação das Demonstrações Financeiras”, “Resumo das Demonstrações Financeiras”, “Informações Financeiras Selecionadas” e com outras informações financeiras apresentadas nesse Prospecto. Esta seção contém estimativas e declarações futuras que envolvem riscos e incertezas. Os nossos resultados reais poderão diferir significativamente dos resultados discutidos nesta seção no que concernem estimativas e declarações futuras, em decorrência de diversos fatores, inclusive, porém não limitado a fatores descritos na seção “Considerações sobre Estimativas e Perspectivas sobre o Futuro”, “Fatores de Risco” e os assuntos descritos neste Prospecto em geral. Introdução Acreditamos ser uma das principais incorporadoras imobiliárias que atuam no Grande Rio. Criamos e implementamos um modelo diferenciado de negócio, que tem como foco a incorporação imobiliária, baseando-se em parcerias, que são gerenciadas e controladas por nós para cada empreendimento que desenvolvemos. Diferentemente de muitas das construtoras e incorporadoras tradicionais do Brasil, nosso foco é a atividade de incorporação imobiliária, formando parcerias para cada um de nossos projetos, especialmente com construtoras e empreiteiras locais, buscando aproveitar sua expertise específica, conjuntamente a nossa, na execução dos projetos. Além de atuarmos no segmento residencial, analisamos constantemente oportunidades de empreendimentos comerciais e de desenvolvimento de Shopping Centers. Acreditamos poder utilizar nossa flexibilidade operacional e nossos relacionamentos com parceiros locais para suprir uma demanda não atendida de empreendimentos comerciais, como condomínios de escritórios profissionais, e de Shopping Centers, nas mesmas áreas em que exista demanda no Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Por sermos uma companhia recentemente constituída, não dispomos de demonstrações financeiras para qualquer período anterior a 10 de janeiro de 2006, razão pela qual as únicas demonstrações financeiras incluídas neste Prospecto são as nossas demonstrações financeiras auditadas e consolidadas para o período encerrado em 31 de dezembro de 2006. Conjuntura Econômica Brasileira Em 2004, impulsionado pelas exportações, o País retomou o crescimento econômico, em particular nos setores mais sensíveis à expansão do crédito. Sinais de recuperação do mercado interno refletiram-se positivamente no mercado de trabalho, na renda da população e no aquecimento da economia brasileira. O PIB cresceu 4,9%, a taxa média de desemprego caiu de 12,3% para 11,5% nas principais regiões metropolitanas do país, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE e o Real valorizou-se frente ao Dólar norte americano em 8,9% entre 31 de dezembro de 2003 e 2004. Nesse mesmo período, o mercado formal de trabalho cresceu, com a criação de, aproximadamente, 1,9 milhões de postos de trabalho, o que propiciou o aumento da demanda de bens e serviços na economia. A inflação, medida pelo IPCA, foi de 7,6%. As exportações e os investimentos externos proporcionaram um importante superávit em conta corrente, de cerca de US$11,7 bilhões (1,9% do PIB), o que possibilitou uma redução da dívida externa, como múltiplo das exportações, de três para menos de dois. O país também registrou um superávit primário nas contas públicas (antes do pagamento de suas dívidas) de 4,61%, o que foi acima da meta de 4,25% do PIB estabelecida pelo FMI como parte de seu acordo de empréstimo então em vigor naquele período, melhorando sensivelmente a percepção de risco na economia brasileira. 59 Em setembro de 2004, o BACEN deu início a uma política de aumento da taxa de juros, já que os indicadores de inflação não convergiam para os objetivos definidos para o ano de 2005. Os efeitos do aumento da taxa de juros tiveram reflexos na atividade econômica do País, que não cresceu em 2005 no mesmo ritmo verificado em 2004. As estimativas do IBGE indicam que o PIB cresceu, aproximadamente, 2,3% em 2005. A inflação, conforme medida pelo IPCA, foi de 7,6% em 2004 e de 5,7% em 2005, acima da meta estabelecida pelo BACEN de 5,1%. O BACEN adotou metas de inflação a serem medidas pelo índice IPCA de 4,5% para 2006 e 2007, sujeito a uma faixa de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em setembro de 2005, o BACEN deu início ao processo de redução gradual da taxa básica de juros (SELIC), à medida que as estimativas de inflação para 2005 e 2006 começaram a convergir para as suas respectivas metas. A SELIC, que atingiu 15,25% em 30 de junho de 2006 e 14,25% em 30 de setembro de 2006, encerrou em 31 de dezembro de 2006 no valor de 13,25%. Em 2005, o Brasil teve um superávit comercial de US$44,8 bilhões, seu mais alto superávit comercial de todos os tempos. A taxa média de desemprego caiu de 11,5% em 2004 para 9,8% em 2005, de acordo com o IBGE. Conforme divulgado pelo relatório Focus do BACEN, espera-se que o PIB em 2006 tenha um crescimento real de 2,7%. A principal razão do menor ritmo de crescimento da atividade econômica foi a manutenção da taxa de juros em patamares ainda elevados. Ainda em 2006, o Real valorizou-se 13,3% frente ao Dólar norte americano alcançando R$2,138 por US$1,00 em 31 de dezembro de 2006. A tabela a seguir apresenta dados macroeconômicos para os períodos indicados: Indicadores Econômicos 2004 Crescimento Real do PIB ........................................................................ Inflação (IPCA)....................................................................................... Inflação (IGP-M)..................................................................................... Taxa TJLP – fim do período .................................................................... (1) Taxa CDI .............................................................................................. Taxa SELIC – fim de período................................................................... Taxa de Câmbio (fechamento) – US$1,00 .............................................. Taxa de Câmbio (média) – US$1,00 ....................................................... Desvalorização (valorização) do R$ versus US$ ....................................... INCC ..................................................................................................... 4,9% 7,6% 12,4% 9,8% 17,8% 17,5% 2,654 2,924 8,9% 11,0% 2005 2,3% 5,7% 1,2% 9,8% 18,0% 18,2% 2,340 2,434 13,3% 6,8% 2006 2,9% 3,1% 3,8% 7,9% 15,0% 13,3% 2,138 2,177 9,5% 5,0% Fontes: IBGE, FGV, BACEN e Bloomberg. (1) Representa a taxa média da taxa interbancária de um dia no Brasil (acumulada por períodos mensais analisados). Fatores Que Afetam Nossos Resultados Operacionais A estabilidade macroeconômica brasileira, resultado, em parte, da recente queda dos juros brasileiros, a maior segurança no ambiente jurídico para o mercado imobiliário, com a aprovação da alienação fiduciária, incentivos fiscais e a abundância de liquidez mundial, criaram um ambiente propício para a volta de financiamentos bancários de longo prazo para adquirentes de imóveis. Em razão disto, a demanda por imóveis residenciais cresceu significativamente. O aumento na disponibilidade de crédito imobiliário a incorporadoras e potenciais compradores de empreendimentos imobiliários cresceu de forma significativa no decorrer de 2006. De acordo com a ABECIP, os financiamentos do setor imobiliário fomentados pelo SBPE aumentaram em 95,5% durante o ano de 2006, atingindo um total de R$9,5 bilhões e possibilitando o financiamento de 115,5 mil novas Unidades. Incorporações Imobiliárias e Compra e Venda de Imóveis O setor imobiliário é afetado pela conjuntura econômica do País. Tradicionalmente, a demanda por novas Unidades residenciais é influenciada por diversos fatores, incluindo o crescimento do nível de empregos, taxas de juros de longo e curto prazo, bem como programas de financiamento hipotecário, confiança do consumidor, políticas governamentais, fatores demográficos e, em menor extensão, mudanças em impostos prediais, custos de energia e regulamentação de imposto de renda. 60 O lançamento de novas Unidades é influenciado pelo estoque de Unidades existentes, restrições na legislação de zoneamento, políticas governamentais, custo e disponibilidade de terrenos, aprovações governamentais, custos diversos de construção e vendas, disponibilidade de financiamento, entre outros fatores. Existem incertezas econômicas e políticas consideráveis que podem vir a influenciar o comportamento de compra dos clientes, os custos de construção, a disponibilidade de mão-de-obra e matéria-prima e demais fatores que afetam o setor imobiliário de modo geral. Shopping Centers Pretendemos ampliar, por meio de parcerias, nossa atuação no segmento de incorporação de Shopping Centers voltados ao atendimento da população de Classe de Renda Média e de Classe de Baixa Renda. No desenvolvimento desses projetos, coordenaremos todas as fases do negócio, principalmente a elaboração dos projetos, a comercialização e a construção dos empreendimentos. A atividade de Shopping Center é afetada por vários fatores importantes, dentre os quais: (i) nível de emprego e renda do consumidor; (ii) crescimento do varejo no Brasil; (iii) crescimento do percentual das vendas do varejo alocado aos Shopping Centers no Brasil; (iv) profissionalização dos varejistas e formação de cadeias nacionais; (v) concorrência e necessidade de acordos comerciais com grandes lojistas; (vi) taxa de juros, que afeta o valor das propriedades, e a disponibilidade de crédito ao consumidor; (vii) custo e disponibilidade de terrenos; e (viii) restrições na legislação de zoneamento para desenvolvimento de novos produtos. Principais Elementos de Nossas Receitas, Custos e Despesas Com o desenvolvimento de nossas atividades, acreditamos que as nossas receitas serão provenientes, principalmente, das atividades de (i) incorporação imobiliária e compra e venda de imóveis e (ii) desenvolvimento de Shopping Centers. Fomos constituídos em 10 de janeiro de 2006, e conforme as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, apropriamos nossas receitas, custos e despesas utilizando o critério de custos incorridos em relação ao custo total orçado e, em 31 de dezembro de 2006, possuímos apenas um empreendimento em fase de construção (Green Park), com, aproximadamente, 6% dos custos incorridos em relação ao total orçado. O VGV desse empreendimento é de R$58,8 milhões, sendo que, até 31 de dezembro de 2006, já havíamos efetuado a venda de, aproximadamente, R$19,9 milhões. Receita Operacional Bruta Atualmente, as nossas receitas e despesas são relacionadas exclusivamente às atividades de incorporação imobiliária e de venda de imóveis. Investimos em empreendimentos imobiliários, residenciais e comerciais, principalmente por meio de SPEs, cujos resultados reconheceremos na proporção de nossas respectivas participações. Nosso resultado operacional proveniente das atividades de incorporação imobiliária e venda de imóveis é diretamente afetado pela performance dos projetos nos quais investimos. Nossas receitas provenientes de atividades de incorporação imobiliária e de venda de imóveis decorrem, primordialmente, da venda das Unidades que compõe cada um de nossos projetos imobiliários. Na atividade de incorporação imobiliária, a venda de nossas Unidades pode ser realizada antes ou após a conclusão de sua construção. Quando uma venda ocorre após a conclusão da construção de um empreendimento, reconhecemos a receita quando o contrato de compromisso de compra e venda é assinado. Todavia, em nossos projetos de incorporação imobiliária, esperamos que cada uma das SPEs em que participamos venda parte ou a totalidade de suas Unidades antes da finalização da construção de um empreendimento. Quando uma venda ocorre antes da conclusão da construção de um empreendimento, reconheceremos a receita ao longo do tempo necessário para a conclusão da construção, usando o critério de custos incorridos em relação ao custo total orçado, conforme descrito abaixo em “– Principais Práticas Contábeis”. Considerando o fato que reconhecemos as receitas através do critério acima mencionado, a receita reconhecida em um determinado período é, freqüentemente, reflexo de vendas ocorridas em períodos anteriores. 61 Em nossas atividades de incorporação, objetivamos vender grande parte das nossas Unidades por meio de vendas a prazo, com parte do preço pago no momento da compra e o restante em parcelas. Acreditamos que receberemos em torno de 30% do preço de venda antes da conclusão das obras. Nos casos de uma venda parcelada com vencimento final antes do término das obras, o preço de venda da Unidade será reconhecido de acordo com o critério de custos incorridos em relação ao custo total orçado. Para a venda a prazo de uma Unidade finalizada, o preço total da venda será reconhecido no momento de sua venda e as parcelas futuras serão contabilizadas como recebíveis. Juros pré-fixados serão reconhecidos na receita no momento em que forem devidos. Por sua vez, nossas receitas provenientes de atividade de desenvolvimento imobiliário que não são enquadradas como incorporação imobiliária (pois as Unidades somente são comercializadas após a conclusão das respectivas construções) estão relacionadas aos nossos empreendimentos voltados ao Segmento Residencial de Baixa Renda, no qual as vendas das Unidades só se dá após a conclusão destas e o reconhecimento das respectivas receitas ocorre quando da assinatura dos respectivos contratos de compromisso de compra e venda. Custos Com relação às atividades de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, residenciais e comerciais, contabilizamos para o resultado do exercício, os custos relativos às Unidades que vendemos durante os anos. Os custos de vendas incluem a construção, aquisição do terreno e comissões, dentre outros custos. Os custos de construção, que correspondem a mais da metade do custo total de um empreendimento, são atribuídos primariamente a um único contrato de construção. O custo de aquisição do terreno, que é o segundo maior custo, pode ser pago de três formas diferentes – através de pagamento em dinheiro, da permuta com Unidades finalizadas ou através da participação na venda de Unidades. Os custos incluem uma grande gama de gastos com materiais, serviços, mídia e outros gastos correlatos. As comissões de corretagem são pagas diretamente pelo consumidor à empresa de corretagem e ao corretor individual, não sendo, portanto, reconhecida contabilmente como parte da estrutura de custos de um projeto imobiliário. Despesas Operacionais Registramos sob a rubrica despesas operacionais em nosso resultado operacional a parcela de nossos custos operacionais, conforme descritos acima, que não estão relacionados a vendas específicas de Unidades ou à nossa atividade de desenvolvimento de Shopping Centers. Um importante componente desta rubrica são as despesas gerais e administrativas. Na medida em que desenvolvermos as nossas atividades, poderemos vir a ter que aumentar o número de funcionários dedicados à administração do negócio, bem como aumentar os nossos gastos com serviços legais e correlatos. Outro componente de nossas despesas operacionais são nossas despesas com vendas, que incluem a montagem de stands de vendas, showrooms e apartamentos modelos, assim como despesas com marketing e propaganda. Contabilizamos para o resultado do exercício apenas as despesas com vendas relacionadas às Unidades vendidas durante o ano. Em relação ao desenvolvimento de Shopping Centers, a Receita referente a comercialização de pontos de negócios em shopping centers será reconhecida ao longo do período dos respectivos contratos de locação, não sendo admitida a sua contabilização como ativo de qualquer natureza antes do período do seu registro como receita. Outra receita é referente ao aluguel da loja, que será reconhecida mensalmente. Nossas receitas e despesas financeiras também são contabilizadas como receitas e despesas operacionais. 62 Impostos e Contribuições A empresa e suas SPEs foram tributadas durante o exercício social de 2006 sob o regime de lucro presumido. Para o exercício de 2007, e a partir de então, conforme facultado pela legislação tributária, pretendemos que todas as sociedades integrantes do nosso grupo que tiverem receita bruta anual do exercício imediatamente anterior inferior a R$48 milhões (o que, acreditamos, englobará todas as nossas SPEs) optem pelo regime de lucro presumido, e a empresa controladora, CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A., deverá optar pelo regime de lucro real. Impostos Incidentes Sobre Vendas Nossas receitas são geralmente tributadas em nossas SPEs sob o regime de lucro presumido, descrito abaixo, e deste modo estarão sujeitas às alíquotas de 0,65% de PIS e 3,0% de COFINS, e não estão sujeitas à cobrança de ISS. Imposto de Renda De acordo com a legislação vigente, no regime de lucro presumido, a base de cálculo para efeito de imposto de renda corrente é de (i) 8% das receitas de incorporação e venda de imóveis acrescidas das (ii) receitas financeiras decorrentes do contas a receber imobiliário, apuradas pelo regime de caixa, e (iii) 100% das demais receitas. Sobre esta base de cálculo incide o imposto de renda à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre as bases tributárias trimestrais superiores a R$60 mil. A base de cálculo para efeito da contribuição social corrente é de 12% (ii) das receitas de incorporação e venda de imóveis acrescidas das (ii) receitas financeiras decorrentes do contas a receber imobiliário, apuradas pelo regime de caixa, e (iii) 100% das demais receitas. Sobre esta base de cálculo incide a contribuição social à alíquota de 9%. No futuro, acreditamos que seremos tributados no regime de lucro real, cuja alíquota é de 15% mais o adicional de 10% do que exceder a R$240 mil por ano e a contribuição social é calculada sobre a uma alíquota de 9%. Principais Práticas Contábeis Críticas As nossas demonstrações financeiras incluídas neste Prospecto foram elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Na elaboração de nossas demonstrações financeiras utilizamos estimativas para registrar certos ativos, passivos e outras operações. Práticas contábeis críticas são aquelas que requerem julgamentos significativos e refletem incertezas significativas, que poderão causar resultados materialmente diferentes do que aqueles se as condições e premissas fossem diferentes. Atualmente, em nossos negócios, utilizamos as seguintes práticas contábeis críticas descritas abaixo: Consolidação das SPEs Conduzimos nosso negócio de incorporação imobiliária e de construção e venda de imóveis investindo em SPEs, que serão responsáveis pela implementação de nossos projetos. Acreditamos que, na grande maioria dos casos, deteremos o controle acionário dessas SPEs. Nas SPEs em que detemos o controle, consolidamos 100% do seu resultado no nosso e contabilizamos a participação do outro sócio como uma participação minoritária. 63 Apropriação de Receitas usando o Regime de Custos Incorridos em Relação ao Custo Total Orçado Cada uma das SPEs através das quais conduzimos nosso negócio de incorporação imobiliária vende parte ou todas as Unidades antes da finalização dos respectivos empreendimentos. As receitas provenientes dessas vendas são reconhecidas utilizando o regime de custos incorridos em relação ao custo total orçado, através do qual a receita é apropriada ao resultado ao longo do período compreendido entre a primeira venda efetuada até a conclusão da obra. Em cada período contábil utilizamos os seguintes procedimentos para cada um dos empreendimentos em andamento: • cálculo do percentual dos custos incorridos no período, em relação à soma dos custos incorridos no período e os custos orçados para completar o projeto, onde custos incorridos no período representam a soma de todos os custos incorridos para a realização do projeto na referida data; • para a apuração da receita a ser apropriada no período, o percentual dos custos incorridos em relação à soma dos custos incorridos e os custos orçados para completar o projeto, deve ser aplicado ao valor total proveniente da venda das Unidades decrescido de qualquer receita que tenha sido apropriada anteriormente; • os recebimentos referentes à venda das Unidades, que sejam superiores ao valor da receita de vendas a ser apropriada no período em questão, calculado conforme mencionado acima, devem ser registrados no passivo circulante ou exigível a longo prazo, como adiantamento de clientes; e • caso o valor da receita de vendas a ser apropriada no período em questão seja superior ao valor efetivamente recebido pela venda das Unidades, deve ser registrado no ativo a curto prazo ou no ativo a longo prazo, na conta de recebíveis. Conseqüentemente, o reconhecimento das receitas ocorre, proporcionalmente, ao custo incorrido em relação ao custo orçado. Revisamos as nossas estimativas a cada período de três meses e, sempre que necessário, as adequamos, assim como as receitas a serem reconhecidas. Imóveis para Venda Os imóveis para venda de cada SPE, em construção ou concluídos, são registrados como ativo circulante quando de sua aquisição ou construção, e a eles são acrescidos os eventuais encargos relacionados a financiamentos específicos para os empreendimentos durante a fase de construção, limitado ao valor líquido realizável. Encargos de financiamentos diretamente relacionados à aquisição de imóveis serão lançados como custo de imóvel para venda, no caso de Unidades em estoque, e como despesas pré-pagas, no caso de Unidades vendidas, e, posteriormente, são reconhecidos no resultado do exercício, como custo de acordo com o regime de custos incorridos em relação ao custo total orçado. Provisão para Devedores Duvidosos As SPEs vendem as Unidades a prazo, quando relacionadas à nossa atividade de incorporação imobiliária, gerando recebíveis que procuraremos vender para instituições financeiras quando da finalização dos respectivos empreendimentos. Com relação aos recebíveis que ainda não tivermos vendido, manteremos uma provisão para devedores duvidosos baseada em uma avaliação individualizada de cada credor e suas prováveis perdas. 64 Contingências A Companhia registra provisão quando possui uma obrigação legal ou outra obrigação resultante de um evento passado para o qual a Companhia acredita na possibilidade de um resultado desfavorável como provável e que o prejuízo possa ser razoavelmente estimado. As provisões, quando aplicável, são registradas considerando as melhores estimativas dos riscos específicos para a obrigação e, em geral, levam em consideração a avaliação dos assessores jurídicos envolvidos, bem como decisões anteriores proferidas pelos tribunais, quando aplicável, e avaliações da administração. A Companhia avalia continuamente essas provisões para contingências com base nas mudanças nos fatos e circunstâncias relevantes e em eventos que possam ter um impacto sobre essas estimativas, como decisões judiciais, que possam ter um impacto relevante sobre os seus resultados operacionais e o patrimônio líquido. A Companhia não registra ativos contingentes. Descrição das Principais contas patrimoniais em 31 de dezembro de 2006 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) Ativo Circulante...................................................................... Disponibilidades ........................................................................ Aplicações financeiras em: Cotas de Fundos de Investimento ........................................... Letras Financeiras do Tesouro - LFT'S ...................................... Letras do Tesouro Nacional - LTN'S ......................................... Clientes por incorporação e venda de imóveis............................ Contas a receber de terceiros .................................................... Estoques ................................................................................... Opção de compra de terrenos ................................................... Gastos com vendas a apropriar.................................................. Outros ativos............................................................................. Total do ativo circulante ........................................................ Ativo não circulante Mútuos a receber - Partes relacionadas...................................... Clientes por incorporação e venda de imóveis............................ Gastos com vendas a apropriar.................................................. Total do ativo não circulante................................................. Imobilizado de uso .................................................................... Total do ativo permanente.................................................... Total do ativo ......................................................................... Passivo circulante Dividendos a pagar ................................................................... Provisões tributárias .................................................................. Imposto de renda e contribuição social diferidos........................ Contas a pagar ........................................................................ Adiantamentos de clientes ........................................................ Financiamento de imóveis ......................................................... Adiantamentos para futuro aumento de capital......................... Total do passivo circulante .................................................... Passivo não circulante Imposto de renda e contribuição social diferidos........................ Financiamentos de imóveis ........................................................ Total do passivo não circulante............................................. Participação de minoritários.................................................. Patrimônio líquido Capital social............................................................................. Reservas de lucros ..................................................................... Total do patrimônio líquido .................................................. Total do passivo e patrimônio líquido .................................. (1) Análise vertical. 65 %AV(1) 492 0,5% 832 44.618 5.445 101 7.522 33.830 330 1.901 329 95.400 0,9% 45,6% 5,6% 0,1% 7,7% 34,6% 0,3% 1,9% 0,3% 97,6% 724 568 1.056 2.348 2 2 97.750 0,7% 0,6% 1,1% 2,4% 0,0% 0,0% 100,0% 351 715 657 79 223 6.120 1.228 9.373 0,4% 0,7% 0,7% 0,1% 0,2% 6,3% 1,3% 9,6% 10 24.000 24.010 1.383 0,0% 24,6% 24,6% 1,4% 61.857 1.127 62.984 97.750 63,3% 1,2% 64,4% 100,0% Ativo Disponibilidades e aplicações financeiras O saldo de nossas disponibilidades e aplicações financeiras, representadas principalmente por Letras do Tesouro Nacional e Letras Financeiras do Tesouro, em 31 de dezembro de 2006 foi de R$492 mil e R$50,9 milhões, respectivamente, como resultado principalmente de um aumento de capital de R$46 milhões ocorrido em 06 de novembro de 2006 pelos nossos acionistas. Contas a Receber de Terceiros O saldo do contas a receber de terceiros em 31 de dezembro de 2006 foi de R$7,5 milhões, referentes principalmente a venda da SPE CR2 BCP Empreendimentos Imobiliários S.A., em novembro de 2006, que teve parte do pagamento a prazo, com parcelas vincendas entre janeiro e agosto de 2007. Sempre atentos a oportunidades, decidimos por alienar a SPE mencionada acima antes do lançamento do seu empreendimento, ao identificarmos a possibilidade de realizar o lucro que esperávamos obter. Com isso, registramos R$2,8 milhões sob a rubrica resultado na alienação de participação. Estoques O saldo de estoques em 31 de dezembro de 2006 foi de R$33,8 milhões, principalmente referentes à aquisição do terreno relativo ao projeto Alcântara, o qual será apropriado ao nosso custo de incorporação e venda de imóveis ao longo da obra, na proporção das unidades vendidas. Opção de compra de terrenos Em 31 de dezembro de 2006, a Companhia possuía opção de compra, no valor de R$330 mil, de dois terrenos,avaliados em R$2,8 milhões, com vencimento em 13 de março de 2007, que poderá ser exercida após a conclusão do estudo de viabilidade desses empreendimentos. Caso essa opção não seja exercida, o valor desembolsado será restituído, atualizado pela variação do IGPM, conforme condições contratuais. Gastos com vendas a apropriar O saldo de gastos com vendas a apropriar em 31 de dezembro de 2006 foi de R$3,0 milhões, decorrentes de gastos com vendas como stand de vendas, apartamentos modelos e respectivas mobílias de unidades ainda não construídas. Passivo Financiamento de imóveis O saldo de financiamento de imóveis em 31 de dezembro de 2006 foi de R$30,1 milhões, com parcelas vincendas entre junho de 2007 a dezembro de 2011, referente, principalmente, à aquisição a prazo do terreno do projeto Alcântara, sendo R$6,1 milhões alocados no circulante e R$24 milhões no passivo não circulante exigível a longo prazo. Patrimônio Líquido O nosso patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2006 foi de R$63 milhões, composto principalmente por capital social de R$61,9 milhões, integralizados ao longo do exercício de 2006. 66 Resultado das Operações para o Período de 10 de janeiro de 2006 a em 31 de dezembro de 2006 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO CONSOLIDADO Receita operacional bruta ..................................................... Receitas por incorporações e venda de imóveis ......................... Deduções sobre as vendas .................................................... Impostos incidentes sobre vendas ............................................. Receita operacional líquida................................................... Custo das vendas realizadas ................................................. Custo de incorporações e venda de imóveis .............................. Lucro bruto ............................................................................ Outras receitas (despesas) operacionais .............................. Despesas gerais e administrativas.............................................. Resultado na alienação de participação..................................... Despesas tributárias.................................................................. Despesas com vendas ............................................................... Outras despesas operacionais ................................................... Lucro operacional antes do resultado financeiro ................ Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras............................................................ Contas a receber imobiliário .................................................. Operações de mútuo - partes relacionadas............................. Outros................................................................................... Despesas financeiras................................................................. Lucro operacional após os resultados financeiros............... Resultado antes da tributação sobre o lucro ....................... Imposto de renda corrente ....................................................... Contribuição social corrente ..................................................... Imposto de renda e contribuição social diferidos ....................... Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro ........ Lucro do exercício antes da participação de minoritários.......... Participação de minoritários ................................................. Lucro líquido do exercício ..................................................... (1) %AV(1) Em 31 de dezembro de 2006 (em milhares de R$) 916 916 (59) (59) 857 (357) (357) 500 2.374 (810) 2.804 (295) (65) (332) 1.302 106,9% 106,9% -6,9% -6,9% 100,0% -41,7% -41,7% 58,3% 277,0% -94,5% 327,2% -34,4% -7,6% -38,7% 151,9% 879 108 26 86 (27) 2.374 2.874 (476) (181) (666) (1.323) 1.551 (73) 1.478 102,6% 12,6% 3,0% 10,0% -3,2% 277,0% 335,4% -55,5% -21,1% -77,7% -154,4% 181,0% -8,5% 172,5% Análise vertical. Receita Operacional Bruta No período, geramos receita operacional bruta de R$916 mil. Essa receita operacional bruta decorreu exclusivamente de atividades relacionadas a incorporações e vendas. Nossa receita operacional bruta no período corresponde ao empreendimento Green Park, lançado em abril de 2006 e adquirido por nós em julho de 2006, no qual detemos participação majoritária e com relação ao qual apenas 6% do custo total havia sido incorrido até 31 de dezembro de 2006 e o percentual de vendas do empreendimento, calculado pelo valor das Unidades vendidas sobre o VGV esperado, foi de 34%. Impostos Incidentes Sobre Vendas As deduções sobre a nossa receita bruta referentes ao período foram R$59 mil e se referem à tributação de PIS e COFINS (0,65% e 3,0%, respectivamente) sobre a receita bruta de vendas. 67 Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida para o período foi de R$857 mil, decorrentes de receita operacional bruta de R$916 mil e impostos incidentes sobre vendas de R$59 mil. Custo de Incorporação e Vendas de Imóveis Os custos de incorporação e vendas de imóveis para o período foram de R$357 mil e são compostos pelos custos de incorporação imobiliárias das Unidades vendidas, que compreendem os custos relativos aos terrenos e aos custos de construção (que incluem projetos, fundação, estrutura e acabamento, assim como os custos relativos a uma ampla variedade de matérias primas e mão de obra terceirizada) e os custos de administração da obra. De forma análoga ao reconhecimento da receita, os custos de incorporação e vendas de imóveis são reconhecidos pelo regime de custos incorridos em relação ao custo total orçado, na proporção das unidades efetivamente vendidas. Lucro Bruto O lucro bruto para o período foi de R$500 mil, decorrente de receita operacional líquida de R$857 mil e custo de incorporação e venda de imóveis de R$357 mil. Como resultado, a margem bruta de lucros foi de 58,3%, calculados como percentual da receita operacional líquida. Outras Receitas (Despesas) Operacionais Despesas Gerais e Administrativas Nossas despesas gerais e administrativas somaram R$810 mil, composta por despesas de pessoal, consultoria financeira, acompanhamento de obras, auditoria externa, entre outros. Resultado com Alienação de Participação Atenta a oportunidades para realização de lucro e mitigação de riscos, nós vendemos nossa participação na CR2 BCP Empreedimentos Imobiliários S.A., em 01 de novembro de 2006, por R$11,4 milhões e, conseqüentemente, obtivemos resultado com alienação de participação no montante de R$2,8 milhões. Despesas Tributárias As despesas para o período foram de R$295 mil referentes, principalmente, a CPMF, e, adicionalmente, a PIS e COFINS, na controladora, entre outros. Despesas com Vendas As despesas com vendas para o período foram de R$65 mil e correspondem a despesas de propaganda e publicidade, gastos com stand de vendas, decoração de apartamento modelo, entre outros. De forma análoga ao reconhecimento da receita, as despesas com vendas são reconhecidos pelo regime de custos incorridos em relação ao custo total orçado. Outras despesas operacionais Refere-se ao ágio pago na compra da SPE Green 3000 Empreendimentos Imobiliários S.A. Receitas Financeiras As nossas receitas financeiras para o período foram de R$1,1 milhão, composta por R$879 mil como receitas de aplicações financeiras do nosso caixa e o restante proveniente de contas a receber imobiliário, operações de mútuo e outros. Vale ressaltar que uma grande parte do nosso caixa foi integralizado através de aumento de capital no valor de R$46 milhões apenas em novembro de 2006. 68 Despesas Financeiras As nossas despesas financeiras para o período foram de R$27 mil referentes à atualização monetária na compra de terreno a prazo. Resultado Antes da Tributação Sobre o Lucro Como resultado dos fatores acima mencionados, o resultado antes da tributação sobre o lucro foi de R$2,9 milhões, decorrentes de lucro bruto de R$0,5 milhão e outras receitas (despesas) operacionais de R$2,4 milhões. Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social totalizaram R$1,3 milhão no período. Para maiores informações sobre as alíquotas fiscais aplicáveis ver “-Impostos e Contribuições”. Participações Minoritárias A participação de minoritários nas SPEs das quais detemos o controle acionário totalizou R$73 mil negativo no período. Conforme descrito no item Principais Práticas Contábeis, consolidamos integralmente as participações nas SPEs que controlamos mesmo não detendo 100% do seu capital. Lucro Líquido do Exercício O nosso lucro líquido para o período foi de R$1,5 milhão. Liquidez e Recursos de Capital Fomos constituídos em 10 de janeiro de 2006 sem qualquer caixa relevante. Em 19 de maio de 2006, foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária, aumento do capital social no valor de R$500.000,00, com a emissão de 500.000 ações ordinárias nominativas, pelo preço de R$1,00 cada uma, passando-o de R$15.000,00 para R$515.000,00. Posteriormente, em 24 de agosto de 2006, foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária, novo aumento do capital social, passando-o para R$15.515.000,00, com a emissão de 15.000.000 de ações ordinárias nominativas, ao preço de R$1,00 cada. Em 06 de novembro de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, foi aprovado mais um aumento de capital, no valor de R$46.000.000,00, com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias nominativas, ao preço de R$1,00 cada. Por último, em 20 de dezembro de 2006, com a incorporação da CR2 Administradora, o capital da Companhia teve novo aumento, passando ao montante de R$61.856.745,00, dividido e representado por 123.030.000 ordinárias nominativas. Em 13 de março de 2007, os nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4: 1. Esse grupamento teve efeito a partir daquela mesma data. Como resultado do grupamento, cada titular de quatro ações ordinárias de nossa emissão passou a ser titular de uma ação ordinária. Com o grupamento das ações, o capital social da Companhia, no valor de R$61.856.745,00, está dividido e representado por 30.757.500 ordinárias nominativas. Para maiores informações, ver a Seção “Descrição do Capital Social”. Realizamos nosso primeiro investimento em um projeto de incorporação imobiliária, de R$1,3 milhão, por uma participação de 60% no projeto denominado Green Park. Em 31 de dezembro de 2006, não possuíamos qualquer dívida bancária, entretanto nosso passivo circulante de R$9,4 milhões e o não circulante de R$24,0 milhões, totalizando R$33,4 milhões, referente principalmente à compra a prazo de terrenos. O nosso crescimento futuro dependerá, em grande parte, da velocidade em que os nossos projetos gerarem resultados. 69 Acreditamos que essas fontes continuarão sendo suficientes para atender às nossas necessidades de recursos, que incluem capital de giro, capital de investimento, amortização de empréstimos e pagamento de dividendos. Avaliamos, de tempos em tempos, novas oportunidades de investimentos, tanto diretamente quanto através das nossas subsidiárias, e poderemos vir a financiar tais investimentos com o nosso caixa e disponibilidades, com o caixa gerado pelas nossas operações, com a captação de dívidas, com aporte de capital ou pela combinação desses métodos. Endividamento e Obrigações Contratuais A tabela a seguir resume o vencimento de obrigações contratuais relevantes que geram impactos em nossa liquidez, na data base de 31 de dezembro de 2006, composto de empréstimos e financiamentos, obrigações por incorporações imobiliárias e obrigações por compra de imóveis. A tabela abaixo não inclui imposto de renda diferido passivo e pagamentos de juros estimados de nossos empréstimos, financiamentos, obrigações com arrendamentos operacionais, cessão de créditos a pagar, demais contas a pagar e custos a serem incorridos com as Unidades lançadas e ainda não vendidas. Total Financiamento de Imóveis ................ Total............................................... 30,1 30,1 Vencimento por Exercício Menos de 1 ano De 1 a 3 anos De 4 a 5 anos 5 anos em diante (Em milhares de R$) 6,1 18,0 6,0 – 6,1 18,0 6,0 – Fontes e Usos de Recursos Os nossos negócios de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, residenciais e comerciais, consistirão de investimentos em nossas SPEs, cada uma constituída para o desenvolvimento de um projeto. Cada SPE será, individualmente, capitalizada e os termos sob os quais constituiremos SPEs variarão, mas acreditamos que as seguintes premissas abaixo descritas, relacionadas às SPEs, serão verdadeiras na maior parte dos casos. A SPE necessitará de recursos para a aquisição de terrenos e para pagar pela construção, pelo marketing e por outros custos associados à atividade imobiliária. Terrenos podem ser adquiridos de três formas: em dinheiro, através de sua permuta por Unidades ou pela permuta por uma participação nas receitas do respectivo projeto. Os outros custos de um projeto, principalmente o de construção, serão pagos em dinheiro. As SPEs terão três fontes de recurso: (a) contribuições de capital, (b) a venda de Unidades e (c) caso as Unidades tenham suas vendas financiadas, a venda dos respectivos recebíveis. Quando do planejamento de um projeto é feito um cronograma das contribuições de capital esperadas, para que as obrigações possam ser atendidas na medida em que vencerem e para proporcionar uma reserva de caixa, em caso de necessidades extraordinárias. Caso um dos parceiros deixe de realizar uma contribuição de capital, poderemos ser obrigados a realizar tal contribuição, sob pena de sacrificar ou atrasar o projeto, o que resultará no aumento do percentual de capital a ser investido por nós, sendo que a participação detida pelo terceiro será nessa hipótese, diluída. Adicionalmente, podemos financiar a participação de nosso parceiro, por meio de contratos de mútuo, que será garantida com sua participação no empreendimento. 70 Todavia, no caso de incorporações imobiliárias, uma vez que as vendas começam a gerar receitas antes mesmo das obras terminarem, as SPEs não irão, normalmente, necessitar de aportes de capital em montante equivalente ao custo total do empreendimento. O tempo médio para a conclusão de um projeto, da compra do terreno até a conclusão da obra, é de 24 a 36 meses. O fluxo de caixa em projetos de incorporação imobiliária no Brasil é único, principalmente porque os incorporadores brasileiros começam a vender as Unidades dos projetos antes mesmo do início da construção. A venda das Unidades dos projetos de incorporação imobiliária é iniciada no lançamento, que ocorre com o início da campanha publicitária do projeto. Nesta fase, as Unidades, ainda não construídas, são vendidas a prazo. Essa estrutura de pré-vendas permite que incorporadores imobiliários vendam Unidades e recebam uma parcela significativa dos recursos decorrentes de tais vendas antes do início da construção. Tal prática, tornou-se comum no mercado imobiliário brasileiro, em grande parte devido ao limitado acesso a linhas de financiamento e às altas taxas de juros. Atualmente, devido ao aquecimento do mercado imobiliário, com maior oferta de linhas de crédito ao adquirente, especialmente após a entrega das chaves, os custos incorridos antes do início das obras são aqueles relacionados à aquisição de terreno (quando pago em dinheiro), propaganda e marketing. Em geral, um projeto imobiliário é lançado 6 meses antes do início das respectivas obras. Nos projetos de incorporação imobiliária a SPE venderá a maior parte das Unidades mediante financiamento próprio até a conclusão do projeto, quando permitirá ao adquirente a obtenção de um empréstimo bancário em instituição credenciada para quitar o financiamento conosco. Do momento em que adquirem as Unidades até a conclusão do projeto, os clientes normalmente pagam prestações que totalizam aproximadamente 30% a 50% do valor das Unidades. Os cronogramas de pagamento normalmente estabelecem que pelo menos 30% do preço das Unidades deve ser pago durante a fase de construção. Tal percentual facilita ao adquirente obter um financiamento bancário com o intuito de quitar o pagamento das Unidades, uma vez que as instituições que integram o SFH ou o SFI prevêem o financiamento de aproximadamente 80% do valor da Unidade. Após a conclusão das obras, recursos provenientes da venda de Unidades ou de recebíveis serão distribuídos para os co-investidores das SPEs. Acreditamos que tal fato deverá começar a ocorrer após 24 meses após o início da construção. A fim de preservar a faculdade de não iniciar a construção de projetos que não tenham sucesso em seu lançamento, incorporadores incluem, nos contratos de compra e venda de suas Unidades, disposição que lhes faculta o direito de, no caso de uma quantidade mínima de Unidades não ser vendida, desistir do projeto. O período máximo permitido pela legislação brasileira para o exercício de tal direito é 180 dias. Caso o incorporador opte por cancelar um projeto, ele deverá devolver aos seus clientes os valores eventualmente pagos, monetariamente corrigidos, em consonância com o estabelecido nos respectivos contratos de compra e venda. Operações Fora do Balanço Não possuímos quaisquer direitos ou obrigações que não estejam refletidos em nossas demonstrações financeiras. 71 Avaliação Qualitativa dos Riscos de Mercados Os recursos líquidos provenientes da Oferta serão inicialmente investidos em investimentos de renda fixa, tais como títulos do governo brasileiro e certificados de depósitos bancários de bancos de primeira linha. Assim, também iremos reconhecer receitas de tais investimentos. Os recursos serão gradativamente investidos em empreendimentos imobiliários. Estes investimentos estarão sujeitos a riscos relacionados às taxas de juros. Assumimos que estes investimentos renderão o equivalente ao rendimento da taxa SELIC, ou, aproximadamente, 13,0% ao ano antes de impostos. Nossas receitas serão, na medida em que desenvolvermos as nossas atividades, afetadas pelas mudanças nas taxas de juros devido ao impacto que essas alterações têm nas despesas de juros provenientes dos instrumentos de dívida com taxas variáveis, nos contratos de compra com taxas variáveis e nas receitas de juros geradas a partir dos saldos do nosso caixa e dos nossos investimentos. Na data desse Prospecto não possuíamos nenhum instrumento de derivativo contratado ou registrado em nosso balanço, ou tampouco tínhamos qualquer exposição direta e riscos cambiais ou associados ao preço de commodities. 72 VISÃO GERAL DO SETOR O Setor Imobiliário Brasileiro Em 1º de julho de 2006, o Brasil tinha uma população de, aproximadamente, 187 milhões de pessoas e o PIB de cerca de R$1,94 trilhões em 2005. As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, localizadas na região sudeste do país, são as duas maiores e mais densamente povoadas regiões no Brasil e, em 2005, respondiam, respectivamente, por 10,4% e 6,2% da população total e por 15,7% e 9,4% do PIB do país, respectivamente, em 2003. Regiões % de habitantes Norte .................................................................................................. Nordeste ............................................................................................. Sul ...................................................................................................... Centro-oeste ....................................................................................... Sudeste ............................................................................................... Estado de São Paulo (excluindo a região metropolitana de São Paulo) .. Região metropolitana de São Paulo ..................................................... Estado do Rio de Janeiro (excluindo a região do Grande Rio)................ Região do Grande Rio ......................................................................... Demais estados da região sudeste ....................................................... Total .................................................................................................. % do PIB 8,0 27,7 14,6 7,1 42,6 5,0 13,8 18,6 7,5 55,1 11,6 10,4 2,2 6,2 12,2 100 16,1 15,7 2,8 9,4 11,1 100 Fonte: IBGE. Os dados do PIB regional são de 2003. Os dados sobre a população regional relativos a 2005 são estimativas. Acreditamos que existam diversos fatores indicando um cenário favorável de crescimento para novos empreendimentos imobiliários residenciais no Brasil. Renda, consumo e gastos com o setor imobiliário estão ainda muito concentrados nas classes de renda mais elevadas, conforme demonstrado na tabela abaixo. Esperamos que a crescente disponibilidade de financiamento e as taxas menores de juros permitam que um número maior de famílias brasileiras, especialmente as que compõem o Segmento Residencial de Renda Média e o Segmento Residencial de Renda Baixa, aumentem seus gastos com o setor imobiliário e promovam elevada e demanda contínua por novas moradias. Renda mensal (em R$ Mil) Acima de 6,0................... Número de famílias (em Milhões) % do Total de famílias 2,5 % do Consumo % de gastos com o setor imobiliário 5,1 21,1 64,2 De 3,0 a 6,0 .................... 4,7 9,6 20,3 14,4 De 1,2 a 3,0 .................... 13,0 26,8 30,4 13,7 De 0,6 a 1,2 .................... 13,7 14,7 48,5 28,2 30,3 100 17,5 10,6 100 5,8 1,9 100 Abaixo de 0,6.................. Fonte: IBGE (2003). Demanda por Novas Moradias A combinação de fatores como o perfil jovem da população brasileira, o significativo déficit habitacional, o declínio no número de habitantes por moradia e a preferência sócio-cultural pela casa própria cria condições favoráveis para uma demanda favorável por novas Unidades residenciais no Brasil. 73 O Brasil tem uma população jovem e em crescimento. A população cresceu a uma taxa média anual de 1,6% entre 1991 e 2000, segundo o IBGE. Esse número ultrapassa as taxas de crescimento populacional nos maiores países da Europa Ocidental (Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Espanha), com média de 0,3% de 1990 a 2000, segundo o International Finance Corporation, e a taxa de crescimento populacional nos Estados Unidos, cuja média foi de 1,2% de 1990 a 2000, conforme divulgado pelo censo norte-americano (US Census Bureau). Em 2000, a população brasileira abaixo de 25 anos representava 49,7% da população brasileira total, segundo o IBGE, contra 35,4% nos Estados Unidos, segundo o US Census Bureau, e uma média de 28,9% nos maiores países da Europa Ocidental, acima citados, segundo o International Finance Corporation. Neste ritmo, o IBGE estima que em 2030 cerca de 36,1% da população brasileira terá entre 25 e 49 anos, um segmento da população que tradicionalmente apresenta alto potencial de aquisição de Unidades no setor imobiliário. Os gráficos abaixo demonstram o perfil etário da população brasileira em 2005 e o perfil etário projetado dessa população para 2030: Pirâmide Etária no Brasil - 2005 Pirâmide Etária no Brasil - 2030 Em milhões Em milhões Homens 80+ Mulheres Homens 80+ 75-79 75-79 70-74 70-74 65-69 65-69 60-64 60-64 55-59 55-59 50-54 50-54 45-49 45-49 40-44 40-44 35-39 35-39 30-34 30-34 25-29 25-29 20-24 20-24 15-19 15-19 10-14 10-14 5- 9 5- 9 0- 4 Mulheres 0- 4 10 8 6 4 2 - 2 4 6 8 10 10 Fonte: IBGE. 8 6 4 2 - 2 4 6 8 10 Fonte: IBGE. Em 2000, o déficit habitacional no Brasil era estimado em 7,2 milhões de Unidades, de acordo com um estudo realizado em 2005 pela Fundação João Pinheiro, instituto de pesquisas associado ao governo do Estado de Minas Gerais. O déficit é a soma do número estimado de famílias: a) que vivem em moradias de baixa qualidade, b) com novas exigências devido ao aumento do tamanho das famílias e c) atualmente sem moradia. A grande maioria do déficit habitacional concentra-se nas famílias que compõem o Segmento Residencial de Renda Média Baixa e o Segmento Residencial de Baixa Renda. Geograficamente, os centros urbanos da região sudeste, que incluem os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, contêm o maior índice de escassez habitacional urbana dentre as regiões. Déficit Habitacional por Região e por Zona de Localização 59% 60.0% 40% 40.0% 33% 20% 20.0% 10% 9% 10% 6% 8% 5% 0.0% Norte Nordeste Urban Sudeste Rural Fonte: Fundação João Pinheiro. 74 Sul Centro-Oeste Outra tendência positiva é o número decrescente de habitantes por moradia. De 1991 a 2000, o número de moradias aumentou 12,4 milhões, representando um índice de crescimento de 3,6%, comparado a um índice de crescimento populacional de 1,6% no período, de acordo com o IBGE. Quando analisados, os indicadores refletem uma redução no número médio de habitantes por moradia. Em 1970, o número médio de habitantes por moradia era de 5,3, enquanto em 2000 esse índice caiu para 3,8. A redução é causada principalmente pela diminuição no número médio de filhos por família e pelo aumento de moradias com um único habitante. Entre 1991 e 2000, a porcentagem de moradias com um único habitante subiu de 7,5% para 10,2% no total de moradias, segundo o IBGE. Por fim, a participação significativa da casa própria no número total de habitações aponta para uma preferência sócio-cultural pela casa própria no Brasil. Apesar das altas taxas de juros vigentes na década de 90, a casa própria, expressa em porcentagem do total de casas, subiu de 70,8% para 73,7% de 1993 a 2003, enquanto a casa alugada, expressa em porcentagem do total de casas, caiu de 15,3% para 15,0%, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, publicada pelo IBGE. Maior Disponibilidade de Crédito Dentre os fatores que historicamente têm impedido o Brasil de vivenciar um crescimento sustentável nos financiamentos em geral representados como percentual do PIB, estão as elevadas taxas de inflação e juros, e períodos de volatilidade econômica. Entretanto, mais recentemente, financiamentos representados como percentuais do PIB começaram a ter crescimento significativo, à medida que o governo brasileiro começou a controlar a inflação e a reduzir as taxas de juros, com a economia apresentando sinais de crescimento e estabilidade sustentáveis. De acordo com o BACEN, em 31 de dezembro de 2003, os financiamentos do Sistema Financeiro Nacional, ou SFN, representavam 25,8% do PIB, enquanto que em 31 de dezembro de 2006, o total de financiamentos do SFN foi equivalente a 34,3% do PIB. Esse aumento na disponibilidade de crédito está indicado no gráfico abaixo: SFN – Financiamento em Relação ao PIB 36.0% 34.0% 32.0% 30.0% 28.0% 26.0% 24.0% 22.0% jan-02 set-02 mai-03 jan-04 set-04 mai-05 jan-06 dez-06 Fonte: BACEN. Até recentemente, o volume de novas construções residenciais não apresentava crescimento significativo, particularmente nas regiões com população que compõem preponderantemente o Segmento Residencial de Baixa Renda. Apesar do PIB aumentar cerca de 2,2% ao ano e a população crescer, aproximadamente, 1,6% ao ano, ao longo dos últimos dez anos, havia falta de disponibilidade de crédito no setor de construção e para aquisição de imóveis residenciais. De acordo com dados do BACEN, os financiamentos para imóveis residenciais por meio do SFH apresentaram uma média de 50.000 Unidades por ano na década de 90, comparados a aproximadamente 500.000 Unidades por ano no início da década de 80. A escassez de crédito pode ser atribuída às altas taxas de juros, dificultando as condições do consumidor de arcar com o financiamento para aquisição de novos imóveis residenciais. Além disso, pela dificuldade de execução de direitos dos credores e, também, pelos altos retornos obtidos com outros tipos de investimentos, os bancos não tinham interesse em conceder crédito a compradores de moradias. 75 Em 2005, especialmente no segundo semestre, o financiamento para a construção de moradias começou a apresentar sinais de aquecimento. De acordo com a ABECIP, os financiamentos do setor imobiliário fomentados pelo SBPE aumentaram, aproximadamente, 62%, passando de R$3 bilhões em 2004 para R$4,8 bilhões em 2005, principalmente em razão das medidas impostas pelo BACEN que, fazendo cumprir a legislação vigente, determinou que os bancos direcionassem parte de seus recursos de contas de poupança a suas carteiras de crédito imobiliário e, também, em razão da nova regulamentação em benefício de credores. Para maiores informações, ver a Seção “– Alterações Regulatórias”. Como conseqüência, os financiamentos imobiliários tornaram-se mais interessantes para os bancos, a concorrência aumentou, as taxas de juros diminuíram, empréstimos com prazos mais longos foram disponibilizados e o montante financiado por Unidade aumentou. O aumento na disponibilidade de crédito imobiliário a incorporadoras e potenciais compradores de moradias continuou no decorrer de 2006. De acordo com a ABECIP, os financiamentos do setor imobiliário fomentados pelo SBPE aumentaram em 95,5% durante 2006 comparados ao mesmo período de 2005, atingindo um total de R$9,5 bilhões, ajudando a financiar 115.523 novas Unidades, representando um aumento de 89% em comparação às 61.121 Unidades financiadas durante 2005, segundo a ABECIP. A tabela abaixo apresenta o volume de financiamento para o setor imobiliário residencial fornecido pelo SBPE para cada ano, de 2000 a 2006. Ano 2000...................... 2001...................... 2002...................... 2003...................... 2004...................... 2005...................... 2006...................... Unidades Financiadas Diferença em Número de Relação ao ano anterior (em %) Unidades 36.355 35.768 28.902 36.446 53.787 61.121 115.523 3,5 (1,6) (19,2) 26,1 47,6 13,6 89,0 Volume Financiado Diferença em Volume Financiado Relação ao ano anterior (em %) (em R$ milhões) 1.916 1.870 1.768 2.217 3.000 4.852 9.486 16,0 (2,4) (5,4) 25,4 35,3 61,7 95,5 Fonte: Estimativas do BACEN e do ABECIP. A legislação brasileira prevê que pelo menos 65% dos depósitos em conta-poupança sejam utilizados para financiamento imobiliário e que no mínimo 80% do financiamento sejam destinados a empréstimos residenciais pelo SFH. Para facilitar a concessão de financiamentos, o SFH fixa limites máximos para taxas de juros e para o valor principal financiado. Tradicionalmente no Brasil, os bancos utilizam ativos não correlatos, como o FCVS (Fundo de Compensação de Variação Salarial) para cumprir a exigência, o que resulta na redução do montante real distribuído a financiamentos imobiliários. Mais recentemente, o BACEN começou a restringir a capacidade dos bancos de empregar tais ativos e também os próprios bancos passaram a se interessar mais pela área de empréstimos imobiliários devido à queda nas taxas de juros, mudanças regulatórias favoráveis e excesso de liquidez. De acordo com dados do BACEN, em 31 de dezembro de 2006, havia, aproximadamente, R$188,7 bilhões no sistema de poupança, dos quais apenas 32,9% foram aplicados em empréstimos imobiliários, significando que seria necessário um adicional de R$60,5 bilhões em investimentos para atingir o mínimo de 65%. Se as taxas continuarem em queda, esperamos que uma parte maior desses recursos seja gradualmente direcionada a empréstimos imobiliários. O volume de financiamentos imobiliários da CEF, segundo dados de referida instituição, apresentou crescente evolução, representando (i) R$4.639 milhões em 2003, (ii) R$5.462 milhões em 2004, (iii) 8.057 milhões em 2005 e (iv) R$14.179 milhões em 2006. Esse crescimento foi acompanhado pelo número de Unidades financiadas pela CEF, que atingiu (i) 289 mil em 2003; (ii) 340 mil em 2004; (iii) 380 mil em 2005 e (iv) 601 mil em 2006. 76 O diagrama a seguir mostra como é estruturado o financiamento para o setor imobiliário no Brasil. Para maiores informações, ver a Seção “— Regulamentação do Setor Imobiliário” para uma descrição das fontes de financiamento para o setor imobiliário. Clientes SFH (2) Clientes Financiamento a taxas não indexadas Clientes FGTS (3) Empregados Poupança Popular CEF (1) Bancos os ósit dep dos 65% 15% dos depósitos 20% dos dep ósit capital 82% do s depósitos) do (=52% Financiamento Imobiliário 20% do (=13% s recurso s dos d epósi tos) Compulsório Mantido no BACEN os A critério do banco Clientes (1) (2) (3) Caixa Econômica Federal. Sistema Financeiro da Habitação. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ou FGTS, dedução obrigatória de 8% na folha de pagamento de empregados. Apesar do recente aumento de financiamentos para o setor imobiliário, o nível de financiamento imobiliário em percentual do PIB no Brasil ainda é baixo quando comparado ao de alguns países. Por exemplo, o financiamento das 61.121 Unidades no Brasil em 2005 representou 0,3% do PIB, enquanto no México, as 561.500 Unidades financiadas em 2005 representaram 2,2% do PIB. O financiamento imobiliário no Brasil está amplamente concentrado nos estados da região sudeste, mais especificamente em São Paulo e Rio de Janeiro, conforme exposto no gráfico abaixo. Financiamento imobiliário por região 100% 75% 20% 28% 25% 6% 12% 5% 11% 3% 14% 53% 57% 57% 61% 2002 2003 2004 2005 29% 4% 15% 50% 25% 31% 6% 13% 50% 0% São Paulo Rio de Janeiro Sudeste (Outros) Outros Estados Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 77 2006 Taxas Decrescentes de Juros As taxas de juros afetam de forma considerável a atividade econômica, o consumo e os gastos pessoais, especificamente nos segmentos que dependem de disponibilidade de crédito, como o setor imobiliário. O ano de 2002 foi caracterizado por uma crise de confiança do investidor nos mercados internacionais e pelas incertezas em relação à economia dos Estados Unidos, o que afetou substancialmente o fluxo de recursos a países de mercado emergente como o Brasil. Além disso, a incerteza relacionada à política econômica do Brasil, particularmente nos meses que antecederam e sucederam a eleição presidencial em 2002, levou à desvalorização da moeda brasileira e ao aumento na inflação. A fim de reverter esse efeito, no início de 2003 o governo brasileiro adotou uma política monetária restritiva, com elevação das taxas de juros e redução do volume de crédito disponível. Em 2004, conforme as pressões inflacionárias cediam, o governo brasileiro reduziu as taxas de juros, o que ajudou a elevar o volume de crédito disponível no mercado. No final de 2005, a inflação já havia estabilizado e encerrou o ano a um nível significativamente abaixo do que o estimado pelo governo brasileiro. O governo brasileiro continuou a abrandar sua política monetária em 2006. Isso só foi possível devido a uma série de fatores macroeconômicos positivos, como o superávit fiscal primário, que aumentou de R$23,0 bilhões em 2000 para R$90,1 bilhões em 2006, e o saldo da balança comercial que, de um déficit de US$0,7 bilhão em 2000 alcançou um superávit de US$46,1 bilhões em 2006. Nesse mesmo ano, a taxa SELIC caiu, de 17,25% em janeiro para 13,25% em dezembro, de acordo com o consenso de mercado publicado semanalmente pelo BACEN, sendo que os participantes do mercado esperam outras reduções em 2007. Esses fatores também contribuíram para a melhoria do risco país, que está atualmente em um de seus níveis históricos mais baixos, conforme medido pelo Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+), calculado pelo JP Morgan Chase, diminuindo de 311 pontos em 31 de dezembro de 2005 para 192 pontos em 31 de dezembro de 2006. A tabela abaixo apresenta a evolução dos indicadores econômicos principais nos últimos cinco anos. Crescimento Real do PIB (%) ......................... Superávit Fiscal Primário (em R$ bilhões) ........ Superávit da Balança Comercial (em US$ bilhões) ........................................ Inflação (%): Geral (IGP-M) ................................................ (1) Materiais de Construção (INCC) ................... Taxa Referencial de Juros (SELIC) (%)............. Taxa de Câmbio ao encerramento do exercício (R$ por US$)............................ 2002 2003 2004 2005 2006 2,7 31,7 1,1 39,3 5,7 49,4 2,9 52,8 3,7 90,1 46,1 13,1 24,8 33,7 44,7 25,3 12,4 25,0 8,7 14,8 16,5 12,4 10,9 17,8 1,2 6,8 18,0 3,8 5,0 13,3 3,53 2,89 2,65 2,34 2,14 Fonte: BACEN. (1) INCC é o Índice Nacional de Custo de Construção, medido pela FGV. Espera-se que a queda na taxa de juros aumente o poder aquisitivo das classes de renda mais baixas. À medida que caírem as taxas de juros, as pessoas terão mais condições de pagar o valor mensal da prestação residencial e mais famílias poderão comprar a casa própria. Como ilustração, tem-se o seguinte exemplo: atualmente é possível contrair um financiamento imobiliário por 20 anos, à taxa anual de juros de 13,25%. Um apartamento residencial avaliado em R$200,0 mil , que exigiria parcelas mensais de R$2.273,34 (de acordo com o método conhecido como tabela price), o que equivale a 50,5% da renda mensal de uma família , cuja renda mensal seja de aproximadamente R$4.500,00. Supondo-se uma redução da taxa de juros para 10%, esse valor cairia para R$1.873,28 ou 41,6% da renda mensal da família. 78 Incorporação Imobiliária Residencial Grande Rio e Região Metropolitana de São Paulo A região do Grande Rio e a região metropolitana de São Paulo são as maiores e mais densamente povoadas regiões do Brasil. Segundo o IBGE, em 1º de julho de 2005 cerca de 11,4 milhões de pessoas habitavam o Grande Rio e 19,1 milhões de pessoas a região metropolitana de São Paulo. O Grande Rio possui 4.658 quilômetros quadrados, com uma densidade de 2.437 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto a região metropolitana de São Paulo abrange 8.051 quilômetros quadrados com uma densidade de 2.376 habitantes por quilômetro quadrado. Essas duas regiões respondem, respectivamente, por 6,2% e 10,4% do total da população brasileira. Brasil • PIB (2005): R$1,94 trilhões • População: 184,2 milhões • Renda per Capita (2003): R$8,7 mil • Area: 8,514,876.6 km² • Densidade populacional: 21.6 hab/km² Região da Grande Rio • 9.4% do PIB brasileiro • 6.2% da população brasileira • Renda per Capita (2003): R$12,9 mil • Área: 4,657.8 km² • Densidade populacional: 2,437.2 hab/km² Região Metropolitana de São Paulo • 15.7% do PIB brasileiro • 10.4% da população brasileira • Renda per Capita (2003): R$12,8 mil Área: 8,051 km² • Densidade populacional: 2,376.2 hab/km² Fonte: IBGE e BACEN – Brasil e Regiões Metropolitana. Dados de 2005 e 2003, respectivamente. A região do Grande Rio e a região metropolitana de São Paulo são, também, os principais centros econômicos do Brasil, concentrando o maior mercado imobiliário residencial do país. De acordo com o IBGE, em 2003, o PIB do Grande Rio era de R$146,8 bilhões, e o da região metropolitana de São Paulo atingia R$244,4 bilhões, representando, respectivamente, 9,4% e 15,7% do PIB total brasileiro. A disponibilização de informações estatísticas sobre o mercado imobiliário brasileiro é limitada. A tabela abaixo apresenta informações selecionadas referentes a 2005 sobre algumas das maiores cidades brasileiras no mercado imobiliário, demonstrando a dimensão ocupada pelo Rio de Janeiro e por São Paulo no mercado imobiliário brasileiro. Cidade Região metropolitana de São Paulo .................................................................. Grande Rio ....................................................................................................... Recife ............................................................................................................... Goiânia ............................................................................................................ Fortaleza .......................................................................................................... Belo Horizonte.................................................................................................. Porto Alegre ..................................................................................................... Maceió ............................................................................................................. Total................................................................................................................ Unidades Lançadas % do Total 33.748 8.832 2.720 2.387 1.421 1.298 1.087 813 52.306 64,5 16,9 5,2 4,6 2,7 2,5 2,1 1,6 100 Fontes: IBGE (PIB), EMBRAESP (região metropolitana de São Paulo), SECOVI, ADEMI-RJ, Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), ADEMI – GO, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) / Departamento de Economia (DECON) / Centro de Integração Empresa-Escola (CEE), Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD) / Universidade Federal do Estado de Minas Gerais (UFMG), Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON/RS), Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON/AL). 79 As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo têm suas características econômicas próprias. Por exemplo, as duas cidades podem ser subdivididas em várias regiões ou zonas por nível de renda, demanda habitacional por pessoas ou famílias, disponibilidade de terrenos e concorrência relacionada a oportunidades de empreendimentos imobiliários. No Rio de Janeiro, a renda é mais concentrada do que em São Paulo. Conseqüentemente, a demanda imobiliária em São Paulo é mais fragmentada em comparação ao Rio de Janeiro. Todavia, o mercado do Rio de Janeiro, com suas poucas incorporadoras imobiliárias de grande porte e número considerável de pequenas construtoras, ainda assim é considerado um mercado fragmentado. O gráfico abaixo ilustra a fragmentação desses dois mercados, comparando a participação no mercado das 10 maiores incorporadoras imobiliárias em cada uma dessas cidades com os Estados Unidos e o México. Concentração do Setor Imobiliário Parcela de Mercado dos Principais Incorporadores, por Unidades Lançadas em 2005 100% 80% 39% 60% 75% 77% 79% 7% 6% 16% 15% 19% Mexico 14% 40% 20% 47% 6% 0% Rio de Janeiro São Paulo USA 5 Principais Próximos 5 Outros Fonte: ADEMI-RJ, EMBRAESP, Builder Online Softec. A tabela abaixo apresenta dados sobre empreendimentos residenciais lançados de 2001 a 2005 no Grande Rio: 2001 Número de projetos .......................................... Número de Unidades......................................... 2 Preço por m (área útil): ..................................... Corrigido pela inflação (R$ por m2) (1) ................. 42 3.656 2.898 4.490 2002 56 4.517 2.639 3.263 2003 113 8.287 3.141 3.573 2004 91 7.162 3.276 3.315 2005 79 8.832 2.824 2.824 Fonte: ADEMI-RJ e FGV. (1) Ajustado pela IGP-M. A tabela abaixo apresenta dados sobre empreendimentos residenciais lançados de 2001 a 2005 na região metropolitana de São Paulo: 2001 Número de projetos .......................................... Número de Unidades......................................... 2 Preço por m (área útil): Corrigido pela inflação (R$ por m2)(1) .................. 421 32.748 975 1.511 Fonte: EMBRAESP e FGV. (1) Ajustado pela IGP-M. 80 2002 478 31.545 1.416 1.751 2003 533 34.938 1.254 1.427 2004 479 27.143 1.410 1.427 2005 431 33.748 1.586 1.586 Segundo os dados publicados pela ADEMI-RJ e pela EMBRAESP, 8.832 de Unidades imobiliárias foram lançadas no Grande Rio em 2005, enquanto no mesmo período 33.748 Unidades foram lançadas na região metropolitana de São Paulo. Ambas as regiões experimentaram um aumento no valor geral de vendas de 2000 a 2005. Em termos nominais, o preço por m2 na região metropolitana de São Paulo aumentou, enquanto que no Grande Rio, devido ao crescimento no número de lançamentos na Barra da Tijuca e, mais recentemente, na Zona Norte, onde os preços por m2 praticados são menores, o preço por m2 apresentou redução. Desenvolvimento Imobiliário no Grande Rio (excluindo-se a Cidade do Rio de Janeiro) O mercado imobiliário no Grande Rio (excluindo-se a cidade do Rio de Janeiro) é ainda relativamente pouco explorado. Houve um crescente interesse das incorporadoras na exploração desse mercado nos últimos anos em decorrência do potencial do setor imobiliário dado o número de consumidores que poderá ser inserido nesse mercado, caso persista a diminuição da taxa de juros. O PIB do Grande Rio (excluindo-se a cidade do Rio de Janeiro) é equivalente a 2,7% do PIB nacional, a renda per capita é, aproximadamente, 50% mais alta do que a média nacional, e a população é de, aproximadamente, 5,3 milhões de pessoas. A tabela abaixo traz dados estatísticos referentes à população, área e PIB relativos às cidades que formam o Grande Rio: Cidade Rio de Janeiro....................... Belford Roxo ........................ Duque de Caxias .................. Guapimirim .......................... Itaboraí ................................ Japeri ................................... Magé ................................... Mesquita.............................. Nilópolis ............................... Niterói.................................. Nova Iguaçu ......................... Paracambi ............................ Queimados........................... São Gonçalo......................... São João de Meriti................ Seropédica ........................... Tanguá ................................ Total ................................... População (milhares de habitantes) Área (km2) 6.094,2 480,7 842,9 44,1 215,9 94,2 232,3 182,5 151,0 474,0 830,9 43,0 136,5 960,8 464,3 75,0 29,5 11.351,9 1.182,0 79,8 464,6 360,8 424,2 82,8 385,7 34,8 19,2 129,4 523,9 179,4 76,9 249,1 34,8 283,8 146,6 4.657,8 Densidade (habitantes/km2) 5.155,8 6.024,5 1.814,3 122,3 508,9 1.137,7 602,2 5.250,1 7.879,3 3.664,0 1.586,0 239,8 1.774,7 3.856,6 13.327,4 264,4 201,1 2.437,2 PIB (em R$ bilhões) 104,8 2,7 15,6 0,3 0,9 0,4 1,0 1,0 0,8 5,7 4,7 0,2 0,8 5,2 2,3 0,3 0,1 146,8 A base de cada mercado imobiliário individual varia de acordo com a atividade econômica e a população de cada cidade. Algumas dessas cidades passaram, recentemente, a receber investimentos de incorporadoras imobiliárias que, por tradição, concentravam-se exclusivamente, na cidade do Rio de Janeiro, atraídas pelo potencial do setor imobiliário em um cenário de juros reduzidos. Um exemplo é Duque de Caxias, o sexto PIB mais alto do país e a maior área industrial do Grande Rio depois da cidade do Rio de Janeiro. Duque de Caxias está localizada a 17 km do centro da cidade do Rio de Janeiro, com fácil acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e às principais rodovias. Com uma população de, aproximadamente, 834 mil pessoas, Duque de Caxias possui o segundo índice mais alto de população empregada no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com os registros da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). As principais atividades econômicas são a indústria e o comércio. Um outro exemplo é São Gonçalo, a segunda cidade mais densamente povoada do Grande Rio, com população total de cerca de um milhão de pessoas. A cidade, que também fica bem próxima dos centros das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, está atualmente concentrando esforços para fomentar suas atividades industriais buscando retomar a posição de destaque que ocupou no passado. 81 Incorporação Imobiliária Comercial Rio de Janeiro Até o final da década de 60, o mercado de edifícios de escritórios do Rio de Janeiro ocupava a primeira posição nesse mercado brasileiro em termos de volume em metros quadrados. Desde essa época, o Rio de Janeiro perdeu sua posição de liderança para São Paulo, sendo agora o segundo mercado mais importante, com um volume total de 5,6 milhões m2 de área útil. A característica principal desse mercado é seu estoque extremamente velho, sendo que 52% dos espaços de escritório têm pelo menos 35 anos. O Rio de Janeiro está sujeito a limitações de renovação de estoque em razão da falta de terrenos desocupados na área central, das restrições de zoneamento nas regiões do Flamengo e Botafogo, e da incapacidade histórica das incorporadoras para obter financiamento para seus empreendimentos. Aproximadamente 74% do estoque do Rio de Janeiro estão concentrados na área central da cidade, principalmente devido à sua topografia. Apesar das dificuldades geográficas e das limitações impostas pelas regulamentações para o desenvolvimento de novos empreendimentos, o mercado de edifícios de escritórios do Rio de Janeiro 2 continua a crescer. De 2000 a 2006, a média anual de novos estoques foi de 49.200 m de área útil, um aumento de 34% em comparação à média anual da década de 90, que totalizava 36.700 m2 de área útil. De 2000 a 2006 a Barra da Tijuca tem sido a principal região a atrair novos empreendimentos, onde estão concentrados 52% do volume de novos empreendimentos. A tabela abaixo traz informações sobre novos projetos comerciais no Grande Rio: Ano 2001.................. 2002.................. 2003.................. 2004.................. 2005.................. Novos Projetos Comerciais 1 2 6 5 2 Novos Projetos Comerciais (Unidades) Preço Médio de Venda (R$ por m²) Preço Médio de Venda (US$ por m²) 408 81 451 1.414 298 5.309 1.295 3.484 3.396 2.776 2.288 365 1.205 1.276 1.275 Fonte: ADEMI-RJ. Historicamente, o mercado de edifícios de escritório do Rio de Janeiro tem sofrido impactos mais significativos em razão das oscilações de demanda e oferta. Nos últimos anos, devido ao aumento nas atividades comerciais e industriais, houve uma recuperação expressiva na demanda por espaços de escritórios no Rio de Janeiro. Após a abertura do mercado de petróleo para novas companhias e a privatização de algumas companhias de telecomunicações e energia, a demanda por espaços de escritórios aumentou, uma vez que várias dessas companhias decidiram manter suas atividades na região e, em alguns casos, expandi-las. Como resultado, houve uma redução na disponibilidade de estoque de Unidades à venda, conforme demonstrado no gráfico abaixo. 82 Taxa de ocupação do segmento comercial do Rio de Janeiro Por segmento comercial 120% 120% 114% m2 Area útil 110% 104% 100% 103% 105% 103% 100% 100% 102% 101% 99% 98% 2002 2003 90% 80% 2000 Alto Padrão 2001 2004 2005 Outros Fonte: ADEMI. A absorção total no Rio de Janeiro em 2005 foi de 218.000 m2de área útil, representando uma diminuição em volume de 14% quando comparados aos 247.000 m2 de área útil absorvidos em 2004, o maior aumento em volume de 2000 a 2006. A absorção total da cidade do Rio de Janeiro em 2005 foi também levemente superior à média dos seis anos anteriores, que foi de 209.000 m2 de área útil. São Paulo Inicialmente concentrado na região central da cidade de São Paulo, o mercado de edifícios de escritórios expandiu para a região sudoeste da cidade onde se estabeleceram as três principais regiões de escritórios (conhecidas como Paulista, Jardins e Marginal Pinheiros). Além dessas regiões principais, esse mercado está também se expandindo para outras regiões que, coletivamente, representam uma parte significativa do estoque de Unidades da cidade. Atualmente, o mercado de edifícios de escritórios de São Paulo é composto por 9.955.000 m2 de área útil, aproximadamente 70% dos quais estão localizados nas três principais regiões, Paulista, Jardins e Marginal Pinheiros. Desde 2000, o aumento médio anual foi de 192.000 m2 de área útil, um acréscimo de 32% em comparação ao aumento médio anual na década de 90, que foi de 145.000 m2 de área útil. Havia 92.400 m2 de nova área útil em São Paulo em 2005, representando um declínio de 56% em comparação a 2004. Entretanto, a porcentagem de edifícios de alto padrão aumentou de 46% em 2004 para 63% em 2005. Esse aumento indica que os novos empreendimentos têm um nível de qualidade mais elevado. O estoque total de edifícios de alto de padrão é de 1.470.000 m2 de área útil, representando 15% do total do estoque da Cidade de São Paulo. A tabela abaixo traz informações sobre novos projetos comerciais na região metropolitana de São Paulo. Ano 2005................ 2004................ 2003................ 2002................ 2001................ Novos Projetos Comerciais Novos Projetos Comerciais (Unidades) 10 14 15 22 20 1.517 1.731 1.044 1.766 1.725 Preço Médio de Venda Preço Médio de (R$ por m²) Venda (US$ por m²) 4.768 4.379 5.846 5.227 5.739 Fonte: EMBRAESP. 83 1.959 1.498 1.902 1.786 2.440 O volume absorvido por edifícios de alto padrão aumentou a cada ano, e mais importante ainda, ocasionou crescimento efetivo de ocupação. Comparando-se o crescimento da ocupação no mercado de alto padrão a outros mercados no decorrer dos últimos seis anos, o mercado de alto padrão aumentou 32%, enquanto os outros mercados combinados aumentaram apenas 2%, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Taxa de ocupação do segmento comercial de São Paulo Por segmento comercial 140% m2 Area útil 132% 121% 120% 100% 115% 100% 100% 104% 101% 102% 100% 99% 2001 2002 100% 102% 80% 2000 Alt o Padrão 2003 2004 2005 Outros Fonte: CBRE. A absorção total em 2005 foi de 560.000 m2 de área útil, representando uma redução de 5,3% em volume comparado a 2004. Apesar dessa redução, São Paulo registrou um volume de aproximadamente 600.000 m2 de área útil pelo terceiro ano consecutivo. Shopping Centers As informações abaixo se aplicam a Shopping Centers que tenham, no mínimo 5.000 m2 de Área Bruta Locável, pois aqueles com áreas menores são mais semelhantes ao mercado de lojas de rua, não possuindo praça de alimentação, área de lazer, estacionamento e outras comodidades que os diferenciam das antigas galerias dos centros urbanos. O mercado de Shopping Centers no Brasil se desenvolveu rapidamente nos últimos 20 anos. Embora a maior parte das grandes cidades já possua Shopping Centers e o volume de novos empreendimentos em Shopping Centers tenha diminuído nos últimos cinco anos, ainda existe demanda para esse tipo de negócio. Dentre os fatores que mais atraem os consumidores estão a concentração de lojas e serviços diversificados em um único local, a disponibilidade de estacionamento, o controle da temperatura e o sentimento geral de segurança. Locatários de alta qualidade, contratos de longo prazo, potencial para crescimento constante de receita e baixos custos administrativos são os maiores benefícios do ponto de vista do incorporador. Shopping Centers representam um investimento interessante a incorporadores porque o empreendimento é administrado por companhias especializadas, os lucros líquidos são distribuídos mensalmente e praticamente todas as despesas são pagas pelo próprio empreendimento. Necessita-se, portanto, de limitado know-how por parte dos próprios incorporadores. O primeiro Shopping Center brasileiro foi inaugurado em 1966 (Shopping Center Iguatemi, em São Paulo), e quatro anos mais tarde o segundo empreendimento do mesmo tipo foi aberto na capital do país, o Conjunto Nacional Brasília. O número de Shopping Centers no Brasil permaneceu estável até a década de 80, e a partir daí o número dobrou a cada cinco anos. Na década de 90 o índice de crescimento de Shopping Centers começou a diminuir. 84 O gráfico abaixo traz informações sobre a evolução do segmento de Shopping Centers no Brasil, bem como sobre a Área Bruta Locável disponível. Evolução da Indústria de Shopping Center Números de Shopping Centers 350 315 300 230 250 263 252 254 257 240 200 147 150 90 100 50 2 1 8 16 34 0 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: Abrasce. Evolução da Área Bruta Locável Em Milhares de m2 10,000 8,637 8,000 6,000 5,100 5,200 2000 2001 5,500 5,600 2002 2003 6,200 6,349 2004 2005 4,000 2,000 0 2006 Ao final de 2006, havia no Brasil cerca de 8,6 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável, distribuídos em 315 Shopping Centers, aproximadamente 60% dos quais localizados na região sudeste do país. A tabela abaixo apresenta a distribuição dos Shopping Centers por região em 31 de dezembro de 2005. Região Norte .................... Nordeste ............... Centro-Oeste......... Sudeste ................. Sul ........................ Brasil.................... Distribuição de Shopping Centers por Região Número de ABL Shopping Centers (‘000 m2) % % 3 36 18 160 46 263 1,1% 13,7% 6,8% 60,8% 17,5% 100% 97 875 446 4.136 795 6.349 85 1,5% 13,8% 7,0% 65,1% 12,5% 100% Número de Lojas 612 5.835 2.928 26.911 6.077 42.363 % 1,4% 13,8% 6,9% 63,5% 14,3% 100% Segundo informações prestadas pela ABRASCE, Associação Brasileira de Shopping Centers, que conta atualmente com 315 Shopping Centers associados. Podemos verificar o aumento na receita bruta do setor e o tráfego anual de clientes no gráfico abaixo. Movimentação e Tráfego no Setor de Shopping Centers Em bilhões deR$ Milhões de pessoas/mês 60 175.0 185.0 181.0 200 160.0 40 125.0 23.0 135.0 25.3 36.6 40.0 150 31.6 27.9 100 20 50 0 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Abrasce. Alterações Regulatórias de Estímulo ao Setor Imobiliário Incentivar o crescimento da construção civil no Brasil está entre as prioridades do atual governo, dando a este setor a capacidade de absorver mão-de-obra e assim reduzir o desemprego de maneira relativamente rápida. Assim, o governo brasileiro adotou várias políticas que, em nossa opinião, irão fortalecer a demanda imobiliária, incluindo: • estimular o financiamento hipotecário reduzindo os juros pagos pelo Banco Central aos bancos sobre depósitos não utilizados para financiamento imobiliário pelo SFH; • aumentar a disponibilidade de financiamento exigindo que pelo menos 65% dos depósitos em contas de poupança sejam utilizados para financiamento imobiliário, sendo no mínimo 80% para financiamento à aquisição da casa própria pelo SFH; • simplificar a execução das leis de reintegração de posse de bens imóveis em caso de inadimplência; • conceder isenção de impostos sobre o lucro com venda de propriedade residencial quando outra propriedade residencial de valor mais alto seja comprada dentro de 180 dias; • diminuir o IPI sobre certos insumos e materiais de construção; • fomentar novos instrumentos para permitir a securitização de recebíveis imobiliários através da isenção de imposto de renda sobre ganhos; • aumentar a segurança de empreendedores através da disponibilização de garantias sobre propriedade; • aumentar a segurança dos compradores permitindo a segregação dos ativos do empreendedor dos ativos do empreendimento; e • exigir o pagamento do principal de uma hipoteca mesmo quando a hipoteca for contestada judicialmente. 86 Adicionalmente, o Governo Federal anunciou, em 12 de setembro de 2006, um pacote de medidas para estimular o setor da construção civil. A principal novidade do pacote é a flexibilização do uso da TR nos financiamentos, introduzida pela Medida Provisória n.º 321, de 12 de setembro de 2006, convertida na Lei n.º 11.434, de 28 de dezembro de 2006, permitindo a utilização de taxas de juros prefixadas no SFH. Além disso, o Decreto n.º 5.892, de 12 de setembro de 2006, que altera o Decreto n.º 4.840, de 17 de setembro de 2003, permite a utilização de parcelas variáveis no crédito consignado para a habitação. A CEF passou a oferecer um bilhão de reais em crédito às incorporadoras, financiando até 85% do custo total da obra (os bancos financiavam apenas 50% no passado). Ademais, o Governo Federal incluiu novos produtos destinados à construção civil na lista de desoneração, cujas alíquotas caíram de 10,0% para 5,0%. Assim, com base na Lei n.º 11.434/06, podemos ampliar nossas linhas de crédito junto às instituições financeiras para aquisição de terrenos e incorporação de novos empreendimentos, bem como oferecer condições de financiamentos a clientes. 87 REGULAMENTAÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO Regulamentação Relativa à Atividade Imobiliária A atual regulamentação imobiliária versa, dentre outros, sobre a atividade de incorporação imobiliária, restrições de zoneamento e questões ambientais. O Estatuto da Cidade estabelece diretrizes da política urbana, regulamentando os artigos 182 e 183 da Constituição Federal. A atividade de incorporação imobiliária é disciplinada pela Lei de Condomínio e Incorporação e o Código Civil, por sua vez, dispõe sobre a propriedade de bens imóveis. De forma a conferir maior segurança às transações imobiliárias, o Código Civil, via de regra, exige que a alienação de bens imóveis, bem como a constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis, observem a forma de escritura pública, exceto nos casos de operação envolvendo o SFI e o SFH, dentre outros previstos em lei. Cada uma destas transações deve, ainda, ser registrada no Cartório do Registro de Imóveis competente. Incorporação Imobiliária A atividade de incorporação imobiliária, disciplinada pela Lei de Condomínio e Incorporação, é definida como a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades autônomas. As principais obrigações do incorporador são: (1) obter todas as aprovações e autorizações das autoridades competentes necessárias à implementação do empreendimento; (2) registrar a incorporação no Cartório de Registro de Imóveis, sem o que não poderá negociar as unidades autônomas; (3) indicar nos documentos preliminares o prazo para a desistência do incorporador da realização do empreendimento; (4) indicar em todos os anúncios publicitários e nos contratos celebrados com os adquirentes das unidades o número de registro da incorporação; (5) providenciar a construção do edifício, de acordo com prazo contratual e conforme os projetos aprovados pelas autoridades competentes; (6) entregar ao adquirente as Unidades concluídas, de acordo com as especificações contratuais, e transferir ao adquirente a propriedade da unidade vendida, assinando a escritura definitiva de venda; e (7) providenciar a averbação da construção e o registro da convenção do condomínio no Cartório de Registro de Imóveis competente. A construção de um empreendimento pode ser contratada e paga tanto pelo incorporador como pelos adquirentes finais das Unidades. A Lei de Condomínio e Incorporação estabelece dois regimes de construção dos edifícios objeto de incorporação: construção por empreitada e construção por administração. A construção sob regime de empreitada pode ser realizada tanto a preço fixo, determinado antes do início da construção, quanto a preço reajustável, ajustado por índices previamente determinados pelas partes contratantes. Na construção por administração não há um preço previamente determinado para a construção, mas apenas uma estimativa. Os adquirentes das Unidades em construção são responsáveis pelo pagamento do custo integral da obra, sob a forma de rateio dos gastos mensais incorridos pelo incorporador ou pelo construtor. 88 Patrimônio de Afetação De acordo com os artigos 31-A a 31-F da Lei de Condomínio e Incorporação, os incorporadores podem optar por submeter um determinado empreendimento ao regime de patrimônio de afetação, a fim de sujeitar a incorporação a um regime especial tributário. De acordo com o mencionado regime, o terreno, as obras que nele se fizerem, os aportes financeiros e os demais bens e direitos relativo a ele vinculados são apartados do patrimônio geral do incorporador, destinando-se à consecução daquela incorporação e à entrega das unidades autônomas aos adquirentes. Dessa forma, o patrimônio afetado não se comunica com os demais bens, direitos e obrigações do patrimônio geral do incorporador, incluindo outros patrimônios de afetação anteriormente instituídos pelo incorporador. O patrimônio de afetação somente responderá por dívidas e obrigações relacionadas à respectiva incorporação, de modo que mesmo que o incorporador venha a falir ou tornar-se insolvente a obra em andamento não será afetada. No caso de falência ou insolvência do incorporador, será instituído um condomínio da construção para deliberar sobre a continuidade das obras ou liquidação do patrimônio de afetação, mediante resolução dos compradores das Unidades ou por decisão judicial. Decidimos não utilizar esse regime de tributação para nossos empreendimentos imobiliários. Optamos por utilizar as SPEs para a execução de cada incorporação imobiliária. Acreditamos que as SPEs facilitam a negociação dos empréstimos com as instituições financeiras uma vez que segregam o risco de crédito para o financiador e apresentam uma estrutura mais eficiente e transparente para as partes. Alienação Fiduciária A Lei n.º 9.514 instituiu a alienação fiduciária sobre imóveis com a finalidade de conferir maior agilidade e segurança ao financiamento imobiliário em geral. Com o mecanismo da alienação fiduciária, o credor detém a propriedade resolúvel (não definitiva) do bem imóvel dado em garantia pelo devedor com a finalidade de assegurar o cumprimento da obrigação principal pelo devedor. De acordo com a Lei n.º 9.514, mediante o pagamento integral da dívida ao credor, fica extinta a alienação fiduciária e o devedor passa a deter a propriedade plena do imóvel. Por outro lado, vencida e não paga a dívida, a propriedade consolida-se em favor do credor. Sistema Financeiro Imobiliário O SFI foi criado pela Lei n.º 9.514 de 20 de novembro de 1997, com as alterações introduzidas pela Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, que dispõe sobre a concessão, aquisição e securitização dos créditos imobiliários. O sistema busca fomentar os mercados primário (concessão de crédito) e secundário (negociação de títulos lastreados por recebíveis) para o financiamento imobiliário por meio da criação de condições de remuneração vantajosas e instrumentos especiais para a proteção dos direitos dos credores. O sistema SFI inclui transações de financiamento imobiliário realizadas por caixas econômicas, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos com carteira de crédito imobiliário, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecárias e outras entidades que vierem a ser habilitadas pelo CMN. As operações de comercialização de imóveis, com pagamentos parcelados, arrendamento mercantil de imóveis e de financiamento imobiliário em geral poderão ser pactuadas com instituições não-financeiras nas mesmas condições permitidas para as entidades autorizadas a operar no SFI. Nesse caso, as entidades não-financeiras ficam autorizadas a aplicar juros capitalizados e superiores a 12% ao ano. Os tipos de garantias a seguir são aplicáveis aos empréstimos concedidos pelo SFI: (1) hipoteca; (2) cessão fiduciária de direitos creditórios decorrentes de contratos de venda ou promessa de venda de imóveis e (3) alienação fiduciária de bem imóvel. 89 A Lei n.º 9.514 também modificou as securitizações de ativos imobiliários, tornando a estrutura mais acessível e atraente. A securitização de créditos no contexto do SFI é feita por meio de empresas de securitização imobiliária, instituições não-financeiras cujo objetivo é adquirir e securitizar os créditos imobiliários. Os recursos levantados pelas empresas de securitização são realizados por meio da emissão de títulos de dívida, incluindo os Certificados de Recebíveis Imobiliários, ou CRIs. De acordo com a legislação aplicável, os CRIs são valores mobiliários emitidos exclusivamente por companhias de securitização e lastreados por créditos imobiliários. Legislação Municipal de São Paulo A Lei de Zoneamento do Município de São Paulo dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo, estabelecendo requisitos urbanísticos e técnicos para o parcelamento do solo e condicionando os projetos de loteamento e desmembramento à prévia aprovação da prefeitura. Além disso, tal lei descreve as categorias de uso admitidas e suas respectivas características, dividindo o território de São Paulo em zonas de uso com localização, limites e perímetros especificados na própria lei municipal. A Lei de Zoneamento prevê multas e sanções aos infratores das disposições nela contidas. Atualmente, encontra-se em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, o Projeto de Lei n.º 244/2005, cujo objeto é a correção de determinadas disposições da Lei de Zoneamento. A Lei Municipal n.º 13.430, de 13 de setembro de 2002, aprovou o Plano Diretor e instituiu o Sistema de Planejamento do Município de São Paulo, sendo regulamentada por diversos decretos municipais. O Plano Diretor constitui instrumento orientador dos processos de transformação do espaço urbano e de sua estrutura territorial, servindo de referência para a ação de todos os agentes públicos e privados que atuam no Município de São Paulo. Nesse sentido, estabelece os objetivos estratégicos e diretrizes gerais da estrutura urbana, os objetivos e diretrizes por áreas diferenciadas de planejamento e os instrumentos para a sua implantação. Além do Plano Diretor estratégico, o processo de planejamento municipal é disciplinado pelos artigos 182 e 183 da Constituição Federal e pelo Estatuto da Cidade. A Lei n.º 11.228, de 25 de junho de 1992, aprovou o Código de Obras e Edificações, regulamentada pelo Decreto Municipal n.º 32.329, de 23 de setembro de 1992, que disciplina os procedimentos administrativos e executivos, dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações, dentro dos imóveis, no Município de São Paulo, bem como prevê as sanções e multas cabíveis em caso de desobediência a tais regras. Município do Rio de Janeiro O Decreto nº 322, de 3 de março de 1976, do Município do Rio de Janeiro, e o Decreto “E” nº 3.800, de 20 de abril de 1970, do então Estado da Guanabara, instituíram conjuntamente o Regulamento de Zoneamento, o Regulamento de Parcelamento da Terra e o Regulamento de Construções e Edificações. Os referidos regulamentos disciplinam o uso do solo da cidade, tratando do zoneamento urbano, da utilização de áreas, do desenvolvimento de atividades e dos tipos e condições de edificações em relação a cada zona por estes estabelecidas. A Lei Complementar nº 16, de 4 de junho de 1992, aprovou o Plano Diretor Decenal do Município do Rio de Janeiro. O Plano Diretor Decenal estabelece as normas e procedimentos relativos à política urbana do Município do Rio de Janeiro, fixa as diretrizes, prevê instrumentos para a sua execução e define políticas setoriais e seus programas, buscando o pleno atendimento das funções sociais da cidade. Legislação Ambiental Nossas atividades estão sujeitas a legislação ambiental brasileira nas esferas federal, estadual e municipal. O cumprimento desta legislação é fiscalizado por órgãos e agências governamentais, que podem impor sanções administrativas contra a Companhia por eventual inobservância dessas legislações. 90 Responsabilização Ambiental A legislação ambiental brasileira prevê a imposição de sanções penais e administrativas a pessoas físicas e jurídicas que praticarem condutas caracterizadas como crime ou infração ambiental, independentemente da obrigação de reparar os danos ambientais causados. Apesar de nunca termos sofrido sanções ambientais que pudessem impactar de maneira relevante nossos negócios, as sanções que podem vir a nos ser impostas pela prática de eventuais crimes e infrações ambientais incluem, dentre outras: • a imposição de multas que, no âmbito administrativo, podem alcançar até R$50,0 milhões de acordo com a capacidade econômica e os antecedentes da pessoa infratora, bem como com a gravidade dos fatos e antecedentes, as quais podem ser aplicadas em dobro ou no triplo em caso de reincidência; • a suspensão ou interdição de atividades do respectivo empreendimento; e • a perda de benefícios, tais como suspensão de financiamentos e não habilitação para licitações públicas, e incentivos fiscais. Na esfera civil, os danos ambientais implicam responsabilidade solidária e objetiva, direta e indireta. Isso significa que a obrigação de reparar a degradação causada poderá afetar a todos os, direta ou indiretamente envolvidos, independentemente da comprovação de culpa dos agentes. Como conseqüência, a contratação de terceiros para proceder a qualquer intervenção em nossos empreendimentos, incluindo, por exemplo, a supressão de vegetação, o tratamento e a destinação final de resíduos sólidos e a realização de terraplanagens, não exime a nossa responsabilidade por eventuais danos ambientais causados pela contratada. Adicionalmente, a legislação ambiental prevê a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, relativamente ao controlador, sempre que esta for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. Licenciamento Ambiental A legislação ambiental brasileira determina que a instalação de empreendimentos que, de qualquer forma, causem, ou possam causar, degradação do meio ambiente está condicionada ao prévio licenciamento ambiental. Esse procedimento é necessário tanto para as fases de instalação inicial do empreendimento, quanto para as ampliações nele procedidas, sendo que as licenças emitidas precisam ser renovadas periodicamente. O processo de licenciamento ambiental compreende, basicamente, a emissão de três licenças, todas com prazos determinados de validade: licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Cada uma destas licenças é emitida conforme a fase em que se encontra a implantação do empreendimento e a manutenção de sua validade depende do cumprimento das condicionantes que forem estabelecidas pelo órgão ambiental licenciador. Quando obrigatória, a ausência de licença ambiental, independentemente de a atividade estar ou não causando danos efetivos ao meio ambiente, consiste em crime ambiental, além de sujeitar o infrator a penalidades administrativas, tais como multas de até R$10 milhões e a interdição da atividade de construção do empreendimento cuja licença não foi obtida. No processo de licenciamento dos empreendimentos e com significativo impacto ambiental que foram instalados a partir de julho de 2000, necessária, a título de compensação ambiental, a destinação de pelo menos 0,5% do custo total previsto para a implantação do empreendimento para a implantação e manutenção de uma unidade de conservação, nos moldes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. As demoras ou indeferimentos, por parte dos órgãos ambientais licenciadores, na emissão ou renovação dessas licenças, assim como a eventual impossibilidade de atender às exigências estabelecidas por órgãos ambientais no curso do processo de licenciamento ambiental, poderão prejudicar, ou mesmo impedir, conforme o caso, a instalação e a manutenção desses empreendimentos. 91 Regulamentação Relativa a Shopping Centers Geral Os Shopping Centers podem ser constituídos mediante (i) incorporação imobiliária, com a instituição de um condomínio edilício, conforme previsto na Lei de Condomínio e Incorporação e no Código Civil, adquirindo as lojas características de Unidades autônomas; ou (ii) pelo estabelecimento de instrumento de normas gerais que regulem a utilização do imóvel que permanece como um todo indiviso denominado “condomínio pro-indiviso”. No Brasil, não há lei específica que regule a atividade de Shopping Center, motivo pelo qual a organização e a regulamentação do convívio entre os empreendedores são feitas, principalmente, por meio dos seguintes instrumentos principais: • a convenção de condomínio, no caso de constituição sob a forma de incorporação; • escritura de normas gerais, também denominada convenção de condomínio pro-indiviso; • as normas gerais ou normas complementares aos contratos de locação, que podem integrar a convenção de condomínios, no caso de constituição por incorporação, ou serem reguladas por instrumento autônomo; • os contratos de locação com os lojistas do empreendimento; • regimento interno; • estatutos da associação de lojistas; e • o contrato com a administradora do Shopping Center. Condomínio No Brasil, os Shopping Centers de maior relevância no mercado são geralmente constituídos por meio de condomínios edilícios. A diferença essencial entre condomínios pro-indiviso e condomínios edilícios reside no fato de que, nos condomínios edilícios, as edificações construídas sob a forma de Unidades isoladas podem ser alienadas pelo empreendedor, no todo ou em parte, sem qualquer anuência ou concordância dos demais titulares das outras Unidades autônomas. É importante destacar que as modalidades de condomínio edilício e condomínio civil podem coexistir, ou seja, é comum que em um Shopping Center constituído sob a forma de condomínio edilício, em que cada loja consiste em um imóvel independente, cada uma dessas lojas possua dois ou mais proprietários (condomínio civil). Os condomínios civis são regulamentados pelos artigos 1.314 e seguintes do Código Civil e, subsidiariamente, pela Lei de Incorporação. Dentre os dispositivos aplicáveis aos condomínios, destacam-se os seguintes: • cada condômino poderá alienar a sua parte, respeitado o direito de preferência dos demais; • independentemente da anuência dos demais, poderá o condômino dar em hipoteca sua parte ideal; • o condômino poderá, a qualquer tempo, exigir a divisão da coisa. No entanto, os condôminos poderão acordar que a coisa fique indivisa por até 5 anos, podendo ser prorrogado; contudo, por razões graves, poderá o interessado requerer judicialmente a divisão antes do prazo; • cada condômino tem o direito de perceber os frutos e rendimentos auferidos pela coisa comum na proporção de sua participação; e • cada condômino tem o dever de participar das despesas da coisa comum na proporção de sua participação, ainda que tais despesas sejam contraídas por apenas um dos condôminos, se feitas em proveito da coisa comum, todos dela deverão participar. 92 Quando o Shopping Center for constituído sob a forma de incorporação, será regulado pela Lei de Condomínio e Incorporação e pelos artigos 1.331 e seguintes do Código Civil. Nesse caso, se o Código Civil, a Lei de Condomínios e Incorporação ou a convenção de condomínio não determinarem quorum superior, as deliberações condominiais dos Shopping Centers serão aprovadas pelo voto da maioria absoluta dos condôminos, sendo que o valor do voto de cada condômino é calculado proporcionalmente à fração ideal da respectiva loja/unidade autônoma. Todavia, sem prejuízo das disposições condominiais, o Código Civil, em seus artigos 1.331 e seguintes, especifica expressamente os seguintes quoruns para aprovação de deliberações: • maioria dos condôminos para a realização de obras úteis; • 2/3 dos condôminos para: (a) a realização de obras voluptuárias; (b) a realização de obras em partes comuns em acréscimo às já existentes; e (c) a alteração da convenção ou do regimento interno do condomínio; e • unanimidade dos condôminos para: (a) a realização de construção de outro pavimento ou, no solo comum, de outro edifício; e (b) a mudança da destinação do edifício ou da unidade imobiliária. Vale ressaltar que o condômino, proprietário de uma loja/unidade autônoma, não é obrigado a oferecer direito de preferência aos demais condôminos. Existem, também, Shopping Centers em que as figuras do condomínio edilício e do condomínio pró-indiviso coexistem, hipótese em que as regras acima são aplicáveis simultaneamente. Escritura de Normas Gerais A escritura de normas gerais é um instrumento público ou particular que regula a organização e o funcionamento do Shopping Center. Este instrumento pode ser denominado, entre outros, como: Escritura de Normas Complementares ao Contrato de Locação ou Escritura de Normas Gerais Reguladoras do Funcionamento e das Locações do Shopping Center. Dentre as principais disposições contidas na escritura de normas gerais, pode-se mencionar: • fiscalização, pelo locador, do faturamento do locatário, com a finalidade de verificar o pagamento correto do aluguel; • horário de funcionamento das lojas; • realização de promoções e liquidações; • proibição da abertura de outra loja em um determinado raio de distância ou em outros Shopping Centers (cláusula de raio); • vedação ao locatário a alteração do seu ramo de comércio, visando à manutenção do tenant mix; • aprovação do projeto e layout da loja, bem como seu prazo de execução; e • penalidades para descumprimento das obrigações do locatário. Na hipótese de constituição de Shopping Center por meio do regime de incorporação, as regras do instrumento de normas gerais podem estar contidas na respectiva convenção de condomínios, para que sejam válidas e eficazes perante os condôminos. O objeto da escritura de normas gerais é traçar as diretrizes para os contratos de locação celebrados entre os empreendedores e os lojistas, inclusive seus direitos e deveres no funcionamento do Shopping Center, bem como estipular as regras gerais a todos os que participam, direta ou indiretamente, do empreendimento, incluindo os lojistas, empreendedor e terceiros contratados. 93 Os lojistas obrigam-se perante o instrumento de normas gerais no momento da assinatura do contrato de locação, assumindo desde então o compromisso de cumprir com seus termos e condições. Convenção de Condomínio A relação entre os co-proprietários nos condomínios civis é definida em lei. Entretanto, podem os co-proprietários celebrar contratos que regulamentem os direitos e as obrigações dos interessados em relação à propriedade comum. Este acordo de co-proprietários também é costumeiramente chamado de convenção de condomínio, que não se confunde com a convenção de condomínio prevista em lei para os casos de condomínio edilício. Nos condomínios civis em shopping centers, o acordo de co-proprietários disciplina, entre outros aspectos, os seguintes: (i) regras de uso e administração da propriedade em comum; (ii) funções da administradora; (iii) responsabilidades relativas à locação da propriedade em comum; (iv) gestão e distribuição das receitas; (v) gestão do mix de lojas; e (vi) direito de preferência do locatário. Contratos de Locação em Shopping Center As locações em Shopping Center são regidas pela Lei de Locação. De acordo com a Lei de Locação, o locatário tem direito à renovação compulsória do contrato de locação, desde que preenchidos os seguintes requisitos: (i) o contrato seja escrito e com prazo determinado de vigência igual ou superior a cinco anos (ou os contratos de locação anteriores tenham sido de vigência ininterrupta e, em conjunto, resultem em um prazo igual ou superior a cinco anos); (ii) o locatário deve ter explorado seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos; (iii) o aluguel proposto deve estar de acordo com o valor de mercado; e (iv) a ação deve ser proposta no período de, no máximo, um ano, até, no mínimo, seis meses anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor. A Lei de Locação prevê, ainda, o direito do locador e do locatário de proporem ação revisional do aluguel, a fim de adequar o aluguel vigente ao valor de mercado, sendo que para que tal direito seja aplicável, a ação deve ser proposta após três anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado que adequou o aluguel ao valor de mercado. Ademais, fica assegurado ao locatário, em igualdade de condições com terceiros, direito de preferência para aquisição do imóvel em caso de alienação deste, sendo que o direito de preferência entre condôminos se sobrepõe ao direito de preferência estabelecido na Lei de Locação. No que se refere às peculiaridades de contratos de locação de Shopping Centers, podem ser mencionadas as cláusulas de dupla fixação de aluguel, o 13º aluguel, a impossibilidade de alteração do ramo do comércio, as limitações à cessão da locação e a fiscalização das atividades dos lojistas. O valor do aluguel é estipulado entre o mais alto dos valores: (i) fixo ou mínimo, que é calculado com base na localização e no tamanho da loja ocupada pelo locatário; ou (ii) um percentual do faturamento do locatário. Em decorrência do aumento elevado das vendas no mês de dezembro, quando ocorrem as festas de final de ano, é cobrado dos lojistas o pagamento de um 13º aluguel, que é representado pelo pagamento em dobro do valor fixo do aluguel ou calculado sobre o faturamento do lojista do mês de dezembro, o que for maior. O lojista está impedido de alterar o ramo de comércio em que atua ou os produtos que comercializa sem a prévia autorização do empreendedor, tendo em vista a necessidade do Shopping Center manter o seu mix de lojas, que garante o sucesso do fundo de comércio elaborado pelo empreendedor. Pelo mesmo motivo, o lojista não pode ceder o contrato de locação sem a prévia autorização do empreendedor. 94 Como resultado da possibilidade de cobrança de aluguel sobre o faturamento dos lojistas, os contratos de locação podem estipular que o empreendedor do Shopping Center tem o direito de fiscalizar a contabilidade do lojista, com acesso aos livros, documentos de controle e sistemas de contabilidade, desde que a fiscalização não cause nenhum constrangimento ao lojista ou a seus clientes. Cessão de Direitos Ao desenvolver suas atividades no Shopping Center, o lojista se beneficia do tenant mix e da estrutura planejada, construída e implementada pelo empreendedor, o que constitui um fundo de comércio diferenciado em comparação com lojas localizadas fora de Shopping Center. Além disso, decorridos cinco anos de locação, e desde que preenchidos alguns requisitos, o locatário tem o direito de renovar seu contrato de locação, o que impede o empreendedor de alterar o mix de lojas quando entender necessário para melhorar o movimento e os negócios do Shopping Center. Com base nesses direitos e benefícios aproveitados pelos lojistas, o empreendedor cobra um preço pela cessão de direito de uso do espaço do Shopping Center. O valor e as condições de pagamento do preço pela cessão de direito de uso do espaço é fixado entre o empreendedor e o lojista no momento em que o lojista aderir ao empreendimento (antes, durante ou depois de concluída a sua construção), sendo que o cálculo é feito com base no período que o lojista terá à sua disposição o fundo de comércio do Shopping Center. Associação de Lojistas Dentre as obrigações assumidas pelo lojista ao contratar com o empreendedor, está a de associarse à Associação de Lojistas. A Associação de Lojistas é uma sociedade sem fins lucrativos formada pelos lojistas de um mesmo Shopping Center, com personalidade jurídica própria, cujas finalidades são, dentre outras, amparar e representar os interesses de seus associados perante terceiros, cultivar a relação entre os associados locatários, estabelecer normas éticas e regulamentos disciplinadores das atividades de seus associados e, principalmente, promover a divulgação do Shopping Center. Ainda que o lojista não tenha intenção de associar-se, utilizando-se da prerrogativa constitucional de não poder ser obrigado a associar-se ou manter-se associado, o lojista é obrigado a contribuir mensalmente com o respectivo fundo promocional, para custear os gastos com propaganda e marketing. Contrato de Administração e Regimento Interno Caso a administração do Shopping Center venha a ser exercida por pessoa jurídica diversa do empreendedor, o condômino ou se for o caso o empreendedor, deverá celebrar com essa administradora um contrato de administração. Este contrato deverá prever a possibilidade da administradora introduzir modificações no projeto estrutural da edificação, a fiscalização das atividades dos lojistas, a manutenção pela administradora das dependências de uso comum e o valor e as condições de pagamento da taxa de administração pelo lojista. A administradora do Shopping Center é responsável, ainda, pela elaboração de um regimento interno que deverá regular de forma detalhada, e subsidiariamente aos demais instrumentos e contratos, as atividades dos lojistas do Shopping Center. 95 NOSSAS ATIVIDADES Visão Geral Acreditamos ser uma reconhecida incorporadora imobiliária que atua no Grande Rio. Criamos e implementamos um modelo diferenciado de negócio, que tem como foco a incorporação imobiliária, baseando-se em parcerias para cada empreendimento que desenvolvemos e que são gerenciadas e controladas por nossa Companhia. Diferentemente de muitas das construtoras e incorporadoras tradicionais do Brasil, focamos na atividade de incorporação imobiliária, formando parcerias para cada um de nossos projetos, especialmente com construtoras e empreiteiras locais, buscando aproveitar sua expertise específica, conjuntamente a nossa, na execução dos projetos. Por meio do controle de nossas parcerias, somos capazes de administrar ativamente o nosso nível de risco e liquidez, determinando quando e, até mesmo, se deverá ocorrer uma incorporação imobiliária, a velocidade de execução de tal empreendimento e a sua estrutura de custo e preço, otimizando, assim, a velocidade de vendas e o retorno para aquele dado nível de risco. Acreditamos que nosso modelo de negócio baseado em parcerias, das quais detemos o controle, especialmente em um mercado imobiliário altamente fragmentado como o brasileiro, promove múltiplas oportunidades de novas incorporações, que nos permitem operar com eficiência em vários segmentos do mercado – do Segmento Residencial de Alta Renda ao Segmento Residencial de Baixa Renda, empreendimentos comerciais e Shopping Centers, variando de acordo com as condições do mercado. Acreditamos que o enfoque financeiro que temos em nossa atividade de incorporação imobiliária, associado à diversificação de nosso portfolio de produtos, permite-nos administrar o perfil de risco de nosso negócio de modo adequado a nossos objetivos de rentabilidade. Ao formar parcerias para o desenvolvimento de nossos empreendimentos de incorporação imobiliária, acreditamos nos beneficiar de certas vantagens em comparação às construtoras tradicionais, dentre as quais destacamos: • nos beneficiamos do conhecimento específico de nossos parceiros em relação a diferentes produtos e segmentos do mercado imobiliário, e possuímos flexibilidade na escolha dos melhores e mais experientes parceiros para um determinado empreendimento; • somos capazes de estabelecer inúmeras parcerias simultaneamente, o que amplia nossa gama de oportunidades e diversifica nosso portfolio de produtos, diluindo nossa exposição a riscos; • nosso reduzido quadro de funcionários resulta em uma estrutura operacional de baixo custo fixo, maior flexibilidade e, conseqüentemente, margens financeiras mais elevadas. Por não possuirmos funcionários nas áreas de arquitetura, engenharia e construção, aproveitamos de modo eficaz as oportunidades do mercado nos diferentes segmentos, bem como podemos desacelerar ou até mesmo suspender a execução de um determinado empreendimento caso as condições do mercado se tornem desfavoráveis. A terceirização das atividades de construção, marketing e comercialização de nossos empreendimentos imobiliários permite-nos controlar custos, mantendo a qualidade de nossos empreendimentos, resultando em margens financeiras mais elevadas; e • nossos interesses não são conflitantes com os interesses de nossos parceiros porque nossa estrutura é focada no desenvolvimento e gestão de projetos imobiliários. Estamos em constante contato com diversos participantes do fragmentado mercado imobiliário brasileiro, o que resulta em uma plataforma ampla de originação de negócios e nos proporciona um acesso abrangente às informações e tendências do mercado, permitindo-nos avaliar de forma eficiente os custos e determinar os preços, assim como analisar as possibilidades de êxito de um novo empreendimento. 96 Equacionamos os parâmetros de risco e liquidez no início de qualquer novo empreendimento imobiliário. Focamos os lançamentos de empreendimentos imobiliários em mercados em que a atividade imobiliária seja significativa e que conseqüentemente ofereçam informações consistentes e confiáveis sobre demanda e preço de um determinado produto, em segmentos específicos de mercado. Tais informações permitem-nos estabelecer preços que resultem em vendas de acordo com o nosso planejamento, reduzindo, dessa forma, o nosso estoque e permitindo um melhor controle do nosso perfil de risco. Por controlarmos nossas parcerias e, conseqüentemente, os empreendimentos, estabelecemos e alteramos as datas de lançamento, bem como os cronogramas de desenvolvimento de cada empreendimento, a partir da análise das condições de mercado, o que minimiza nosso risco e otimiza o uso de nossos recursos de capital para novos empreendimentos. Além de atuarmos no segmento residencial, analisamos constantemente oportunidades de empreendimentos comerciais e de desenvolvimento de Shopping Centers. Acreditamos poder utilizar nossa flexibilidade operacional e nossos relacionamentos com parceiros locais para suprir uma demanda não atendida de empreendimentos comerciais, como condomínios de escritórios profissionais e de Shopping Centers, nas mesmas áreas em que exista demanda no Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Antes de ingressar em nossa sociedade, nossos administradores gerenciaram e coordenaram 11 empreendimentos com um VGV de aproximadamente R$217,8 milhões (atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006), localizados no Grande Rio, totalizando 465 novas Unidades e 10 lotes de condomínio. Naqueles 11 empreendimentos imobiliários, aproximadamente 60% das Unidades foram vendidas nos primeiros seis meses contados da data de lançamento e 95% das Unidades foram vendidas antes da conclusão dos empreendimentos. Em 2006, ano de nossa constituição, lançamos o nosso primeiro empreendimento, o Green Park, composto por duas torres e com um VGV de R$58,8 milhões, sendo a nossa participação neste VGV de R$35,3 milhões. A tabela abaixo apresenta algumas informações operacionais selecionadas, referentes aos projetos lançados pela Companhia em 2006 e 2007 e os lançamentos programados para os anos de 2007, 2008 e 2009 em diante: Projetos Lançados Residencial 2006 2007 (1) Empreendimentos ............ VGV – 100% (R$ milhões) ... VGV – CR2 (R$ milhões).... Unidades .......................... 2 Área privativa Total (m ) .... Participação Média CR2 .... (1) (2) (3) (4) (5) 1 58,8 35,3 240 19.418 60,0% 1 97,2 58,3 272 30.850 60,0% Residencial (2) 6 (3) 821,0 585,3 5.449 331.807 71,3% Comercial 2007 1 27,2 16,3 5 5.672 60,0% Lançamentos Programados Total Residencial Comercial 2008 7 848,2 601,6 5.454 337.479 70,9% (4) 1 325,0 325,0 5.000 250.000 100,0% Total Residencial 2009 em diante 1 1.250,0 312,5 2 1.575,0 637,5 (5) (5) (5) (5) 25,0% 40,5% (4) 2.170,0 2.170,0 27.000 1.350.000 100,0% O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o USGAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Considerando o empreendimento Verano Lançado em 2007 (1º fase). Considera o VGV das 2ª e 3ª fases do empreendimento Verano. Informações referentes ao empreendimento Nova Iguaçu, que será desenvolvido em 4 fases, que englobarão a construção total de 32.000 casas. Para maiores informações, ver a seção “Nossas Atividades – Projetos de Incorporação Imobiliária – Incorporação Imobiliária Residencial - Lançamentos programados”. Informação não disponível no momento. Nossa participação no VGV total dos empreendimentos residenciais e comerciais indicados na tabela acima, compreendendo projetos lançados e lançamentos programados, atinge R$3.502,7 milhões. Dentre os empreendimentos que compõem os nossos lançamentos programados, destacamos: • Empreendimento Alcântara: composto por 3.800 Unidades residenciais que deverão medir, aproximadamente, 51 m2 de área privativa a um preço médio de venda de R$2.200,00 por m2 ou R$112.000,00 por Unidade (público-alvo pertencente ao Segmento Residencial de Renda Média Baixa), perfazendo um VGV total de R$424,5 milhões (R$339,6 milhoes referentes à CR2). O lançamento deste projeto está previsto para agosto de 2007; e 97 • Empreendimento Nova Iguaçu: composto por 32.000 casas que deverão medir, aproximadamente, 50 m2 de área privativa a um preço médio de venda variando de R$1.300,00 a R$1.700,00 por m2 (preço médio de R$1.600,00), com preços variando de R$65.000,00 a R$85.000,00 por Unidade (público-alvo pertencente ao Segmento de Baixa Renda), perfazendo um VGV total de R$2.495,0 milhões (100% referentes à CR2). A data de início das obras da primeira fase deste projeto, composta por 5.000 casas, está prevista para janeiro de 2008, com previsão de entrega das unidades para novembro de 2008. Este empreendimento não se configurará como incorporação imobiliária, mas sim como construção com posterior venda de imóveis. Desta forma, não haverá comercialização de casas durante a construção, modelo que se adequa ao perfil do comprador da faixa de Renda Baixa e Média Baixa, o qual geralmente não dispõe de renda mensal suficiente para pagar prestações da residência ainda em construção a ser adquirida. Estimamos que o período de construção de cada fase deva ser de aproximadamente 10 meses e que o preço médio de construção deva se 2 situar em torno de R$600,00 por m construído. O esforço de marketing desse projeto será concentrado em adquirentes de programas habitacionais cujos dados cadastrais são obtidos com prefeituras e demais órgãos públicos. Nossas vendas serão efetuadas a adquirentes que tenham obtido financiamento com a Caixa Econômica Federal ou qualquer outra instituição financeira, desde que dentro de parâmetros que julguemos aceitáveis. O empreendimento Nova Iguaçu terá 2,4 milhões de m2 de área total edificavel e será desenvolvido em uma área total de, aproximadamente, 1,5 milhão de m2, localizada no entorno de uma região industrial com elevada densidade populacional. O empreendimento será também adjacente ao Centro de Recreação Paradiso Clube, um clube cuja freqüência foi de, aproximadamente, 9.700 associados por fim de semana no mês de Fevereiro de 2007 e que acreditamos poder contribuir para a atratividade do empreendimento. Vantagens Competitivas Acreditamos que nossos pontos fortes sejam: Modelo diferenciado de negócio com foco em incorporação imobiliária por meio de parcerias que controlamos. Criamos e implementamos um modelo diferenciado de negócio no setor imobiliário brasileiro baseado exclusivamente em parcerias para cada empreendimento específico, controladas por nossa Companhia. Por sermos exclusivamente uma incorporadora imobiliária, controlamos nossas parcerias com incorporadoras e construtoras locais que detêm conhecimento específico necessário para a execução bem sucedida de um determinado empreendimento. Nosso modelo de negócio nos proporciona as seguintes vantagens em relação aos nossos concorrentes: Flexibilidade e eficiência para financiar novas oportunidades de negócios. As parcerias que estabelecemos permitem-nos desenvolver empreendimentos com profissionais altamente capacitados e que atuam em todos os segmentos do mercado imobiliário, sem a necessidade de mantermos profissionais com aptidões específicas e estrutura para tanto. Tal situação permite-nos operar com agilidade e eficiência em todos os segmentos do mercado imobiliário, desde o Segmento Residencial de Alta Renda ao Segmento Residencial de Baixa Renda, bem como o segmento comercial, minimizando, em certos períodos, a nossa exposição a riscos de variações na demanda de produtos em determinados segmentos, bem como maximizando o retorno do investimento quando as variações na demanda nos são favoráveis. Acreditamos que nossos parceiros nos dão preferência em relação a outros concorrentes em razão de nossa credibilidade, experiência, prontidão e manutenção de relacionamentos de longo prazo. Adicionalmente, nossas atividades são complementares às de nossos parceiros, eliminando conflitos de interesse, o que nos assegura amplo acesso a novos empreendimentos, informações e tendências do mercado. Dessa forma, podemos avaliar melhor os custos e fixar os preços de forma mais eficiente, em consonância com nosso cronograma de vendas, bem como alterar nosso portfolio de produtos para adequá-lo à demanda dos clientes. Além disso, operamos com estrutura de baixo custo operacional. As nossas parcerias permitem-nos direcionar nossos recursos financeiros para um maior número de empreendimentos imobiliários e diversificar nosso portfolio de produtos, reduzindo nosso perfil de risco e aumentando nosso potencial de lucros. 98 Foco no controle de risco e busca por mercados com liquidez para maximizar a lucratividade sobre o capital empregado. Antes de investir em um novo empreendimento, nos concentramos em verificar se a área em que o empreendimento será lançado possui demanda significativa para esse tipo de empreendimento e confirmamos se as informações sobre a formação do preço de venda nesta região são confiáveis e consistentes. Acreditamos que nossa rigorosa análise financeira e o controle que exercemos em cada empreendimento colocam-nos em posição privilegiada para prever o sucesso de um empreendimento e a velocidade de vendas, reduzindo o nosso risco e aumentando nossa lucratividade. Atuação em Segmentos com Maior Potencial de Crescimento. Acreditamos estar bem posicionados para nos beneficiar do forte potencial de crescimento apresentado pelo Segmento Residencial de Baixa Renda e pelo Segmento Residencial de Renda Média Baixa, em razão da expectativa de aumento significativo na demanda nesses segmentos, devido, entre diversos fatores, ao expressivo aumento nos financiamentos de longo prazo, ao significativo déficit habitacional especialmente nesses segmentos, a tendência de queda nas taxas de juros e as perspectivas para o cenário macroeconômico brasileiro. Nosso estoque de lançamentos programados e nossos empreendimentos lançados em 2007 somam 10 projetos, dos quais 8 referem-se a empreendimentos residenciais cujo VGV é de aproximadamente R$3.413,1 milhões, sendo a nossa participação equivalente a R$3.138,6 milhões. Ao todo, 5 desses 8 projetos são voltados ao Segmento Residencial de Baixa Renda e Renda Média Baixa, totalizando um VGV de R$2.988,3 milhões, sendo R$2.899,0 milhões referentes à nossa parcela. Capacidade de reproduzir o nosso modelo em outros mercados. Nosso sucesso tem sido associado à nossa capacidade de analisar a demanda do mercado do Grande Rio e eficientemente definir os preços de nossos empreendimentos de modo a otimizar a velocidade de vendas. Acreditamos poder implementar nosso modelo de negócio mantendo sua lucratividade em mercados nos quais haja significativa atividade imobiliária e nos quais informações consistentes e confiáveis sobre demanda e preço estejam disponíveis. Em virtude do setor imobiliário brasileiro ser fragmentado, acreditamos poder selecionar os parceiros locais que participarão de nossos empreendimentos com facilidade, independentemente do segmento ou localização geográfica. A área metropolitana de São Paulo, o maior mercado imobiliário no Brasil, destaca-se como um interessante mercado para reproduzirmos nosso modelo. Administração experiente e com foco financeiro. Nossos administradores são profissionais altamente dedicados, qualificados e experientes em vários mercados brasileiros e com 15 anos em média de experiência no setor imobiliário. A maior parte de nossos administradores iniciou suas carreiras no setor imobiliário em instituições financeiras que operam no mercado imobiliário, tendo estabelecido ampla rede de relacionamentos profissionais e de credibilidade com incorporadores, empreiteiros e demais participantes do setor. Consequentemente, nossa administração incorporou a disciplina analítica e financeira de sua experiência em instituições financeiras ao desenvolvimento de nossas atividades, adaptando e utilizando mensuração de risco e sistemas de controle sofisticados, bem como sujeitando os empreendimentos programados a rigorosos e objetivos testes de avaliação financeira. Implementamos rigorosos procedimentos de controle de risco, tendo como modelo os padrões de análise de risco de instituições financeiras. Estratégias Pretendemos desenvolver nossos pontos fortes, como as vantagens de nosso modelo diferenciado de negócio, para implementar as seguintes estratégias com a finalidade de maximizar o retorno aos nossos acionistas: Expandir nossa participação no Grande Rio e ingressar no mercado da área metropolitana de São Paulo. Planejamos expandir significativamente nossos negócios no Grande Rio e ingressar no mercado imobiliário na área metropolitana de São Paulo, o maior e mais dinâmico mercado do setor imobiliário brasileiro. Acreditamos que nossa sólida reputação e credibilidade estabeleceram os alicerces para uma bem sucedida expansão para o mercado imobiliário de São Paulo. Além disso, pretendemos também captar oportunidades distintas em outras regiões do Brasil que apresentem crescente demanda por nossos produtos na medida em que possamos empregar com êxito nosso modelo de negócio, mesmo que sejam oportunidades isoladas em regiões em que antes nunca tenhamos operado. 99 Expandir nossa atuação no Segmento Residencial de Baixa Renda, no Segmento Residencial de Renda Média Baixa e aproveitar oportunidades especiais em outros segmentos. Pretendemos concentrar nossa expansão especificamente no Segmento Residencial de Baixa Renda e de Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Acreditamos que (i) o aumento na disponibilidade de financiamento de longo prazo, (ii) o déficit significativo de habitação para a população de renda média baixa e baixa e (iii) a redução contínua nas taxas de juros proporcionará um potencial de crescimento superior para estes segmentos. Nossa meta é manter o valor médio das Unidades lançadas de nosso portfolio de produtos inferior a R$2.500,00 por m2. Nosso estoque de lançamentos programados para 2007 e 2008 e nossos empreendimentos lançados em 2007 somam 10 projetos, dos quais 8 referem-se a empreendimentos residenciais cujo VGV é de aproximadamente R$3.413,1 milhões, sendo a nossa participação equivalente a R$3.138,6 milhões. Ao todo, 5 desses 8 projetos são voltados ao Segmento Residencial de Baixa Renda e Renda Média Baixa, totalizando um VGV de R$2.988,3 milhões, sendo R$2.899,0 milhões referentes à nossa parcela. Aproveitar oportunidades no segmento comercial. Pretendemos desenvolver oportunidades no mercado imobiliário comercial, como Shopping Centers e condomínios de escritórios profissionais nas mesmas áreas em que há demanda por habitação no Segmento Residencial de Renda Média Baixa. Acreditamos existir uma demanda correlata crescente ainda não atendida para esse tipo de empreendimento comercial e pretendemos nos beneficiar do desenvolvimento de empreendimentos do Segmento Residencial de Renda Média Baixa, incorporando projetos comerciais próximos a estas áreas residenciais. Acreditamos que nosso modelo de negócio baseado em parcerias que controlamos permitir-nos-á atuar eficazmente nos diferentes segmentos do mercado imobiliário. Em relação aos Shopping Centers, nossa flexibilidade operacional permitir-nos-á permanecer apenas como o proprietário após sua conclusão e inauguração, posto que terceirizaremos todas as atividades de administração do imóvel, recebendo, assim, os aluguéis das lojas. Utilizar a alavancagem financeira para otimizar a estrutura de capital. O mercado de capitais no Brasil evoluiu gradualmente de forma a abranger um número crescente de operações destinadas a segregar fluxos de caixa dos empreendimentos imobiliários. Como parte de nosso gerenciamento de risco, pretendemos explorar as oportunidades de securitização de recebíveis, repasses de carteiras a bancos ou outros instrumentos para disponibilizar capital para novos empreendimentos. Pretendemos, ainda, contrair financiamento bancário sempre que financeiramente atrativo, de forma a otimizar a nossa estrutura de capital e a potencializar o retorno para os nossos acionistas. Nossa História e Recente Reorganização Societária A Companhia foi constituída em 10 de janeiro de 2006. Anteriormente à nossa constituição, os nossos administradores já atuavam há mais de 10 anos no mercado imobiliário brasileiro, o que lhes conferiu vasta experiência no setor. Em 04 de setembro de 1998, nossos administradores constituíram a CR2 Administradora, empresa que atuava como gestora de empreendimentos imobiliários desenvolvidos por meio de SPEs. Em 26 de julho de 1999, os nossos administradores constituíram a CR2 DTVM, posteriormente transformada em Banco CR2, que foi o responsável pela constituição e administração de FIIs responsáveis pelo desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. Em 05 de dezembro de 2005, nossa equipe de administração começou a gerir o CR2 Realty FIP, um fundo com o propósito de investir em projetos imobiliários e com longo período de retorno de investimento (7 anos). Tanto o Banco CR2 como a CR2 Administradora eram empresas sob Controle Comum. Como gestores desses empreendimentos, a CR2 Administradora e o Banco CR2 eram remunerados pelas SPEs e pelos FIIs por meio de uma taxa de administração e de performance. 100 Estas SPEs e FIIs foram os veículos através dos quais a CR2 Administradora e o Banco CR2 levantaram fundos de terceiros investidores que desejavam investir em empreendimentos imobiliários estruturados, planejados e conduzidos por nossos administradores. Em 19 de maio de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, foi aprovado aumento do nosso capital social, com a emissão de 500.000 novas ações ordinárias atribuídas ao CR2 Realty FIP, fundo de investimento cujo objeto principal é o investimento em valores mobiliários de emissão de companhias que atuem no mercado imobiliário, tornando-se o nosso acionista controlador. Em subseqüentes aumentos de capital durante o ano de 2006, que totalizaram R$61,5 milhões, o CR2 Realty FIP subscreveu nossas ações. Em 20 de dezembro de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, incorporamos a totalidade do patrimônio líquido da CR2 Administradora. Em decorrência dessa incorporação, o nosso capital social foi aumentado, mediante a emissão de 61.515.000 ações ordinárias, atribuídas aos então sócios da CR2 Administradora, totalizando R$61.856.745,00. Em 13 de março de 2007, os nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4: 1. Esse grupamento teve efeito a partir daquela mesma data. Como resultado do grupamento, cada titular de quatro ações ordinárias de nossa emissão passou a ser titular de uma ação ordinária. Com o grupamento das ações, o capital social da Companhia, no valor de R$61.856.745,00, está dividido e representado por 30.757.500 ordinárias nominativas. Para maiores informações, ver a Seção “Descrição do Capital Social”. Informamos que, entre a data deste Prospecto Preliminar e a conclusão do Processo de Bookbuilding, o CR2 Realty FIP, principal acionista de nossa Companhia até a presente data, será dissolvido e seus quotistas tornar-se-ão acionistas diretos da Companhia. Em decorrência dessa dissolução, não possuiremos acionista controlador com mais de 50% de nossas ações após a conclusão desta Oferta, conforme a definição do Regulamento do Novo Mercado. Estrutura Societária Em 31 de dezembro de 2006, nossas SPEs operacionais eram as seguintes: (i) CR2 Investimentos S.A., que participou do desenvolvimento do empreendimento La Traviata1; (ii) CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Duo Prime1; (iii) CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Locanda Apeninos1; (iv) Green 3.000 Empreendimentos Imobiliários S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Green Park; (v) CSG Empreendimentos Imobiliários S.A., responsável pelo desenvolvimento de todas as fases do empreendimento Verano; (vi) CR2 Shoppings Empreendimentos Ltda., responsável pelo desenvolvimento de um empreendimento do tipo Shopping Center em São Gonçalo; (vii) CR2 Empreendimentos SPE-7 Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento em Vila Valqueire, denominado Splendore Valqueire; (viii) CR2 Pontal Empreendimentos Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Villaggio del Mare; (ix) CR2 Empreendimentos SPE-9 Ltda., responsável pelo desenvolvimento dos empreendimentos em Alcântara; (x) CR2 Caxias Empreendimentos Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento localizado em Duque de Caxias; (xi) CR2 Empreendimentos SPE-11 Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento localizado na Rua Henrique Costa; (xii) CR2 Splendor 1 Participações S.A., responsável pela aquisição de Unidades do empreendimento Splendor ; (xiii) Cimol Empreendimentos Imobiliários Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Cidade da Barra; (xiv) CR2 Empreendimentos SPE-12 Ltda., sociedade não operacional; (xv) CR2 Empreendimentos SPE13 Ltda., responsável pelo empreendimento Barra Trade; e (xvi) CR2 Empreendimentos SPE-14 Ltda., sociedade não operacional. Não foram definidas ainda as SPEs que serão responsáveis pelo desenvolvimento dos seguintes empreendimentos imobiliários: (i) Lote B-3; e (ii) Nova Iguaçu e, abaixo descritos. 1 A CR2 Administradora detinha ações preferenciais (golden shares) das SPEs acima mencionadas. Com a incorporação da CR2 Administradora por nós em 20 de dezembro de 2006, tornamo-nos titulares de tais golden shares, passando a deter o controle das referidas SPEs. Essas golden shares nos conferem: (i) prioridade de reembolso em caso de liquidação da Companhia; (ii) o direito de eleger e destituir, a qualquer tempo, em votação em separado, três Diretores da companhia, sendo um deles o Diretor Presidente, o Diretor Financeiro e o outro o Diretor sem designação específica; (iii) estabelecem também que cada ação ordinária e preferencial dará direito a apenas um voto nas Assembléias Gerais da companhia e que cada acionista titular de ações ordinárias terá apenas direito em tais assembléias, independentemente da quantidade de ações ordinárias que possuir; e (iv) qualquer modificação ou alteração do estatuto social da companhia está subordinada à prévia e expressa aprovação, através de assembléia especial, da totalidade dos titulares de ações preferenciais. 101 Em 31 de dezembro de 2006, os FIIs operacionais geridos pelo Banco CR2 eram os seguintes: (i) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ I, responsável pelo empreendimento Lagoa Best; (ii) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ II, responsável pelo empreendimento Solar dos Viscondes; (iii) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ III, responsável pelo empreendimento Gávea Village; (iv) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, responsável pelos empreendimentos Palazzo Baependi e Pallazo Laranjeiras; e (v) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Jardim Botânico, responsável pelo empreendimento Locanda di Helena. As SPEs e o FIIs relacionados a empreendimentos imobiliários já concluídos continuam operacionais em razão de ainda haver direitos e obrigações relacionados aos respectivos empreendimentos, tais como recebíveis imobiliários e outorga de escritura definitiva aos adquirentes. A Companhia não faz jus a maioria dos direitos decorrentes dessas SPEs e não está exposta aos riscos a elas relacionados, como, por exemplo, nos empreendimentos La Traviata e Splendor. Experiência Passada de Nossos Administradores Nossos administradores têm mais de 10 anos de experiência no negócio de incorporação imobiliária. Nossos administradores foram responsáveis pela incorporação de cinco empreendimentos residenciais por meio de SPEs administradas pela CR2 Administradora, e seis empreendimentos residenciais por meio de FIIs, 2 administrados pelo Banco CR2, representando uma área total de construção de 74,2 mil m , 475 Unidades e VGV de lançamento de R$217,8 milhões, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. Não investimos e não investiremos nos projetos descritos a seguir, e não obteremos nenhum retorno sobre esses projetos. O retorno dos projetos imobiliários com recursos provenientes da Oferta pode ser substancialmente inferior ao retorno obtido com os projetos executados por nossa administração no passado, a seguir listados: Nome do projeto Splendor...................... Lagoa Best .................. Gávea Village .............. Solar dos Viscondes..... Pallazo Laranjeiras....... Porto dos Cabritos ...... La Traviata................... Palazzo Baependi........ Duo Prime................... Locanda Apeninos...... VGV (em milhões de R$)(1) 8,8 14,0 19,6 29,9 20,0 6,8 52,7 13,0 32,5 10,6 Locanda di Helena ...... 9,9 Total/Média ......... 217,8 (1) (2) (3) (4) (5) (6) Data de adição ao estoque de terrenos(2) Forma de adição ao estoque de terrenos Desenvolvido por Data de lançamento Andamento do projeto Preço por m2 de área privativa (em mil R$)(4) N/A(3) N/A(3) Construtora Bulhões Carvalho da Fonseca S.A Maio-2000 Concluído 3,4 Maio-2000 Compra e Venda Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ I Agosto-2000 Concluído 6,6 Setembro-2000 Compra e Venda Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ III Setembro-2001 Concluído 7,3 Permuta parcial Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ II Abril-2001 Concluído 4,7 Maio-2001 Permuta Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras Junho-2002 Concluído 4,4 Outubro-2002 Compra e Venda CR2 Participações Ltda. Outubro-2002 Concluído 0,8(5) Outubro-2002 Compra e Venda CR2 Investimentos S.A. e pela Gafisa SPE 20 Ltda. Novembro-2002 Concluído 8,3 Abril-2003 Permuta Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras Abril-2003 Concluído 4,5 Novembro-2003 Compra e Venda CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A. Dezembro-2003 Concluído 3,9 Permuta CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A. Agosto-2005 Em fase de construção 5,1 Abril-2005 Permuta Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Jardim Botânico Setembro-2005 Em fase de construção 4,8 N/A N/A N/A N/A N/A 5,3(6) Novembro-2000 Março-2005 VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes a corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. No caso do empreendimento Splendor, só são consideradas as Unidades compradas pelos administradores da CR2 para revenda. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as Unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Data da formalização da aquisição do terreno. Neste empreendimento, nossos administradores não foram responsáveis pela aquisição do terreno e incorporação do projeto, tendo atuado exclusivamente como adquirentes de 30 Unidades do empreendimento em questão, com o objetivo exclusivo de revendê-las posteriormente a seus clientes. VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes a corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, por m2 de área privativa. Por se tratar de um loteamento, o conceito de preço por m2 de área privativa não se aplica. Neste caso, é utilizado o preço por m2 de área real do lote. Média de preço por m2 de área privativa, desconsiderando-se o empreendimento Porto dos Cabritos. 102 As principais características dos projetos relacionados acima estão descritas a seguir: Splendor. É um projeto residencial localizado no bairro da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela Construtora Bulhões Carvalho da Fonseca S.A., contando com 30 Unidades de 2 a 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média. As Unidades medem 87 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi de aproximadamente R$3.400,00 por m2 de área privativa. Lagoa Best. É um projeto residencial localizado no bairro da Lagoa, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ I, contando com 48 Unidades de 1 dormitório, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 40 a 65 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$6.600,00 por m2 de área privativa. Gávea Village. É um projeto residencial localizado no bairro da Gávea, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ III, contando com 28 Unidades de 2 a 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 50 a 111 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de 31 de dezembro até 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$7.300,00 por m2 de área privativa. Solar dos Viscondes. É um projeto residencial localizado no bairro do Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ II, contando com 63 Unidades de 2 a 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 69 a 213 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.700,00 por m2 de área privativa. Pallazo Laranjeiras. É um projeto residencial e comercial localizado no bairro de Laranjeiras, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, contando com 88 Unidades de 1 dormitório, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 35 a 97 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.400,00 por m2 de área privativa. Porto dos Cabritos. É um projeto de loteamento de condomínio localizado no bairro da Barra da Tijuca, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela CR2 Participações Ltda., contando com 10 lotes residenciais, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. Os lotes medem de 734 a 999 m2. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M 31 de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$800,00 por m2 por área de lote. La Traviata. É um projeto residencial localizado no bairro da Lagoa, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelas SPEs CR2 Investimentos S.A. e Gafisa SPE-20 Ltda., contando com 22 Unidades de 4 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 177 a 781 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$8.300,00 por m2 de área privativa. Palazzo Baependi. É um projeto residencial e comercial localizado no bairro do Flamengo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, contando com 64 Unidades de 1 dormitório, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 37 a 47 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.500,00 por m2 de área privativa. 103 Duo Prime. É um projeto residencial localizado no bairro do Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A., contando com 80 Unidades de 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 68 a 136 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$3.900,00 por m2 de área privativa. Para maiores informações, ver a Seção “– Lançamento”. Locanda Apeninos. É um projeto residencial localizado no bairro de Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A., contando com 20 Unidades de 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 74 a 173 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$5.100,00 por m2 de área privativa. Locanda di Helena. É um projeto residencial localizado no bairro do Jardim Botânico, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Jardim Botânico, contando com 22 Unidades de 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 74 a 127 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.800,00 por m2 de área privativa. Para informações sobre os resultados dos projetos acima descritos, referentes aos anos de 2000 a 2006, preparados de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, ver o Anexo “Sumário das Demonstrações de Resultados Anuais, Auditadas, dos Projetos que Compõem a Experiência Passada dos Nossos Administradores”. Nossos Mercados Concentramos nossa atuação em regiões que apresentem as seguintes características: (i) formação de preços consistente, ou seja, região em que facilmente se possa definir o preço de venda de determinado tipo de empreendimento imobiliário, devido ao expressivo volume de vendas; (ii) liquidez, ou seja, capacidade de, a determinado preço de venda, vendermos rapidamente a totalidade de um empreendimento e que a demanda a presente seja sensível às variações de preço; e (iii) mercado em crescimento. Historicamente, por meio de nossas SPEs e do FII, nossos administradores concentraram sua atuação, por meio da CR2 Administradora e do Banco CR2, na Cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, identificamos o Grande Rio e a região metropolitana de São Paulo como sendo as principais regiões brasileiras que concentram as características acima referidas, motivo pelo qual continuaremos a concentrar nossa atuação no Grande Rio e pretendemos iniciar nossas atividades na região metropolitana de São Paulo, o que não nos impedirá, no futuro, que exploremos outros mercados que se tornem atrativos de forma oportunística. De acordo com o IBGE, em 2003 o PIB da região do Grande Rio e da região metropolitana de São Paulo foi de R$146,8 bilhões e R$244,4 bilhões, respectivamente, ou 9,4% e 15,7% do PIB brasileiro, respectivamente, sua renda per capita foi de R$12.931,3 e R$12.775,4, respectivamente. A região do 2 2 Grande Rio possui 4.657,8 milhões de Km e densidade populacional de 2.437 habitantes por m (sua população representa 6,2% da população brasileira, ou 11,4 milhões de pessoas), a região metropolitana de São Paulo possui 8.051 milhões de Km2 e densidade populacional de densidade populacional de 2.376 habitantes por m2 (sua população representa 10,4% da população brasileira, ou 19,1 milhões de pessoas). Para maiores informações, ver a Seção “Visão Geral do Setor”. 104 Atualmente, devido a alterações no cenário macroeconômico brasileiro, principalmente em relação à queda da taxa de juros praticada no Brasil, ao crescimento dos financiamentos disponíveis e ao aumento de renda real da população que compõem o Segmento Residencial de Baixa Renda, optamos por expandir para empreendimentos destinados a consumidores que compõem o Segmento Residencial de Renda Média e o Segmento Residencial de Renda Média Baixa, segmentos em que acreditamos que haverá significativo aumento da demanda. O nosso foco atual não nos impede de aproveitar as boas oportunidades de empreendimentos direcionadas ao público do Segmento Residencial de Alta Renda, visto que o nosso modelo de atuação nos dá flexibilidade para atuar em diverso segmento de mercado. Modelo de Negócios O nosso modelo de negócios consiste no desenvolvimento de incorporações imobiliárias por meio de parcerias das quais detemos o controle. Objetivamos capturar e maximizar os retornos financeiros auferidos na atividade de incorporação imobiliária, concentrando a aplicação de nosso capital nas atividades em que identificamos o retorno financeiro esperado. Deste modo, o capital a ser investido somente é aplicado em atividades essenciais à incorporação imobiliária e a nossa atuação é direcionada em duas grande vertentes: (i) a formação de parcerias específicas, que atendam com maior eficiência os projetos que desenvolvemos e (ii) a habilidade de exercermos o controle financeiro e gerencial em cada projeto desenvolvido. Esse modelo de negócio é amparado na rígida gestão de risco do nosso portfolio de projetos, por meio do qual otimizamos e diversificamos a utilização de nosso capital. Parcerias com Controle Formamos parcerias, por meio de SPEs das quais detemos o controle acionário, principalmente com incorporadores e construtores locais para os projetos a serem desenvolvidos. O nosso modelo de negócios confere-nos efetivo controle quanto às decisões relacionadas aos custos, cronograma e preço de cada empreendimento, bem como minimiza o risco de que nossos parceiros não atinjam nossos objetivos no desenvolvimento de nossos projetos. O mercado imobiliário brasileiro é extremamente fragmentado, o que nos possibilita estabelecer parcerias com inúmeros construtores e incorporadores, que atuam em diversos segmentos. Essa fragmentação aumenta o número de parceiros aptos a se associarem a nós e, portanto, o nosso potencial fluxo de novos negócios. Em razão desses participantes do mercado imobiliário atuarem em diferentes segmentos, nosso portfolio de produtos é bastante diversificado. Nossas parcerias permitem-nos também ter uma visão apurada quanto ao preço e aos produtos corretos para um determinado segmento de mercado, que são variáveis fundamentais no sucesso dos nossos projetos e na análise de risco, o que nos permite diversificar os tipos de projetos tais como residenciais, comerciais e o desenvolvimento de Shoppings Centers, voltados a públicos de diferentes faixas de renda. Flexibilidade de Atuação O nosso modelo de negócios também nos confere flexibilidade e nos permite atuar no mercado com agilidade, pois não possuímos estrutura interna relacionada a atividades complementares à incorporação imobiliária, como, por exemplo, serviços de arquitetura, engenharia, construção, corretagem e marketing, entre outros. Possuímos flexibilidade para investir em empreendimentos para públicos em diferentes faixas de renda e localidades geográficas e detemos uma estrutura operacional de baixo custo fixo, que é resultado do nosso foco financeiro que objetiva a maximização de nossos retornos, e que se deve ao fato de concentrarmos nossas atividades apenas na incorporação dos empreendimentos imobiliários dos quais participamos. Terceirização Em nosso modelo de negócios, focamos na atividade de incorporação imobiliária. Dessa forma, procuramos terceirizar os serviços que não são essenciais a atividade de incorporação e, como conseqüência, conseguimos ter flexibilidade e manter um baixo custo operacional. 105 Otimização de Recursos na Formação de Estoque de Terrenos Procuramos adequar os custos envolvidos nos empreendimentos imobiliários aos seus cronogramas financeiros. Não é nossa política a manutenção de estoque de terrenos, pois a especulação com terrenos implica em riscos e custos que não estão relacionados às nossas atividades. Utilizamos opções de compra para as aquisições de terrenos, o que nos possibilita retardar ou acelerar os lançamentos dos empreendimentos conforme as condições do mercado. Podemos, também, nos valer do instrumento de permuta, que consiste na troca da propriedade do terreno por Unidades prontas e acabadas, no caso da permuta física, ou por um percentual do fluxo de recebíveis, no caso da financeira. Por meio destes instrumentos, reduzimos o impacto do custo de aquisição de terrenos no fluxo de caixa. Desta forma, buscamos utilizar nosso capital da maneira mais eficiente possível, maximizando a rentabilidade de nossos empreendimentos e, conseqüentemente, gerando o maior rendimento possível para nossos acionistas. Previamente ao investimento em cada novo empreendimento imobiliário, efetuamos a análise detalhada e minuciosa do terreno, das condições de aquisição e da viabilidade financeira. Após o início das atividades, realizamos o acompanhamento constante de exposição financeira e do desenvolvimento de cada empreendimento, garantindo, assim, a execução eficiente do plano de negócios de cada um dos nossos empreendimentos imobiliários e a rentabilidade do negócio como um todo. Gerenciamento de Risco Sistema de Controle de Risco Nosso controle de risco abrange a análise individual do risco de cada empreendimento e a análise do risco de nosso portfolio de empreendimentos como um todo. No nosso modelo, calculamos as perdas potenciais em um cenário de stress para cada empreendimento individual e para o portfolio como um todo, bem como a exposição máxima de caixa exigida pelo portfolio. Controle do risco de perdas O risco de um novo empreendimento é calculado considerando-se o quanto poderemos perder caso, em condições limite, decidamos liquidar este investimento. Para tanto, devemos estabelecer um preço de liquidação, que é um referencial que demonstra a que preço podemos vender rapidamente a sua totalidade. O preço de liquidação é possível de ser estimado somente em mercados cuja formação de preço é consistente, sendo tal consistência definida como a sensibilidade da demanda a variações de preço. A perda máxima esperada em cada projeto é calculada e destacamos uma parcela de capital próprio para suportar este risco. O risco total da empresa é representado pelo somatório dos riscos individuais de cada projeto. Após o lançamento, o risco do empreendimento é reduzido na proporção da alienação das Unidades. Buscamos o máximo de eficiência para nosso capital, acreditando que tal eficiência é alcançada quando o somatório do risco dos projetos individuais é próximo ao total de nosso capital disponível. Nesse sentido, procuramos utilizar opções de compra para a aquisição de terrenos, o que nos confere flexibilidade na administração de risco, pois nos permite dispor de um estoque de potenciais projetos que possam ser lançados conforme nossa conveniência sem a necessidade da imediata aquisição do terreno. A estruturação de projetos em fases, de forma que só se inicie a fase seguinte quando a imediatamente anterior já tiver atingido um volume esperado de venda, nos permite operar com nível de risco bem reduzido por empreendimento. 106 Controle da exposição máxima de caixa Nosso sistema de controle de risco monitora a necessidade futura de caixa para executar os empreendimentos programados em nosso portfolio, baseando-se em estudo de viabilidade econômica de cada empreendimento. Esta projeção nos auxilia na definição de nossa estratégia de financiamento e na tomada de decisões em relação a quais empreendimentos incluir em nosso portfolio. Implementação do sistema de controle de risco Para conseguirmos administrar de forma eficiente nosso sistema de controle de risco, exercemos o controle operacional de todos os empreendimentos de nosso portfolio, que nos possibilita, por exemplo, acelerar as vendas de nossas Unidades para reduzir nossa exposição de risco em relação a determinados empreendimentos. Tal aceleração geralmente ocorre mediante a redução do preço de venda, alterações nos veículos de mídia empregados, em incentivos aos corretores por meio de prêmios, etc. Atuar em mercado com liquidez Por meio do nosso conhecimento de mercado e com a ajuda de nossos parceiros, conseguimos determinar a necessidade de novos empreendimentos em diferentes regiões, bem como a faixa de renda dos potenciais compradores a serem atendidos. Concentramos nossos projetos de acordo com a liquidez de cada localidade geográfica, ou seja, o potencial que cada região apresenta em absorver determinada quantidade de imóveis e de responder as variações de preço. Não pretendemos atuar em mercados em que não existam dados disponíveis nem onde não existam parceiros que detenham conhecimentos específicos sobre esses mercados. Deste modo, acreditamos reduzir o risco de nossos investimentos, por atuarmos em regiões líquidas, com dados de mercado por nós conhecidos e por nos associarmos a parceiros locais. Riscos Operacionais O nosso gerenciamento de riscos operacionais visa ao acompanhamento: (i) do contrato de construção, em relação ao custo máximo de obra garantido; (ii) de obras, sendo que contratamos empresas especializadas para fiscalizar os serviços prestados pelas construtoras contratadas (qualidade e o cronograma físico-financeiro da obra); (iii) das auditorias financeira e contábil, realizadas pelas principais empresas independentes de auditoria; (iv) de documentação e riscos jurídicos; e (v) do risco de crédito dos adquirentes de Unidades mediante a gestão ativas dos recebíveis dos empreendimentos. Nossas operações Desenvolvemos nossos negócios por meio de parcerias com incorporadores e construtores através de SPEs, buscando investir de forma diversificada por segmento de renda e por região geográfica. Mantemos uma postura ativa no desenvolvimento dos empreendimentos imobiliários e focamos nas seguintes atividades de maior valor agregado: (i) aquisição de terrenos, (ii) desenvolvimento de projeto, (iii) estratégia de marketing e de publicidade, (iv) lançamento; (v) contratação e acompanhamento da construção; e (vi) administração de recebíveis. Acreditamos que esse modelo de gestão permite-nos manter o foco em nossa atividade de incorporação imobiliária e, conseqüentemente, no controle dos prazos de lançamentos, dos custos orçados de marketing e de construção, das margens operacionais e da exposição de caixa, de forma a gerar o máximo de valor para nossos acionistas e otimizar a utilização do capital com foco em controle de risco. Vale ressaltar que, no momento da compra do terreno, nós e nossos parceiros elaboramos e aprovamos, em conjunto com a construtora e com a assessoria de uma empresa gerenciadora de obras, um cronograma de obra e um custo máximo para a contratação da construção. Desta forma, as despesas que excederem este custo máximo não são arcadas por nós, e sim pela construtora, o que nos permite um controle maior do risco de cada empreendimento. A gerenciadora acompanha e fiscaliza a execução do cronograma físico-financeiro pela construtora. 107 Aquisição de Terrenos Neste estágio, prospectamos juntamente com nossos parceiros novos negócios, a partir de nossos contatos profissionais em cada um dos mercados em que atuamos, e analisamos a possibilidade da execução de cada projeto, bem como sua viabilidade financeira. Nesse sentido, preparamos um estudo de viabilidade para nos auxiliar na determinação da atratividade de cada terreno. Consideramos vários fatores, tais como localização do lote do terreno, preço e forma de pagamento, destino e uso, as características das Unidades a serem construídas, a velocidade das vendas (percentagem esperada de vendas no lançamento, durante a construção e após a sua conclusão), potenciais margens de lucros do projeto, a necessidade estimada de recursos para o projeto e a taxa de retorno. Neste momento, rodamos o nosso modelo de controle de risco para verificar o impacto que o projeto em estudo causará em nosso portfolio. Analisamos o risco de perda máxima em situações limite (stress test) e adicionamos ao portfolio. Analisamos, também, o impacto na curva de exposição de caixa do portfolio. Após decidirmos quais terrenos serão adquiridos, procuramos assegurar a sua adição ao nosso estoque de projetos por meio de opções de compra dos terrenos e, posteriormente, negociamos a compra destes com os respectivos proprietários. A aquisição inicial de nossos terrenos pode ocorrer por meio de opções de compra, as quais não são registradas no competente cartório de registro de imóveis, sujeitando-nos, enquanto não realizado o registro de nosso título aquisitivo, a possíveis ações de má-fé dos promitentes vendedores de alienar os terrenos para terceiros de boa-fé. Os terrenos, além de adquiridos mediante a transferência de recursos, à vista ou a prazo, são muitas vezes adquiridos por meio de permuta física ou financeira. Pela primeira, o proprietário do terreno é pago mediante a transferência de uma quantidade pré-determinada de Unidades após a construção; pela segunda, mediante um percentual sobre o fluxo de receitas das vendas das Unidades. Comissão de Captação de Negócios Em alguns de nossos empreendimentos, podemos pagar, a título de comissão de captação de negócios, um percentual de participação nas vendas das Unidades em razão de nosso parceiro nos apresentar determinado negócio. Tal taxa, quando devida, varia entre 0,5% a 2% do preço de vendas das Unidades. Desenvolvimento de Projeto Temos uma participação ativa na elaboração do projeto até o início de sua construção e, mesmo durante essa fase, podemos intervir na execução da obra. Nenhuma alteração é realizada no projeto sem a nossa autorização. Adicionalmente, determinamos as características básicas do projeto e fornecemos essas informações aos arquitetos e paisagistas escolhidos para preparar o projeto. Essas informações incluem especificações quanto à quantidade e ao tamanho dos dormitórios de cada Unidade, uma descrição dos clientes alvo e recomendações quanto ao projeto de paisagismo. Em geral, a obtenção das licenças relacionadas a determinado projeto é de responsabilidade de nossos parceiros, sendo que fiscalizamos se o ritmo de obtenção das licenças está de acordo com o cronograma de nossos projetos. Somos responsáveis pelos aspectos legais envolvidos na aquisição de terrenos e na criação da SPE. Estratégias de Marketing e de Publicidade Contratamos agências de publicidade e participamos da definição da estratégia de marketing a ser adotada para cada projeto. A campanha de publicidade e de marketing para cada empreendimento é feita mediante a utilização de diversas formas de mídias, como, por exemplo, jornais, internet, rádio, televisão, revistas e distribuição de panfletos. Nós e nossos parceiros participamos ativamente dessa fase, sendo as decisões principais tomadas por nós, como, por exemplo, o quanto gastar, em quais mídias investir, a arte final dos apartamentos decorados, em quais localidades os stands de vendas deverão ser montados e qual será o meio utilizado para abordar o público. 108 A campanha de publicidade e de marketing é preparada para cada uma das três fases dos esforços de vendas: pré-lançamento, lançamento e pós-lançamento. Concentramos nossos esforços de marketing no pré-lançamento e lançamento, a fim de maximizar as vendas antes do início da construção do empreendimento e, com isso, reduzir o risco financeiro associado a cada projeto. Lançamento O sucesso do lançamento do projeto é um indicativo da viabilidade do projeto. Nesse sentido, temos flexibilidade para promover mudanças relacionadas a especificações do empreendimento com o intuito de aumentar a velocidade de vendas. Como exemplo de nossa flexibilidade em promover mudanças em nossos empreendimentos imobiliários, podemos citar a experiência de nossos administradores com o empreendimento Duo Prime. Após um ano do lançamento, somente 10% das Unidades haviam sido vendidas. Foi decidido, assim, promover diversas alterações no projeto original do empreendimento, com o objetivo de aumentar a velocidade de vendas do empreendimento e minimizar o risco dos adquirentes desistirem do empreendimento. Dentre as principais alterações, (i) foi alterada, aproximadamente, 50% das Unidades do empreendimento, transformando-as de Unidades duplex e triplex para Unidades com um 2 único pavimento, que possuem maior liquidez no mercado; e (ii) foi reduzido o preço médio por m das Unidades em, aproximadamente, 10%. Em virtude das modificações implementadas no projeto original e da redução do preço de venda, conseguimos alienar todas as Unidades lineares em apenas 2 meses e o estoque de Unidades duplex e triplex restante até a entrega das chaves. O preço médio de vendas do VGV do projeto que lançamos em 2006 é de R$1.750,00 por m2. Com base em informações públicas de outras empresas do setor, acreditamos que, em 2006, nosso preço médio de vendas por m2 tenha sido o menor do setor. Para o início da incorporação, é costume no Brasil incluir nos contratos de alienação de Unidades a condição de uma percentagem mínima de vendas de Unidades no empreendimento. Caso este percentual não seja atingido, o projeto pode ser interrompido e o incorporador deverá devolver o valor pago pelo adquirente, acrescido do montante equivalente ao rendimento da caderneta de poupança para pessoa física do período. Isto é permitido pela legislação brasileira e pode ocorrer em até 180 dias. Atualizamos periodicamente nosso sistema de controle de risco para: (i) verificar a velocidade com que o risco do portfolio se altera na medida em que cada Unidade é vendida; (ii) verificar se a velocidade de vendas confere com nossas expectativas; e (iii) atualizar a curva de exposição de caixa do portfolio. Este acompanhamento do risco do portfolio é importante para nos auxiliar na tomada de decisão em relação a estratégia de marketing de cada empreendimento individual e do mix do portfolio. Comercialização e Vendas O recebimento pelas vendas efetuadas ocorre de acordo com o plano de pagamento disponibilizado por nós e escolhido por nossos clientes. Os cronogramas de pagamento geralmente prevêem que, pelo menos, 30% do preço de venda da Unidade deve ser pago até o fim da fase de construção. Isso facilita a transferência dos recebíveis originados da venda de Unidades após a conclusão da obra, uma vez que o financiamento pelo SFH, que atualmente oferece taxas mais baixas aos adquirentes dos imóveis do que as demais linhas de crédito disponíveis no mercado, está limitado, atualmente, a aproximadamente 70% do preço de venda da Unidade, podendo variar de acordo com a política individual de cada instituição financiadora. Geralmente uma pequena parcela das Unidades não está vendida no momento da conclusão da obra. Esse período é marcado por esforços de venda concentrados com o objetivo de vender as Unidades ainda remanescentes. 109 Efetuamos as nossas vendas por meio de corretores independentes contratados por empreendimento e por prazo determinado. A taxa de corretagem pode variar entre 3,0% e 4,5% sobre o preço de venda do imóvel e é paga pelo adquirente diretamente ao corretor contratado. Não há qualquer contrato de exclusividade com quaisquer empresas de corretagem que prestam serviços a nós, bem como não dependemos de nenhuma empresa em específico para a comercialização de nossos empreendimentos imobiliários. Contratação e Acompanhamento da Construção Após a conclusão do estágio de lançamento, a construção é iniciada. Esse estágio do projeto corresponde a maior parcela dos custos de uma incorporação imobiliária. Elaboramos, em conjunto com a construtora, um cronograma físico-financeiro da obra, no qual consta um orçamento dividido em “Custo Raso” (orçamento da construção), “Custo Alvo” (“Custo Raso” acrescido da taxa de administração) e “Custo Máximo” para a obra. A construtora é remunerada com taxa de administração sobre o “Custo Raso”. Caso os gastos de obra excedam o “Custo Alvo”, deixamos de pagar a taxa de administração sobre o excedente, arcando somente com as despesas de obra. Caso os gastos de obra excedam o “Custo Máximo”, deixamos de arcar com qualquer despesa de construção, sendo o construtor o responsável. Por outro lado, caso haja economia na obra, premiamos a construtora com um percentual sobre a diferença apurada entre o “Custo Alvo” e o custo efetivamente apurado na obra, incentivando, assim, a eficiência da construtora no cumprimento do cronograma da obra. Todas essas medidas contribuem para o gerenciamento adequado do risco do projeto. Por meio de nossas SPEs, contratamos uma empresa gerenciadora de obras para analisar e aprovar a adequação do cronograma físico de projetos ao cronograma financeiro, assim como acompanhar o respectivo empreendimento no tocante ao cumprimento do memorial descritivo, projeto, qualidade do material e mão-de-obra empregados, bem como aprovar a prestação de contas mensal da construtora contratada. Após a conclusão da obra, e uma vez que o habite-se tenha sido concedido pelo órgão competente, iniciamos a entrega das Unidades. Administração de Recebíveis Após o lançamento, iniciamos a administração de recebíveis, que consiste no controle de recebimento e cobrança. Atualmente, mantemos os recebíveis em carteira até o momento da entrega das chaves, quando (i) possibilitamos ao adquirente obter um financiamento bancário para quitar o saldo devedor e repassamos os recebíveis para um banco, procedimento, este, que priorizaremos nos próximos empreendimentos; (ii) securitizamos os recebíveis na forma de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) para posterior venda; ou (iii) mantemos os recebíveis em carteira própria. As nossas SPEs pagam à Companhia entre 0,5% e 1,5% do saldo devedor pela administração dos recebíveis. Projetos de Incorporação Imobiliária Nossa atividade principal compreende a incorporação para vendas nos segmentos residenciais e comerciais, bem como o desenvolvimento de Shopping Centers. Incorporação Imobiliária Residencial Nosso foco atual volta-se à incorporação residencial para diferentes faixas de renda, nas regiões do Grande Rio e futuramente na região metropolitana de São Paulo. A nossa flexibilidade na escolha dos empreendimentos imobiliários em que pretendemos atuar nos permite escolher as melhores oportunidades de atuação. O cronograma de nossos empreendimentos imobiliários segue, geralmente, as seguintes etapas: (i) aquisição do terreno; (ii) lançamento após três a seis meses da aquisição do terreno; (iii) início da construção do empreendimento, aproximadamente, seis meses após o lançamento; e (iv) conclusão a construção do empreendimento após 24 meses do início da construção. 110 O curto intervalo de tempo entre a aquisição de um terreno e o lançamento de determinado projeto, bem como utilização de opções de compra e permutas como forma de adquirir os terrenos utilizados em nossos empreendimentos imobiliários, evitam que incorramos nos custos relacionados à manutenção de um estoque de terrenos para projetos futuros e minimizemos a exposição ao risco de oscilações de preço no mercado imobiliário. Procuramos ser proprietários de pelo, menos, 50% de nossas incorporações. Não excluímos a possibilidade de realizar empreendimentos com outro nível de participação, desde que tenhamos o controle da incorporação, por meio de golden share ou acordo de acionistas ou de quotista. Projetos Lançados Nome do projeto Green Park........ VGV (em milhões de R$)(1) 58,8 Participação da CR2 no VGV(2) 60,0% VGV da CR2 (em milhões de R$)(1) Data de adição ao estoque de terrenos(3) 35,3 Agosto2006 Forma de adição ao estoque de terrenos Desenvolvido por Data de lançamento Andament o do projeto Preço por m2 (em mil R$)(4) Permuta Green 3000 Empreendimentos Imobiliários S.A. Março2006(5) Construção 3,0 Fevereiro2007 Lançamento 3,1 N/A N/A 3,1 Verano 1º Fase .... 97,2 60,0% 58,3 Maio-2006 Permuta CSG Empreendimentos Imobiliários S.A. Total/Média ..... 156,0 60,0% 93,6 N/A N/A N/A (1) (2) (3) (4) (5) VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes a corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Participação da CR2 no VGV total, excluindo participações de parceiros. Data da formalização da aquisição do terreno. VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes à corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, por m2 de área privativa. A tornou-se sócia da Green 3000 Empreendimentos Imobiliários S.A. em agosto de 2006, data posterior ao lançamento. As principais características do projeto relacionado acima estão descritas a seguir: Green Park. É um projeto residencial composto por duas torres, localizado no bairro da Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE Green 3000 Empreendimentos Imobiliários S.A., contando com 240 Unidades de 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média. As Unidades medem de 71 a 136 m2 de área privativa. Desde o lançamento das duas torres, que totalizam 240 unidades, vendemos um total de 107 Unidades de 240 unidades, o que corresponde a, aproximadamente, 44,6% do total, sendo 58 no Green Park 3.000 e 49 no Green Park 4.000. O número de Unidades vendidas exclui aquelas que vieram a ser distratadas posteriormente pelos adquirentes. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$3.000,00 por m2 de área privativa. Verano – 1ª Fase. É um projeto residencial localizado no bairro da Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE CSG Empreendimentos Imobiliários S.A., contando com 3 torres, que totalizam 272 Unidades de 2, 3 e 4 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média e do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 67 a 137 m2 de área privativa. Desde o lançamento das duas 1as torres, que totalizam 198 unidades, em 14 de fevereiro de 2007, vendemos 110 unidades que correspondem a aproximadamente 56% das Unidades das 2 torres. Em decorrência do desempenho de vendas, lançamos em 10 de Março de 2007 a 3ª torre, que totaliza 74 unidades. Até a presente data, vendemos 6 unidades da 3ª torre. O número de Unidades vendidas exclui aquelas que foram a ser distratadas posteriormente pelos adquirentes. O preço de lançamento foi estabelecido em aproximadamente R$3.150,00 por m2 de área privativa. 111 Lançamentos Programados Acreditamos que a estabilidade da economia brasileira, os incentivos fiscais estendidos ao setor imobiliário, as alterações na legislação sobre o setor, o aumento da oferta de crédito imobiliário, bem como a queda da taxa de juros praticada no Brasil, resultarão no aumento da demanda por empreendimentos imobiliários, especialmente por parte dos consumidores do Segmento Residencial de Renda Média e do Segmento Residencial de Baixa Renda, o que implicará no aumento dos investimentos neste setor. Para maiores informações, ver a Seção “Visão Geral do Setor”. Neste contexto, detemos lançamentos programados para os próximos meses, por meio de opções e promessas de compra de terrenos, sobretudo na região do Grande Rio, que serão viabilizados com os recursos que pretendemos captar com a presente Oferta. Ressaltamos que os nossos empreendimentos em andamento já contam com recursos em nosso caixa destinados a sua execução. Nome do projeto VGV (em milhões de R$)(1) Participação da CR2 no VGV(2) Villaggio del Mare (5) 66,3 52,0% Duque de Caxias 4,9 Henrique Costa Splendore Valqueire VGV da CR2 (em milhões de R$)(1) Data de adição ao estoque de terrenos(3) Forma de adição ao estoque de terrenos 34,5 Dezembro2006 Permuta 66,0% 3,2 Janeiro-2007 Permuta 23,6 80,0% 18,9 Dezembro2006 Compra e Venda 40,4 80,0% 32,3 Novembro2006 Compra e Venda Verano 2ª e 3ª fases 191,9 60,0% 115,2 Maio-2006 Permuta Alcântara 424,5 80,0% 339,6 Dezembro2006 Compra e Venda Lote B-3 Nova Iguaçu(5) Total/ Média .......... (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Desenvolvido por CR2 Pontal Empreendimentos Ltda. CR2 Caxias Empreendimentos Ltda. CR2 Empreendimentos SPE-11 Ltda. CR2 Empreendimentos SPE-7 Ltda. CSG Empreendimentos Imobiliários S.A. CR2 Empreendimentos SPE-9 Ltda. Data de lançamento Andamento do projeto Preço por m2 (em mil R$)(4) Abril-2007 Elaboração do projeto 2,7 Abril-2007(7) Início da construção 1,4 Maio-2007 Elaboração do projeto 2,3 Maio-2007 Maio e Agosto de 2007 Elaboração do projeto 2,3 Prélançamento 3,1 Elaboração do projeto Elaboração do projeto Elaboração do projeto N/A 69,3 60,0% 41,6 Maio-2006 Permuta N/A 2.495,0 100,0% 2.495,0 Março-2007 Permuta N/A (6) Agosto-2007 Dezembro2007 Janeiro2008(7) 3.316,0 92,9% 3.080,3 N/A N/A N/A N/A (6) 2,2 3,1 1,6 1,7 VGV de lançamento. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Participação da CR2 no VGV total, excluindo participações de parceiros. Data estimada da aquisição do terreno. VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes à corretagem, por m2 de área privativa. Empreendimentos imobiliários compostos por casas residenciais. Não foi definida ainda a SPE que será responsável pelo desenvolvimento desse empreendimento imobiliário. Data de início da construção. Este empreendimento não se configura como incorporação imobiliária, uma vez que a comercialização dos imóveis só se dará após o término da construção. 112 A tabela abaixo apresenta os principais indicadores operacionais do empreendimento Nova Iguaçu: Nome do projeto VGV (em milhões de (1) R$) Participação da CR2 no (2) VGV Nova Iguaçu 1a fase 2a fase 3a fase 4a fase Total/Média ........ 325,0 350,0 375,0 1.445,0 2.495,0 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% (1) (2) (3) Números de casas Área privativa por casa 2 (m ) Data de início da (3) comercialização Preço por m (em mil R$) 5.000 5.000 5.000 17.000 32.000 50 50 50 50 1.600.000 Novembro-2008 Novembro-2009 Novembro-2010 Novembro-2011 N/A 1,3 1,4 1,5 1,7 1,6 2 VGV de lançamento. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Participação da CR2 no VGV total, excluindo participações de parceiros. Data de início da comercialização das Unidades. Este empreendimento não se configura como incorporação imobiliária, uma vez que a comercialização dos imóveis só se dará após o término da construção. As principais características dos projetos relacionados acima estão descritas a seguir: Villaggio del Mare. É um projeto de casas residenciais localizadas no bairro do Recreio, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela SPE CR2 Pontal Empreendimentos Ltda., tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média, contando com 172 Unidades de 3 e 4 dormitórios. As Unidades medem de 120 a 154 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$2.700,00 por m2 de área privativa. Duque de Caxias. É um projeto residencial localizado no bairro da Santa Cruz da Serra, na Cidade de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela SPE CR2 Caxias Empreendimentos Ltda., contando com 83 Unidades de 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média Baixa e do Segmento Residencial de Baixa Renda. As Unidades medem aproximadamente 43 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$1.350,00 por m2 de área privativa. Henrique Costa. É um projeto residencial localizado no bairro de Jacarepaguá, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido Pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-11 Ltda., contando com 224 Unidades de 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média Baixa. As Unidades medem 46 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$2.300,00 por m2 de área privativa. Splendore Valqueire. É um projeto residencial localizado no bairro da Vila Valqueire, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-7 Ltda., contando com 280 Unidades de 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média Baixa. As Unidades medem de 55 a 130 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$2.300,00 por m2 de área privativa. Verano – 2ª e 3ª Fases. É um projeto residencial localizado no bairro da Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela SPE CSG Empreendimentos Imobiliários S.A., contando com 6 torres, que totalizam 670 Unidades de 2, 3 e 4 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média e do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 67 a 137 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$3.150,00 por m2 de área privativa. Alcântara. É um projeto residencial localizado no bairro de Alcântara, na Cidade de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-9 Ltda., contando com 3.800 Unidades de 1, 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Média Baixa. As Unidades deverão medir, aproximadamente, 51 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$2.200,00 por m2 de área privativa. 113 Lote B-3. É um projeto residencial localizado no bairro da Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido por SPE a ser constituída posteriormente, contando com 240 Unidades de 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média e do Segmento Residencial de Alta Renda. As unidades medem de 87 a 172 m2 de área privativa. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$3.150,00 por m2 de área privativa. Nova Iguaçu. É um projeto de casas residenciais localizadas na Cidade de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido por SPE a ser definida posteriormente, tendo como público-alvo compradores do Segmento Residencial de Renda Média Baixa e do Segmento Residencial de Baixa Renda, contando com 32.000 Unidades. As Unidades deverão medir aproximadamente 50 m2 de área privativa. O preço de lançamento varia de R$1.300,00 a R$1.700,00 por m2 de área privativa (preço médio de R$1.600,00 por m2 de área privativa). O quadro a seguir indica o projeto que desejamos implementar, o qual ainda não foi aprovado pelos órgãos competentes, de modo que poderá ser diferente daquele indicado a seguir. Incorporação Comercial Pretendemos expandir nossas atividades de incorporação imobiliária para o segmento de empreendimentos comerciais, analisando oportunidades de investimentos no Estado do Rio de Janeiro, bem como pretendemos iniciar nossas atividades na região metropolitana do Estado de São Paulo. 114 Lançamentos Programados Atualmente temos os seguintes projetos nos quais participaremos como incorporadores e que planejamos lançar até fevereiro de 2008: VGV (em milhões (1) de R$) Nome do projeto Barra Trade ...... Cidade da Barra ........ Total/Média ... (1) (2) (3) (4) Participação da CR2 no (2) VGV VGV da CR2 (em milhões (1) de R$) Data de adição ao estoque de (3) terrenos Forma de adição ao estoque de terrenos 27,2 60,0% 16,3 Março-2007 Permuta 1.250,0 1.277,2 25,0% 25,7% 312,5 328,8 Março-2007 N/A Pemuta N/A Desenvolvido por CR2 Empreendimentos SPE-13 Ltda. Cimol Empreendimentos Imobiliários Ltda. N/A Andamen to do projeto Preço 2 por m (em mil (4) R$) Agosto/2007 Elaboração do projeto 4,8 Fevereiro-2008 N/A Elaboração do projeto N/A 5,0 5,0 Data de lançamento VGV de lançamento. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Participação da CR2 no VGV total, excluindo participações de parceiros. Data estimada da aquisição do terreno. VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes à corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006, por m2 de área privativa. As principais características dos projetos relacionados acima estão descritas a seguir: Barra Trade. É um projeto comercial localizado no bairro da Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido por SPE a ser definida posteriormente, contando com 5 blocos comerciais, sendo que cada bloco possui 3 andares, tendo como público-alvo compradores do Segmento Comercial de Alta Renda. A área privativa média de cada bloco deverá ser de, aproximadamente, 1.134 m2 e o preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$4.800,00 por m2 de área privativa. Cidade da Barra. É um projeto comercial localizado na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a ser desenvolvido pela Cimol Empreendimentos Imobiliários Ltda., tendo como público-alvo compradores do Segmento Comercial de Alta Renda. O preço de lançamento é estabelecido em, aproximadamente, R$5.000,00 por m2 de área privativa. Shopping Centers Pretendemos ampliar, por meio de parcerias, nossa atuação no segmento de incorporação e desenvolvimento de Shopping Centers voltados ao atendimento da população que compõem o Segmento Residencial de Renda Média e o Segmento Residencial de Baixa Renda. No desenvolvimento desses projetos, coordenaremos todas as fases do negócio, principalmente a elaboração dos projetos, a comercialização e a construção dos empreendimentos. Contratamos pesquisa de mercado para conhecer a necessidade da população de determinada região em relação a novos empreendimentos de Shopping Center e adequamos a comercialização e o conjunto de lojas escolhidas para o nosso empreendimento aos dados interpretados da pesquisa. A administração dos nossos Shopping Centers será realizada por empresas especializadas na administração de empreendimentos deste setor, por nós contratadas. Além disso, nos beneficiaremos dos recursos oriundos da cessão de direito de uso, que serão pagos pelos lojistas ao celebrarem conosco a locação do espaço em nossos Shopping Centers. Adicionalmente, poderemos alienar os direitos relacionados à propriedade de nossos Shopping Centers caso identifiquemos oportunidades com maior retorno financeiro. Lançamentos Programados A Companhia está desenvolvendo estudos necessários à implantação de um Shopping Center, localizado na cidade de São Gonçalo, no bairro do Centro, Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de atender público consumidor que compõe o Segmento Residencial de Renda Média e o Segmento Residencial de Baixa Renda. O Shopping Center possuirá uma Área Bruta Locável de, aproximadamente, 2 22.000 m e terá, aproximadamente, 236 lojas, sendo 2 âncoras, 1 cinema, e 233 satélites, incluindo 5 megastores, demandando investimento estimado de, aproximadamente, R$54 milhões. 115 A participação da Companhia na SPE responsável pelo desenvolvimento do projeto é de 80,0% e a compra do terreno foi ajustada por meio de permuta física de 24,0%. A Companhia está desenvolvendo o projeto visando o lançamento para os lojistas para o primeiro semestre de 2007 e a inauguração para o final de 2008. Atualmente, o projeto encontra-se em fase de obtenção de licenças perante os órgãos competentes. Fases Operacionais A nossa atuação abrangerá desde a prospecção dos terrenos até a fase operacional, seguindo as fases abaixo descritas: Prospecção de Terrenos São realizadas análises de mercado quanto à demanda por Shopping Centers em determinada localidade, seleção de terrenos, análise jurídica, conceituação inicial do projeto e análise econômico-financeira por empresas especializadas e por nossa administração. Com base nesses elementos, decidiremos pela aquisição do terreno, que, na maioria das vezes, será adquirido por meio de permuta, de forma que o proprietário possa reter um percentual da propriedade do empreendimento. Procuramos estabelecer opções de compra em relação aos terrenos para garantirmos a conclusão da compra do terreno após termos realizado todo o estudo de viabilidade. Definição do Projeto Nessa fase são realizadas pesquisas de mercado, incluindo levantamentos de tráfego e acesso ao local, concorrência existente, perfil do consumidor e da demanda de área de comércio por segmento de produto e do mercado a serem atendidos. Com base nestas informações, é definido o projeto para o Shopping Center, bem como serão iniciadas conversações com os principais lojistas e com cadeias nacionais de representatividade. Lançamento Fase em que é definida estratégia de marketing do projeto, elaborado o material promocional de vendas, preparado o terreno com outdoors, construído o stand de vendas, iniciado o treinamento dos corretores e promovida a contratação dos principais lojistas e grandes cadeias nacionais com o objetivo de lançamento público. Desenvolvimento Nesta fase é realizada a comercialização do projeto, por meio da locação de suas lojas e espaços. Como regra geral, iniciamos a construção do Shopping Center, por meio de construtores contratados mediante licitação visando o menor preço e a melhor qualidade do serviço a ser prestado. Administração Pretendemos contratar, para a administração de nossos Shopping Centers, empresas especializadas na administração desse tipo de empreendimento, que o farão sob nossa orientação. Pretendemos acompanhar, juntamente com a administradora do Shopping Center, eventuais mudanças de lojas, bem como garantir que não haverá qualquer tipo de comercialização dos direitos relacionados ao aluguel das lojas. A manutenção das instalações dos Shopping Centers ficará a cargo da administradora a ser contratada. Adicionalmente, pretendemos contratar empresa especializada para as operações do estacionamento. Financiamento Com o intuito de reduzir nossa exposição de caixa em relação ao empreendimento em questão, buscaremos financiamento para os custos envolvidos junto a instituições financeiras, otimizando, assim, a utilização de recursos da nossa Companhia. 116 Concorrência O mercado imobiliário brasileiro é marcado por grande competição. Trata-se, sobretudo, de mercado extremamente pulverizado, sendo que nenhum participante detém, individualmente, participação expressiva do mercado nacional. De forma geral, a concorrência é mais intensa na região do Grande Rio e na região metropolitana de São Paulo. Os principais fatores de diferenciação frente aos consumidores incluem: localização, preço, disponibilidade e condições de financiamento, padrão de acabamento das Unidades, qualidade dos materiais utilizados na obra, serviços e itens de lazer oferecidos, reputação da construtora e da incorporadora e histórico de cumprimento dos prazos das obras. Esperamos enfrentar concorrência muito similar à encontrada no Estado do Rio de Janeiro em nossa futura atuação na região metropolitana de São Paulo, região esta em que nossos principais concorrentes no Estado do Rio de Janeiro também atuam. Sazonalidade Embora o mercado imobiliário em geral costume desacelerar durante alguns meses do ano (janeiro, fevereiro e julho) em função de férias, que acabam influenciando em decisões de investimento, as nossas atividades não são afetadas de forma relevante pela sazonalidade. Licenças dos Empreendimentos Imobiliários De acordo com a regulamentação aplicável ao setor imobiliário, somos obrigados a obter diversas licenças relativas a todo e qualquer novo empreendimento imobiliário que venhamos a realizar. Para informações adicionais, veja o item “Regulamentação do Setor Imobiliário – O Setor Imobiliário”. Em 31 de dezembro de 2006, não havia qualquer inadimplência em relação à obtenção de licenças para nossos empreendimentos imobiliários, observada a fase de desenvolvimento de cada empreendimento. Relacionamento com Clientes Nosso programa de relacionamento com cliente é uma forte ferramenta para a venda de outras Unidades, pois nos possibilita reforçar um vínculo de fidelização com os compradores de Unidades em futuras compras, além de proporcionar a divulgação dos nossos empreendimentos entre os conhecidos dos nossos clientes. Nesse sentido, possuímos contato direto com os clientes ao longo de todas as etapas de uma incorporação imobiliária, procurando ter uma postura ativa e flexível para oferecer um atendimento personalizado e desenvolver uma relação de confiança e respeito com nossos clientes. Após a efetivação da venda, nossa equipe de atendimento pós vendas é responsável por esclarecer eventuais dúvidas que o adquirente possa ter em relação ao respectivo empreendimento no qual se insere a Unidade adquirida. Ativos Permanentes e Estabelecimentos A nossa Companhia não possui imóveis próprios, conduzindo suas atividades administrativas e comerciais, basicamente, com imóveis alugados. Os nossos ativos permanentes consistem, essencialmente, em equipamentos de informática e de telefonia, móveis e equipamentos para escritório. Os nossos principais ativos permanentes são avaliados em R$1,0 mil, em 31 de dezembro de 2006. Recursos Humanos Acreditamos que as nossas SPEs não precisarão contratar empregados pois serão administradas por nós. Esse grupo de administradores é responsável pela contratação da equipe operacional do projeto conforme necessário. Esperamos que os administradores designados por nós para aquelas SPEs sejam escolhidos dentre nossos diretores, empregados e acionistas. 117 A tabela abaixo ilustra a nossa força de trabalho nos exercícios sociais encerrados em 31 de março de 2007, bem como nossa expectativa após a conclusão da presente Oferta, quando o staff atualmente empregado pela CR2 Administradora e parte do staff empregado pelo Banco CR2 será formalmente contratado por nós: Diretores ........................................................................................................ Funcionários.................................................................................. Estagiários..................................................................................... Total ............................................................................................ 31 de março de 2007 Após a conclusão da Oferta 4 12 8 24 5 20 10 35 Os empregados alocados nos escritórios desenvolvem e desenvolverão atividades nas áreas de administração, recursos humanos, negócios imobiliários, contabilidade, informática, incorporação e jurídica. Remuneração A Companhia oferece salários em linha com o mercado, que são, suficientemente, atrativos para contratar os recursos humanos necessários. Benefícios Os benefícios oferecidos pela Companhia seguem o padrão de mercado para cada um dos níveis hierárquicos. O valor dos benefícios leva em consideração o nível hierárquico e a posição do cargo na tabela salarial. Relações com Sindicatos A Companhia tem um bom relacionamento com os sindicatos da classe que é o SECOVI-RJ (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Estado do Rio de Janeiro). Os acordos coletivos de trabalho com cada sindicato são renegociados anualmente. Não há nenhum registro na história da Companhia de ocorrência de greves e paralisações. O sindicato que representa os nossos empregados é o SINDICOVI (Sindicato dos Empregados em Casas de Diversões e em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis do Município do Rio de Janeiro). Plano de Participação nos Lucros e Resultados A Companhia não possui, na data deste Prospecto, Plano de Participação nos Lucros e Resultados. Plano de Opção de Compra de Ações Na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 13 de março de 2007, nossos acionistas aprovaram um plano de opção de compra de nossas ações. Nos termos do Plano de Opção, que é gerido pelo nosso Conselho de Administração, nós podemos conceder opção para a compra de nossas ações aos nossos (i) administradores; (ii) empregados; e (iii) prestadores de serviços da Companhia ou de outras sociedades sob o seu controle. 118 As opções são outorgadas sem custo e não podem ser transferidas, exceto em circunstâncias determinadas. Caberá ao Conselho de Administração fixar o preço de exercício das opções outorgadas nos termos do Plano de Opção, respeitado o preço mínimo equivalente à cotação média das ações da Companhia da mesma espécie nos últimos 20 pregões na BOVESPA imediatamente anteriores à data da outorga da opção, corrigido de acordo com a variação do IPCA, divulgado pelo IBGE, a partir do mês imediatamente anterior à outorga da opção e até o mês anterior ao efetivo exercício da mesma, exceto durante o primeiro ano de vigência do plano, em que o preço de exercício das opções será aquele definido no Processo de Bookbuilding, corrigido de acordo com a variação do IPCA. O número total de ações ordinárias relativo ao qual opções podem ser concedidas a qualquer pessoa nos termos do Plano de Opção não excederá 5% das ações ordinárias do capital da Companhia existentes no período. Mediante o exercício de uma opção adquirida e o pagamento do preço de exercício, o participante receberá uma ação ordinária de nosso capital social. Exceto em algumas circunstâncias, as opções deixam de poder ser exercidas depois da data de término do vínculo do participante com a Companhia. Até o presente momento nós não outorgamos opções para aquisição de ações ordinárias da Companhia. Questões Ambientais Estamos sujeitos a leis e regulamentos locais, estaduais e federais relativos à proteção do meio ambiente. Como decorrência de nossas obrigações legais, durante a avaliação dos terrenos, adquirimos locais que estejam de acordo com as normas ambientais. Isso se deve ao fato de que procuramos considerar todos os aspectos ambientais necessários e aplicáveis, com ênfase para a eventual existência de mananciais, árvores, vegetação e a localização desses terrenos em áreas de preservação natural. Portanto, antes mesmo do imóvel, no qual um determinado projeto será desenvolvido, ser adquirido, avaliamos devidamente todos os aspectos relevantes, incluindo, mas não se limitando, os aspectos ambientais. Acreditamos que obteremos as autorizações e licenças ambientais aplicáveis necessárias para a realização de nossos empreendimentos, observando, devidamente, as regras e procedimentos ambientais relevantes, de forma a não comprometer qualquer dos projetos em que nos envolvermos. Ressaltamos que não há garantia de que obteremos tais licenças como um todo ou no tempo esperado. Não possuímos certificações em padrões internacionais de proteção ambiental. Seguros Mantemos apólice de seguro de risco de engenharia junto a companhias de seguros brasileiras líderes e financeiramente sólidas. Os riscos cobertos encontram-se relacionados aos seguintes eventos: (i) incêndio, raio e explosão, tumulto; (ii) roubo; (iii) vendaval; (iv) erro de projeto/riscos do fabricante; (v) despesas extraordinária/desentulho; (vi) prejuízos a ferramentas, equipamentos móveis e estacionários e artefatos de decoração; (vii) prejuízos a instalações provisórias; (viii) manutenção simples e ampla; (ix) responsabilidade civil e cruzada; (x) prejuízos a propriedades circunvizinhas; (xi) dano moral; e (xi) diversos outros. Nossa apólice de seguro cobre riscos potenciais existentes desde o início das obras. Não há, contudo, quaisquer apólices ou coberturas para lucros cessantes da Companhia. Não mantemos nenhuma apólice de seguro para nossos imóveis depois do encerramento das obras. Nossa administração acredita que as coberturas de seguro são adequadas e contratadas em condições de mercado, mas não pode garantir que o valor das coberturas será suficiente para se proteger de perdas relevantes. Propriedade Intelectual A Companhia não é titular de qualquer direito de propriedade intelectual em seu nome, utilizando-se somente do direito de uso das marcas nominativa e mista “CR2”, que foram concedidas, gratuitamente, pelo Banco CR2 S.A. 119 Contratos Relevantes A Companhia não possui nenhum contrato relevante de natureza comercial, financeira ou outra, exceto pelo descrito abaixo. Contratos Comerciais Constituição de Parcerias No desenvolvimento de nossos empreendimentos imobiliários, procuramos constituir parcerias, especialmente com construtoras e empreiteiras locais, por meio de “Contrato para Associação em Empreendimentos Imobiliários”, em que se estabelecem as condições para a formação das SPEs entre a nossa Companhia e o parceiro. Geralmente, os potenciais parceiros da CR2 são titulares de direitos de aquisição de terrenos. Nesse sentido, ao formar a parceria, nossos parceiros transferem a titularidade dos direitos de aquisições dos terrenos para as SPEs. Tão logo essa titularidade seja transferida, podemos adquirir o terreno. Negociamos a compra do terreno com os respectivos proprietários mediante a transferência de recursos, à vista ou a prazo, ou por meio de permuta física ou financeira. Nesse momento, tornamo-nos os responsáveis pelos custos de construção correspondentes ao empreendimento. Para maiores informações, ver “–Aquisição de Terrenos”. Outros aspectos de nossas parcerias são: • financiamos, quando necessário, a participação de nossos parceiros nas SPEs, sempre em condições de mercado, por meio de contratos de mútuo; • quando nos associamos a uma construtora que detém a titularidade de direitos de aquisição de terrenos, geralmente a contratamos para a execução da obra. Para maiores informações acerca da remuneração das construtoras, ver a Seção “–Construção”; • a gestão financeira e de recebíveis decorrentes da alienação das Unidades é de nossa responsabilidade ou de terceiros indicados por nós, recebendo, para tanto, remuneração equivalente a, aproximadamente, 1% sobre todos os valores recebidos, relacionados à venda de cada Unidade; e • as decisões imobiliárias cabem a nós, especialmente aquelas relativas à fixação das tabelas de comercialização das Unidades e aos preços e condições de pagamento. Contratos Financeiros Na data deste Prospecto, não havíamos contratado nenhum contrato financeiro. Contingências Judiciais e Administrativas Geral Na data deste Prospecto, a Companhia possuía uma ação de natureza tributária, sendo que esta não representa contingência de valor significativo para a Companhia. Processos Tributários A Companhia é parte em uma ação tributária, em que figura como autora, sendo que o valor da causa, abaixo descrito, não representa contingência de valor significativo. Em dezembro de 2005, a CR2 Administradora e suas controladas à época (CR2 Investimentos S.A., CR2 Splendor Participações S.A, CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A e CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A.) impetraram Mandado de Segurança preventivo em face dos Delegados da Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária – DERAT, da Delegacia da Receita Federal de Fiscalização – DEFIC e da Delegacia da Especial de Instituições Financeiras – DEINF, da 7ª Região Fiscal. 120 Este Mandado de Segurança se relaciona à discussão acerca da constitucionalidade da ampliação da base de cálculo do PIS/COFINS. Em recentes julgamentos do Supremo Tribunal Federal, decidiu-se pela inconstitucionalidade dos normativos que criaram a incidência do PIS/COFINS sobre outras receitas que não aquelas decorrentes exclusivamente da venda de mercadorias e da prestação de serviço, a partir de novembro de 2000. Nesse sentido, a CR2 Administradora e suas controladas impetraram Mandado de Segurança preventivo, com o objetivo de utilizar o crédito do PIS e da COFINS, pago nos termos da Lei nº. 9.718/98, para quitar, por compensação, qualquer tributo administrado pela Secretaria da Receita Federal e questionar a incidência do PIS e da COFINS, de acordo com a referida lei, a partir de novembro de 2005, mediante depósito judicial para suspender a exigibilidade destes tributos, tendo sido atribuída à causa o valor de R$200 mil. Em 1ª instância, decidiu-se favorável. Aguarda-se decisão de 2ª instância. A Companhia acredita que as chances de êxito dessa ação são possíveis. Processos Trabalhistas Na data deste Prospecto, a Companhia não possuía ações trabalhistas pendentes. Processos Cíveis Na data deste Prospecto, a Companhia não possuía ações cíveis pendentes. Dependência de Mercados As nossas atividades são realizadas apenas no mercado interno brasileiro, inexistindo, portanto, qualquer dependência do mercado externo. Concentramos nossas atividades no Estado do Rio de Janeiro, principalmente na região do Grande Rio, e pretendemos iniciar em 2007 nossas atividades no Estado de São Paulo, com foco na região metropolitana de São Paulo. A nossa atuação no Estado do Rio de Janeiro abrange as cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Gonçalo e planejamos atuar no Estado de São Paulo em regiões em que identifiquemos mercados líquidos, consolidados e com grande potencial de crescimento. Em razão de nosso modelo de negócios, temos flexibilidade para atuar por meio de parcerias em quaisquer mercados nos quais identifiquemos boas oportunidades de investimento. Principais Insumos e Fornecedores No curso normal de nossas atividades de incorporação imobiliária não dependemos de insumos ou de determinados fornecedores. Políticas de Responsabilidade Social, Patrocínio e Incentivo Cultural A nossa Companhia não possui política expressa sobre esses assuntos. Prêmios Devido à nossa recente constituição, não possuímos prêmios relacionados a nossa atuação no mercado imobiliário. 121 ADMINISTRAÇÃO Nos termos do Estatuto Social, nós somos administrados pelo nosso Conselho de Administração e pela nossa Diretoria. O Estatuto Social regula, ainda, o nosso Conselho Fiscal, de funcionamento não permanente. Após a realização da Oferta, estaremos sujeitos a regras que decorrem do Regulamento do Novo Mercado e do Contrato de Participação no Novo Mercado. Conselho de Administração O Conselho de Administração é o órgão de deliberação colegiado da nossa Companhia, responsável pela formulação e monitoramento das políticas gerais de negócios, incluindo a estratégia de longo prazo. É responsável, também, dentre outras atribuições, pela designação e supervisão da gestão dos nossos Diretores. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho de Administração é também responsável pela contratação dos auditores independentes. O Conselho de Administração se reúne ordinariamente, bimestralmente, e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu presidente ou vice-presidente. Todas as decisões do Conselho de Administração são tomadas pela maioria dos votos dos membros presentes a qualquer reunião. De acordo com o nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração deve ter, no mínimo, cinco e, no máximo, nove membros, sendo pelo menos dois independentes, devendo cada qual ser, necessariamente, nosso acionista, muito embora não exista um limite mínimo de participação acionária para tanto. Atualmente, o nosso Conselho de Administração é composto por nove membros. Os nossos conselheiros são eleitos em Assembléia Geral, com mandato de um ano, podendo ser reeleitos e destituídos a qualquer momento por acionistas reunidos em Assembléia Geral, devendo permanecer em seus cargos e no exercício de suas funções até que sejam eleitos seus substitutos, exceto se de outra forma for deliberado pela Assembléia Geral de Acionistas. De acordo com o Regulamento do Novo Mercado, no mínimo 20% dos membros do Conselho de Administração deverão ser conselheiros independentes. Os conselheiros deverão ainda subscrever, previamente à sua investidura no cargo, termo de anuência dos administradores previsto no Regulamento do Novo Mercado. No mais, em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, os membros do Conselho de Administração estão proibidos de votar em qualquer assembléia de acionistas, ou ainda de atuar em qualquer operação ou negócios nos quais estes tenham um conflito de interesses com a nossa Companhia. Para maiores informações, ver a Seção “Governança Corporativa”. Os membros do nosso Conselho de Administração foram eleitos na Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 05 de fevereiro de 2007, com mandato de um ano, válido até a Assembléia Geral Ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007. Segue na tabela abaixo os nomes, idades, posições e data da eleição dos nossos membros do Conselho de Administração: Nome Cláudio Coutinho Mendes Carlos Antonio Guedes Valente Rogério Furtado Moreira Stephen Howland Taber* Tanit Maria Rey Sanches Raquel Santos Carneiro Maria Silvia Bastos Marques Bruno Licht* Artur Olinto Guimarães* Idade Posição Data da Eleição 50 48 42 53 65 42 49 45 59 Presidente do Conselho de Administração Vice-Presidente do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 *Conselheiro Independente. Para uma descrição dos contratos ou outras obrigações relevantes existentes entre os nossos administradores e a nossa Companhia, ver a Seção “Operações com Partes Relacionadas”. 122 Seguem abaixo as ocupações principais e currículos resumidos dos nossos membros do Conselho de Administração: Cláudio Coutinho Mendes. O Sr. Mendes é graduado em engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ("UFRJ") em 1982 e em economia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro ("UERJ") em 1986 e pós graduado em engenharia oceânica pela Instituto de Coordenação dos Programas de Pósgraduação de Engenharia (COPPE-UFRJ) em 1985. O Sr. Mendes foi gerente de investimentos na Corretora Schahim Cury S.A. em 1985 e em 1986 ingressou no grupo BBM como gerente de mesa de operações da BBM Corretora. Em 1989, tornou-se diretor adjunto do Banco BBM e em 1993 foi promovido a diretor executivo. Foi responsável pelas áreas de crédito, comercial, consumer, câmbio, produtos e marketing. Tornou-se sócio do Banco BBM em 1995. Em 1997 tornou-se responsável pela área de investimentos imobiliários e de administração de fundos imobiliários do Banco BBM. Em 1999 foi sócio co-fundador da CR2 DTVM, atualmente Banco CR2 S.A., sendo o diretor executivo responsável pela áreas de análise e comercial de crédito. Em 2006, tornou-se sócio da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Desde 10 de janeiro de 2006 exerce o cargo de Presidente do nosso Conselho de Administração. Carlos Antonio Guedes Valente. O Sr. Guedes Valente é graduado e pós graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica ("PUC") do Rio de Janeiro em 1982 e 1984, respectivamente. Em 1985 Ingressou no grupo BBM como assessor da presidência. Em 1986, na função de gerente da BBM Corretora de Valores S.A. ("BBM Corretora"), passou a responder pelas operações de renda variável do grupo BBM. Tornouse diretor adjunto do Banco BBM S.A. ("Banco BBM") em 1989, tornando-se diretor executivo em 1993, sendo responsável pelas operações de carteira própria, incluindo investimentos imobiliários, risco de preços e recursos humanos da instituição. Tornou-se sócio do Banco BBM em 1995. Em 1997 retirou-se da diretoria do Banco BBM para assumir a área de ativos internacionais do grupo BBM. Desligou-se do grupo BBM em 1998. Em 1999 foi sócio co-fundador da CR2 DTVM, atualmente Banco CR2, sendo eleito para exercer o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Banco, em 02 de abril de 2007. Em 2006, tornou-se sócio da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Desde 10 de janeiro de 2006 exerce o cargo de Vice-Presidente do nosso Conselho de Administração. Rogério Furtado Moreira. O Sr. Moreira é graduado em engenharia de produção pela UFRJ em 1987 e tem master business administration em finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais ("IBMEC"). Foi consultor na Arthur Andersen Consulting em 1988, ingressando no Banco BBM no final de 1988, como operador de renda variável e derivativos. Em 1993, assumiu também a gerência geral de investimentos em renda variável. Em 1994, mudou-se para Nova York com a finalidade de estruturar a BBM Securities (corretora do grupo em Nova York). Tornou-se sócio do Banco BBM em 1995 e retornou ao Brasil para constituir a empresa de asset management do Banco BBM, tendo como principal função a coordenação da gestão de todos os fundos de investimento e carteiras, incluindo as carteiras de investimento imobiliário. Tornou-se diretor adjunto em 1997. Desligou-se do grupo BBM em 31 de dezembro de 1998. Em 1999 foi sócio co-fundador da CR2 DTVM, atualmente Banco CR2, sendo eleito para exercer o cargo de Conselheiro do Banco, em 02 de abril de 2007. Em 2006, tornouse sócio da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Desde 05 de fevereiro de 2007 exerce o cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores na nossa Companhia, além de ser membro de nosso Conselho de Administração desde 10 de janeiro de 2006. Stephen Taber. O Sr. Taber é graduado em administração de empresas pela George Washington University em 1976 e possui master business administration pela Thunderbird School of Global Management em 1984. O Sr. Taber é empregado da Autonomy Capital Research LLP, fundo de investimentos sediado na Inglaterra. Em 2005, o Sr. Taber era o representante brasileiro da Pali Capital Inc, corretora de valores sediada em Nova York, e ,em 2004, foi consultor financeiro da Telefinance Ltda., empresa de consultoria financeira. De 2002 a 2003, trabalhou na Tradition (North America) Inc., corretora de valores sediada em Nova York, com foco em mercados emergentes. De 1999 a 2002, o Sr. Taber foi membro da administração da Latin America Technology Fund, LP, fundo de investimento. De 1996 a 1998, foi diretor assistente da ING Barings' Emerging Market de Londres e vice-presidente do ING Bank no Brasil. O Sr. Taber assumiu diversas posições na divisão latino-americana do Marine Midland Bank (HSBC Group), tendo assumido a vicepresidência das divisões da Colômbia, Panamá, Porto Rico e Bermudas. Adicionalmente, atuou como consultor para empresas que investem na América Latina. O Sr. Taber possui tanto a cidadania americana quanto brasileira. Desde 11 de abril de 2006, exerce o cargo de nosso Conselheiro. 123 Tanit Maria Rey Sanches. A Sra. Sanches é graduada em psicologia pela UFRJ em 1972 e é graduada em medicina pela Universidade Gama Filho em 1978. A Sra. Sanches é psicanalista membro da Associação Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (ABPRJ) desde 1982. É sócia da Construtora Ingá Ltda., da Lance Empreendimentos e Participações S.A., da Alcione Administração e Empreendimentos Ltda. e da Tao Empreendimentos Imobiliários Ltda., atuando como diretora vice-presidente nessas empresas desde 1999. Desde 11 de abril de 2006, exerce o cargo de nossa Conselheira. Raquel Santos Carneiro. A Sra. Carneiro é graduada em Direito pela UERJ em 1989. Ingressou no Banco BBM em 1989, exercendo a função de advogada. Em 1992, assumiu a gerência do departamento jurídico e, em 1995, assumiu também a gerência do departamento de contratos daquela instituição. Tornou-se sócia do Banco BBM em janeiro de 1996, tendo assumido a gerência geral de crédito de middle market em 1997. Desligou-se do grupo BBM em 1998. Em 1999, foi sócia cofundadora da CR2 DTVM S.A., atualmente Banco CR2, tendo atuado como a diretora executiva responsável pela área jurídica e compliance. Em 2006, tornou-se sócia da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Desde 11 de abril de 2006, exerce o cargo de nossa Conselheira. Maria Silvia Bastos Marques. A Sra. Marques é graduada em administração pública pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas ("FGV") em 1979 e mestre e doutora em economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da FGV em 1982 e em 1987, respectivamente. A Sra. Marques foi pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV de 1982 a 1989 e professora do departamento de Economia da PUC/RJ (1985/99). Foi Coordenadora da Área Externa da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (1990/91), em que atuou na estruturação e negociação de acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e na renegociação da dívida externa brasileira. Em 1991 foi para o BNDES, onde exerceu a função de assessora do presidente, trabalhando na estruturação do programa de desestatização brasileiro. Posteriormente, foi nomeada diretora das áreas financeira e de planejamento, cargo que ocupou até setembro de 1992. Foi Secretária de Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro (1993/96), de onde saiu para ingressar na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no cargo de diretora-superintendente do centro corporativo (em uma estrutura de diretoria colegiada, subordinada diretamente ao Conselho de Administração da CSN). Em abril de 1999, foi nomeada diretora presidente da CSN, função que exerceu até abril de 2002. A Sra. Marques assumiu a presidência do grupo Icatu Hartford em 02 de janeiro de 2007. Desde 11 de abril de 2006, exerce o cargo de nossa Conselheira. Artur Olinto Guimarães. O Sr. Guimarães tem curso superior incompleto de Direito na Faculdade de Filosofia do Rio de Janeiro (FFRJ) e especializou-se no cursou de "Formação de Executivos" na Faculdade Estácio de Sá. O Sr. Guimarães trabalhou de 1970 a 1973 na área administrativa da Companhia Carioca Industrial e, em 1973, ingressou na Safira Roupas Indústria e Comércio Ltda. ("Safira Roupas"), tornando-se sócio em 1982. Em 1995 detinha 50% da Safira Roupas e, em 2001, Tornou-se sócio majoritário, com 95% do capital. Em fevereiro de 2003 fundou a Valbigui Resources LLC, empresa de administração de patrimônio. Desde 05 de fevereiro de 2007, exerce o cargo de nosso Conselheiro. Bruno Licht. O Sr. Licht é graduado em engenharia pela UFRJ em 1982, tendo realizado diversos cursos no exterior, entre eles o E.P.S.C. –Executive Program/ Small Companies - na Universidade de Stanford e o Strategic Financial Planning na Universidade de Kellogg, ambos nos Estados Unidos. Em 1982, ingressou no Banco de Investimentos Garantia como trainee. Já em 1984, foi promovido a trader e, em 1986, tornou-se gerente de mesa da referida instituição. Posteriormente, em 1991, o Sr. Licht tornou-se sócio do Garantia e foi promovido a diretor em 1995. Com a venda do banco em 1998 para o Credit Suisse Group, o Sr. Licht passou a diretor da gerência de Asset do C.S.F.B. Asset Management, onde permaneceu até 2002, quando decidiu iniciar um novo negócio como sócio diretor da Asif Adm. Desde 11 de abril de 2006, exerce o cargo de nosso Conselheiro. Os nossos conselheiros possuem seu endereço comercial na Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), Centro, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. O telefone para contato é (21) 3806-2987, o fax é (21) 3806-2927. 124 Diretoria Os nossos Diretores são nossos representantes legais, responsáveis, principalmente, pela nossa administração cotidiana e pela implementação das políticas e diretrizes gerais estabelecidas pelo Conselho de Administração. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada membro da Diretoria deve ser residente no Brasil, podendo ser acionista ou não. Além disso, no máximo um terço dos membros do Conselho de Administração poderão ocupar cargo na Diretoria. Os nossos Diretores foram eleitos na Reunião do Conselho de Administração realizada no dia 05 de fevereiro de 2007, com mandato de um ano, válido até a Assembléia Geral Ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007. O nosso Estatuto Social dispõe que a Diretoria será composta por até 7 membros, sendo: um Diretor Presidente, um Diretor Técnico, um Diretor de Relações com Investidores, um Diretor Financeiro, um Diretor Jurídico e os demais Diretores sem designação específica. De acordo com o Regulamento do Novo Mercado, os diretores deverão subscrever, previamente à sua investidura no cargo, termo de anuência dos administradores previsto no Regulamento do Novo Mercado. A Diretoria de Relações com Investidores está localizada no Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), Centro. O nosso Diretor de Relações com Investidores é o Sr. Rogério Furtado Moreira, eleito na nossa reunião do Conselho de Administração realizada em 05 de fevereiro de 2007. O telefone do nosso departamento de acionistas é (21) 3806-2987, o fac-símile é (21) 3806-2927 e o endereço de correio eletrônico para atendimento de investidores é [email protected]. Abaixo, seguem os nomes, idades, posições e data de eleição dos atuais membros da nossa Diretoria: Nome Carlos Antonio Guedes Valente Rogério Furtado Moreira Monique Leone Moreira Cezar Rodrigo Nelson Brum Selles Idade Posição Data da Eleição 48 42 30 29 Diretor Presidente Diretor de Relações com Investidores e Diretor Financeiro Diretora Jurídica Diretor Técnico 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 05/02/2007 Seguem abaixo as ocupações principais e currículos resumidos dos nossos Diretores (com exceção dos Diretores que são membros do Conselho de Administração): Carlos Antonio Guedes Valente. Currículo acima descrito. Rogério Furtado Moreira. Currículo acima descrito. Monique Leone Moreira Cezar. A Sra. Moreira Cezar é graduada em Direito pela PUC Rio de Janeiro em 2000 e concluiu pós-graduação em direito da economia e da empresa pela FGV. A Sra. Moreira Cezar trabalhou como estagiária na White Martins S.A. e na Supervia S.A. de 1998 a 1999, ingressando no Banco CR2 em 2000, como advogada júnior. Em 2005, assumiu a posição de gerente do departamento jurídico e, em abril de 2006, tornou-se sócia do Banco CR2. Em dezembro de 2006, deixou de atuar como funcionária do Banco CR2. Ainda em 2006, tornou-se sócia da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Em 20 de dezembro de 2006, tornou-se nossa sócia, tendo sido eleita para o cargo de Diretora Jurídica em 05 de fevereiro de 2007. Rodrigo Nelson Brum Selles. O Sr. Selles é graduado em Engenharia Civil pela PUC do Rio de Janeiro em 2000 e cursa mestrado profissional em economia e finanças empresariais na FGV. O Sr. Selles trabalhou como estagiário de construção de 1998 a 1999, ingressando no Banco CR2 como estagiário no setor imobiliário. De 2000 a 2004, trabalhou como analista de investimentos imobiliários, tornando-se gerente do departamento imobiliário e, posteriormente, sócio do Banco CR2 em 2005. Em dezembro de 2006, deixou de atuar como funcionário do Banco CR2. Ainda em 2006, tornou-se sócio da empresa CR2 Serviços Financeiros Ltda. Em 10 de janeiro de 2006, foi eleito nosso Diretor sem designação específica, tornando-se sócio da nossa Companhia em 20 de dezembro de 2006. Em 05 de fevereiro de 2007, foi eleito para o cargo de nosso Diretor Técnico. 125 Os nossos diretores possuem seu endereço comercial na Rua do Mercado 11, 24º andar (parte), Centro, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. O telefone para contato é (21) 38062987, o fax é (21) 3806-2927. Conselho Fiscal De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal é um órgão independente da administração e da auditoria externa da nossa Companhia. A responsabilidade principal do Conselho Fiscal é fiscalizar os atos dos administradores e analisar as demonstrações financeiras, relatando suas observações aos acionistas. O nosso Conselho Fiscal é de funcionamento não permanente, mas pode ser instalado em qualquer exercício social caso haja requisição por parte dos nossos acionistas, como descrito abaixo. Atualmente, não possuímos um Conselho Fiscal instalado. Sempre que instalado, o Conselho Fiscal será constituído por três membros e suplentes em igual número. Somente poderão ser eleitas para o Conselho Fiscal pessoas residentes no Brasil, diplomadas em curso universitário, ou que tenham exercido, pelo prazo mínimo de três anos, cargo de administrador de empresa ou de conselheiro fiscal. Conforme o nosso Estatuto Social, os membros do Conselho Fiscal deverão subscrever, previamente à sua investidura no cargo, termo de anuência dos membros do Conselho Fiscal previsto no Regulamento do Novo Mercado. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, quando seu funcionamento não é permanente, o Conselho Fiscal poderá ser instalado pela Assembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 10% das ações ordinárias, com mandato até a primeira Assembléia Geral Ordinária seguinte à sua instalação. Este percentual pode ser reduzido para até 2% do capital social votante dependendo do nosso capital social, nos termos da Instrução nº. 324, de 19 de janeiro de 2000 da CVM. Adicionalmente, os acionistas minoritários que representem, no mínimo, 10% das ações ordinárias têm direito de eleger, separadamente, um membro do Conselho Fiscal e seu suplente, e os demais acionistas poderão eleger um membro a mais que o número total de membros eleitos pelos minoritários. O Conselho Fiscal não pode ter membros que façam parte do Conselho de Administração, da Diretoria ou do quadro de colaboradores de uma controlada ou de uma sociedade do mesmo grupo, tampouco um cônjuge ou parente até o terceiro grau de administrador nosso. Além disso, a Lei das Sociedades por Ações exige que os membros do Conselho Fiscal recebam, a título de remuneração, no mínimo, 10% da média da remuneração paga aos Diretores, excluindo benefícios, verbas de representação e participações nos lucros e resultados. 126 Titularidade de Ações A tabela abaixo indica o número de ações detidas, diretamente e indiretamente, pelos membros da nossa administração na data deste Prospecto. Nome Número de ações (1) Carlos Antonio Guedes Valente ..................................... Cláudio Coutinho Mendes............................................... Rogério Furtado .............................................................. Raquel Santos Carneiro ................................................... Rodrigo Nelson Brum Selles ............................................ Monique Leone Moreira Cezar ........................................ (2) Maria Silvia Bastos Marques ........................................... Stephen Howland Taber .................................................. Tanit Maria Rey Sanches(3)(5) .............................................. Bruno Licht...................................................................... (4)(5) Artur Olinto Guimarães ............................................... Total .............................................................................. (1) (2) (3) (4) (5) 5.720.006 5.014.764 2.239.544 447.661 55.296 33.217 377.809 1 755.617 1 302.247 14.946.163 % do capital social 18,60% 18,59% 7,28% 1,46% 0,18% 0,11% 1,23% (5) 2,46% (5) 0,98% 50,89% O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. A Sra. Maria Silvia Bastos Marques detém, na data deste Prospecto, diretamente, 1 ação da nossa Companhia e 150 quotas do CR2 Realty FIP, ou 2,46% do total das quotas, que correspondem a 377.808 ações da nossa Companhia. A Sra. Tanit Maria Rey Sanches é membro do Conselho de Administração e detém 1 ação da nossa Companhia. Adicionalmente, a Lance Empreendimentos e Participações S.A., empresa da qual a Sra. Tanit é sócia e administradora, detém 300 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,91% do total das quotas, que correspondem a 755.616 ações da nossa Companhia. Dessa forma, a Sra. Sanches e Lance Empreedimentos e Participações S.A. detêm, em conjunto, 755.617 ações da Companhia. O Sr. Artur Olinto Guimarães detém diretamente 1 ação da nossa Companhia, como membro do Conselho de Administração. Adicionalmente, a Sra. Valeria Bianchi Olinto Guimarães, esposa do Sr. Guimarães, detém 120 quotas do CR2 Realty FIP, ou 1,97% do total das quotas, 302.246 ações da nossa Companhia. Dessa forma, o Sr. Guimarães e sua esposa detêm, em conjunto, 302.247 ações da Companhia. Membros do Conselho de Administração. Remuneração De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com o nosso Estatuto Social, é responsabilidade dos nossos acionistas, em Assembléia Geral Ordinária, fixar, anualmente, o montante global da remuneração dos nossos membros da administração. Cabe ao Conselho de Administração deliberar sobre a forma de distribuição do valor fixado entre os seus membros e os da Diretoria. A Assembléia Geral Ordinária realizada em 5 de fevereiro de 2007 fixou a remuneração global anual dos nossos administradores no valor de até R$3,5 milhões. Para o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, nossos administradores não receberam nenhuma remuneração além dos dividendos a que fizeram jus como acionistas. Relação familiar entre os nossos administradores, bem como entre os nossos administradores e os nossos acionistas controladores Atualmente não existe qualquer relação familiar entre os nossos administradores, bem como entre os nossos administradores e os nossos acionistas controladores. 127 Alterações na Composição do Capital Social Em 19 de maio de 2006, foi aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária, aumento do capital social no valor de R$500.000,00, com a emissão de 500.000 ações ordinárias nominativas, pelo preço de R$1,00 cada uma, passando-o de R$15.000,00 para R$515.000,00. Posteriormente, em 24 de agosto de 2006, fori aprovado, em Assembléia Geral Extraordinária, novo aumento do capital social, passando-o para R$15.515.000,00, com a emissão de 15.000.000 de ações ordinárias nominativas, ao preço de R$1,00 cada. Em 06 de novembro de 2006, em Assembléia Geral Extraordinária, foi aprovado mais um aumento de capital, no valor de R$46.000.000,00, com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias nominativas, ao preço de R$1,00 cada. Em 20 de dezembro de 2006, com a incorporação da CR2 Administradora de Recursos Ltda., o nosso capital teve novo aumento, passando ao montante de R$61.856.745,00, dividido e representado por 30.757.500 ordinárias nominativas. Desdobramento de Ações Em 13 de março de 2007, os nossos acionistas aprovaram o grupamento das ações integrantes do nosso Capital Social à razão de 4: 1. Esse grupamento teve efeito a partir daquela mesma data. Como resultado do grupamento, cada titular de quatro ações ordinárias de nossa emissão passou a ser titular de uma ação ordinária. Com o grupamento das ações, o capital social da Companhia, no valor de R$61.856.745,00, está dividido e representado por 30.757.500 ordinárias nominativas. Para maiores informações, ver a Seção “Descrição do Capital Social”. Plano de Opção de Compra de Ações Na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 13 de março de 2007, nossos acionistas aprovaram um plano de opção de compra de nossas ações. Nos termos do Plano de Opção, que é gerido pelo nosso Conselho de Administração, nós podemos conceder opção para a compra de nossas ações aos nossos (i) administradores; (ii) empregados; e (iii) prestadores de serviços da Companhia ou de outras sociedades sob o seu controle. As opções são outorgadas sem custo e não podem ser transferidas, exceto em circunstâncias determinadas. Caberá ao Conselho de Administração fixar o preço de exercício das opções outorgadas nos termos do Plano de Opção, respeitado o preço mínimo equivalente à cotação média das ações da Companhia da mesma espécie nos últimos 20 pregões na BOVESPA imediatamente anteriores à data da outorga da opção, corrigido de acordo com a variação do IPCA, divulgado pelo IBGE, a partir do mês imediatamente anterior à outorga da opção e até o mês anterior ao efetivo exercício da mesma, exceto durante o primeiro ano de vigência do plano, em que o preço de exercício das opções será aquele definido no Processo de Bookbuilding, corrigido de acordo com a variação do IPCA. O número total de ações ordinárias relativo ao qual opções podem ser concedidas a qualquer pessoa nos termos do Plano de Opção não excederá 5% das ações ordinárias do capital da Companhia existentes no período. Mediante o exercício de uma opção adquirida e o pagamento do preço de exercício, o participante receberá uma ação ordinária de nosso capital social. Exceto em algumas circunstâncias, as opções deixam de poder ser exercidas depois da data de término do vínculo do participante com a Companhia. Até o presente momento nós não outorgamos opções para aquisição de ações ordinárias da Companhia. 128 PRINCIPAIS ACIONISTAS Principais Acionistas A tabela abaixo contém informações sobre a titularidade das ações ordinárias de nossa emissão na data deste Prospecto, por cada um dos nossos acionistas e por todos os membros do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria: Acionistas Ações ordinárias (1) CR2 Realty FIP ...................................................... Carlos Antonio Guedes Valente(2) ............................ Cláudio Coutinho Mendes...................................... Rogério Furtado Moreira ........................................ Marco Paulo de Alvarenga Costa ............................ Raquel Santos Carneiro .......................................... Cristiano Maroja de Medeiros................................. Rodrigo Nelson Brum Selles ................................... Guilherme Arizio Schuch ........................................ Edilson Dias dos Reis .............................................. Monique Leone Moreira Cezar ............................... (3) Maria Silvia Bastos Marques .................................. Stephen Howland Taber ......................................... (4) Tanit Maria Rey Sanches ....................................... Bruno Licht............................................................. Artur Olinto Guimarães(5) ........................................ Total ..................................................................... (1) (2) (3) (4) (5) (6) 15.375.000 5.014.764 5.014.764 2.239.544 2.238.793 447.661 249.844 55.296 53.167 35.445 33.217 1 1 1 1 1 30.757.500 Capital total (Em %) 49,99% 16,30% 16,30% 7,28% 7,28% 1,46% 0,81% 0,18% 0,17% 0,12% 0,11% 0,00%(6) 0,00%(6) 0,00%(6) 0,00%(6) 0,00%(6) 100,00% Em 19 de maio de 2006, em Assembléia Geral Ordinária, foi aprovado aumento do nosso capital social, com a emissão de 500.000 novas ações ordinárias atribuídas ao CR2 Realty FIP, tornando-se o nosso acionista controlador. Em subseqüentes aumentos de capital durante o ano de 2006, o CR2 Realty FIP subscreveu nossas ações, em aumento de capital que totalizou o valor de R$61,5 milhões. O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. A Sra. Maria Silvia Bastos Marques detém, na data deste Prospecto, diretamente, 1 ação da nossa Companhia e 150 quotas do CR2 Realty FIP, ou 2,46% do total das quotas, que correspondem a 377.808 ações da nossa Companhia. A Sra. Tanit Maria Rey Sanches é membro do Conselho de Administração e detém 1 ação da nossa Companhia. Adicionalmente, a Lance Empreendimentos e Participações S.A., empresa da qual a Sra. Tanit é sócia e administradora, detém 300 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,91% do total das quotas, que correspondem a 755.616 ações da nossa Companhia. Dessa forma, a Sra. Sanches e Lance Empreedimentos e Participações S.A. detêm, em conjunto, 755.617 ações da Companhia. O Sr. Artur Olinto Guimarães detém diretamente 1 ação da nossa Companhia, como membro do Conselho de Administração. Adicionalmente, a Sra. Valeria Bianchi Olinto Guimarães, esposa do Sr. Guimarães, detém 120 quotas do CR2 Realty FIP, ou 1,97% do total das quotas, 302.246 ações da nossa Companhia. Dessa forma, o Sr. Guimarães e sua esposa detêm, em conjunto, 302.247 ações da Companhia. Membros do Conselho de Administração. Informamos que entre a data deste Prospecto Preliminar e a conclusão do Processo de Bookbuilding, o CR2 Realty FIP, nosso principal acionista até a presente data, será dissolvido e seus quotistas tornar-se-ão nossos acionistas. Em decorrência dessa dissolução, não possuiremos acionista controlador com mais de 50% após a conclusão desta Oferta, conforme a definição do Regulamento do Novo Mercado. A tabela abaixo contém informações sobre a titularidade das ações ordinárias de nossa emissão após a dissolução do CR2 Realty FIP, por cada um dos nossos acionistas e por todos os membros do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria, indicando suas respectivas participações antes e depois da conclusão da presente Oferta, sem levar em conta o exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. 129 Ações ordinárias antes da Oferta Ações ordinárias Acionistas (2) Tiebold Assets LLC ............................................... (2) (3) Carlos Antonio Guedes Valente ........................ Cláudio Coutinho Mendes..................................... Rogério Furtado Moreira........................................ Marco Paulo de Alvarenga Costa ........................... (2) (4) Lance Empreendimentos e Participações S.A. .... Raquel Santos Carneiro ......................................... (2)(5) Maria Silvia Bastos Marques ............................... (2)(6) Valeria Bianchi Olinto Guimarães ....................... (2) Arminio Fraga Neto ............................................ (2) Edgard Lacerda Freire Junior ................................ (2) Eduardo Mariani Bittencourt ................................ (2) Luiz Clemente Mariani Bittencourt ....................... (2) Ney Villas-Boas Marinho ...................................... (2) Pedro Pezzi Eberle ............................................... (2) Pedro Henrique Mariani Bittencourt ..................... (2) Marcos Pessoa de Queiroz Falcão ........................ (2) Antônio de Pádua Bittencourt Neto ..................... Cristiano Maroja de Medeiros................................ (2) Carlos Gustavo Perret Simas ................................ (2) Pedro Henrique Nogueira Damasceno .................. (2) André de Almeida Rosa Soares ............................ (2) Maria Claudia de Alvarenga Costa ....................... (2) Maria Helena Horta de Alvarenga ........................ (2) Cristiano de Mesquita Souza ............................... Rodrigo Nelson Brum Selles ................................... Guilherme Arizio Schuch ....................................... (2)(7) Luiz Carlos Guedes Valente ............................... Edilson Dias dos Reis.............................................. Monique Leone Moreira Cezar .............................. (4) Tanit Maria Rey Sanches ...................................... Stephen H. Taber................................................... Bruno Licht............................................................ Capital total (Em %) Ações ordinárias Capital total (Em %) Artur Olinto Guimarães ......................................... 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 755.616 447.661 377.809 302.246 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 249.844 176.310 125.936 125.936 125.936 125.936 75.562 55.296 53.167 50.374 35.445 33.217 1 1 1 1 Outros ................................................................... Total..................................................................... 0 0,00% 15.378.750 33,333% 30.757.500 100,00% 46.136.250 100% (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) 33,037% 18,597% 16,304% 7,281% 7,279% 2,457% 1,455% 1,228% 0,983% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,819% 0,812% 0,573% 0,409% 0,409% 0,409% 0,409% 0,246% 0,180% 0,173% 0,164% 0,115% 0,108% (8) 0,00% (8) 0,00% (8) 0,00% (8) 0,00% Ações ordinárias após a (1) Oferta 10.161.250 5.720.006 5.014.764 2.239.544 2.238.793 755.616 447.661 377.809 302.246 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 251.872 249.844 176.310 125.936 125.936 125.936 125.936 75.562 55.296 53.167 50.374 35.445 33.217 1 1 1 1 22,024% 12,398% 10,869% 4,854% 4,853% 1,638% 0,970% 0,819% 0,655% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,546% 0,542% 0,382% 0,273% 0,273% 0,273% 0,273% 0,164% 0,120% 0,115% 0,109% 0,077% 0,072% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Considerando a colocação total da quantidade de Ações, sem levar em conta o exercício da Opção de Ações do Lote Suplementar. Antigos detentores de quotas do CR2 Realty FIP, que se tornaram acionistas diretos de nossa Companhia com a dissolução ocorrida na data deste Prospecto. O Sr. Carlos Antonio Guedes Valente detém, na data deste Prospecto, diretamente 5.014.764 ações da Companhia e 280 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,59% do total das quotas, que correspondem a 705.242 ações da Companhia. A Sra. Tanit Maria Rey Sanches é membro do Conselho de Administração e detém 1 ação da nossa Companhia. Adicionalmente, a Lance Empreendimentos e Participações S.A., empresa da qual a Sra. Tanit é sócia e administradora, detém 300 quotas do CR2 Realty FIP, ou 4,91% do total das quotas, que correspondem a 755.616 ações da nossa Companhia. Dessa forma, a Sra. Sanches e Lance Empreedimentos e Participações S.A. detêm, em conjunto, 755.617 ações da Companhia. A Sra. Maria Silvia Bastos Marques detém, na data deste Prospecto, diretamente, 1 ação da nossa Companhia e 150 quotas do CR2 Realty FIP, ou 2,46% do total das quotas, que correspondem a 377.808 ações da nossa Companhia. Esposa do Sr. Artur Olinto Guimarães. Irmão do Sr. Carlos Antonio Guedes Valente. Membros do Conselho de Administração. 130 Tiebold Assets LLC Na data deste prospecto, o CR2 Realty FIP detém 49,99% do capital social da Companhia. Por sua vez, o CR2 Realty FIP, administrado pela Mellon Serviços Financeiros DTVM S/A, não possui nenhum cotista com participação superior a 5% de suas quotas exceto a Tiebold Assets LLC (“Tiebold”), detentora de 66% de suas quotas. A Tiebold é uma sociedade constituída sob as leis do estado de Delaware, Estados Unidos da América, com endereço em Silverside Carr Executive Center, Suite 100, 501 Silverside Road, Wilmington, DE 19809, sendo administrada pela Mellon Global Investments Brasil S/C Ltda. Os sócios e beneficiários finais da Tiebold são investidores passivos, que não possuem poderes de gestão ou qualquer tipo de influência sobre a administração dos recursos da sociedade. Todas as decisões de investimento tomadas pela Tiebold cabem única e exclusivamente ao seu administrador, Mellon Global Investments Brasil S/C Ltda., que detém os mais amplos poderes para, discricionariamente, nos interesses da sociedade, comprar ou vender os títulos e ativos que compõem sua carteira de investimentos. O único investidor beneficiário final de mais de 10,5% do total do capital da Tiebold é o Autonomy Master Fund Limited (representando 50,6%). O Autonomy Master Fund Limited, por sua vez, é um fundo de investimento administrado pela Autonomy Capital Research LLP, uma empresa de administração de recursos sediada em Londres e que administra mais de US$ 1,4 bilhão em ativos. Adicionalmente, com a dissolução do CR2 FIP acima mencionada, os seus atuais quotistas passarão a deter participação direta no capital social da Companhia. Portanto, a Tiebold terá uma participação de aproximadamente 33,03% do capital da CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. anteriormente à realização da Oferta e de aproximadamente 22,02% após a conclusão de tal oferta (sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares ou a venda de Ações Adicionais). Autonomy Capital Research LLP O Autonomy Capital Research LLP, com endereço em 8-11 Denbigh Mews, Londres, SW1V 2HQ, é uma gestora de recursos devidamente autorizada e regulada pela Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido. Na qualidade de gestora de investimentos, Autonomy Capital Research LLP é responsável pela gestão de recursos de investidores em âmbito mundial, possuindo, atualmente, mais de US$ 1,4 bilhão em ativos sob gestão. O Autonomy Master Fund Limited é um fundo de investimento aberto, sob gestão de Autonomy Capital Research LLP, sendo que o Autonomy Master Fund Limited é detido por uma variedade de beneficiários finais, sendo que 3 beneficiários detêm participação superior a 5% no Autonomy Master Fund Limited e nenhum deles possui, em bases individuais, participação total superior a 10% no Autonomy Master Fund Limited. Entre os beneficiários do Autonomy Master Fund Limited há investidores compreendendo pessoas físicas, fundos de pensão, fundos de investimento e instituições financeiras. Acordo de Acionistas Não há acordo de acionistas firmado entre os nossos acionistas. 131 OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Mantemos algumas relações comerciais com nossos acionistas no curso habitual de nossas atividades e em condições de mercado. As empresas CR2 Splendor Participações S/A, CR2 Investimentos S/A, CR2 Empreendimentos SPE-4 S/A e CR2 Empreendimentos SPE-5 S/A, todas controladas por nós, celebraram contratos de gestão e outras avenças com a CR2 Administradora de Recursos Ltda. (à época, empresa controladora das empresas mencionadas), com o escopo da prestação de serviços de gestão e consultoria jurídicasocietária, contábil-fiscal, financeira e imobiliária, visando à consecução dos objetivos sociais de cada uma das empresas. A título de remuneração, a CR2 Administradora faria jus ao valor equivalente a 2% a.a. do capital social, além de honorários de performance estipulados em 20% dos ganhos brutos do Imposto de Renda e da CSLL. Vale ressaltar que, em alguns desses contratos, foram acordadas, adicionalmente, outras formas de remuneração como, por exemplo, um valor fixo após a assinatura do instrumento. Com a incorporação da CR2 Administradora por nós, a sucederíamos integralmente nesses contratos. Contudo, diante da exigência de prévio registro na CVM para o exercício da atividade de gestão, o Sr. Carlos Antonio Guedes Valente, nosso sócio registrado na CVM para tal atividade, sucedeu parcialmente a empresa incorporada no que concerne à gestão financeira, não sendo remunerado por esses serviços. 132 DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Geral Segue abaixo sumário descritivo de algumas disposições do nosso Estatuto Social, da Lei das Sociedades por Ações, das regras da CVM e do Regulamento do Novo Mercado referentes ao nosso capital social, administração, informações periódicas e eventuais, bem como de outros aspectos societários que se aplicam a nós. Este sumário não é exaustivo com relação a qualquer dos assuntos aqui tratados, descrevendo em linhas gerais algumas disposições do nosso Estatuto Social, da Lei das Sociedades por Ações, das regras da CVM e do Novo Mercado. A partir da admissão das nossas ações emitidas para negociação no segmento Novo Mercado da BOVESPA, não poderemos emitir ações preferenciais ou com direito de voto restrito. Por este motivo, esta seção não abordará os direitos dos titulares de ações preferenciais. Em 22 de março de 2007, celebramos com a BOVESPA o Contrato de Participação no Novo Mercado, que entrará em vigor na data de publicação do Anúncio de Início, pelo qual deveremos cumprir requisitos diferenciados de governança corporativa e divulgação de informações ao mercado. Nossas ações passarão a ser negociadas no segmento do Novo Mercado a partir do dia útil subseqüente à data de publicação do Anúncio de Início, sob o código “CRDE3”. Atualmente, somos uma sociedade por ações de capital fechado, constituída de acordo com as leis do Brasil, cuja sede está localizada na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua do Mercado, 11, 24º andar (parte), Centro. Os atos societários de nossa constituição estão devidamente registrados na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJ, sob o NIRE 33 3 0027764-1. Após a concessão dos registros de companhia aberta e da Oferta pela CVM, nós seremos uma sociedade por ações de capital aberto, nos termos da lei brasileira. Objeto Social Temos por objeto, definido no artigo 3º do nosso Estatuto Social: (i) a aquisição de imóveis, de qualquer natureza, para venda, aluguel, desenvolvimento, investimento, (ii) a incorporação de empreendimentos imobiliários, (iii) a construção e venda das unidades, realizadas através de terceiros contratados para tais fins, e (iv) a participação em outras sociedades, empreendimentos e consórcios, como acionista, sócia, quotista ou consorciada. Capital Social Na data deste Prospecto Preliminar, o nosso capital social é de R$61.856.745,00, dividido em 30.757.500 ações ordinárias, ações nominativas, escriturais e sem valor nominal. De acordo com o nosso Estatuto Social, por deliberação do Conselho de Administração, o capital social poderá ser aumentado até o limite do capital autorizado, independentemente de reforma estatutária, pela emissão de até 60.000.000 ações ordinárias. Os nossos acionistas deverão aprovar em Assembléia Geral qualquer aumento de capital que exceda o limite do capital autorizado acima mencionado. De acordo com o Regulamento do Novo Mercado, nós não poderemos emitir ações preferenciais nem partes beneficiárias. 133 Ações em Tesouraria Na data deste Prospecto, não possuímos ações em tesouraria. Negociação em Bolsas de Valores As ações ordinárias de nossa emissão serão negociadas no segmento Novo Mercado da BOVESPA, uma entidade sem fins lucrativos, de propriedade das corretoras que dela são membros. As negociações na BOVESPA são realizadas por estas corretoras. A CVM e a BOVESPA possuem autoridade para, discricionariamente, suspender as negociações das ações de emissão de uma companhia aberta específica em determinadas circunstâncias. Negociações com valores mobiliários de companhias listadas na BOVESPA, incluindo o Novo Mercado e os Níveis 1 e 2 de Prática Diferenciada de Governança Corporativa, podem, em algumas circunstâncias, ser afetadas pelas operações realizadas no mercado de balcão não organizado. A liquidação das operações realizadas na BOVESPA ocorre três dias úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são realizados por intermédio de câmara de compensação independente. A câmara de compensação da BOVESPA é gerenciada pela CBLC. A CBLC é a contraparte central garantidora das operações realizadas na BOVESPA, realizando a compensação multilateral, tanto para as obrigações financeiras, quanto para as movimentações de títulos. Segundo o regulamento da CBLC, a liquidação financeira é realizada através do Sistema de Transferência de Reservas do BACEN. A movimentação de títulos é realizada no sistema de custódia da CBLC. Tanto as entregas quanto os pagamentos têm caráter final e irrevogável. 134 GOVERNANÇA CORPORATIVA Essa seção contém informações sobre as práticas de governança corporativa adotadas por nós, e deve ser analisada conjuntamente com as seções “Descrição do Capital Social”, “Administração” e “Informação sobre Títulos e Valores Mobiliários Emitidos”. IBGC O “Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa”, editado pelo IBGC objetiva indicar os caminhos para todos os tipos de sociedade visando (i) aumentar o valor da sociedade; (ii) melhorar seu desempenho; (iii) facilitar seu acesso ao capital a custos mais baixos; e (iv) contribuir para sua perenidade; sendo que os princípios básicos inerentes a esta prática são a transparência, a eqüidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Dentre as práticas de governança corporativa recomendadas pelo IBGC em tal código, adotamos: • emissão exclusiva de ações ordinárias; • política “uma ação igual a um voto”; • contratação de empresa de auditoria independente para a análise de balanços e demonstrativos financeiros, sendo que esta mesma empresa não é contratada para prestar outros serviços, assegurando a total independência; • estatuto social claro quanto: (i) à forma de convocação da Assembléia Geral; (ii) às competências do Conselho de Administração e da Diretoria; (iii) ao sistema de votação, eleição, destituição e ao mandato dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria; • transparência na divulgação dos relatórios anuais da administração; • convocações de assembléia e documentação pertinente disponíveis desde a data da primeira convocação, com detalhamento das matérias da ordem do dia, sem a inclusão da rubrica “outros assuntos” e sempre visando a realização de assembléias em horários e locais que permitam a presença do maior número possível de acionistas; • fazer constar votos dissidentes nas atas de assembléias ou reuniões, quando solicitado; • previsão estatutária de abstenção de voto de acionistas em caso de conflito de interesses; • vedação ao uso de informações privilegiadas e existência de política de divulgação de informações relevantes; • previsão estatutária de arbitragem como forma de solução de eventuais conflitos entre acionistas e nós; • dispersão de ações (free float), visando a liquidez dos títulos; • composição do Conselho de Administração deve ter, ao menos, 20% de membros independentes (ausente de vínculos conosco e com o acionista controlador); • conselheiros com experiência em questões operacionais e financeiras e experiência em participação em outros conselhos de administração; • disponibilidade de acesso aos termos do acordo de acionistas a todos os nossos demais sócios; e • previsão estatutária de vedação ao acesso de informações e de direito de voto de conselheiros em situações de conflito de interesse. 135 Novo Mercado O Novo Mercado é um segmento de listagem da BOVESPA destinado à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometem, voluntariamente, com a adoção das práticas de governança corporativa e divulgação de informações adicionais em relação ao que é exigido pela legislação. Em 2000, a BOVESPA introduziu três segmentos de negociação, com níveis diferentes de práticas de governança corporativa, denominados Nível I, Nível II e Novo Mercado, com o objetivo de estimular as companhias a seguir melhores práticas de governança corporativa e estabelecer um nível de divulgação de informações superior em relação ao exigido pela legislação, para a negociação de ações em bolsas de valores. Os segmentos de listagem são destinados à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometam, voluntariamente, a observar práticas de governança corporativa e exigências de divulgação de informações, além daquelas já impostas pela legislação brasileira. Em geral, tais regras ampliam os direitos dos acionistas e elevam a qualidade das informações fornecidas aos acionistas. O Novo Mercado é o mais rigoroso deles, exigindo o cumprimento de práticas de governança corporativa mais rigorosas dentre os três segmentos. As regras do Novo Mercado exigem, além das obrigações impostas pela legislação brasileira em vigor, o atendimento aos seguintes requisitos, entre outros: • emitir somente ações ordinárias; • conceder a todos os acionistas o direito de venda conjunta (tag-along), em caso de alienação do nosso controle acionário, devendo o adquirente do Controle efetivar oferta pública de aquisição das ações aos demais acionistas, oferecendo as mesmas condições asseguradas ao alienante do Controle, incluindo o mesmo preço pago por ação do bloco controlador; • assegurar que as nossas ações representativas de, no mínimo, 25% do capital total, estejam em circulação; • adotar procedimentos de oferta que favoreçam a dispersão acionária; • cumprir padrões mínimos de divulgação trimestral de informações; • divulgar as negociações realizadas por acionista controlador envolvendo valores mobiliários de nossa emissão; • disponibilizar aos acionistas um calendário de eventos societários; • limitar o mandato de todos os membros do Conselho de Administração a, no máximo, 2 anos, podendo ser reeleitos; excepcionalmente e para fins de transição, quando o Poder de Controle da companhia vier a ser exercido de forma difusa, os membros do Conselho de Administração poderão ser eleitos uma única vez com mandato de até 3 anos; • limitar a composição do Conselho de Administração a, no mínimo, cinco membros, sendo que, no mínimo, 20% deles deverão ser independentes; • elaborar, a partir do segundo exercício social encerrado após a admissão no Novo Mercado, demonstrações financeiras anuais, inclusive demonstrações de fluxo de caixa, em idioma inglês, de acordo com normas contábeis internacionais, tais como o U.S. GAAP ou o IFRS; • adotar, exclusivamente, as normas do regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado, pelas quais a BOVESPA, a companhia, o acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal da companhia, se instalado, comprometem-se a resolver toda e qualquer disputa ou controvérsia relacionada ou oriunda do Regulamento do Novo Mercado, do Contrato de Participação no Novo Mercado, das cláusulas compromissórias, em especial, quanto à sua aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem, nos termos do seu Regulamento de Arbitragem; 136 • realizar, pelo menos uma vez ao ano, reunião pública com analistas e quaisquer outros interessados, para divulgar informações quanto à sua respectiva situação econômico-financeira, projetos e perspectivas; e • em caso de saída do Novo Mercado, para que as ações sejam negociadas fora do Novo Mercado, o acionista Controlador deve efetivar oferta pública de aquisição das ações em circulação, no mínimo pelo valor econômico apurado mediante laudo de avaliação elaborado por empresa especializada. Para maiores informações, ver a Seção “– Saída do Novo Mercado”. Em 05 de fevereiro 2007, nós alteramos, espontaneamente, nosso Estatuto Social para adequá-lo às regras do Novo Mercado e, em 22 de março 2007, celebramos o Contrato de Participação do Novo Mercado com a BOVESPA, por meio do qual aderimos às regras do Novo Mercado, o qual passará a vigorar na data de publicação do Anúncio de Início. Assembléias Gerais Nas Assembléias Gerais regularmente convocadas e instaladas, os nossos acionistas estão autorizados a deliberar sobre as matérias de sua competência, conforme previstas na Lei das Sociedades por Ações e no nosso Estatuto Social. Compete, exclusivamente, aos nossos acionistas aprovar, na Assembléia Geral Ordinária, as demonstrações financeiras, deliberar sobre a destinação do lucro líquido e a distribuição de dividendos relativos ao exercício social imediatamente anterior. Os membros do nosso Conselho de Administração são, em regra, eleitos em Assembléias Gerais Ordinárias, ainda que, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, eles possam ser eleitos em Assembléia Geral Extraordinária. Membros do nosso Conselho Fiscal, na hipótese em que a sua instalação tenha sido solicitada por acionistas titulares de quantidade suficiente de ações representativas do capital social, podem ser eleitos em qualquer Assembléia Geral. Uma Assembléia Geral Extraordinária pode ser realizada ao mesmo tempo em que a Assembléia Geral Ordinária. Compete aos nossos acionistas decidirem, exclusivamente em Assembléias Gerais, as seguintes matérias dentre outras: • reformar o nosso Estatuto Social; • eleger e destituir os membros do nosso Conselho de Administração e do nosso Conselho Fiscal, quando instalado; • fixar a remuneração global anual dos membros do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria, assim como a dos membros do Conselho Fiscal, se instalado; • tomar, anualmente, as contas dos nossos administradores e deliberar sobre as demonstrações financeiras por eles apresentadas; • atribuir bonificações em ações e decidir sobre eventuais grupamentos e desdobramentos de ações; • aprovar planos de opção de compra de ações destinados a nossos administradores, empregados ou pessoas naturais que prestem serviços a nós ou a sociedades por nós controladas; • autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto no § 1º do art. 59 da Lei das Sociedades por Ações; • suspender o exercício dos direitos do acionista que deixar de cumprir obrigação imposta pela lei ou pelo estatuto; • deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista concorrer para a formação do capital social; • deliberar sobre a nossa transformação, dissolução, liquidação, fusão, cisão, incorporação, ou de qualquer sociedade na nossa Companhia; • eleger e destituir o liquidante, bem como o nosso Conselho Fiscal deverá funcionar no período de liquidação, e aprovar o relatório dos atos e operações, e as contas finais, preparados pelo liquidante; 137 • aprovar a nossa saída do Novo Mercado; • aprovação de amortização e/ou resgate de nossas ações; e • autorizar pedido de falência ou requerimento de recuperação judicial ou extra-judicial. Quorum Como regra geral, a Lei das Sociedades por Ações prevê que a Assembléia Geral é instalada, em primeira convocação, com a presença de acionistas que detenham, pelo menos, 25% do capital social com direito a voto e, em segunda convocação, com qualquer número de acionistas titulares de ações com direito a voto. Caso nossos acionistas tenham sido convocados para deliberar sobre a reforma do nosso Estatuto Social, o quorum de instalação em primeira convocação será de pelo menos dois terços das ações com direito a voto e, em segunda convocação, de qualquer número de acionistas. De modo geral, a aprovação de acionistas representando, no mínimo, a maioria das ações com direito a voto dos acionistas que compareceram pessoalmente ou por meio de procurador a uma Assembléia Geral, é necessária para a aprovação de qualquer matéria, sendo que os votos em branco e as abstenções não são levados em conta para efeito deste cálculo. A aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das ações com direito a voto é necessária, todavia, para a adoção das seguintes matérias, entre outras: • redução do dividendo mínimo obrigatório a ser distribuído aos nossos acionistas; • mudança do nosso objeto social; • fusão ou incorporação da nossa Companhia em outra sociedade; • nossa cisão; • nossa participação em um grupo de sociedades, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações; • nossa cessação do estado de liquidação; • nossa dissolução; e • nossa saída do Novo Mercado. A CVM poderá autorizar a redução do percentual de votos necessários à aprovação das matérias acima mencionadas no caso da companhia aberta com ações dispersas no mercado e cujas três últimas Assembléias Gerais tenham sido realizadas com a presença de acionistas representando menos de metade das ações com direito a voto. Competência para Convocar Assembléias Gerais Compete, normalmente, a qualquer dos membros do nosso Conselho de Administração convocar as Assembléias Gerais, ainda que as mesmas possam ser convocadas pelas seguintes pessoas ou órgãos: • qualquer acionista, quando os administradores retardarem, por mais de 60 dias, a convocação contida em previsão legal ou estatutária; • acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital social, caso os administradores deixem de convocar, no prazo de oito dias, uma assembléia solicitada através de pedido de convocação que apresente as matérias a serem tratadas e esteja devidamente fundamentado; • acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital social, quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, um pedido de convocação de assembléia que tenha como finalidade a instalação do Conselho Fiscal; e • o Conselho Fiscal, caso os órgãos da administração retardarem por mais de um mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves e urgentes. 138 Convocação A Lei das Sociedades por Ações exige que todas as Assembléias Gerais sejam convocadas mediante três publicações no Diário Oficial da União ou do Estado em que esteja situada a sede da companhia, e em outro jornal de grande circulação. As nossas publicações são atualmente realizadas no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, bem como no jornal Valor Econômico, sendo a primeira publicação, no mínimo, quinze dias antes da assembléia, em primeira convocação, e com oito dias de antecedência, em segunda convocação. A CVM poderá, em determinadas circunstâncias, e a pedido de qualquer acionista, requerer que a primeira convocação para as Assembléias Gerais de acionistas seja feita em até 30 dias antes da realização da respectiva Assembléia Geral. A CVM poderá ainda, a pedido de qualquer acionista, interromper, por até 15 dias, o curso do prazo de antecedência da convocação da Assembléia Geral Extraordinária, a fim de conhecer e analisar as propostas a serem submetidas à Assembléia. O edital de convocação de Assembléia Geral deverá conter, além do local, data e hora da Assembléia, a ordem do dia e, no caso de reforma do Estatuto Social, a indicação da matéria. Local da Realização de Assembléia Geral As nossas Assembléias Gerais são realizadas em nossa sede, na cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro. A Lei das Sociedades por Ações permite que as Assembléias Gerais sejam realizadas fora da sede, nas hipóteses de força maior, desde que elas sejam realizadas na cidade do Rio de Janeiro e a respectiva convocação contenha uma indicação expressa e inequívoca do local em que a Assembléia Geral deverá ocorrer. Legitimação e Representação De acordo com o nosso Estatuto Social, as pessoas presentes à Assembléia Geral deverão provar a sua qualidade de acionista e sua titularidade das ações com relação as quais pretendem exercer o direito de voto, devendo apresentar, com no mínimo 48 horas de antecedência, além do documento de identidade e/ou atos societários pertinentes que comprovem a representação legal, conforme o caso: (i) comprovante expedido pela instituição escrituradora, no máximo, cinco dias antes da data da realização da Assembléia Geral; (ii) instrumento de mandato com reconhecimento da firma do outorgante; e/ou (iii) relativamente aos acionistas participantes da custódia fungível de ações nominativas, o extrato contendo a respectiva participação acionária, emitido pelo órgão competente. Os acionistas podem ser representados na Assembléia Geral por procurador constituído há menos de um ano, que seja nosso acionista, nosso administrador ou por advogado, ou ainda, em companhias abertas, por uma instituição financeira. Fundos de investimento devem ser representados pelo seu administrador. Conselho de Administração De acordo com nosso Estatuto Social e o Regulamento do Novo Mercado, nosso Conselho de Administração será composto de, no mínimo cinco, e, no máximo, nove membros, sendo que destes, no mínimo, 20% devem ser conselheiros independentes. O número dos membros do nosso Conselho de Administração será definido nas Assembléias Gerais pelo voto majoritário dos titulares de nossas ações ordinárias. A Lei das Sociedades por Ações permite a adoção do processo de voto múltiplo, mediante requerimento por acionistas representando, no mínimo, 10% do nosso capital votante, sendo assegurado, qualquer caso, aos acionistas que detenham, individualmente ou em bloco, pelo menos 15% de ações ordinárias de nossa emissão, o direito de indicar, em votação em separado, um conselheiro. Em não sendo solicitada a adoção do voto múltiplo, os nossos conselheiros são eleitos pelo voto majoritário de acionistas titulares de ações ordinárias, presentes ou representados por procurador. Os membros do nosso Conselho de Administração são eleitos pelos acionistas reunidos em Assembléia Geral Ordinária para um mandato unificado de 1 exercício anual, permitida a reeleição. 139 Segundo a Instrução da CVM n.º 282, de 26 de junho de 1998, o percentual mínimo do capital votante exigido para que se solicite a adoção do processo de voto múltiplo em companhias abertas pode ser reduzido em função do valor do capital social, variando entre 5% e 10%. Considerando o atual valor do nosso capital social, acionistas representando 9% do capital votante poderão requerer a adoção do processo de voto múltiplo para eleição de membros ao Conselho de Administração. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada conselheiro deve ser titular de, pelo menos, uma ação de nossa emissão. Os membros do Conselho de Administração não estão sujeitos à aposentadoria obrigatória por idade. Para maiores informações, ver a Seção “Administração – Conselho de Administração” para informações adicionais sobre o Conselho de Administração. Operações de Interesse para os membros do nosso Conselho de Administração e nossa Diretoria A Lei das Sociedades por Ações proíbe um membro do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria de: • praticar qualquer ato de liberalidade às nossas custas, salvo por atos gratuitos razoáveis em benefício dos empregados ou da comunidade de que participemos, tendo em vista nossas responsabilidades sociais, os quais poderão ser autorizados pelo conselho; • receber de terceiros, em razão do exercício de seu cargo, qualquer tipo de vantagem pessoal direta ou indireta de terceiros, sem autorização estatutária ou concedida através de Assembléia Geral; • sem prévia autorização da Assembléia Geral ou do Conselho de Administração, tomar por empréstimo recursos ou bens nossos, ou usar, em proveito próprio, de terceiros ou de sociedade em que tenha interesse, os nossos bens, serviços ou crédito; • intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com o nosso, ou nas deliberações que a respeito tomarem os nossos demais administradores; • usar em benefício próprio ou de terceiros, com ou sem prejuízo para a nossa Companhia, oportunidades comerciais de que tenha conhecimento devido ao exercício do seu cargo; • omitir-se no exercício ou proteção de direitos nossos ou, visando à obtenção de vantagens, para si ou para outrem, deixar de aproveitar oportunidades de negócio de interesse da nossa Companhia; e • adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à nossa Companhia, ou que esta tencione adquirir. A remuneração dos conselheiros é fixada por nossos acionistas. Conselho Fiscal Do mesmo modo que o nosso Conselho de Administração, os membros do nosso Conselho Fiscal, quando instalado, por meio do termo de anuência dos membros do Conselho Fiscal previsto no Regulamento do Novo Mercado, responsabilizam-se pessoalmente a agir em conformidade com o Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento de Arbitragem e com o Regulamento do Novo Mercado, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desse documento. O nosso Conselho Fiscal é de funcionamento não permanente. Sempre que instalado, o nosso Conselho Fiscal será constituído por, no mínimo, três e, no máximo, cinco membros e suplentes em igual número. Atualmente, não possuímos um Conselho Fiscal instalado, no entanto, ele pode ser instalado em qualquer exercício social caso haja requisição por parte de nossos acionistas. Caso qualquer acionista deseje indicar um ou mais representantes para compor o Conselho Fiscal que não tenham sido membros da sua composição após no período subseqüente à última Assembléia Geral Ordinária, tal acionista deverá nos notificar por escrito com cinco dias de antecedência em relação à data da Assembléia Geral que elegerá os Conselheiros, informando o nome, a qualificação e o currículo profissional completo dos candidatos. Para maiores informações, ver a Seção “Administração – Conselho Fiscal”. 140 Comitês O nosso Conselho de Administração não possui comitês técnicos para o acompanhamento de suas atividades. Restrições à Realização de Determinadas Operações por Conselheiros e Diretores Nos termos da Instrução CVM n.º 358, de 3 de janeiro de 2002, a nossa Companhia, os membros do nosso Conselho de Administração, os nossos diretores, os membros do nosso Conselho Fiscal, quando instalado, os membros dos nossos comitês e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas, criados por disposição estatutária, bem como qualquer outra pessoa que tenha conhecimento de informação referente a ato ou fato relevante, sabendo que se trata de informação ainda não divulgada ao mercado, são proibidos de negociar com valores mobiliários de nossa emissão, incluindo operações com derivativos que envolvam valores mobiliários de nossa emissão, antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos nossos negócios. Esta restrição também é aplicável: • aos membros do Conselho de Administração, diretores e membros do Conselho Fiscal que se afastarem de cargos na nossa administração anteriormente à divulgação de negócio ou fato iniciado durante seu período de gestão, por um período de seis meses a contar da data em que tais pessoas se afastaram de seus cargos; • em caso de existência de intenção de promover incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária nos envolvendo; • à nossa Companhia, caso tenha sido celebrado qualquer acordo ou contrato visando à transferência do controle acionário respectivo, ou se houver sido outorgada opção ou mandato para o mesmo fim; • aos membros do nosso Conselho de Administração e diretores, sempre que estiver em curso a aquisição ou a alienação de ações de nossa emissão por nós mesmos ou por qualquer controlada, coligada ou outra sociedade sob controle comum, ou se houver sido outorgada opção ou mandato para o mesmo fim; e • durante o período de 15 dias anteriores à divulgação das informações trimestrais (ITR) e anuais (IAN e DFP) exigidas pela CVM, observadas determinadas exceções. Direito de Recesso e Resgate Direito de Recesso Qualquer um dos nossos acionistas, dissidente de certas deliberações tomadas em Assembléia Geral, poderá retirar-se da mesma, mediante o reembolso do valor de suas ações com base no valor patrimonial. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o direito de recesso poderá ser exercido, nos seguintes eventos: • cisão da nossa Companhia; • redução do dividendo mínimo obrigatório a ser distribuído aos acionistas; • mudança de objeto social; • fusão ou incorporação em outra sociedade (em situações específicas, conforme descritas abaixo); • participação em um grupo de sociedades, definido na Lei das Sociedades por Ações; 141 • incorporação de ações na qual nós estejamos envolvidos, nos termos do Artigo 252 da Lei das Sociedades por Ações; • transformação societária; e • aquisição do controle de outra sociedade por um preço que exceda determinados limites previstos na Lei das Sociedades por Ações. A Lei das Sociedades por Ações estabelece que a cisão somente ensejará direito de recesso nos casos em que ela ocasionar: • a mudança do objeto social, salvo quando o patrimônio cindido for vertido para sociedade cuja atividade preponderante coincida com a decorrente do nosso objeto social; • a redução do nosso dividendo obrigatório; ou • a nossa participação em um grupo de sociedades, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações. Nos casos de: (i) nossa fusão ou incorporação; (ii) participação em grupo de sociedades; (iii) participação em incorporação de ações nos termos do Artigo 252 da Lei das Sociedades por Ações; ou (iv) aquisição do controle de outra sociedade por um preço que exceda determinados limites previstos na Lei das Sociedades por Ações, os nossos acionistas não terão direito de recesso caso suas ações (i) tenham liquidez, ou seja, integrem o índice geral da BOVESPA ou o índice de qualquer outra bolsa, conforme definido pela CVM, e (ii) tenham dispersão, de forma que o acionista controlador, a sociedade controladora ou outras sociedades sob controle comum detenham menos da metade das ações da espécie ou classe objeto do direito de retirada. O direito de recesso deverá ser exercido no prazo de 30 dias, contado da publicação da ata da Assembléia Geral que deliberar sobre a matéria que der ensejo a tal direito. Adicionalmente, nós temos o direito de reconsiderar qualquer deliberação que tenha ensejado direito de recesso nos 10 dias subseqüentes ao término do prazo de exercício desse direito, se entendermos que o pagamento do preço do reembolso das ações aos acionistas dissidentes colocaria em risco nossa estabilidade financeira. No caso do exercício do direito de recesso, os acionistas terão direito a receber o valor contábil de suas ações, com base no último balanço aprovado pela Assembléia Geral. Se, todavia, a deliberação que ensejou o direito de retirada tiver ocorrido mais de 60 dias depois da data do último balanço aprovado, o acionista poderá solicitar levantamento de balanço especial levantado em data não anterior a 60 dias antes da deliberação, para avaliação do valor de suas ações. Neste caso, nós devemos pagar imediatamente 80% do valor de reembolso calculado com base no último balanço aprovado por nossos acionistas, e o saldo remanescente no prazo de 120 dias a contar da data da deliberação da Assembléia Geral. Resgate De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as ações podem ser resgatadas mediante determinação dos nossos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária, devendo ser aprovado por acionistas que representem, no mínimo, a metade das ações atingidas. Registro das Ações de nossa Emissão As ações ordinárias de nossa emissão são mantidas sob a forma escritural junto ao Banco Itaú S.A. A transferência de ações é realizada por meio de um lançamento pelo escriturador em seus sistemas de registro a débito da conta de ações do alienante e a crédito da conta de ações do adquirente, mediante ordem por escrito do alienante ou mediante ordem ou autorização judicial. 142 Direitos das Ações Ordinárias Cada ação ordinária confere ao respectivo titular direito a um voto nas Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias. De acordo com nosso Estatuto Social e com o Contrato de Participação no Novo Mercado, não poderemos emitir ações sem direito a voto ou com direito de voto restrito. Além disso, de acordo com nosso Estatuto Social e a Lei das Sociedades por Ações, é conferido aos titulares de nossas ações ordinárias direito ao recebimento de dividendos ou outras distribuições realizadas relativamente às ações ordinárias, na proporção de suas participações no capital social. No caso de liquidação da nossa Companhia, os nossos acionistas têm o direito de receber os montantes relativos a reembolso do capital, na proporção de suas participações no nosso capital social, após o pagamento de todas as nossas obrigações. Nossos acionistas têm o direito de participar de futuros aumentos de capital na nossa Companhia, na proporção de suas participações no capital social, mas não estão obrigados a subscrever ações nestes aumentos de capital. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nosso Estatuto Social e as deliberações adotadas pelos nossos acionistas em Assembléias Gerais, não podem privar os acionistas dos seguintes direitos: • direito a participar na distribuição dos lucros; • direito a participar, na proporção da sua participação no capital social, na distribuição de quaisquer ativos remanescentes na hipótese de liquidação da nossa Companhia; • direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição, exceto em determinadas circunstâncias previstas na Lei das Sociedades por Ações descritas na seção “Direito de Preferência”; • direito de fiscalizar, na forma prevista na Lei das Sociedades por Ações, a gestão dos negócios sociais; e • direito de retirar-se da nossa Companhia nos casos previstos na Lei das Sociedades por Ações, conforme descrito na seção “Direito de Recesso e Resgate”. Direito de Preferência Exceto conforme descrito abaixo, os acionistas possuem direito de preferência na subscrição de ações em qualquer aumento de capital, na proporção de sua participação acionária à época do referido aumento de capital. Os nossos acionistas também possuem direito de preferência na subscrição de debêntures conversíveis e em qualquer oferta de ações ou bônus de subscrição de nossa emissão. Porém, a conversão de debêntures em ações, a aquisição de ações mediante o exercício do bônus de subscrição e a oferta de opção de compra de ações e seu exercício não estão sujeitos a direito de preferência. Concede-se prazo não inferior a 30 dias contados da publicação de aviso aos acionistas referente ao aumento de capital mediante emissão de ações, a emissão de debêntures conversíveis em ações ou a emissão de bônus de subscrição, para o exercício do direito de preferência, sendo que este direito pode ser alienado pelo acionista. Nos termos do artigo 172 da Lei das Sociedades por Ações e do nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração poderá excluir o direito de preferência dos acionistas ou reduzir o prazo para seu exercício, nas emissões de ações, dentro do limite do capital autorizado, debêntures conversíveis e bônus de subscrição, cuja colocação seja feita mediante venda em bolsa de valores ou subscrição pública ou através de permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle. Cláusula Compromissória e Arbitragem Nós, nossos acionistas, administradores e os membros do Conselho Fiscal, se instalado, nos obrigamos a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre nós, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, no nosso Estatuto Social, nas normas editadas pelo CMN, pelo BACEN e pela CVM, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem. 143 Cancelamento de Registro de Companhia Aberta O cancelamento do registro de companhia aberta só pode ocorrer caso nós efetivemos uma oferta pública de aquisição de todas as ações em circulação, sendo observados os seguintes requisitos: • que o preço ofertado seja justo, na forma estabelecida em lei; e • que os acionistas titulares de mais de dois terços das ações em circulação tenham concordado, expressamente, com o cancelamento do registro ou aceitado a oferta pública, sendo que, para esse fim específico, considera-se ações em circulação apenas aquelas ações cujos titulares tiverem concordado, expressamente, com o cancelamento do registro ou tiverem se habilitado para o leilão de oferta pública. Nos termos do Regulamento do Novo Mercado e do nosso Estatuto Social, o preço mínimo das ações na oferta pública de aquisição de ações a ser efetuada para o cancelamento do registro de companhia aberta deverá corresponder ao valor econômico apurado em laudo de avaliação elaborado por empresa especializada e independente da nossa Companhia, seus administradores e controladores, bem como do poder de decisão destes, com experiência comprovada, que será escolhida pela Assembléia Geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração da nossa Companhia. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o registro de companhia aberta para negociação de ações no mercado de bolsa somente poderá ser cancelado se nós ou nossos acionistas controladores formularmos oferta pública para adquirir a totalidade das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual ao valor de avaliação da nossa Companhia, apurado com base nos critérios, adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das ações de nossa emissão no mercado ou com base em outro critério aceito pela CVM. É assegurada a revisão do valor da oferta, no caso de titulares de, no mínimo, 10% das ações em circulação no mercado requererem aos nossos administradores que convoquem assembléia especial dos acionistas para deliberar sobre a realização de nova avaliação pelo mesmo ou por outro critério, para efeito de determinação do valor de avaliação da nossa Companhia. Tal requerimento deverá ser apresentado no prazo de 15 dias da divulgação do valor da oferta pública, devidamente fundamentado. Os acionistas que requisitarem a realização de nova avaliação, bem como aqueles que votarem a seu favor, deverão nos ressarcir pelos custos incorridos, caso o novo valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta. No entanto, caso o valor apurado na segunda avaliação seja maior, a oferta pública deverá obrigatoriamente adotar esse maior valor, a menos que o ofertante desista da oferta pública em função de tal valor superior. Segundo o nosso Estatuto Social, a hipótese de haver o Controle Difuso, sempre que for aprovado, em Assembléia Geral, o cancelamento de registro de companhia aberta, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada por nós mesmos, sendo que, neste caso, nós somente poderemos adquirir as ações de titularidade dos acionistas que tenham votado a favor do cancelamento de registro na deliberação em Assembléia Geral após termos adquirido as ações dos demais acionistas que não tenham votado a favor da referida deliberação e que tenham aceitado a referida oferta pública. Saída do Novo Mercado Podemos, a qualquer momento, requerer o cancelamento da nossa listagem no Novo Mercado, desde que tal deliberação seja aprovada em assembléia geral de acionistas e comunicada à BOVESPA por escrito com no mínimo 30 dias de antecedência. Por ocasião de saída do Novo Mercado, para que as ações de nossa emissão passem a ter registro de negociação fora do Novo Mercado, o acionista controlador deverá efetivar oferta pública de aquisição de ações, respeitados os prazos da legislação vigente e do Regulamento do Novo Mercado, no mínimo, pelo valor econômico apurado, mediante elaboração de laudo de avaliação por empresa especializada e independente da nossa Companhia, nossos administradores e controladores, bem como do poder de decisão destes, com experiência comprovada, que será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração da nossa Companhia. A notícia da realização da oferta pública deverá ser comunicada à BOVESPA e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da nossa Assembléia Geral que houver aprovado referida saída. 144 Na hipótese em que a nossa saída do Novo Mercado ocorrer em razão de cancelamento de registro de companhia aberta, o acionista controlador deverá seguir os demais requisitos aplicáveis ao cancelamento de registro. O cancelamento da nossa listagem no Novo Mercado não implica no cancelamento da negociação das ações de nossa emissão na BOVESPA. Caso a nossa saída do Novo Mercado ocorra em decorrência de reorganização societária, na qual a companhia resultante não tenha ações de sua emissão admitidas à negociação no Novo Mercado, o acionista controlador deverá efetivar oferta pública de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas, observados os prazos da legislação vigente e do Regulamento do Novo Mercado, no mínimo, pelo valor econômico das ações. A notícia da realização da oferta pública deverá ser comunicada à BOVESPA e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da nossa Assembléia Geral que houver aprovado referida reorganização. A alienação de nosso controle que ocorrer nos 12 meses subseqüentes à nossa saída do Novo Mercado obrigará o acionista controlador alienante e o comprador, conjunta e solidariamente, a oferecer aos demais acionistas a aquisição de suas ações pelo preço e nas condições obtidas pelo acionista controlador alienante na alienação de suas próprias ações. Segundo o nosso Estatuto Social, na hipótese de haver o Controle Difuso, sempre que for aprovada, em Assembléia Geral, a nossa saída do Novo Mercado, seja por registro para negociação das ações fora do Novo Mercado, seja por reorganização societária, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada pelos acionistas que tenham votado a favor da respectiva deliberação em Assembléia Geral. Uma vez obtido o cancelamento da listagem dos valores mobiliários de nossa emissão no Novo Mercado, nós não poderemos solicitar a listagem de valores mobiliários de nossa emissão no Novo Mercado pelo período de dois anos subseqüentes ao cancelamento, a menos que ocorra uma mudança no controle após o cancelamento. Alienação de Controle A Alienação de Controle da Companhia,tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a efetivar oferta pública de aquisição das demais ações dos outros acionistas da Companhia, observando as condições e os prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dado ao acionista controlador alienante. Nesse caso, o acionista controlador alienante e o comprador deverão entregar imediatamente à BOVESPA declaração contendo o preço e as demais condições da operação de alienação de controle da Companhia. A oferta pública será exigida, ainda: (i) quando houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, que venha a resultar na alienação do controle da Companhia; ou (ii) em caso de alienação de controle de sociedade que detenha o Poder de Controle da Companhia, sendo que, neste caso o acionista controlador alienante ficará obrigado a declarar à BOVESPA o valor atribuído à Companhia nessa alienação e anexar documentação que comprove esse valor. Aquele que já detiver ações da Companhia e que venha a adquirir o Poder de Controle da mesma, em razão de contrato particular de compra de ações celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de ações, estará obrigado a: (i) efetivar a oferta pública; e (ii) ressarcir os acionistas de quem tenha comprado ações em bolsa nos 6 (seis) meses anteriores à data da alienação de controle, a quem deverá pagar a diferença entre o preço pago ao acionista controlador alienante e o valor pago em bolsa, por ações da Companhia neste período, devidamente atualizado. 145 Exercício do Poder de Controle Difuso Nosso Estatuto Social contém provisão acerca do Exercício do Poder de Controle Difuso, dispondo que na hipótese de haver o Exercício do Poder de Controle Difuso: (i) sempre que for aprovado, em Assembléia Geral, o cancelamento de registro de companhia aberta, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada por nós mesmos, sendo que, neste caso, nós somente poderemos adquirir as ações de titularidade dos acionistas que tenham votado a favor do cancelamento de registro na deliberação em Assembléia Geral após termos adquirido as ações dos demais acionistas que não tenham votado a favor da referida deliberação e que tenham aceitado a referida oferta pública; e (ii) sempre que for aprovada, em Assembléia Geral, a nossa saída do Novo Mercado, seja por registro para negociação das ações fora do Novo Mercado, seja por reorganização societária na qual as nossas ações resultante de tal reorganização não sejam admitidas para negociação no Novo Mercado, mas que não haja o cancelamento do registro de companhia aberta, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada pelos acionistas que tenham votado a favor da respectiva deliberação em Assembléia Geral. Além disso, na hipótese de haver o Exercício do Poder de Controle Difuso e a BOVESPA determinar que as cotações dos valores mobiliários de nossa emissão sejam divulgadas em separado ou que os valores mobiliários emitidos pela nossa Companhia tenham a sua negociação suspensa no Novo Mercado em razão do descumprimento de obrigações constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, o Presidente do Conselho de Administração deverá convocar, em até dois dias da determinação, computados apenas os dias em que houver circulação dos jornais habitualmente utilizados pela nossa Companhia para nossas publicações, uma Assembléia Geral Extraordinária para substituição de todo o Conselho de Administração. Caso a referida Assembléia Geral Extraordinária não seja convocada pelo Presidente do Conselho de Administração no prazo estabelecido, a mesma poderá ser convocada por qualquer acionista nosso. O novo Conselho de Administração eleito na Assembléia Geral Extraordinária deverá sanar o descumprimento das obrigações constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado no menor prazo possível ou em novo prazo concedido pela BOVESPA para esse fim, o que for menor. Na hipótese de haver o Exercício do Poder de Controle Difuso e a nossa saída do Novo Mercado ocorrer em razão do descumprimento de obrigações constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado decorrente de: (i) deliberação em Assembléia Geral, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada pelos acionistas que tenham votado a favor da deliberação que implique o descumprimento; e (ii) ato ou fato da administração, nós deveremos realizar oferta pública de aquisição de ações para cancelamento de registro de companhia aberta dirigida a todos os nossos acionistas. Caso seja deliberada, em Assembléia Geral, a manutenção do nosso registro de companhia aberta, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser efetivada pelos acionistas que tenham votado a favor dessa deliberação. Caso haja Exercício do Poder de Controle Difuso, o nosso Estatuto Social adicionalmente estabelece um processo diferenciado de eleição de membros do Conselho Fiscal que assegura dois assentos para cada acionista ou Grupo de Acionistas que detenha, respectivamente, no mínimo, 10% de nosso capital social. Realização, pela nossa Companhia, de Operações de Compra de Ações de Emissão Própria O nosso Estatuto Social autoriza o Conselho de Administração a aprovar a compra, pela nossa Companhia, de ações de nossa própria emissão. A decisão de comprar ações de emissão própria para manutenção em tesouraria ou para cancelamento não pode, dentre outras coisas: • resultar na redução do capital social; • fazer com que seja necessária a utilização de recursos superiores ao saldo de lucros ou reservas disponíveis, exceto a reserva legal, reserva de lucros a realizar, reserva de reavaliação e reserva especial de dividendo obrigatório não distribuído, constantes do último balanço; criar, direta ou indiretamente, qualquer demanda, oferta ou condição do preço por ação artificial, ou utilizar-se de qualquer prática injusta, como conseqüência de uma ação ou omissão nossa; • • ser utilizada para a compra de ações detidas pelo nosso acionista controlador; ou • ocorrer enquanto estiver em curso oferta pública de aquisição das ações de nossa emissão. 146 Compete ao nosso Conselho de Administração decidir sobre comprar ações de nossa emissão, especificando (i) o objetivo da operação, (ii) a quantidade de ações a serem adquiridas, (iii) o prazo máximo para a realização das operações autorizadas, que não poderá exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, (iv) a quantidade de ações em circulação no mercado, e (v) nome e endereço das instituições financeiras que atuarão como intermediárias. Nós não podemos manter em tesouraria mais do que 10% de nossas ações em circulação no mercado, incluindo as ações detidas por nossas controladas e coligadas. Qualquer compra de ações de emissão própria pela nossa Companhia deve ser realizada em bolsa, exceto se as ações somente estiverem admitidas à negociação em mercado de balcão, e não pode ser feita por meio de operações privadas exceto se previamente aprovada pela CVM. Podemos também comprar ações de emissão própria, na hipótese de nós deixarmos de ser uma companhia aberta. Adicionalmente, nós podemos comprar ou emitir opções de compra ou de venda relacionadas às ações de nossa emissão. Percentual Mínimo de Ações em Circulação após Aumento de Capital O Regulamento do Novo Mercado prevê que, na ocorrência de um aumento de capital que não tenha sido integralmente subscrito por quem tinha direito de preferência ou que não tenha contado com número suficiente de interessados na respectiva distribuição pública, a subscrição total ou parcial de tal aumento de capital pelo acionista Controlador obrigá-lo-á tomar as medidas necessárias para recompor o percentual mínimo de ações em circulação, de 25% das ações do nosso capital social, nos seis meses subseqüentes à homologação da subscrição. Requisitos para Divulgação Tão logo a nossa Companhia se torne uma companhia aberta, deveremos atender às exigências relativas à divulgação previstas na Lei das Sociedades por Ações e nos normativos expedidos pela CVM. Ainda, em função da nossa listagem no Novo Mercado, nós deveremos também seguir as exigências relativas à divulgação contidas no Regulamento do Novo Mercado. Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas A Lei do Mercado de Valores Mobiliários estabelece que uma companhia aberta deve fornecer à CVM e à BOVESPA determinadas informações periódicas, que incluem as informações anuais, as informações trimestrais e os relatórios trimestrais da administração e dos auditores independentes. Esta legislação prevê também a obrigação de arquivar junto à CVM acordos de acionistas e avisos de convocação de Assembléias Gerais, bem como as cópias das atas destas assembléias. Além dos requisitos de divulgação da legislação societária e da CVM, nós devemos observar também os seguintes requisitos de divulgação: • no máximo seis meses após a obtenção de autorização para listagem de ações de nossa emissão no Novo Mercado, devemos apresentar demonstrações financeiras da nossa Companhia e demonstrações consolidadas após o término de cada trimestre (excetuado o último) e de cada exercício social, incluindo a demonstração de fluxo de caixa, a qual deverá indicar, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregados em fluxos operacionais, financiamentos e investimentos; 147 • a partir da divulgação das demonstrações financeiras referentes ao segundo exercício social após a obtenção de autorização para listar as ações de nossa emissão no Novo Mercado, devemos, no máximo quatro meses após o encerramento do exercício social: (i) divulgar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, em reais ou Dólares, que deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês, acompanhadas do relatório da administração, das notas explicativas que informem, inclusive, o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício, segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil bem como a proposta da destinação do resultado e parecer dos auditores independentes; ou (ii) divulgar, em idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e as notas explicativas, preparadas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, acompanhadas de nota explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e segundo os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes; e • a partir da data de divulgação das primeiras demonstrações financeiras preparadas de acordo com as disposições previstas acima, no máximo quinze dias após o prazo estabelecido pela legislação para divulgação das informações trimestrais, devemos: (i) apresentar, na íntegra, as informações trimestrais traduzidas para o idioma inglês; ou (ii) apresentar as demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, de acordo com as disposições acima, acompanhadas de parecer ou de relatório de revisão especial dos auditores independentes. Informações Trimestrais No prazo máximo de seis meses após a obtenção da autorização para listagem de ações de nossa emissão no Novo Mercado, nós deveremos incluir em nossas informações trimestrais, além das informações exigidas pela legislação aplicável, as seguintes informações: • balanço patrimonial consolidado, demonstração de resultado consolidado, e comentário de desempenho consolidado, caso nós estejamos obrigados a apresentar demonstrações consolidadas ao fim do exercício social; • informe da posição acionária de todo aquele que detiver mais do que 5% do nosso capital social, de forma direta ou indireta, até o nível da pessoa física; • informe da quantidade e características dos valores mobiliários de nossa emissão de que o acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal sejam titulares, direta ou indiretamente; • informe da evolução da participação dos acionistas controladores, dos membros do Conselho de Administração, da Diretoria e do Conselho Fiscal em relação aos respectivos valores mobiliários, nos 12 meses imediatamente anteriores; • a demonstração de fluxo de caixa, que deverá ser incluída nas notas explicativas; • informe da quantidade de ações em circulação e seu percentual em relação ao total de ações emitidas; e • informe sobre a existência e a vinculação à cláusula compromissória. As informações relativas à participação superior a 5% do nosso capital social, à quantidade e características das nossas ações direta ou indiretamente detidas pelos acionistas controladores, membros do Conselho de Administração, da Diretoria ou do Conselho Fiscal, a evolução do volume de ações detidas por estas pessoas dentro dos 12 meses imediatamente anteriores, e a existência e a vinculação à cláusula compromissória devem também estar incluídas nas nossas Informações Anuais (“IAN”), no quadro “Outras Informações Consideradas Importantes para o Melhor Entendimento da Companhia”. 148 Divulgação de Negociações com Ações Realizadas por Acionista Controlador, Conselheiro, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal De acordo com as regras da CVM, os diretores, membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, quando instalado, ou de qualquer outro órgão com funções técnicas ou consultivas da nossa Companhia, criados por disposições estatutárias, ficam obrigados a comunicar à nossa Companhia, a titularidade e as negociações realizadas com os valores mobiliários de nossa emissão, ou de emissão de nossas controladas ou controladores que sejam companhias abertas, ou a eles referenciados. Quando se tratar de pessoa física, as informações deverão incluir os valores mobiliários que sejam de propriedade de cônjuge, companheiro ou dependente incluído em sua declaração de imposto de renda e de sociedade controlada, direta ou indiretamente, por quaisquer dessas pessoas. A comunicação deve conter, no mínimo, as seguintes informações: • nome e qualificação do comunicante; • quantidade, por espécie e classe, no caso de ações, e demais características no caso de outros valores mobiliários, além da identificação da companhia emissora e do saldo da porção detida antes e depois da negociação; e • forma, preço e data das transações. Essas informações devem ser enviadas (i) no primeiro dia útil após a investidura no cargo; (ii) quando da apresentação do pedido de registro da companhia como aberta, e (iii) no prazo de cinco dias após a realização de cada negócio. A companhia deverá enviar as informações acima referidas à CVM e, se for o caso, às bolsas de valores ou às entidades do mercado de balcão organizado em que as ações da companhia sejam admitidas à negociação, no prazo de dez dias, após o término do mês em que se verificarem alterações das posições detidas, ou do mês em que ocorrer a investidura no cargo das pessoas indicadas acima. As informações referidas acima deverão ser entregues de forma individual e consolidada por órgão ali indicado, sendo que as posições consolidadas ficarão disponíveis no sistema eletrônico de Informações Periódicas e Eventuais – IPE. O Diretor de Relações com Investidores é o responsável pela transmissão à CVM e, se for o caso, às bolsas de valores ou às entidades do mercado de balcão organizado em que as ações da companhia sejam admitidas à negociação das informações recebidas pela companhia em conformidade com aqui disposto. Sempre que os acionistas controladores, diretos ou indiretos, e os acionistas que elegem membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal, bem como de qualquer pessoa, física ou jurídica, ou grupo de pessoas atuando em conjunto ou representando um mesmo interesse, atingir participação, direta ou indireta, que corresponda a 5% ou mais das nossas ações, tais acionistas ou Grupo de Acionistas deverão comunicar à BOVESPA e à CVM as seguintes informações: • nome e qualificação do adquirente das ações indicando o número de inscrição no CNPJ ou no CPF; e • objetivo da participação e quantidade visada, contendo, se for o caso, declaração do adquirente de que suas compras não objetivam alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da sociedade; • número de ações, bônus de subscrição, bem como de direitos de subscrição de ações e de opções de compra de ações, por espécie e classe, debêntures conversíveis em ações já detidas, direta ou indiretamente, pelo adquirente ou por pessoa a ele ligada; e • indicação de qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de nossa emissão. 149 Tal comunicação também é obrigatória para a pessoa ou grupo de pessoas representando um mesmo interesse, titular de participação acionária igual ou superior a 5% das nossas ações, sempre que tal participação se eleve ou reduza em 5%. Divulgação de ato ou fato relevante De acordo com a Lei do Mercado de Valores Mobiliários, nós devemos informar à CVM e à BOVESPA a ocorrência de qualquer ato ou fato relevante relacionado aos nossos negócios. Devemos, também, publicar um aviso sobre tal ato ou fato. Um ato ou fato é considerado relevante se tiver o efeito de influenciar o preço dos valores mobiliários de nossa emissão, a decisão de investidores de negociar os valores mobiliários de nossa emissão ou a decisão de investidores de exercer quaisquer direitos na qualidade de titulares de valores mobiliários de nossa emissão. Em circunstâncias especiais, nós podemos submeter à CVM um pedido de tratamento confidencial com relação a um ato ou fato relevante. Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante Possuímos ainda, conforme a Instrução CVM 358, uma Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes, aprovada na reunião do Conselho de Administração realizada em 5 de fevereiro de 2007, que consiste na divulgação de informações relevantes e na manutenção de sigilo acerca destas informações que ainda não tenham sido divulgadas ao público: • informação relevante consiste em qualquer decisão de acionista Controlador, deliberação de Assembléia Geral ou dos órgãos de nossa administração, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos nossos negócios, que possa influir de modo ponderável: (i) na cotação dos valores mobiliários; (ii) na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter os valores mobiliários; ou (iii) na determinação de os investidores exercerem quaisquer direitos inerentes à condição de titulares de valores mobiliários; • é de responsabilidade do Diretor de Relações com Investidores divulgar e comunicar à CVM e às Bolsas de Valores, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado aos nossos negócios que seja considerado informação relevante, bem como zelar pela ampla e imediata disseminação da informação relevante nas bolsas de valores e ao público em geral (através de anúncio publicado em jornal, etc.); • a nossa Companhia prevê uma única hipótese de exceção à imediata divulgação de informação relevante: Referida informação só poderá deixar de ser divulgada se sua revelação puder colocar em risco interesse legítimo da nossa Companhia; e • todas as pessoas vinculadas (os nossos acionistas Controladores, nossos diretores, membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, se instalado, e de quaisquer outros órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição estatutária, nossos gerentes e funcionários que tenham acesso freqüente a informações relevantes e outros que consideremos necessário ou conveniente) deverão assinar termo de adesão à Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante, e guardar sigilo sobre as informações ainda não divulgadas, sob pena de nos indenizar e as demais pessoas vinculadas dos prejuízos que venham a ocorrer. Informações Periódicas Demonstrações de Fluxos de Caixa Estipula o Regulamento do Novo Mercado que as nossas demonstrações financeiras e as demonstrações consolidadas a serem elaboradas ao término de cada trimestre e de cada exercício social, devem incluir, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Para maiores informações, ver a Seção “– Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas”. 150 Demonstrações Financeiras Elaboradas de Acordo com Padrões Internacionais Dispõe o Regulamento do Novo Mercado que, após o encerramento do segundo exercício social após a adesão ao Novo Mercado, nós deveremos elaborar: (i) demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, as quais deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês. Devem ainda ser acompanhadas do relatório de administração, de notas explicativas, que informem inclusive o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício social segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e a proposta de destinação do resultado, e do parecer dos auditores independentes; ou (ii) divulgar, no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas explicativas que demonstra a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis, e do parecer dos auditores independentes (registrados na CVM e com experiência comprovada no exame de demonstrações financeiras elaboradas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS). Para maiores informações, ver a Seção “– Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas”. Informações Trimestrais em Inglês ou elaborada de Acordo com os Padrões Internacionais Conforme esta regra, nós deveremos apresentar a íntegra das informações trimestrais traduzida para o idioma inglês ou, então, apresentar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS. Para maiores informações, ver a Seção “– Informações Trimestrais”. Esta apresentação de Informações deverá ser acompanhada de Parecer ou de Relatório de Revisão Especial dos Auditores Independentes. Requisitos Adicionais para as Informações Trimestrais – ITR O Regulamento do Novo Mercado estipula algumas informações complementares que deverão ser apresentadas no ITR. São elas: (i) apresentar, no máximo, seis meses após a obtenção pela nossa Companhia da autorização para negociar no Novo Mercado, o balanço patrimonial consolidado, a Demonstração do Resultado Consolidado e o comentário de desempenho consolidado, se estivermos obrigados a apresentar demonstrações consolidadas ao final do exercício social; (ii) informar a posição acionária de todo aquele que detém mais de 5% do nosso capital social, direta ou indiretamente, até o nível da pessoa física; (iii) informar de forma consolidada a quantidade e as características dos valores mobiliários de nossa emissão de que sejam titulares, direta ou indiretamente, os grupos de Acionista Controlador, administradores e membros do Conselho Fiscal, se instalado; (iv) informar a evolução da participação das pessoas mencionadas no item iii, em relação aos respectivos valores mobiliários, nos doze meses anteriores; (v) incluir em notas explicativas, a demonstração dos fluxos de caixa anteriormente mencionados; (vi) informar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas; e (vii) a existência e a vinculação à cláusula compromissória. Requisitos adicionais para as Informações Anuais - IAN São também requisitos do Novo Mercado a inclusão dos itens (iii), (iv), e (vii) do tópico “Requisitos Adicionais para as Informações Trimestrais” nas nossas Informações Anuais no quadro “Outras Informações Consideradas Importantes para um Melhor Entendimento da Companhia”. Para maiores informações, ver a Seção “– Informações Trimestrais”. Reunião Pública com Analistas O Regulamento do Novo Mercado estipula que pelo menos uma vez ao ano, nós devemos realizar reunião pública com analistas e quaisquer outros interessados, para divulgar informações quanto à nossa respectiva situação econômico-financeira, projetos e perspectivas. 151 Calendário Anual O Novo Mercado determina que nós e os nossos administradores devemos enviar à BOVESPA e divulgar, até o fim de janeiro de cada ano, um calendário anual, informando sobre eventos corporativos programados, contendo informações sobre a nossa Companhia, o evento, data e hora de sua realização, a publicação e o envio do documento tratado no evento à BOVESPA. Eventuais alterações subseqüentes em relação aos eventos programados deverão ser enviadas à BOVESPA e divulgadas imediatamente. Acordo de Acionistas Não há acordo de acionista firmado entre nossos acionistas. Programas de Opções de Aquisição de Ações Não possuímos na data deste Prospecto nenhum programa de opções de aquisição de ações e de outros títulos ou valores mobiliários de nossa emissão. Contudo, caso venhamos promover algum desses programas, deveremos enviar à BOVESPA e à CVM cópia dos mesmos. Deveremos ainda realizar a divulgação dos mesmos. Contratos com o Mesmo Grupo Devemos enviar à BOVESPA e divulgar informações de todo e qualquer contrato celebrado entre nós e nossas controladas e coligadas, nossos administradores, nosso acionista Controlador, e, ainda, entre a nossa Companhia e sociedades controladas e coligadas dos administradores e do acionista Controlador, assim como com outras sociedades que com qualquer dessas pessoas integre um mesmo grupo de fato ou direito, sempre que for atingido, num único contrato ou em contratos sucessivos, com ou sem o mesmo fim, em qualquer período de um ano, valor igual ou superior a R$200 mil, ou valor igual ou superior a 1% sobre o nosso patrimônio líquido, considerando o maior. Essas informações divulgadas deverão discriminar o objeto do contrato, o prazo, o valor, as condições de rescisão ou de término e a eventual influência do contrato sobre a nossa administração ou a nossa condução dos negócios. Para maiores informações, ver a Seção “Operações com Partes Relacionadas”. 152 DIVIDENDOS E POLÍTICA DE DIVIDENDOS Alocação do Lucro Líquido e Distribuição de Dividendos Valores Disponíveis para Distribuição Em cada Assembléia Geral Ordinária, o nosso Conselho de Administração deverá fazer uma recomendação sobre a destinação do lucro líquido do exercício social anterior, que será objeto de deliberação por nossos acionistas. Para fins da Lei das Sociedades por Ações, lucro líquido é definido como o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidos os montantes relativos ao imposto de renda e à contribuição social, líquido de quaisquer prejuízos acumulados de exercícios sociais anteriores e de quaisquer valores destinados ao pagamento de participações estatutárias de empregados e administradores no nosso lucro, observado, entretanto, que os administradores somente farão jus à participação no lucro do exercício após o pagamento aos acionistas de dividendos mínimos obrigatórios. O nosso Estatuto Social prevê que uma quantia equivalente a, no mínimo, 25% do lucro líquido anual ajustado, conforme reduzido pelas destinações à reserva legal, e à reserva para contingências (se houver), e conforme acrescido da reversão de valores da reserva de contingências formada em exercícios anteriores (se houver) e dos lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados, e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverá estar disponível para distribuição a título de dividendo ou pagamento de juros sobre o capital próprio, em qualquer exercício social. Ademais o dividendo obrigatório poderá ser limitado à parcela realizada do lucro líquido. Os cálculos do lucro líquido e alocações para reservas relativas a qualquer exercício social, bem como dos valores disponíveis para distribuição, são determinados com base nas nossas demonstrações financeiras não consolidadas, preparadas de acordo com a legislação societária. Para maiores informações, ver a Seção “Pagamento de Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio”. Reservas As companhias em geral possuem dois tipos de reservas: as reservas de lucros e as reservas de capital. Reservas de Lucros As reservas de lucros compreendem a reserva legal, a reserva de lucros a realizar, a reserva para contingências, a reserva estatutária e a reserva de retenção de lucros. Reserva legal Estamos obrigados a manter reserva legal, à qual devemos destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social, até que o valor da reserva seja igual a 20% do capital integralizado. Não obstante, não estamos obrigados a fazer qualquer destinação à reserva legal com relação a qualquer exercício social em que a reserva legal, quando acrescida às outras reservas de capital constituídas, exceder 30% do nosso capital social. Eventuais prejuízos líquidos poderão ser levados a débito da reserva legal. Os valores da reserva legal devem ser aprovados em Assembléia Geral Ordinária de acionistas e podem ser utilizados para compensar prejuízos ou aumentar o capital social, não estando, porém, disponíveis para pagamento de dividendos. Em 31 de dezembro, possuímos reserva legal constituída de R$74 mil, equivalente a 0,12% do capital social integralizado. Reserva de lucros a realizar De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, no exercício social em que o valor do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, a Assembléia Geral poderá, por proposta do Conselho de Administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos seguintes valores: (i) o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e (ii) o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar devem ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a sua realização, se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes. Não constituímos reserva e lucros a realizar no exercício social findo em 31 de dezembro de 2006. 153 Reserva para contingências De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, parte do lucro líquido poderá ser destinada à reserva para contingências com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Qualquer valor assim destinado em exercício anterior deverá ser revertido no exercício social em que a perda que tenha sido antecipada não venha, de fato, a ocorrer, ou deverá ser baixado na hipótese de a perda antecipada efetivamente ocorrer. Não constituímos reserva de contingências no exercício social findo em 31 de dezembro de 2006. Reserva estatutária De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o estatuto social poderá criar reserva estatutária de lucros desde que indique, de modo preciso e completo: (i) a sua finalidade; (ii) fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e (iii) estabeleça o limite máximo da reserva. A alocação dos recursos para reservas estatutárias não poderá ocorrer em prejuízo da distribuição do dividendo mínimo obrigatório. Nós manteremos a reserva de lucros estatutária denominada, “Reserva de Investimentos”, que terá como finalidade financiar a expansão das nossas atividades e/ou de nossas empresas controladas e coligadas a qual será formada com até 100% do lucro líquido que permanecer após as deduções legais. O saldo destinado a reserva estatutária não poderá ultrapassar o valor do capital social subscrito. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, constituímos reserva estatutária de lucros no montante de R$1.053,00. Reserva de retenção de lucros (Reserva de Investimentos) De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a Assembléia Geral poderá deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital. A destinação de parte do lucro líquido para a reserva de retenção de lucros não pode ocorrer em detrimento do pagamento do dividendo obrigatório. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, constituímos reserva de retenção de lucros constituídas em exercícios anteriores no valor de R$1.052.859,58. O saldo das reservas de lucros, excetuadas a reserva de lucros a realizar e a reserva para contingências, não poderá ultrapassar o valor do nosso capital social. Uma vez atingido esse limite máximo, os nossos acionistas poderão deliberar sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do nosso capital social, ou na distribuição de dividendos. Reserva de capital De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a reserva de capital consiste em ágio na emissão de ações, reserva especial de ágio na incorporação, alienação de partes beneficiárias, alienação de bônus de subscrição, prêmio na emissão de debêntures, incentivos fiscais e doações e subvenções para investimentos. Com nossa adesão ao Novo Mercado, não poderemos emitir partes beneficiárias. O saldo existente na reserva de capital somente poderá ser utilizado para, no caso de companhias listadas no Novo Mercado, incorporação ao capital social, absorção de prejuízos que ultrapassem os lucros acumulados e as reservas de lucros; ou resgate, reembolso ou compra de ações. A nossa reserva de capital consiste de reserva de ágio, incentivos fiscais e subvenções para investimentos. As quantias destinadas à nossa reserva de capital não são consideradas para efeito da determinação do dividendo obrigatório. Em 31 de dezembro de 2006, não constituímos reserva de capital. 154 Pagamento de Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio O Estatuto Social de uma companhia brasileira deve especificar um percentual mínimo do lucro disponível para distribuição que deve ser pago aos acionistas a título de dividendo obrigatório, ainda que ele possa ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio. Em linha com a Lei das Sociedades por Ações, o dividendo obrigatório fixado no nosso Estatuto Social equivale a um percentual não inferior a 25% do lucro líquido anual ajustado na forma do Artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações. O pagamento do dividendo obrigatório, todavia, poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como lucros a realizar. Para maiores informações, ver a Seção “–Reserva de Lucros a Realizar”. O cálculo do nosso lucro líquido, bem como sua destinação para as reservas de lucro e de capital, é feito com base nas nossas demonstrações financeiras anuais, preparadas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações. A participação dos administradores no nosso lucro líquido não pode exceder a remuneração anual dos administradores ou um décimo dos lucros, o que for menor. A Lei das Sociedades por Ações permite, entretanto, que uma companhia aberta suspenda a distribuição obrigatória de dividendos, caso a Assembléia Geral aprove a recomendação dos órgãos da administração no sentido de que a distribuição seria desaconselhável em vista da nossa condição financeira. O Conselho Fiscal, se em funcionamento, deve dar parecer à recomendação dos órgãos da administração. Nessa hipótese, a nossa administração deverá apresentar justificativa à CVM para a suspensão. Os lucros não distribuídos em razão da suspensão na forma acima mencionada serão destinados a uma reserva especial e, caso não sejam absorvidos por prejuízos subseqüentes, deverão ser pagos a título de dividendos, tão logo a nossa condição financeira assim o permita. Dividendos Estamos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações e por nosso Estatuto Social a realizar Assembléia Geral Ordinária até o quarto mês subseqüente ao encerramento de cada exercício social na qual, entre outras matérias, os acionistas terão que deliberar sobre a distribuição de dividendo do exercício social encerrado. O pagamento de dividendos anuais toma por base as demonstrações financeiras auditadas, referentes ao exercício social imediatamente anterior. Os titulares de ações na data em que o dividendo for declarado farão jus ao recebimento dos dividendos. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o dividendo anual deve ser pago no prazo de 60 dias a contar de sua declaração, a menos que a deliberação de acionistas estabeleça outra data de pagamento que, em qualquer hipótese, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social em que o dividendo tenha sido declarado. Para reclamar dividendos (ou pagamentos de juros sobre capital próprio) referentes às suas ações, os acionistas têm prazo de três anos, contados da data em que os dividendos ou juros sobre capital próprio tenham sido postos a sua disposição, após o qual o valor dos dividendos ou juros sobre capital próprio não reclamados reverterá em nosso favor. O nosso Conselho de Administração pode declarar dividendos intermediários ou juros sobre capital próprio, à conta de lucros apurados em balanço semestral ou anual. Adicionalmente, o Conselho de Administração pode determinar o levantamento de balanços em períodos inferiores a seis meses e declarar dividendos ou juros sobre capital próprio com base nos lucros apurados em tais balanços, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital previstas no parágrafo 1º do art. 182 da Lei das Sociedades por Ações. O nosso Conselho de Administração poderá, ainda, pagar dividendos intermediários ou juros sobre o capital próprio à conta de lucros acumulados ou de reserva de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Os pagamentos de dividendos intermediários ou juros sobre capital próprio constituem antecipação do valor de dividendos obrigatórios relativos ao lucro líquido do final do exercício em que os dividendos intermediários foram pagos. Os juros sobre capital próprio podem ser considerados antecipação dos dividendos obrigatórios relativos ao lucro líquido do final do exercício. Além disso, nosso Estatuto Social determina que todo o lucro líquido não destinado, na forma da lei, às reservas aqui mencionadas, poderá constituir a Reserva de Investimento. 155 Juros sobre o capital próprio Desde 1º de janeiro de 1996, as companhias brasileiras estão autorizadas a pagar juros sobre o capital próprio limitados a titulares de participações acionárias e considerar tais pagamentos dedutíveis para efeito do IRPJ e, desde 1998, também para efeito da CSLL. A dedução fica limitada ao que for maior entre (i) 50% do lucro líquido (após a dedução da CSLL e antes de se considerar a referida distribuição, e quaisquer deduções referentes ao IRPJ) do período com relação ao qual o pagamento seja efetuado, e (ii) 50% de lucros acumulados. O pagamento de juros sobre o capital próprio é realizado como forma alternativa de pagamento de dividendos. Os juros sobre o capital próprio ficam limitados à variação pro rata die da TJLP. O valor pago a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto de renda, poderá ser imputado como parte do valor do dividendo obrigatório. De acordo com a legislação aplicável, somos obrigados a pagar aos nossos acionistas valor suficiente para assegurar que a quantia líquida recebida por eles, a título de juros sobre o capital próprio, descontado o pagamento do imposto retido na fonte e acrescida do valor dos dividendos declarados, seja equivalente ao menos ao montante do dividendo mínimo obrigatório. Valores Distribuídos a Título de Dividendos ou Juros Sobre o Capital Próprio A remuneração dos acionistas efetuadas pela nossa Companhia em 2006 está indicada no quadro abaixo. 2006(1) ON (em milhões de reais) Dividendos/juros sobre o capital próprio propostos Juros sobre o capital próprio, líquidos de IRRF............................................................................ Saldo dos dividendos ................................................................................................................ Subtotal.................................................................................................................................... I.R.R.F. dos juros sobre o capital próprio .................................................................................... Total ........................................................................................................................................ (1) A nossa Companhia foi constituída em 10 de janeiro de 2006. 156 0,0 0,35 0,35 0 0,35 3. ANEXOS • Estatuto Social ..................................................................................................................... 158 • Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que aprovou a Oferta .................. 180 • Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que retificou a ata que aprovou a Oferta ............................................................................. 183 • Minuta da Ata da Reunião do Conselho de Administração da Companhia que Deliberou sobre o Preço por Ação..................................................................................................................... 186 • Informações Anuais da Companhia Relativas ao Exercício Social Encerrado em 31 de Dezembro de 2006 .................................................................................................... 188 • Estudo de Viabilidade ........................................................................................................... 199 • Sumário das Demonstrações de Resultados Anuais, Auditadas, dos Projetos que Compõem a Experiência Passada dos Nossos Administradores .............................................................. 253 • Declarações da Companhia e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 ............................................................................................................................ 264 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A CNPJ Nº 07.820.907/0001-46 NIRE N° 33 3 0027764-1 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM [•] DE [•] DE 2007 1. DATA, HORA E LOCAL DA REUNIÃO: Realizada às [•] horas dos [•] dias do mês de [•] de 2007, na sede da sociedade na Rua do Mercado, nº 11, 24º andar (parte), Centro, Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. 2. PRESENÇA: Presentes a totalidade dos Conselheiros da Sociedade: Carlos Antonio Guedes Valente, Cláudio Coutinho Mendes, Rogério Furtado Moreira, Raquel Santos Carneiro, Maria Silvia Bastos Marques, Tanit Maria Rey Sanches Galdeano, Stephen Howland Taber, Bruno Licht e Artur Olinto Guimarães. Para todos os fins de direito, considera-se regular a presente reunião, nos termos do Parágrafo Segundo do Artigo 14 do Estatuto Social da Companhia. 3. MESA: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Cláudio Coutinho Mendes e secretariados pela Sra. Monique Leone Moreira Cezar. 4. ORDEM DO DIA: (i) ratificação do aumento de capital da Companhia, dentro do limite de capital autorizado, a ser realizada no âmbito de uma oferta pública primária de ações ordinárias de emissão da companhia no Brasil; (ii) Fixação do preço de emissão das ações ordinárias da Companhia destinadas à oferta pública primária. 5. DELIBERAÇÕES: Resolveram os membros do Conselho de Administração, por unanimidade: (i) ratificar o aumento do capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado, no montante de R$[•], passando, assim, o capital social da Companhia de R$ 30.757.500 (trinta milhões, setecentos e cinqüenta e sete mil e quinhentos reais) para R$[•], mediante a emissão de [•] ações ordinárias (“Ações da Oferta”), todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, que serão objeto de distribuição pública primária a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado; (ii) aprovar o preço de emissão das ações ordinárias destinadas à oferta pública primária de ações da Companhia, conforme aumento de capital aprovado na Reunião do Conselho de Administração de 13 de março de 2007, no valor de R$[•] por ação. O preço de emissão foi calculado com base no critério de valor de mercado, após realização de road show e a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding) realizado pelas instituições coordenadoras da oferta pública de ações ordinárias da Companhia, tendo sido consideradas as intenções de investimento dos Investidores Qualificados (conforme definido pela Comissão de Valores Mobiliários) em subscrever e adquirir as ações ordinárias da Companhia, em consonância com o disposto no §1º, III e §7º do artigo 170 da Lei nº 6.404/76 e da Instrução CVM nº 400/2003, sendo este o critério mais apropriado para determinar o preço justo das ações destinadas à oferta pública. O preço de emissão será o mesmo para as ações emitidas no lote original destinado à oferta pública primária de ações bem como àquelas decorrentes do possível exercício da opção de ações do lote suplementar e do lote adicional (“Ações Suplementares” e “Ações Adicionais”). 186 6. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Reunião, da qual se lavrou a presente Ata que, lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. Rio de Janeiro, [•] de [•] de 2007. MESA: __________________________________ Cláudio Coutinho Mendes Presidente __________________________________ Monique Leone Moreira Cezar Secretária CONSELHEIROS: Carlos Antonio Guedes Valente Maria Silvia Bastos Marques Tanit Maria Rey Sanches Galdeano Stephen Howland Taber Raquel Santos Carneiro Bruno Licht Rogério Furtado Moreira Cláudio Coutinho Mendes Artur Olinto Guimarães 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. ESTUDO DE VIABILIDADE 2 de abril de 2007 199 ÍNDICE GERAL 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 201 2. APRESENTAÇÃO DA CR2 ......................................................................................................... 204 3. FATORES DE RISCO .................................................................................................................. 209 4. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 217 5. ANÁLISE DE DEMANDA ........................................................................................................... 221 6. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA AMOSTRA ..................................................................................... 236 7. ESTATÍSTICAS DO ESTUDO....................................................................................................... 244 8. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA................................................................................................. 248 9. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 250 ANEXO A.......................................................................................................................................... 251 200 1. INTRODUÇÃO O presente estudo de viabilidade econômico-financeira (o “Estudo”) da CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. (“CR2” ou “Companhia”) é apresentado nos termos da Instrução nº. 400, de 29 de dezembro de 2003, da Comissão de Valores Mobiliários (“Instrução CVM 400” e “CVM”, respectivamente) e da Instrução nº. 202, de 6 de dezembro de 1993, da CVM, no âmbito do pedido de registro de uma oferta pública primária de ações ordinárias (as “Ações”), a ser conduzida pela CR2 (“Oferta”). A CR2 é uma incorporadora imobiliária constituída em 10 de janeiro de 2006 com expressiva atuação na região metropolitana do Rio de Janeiro. Anteriormente à sua constituição, os seus administradores já atuavam há mais de 10 anos no mercado imobiliário brasileiro, contando com vasta experiência no setor. Em 04 de setembro de 1998, os administradores da CR2 constituíram a CR2 Administradora de Recursos Ltda. (“CR2 Administradora”), empresa que tinha por objeto atuar como gestora de empreendimentos imobiliários desenvolvidos por meio de Sociedades de Propósito Específico (“SPEs”). Em 26 de julho de 1999, os administradores da CR2 constituíram a CR2 DTVM S.A. (“CR2 DTVM”), posteriormente transformada em Banco CR2 S.A. (“Banco CR2”), que foi o responsável pela constituição e administração de fundos de investimentos imobiliários (“FII”), veículos utilizados para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. Tanto o Banco CR2 como a CR2 Administradora eram empresas sob controle comum, não possuindo vínculo societário direto. Para o desenvolvimento de seus empreendimentos imobiliários, a CR2 forma parcerias para cada um de seus projetos, com construtoras e empreiteiras independentes, mantendo sempre o efetivo controle sobre o projeto. Coordenando essas parcerias, a CR2 acredita ser capaz de administrar ativamente o nível de risco e liquidez de seu negócio, determinando quando, e até mesmo se, deverá ocorrer uma incorporação imobiliária, a velocidade de execução de tal empreendimento e a estrutura de custo e preço, garantindo assim uma velocidade de vendas adequada ao retorno esperado para um determinado nível de risco. A CR2 pretende utilizar os recursos provenientes da Oferta para (i) investir nos 11 projetos imobiliários residenciais e comerciais nos quais está envolvida como incorporadora, com VGV total (ou seja, o valor obtido ou a ser potencialmente obtido pela venda de todas as unidades de um determinado empreendimento imobiliário, incluindo comissões de corretagem) de aproximadamente R$1 bilhão, tendo 1 deles sido lançado em 2006 e os demais a serem lançados em 2007, (ii) investir no desenvolvimento de um shopping center de área bruta locável de 2 aproximadamente 21,000 m com inauguração prevista para o final de 2008 e (iii) adicionar novos projetos de incorporação imobiliária de desenvolvimento de shopping centers à sua carteira e assim acelerar o crescimento de seu negócio. O presente Estudo leva em consideração os fluxos de receitas, custos e despesas de todos os 11 projetos de incorporação lançados pelos administradores da CR2, por meio do Banco CR2 e da CR2 Administradora, de 2000 a 2006 (a "Amostra"), que consistiram de 381(1) Unidades com um VGV total de R$217,8 milhões(2), constantes no Anexo A. O presente Estudo objetiva auxiliar no entendimento dos potenciais retornos e riscos associados à CR2, inclusive o risco de a CR2 não implementar a estratégia de negócios conforme descrita no Prospecto. O investidor pode vir a perder todo o seu investimento se a CR2 não alcançar seus objetivos. (1) (2) Referentes às Unidades pertencentes aos cotistas dos FIIs e acionistas das SPEs, excluindo-se Unidades permutadas. VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes à corretagem, atualizados pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. 201 A CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. não investiu e não investirá nos projetos específicos descritos no presente Estudo, e não obterá nenhum retorno sobre esses projetos. Os retornos descritos no presente Estudo baseiam-se nos resultados de cada um dos 11 projetos que compõem a Amostra. Em 31 de dezembro de 2006, 9 dos 11 projetos da Amostra haviam sido entregues (obras concluídas), enquanto apenas 2 ainda encontravam-se em fase de construção. Além disso, 78,6% dos recebimentos líquidos de comissões de corretagem (“Recebimentos Líquidos”) de todos os projetos da Amostra haviam sido recebidos até 31 de dezembro de 2006 e 92,4% de todos os custos dos projetos da Amostra haviam sido incorridos até 30 de novembro de 2006. O retorno dos investimentos realizados pela CR2 em projetos imobiliários com recursos provenientes da Oferta podem variar e ocorrer somente após meses ou anos, tendo em vista o tempo necessário para a conclusão dos mesmos, as condições de mercado e os custos de incorporação futuros. Para maiores informações acerca da metodologia utilizada na preparação do presente Estudo, vide a seção 4 “Metodologia”. As estimativas apresentadas não estão relacionadas aos resultados da CR2, atuais ou projetados. O retorno dos investimentos realizados pela CR2 em projetos imobiliários com recursos provenientes da Oferta pode ser substancialmente inferior ao retorno dos projetos do Estudo. Adicionalmente, as premissas a partir das quais as estimativas de retorno ou outras informações de caráter futuro foram elaboradas podem estar incorretas. Inúmeros outros fatores podem ser determinantes para que as taxas esperadas de retorno não sejam alcançadas. O investimento em ações representa um investimento de risco. Os investidores estão sujeitos a perdas patrimoniais e riscos, inclusive aqueles relacionados às Ações, à CR2, ao setor imobiliário, aos seus acionistas e ao ambiente macroeconômico do Brasil descritos nos prospectos para fins da Oferta (“Prospecto Preliminar” e “Prospecto Definitivo” e, conjuntamente, os “Prospectos”). Essas circunstâncias devem ser cuidadosamente consideradas antes da tomada de decisão de investimento. Antes de tomar uma decisão de investimento, o investidor deve ler cuidadosamente o Prospecto Preliminar, para uma melhor compreensão das atividades da CR2 e da Oferta, incluindo as informações contidas nas seções “Fatores de Risco” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados das Operações”. Este Estudo não contém todas as informações que podem ser importantes para a decisão de investimento do investidor. Ainda, algumas informações presentes neste Estudo estão sujeitas a alteração e a CR2 não tem qualquer obrigação de atualizar as estimativas e projeções aqui contidas. O presente estudo de viabilidade foi elaborado pelos membros da administração da CR2, com assessoria especializada, baseando-se no seu melhor entendimento e conhecimento do setor em questão e dos projetos vislumbrados pela CR2, dentro das premissas aqui exposta e limitações inerentes a este tipo de projeto envolvendo dados macroeconômicos, comerciais, estatísticos e estimativas. Apresentamos abaixo o currículo das pessoas físicas e jurídicas que foram envolvidas na elaboração e/ou revisão do presente Estudo: i. Carlos Guedes é graduado em Economia pela PUC-RJ e tem pós graduação em Economia também pela PUC-RJ. Ingressou no grupo BBM em 1985 como assessor da presidência. Em 1986 passou a responder pelas operações de renda variável do grupo como gerente da BBM Corretora. Em 1989, tornou-se diretor adjunto do Banco BBM e em 1993 foi promovido a diretor executivo. Foi responsável pelas áreas de renda variável, open, câmbio, bradies e recursos humanos. Em 1994, como participante do comitê executivo, desenvolveu o modelo de atuação da área imobiliária. Tornou-se sócio do Banco BBM em 1995. Em 1997 saiu da diretoria do Banco e passou a ser o responsável por Ativos Internacionais do BBM. Desligou-se do BBM em 31 de janeiro de 1999. Fundou em 1999 a CR2 DTVM S.A., atualmente Banco CR2 S.A., sendo o Sócio responsável pela áreas de negócios imobiliários e controle de risco. 202 ii. Rogério Furtado é graduado em Engenharia de Produção pela UFRJ e tem o MBA em Finanças pelo IBMEC. Foi consultor na Arthur Andersen Consulting em 1988 e ingressou no Banco BBM no final de 1988 como operador de renda variável e derivativos. Em 1993, passou a acumular a gerencia geral de investimentos em renda variável e bradies e em 1994 mudou-se para Nova York para montar a BBM Securities (Corretora do grupo em Nova York). Tornou-se sócio do Banco BBM em 1995 e retornou ao Brasil para montar a empresa de Asset Management do Grupo BBM, tendo como principal função a coordenação da gestão de todos os fundos de investimento e carteiras. Foi promovido a Diretor Adjunto em 1997. Desligou-se do Grupo em 31 de dezembro de 1998. Fundou em 1999 a CR2 DTVM S.A., atualmente Banco CR2 S.A. sendo o Sócio responsável pelas operações de tesouraria e, posteriormente, sócio responsável pela área administrativa. iii. Rodrigo Selles é graduado em Engenharia de Produção Civil pela PUC-RJ. Atualmente cursa o Mestrado em Economia Empresarial e Finanças pela FGV-RJ. Estagio em obras de 1998 até 1999. Ingressou no CR2 em 1999 como estagiário da área imobiliária. De 2000 a 2004 atuou como analista de investimentos imobiliários passando a gerente e sócio em 2005. iv. Monique Leone é graduada em direito pela PUC-RJ e pós-graduada em direito da economia e da empresa pela FGV-RJ. Estagiou na área cívil na White Martins S/A e Supervia entre 1998 e 1999. Ingressou no CR2 em 2000 como advogada júnior. Em março de 2005 assumiu a gerência jurídica e em abril de 2006 tornou-se sócia. v. Dr. Roy Martelanc. O Dr. Martelanc é doutor, mestre e graduado em Administração e Empresas pela FEA/USP, Engenheiro Naval pela Escola Politécnica da USP, Professor de Administração Financeira da FEA/USP, Diretor de Operações da Fundação Instituto de Administração – FIA e Coordenador do MBA Banking da Fundação Instituto de Administração – FIA; vi. CONSULT Soluções Patrimoniais, empresa que desenvolve projetos de avaliação, controle e sistemas de gestão desde a sua fundação, em 1977. Os trabalhos desenvolvidos pela CONSULT foram executados e supervisionados pelos profissionais relacionados abaixo, tendo como coordenador o engenheiro Sylvio Wey de Almeida: (a) Sr. Sylvio Wey de Almeida. O Sr. Almeida é engenheiro civil, formado em 1988 pela Universidade Mackenzie e pós-graduado latu sensu em Gerenciamento na Construção Civil em 1997 pela FDTE – POLI/USP. O Sr. Almeida possui ainda MBA em Gestão Financeira e Risco – Pós-graduação Latu Sensu, em 2001, pela FIPECAFI – FEA/USP e é sócio diretor da CONSULT, com mais de 20 anos de mercado e especialização em avaliação e finanças; (b) Sr. Markus Iwassaki. O Sr. Iwassaki é engenheiro civil, formado em 1998 pela Universidade Mackenzie e pós-graduado latu sensu em Gerenciamento de Empresas e Empreendimentos na Construção Civil pela FDTE – POLI/USP em 2001. O Sr. Iwassaki é gerente de projetos da CONSULT, com mais de 10 anos de experiência na área de avaliações e consultoria imobiliária; (c) Sr. Roberto Mauro Costa. O Sr. Costa é engenheiro civil, formado em 1976 pela FAAP e é pós graduado latu sensu em Análise de Sistemas pela FAAP e 1982 e em Sistema de Informação, em 1985, pela Instituto Mauá de Tecnologia. O Sr. Costa trabalhou na Construtora Gomes de Almeida Fernandes, no acompanhamento de obras, no Itaú Credito Imobiliário na vistoria de obras, avaliação, estudos de viabilidade, concessão de crédito, renegociações e desenvolvimento de produtos, na Acresp como coordenador de engenharia e administração de crédito, e no Banco Safra, com investimento imobiliário do grupo, compra venda e locação de agencias. 203 2. APRESENTAÇÃO DA CR2 A CR2 é uma incorporadora que, para o desenvolvimento de seus empreendimentos imobiliários, forma parcerias para cada um de seus projetos com construtoras e empreiteiras independentes, por meio de SPEs, nas quais exerce o controle acionário. Desde 2000, os administradores da CR2, por meio do Banco CR2 e da CR2 Administradora, lançaram 11 empreendimentos com um valor total de vendas de aproximadamente R$217,8 milhões(1), localizados principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, totalizando 381(2) novas Unidades. A CR2 acredita que seu modelo de parceria, especialmente em um mercado imobiliário altamente fragmentado como o brasileiro, promove múltiplas oportunidades de novas incorporações, que permite a ela operar em vários segmentos do mercado – do Segmento Residencial de Alta Renda ao Segmento Residencial de Baixa Renda, empreendimentos comerciais e Shopping Centers. Adicionalmente, a CR2 acredita que o enfoque financeiro em suas atividades de incorporação imobiliária associado à diversificação de seu portfolio de empreendimentos permite a ela administrar o perfil de risco de seu negócio de modo adequado a seus objetivos de rentabilidade. Apesar de acreditar que seu modelo de negócios lhe proporcione as vantagens competitivas descritas nesse Estudo e em maiores detalhes no Prospecto, não há garantias de que a CR2 será capaz de continuar implementando seu modelo de negócios de forma bem sucedida no futuro. Ao formar parcerias para o desenvolvimento de seus empreendimentos de incorporação imobiliária, a CR2 acredita se beneficiar de certas vantagens em comparação às construtoras/incorporadoras tradicionais, dentre as quais se destacam: • beneficiar-se do conhecimento específico de seus parceiros em relação a diferentes produtos e segmentos do mercado imobiliário, e possuir flexibilidade na escolha dos melhores e mais experientes parceiros para um determinado empreendimento, permitindo a ela conduzir suas atividades de forma mais flexível e rentável; • ser capaz de estabelecer inúmeras parcerias simultaneamente, o que amplia sua gama de oportunidades e diversifica seu portfolio de produtos, diluindo sua exposição a riscos; • a terceirização das atividades de construção, marketing e comercialização de seus empreendimentos imobiliários permite a ela minimizar seus custos fixos e manter maior flexibilidade ao mesmo tempo que mantém a qualidade de seus empreendimentos, resultando em margens financeiras mais elevadas; e • seus interesses não são conflitantes com os interesses de seus parceiros porque seu papel é analisar oportunidades e torná-las financeiramente viáveis. O contato com diversos participantes do fragmentado mercado imobiliário brasileiro resulta em uma plataforma mais ampla de criação de negócios e proporciona um acesso mais abrangente às informações e tendências do mercado, permitindo a ela avaliar de forma mais eficiente os custos e determinar os preços, assim como analisar as possibilidades de êxito de um empreendimento proposto. (1) VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes à corretagem, atualizados pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. (2) Referentes às Unidades pertencentes aos cotistas dos FIIs e acionistas das SPEs, excluindo-se Unidades permutadas. 204 O objetivo da CR2 é equacionar os parâmetros de risco e liquidez no início de qualquer novo empreendimento imobiliário. A CR2 busca lançar empreendimentos imobiliários em mercados considerados líquidos, isto é, mercados onde haja atividade imobiliária significativa, de forma que a demanda seja sensível a variações de preço e que ofereçam informações consistentes e confiáveis sobre demanda e preço de um determinado produto para cada segmento específico de mercado. Tais informações permitem a ela estabelecer preços que resultem em vendas de acordo com o seu planejamento de vendas original, reduzindo dessa forma o seu estoque e permitindo que melhor controle o seu perfil de risco. Por controlar suas parcerias, e consequentemente os empreendimentos, a CR2 fixa e eventualmente retifica as datas de lançamento, tabelas de preço e condições de pagamento bem como os cronogramas de desenvolvimento de cada empreendimento, a partir da análise das condições de mercado, o que minimiza seu risco e maximiza o uso de seus recursos de capital para novos empreendimentos. Os administradores da CR2 atuaram no passado em diferentes etapas do processo de incorporação imobiliária conforme descrito abaixo, as quais acreditam que a CR2 continuará atuando nos mesmo moldes no futuro: Aquisição de Terrenos Neste estágio, a CR2 prospecta juntamente com seus parceiros novos negócios, a partir de seus contatos profissionais em cada um dos mercados em que atua, e analisa a possibilidade da execução de cada projeto, bem como sua viabilidade financeira. Nesse sentido, a CR2 prepara um estudo de viabilidade para lhe auxiliar na determinação da atratividade de cada terreno. A CR2 considera vários fatores, tais como localização do lote do terreno, preço e forma de pagamento, destino e uso, as características das Unidades a serem construídas, a velocidade das vendas (percentagem esperada de vendas no lançamento, durante a construção e após a sua conclusão), potenciais margens de lucros do projeto, a necessidade estimada de recursos para o projeto e a taxa de retorno. Neste momento, a CR2 roda o seu modelo de controle de risco para verificar o impacto que o projeto em estudo causará em seu portfolio. A CR2 analisa o risco de perda máxima em situações limite (stress test) e adiciona ao portfolio. Analisa, também, o impacto na curva de exposição de caixa do portfolio. Após decidir quais terrenos serão adquiridos, a CR2 procura assegurar a sua adição ao seu estoque de projetos por meio de opções de compra dos terrenos e, posteriormente, a CR2 negocia a compra destes com os respectivos proprietários. A aquisição inicial de seus terrenos pode ocorrer por meio de opções de compra, as quais não são registradas no competente cartório de registro de imóveis, sujeitando a CR2, enquanto não realizado o registro de nosso título aquisitivo, a possíveis ações de má-fé dos promitentes vendedores de alienar os terrenos para terceiros de boa-fé. Os terrenos, além de adquiridos mediante a transferência de recursos, à vista ou a prazo, são muitas vezes adquiridos por meio de permuta física ou financeira. Pela primeira, o proprietário do terreno é pago mediante a transferência de uma quantidade prédeterminada de Unidades após a construção; pela segunda, mediante um percentual sobre o fluxo de receitas das vendas das Unidades. Desenvolvimento de Projeto A CR2 participa na elaboração do projeto até o início de sua construção e, mesmo durante essa fase, pode intervir na execução da obra. Nenhuma alteração é realizada no projeto sem a sua autorização. Adicionalmente, a CR2 determina as características básicas do projeto junto aos arquitetos e paisagistas escolhidos para preparar o projeto. Essas informações incluem especificações quanto à quantidade e ao tamanho dos dormitórios de cada Unidade, uma descrição dos clientes alvo e recomendações quanto ao projeto de paisagismo. A obtenção das licenças relacionadas a determinado projeto é de responsabilidade de seus parceiros, sendo de responsabilidade da CR2 a fiscalização da obtenção das licenças. A CR2 é responsável pelos aspectos legais envolvidos na aquisição de terrenos e na criação da SPE. 205 Marketing e de Publicidade A CR2 contrata agências de publicidade e participa da definição da estratégia de marketing a ser adotada para cada projeto. A campanha de publicidade e de marketing para cada empreendimento é feita mediante a utilização de diversas formas de mídia, como, por exemplo, jornais, internet, rádio, televisão, revistas e distribuição de panfletos. A CR2 e seus parceiros participam ativamente dessa fase, sendo as decisões principais tomadas pela CR2, como, por exemplo, o quanto gastar, em quais mídias investir, a arte final dos apartamentos decorados, em quais localidades os stands de vendas deverão ser montados e qual será o meio utilizado para abordar o público. A campanha de publicidade e de marketing é preparada para cada uma das três fases dos esforços de vendas: pré-lançamento, lançamento e pós-lançamento. A CR2 concentra seus esforços de marketing no pré-lançamento e lançamento, a fim de maximizar as vendas antes do início da construção do empreendimento e, com isso, reduzir o risco financeiro associado a cada projeto. Lançamento O sucesso do lançamento do projeto é um importante indicativo da viabilidade do projeto. Nesse sentido, a CR2 acredita possuir flexibilidade para promover mudanças relacionadas a especificações do empreendimento com o intuito de aumentar a velocidade de vendas e consequentemente a rentabilidade dos projetos. A legislação brasileira permite ao incorporador estipular uma percentagem mínima de vendas de Unidades durante os primeiros 180 dias do empreendimento. Caso este percentual não seja atingido, o projeto pode ser interrompido e o incorporador deverá devolver o valor pago pelos adquirentes, acrescido do montante equivalente ao rendimento da caderneta de poupança no período. Isto é permitido pela legislação brasileira e pode ocorrer em até 180 dias. A CR2 atualiza periodicamente seu sistema de controle de risco para verificar: (i) a velocidade com que o risco do portfolio se altera na medida em que cada Unidade é vendida; (ii) se a velocidade de vendas confere com suas expectativas e (iii) a curva de exposição de caixa do portfolio. Este acompanhamento do risco do portfolio é importante para auxiliar na tomada de decisão em relação a estratégia de marketing de cada empreendimento individual e do mix do portfolio. Comercialização e Vendas O recebimento pelas vendas efetuadas dá-se de acordo com o plano de pagamento disponibilizado pela CR2 e escolhido por seus clientes. Os cronogramas de pagamento geralmente prevêem que, pelo menos, 30% do preço de venda da Unidade deve ser pago até o fim da fase de construção. Isso facilita a transferência dos recebíveis originados da venda de Unidades logo após a conclusão da obra, uma vez que o financiamento pelo SFH, que atualmente oferece taxas mais baixas aos adquirentes dos imóveis do que as demais linhas de crédito disponíveis no mercado, está limitado, normalmente, a aproximadamente 70% do preço de venda da Unidade, podendo variar de acordo com a política individual de cada instituição financiadora. Geralmente uma pequena parcela das Unidades não está vendida no momento da conclusão da obra. Esse período é marcado por esforços de venda concentrados com o objetivo de vender as Unidades ainda remanescentes. A CR2 efetua as suas vendas por meio de empresas de corretagem independentes contratadas por empreendimento e por prazo determinado. A taxa de corretagem pode variar entre 3,0% e 4,5% sobre o preço de venda do imóvel e é paga pelo adquirente diretamente ao corretor e à corretora contratada. Não há qualquer contrato de exclusividade com quaisquer empresas de corretagem que prestam serviços a CR2. A CR2 não depende de nenhuma empresa em específico para a comercialização de seus empreendimentos imobiliários. 206 Construção e Acompanhamento Após a conclusão do estágio de lançamento, a construção é iniciada. Esse estágio do projeto corresponde a maior parcela dos custos de uma incorporação imobiliária. A CR2 elabora, em conjunto com a construtora, um cronograma físico-financeiro da obra, no qual consta um orçamento dividido em “Custo Raso” (orçamento da construção), “Custo Alvo” (“Custo Raso” acrescido da taxa de administração), e um “Custo Máximo” para a obra. A construtora é remunerada com base em uma taxa de administração sobre o “Custo Raso”. Caso os gastos de obra excedam o “Custo Alvo”, a CR2 deixa de pagar a taxa de administração sobre o excedente, arcando somente com as despesas de obra. Caso os gastos de obra excedam ao “Custo Máximo”, o construtor é o responsável pelo custo excedente. Por outro lado, caso haja economia na obra, a CR2 premia a construtora com um percentual sobre a diferença apurada entre o “Custo Alvo” e o custo efetivamente apurado na obra, incentivando, assim, a eficiência da construtora no cumprimento do cronograma da obra. Todas essas medidas contribuem para o gerenciamento adequado do risco do projeto. Por meio das SPEs, a CR2 contrata uma empresa gerenciadora de obras para analisar e aprovar a adequação do cronograma físico de projetos ao cronograma financeiro, assim como acompanhar o respectivo empreendimento no tocante ao cumprimento do memorial descritivo, projeto, qualidade do material e mão-de-obra empregados, bem como aprovar a prestação de contas mensal da construtora contratada. Após a conclusão da obra, e uma vez que o habite-se tenha sido concedido pelo órgão competente, a CR2 inicia a entrega das Unidades. Administração de Recebíveis Após o lançamento, a CR2 inicia a administração de recebíveis, que consiste no controle de recebimento e cobrança. Atualmente, a CR2 mantém os recebíveis em carteira até o momento da entrega das chaves, quando (i) possibilita ao adquirente obter um financiamento bancário para quitar o saldo devedor e repasse dos recebíveis para um banco; (ii) securitiza os recebíveis na forma de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) para posterior venda; ou (iii) mantém os recebíveis em carteira própria. Estrutura Societária Em 31 de dezembro de 2006, as SPEs operacionais da CR2 eram: (i) CR2 Investimentos S.A., que participou do desenvolvimento do empreendimento La Traviata1; (ii) CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Duo Prime1; (iii) CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Locanda Apeninos1; (iv) Green 3.000 Empreendimentos Imobiliários S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Green Park; (v) CSG Empreendimentos Imobiliários S.A., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Verano; (vi) CR2 Shoppings Empreendimentos Ltda., responsável pelo desenvolvimento de um empreendimento do tipo Shopping Center em São Gonçalo; (vii) CR2 Empreendimentos SPE-7 Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento em Vila Valqueire, denominado Splendore Valqueire; (viii) CR2 Empreendimentos SPE-8 Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Casas do Pontall; (ix) CR2 Empreendimentos SPE-9 Ltda., responsável pelo desenvolvimento dos empreendimentos Alcântara Residencial e Alcântara Comercial; (x) CR2 Empreendimentos SPE-10 Ltda. responsável pelo desenvolvimento do empreendimento localizado em Duque de Caxias; (xi) CR2 Empreendimentos SPE-11 Ltda., responsável pelo desenvolvimento do empreendimento localizado na rua Henrique Costa; (xii) CR2 Splendor Participações S.A., responsável pela aquisição de Unidades do empreendimento Splendor1; e (xiii) CR2 Empreendimentos SPE-12 Ltda., sociedade não operacional. 1 A CR2 Administradora detinha ações preferenciais (golden shares) das SPEs acima mencionadas. Com a incorporação da CR2 Administradora por nós em 20 de dezembro de 2006, nos tornamos titulares de tais golden shares, passando a deter o controle das referidas SPEs. Essas golden shares nos conferem: (i) prioridade de reembolso em caso de liquidação da Companhia; (ii) o direito de eleger e destituir, a qualquer tempo, em votação em separado, três Diretores da companhia, sendo um deles o Diretor Presidente, o Diretor Financeiro e o outro o Diretor sem designação específica; (iii) estabelecem também que cada ação ordinária e preferencial dará direito a apenas um voto nas Assembléias Gerais da companhia e que cada acionista titular de ações ordinárias terá apenas direito em tais assembléias, independentemente da quantidade de ações ordinárias que possuir; e (iv) qualquer modificação ou alteração do estatuto social da companhia está subordinada à prévia e expressa aprovação, através de assembléia especial, da totalidade dos titulares de ações preferenciais. 207 Em 31 de dezembro de 2006, os FIIs operacionais geridos pelo Banco CR2 eram os seguintes: (i) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ I, responsável pelo empreendimento Lagoa Best; (ii) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ II, responsável pelo empreendimento Solar dos Viscondes; (iii) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ III, responsável pelo empreendimento Gávea Village; (iv) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, responsável pelo empreendimento Palazzo Baependi e pelo Pallazo Laranjeiras; e (v) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Jardim Botânico, responsável pelo empreendimento Locanda di Helena. 208 3. FATORES DE RISCO O investimento em Ações da CR2 envolve alto grau de risco. Os potenciais investidores devem avaliar cuidadosamente as informações contidas neste Prospecto, em particular os riscos descritos abaixo, antes de tomarem uma decisão de investimento. As atividades, situação financeira e resultados operacionais da CR2 podem ser afetados de maneira adversa por quaisquer desses riscos. O preço de mercado das suas Ações pode diminuir devido a quaisquer desses riscos ou de outros fatores, e os potenciais investidores podem perder parte substancial ou todo o seu investimento. Os riscos descritos abaixo são aqueles que atualmente a CR2 acredita que poderão afetá-la de maneira adversa, podendo riscos adicionais e incertezas atualmente não conhecidas pela CR2, ou que atualmente considera irrelevantes, também prejudicar suas atividades de maneira significativa. Riscos Relativos ao Brasil O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Essa influência, bem como a conjuntura econômica e política brasileira, podem causar um efeito adverso relevante nas atividades e no preço de mercado das Ações da CR2. O Governo Federal freqüentemente intervém na economia do País e ocasionalmente realiza modificações significativas em suas políticas e normas. As medidas tomadas pelo Governo Federal para controlar a inflação, além de outras políticas e normas, freqüentemente implicaram aumento das taxas de juros, mudança das políticas fiscais, controle de preços, desvalorização cambial, controle de capital e limitação às importações, entre outras medidas. A CR2 pode ser prejudicada de maneira relevante por modificações nas políticas ou normas que envolvam ou afetem fatores, tais como: • taxas de juros; • política monetária; • controles cambiais e restrições a remessas para o exterior, tais como os que foram impostos em 1989 e no início de 1990; • flutuações cambiais; • inflação; • liquidez dos mercados financeiros e de capitais domésticos; • política fiscal; e • outros acontecimentos políticos, sociais e econômicos que venham a ocorrer no Brasil ou que o afetem. A incerteza quanto à implementação de mudanças por parte do Governo Federal nas políticas ou normas que venham a afetar esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito em outubro de 2006, para um segundo mandato de quatro anos, mas a CR2 não pode garantir que a política econômica adotada em seu primeiro governo será mantida. Entre 2001 e 2005, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 2,2%. O crescimento econômico limitado da economia brasileira nos últimos anos contribuiu para a incerteza quanto à manutenção da política econômica adotada pela administração atual durante o segundo mandato. A manutenção ou mudança da política econômica pode causar conseqüências adversas para a CR2. 209 A inflação e os esforços do Governo Federal de combate à inflação podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil, podendo prejudicar as atividades e o valor de mercado das Ações da CR2. No passado, o Brasil registrou índices de inflação extremamente altos. A inflação e algumas medidas tomadas pelo Governo Federal no intuito de controlá-la, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica existente no Brasil e para o aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro. Mais recentemente, a taxa anual de inflação medida pelo IGP-M caiu de 20,1% em 1999 para 3,8% em 2006. As medidas do Governo Federal para controlar a inflação freqüentemente têm incluído a manutenção de política monetária restritiva com altas taxas de juros, restringindo assim a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Como conseqüência, as taxas de juros têm flutuado de maneira significativa. Por exemplo, as taxas de juros oficiais no Brasil no final de 2003, 2004, 2005 e 2006 foram de 16,50%, 17,75%, 18,00% e 13,25%, respectivamente, conforme estabelecido pelo BACEN. Futuras medidas do Governo Federal, inclusive ajustes nas taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio estrangeiro e ações para ajustar ou fixar o valor do real poderão causar um efeito adverso na economia brasileira, nas atividades da CR2, bem como no preço de mercado das suas Ações. Adicionalmente, no caso de um aumento da inflação, o Governo Federal poderá optar por um aumento da taxa de juros oficial. Existe uma forte relação entre o crescimento do setor imobiliário e o crescimento da economia, porém, altas taxas de juros podem inviabilizar o aumento e desenvolvimento do negócio imobiliário da CR2. Além disso, um aumento da taxa de juros pode diminuir a disponibilidade de crédito e, consequentemente, ter um impacto negativo no mercado imobiliário e nas atividades da CR2. A instabilidade cambial pode prejudicar a economia brasileira, bem como o preço de mercado das Ações da CR2. Em decorrência de diversas pressões inflacionárias, a moeda brasileira sofreu desvalorizações periódicas em relação ao Dólar e outras moedas estrangeiras ao longo das últimas quatro décadas. Durante todo esse período, o Governo Federal implementou diversos planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, mini-desvalorizações periódicas (durante as quais a freqüência dos ajustes variou de diária a mensal), sistemas de mercado de câmbio flutuante, controles cambiais e mercado de câmbio duplo. De tempos em tempos, houve flutuações significativas da taxa de câmbio entre o real e o Dólar e outras moedas. Por exemplo, o real desvalorizou 18,7% em 2001 e 34,3% em 2002 frente ao Dólar. Embora o real tenha valorizado 8,8%, 13,4% e 8,7% em relação ao Dólar em 2004, 2005 e 2006, respectivamente, não se pode garantir que o real não sofrerá depreciação ou não será desvalorizado em relação ao Dólar novamente. As desvalorizações do real em relação ao Dólar podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil e acarretar aumentos das taxas de juros, podendo afetar de modo negativo a economia brasileira como um todo, bem como causar um efeito adverso para a CR2. Desvalorizações também reduziriam o valor de distribuições e dividendos em Dólar e o equivalente em Dólar do preço de mercado das Ações da CR2. Acontecimentos e a percepção de riscos em outros países, especialmente em países de economia emergente, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros, inclusive das Ações da CR2. O valor de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes graus, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, particularmente outros países da América Latina e países de economia emergente. Embora a conjuntura econômica desses países seja significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de companhias brasileiras. Crises em outros países de economia emergente podem reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários das companhias brasileiras, inclusive os valores mobiliários de emissão da CR2. Isso poderia prejudicar o preço de mercado das Ações da CR2, além de dificultar o seu acesso ao mercado de capitais e ao financiamento das suas operações no futuro, em termos aceitáveis ou absolutos. 210 Riscos Relativos à CR2 e ao Setor Imobiliário A CR2 está exposta a riscos associados à incorporação imobiliária e venda de imóveis. Através do uso de SPEs, a CR2 se dedica à incorporação e venda de empreendimentos residenciais e comerciais e pretende continuar desenvolvendo tais atividades. Além dos riscos que afetam de modo geral o mercado imobiliário, tais como interrupções de fornecimento de materiais, volatilidade do preço dos materiais de construção e equipamentos, mudanças na oferta e procura de empreendimentos em certas regiões e greves, suas atividades são especificamente afetadas pelos seguintes riscos: • a conjuntura econômica do Brasil pode prejudicar o crescimento do setor imobiliário como um todo, através da desaceleração da economia, aumento de juros, flutuação da moeda e instabilidade política, além de outros fatores; • extensas leis e normas brasileiras federais, estaduais e municipais relativas ao zoneamento e ao meio ambiente, que exigem que a CR2 obtenha aprovações e licenças para o desenvolvimento de suas atividades podem causar a CR2 atrasos ou fazê-la incorrer em outros custos significativos e podem proibir ou restringir severamente a atividade de incorporação e construção residencial e comercial em certas regiões ou em áreas ambientalmente mais protegidas; • a CR2 depende do sucesso de seus empreendimentos programados que podem não se realizar por diversos fatores, dentre eles a não obtenção de autorizações e licenças governamentais, de condições macroeconômicas, da falta de interesse de potenciais adquirentes de seus empreendimentos; • a não obtenção dos títulos de propriedade de seus imóveis, cuja aquisição inicial ocorre por meio de opções de compra, que não são registradas no competente cartório de registro de imóveis, sujeitando a CR2, enquanto não realizado o registro de seu título aquisitivo, a riscos de alienação dos terrenos, em má-fé, pelos promitentes vendedores a terceiros; • a CR2 falhar ao tentar estabelecer os preços e condições de venda para os seus produtos, resultando num crescimento dos riscos para os seus empreendimentos; • a CR2 pode ser impedida, em decorrência de nova regulamentação ou de condições de mercado, de corrigir monetariamente seus recebíveis, de acordo com certas taxas de inflação, conforme atualmente permitido, o que poderia tornar um projeto inviável financeira e economicamente; • o grau de interesse dos compradores por um novo projeto lançado ou o preço de venda por Unidade necessário para vender todas as Unidades podem ficar significativamente abaixo do esperado, fazendo com que o projeto se torne menos lucrativo ou o valor total de todas as Unidades a serem vendidas fique significativamente abaixo do esperado; • na hipótese de falência ou dificuldades financeiras significativas de uma grande companhia do setor imobiliário, o setor como um todo pode ser prejudicado, o que poderia causar uma redução, por parte dos clientes, da confiança em outras companhias que atuam no setor; • condições do setor imobiliário local ou regional, tais como o excesso de oferta de empreendimentos em certa região; • compradores terem uma percepção negativa quanto à segurança, conveniência e atratividade das propriedades da CR2 ou das áreas onde estão localizadas; • custos operacionais com a construção e o empreendimento podem exceder as estimativas originais, tais como custos com matérias primas, prêmios de seguro, tributos imobiliários e tarifas públicas; • pode haver falta de disponibilidade de terrenos ou de terrenos a preços acessíveis para novas oportunidades de incorporação; 211 • a construção e a venda das Unidades dos empreendimentos podem não ser concluídas dentro do cronograma, acarretando um aumento dos custos de construção ou a rescisão dos contratos de venda; • em conformidade com a lei brasileira, a CR2 é responsável por cinco anos, por defeitos estruturais e pode ser obrigada a pagar indenização quanto a esses seguros e estar sujeitos a gastos inesperados, como, mas não limitados a, multas; e • problemas com empreendimentos imobiliários através de suas SPEs que estão fora de seu controle, como defeitos em produtos fornecidos por terceiros que utiliza nas suas construções, podem abalar a reputação e vendas futuras da CR2, assim como sujeitá-la ao pagamento de indenização. A ocorrência de quaisquer dos riscos acima pode nos causar um efeito adverso relevante. Na data deste prospecto, parte substancial do estoque de terrenos da CR2 está concentrada em um único projeto. Atualmente, parte substancial do estoque de terrenos da CR2 está concentrada no empreendimento residencial Nova Iguaçu, que está sendo projetado e será desenvolvido em quatro etapas, com o início da construção de sua primeira etapa prevista para janeiro de 2008 e o início da comercialização dos imóveis referentes a esta etapa previsto para novembro de 2008. O empreendimento Nova Iguaçu representa, na data deste prospecto, aproximadamente 55,0%, em termos de VGV, do total de banco de terrenos da CR2 (aproximadamente 75,0% quando considerada apenas sua parcela dos lançamentos programados). Diversos fatores poderão afetar adversamente a implementação desse projeto. Até a data deste Prospecto, a CR2 estruturou a aquisição do terreno relativo ao empreendimento Nova Iguaçu sob a forma de compromisso de compra, que ainda não está registrado no competente cartório de registro de imóveis. Além disso, o projeto está sujeito a atrasos inesperados durante o empreendimento e construção, à incapacidade de se obter autorizações governamentais necessárias, ou à demora em sua obtenção (inclusive, entre outras, licenças ambientais e autorizações de zoneamento), à concorrência de projetos semelhantes e a condições econômicas adversas por ocasião do lançamento. Se esse projeto não for lançado conforme previsto atualmente, se a resposta do cliente for significantemente diferente da esperada, se a implementação das etapas futuras for inesperadamente atrasada ou se tais etapas não puderem ser executadas ou se esse projeto ficar sujeito a fatores adversos inesperados, a situação financeira e resultados operacionais da CR2 poderão ser adversamente afetados. A CR2 está sujeita a riscos normalmente associados à obtenção de financiamento e à vendas financiadas aos seus clientes. Empresas do setor imobiliário, incluindo a CR2, dependem de uma variedade de fatores fora de seu controle para construir e desenvolver projetos imobiliários. Esses fatores incluem a disponibilidade de recursos de mercado para a aquisição de terra e construção e para financiamento de clientes. A falta de recursos disponíveis no mercado pode diminuir capacidade de vendas da Companhia quando afetada sua habilidade de obter crédito para a aquisição de terras e construção. Além disso, um aumento na taxa de juros ou uma deficiência no mercado de financiamento de clientes pode causar um efeito adverso na habilidade ou vontade dos compradores em potencial de financiar suas aquisições, reduzindo a demanda por propriedades residenciais e comerciais pertencentes à Companhia, afetandoa de maneira adversa. Através de suas SPEs, são realizadas vendas à prazo aos compradores das Unidades dos seus empreendimentos residenciais, os quais (i) durante a construção, são tabelados na tabela nacional para custos de construção, medida pela FGV ou pelo INCC, e (ii) após a concessão do “habite-se” pela autoridade local, incidem numa taxa de juros de 12,0% ao ano mais IGP-M. A Companhia está sujeita aos riscos normalmente associados à concessão de vendas financiadas a seus clientes, incluindo risco de falta de pagamento do principal e juros, podendo ambos prejudicar seu fluxo de caixa. 212 Outrossim, nos termos da legislação brasileira, em caso de inadimplemento ocorrido após a entrega da Unidade adquirida a prazo, a Companhia tem o direito de promover ação de cobrança tendo por objeto os valores devidos e a retomada da unidade do comprador inadimplente, observadas certas limitações. No entanto, tais ações de cobrança, de modo geral, levam pelo menos dois anos até a obtenção de sentença transitada em julgado. Após a retomada da posse da Unidade, a Companhia poderá vir a revender a respectiva Unidade por preço inferior ao anteriormente estabelecido no respectivo contrato de venda. Portanto, caso o comprador venha a se tornar inadimplente, a Companhia não pode garantir que será capaz de reaver o valor total do saldo devedor de qualquer contrato de venda a prazo, o que poderia ter um efeito relevante adverso na sua condição financeira e nos seus resultados operacionais. Por vezes, a Companhia capta recursos a diferentes taxas e indexadores daqueles que cobra de seus clientes nas vendas à prazo que realiza. O descasamento de taxas e prazos entre a sua captação de recursos e a das vendas à prazo por ela realizadas poderão vir a afetar adversamente o seu fluxo de caixa e desempenho financeiro. A falta de disponibilidade de recursos para obtenção de financiamento e/ou um aumento das taxas de juros podem prejudicar a capacidade ou disposição de compradores de imóveis em potencial para financiar suas aquisições. A falta de disponibilidade de recursos no mercado para obtenção de financiamento e/ou um aumento das taxas de juros podem prejudicar a capacidade ou disposição de compradores em potencial para financiar suas aquisições. Conseqüentemente, tal fato poderia causar uma redução da demanda pelos imóveis residenciais e comerciais da Companhia, bem como incorporações de loteamentos, afetando adversamente de forma significativa sua condição financeira e resultados operacionais. O histórico operacional da CR2 é limitado e, conseqüentemente, suas demonstrações financeiras históricas podem não ser indicativas da sua performance futura. A CR2 foi constituída em 10 de janeiro de 2006 e, portanto, a CR2 não tem quaisquer demonstrações financeiras para períodos antecedentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006. A falta de um histórico completo de suas demonstrações financeiras, como base de comparação à sua performance atual, pode prejudicar sua capacidade de avaliação de seus negócios e dos resultados das suas operações recentes, bem como nossas perspectivas futuras e viabilidade. O setor imobiliário no Brasil é altamente competitivo, sendo que a Companhia pode perder a sua posição no mercado em certas circunstâncias. O setor imobiliário no Brasil é altamente competitivo e fragmentado, não existindo grandes barreiras que restrinjam o ingresso de novos concorrentes no mercado. Os principais fatores competitivos no ramo de incorporações imobiliárias incluem disponibilidade e localização de terrenos, preços, projetos, qualidade, reputação e parcerias com incorporadores. Uma série de incorporadores residenciais e comerciais e companhias de serviços imobiliários concorrem com a Companhia (i) na aquisição de terrenos, (ii) na tomada de recursos financeiros para incorporação, (iii) na busca de compradores em potencial, e (iv) na busca de parcerias. Outras companhias, inclusive estrangeiras, em alianças com parceiros locais, podem passar a atuar ativamente na atividade de incorporação imobiliária no Brasil nos próximos anos, aumentando ainda mais a concorrência. Na medida em que um ou mais dos concorrentes da Companhia iniciem uma campanha de marketing ou venda bem sucedida e, em decorrência disso, suas vendas aumentem de maneira significativa, as atividades da Companhia podem vir a ser afetadas adversamente de maneira relevante. Além disso, com o aumento da competitividade e atividades de mercado, a resultante pressão nos preços de propriedades imobiliárias e a redução da disponibilidade de áreas de terra pode afetar de maneira adversa seus negócios. Se a Companhia não for capaz de responder a tais pressões de modo tão imediato e adequado quanto os seus concorrentes, sua situação financeira e resultados operacionais podem vir a ser prejudicados de maneira relevante. 213 A perda de membros da alta administração da Companhia, ou a sua incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado para integrá-la, pode ter um efeito adverso relevante sobre a mesma A capacidade da Companhia de manter sua posição competitiva depende em larga escala dos serviços da sua alta administração. Nenhuma dessas pessoas está sujeita a contrato de trabalho de longo prazo ou a pacto de não-concorrência. A Companhia não pode garantir que terá sucesso em atrair e manter pessoal qualificado para integrar a sua alta administração. A perda dos serviços de qualquer dos membros da sua alta administração ou a incapacidade de atrair e manter pessoal qualificado para integrá-la, pode causar um efeito relevante adverso relevante sobre a mesma. Riscos Relativos às Ações da Companhia. Após a Oferta, a Companhia não terá mais um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais que 50% do capital votante, o que poderá deixar a Companhia susceptíveis a alianças entre acionistas, conflitos entre acionistas e outros eventos decorrentes da ausência de um acionista controlador ou grupo de controle titular de mais que 50% do capital votante. Após a Oferta, a Companhia não terá mais um acionista ou grupo controlador titular da maioria absoluta do capital votante caso venham a ser vendidas as Ações do Lote Suplementar e as Ações Adicionais. Não há uma prática estabelecida no Brasil de companhia aberta sem acionista ou grupo controlador titular da maioria do capital votante. Podem se formar alianças ou acordos entre os novos acionistas, o que poderia representar o mesmo efeito de a Companhia ser controlada por um grupo. Caso surja um grupo de controle e este passe a deter o poder decisório da Companhia, a Companhia poderá sofrer mudanças repentinas e inesperadas em suas políticas corporativas e estratégias, inclusive através de mecanismos como a substituição de seus administradores. Além disso, a Companhia pode se tornar mais vulnerável a tentativas hostis de aquisição de controle, e a conflitos daí decorrentes. A Companhia também pode se tornar alvo de investidas por parte de investidores para burlar as disposições do seu Estatuto Social que prevêem a realização de oferta pública de aquisição de ações quando da aquisição de mais de 20% do seu capital social. Adicionalmente, acionistas da Companhia podem vir a alterar ou excluir estas mesmas disposições do Estatuto Social que prevêem a realização de oferta pública de aquisição de ações por acionista que se torne titular de 20% do capital social da Companhia e, em seguida, descumprir sua obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição de ações na forma exigida pelo Estatuto Social. A ausência de um acionista ou grupo controlador titular de mais de 50% do capital votante poderá dificultar certos processos de tomada de decisão, pois poderá não ser atingido o quorum mínimo exigido por lei para determinadas deliberações. Caso a Companhia passe a não ter acionista controlador titular da maioria absoluta do capital votante, a Companhia e os acionistas minoritários poderão não gozar da mesma proteção conferida pela Lei das Sociedades por Ações contra abusos praticados por outros acionistas e, em conseqüência, a Companhia poderá ter dificuldade em obter a reparação dos danos causados. Qualquer mudança repentina ou inesperada em sua equipe de administradores, em sua política empresarial ou direcionamento estratégico, tentativa de aquisição de controle ou qualquer disputa entre acionistas concernentes aos seus respectivos direitos podem afetar adversamente os negócios e resultados operacionais da Companhia. 214 O Estatuto Social da Companhia contém disposições que podem dissuadir a aquisição da Companhia e dificultar ou atrasar operações que poderiam ser do interesse dos investidores. O Estatuto Social da Companhia contém disposição que tem o efeito de evitar a concentração de suas ações em um grupo pequeno de investidores, de modo a promover uma base acionária mais dispersa. Uma dessas disposições exige que qualquer Acionista Adquirente (com exceção dos atuais acionistas controladores e de outros investidores que se tornem acionistas da Companhia em certas operações especificadas no nosso Estatuto Social) que venha a ser titular de direitos de sócio relativos a 20% ou mais do total de ações de emissão da Companhia (excluídas as ações em tesouraria e os acréscimos involuntários de participação acionária especificados no Estatuto Social), realize, no prazo de 60 dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações nessa quantidade, uma oferta pública de aquisição da totalidade de ações da Companhia, pelo preço estabelecido no seu Estatuto Social. Esta disposição pode ter o efeito de dificultar ou impedir tentativas de aquisição da Companhia, e pode desencorajar, atrasar ou impedir a fusão ou aquisição da Companhia, incluindo operações nas quais o investidor poderia receber um prêmio sobre o valor de mercado de suas ações. A relativa volatilidade e falta de liquidez do mercado brasileiro de valores mobiliários poderão limitar substancialmente a capacidade dos investidores de Ações da Companhia de vendê-las pelo preço e na ocasião que desejarem. Atualmente, não existe mercado para Ações da Companhia. Portanto, a Companhia não pode garantir que um mercado de negociação para os seus valores mobiliários irá se desenvolver junto a BOVESPA e, caso isso ocorra, que será suficientemente ativo e líquido, porque o mercado brasileiro de valores mobiliários é substancialmente menor, menos líquido, mais volátil e mais concentrado do que os principais mercados de valores mobiliários mundiais. O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido e mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários internacionais. Como exemplo, a Bovespa apresentou capitalização bursátil de aproximadamente R$1,54 trilhão em 31 de dezembro de 2006 e uma média diária de negociação de R$2,9 bilhões naquele mês. As dez ações mais negociadas em termos de volume contabilizaram, aproximadamente, 46,1% de todas as ações negociadas na BOVESPA no ano de 2006. Essas características de mercado podem limitar substancialmente a capacidade dos detentores das ações ordinárias da Companhia de vendê-las ao preço e na ocasião em que desejarem fazê-lo e, conseqüentemente, poderão vir a afetar negativamente o preço de mercado das suas ações ordinárias. A venda de quantidades significativas das Ações da Companhia após a Oferta pode provocar uma redução no preço das Ações. A Companhia, seus atuais acionistas, os membros do seu Conselho de Administração e seus Diretores concordam, nos termos do acordo de restrição à venda de ações (lock-up agreement) e sujeitos a certas exceções, em não emitir, oferecer, vender, contratar a venda, dar em garantia ou de outra forma alienar, direta ou indiretamente, no prazo de 180 dias a contar da data do Prospecto Definitivo, quaisquer das Ações da Companhia, ou quaisquer valores mobiliários conversíveis em, ou que possa ser permutado ou exercido por, Ações da Companhia, ou quaisquer outros valores mobiliários conversíveis em Ações da Companhia, permutáveis por Ações, ou que representem direito de receber Ações da Companhia. Após a expiração desse período, tais Ações estarão livres para serem negociadas no mercado. Caso os titulares das Ações da Companhia as vendam ou, caso o mercado tenha a impressão de que a Companhia pretende vendê-las, o preço de mercado das Ações da Companhia poderá cair significativamente. Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, os atuais acionistas da Companhia, os seus Administradores não poderão vender ou ofertar ações de emissão ou ações variadas em mercados de futuro, ou outros derivativos a estes relacionados, durante os seis meses seguintes à primeira distribuição pública de ações da Companhia no Novo Mercado. Após o término de tal prazo, pelos seis meses posteriores, qualquer venda ou oferta de ações da Companhia pelos nossos administradores está restrita a 40,0% de suas respectivas participações. 215 A Companhia poderá vir a precisar de capital adicional no futuro e poderá vir a realizar novas ofertas de ações, ao invés de incorrer em dívida, o que poderá resultar em uma diluição da participação do investidor nas Ações da Companhia. A Companhia pode vir a ter necessidade de captar recursos adicionais no futuro e, caso os recursos não estejam disponíveis ou se seus acionistas decidirem, a Companhia pode emitir ações adicionais ou valores mobiliários conversíveis em ações. Qualquer captação de recursos adicional através da distribuição pública de ações pode resultar na diluição da participação do investidor nas Ações da Companhia. Haverá diluição do valor contábil dos investimentos. O Preço por Ação na Oferta supera o valor contábil de Ações da Companhia após esta Oferta. Da mesma forma, os investidores que adquirirem as ações por meio desta Oferta sofrerão imediata diluição de valor contábil. 216 4. METODOLOGIA O Estudo tem como base a Amostra, que consiste dos 11 projetos cuja gestão foi dos administradores da CR2, lançados por meio do Banco CR2 e da CR2 Administradora desde 2000 até 2006, e foi preparado conforme as normas aplicáveis da seção de Avaliação de Bens da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O Estudo baseia-se nos fluxos de recebimentos individuais de cada um dos projetos da Amostra realizados até 31 de dezembro de 2006 e custos e despesas individuais de cada um dos projetos da Amostra realizados até 30 de novembro de 2006 (última atualização disponível na data deste Estudo). Antes de tomar a decisão acerca dos projetos que deseja desenvolver, a CR2 elabora um estudo de viabilidade utilizado como base para a tomada de decisão. Os fluxos de recebimentos a partir de 1º de janeiro de 2007 e os custos e despesas a partir de 1º de dezembro de 2006 foram estimados tendo como base a diferença entre os fluxos estabelecidos no estudo de viabilidade original de cada empreendimento e os fluxos efetivamente ocorridos até a data. Os fluxos individuais de receitas, custos e despesas são compostos por: Recebimentos Líquidos de Comissões de Corretagem. As despesas de corretagem são pagas diretamente aos corretores individuais e às empresas de corretagem pelo adquirente da unidade. Os fluxos de recebimento dos projetos que integram a Amostra consideram as comissões de corretagem como não pertencendo ao projeto por não passarem pelo Fundo ou SPE. Os Recebimentos Líquidos, portanto, são compostos por: (i) Recebimentos Líquidos provenientes da venda de unidades realizadas até 31 de dezembro de 2006, onde cada adquirente possui uma tabela de vendas customizada, e conseqüentemente um fluxo de pagamentos específico. (ii) Recebimentos Líquidos provenientes da venda de unidades objeto de distrato ou em estoque em 31 de dezembro de 2006, para as quais foi estabelecido um cronograma esperado de vendas e a tabela de vendas que a Companhia, na qualidade de administradora desses empreendimentos, pretende praticar. Após a entrega das chaves, os Recebimentos Líquidos (tanto ocorridos quanto a ocorrer) incluem juros de 1,0% ao mês cobrados pela CR2, na qualidade de administradora desses empreendimentos. Além disso, todos os fluxos de Recebimentos Líquidos já refletem ajustes decorrentes de inadimplências ocorridas até 31 de dezembro de 2006 ou que a Companhia acredite que possam vir a ocorrer com base em sua avaliação de cada adquirente (existência de alguma parcela em atraso, número de parcelas em atraso, etc.). Custo de Aquisição de Terreno. Refere-se ao custo de aquisição dos terrenos pagos em dinheiro ou via permuta, tanto física quanto financeira. Os estudos de viabilidade individuais levam em consideração os termos negociados pela CR2, na qualidade de administradora desses empreendimentos, com os proprietários dos terrenos. Custo de Construção. Refere-se ao custo de construção dos empreendimentos, além do montante pago a título de auditoria de obra, pagos a empresas terceirizadas contratadas pela CR2, na qualidade de administradora desses empreendimentos. Os fluxos individuais levam em consideração os custos de construção incorridos pela CR2, na qualidade de administradora desses empreendimentos, em cada projeto até 30 de novembro de 2006. Para os projetos ainda em fase de construção (a saber, Locanda Apeninos e Locanda di Helena) são apresentados também os custos estimados até a conclusão da obra, de acordo com expectativa de custos atualizadas em 30 de novembro de 2006 e fornecidas pelas respectivas construtoras dos projetos. Taxa de Performance. Refere-se a remuneração recolhida nos projetos administrados por meio de Fundos Imobiliários (a saber, Lagoa Best, Solar dos Viscondes, Gávea Village, Palazzo Laranjeiras, Palazzo Baependi e Locanda di Helena), à título de performance no montante de 20% (vinte por cento) do resultado bruto do fluxo de caixa do fundo, assim definido como aquele verificado antes da dedução dos valores devidos a título de Imposto de Renda e dos próprios honorários de performance. 217 Despesas de Publicidade e Marketing. Referem-se às despesas com panfletagem, quiosques, estandes de venda, atividades de promoções e outras ações de publicidade e marketing. Essas despesas tendem a se concentrar nos períodos de lançamento dos empreendimentos, quando há esforços maiores para acelerar a velocidade de vendas das Unidades. Os fluxos individuais levam em consideração as despesas incorridas até 30 de novembro de 2006 e despesas a serem incorridas a partir dessa data, com base na última atualização do orçamento dos projetos da Amostra. Outras Despesas. Referem-se a despesas ordinárias incorridas em projetos de incorporação. Estão incluídas nessa categoria despesas legais e burocráticas de averbação, registro em cartório, taxas da prefeitura, despesas bancárias, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), despesas com gestão de recebíveis e impostos em geral. Os fluxos individuais levam em consideração despesas incorridas até 30 de novembro de 2006 e despesas a serem incorridas a partir dessa data, com base na última atualização do orçamento dos projetos da Amostra. Impostos. Referem-se aos impostos e contribuições efetivamente devidos e pagos até 30 de novembro de 2006 (a saber, PIS, COFINS, IR e CSLL) e estimados a partir de 1º de dezembro de 2006, com base no fluxo de recebimentos e custos esperados. Os empreendimentos organizados sob a forma de fundos de investimentos imobiliários (Lagoa Best, Gávea Village, Locanda di Helena, Palazzo Laranjeiras, Palazzo Baependi e Solar dos Viscondes) são isentos de impostos e contribuições sociais. Os empreendimentos organizados sob a forma de Sociedade de Propósito Específico (a saber, Porto dos Cabritos, Splendor, DUO Prime, La Traviata e Locanda Apeninos) utilizaram-se do regime de Lucro Presumido, pelo qual são devidos: (i) 3,65% sobre a receita bruta a título de PIS e COFINS, (ii) Imposto de Renda calculado à alíquota de 25% sobre uma presunção de lucro de 8% da receita bruta e (iii) CSLL calculada à alíquota de 9% sobre uma presunção de lucro de 12% da receita bruta. Esses impostos são pagos trimestralmente pelas SPEs. Principais Estatísticas do Estudo Características Gerais do Projeto. Referem-se ao tipo de empreendimento, número de Unidades, área privativa, área construída e número de dormitórios por unidade. Cronograma do Projeto. Refere-se aos prazos compreendidos entre o início e conclusão do período de lançamento, bem como do início e conclusão da obra. Os fluxos dos projetos da Amostra levam em consideração os cronogramas efetivamente realizados, com exceção dos projetos Locanda Apeninos e Locanda di Helena, cujas datas de conclusão das obras refletem as expectativas de término fornecidas pelas respectivas construtoras. Velocidade de Vendas. Refere-se ao percentual do número de unidades vendidas nos primeiros 6, 18, 30, 36 meses após a data de lançamento bem como as unidades ainda em estoque até 31 de dezembro de 2006. É considerada para efeito das estatísticas apresentadas a primeira data de venda das Unidades, mesmo que aquela referida Unidade tenha sido objeto de distrato pelo fato do adquirente haver desistido da compra da Unidade, deixado de efetuar o pagamento das parcelas ou qualquer outra situação que resulte na dissolução do contrato de compra. Nesses casos, a Unidade em questão é readquirida, geralmente com desconto, e a revende pelo preço praticado no momento. De todas as 381 unidades objeto da Amostra, apenas 4 encontravam-se em estoque por não terem sido vendidas ou por haverem sido objeto de distrato. Recebimentos Líquidos Realizados Como Proporção dos Recebimentos Líquidos Totais. Referem-se a todos os recebimentos efetivamente recebidos até 31 de dezembro de 2006 como proporção dos Recebimentos Líquidos totais esperados de todo o projeto. Custos e Despesas Incorridos Como Proporção dos Custos e Despesas Totais. Referem-se a todos os custos e despesas efetivamente incorridos até 30 de novembro de 2006 como proporção dos custos e despesas totais esperados de todo o projeto. 218 Despesas de Corretagem Como Proporção do VGV. A remuneração das empresas de corretagem contratadas pela CR2, na qualidade de administradora dos empreendimentos, é estipulada como um percentual do produto da venda, ou em última análise do VGV do projeto. As despesas de corretagem como proporção do VGV referem-se ao percentual do VGV recebido pelas respectivas empresas de corretagem e, portanto, não recebido pelo Fundo de Investimento Imobiliário ou SPE; Custo do Terreno Como Proporção dos Recebimentos Líquidos. Refere-se ao custo efetivamente incorrido com a aquisição do terreno como proporção dos Recebimentos Líquidos efetivamente recebidos até 31 de dezembro de 2006 somados aos recebimentos estimados ainda a serem recebidos; Custo de Construção Como Proporção dos Recebimentos Líquidos. Refere-se ao custo efetivamente incorrido e ainda a ser incorrido com a construção do empreendimento como proporção dos recebimentos efetivamente recebidos até 31 de dezembro de 2006 somados aos recebimentos estimados ainda a serem recebidos; Despesas de Publicidade e Marketing como proporção dos Recebimentos Líquidos. Referese às despesas efetivamente incorridas e ainda a ser incorridas com ações de marketing e publicidade como proporção dos recebimentos efetivamente recebidos até 31 de dezembro de 2006 somados aos recebimentos estimados ainda a serem recebidos; Outras Despesas Como Proporção dos Recebimentos Líquidos. Refere-se às demais despesas efetivamente incorridas e ainda a ser incorridas com o empreendimento como proporção dos recebimentos efetivamente recebidos até 31 de dezembro de 2006 somados aos recebimentos estimados ainda a serem recebidos; Lucratividade Antes de Impostos. Refere-se aos Recebimentos Líquidos do projeto menos os seus custos e despesas como percentual dos Recebimentos Líquidos. Exposição Máxima de Caixa. Refere-se à necessidade de caixa máxima em um dado instante (ponto mínimo do fluxo de caixa acumulado) como percentual dos recebimentos totais (líquidos de comissões de corretagem) do projeto. Quociente Risco/Retorno (Índice IL). O quociente de risco/retorno, também conhecido como Índice IL, de um projeto é calculado dividindo-se sua lucratividade após impostos (total de Recebimentos Líquidos de corretagem deduzidos de todos os custos, despesas e impostos) por sua necessidade máxima de caixa. Esse índice reflete a relação entre o retorno esperado de um projeto e sua necessidade máxima de capital. Taxa Interna de Retorno. Refere-se à taxa interna de retorno, que é o retorno de entradas e saídas de caixa durante a vida do projeto. Ressalvas e Fatores Limitantes A utilização de premissas limitará a precisão do presente Estudo. Se as premissas relacionadas abaixo não forem corretas, os resultados deste Estudo poderão ser incorretos, limitando sua utilidade. Entre as premissas que podem alterar as conclusões deste Estudo, vale ressaltar: • O Estudo está baseado na Amostra, a qual apresenta limitações inerentes a análises estatísticas, cuja propriedade se sujeita à representatividade desta frente ao universo de observações; • Seis dos 11 projetos incluídos na Amostra foram executados por meio de 5 fundos de investimento imobiliário (Pallazo Laranjeiras e Pallazo Baependi sob um único fundo), sobre os quais não incidem Imposto de Renda (“IR”) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (“CSLL”), os quais incidiriam caso os mesmos tivessem sido executados por meio de SPEs; 219 • Os componentes do fluxo de recebimentos a partir de 1º de janeiro de 2007 e de custos e despesas a partir de 1º de dezembro de 2006 estão, na prática, sujeitos a diferentes indexadores inflacionários, os quais não foram considerados para fins deste Estudo; • A construção dos empreendimentos Locanda Apeninos e Locanda di Helena será executada sem atrasos ou defeitos que tragam conseqüências negativas no futuro ou que afetem o desempenho dos empreendimentos; • O ritmo de vendas das 4 Unidades ainda em estoque em 31 de dezembro de 2006 seguiu as estimativas dos administradores da CR2, os quais tomaram como base o desempenho de vendas de cada empreendimento até então bem como as condições atuais do mercado imobiliário; • O fluxo de recebimentos das Unidades em estoque em 31 de dezembro de 2006 seguiu uma única tabela de vendas padrão para cada empreendimento, sendo que na prática a CR2, na qualidade de administradora dos empreendimentos, negocia formas de pagamento individuais com cada adquirente; • Os Recebimentos Líquidos até 31 de dezembro e os custos e despesas até 30 de novembro encontram-se em bases nominais conforme realizados, enquanto as estimativas de Recebimentos Líquidos e Custos e Despesas a partir dessas datas foram mantidas em bases reais a fim de se evitar fazer considerações sobre expectativas de inflação futura; • Não foram consideradas quaisquer taxas de inadimplências ou quebras de contrato que possam resultar em perdas relevantes para os fluxos de Recebimentos Líquidos a partir de 1º janeiro de 2007; e • A taxa interna de retorno pode não representar de forma fiel o desempenho econômicofinanceiro dos projetos tendo em vista que seus fluxos podem apresentar duas ou mais inversões entre saldos positivos e negativos, o que matematicamente resulta em mais de uma taxa interna de retorno para determinado fluxo. 220 5. ANÁLISE DE DEMANDA O Setor Imobiliário Brasileiro Em 1º de julho de 2006, o Brasil tinha uma população de aproximadamente 187 milhões de pessoas e o PIB de cerca de R$1,94 trilhão em 2005. As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, localizadas na região sudeste do país, são as duas maiores e mais densamente povoadas regiões no Brasil e em 2005 respondiam, respectivamente, por 10,4% e 6,2% da população total e por 15,7% e 9,4% do PIB do país, respectivamente, em 2003. Regiões % de habitantes Norte ................................................................................................ Nordeste ........................................................................................... Sul .................................................................................................... Centro-oeste ..................................................................................... Sudeste ............................................................................................. Estado de São Paulo (excluindo a região metropolitana de São Paulo) ............................................................................ Região metropolitana de São Paulo .............................................. Estado do Rio de Janeiro (excluindo a região do Grande Rio).......................................................................... Região do Grande Rio .................................................................. Demais estados da região sudeste ................................................ Total ................................................................................................ % do PIB 8,0 27,7 14,6 7,1 42,6 5,0 13,8 18,6 7,5 55,1 11,6 10,4 16,1 15,7 2,2 6,2 12,2 100 2,8 9,4 11,1 100 Fonte: IBGE. Os dados do PIB regional são de 2003. Os dados sobre a população regional relativos a 2005 são estimativas. A Companhia acredita que existam diversos fatores indicando um cenário favorável de crescimento para novos empreendimentos imobiliários residenciais no Brasil. Renda, consumo e gastos com o setor imobiliário estão ainda muito concentrados nas classes de renda mais elevadas, conforme demonstrado na tabela abaixo. A Companhia espera que a crescente disponibilidade de financiamento e as taxas menores de juros permitam que um número maior de famílias brasileiras, especialmente as que compõem o Segmento Residencial de Renda Média e o Segmento Residencial de Renda Baixa, aumentem seus gastos com o setor imobiliário e promova elevada e demanda contínua por novas moradias. Renda mensal (em R$ Mil) Número de familias (em Milhões) Acima de 6,0 De 3,0 a 6,0 De 1,2 a 3,0 De 0,6 a 1,2 Abaixo de 0,6 2,5 4,7 13,0 13,7 14,7 48,5 % do Total de famílias 5,1 9,6 26,8 28,2 30,3 100 % do Consumo 21,1 20,3 30,4 17,5 10,6 100 % de gastos com o setor imobiliário 64,2 14,4 13,7 5,8 1,9 100 Fonte: IBGE (2003). Demanda por Novas Moradias A combinação de fatores como o perfil jovem da população brasileira, o significativo déficit habitacional, o declínio no número de habitantes por moradia e a preferência sócio-cultural pela casa própria cria condições favoráveis para uma demanda favorável por novas Unidades residenciais no Brasil. 221 O Brasil tem uma população jovem e em crescimento. A população cresceu a uma taxa média anual de 1,6% entre 1991 e 2000, segundo o IBGE. Esse número ultrapassa as taxas de crescimento populacional nos maiores países da Europa Ocidental (Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Espanha), com média de 0,3% de 1990 a 2000, segundo o International Finance Corporation, e a taxa de crescimento populacional nos Estados Unidos, cuja média foi de 1,2% de 1990 a 2000, conforme divulgado pelo censo norte-americano (US Census Bureau). Em 2000, a população brasileira abaixo de 25 anos representava 49,7% da população brasileira total, segundo o IBGE, contra 35,4% nos Estados Unidos, segundo o US Census Bureau, e uma média de 28,9% nos maiores países da Europa Ocidental, acima citados, segundo o International Finance Corporation. Neste ritmo, o IBGE estima que em 2030 cerca de 36,1% da população brasileira terá entre 25 e 49 anos, um segmento da população que tradicionalmente apresenta alto potencial de aquisição de Unidades no setor imobiliário. Os gráficos abaixo demonstram o perfil etário da população brasileira em 2005 e o perfil etário projetado dessa população para 2030: Pirâmide Etária no Brasil - 2005 Pirâmide Etária no Brasil - 2030 Em milhões Em milhões Homens 80+ Mulheres Homens 80+ 75-79 75-79 70-74 70-74 65-69 65-69 60-64 60-64 55-59 55-59 50-54 50-54 45-49 45-49 40-44 40-44 35-39 35-39 30-34 30-34 25-29 25-29 20-24 20-24 15-19 15-19 10-14 10-14 5- 9 5- 9 0- 4 Mulheres 0- 4 10 8 6 4 2 - 2 4 6 8 10 10 Fonte: IBGE. 8 6 4 2 - 2 4 6 8 10 Fonte: IBGE. Em 2000, o déficit habitacional no Brasil era estimado em 7,2 milhões de Unidades, de acordo com um estudo realizado em 2005 pela Fundação João Pinheiro, instituto de pesquisas associado ao governo do Estado de Minas Gerais. O déficit é a soma do número estimado de famílias: a) que vivem em moradias de baixa qualidade, b) com novas exigências devido ao aumento do tamanho das famílias e c) atualmente sem moradia. A grande maioria do déficit habitacional concentra-se nas famílias que compõem o Segmento Residencial de Renda Média Baixa e o Segmento Residencial de Baixa Renda. Geograficamente, os centros urbanos da região sudeste, que incluem os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, contêm o maior índice de escassez habitacional urbana dentre as regiões. Déficit Habitacional por Região e por Zona de Localização 59% 60.0% 40% 40.0% 33% 20% 20.0% 10% 9% 10% 6% 8% 5% 0.0% Norte Nordeste Urban Sudeste Rural Fonte: Fundação João Pinheiro. 222 Sul Centro-Oeste Outra tendência positiva é o número decrescente de habitantes por moradia. De 1991 a 2000, o número de moradias aumentou 12,4 milhões, representando um índice de crescimento de 3,6%, comparado a um índice de crescimento populacional de 1,6% no período, de acordo com o IBGE. Quando analisados, os indicadores refletem uma redução no número médio de habitantes por moradia. Em 1970, o número médio de habitantes por moradia era de 5,3, enquanto em 2000 esse índice caiu para 3,8. A redução é causada principalmente pela diminuição no número médio de filhos por família e pelo aumento de moradias com um único habitante. Entre 1991 e 2000, a porcentagem de moradias com um único habitante subiu de 7,5% para 10,2% no total de moradias, segundo o IBGE. Por fim, a participação significativa da casa própria no número total de habitações aponta para uma preferência sócio-cultural pela casa própria no Brasil. Apesar das altas taxas de juros vigentes na década de 90, a casa própria, expressa em porcentagem do total de casas, subiu de 70,8% para 73,7% de 1993 a 2003, enquanto a casa alugada, expressa em porcentagem do total de casas, caiu de 15,3% para 15,0%, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, publicada pelo IBGE. Maior Disponibilidade de Crédito Dentre os fatores que historicamente têm impedido o Brasil de vivenciar um crescimento sustentável nos financiamentos em geral representados como percentual do PIB, estão as elevadas taxas de inflação e juros, e períodos de volatilidade econômica. Entretanto, mais recentemente, financiamentos representados como percentuais do PIB começaram a ter crescimento significativo, à medida que o governo brasileiro começou a controlar a inflação e a reduzir as taxas de juros, com a economia apresentando sinais de crescimento e estabilidade sustentáveis. De acordo com o BACEN, em 31 de dezembro de 2003, os financiamentos do Sistema Financeiro Nacional, ou SFN, representavam 25,8% do PIB, enquanto que em 31 de dezembro de 2006, o total financiamentos do SFN foi equivalente a 34,3 do PIB. Esse aumento na disponibilidade de crédito está indicado no gráfico abaixo: SFN – Financiamento em Relação ao PIB 36.0% 34.0% 32.0% 30.0% 28.0% 26.0% 24.0% 22.0% jan-02 set-02 mai-03 jan-04 set-04 mai-05 jan-06 dez-06 Fonte: BACEN. Até recentemente, o volume de novas construções residenciais não apresentava crescimento significativo, particularmente nas regiões com população que compõem preponderantemente o Segmento Residencial de Baixa Renda. Apesar do PIB aumentar cerca de 2,2% ao ano e a população crescer aproximadamente 1,6% ao ano, ao longo dos últimos dez anos, havia falta de disponibilidade de crédito no setor de construção e para aquisição de imóveis residenciais. De acordo com dados do BACEN, os financiamentos para imóveis residenciais por meio do SFH apresentaram uma média de 50.000 Unidades por ano na década de 90, comparados a aproximadamente 500.000 Unidades por ano no início da década de 80. A escassez de crédito pode ser atribuída às altas taxas de juros, dificultando as condições do consumidor de arcar com o financiamento para aquisição de novos imóveis residenciais. Além disso, pela dificuldade de execução de direitos dos credores e também pelos altos retornos obtidos com outros tipos de investimentos, os bancos não tinham interesse em conceder crédito a compradores de moradias. 223 Em 2005, especialmente no segundo semestre, o financiamento para a construção de moradias começou a apresentar sinais de aquecimento. De acordo com a ABECIP, os financiamentos do setor imobiliário fomentados pelo SBPE aumentaram aproximadamente 62%, passando de R$3,0 bilhões em 2004 para R$4,8 bilhões em 2005, principalmente em razão das medidas impostas pelo BACEN que, fazendo cumprir a legislação vigente, determinou que os bancos direcionassem parte de seus recursos de contas de poupança a suas carteiras de crédito imobiliário e também em razão da nova regulamentação em benefício de credores. Para maiores informações, ver a Seção “- Alterações Regulatórias”. Como conseqüência, os financiamentos imobiliários se tornaram mais interessantes para os bancos, a concorrência aumentou, as taxas de juros diminuíram, empréstimos com prazos mais longos foram disponibilizados e o montante financiado por Unidade aumentou. O aumento na disponibilidade de crédito imobiliário a incorporadoras e potenciais compradores de moradias continuou no decorrer de 2006. De acordo com a ABECIP, os financiamentos do setor imobiliário fomentados pelo SBPE aumentaram em 95,5% durante 2006 comparados ao mesmo período de 2005, atingindo um total de R$9,5 bilhões, ajudando a financiar 115.523novas Unidades, representando um aumento de 89,0% em comparação às 61.121 Unidades financiadas durante 2005, segundo a ABECIP. A tabela abaixo apresenta o volume de financiamento para o setor imobiliário residencial fornecido pelo SBPE para cada ano, de 2000 a 2006. Ano 2000......................................... 2001......................................... 2002......................................... 2003......................................... 2004......................................... 2005......................................... 2006......................................... Unidades Financiadas Diferença em Relação ao ano Número de anterior (em %) Unidades 36.355 35.768 28.902 36.446 53.787 61.121 115.523 3,5 (1,6) (19,2) 26,1 47,6 13,6 89,0 Volume Financiado Volume Diferença em Financiado (em Relação ao ano R$ milhões) anterior (em %) 1.916 1.870 1.768 2.217 3.000 4.852 9.486 16,0 (2,4) (5,4) 25,4 35,3 61,7 95,5 Fonte: Estimativas do BACEN e do ABECIP. A legislação brasileira prevê que pelo menos 65% dos depósitos em conta-poupança sejam utilizados para financiamento imobiliário e que no mínimo 80% do financiamento sejam destinados a empréstimos residenciais pelo SFH. Para facilitar a concessão de financiamentos, o SFH fixa limites máximos para taxas de juros e para o valor principal financiado. Tradicionalmente no Brasil, os bancos utilizam ativos não correlatos, como o FCVS (Fundo de Compensação de Variação Salarial) para cumprir a exigência, o que resulta na redução do montante real distribuído a financiamentos imobiliários. Mais recentemente, o BACEN começou a restringir a capacidade dos bancos de empregar tais ativos e também os próprios bancos passaram a se interessar mais pela área de empréstimos imobiliários devido à queda nas taxas de juros, mudanças regulatórias favoráveis e excesso de liquidez. De acordo com dados do BACEN, em 31 de dezembro de 2006, havia aproximadamente R$ 188,7 bilhões no sistema de poupança, dos quais apenas 32,9% foram aplicados em empréstimos imobiliários, significando que seria necessário um adicional de R$60,5 bilhões em investimentos para atingir o mínimo de 65%. Se as taxas continuarem em queda, espera-se que uma parte maior desses recursos seja gradualmente direcionada a empréstimos imobiliários. 224 O diagrama a seguir mostra como é estruturado o financiamento para o setor imobiliário no Brasil. Para maiores informações, ver a Seção “— Regulamentação do Setor Imobiliário” para uma descrição das fontes de financiamento para o setor imobiliário. Empregados Poupança Popular FGTS os ósit dep dos 65% 15% dos depósitos Bancos 20% dos dep ósit CEF (1) Clientes SFH (2) Clientes Financiamento a taxas não indexadas Clientes (3) Financiamento Imobiliário capital 82% do s depósitos) do (=52% 20% do (=13% s recurso s dos d epósit os) Compulsório Mantido no BACEN os A critério do banco Clientes (1) (2) (3) Caixa Econômica Federal. Sistema Financeiro da Habitação. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ou FGTS, dedução obrigatória de 8% na folha de pagamento de empregados. Apesar do recente aumento de financiamentos para o setor imobiliário, o nível de financiamento imobiliário em percentual do PIB no Brasil ainda é baixo quando comparado ao de alguns países. Por exemplo, o financiamento das 61.121 Unidades no Brasil em 2005 representou 0,3% do PIB, enquanto no México, as 561.500 Unidades financiadas em 2005 representaram 2,2% do PIB. O financiamento imobiliário no Brasil está amplamente concentrado nos estados da região sudeste, mais especificamente em São Paulo e Rio de Janeiro, conforme exposto no gráfico abaixo. Financiamento imobiliário por região 100% 75% 20% 28% 25% 6% 12% 5% 11% 3% 14% 53% 57% 57% 61% 2002 2003 2004 2005 29% 4% 15% 50% 25% 31% 6% 13% 50% 0% São Paulo Rio de Janeiro Sudeste (Outros) Outros Estados Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 225 2006 Taxas Decrescentes de Juros As taxas de juros afetam de forma considerável a atividade econômica, o consumo e os gastos pessoais, especificamente nos segmentos que dependem de disponibilidade de crédito, como o setor imobiliário. O ano de 2002 foi caracterizado por uma crise de confiança do investidor nos mercados internacionais e pelas incertezas em relação à economia dos Estados Unidos, o que afetou substancialmente o fluxo de recursos a países de mercado emergente como o Brasil. Além disso, a incerteza relacionada à política econômica do Brasil, particularmente nos meses que antecederam e sucederam a eleição presidencial em 2002, levou à desvalorização da moeda brasileira e ao aumento na inflação. A fim de reverter esse efeito, no início de 2003 o governo brasileiro adotou uma política monetária restritiva, com elevação das taxas de juros e redução do volume de crédito disponível. Em 2004, conforme as pressões inflacionárias cediam, o governo brasileiro reduziu as taxas de juros, o que ajudou a elevar o volume de crédito disponível no mercado. No final de 2005, a inflação já havia estabilizado e encerrou o ano a um nível significativamente abaixo do que o estimado pelo governo brasileiro. O governo brasileiro continuou a abrandar sua política monetária em 2006. Isso só foi possível devido a uma série de fatores macroeconômicos positivos, como o superávit fiscal primário, que aumentou de R$23,0 bilhões em 2000 para R$90,1 bilhões em 2006, e o saldo da balança comercial que, de um déficit de US$0,7 bilhão em 2000 alcançou um superávit de US$46,1 bilhões em 2006. Nesse mesmo ano, a taxa SELIC caiu, de 17,25% em janeiro para 13,25% em dezembro, de acordo com o consenso de mercado publicado semanalmente pelo BACEN, sendo que os participantes do mercado esperam outras reduções em 2007. Esses fatores também contribuíram para a melhoria do risco país, que está atualmente em um de seus níveis históricos mais baixos, conforme medido pelo Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+), calculado pelo JP Morgan Chase, diminuindo de 311 pontos em 31 de dezembro de 2005 para 192 pontos em 31 de dezembro de 2006. A tabela abaixo apresenta a evolução dos indicadores econômicos principais nos últimos cinco anos. Crescimento Real do PIB (%) ............................... Superávit Fiscal Primário (em R$ bilhões) .............. Superávit da Balança Comercial (em US$ bilhões) .............................................. Inflação (%): Geral (IGP-M) ...................................................... (1) Materiais de Construção (INCC) ......................... Taxa Referencial de Juros (SELIC) (%) ................... Taxa de Câmbio ao encerramento do exercício (R$ por US$).................................. 2002 2003 2004 2005 2006 1,9 31,7 0,5 39,3 4,9 49,4 2,3 52,8 2,9 90,1 13,1 24,8 33,7 44,7 46,1 25,3 12,4 25,0 8,7 14,8 16,5 12,4 10,9 17,8 1,2 6,8 18,0 3,8 5,0 13,3 3,53 2,89 2,65 2,34 2,14 Fonte: BACEN. (1) INCC é o Índice Nacional de Custo de Construção, medido pela FGV. Espera-se que a queda na taxa de juros aumente o poder aquisitivo das classes de renda mais baixas. À medida que caírem as taxas de juros, as pessoas terão mais condições de pagar o valor mensal da prestação residencial e mais famílias poderão comprar a casa própria. Como ilustração, temse o seguinte exemplo: atualmente é possível contrair um financiamento imobiliário por 20 anos, à taxa anual de juros de 13,25%. Um apartamento residencial avaliado em R$200,0 mil , que exigiria parcelas mensais de R$2.273,34 (de acordo com o método conhecido como tabela price), o que equivale a 50,5% da renda mensal de uma família , cuja renda mensal seja de aproximadamente R$4.500,00. Supondo-se uma redução da taxa de juros para 10%, esse valor cairia para R$1.873,28 ou 41,6% da renda mensal da família. 226 Desenvolvimento Imobiliário no Grande Rio e na Região Metropolitana de São Paulo A região do Grande Rio e a região metropolitana de São Paulo são as maiores e mais densamente povoadas regiões do Brasil. Segundo o IBGE, em 1º de julho de 2005 cerca de 11,4 milhões de pessoas habitavam o Grande Rio e 19,1 milhões de pessoas a região metropolitana de São Paulo. O Grande Rio possui 4.658 quilômetros quadrados, com uma densidade de 2.437 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto a região metropolitana de São Paulo abrange 8.051 quilômetros quadrados com uma densidade de 2.376 habitantes por quilômetro quadrado. Essas duas regiões respondem, respectivamente, por 6,2% e 10,4% do total da população brasileira. Brasil • • • • • Região da Grande Rio PIB (2005): R$1,94 trilhões População: 184,2 milhões Renda per Capita (2003): R$8,7 mil Area: 8,514,876.6 km² Densidade populacional: 21.6 hab/km² • • • • • 9.4% do PIB brasileiro 6.2% da população brasileira Renda per Capita (2003): R$12,9 mil Área: 4,657.8 km² Densidade populacional: 2,437.2 hab/km² Região Metropolitana de São Paulo • 15.7% do PIB brasileiro • 10.4% da população brasileira • Renda per Capita (2003): R$12,8 mil Área: 8,051 km² • Densidade populacional: 2,376.2 hab/km² Fonte: IBGE e BACEN – Brasil e Regiões Metropolitana. Dados de 2005 e 2003, respectivamente A região do Grande Rio e a região metropolitana de São Paulo são também os principais centros econômicos do Brasil, concentrando o maior mercado imobiliário residencial do país. De acordo com o IBGE, em 2003 o PIB do Grande Rio era de R$146,8 bilhões, e o da região metropolitana de São Paulo atingia R$244,4 bilhões, representando, respectivamente, 9,4% e 15,7% do PIB total brasileiro. A disponibilização de informações estatísticas sobre o mercado imobiliário brasileiro é limitada. A tabela abaixo apresenta informações selecionadas referentes a 2005 sobre algumas das maiores cidades brasileiras no mercado imobiliário, demonstrando a dimensão ocupada pelo Rio de Janeiro e por São Paulo no mercado imobiliário brasileiro. Cidade Região metropolitana de São Paulo ........................................... Grande Rio ............................................................................... Recife ....................................................................................... Goiânia..................................................................................... Fortaleza................................................................................... Belo Horizonte .......................................................................... Porto Alegre.............................................................................. Maceió ..................................................................................... Total ........................................................................................ Unidades Lançadas % do Total 33.748 8.832 2.720 2.387 1.421 1.298 1.087 813 52.306 64,5 16,9 5,2 4,6 2,7 2,5 2,1 1,6 100 Fontes: IBGE (PIB), EMBRAESP (região metropolitana de São Paulo), SECOVI, ADEMI-RJ, Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), ADEMI – GO, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) / Departamento de Economia (DECON) / Centro de Integração Empresa-Escola (CEE), Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD) / Universidade Federal do Estado de Minas Gerais (UFMG), Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON/RS), Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON/AL). 227 As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo têm suas características econômicas próprias. Por exemplo, as duas cidades podem ser subdivididas em várias regiões ou zonas por nível de renda, demanda habitacional por pessoas ou famílias, disponibilidade de terrenos e concorrência relacionada a oportunidades de empreendimentos imobiliários. No Rio de Janeiro, a renda é mais concentrada do que em São Paulo. Conseqüentemente, a demanda imobiliária em São Paulo é mais fragmentada em comparação ao Rio de Janeiro. Todavia, o mercado do Rio de Janeiro, com suas poucas incorporadoras imobiliárias de grande porte e número considerável de pequenas construtoras, ainda assim é considerado um mercado fragmentado. O gráfico abaixo ilustra a fragmentação desses dois mercados, comparando a participação no mercado das 10 maiores incorporadoras imobiliárias em cada uma dessas cidades com os Estados Unidos e o México. Concentração do Setor Imobiliário Parcela de Mercado dos Principais Incorporadores, por Unidades Lançadas em 2005 100% 80% 39% 60% 75% 77% 79% 7% 6% 16% 15% 19% Mexico 14% 40% 20% 47% 6% 0% Rio de Janeiro São Paulo USA 5 Principais Próximos 5 Outros Fonte: ADEMI-RJ, EMBRAESP, Builder Online e Softec. A tabela abaixo apresenta dados sobre empreendimentos residenciais lançados de 2001 a 2005 no Grande Rio: Número de projetos ................................... Número de Unidades.................................. Preço por m2 (área útil): .............................. 2 (1) Corrigido pela inflação (R$ por m ) .......... 2001 42 3.656 2.898 4.490 2002 56 4.517 2.639 3.263 2003 113 8.287 3.141 3.573 2004 91 7.162 3.276 3.315 2005 79 8.832 2.824 2.824 Fonte: EMBRAESP e FGV. (1) Ajustado pela IGP-M. A tabela abaixo apresenta dados sobre empreendimentos residenciais lançados de 2001 a 2005 na região metropolitana de São Paulo: Número de projetos.................................... Número de Unidades.................................. Preço por m2 (área útil): .............................. Corrigido pela inflação (R$ por m2)(1) ........... 2001 421 32.748 975 1.511 Fonte: EMBRAESP e FGV. (1) Ajustado pela IGP-M. 228 2002 478 31.545 1.416 1.751 2003 533 34.938 1.254 1.427 2004 479 27.143 1.410 1.427 2005 431 33.748 1.586 1.586 Segundo os dados publicados pela ADEMI-RJ e pela EMBRAESP, 8.832 de Unidades imobiliárias foram lançadas no Grande Rio em 2005, enquanto no mesmo período 33.748 Unidades foram lançadas na região metropolitana de São Paulo. Ambas as regiões experimentaram um aumento no valor geral de vendas de 2000 a 2005. Em termos nominais, o preço por m2 na região metropolitana de São Paulo aumentou, enquanto que no Grande Rio, devido ao crescimento no número de lançamentos na Barra da Tijuca e, mais recentemente, na Zona Norte, onde os preços por m2 praticados são menores, o preço por m2 apresentou redução. Desenvolvimento Imobiliário no Grande Rio (excluindo-se a Cidade do Rio de Janeiro) O mercado imobiliário no Grande Rio (excluindo-se a cidade do Rio de Janeiro) é ainda relativamente pouco explorado. Houve um crescente interesse das incorporadoras na exploração desse mercado nos últimos anos em decorrência do potencial do setor imobiliário dado o número de consumidores que poderá ser inserido nesse mercado, caso persista a diminuição da taxa de juros. O PIB do Grande Rio (excluindo-se a cidade do Rio de Janeiro) é equivalente a 2,7% do PIB nacional, a renda per capita é aproximadamente 50% mais alta do que a média nacional, e a população é de aproximadamente 5,3 milhões de pessoas. A tabela abaixo traz dados estatísticos referentes à população, área e PIB relativos às cidades que formam o Grande Rio: Cidade Rio de Janeiro..................... Belford Roxo ...................... Duque de Caxias ................ Guapimirim ........................ Itaboraí .............................. Japeri ................................. Magé ................................. Mesquita............................ Nilópolis ............................. Niterói................................ Nova Iguaçu ....................... Paracambi .......................... Queimados......................... São Gonçalo....................... São João de Meriti.............. Seropédica ......................... Tanguá .............................. Total ................................. População (milhares de habitantes) 6.094,2 480,7 842,9 44,1 215,9 94,2 232,3 182,5 151,0 474,0 830,9 43,0 136,5 960,8 464,3 75,0 29,5 11.351,9 Área (km2) 1.182,0 79,8 464,6 360,8 424,2 82,8 385,7 34,8 19,2 129,4 523,9 179,4 76,9 249,1 34,8 283,8 146,6 4.657,8 Densidade (habitantes/km2) 5.155,8 6.024,5 1.814,3 122,3 508,9 1.137,7 602,2 5.250,1 7.879,3 3.664,0 1.586,0 239,8 1.774,7 3.856,6 13.327,4 264,4 201,1 2.437,2 PIB (em R$ bilhões) 104,8 2,7 15,6 0,3 0,9 0,4 1,0 1,0 0,8 5,7 4,7 0,2 0,8 5,2 2,3 0,3 0,1 146,8 A base de cada mercado imobiliário individual varia de acordo com a atividade econômica e a população de cada cidade. Algumas dessas cidades passaram recentemente a receber investimentos de incorporadoras imobiliárias que, por tradição, se concentravam exclusivamente na cidade do Rio de Janeiro, atraídas pelo potencial do setor imobiliário em um cenário de juros reduzidos. Um exemplo é Duque de Caxias, o sexto PIB mais alto do país e a maior área industrial do Grande Rio depois da cidade do Rio de Janeiro. Duque de Caxias está localizada a 17 km do centro da cidade do Rio de Janeiro, com fácil acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e às principais rodovias. Com uma população de aproximadamente 834 mil pessoas, Duque de Caxias possui o segundo índice mais alto de população empregada no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com os registros da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). As principais atividades econômicas são a indústria e o comércio. Um outro exemplo é São Gonçalo, a segunda cidade mais densamente povoada do Grande Rio, com população total de cerca de um milhão de pessoas. A cidade, que também fica bem próxima dos centros das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, está atualmente concentrando esforços para fomentar suas atividades industriais visando retomar a posição de destaque que ocupou no passado. 229 Mercado de Incorporações Comerciais Rio de Janeiro Até o final da década de 60, o mercado de edifícios de escritórios do Rio de Janeiro ocupava a primeira posição nesse mercado brasileiro em termos de volume em metros quadrados. Desde essa época, o Rio de Janeiro perdeu sua posição de liderança para São Paulo, sendo agora o segundo mercado mais importante, com um volume total de 5,6 milhões m2 de área útil. A característica principal desse mercado é seu estoque extremamente velho, sendo que 52% dos espaços de escritório têm pelo menos 35 anos. O Rio de Janeiro está sujeito a limitações de renovação de estoque em razão da falta de terrenos desocupados na área central, das restrições de zoneamento nas regiões do Flamengo e Botafogo, e da incapacidade histórica das incorporadoras para obter financiamento para seus empreendimentos. Aproximadamente 74% do estoque do Rio de Janeiro estão concentrados na área central da cidade, principalmente devido à sua topografia. Apesar das dificuldades geográficas e das limitações impostas pelas regulamentações para o desenvolvimento de novos empreendimentos, o mercado de edifícios de escritórios do Rio de Janeiro continua a crescer. De 2000 a 2006, a média anual de novos estoques foi de 49.200 m2 de área útil, um aumento de 34% em comparação à média anual da década de 90, que totalizava 36.700 m2 de área útil. De 2000 a 2006 a Barra da Tijuca tem sido a principal região a atrair novos empreendimentos, onde estão concentrados 52% do volume de novos empreendimentos. A tabela abaixo traz informações sobre novos projetos comerciais no Grande Rio: Ano 2001 ................................................... 2002 ................................................... 2003 ................................................... 2004 ................................................... 2005 ................................................... Novos Projetos Comerciais Novos Projetos Comerciais (Unidades) Preço Médio de Venda (R$ por m²) Preço Médio de Venda (US$ por m²) 1 2 6 5 2 408 81 451 1.414 298 5.309 1.295 3.484 3.396 2.776 2.288 365 1.205 1.276 1.275 Fonte: ADEMI-RJ. Historicamente, o mercado de edifícios de escritório do Rio de Janeiro tem sofrido impactos mais significativos em razão das oscilações de demanda e oferta. Nos últimos anos, devido ao aumento nas atividades comerciais e industriais, houve uma recuperação expressiva na demanda por espaços de escritórios no Rio de Janeiro. Após a abertura do mercado de petróleo para novas companhias e a privatização de algumas companhias de telecomunicações e energia, a demanda por espaços de escritórios aumentou, uma vez que várias dessas companhias decidiram manter suas atividades na região e, em alguns casos, expandi-las. Como resultado, houve uma redução na disponibilidade de estoque de Unidades à venda, conforme demonstrado no gráfico abaixo. 230 Taxa de ocupação do segmento comercial do Rio de Janeiro Por segmento comercial 120% 120% 114% m2 Area útil 110% 104% 100% 103% 105% 103% 100% 100% 102% 101% 99% 98% 2002 2003 90% 80% 2000 Alto Padrão 2001 2004 2005 Outros A absorção total no Rio de Janeiro em 2005 foi de 218.000 m2de área útil, representando uma diminuição em volume de 14% quando comparados aos 247.000 m2 de área útil absorvidos em 2004, o maior aumento em volume de 2000 a 2006. A absorção total da cidade do Rio de Janeiro em 2005 foi também levemente superior à média dos seis anos anteriores, que foi de 209.000 m2 de área útil. São Paulo Inicialmente concentrado na região central da cidade de São Paulo, o mercado de edifícios de escritórios expandiu para a região sudoeste da cidade onde se estabeleceram as três principais regiões de escritórios (conhecidas como Paulista, Jardins e Marginal Pinheiros). Além dessas regiões principais, esse mercado está também se expandindo para outras regiões que, coletivamente, representam uma parte significativa do estoque de Unidades da cidade. Atualmente, o mercado de edifícios de escritórios de São Paulo é composto por 9.955.000 m2 de área útil, aproximadamente 70% dos quais estão localizados nas três principais regiões, Paulista, Jardins e Marginal Pinheiros. Desde 2000, o aumento médio anual foi de 192.000 m2 de área útil, um acréscimo de 32% em comparação ao aumento médio anual na década de 90, que foi de 145.000 m2 de área útil. Havia 92.400 m2 de nova área útil em São Paulo em 2005, representando um declínio de 56% em comparação a 2004. Entretanto, a porcentagem de edifícios de alto padrão aumentou de 46% em 2004 para 63% em 2005. Esse aumento indica que os novos empreendimentos têm um nível de qualidade mais elevado. O estoque total de edifícios de alto de padrão é de 1.470.000 m2 de área útil, representando 15% do total do estoque da Cidade de São Paulo. A tabela abaixo traz informações sobre novos projetos comerciais na região metropolitana de São Paulo. Ano 2005 ................................................... 2004 ................................................... 2003 ................................................... 2002 ................................................... 2001 ................................................... Novos Projetos Comerciais Novos Projetos Comerciais (Unidades) Preço Médio de Venda (R$ por m²) Preço Médio de Venda (US$ por m²) 10 14 15 22 20 1.517 1.731 1.044 1.766 1.725 4.768 4.379 5.846 5.227 5.739 1.959 1.498 1.902 1.786 2.440 Fonte: EMBRAESP. 231 O volume absorvido por edifícios de alto padrão aumentou a cada ano, e mais importante ainda, ocasionou crescimento efetivo de ocupação. Comparando-se o crescimento da ocupação no mercado de alto padrão a outros mercados no decorrer dos últimos seis anos, o mercado de alto padrão aumentou 32%, enquanto os outros mercados combinados aumentaram apenas 2%, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Taxa de ocupação do segmento comercial de São Paulo Por segmento comercial 140% m2 Area útil 132% 121% 120% 100% 115% 100% 100% 104% 101% 102% 100% 99% 2001 2002 100% 102% 80% 2000 Alt o Padrão Fonte: 2003 2004 2005 Outros CBRE A absorção total em 2005 foi de 560.000 m2 de área útil, representando uma redução de 5,3% em volume comparado a 2004. Apesar dessa redução, São Paulo registrou um volume de aproximadamente 600.000 m2 de área útil pelo terceiro ano consecutivo. Shopping Centers As informações abaixo se aplicam a Shopping Centers que tenham, no mínimo 5.000 m2 de Área Bruta Locável, pois aqueles com áreas menores são mais semelhantes ao mercado de lojas de rua, não possuindo praça de alimentação, área de lazer, estacionamento e outras comodidades que os diferenciam das antigas galerias dos centros urbanos. O mercado de Shopping Centers no Brasil se desenvolveu rapidamente nos últimos 20 anos. Embora a maior parte das grandes cidades já possuam Shopping Centers e o volume de novos empreendimentos em Shopping Centers tenha diminuído nos últimos cinco anos, ainda existe demanda para esse tipo de negócio. Dentre os fatores que mais atraem os consumidores estão a concentração de lojas e serviços diversificados em um único local, a disponibilidade de estacionamento, o controle da temperatura e o sentimento geral de segurança. Locatários de alta qualidade, contratos de longo prazo, potencial para crescimento constante de receita e baixos custos administrativos são os maiores benefícios do ponto de vista do incorporador. Shopping Centers representam um investimento interessante a incorporadores porque o empreendimento é administrado por companhias especializadas, os lucros líquidos são distribuídos mensalmente e praticamente todas as despesas são pagas pelo próprio empreendimento. Necessita-se, portanto, de limitado know-how por parte dos próprios incorporadores. O primeiro Shopping Center brasileiro foi inaugurado em 1966 (Shopping Center Iguatemi, em São Paulo), e quatro anos mais tarde o segundo empreendimento do mesmo tipo foi aberto na capital do país, o Conjunto Nacional Brasília. O número de Shopping Centers no Brasil permaneceu estável até a década de 80, e a partir daí o número dobrou a cada cinco anos. Na década de 90 o índice de crescimento de Shopping Centers começou a diminuir. 232 O gráfico abaixo traz informações sobre a evolução do segmento de Shopping Centers no Brasil, bem como sobre a Área Bruta Locável disponível. Evolução da Indústria de Shopping Center Números de Shopping Centers 350 315 300 230 250 240 263 252 254 257 200 147 150 90 100 50 1 2 8 16 34 0 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Evolução da Área Bruta Locável Em Milhares de m2 10,000 8,637 8,000 6,000 5,100 5,200 2000 2001 5,500 5,600 2002 2003 6,200 6,349 2004 2005 4,000 2,000 0 2006 Ao final de 2006, havia no Brasil cerca de 8,6 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável, distribuídos em 315 Shopping Centers, aproximadamente 60% dos quais localizados na região sudeste do país. A tabela abaixo apresenta a distribuição dos Shopping Centers por região em 31 de dezembro de 2005. Região Norte................. Nordeste............ Centro-Oeste ..... Sudeste ............. Sul..................... Brasil ................ Distribuição de Shopping Centers por Região Número de ABL Shopping Centers (‘000 m2) % % 3 36 18 160 46 263 1,1% 13,7% 6,8% 60,8% 17,5% 100% 97 875 446 4.136 795 6.349 233 1,5% 13,8% 7,0% 65,1% 12,5% 100% Número de Lojas 612 5.835 2.928 26.911 6.077 42.363 % 1,4% 13,8% 6,9% 63,5% 14,3% 100% Segundo informações prestadas pela ABRASCE, Associação Brasileira de Shopping Centers, que conta atualmente com 315 Shopping Centers associados. Pode-se verificar o aumento na receita bruta do setor e o tráfego anual de clientes no gráfico abaixo. Movimentação e Tráfego no Setor de Shopping Centers Em bilhões deR$ Milhões de pessoas/mês 60 175.0 185.0 181.0 200 160.0 40 125.0 23.0 135.0 25.3 36.6 40.0 150 31.6 27.9 100 20 50 0 0 2000 Fonte: 2001 2002 2003 2004 2005 Abrasce Alterações Regulatórias de Estímulo ao Setor Imobiliário Incentivar o crescimento da construção civil no Brasil está entre as prioridades do atual governo, dando a este setor a capacidade de absorver mão-de-obra e assim reduzir o desemprego de maneira relativamente rápida. Assim, o governo brasileiro adotou várias políticas que, em opinião da Companhia, irão fortalecer a demanda imobiliária, incluindo: • estimular o financiamento hipotecário reduzindo os juros pagos pelo Banco Central aos bancos sobre depósitos não utilizados para financiamento imobiliário pelo SFH; • aumentar a disponibilidade de financiamento exigido que pelo menos 65% dos depósitos em contas de poupança sejam utilizadas para financiamento imobiliário, sendo que no mínimo 80% do financiamento seja destinado a empréstimos para aquisição da casa própria pelo SFH; • simplificar e aumentar a execução das leis de reintegração de posse de propriedade residencial pelo governo no caso de inadimplência; • conceder isenção de impostos sobre o lucro com venda de propriedade residencial quando outra propriedade residencial de valor mais alto seja comprada dentro de 180 dias; • diminuir o IPI sobre certos insumos e materiais de construção; • fomentar novos instrumentos para permitir a securitização de recebíveis imobiliários através da isenção de imposto de renda sobre ganhos; • aumentar a segurança de empreendedores através da disponibilização de garantias sobre propriedade; • aumentar a segurança dos compradores através do sistema tributário especial, que segrega os ativos do empreendedor dos ativos do empreendimento; e • exigir o pagamento do principal de uma hipoteca mesmo quando a hipoteca for contestada judicialmente. 234 Adicionalmente, o Governo Federal anunciou, em 12 de setembro de 2006, um pacote de medidas para estimular o setor da construção civil. A principal novidade do pacote é a flexibilização do uso da TR nos financiamentos, introduzida pela Medida Provisória n.º 321, de 12 de setembro de 2006, convertida na Lei n.º 11.434, de 28 de dezembro de 2006, permitindo a utilização de taxas de juros prefixadas no SFH. Além disso, o Decreto n.º 5.892, de 12 de setembro de 2006, que altera o Decreto n.º 4.840, de 17 de setembro de 2003, permite a utilização de parcelas variáveis no crédito consignado para a habitação. A CEF passou a oferecer um bilhão de reais em crédito às incorporadoras, financiando até 85% do custo total da obra (os bancos financiavam apenas 50% no passado). Ademais, o Governo Federal incluiu novos produtos destinados à construção civil na lista de desoneração, cujas alíquotas caíram de 10,0% para 5,0%. Assim, com a entrada em vigor da MP 321, a Companhia pode ampliar suas linhas de crédito junto às instituições financeiras para aquisição de terrenos e incorporação de novos empreendimentos, bem como oferecer condições de financiamentos a clientes. 235 6. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA AMOSTRA Integram a Amostra os 11 projetos de incorporação cuja gestão foi dos administradores da CR2, lançados por meio do Banco CR2 e da CR2 Administradora de 2000 a 2006, dos quais 2 foram realizados sob um mesmo Fundo de Investimento Imobiliário (projeto Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi), e que por essa razão são tratados como um único fluxo de recebimentos, custos e despesas. Algumas das estatísticas apresentadas nessa seção excluem o projeto Porto dos Cabritos, por este se tratar de um loteamento cujas características diferem substancialmente dos demais projetos de incorporação residencial e dessa forma por tais estatísticas não serem aplicáveis. Para um detalhamento, vide a seção 4 deste Estudo, “Metodologia”. A tabela a seguir apresenta dados e características básicos para os 11 projetos que integram a Amostra, incluindo-se o VGV dos projetos quando dos seus respectivos lançamentos, atualizados pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. Note que a medida comumente utilizada pelo mercado imobiliário brasileiro é o VGV, que inclui as comissões de corretagem. Nome do projeto (2) 1. Splendor ........................... 2. Lagoa Best .......................... 3. Gávea Village ...................... 4. Solar dos Viscondes............. 5.1 Pallazo Laranjeiras ............. 6. Porto dos Cabritos............... 7. La Traviata .......................... 8.2 Palazzo Baependi .............. 9. Duo Prime ........................... 10. Locanda Apeninos ............ 11. Locanda di Helena ............ Total ...................................... (1) (2) VGV Total (milhões de R$ (1) em 31/12/2006) 8,8 14,0 19,6 29,9 20,0 6,8 52,7 13,0 32,5 10,6 9,9 217,8 Data de lançamento Andamento do projeto Veículo Maio/00 Agosto/00 Setembro/01 Abril/01 Junho/02 Outubro/02 Novembro/02 Abril/03 Dezembro/03 Agosto/05 Setembro/05 Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Em construção Em construção SPE Fundo Fundo Fundo Fundo SPE SPE Fundo SPE SPE Fundo VGV de lançamento, considerando-se os valores pagos referentes a corretagem, atualizado pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2006. No caso do empreendimento Splendor, só são consideradas as Unidades compradas pelos administradores da CR2 para revenda. O VGV é o valor obtido pela venda de todas as Unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o US. GAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Neste empreendimento, nossoa administradores não foram responsáveis pela aquisição do terreno e incorporação do projeto, tendo atuado exclusivamente como adquirentes de 30 Unidades do empreendimento em questão, com o objetivo exclusivo de revendê-las posteriormente a seus clientes. As características principais dos projetos relacionados acima estão descritas a seguir: Splendor. É um projeto residencial localizado no bairro da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela Construtora Bulhões Carvalho da Fonseca S.A., contando com 128 Unidades de 2 a 3 dormitórios, das quais a CR2 adquiriu 30 unidades, tendo como públicoalvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Renda Média. As Unidades medem 87 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M até dezembro de 2006, foi de aproximadamente R$3.400,00 por m2 de área privativa. Lagoa Best. É um projeto residencial localizado no bairro da Lagoa, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ I, contando com 48 Unidades de 1 dormitório, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 40 a 65 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$6.600,00 por m2 de área privativa. 236 Gávea Village. É um projeto residencial localizado no bairro da Gávea, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ III, contando com 28 Unidades de 2 a 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe dedo Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 50 a 111 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de dezembro de até 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$7.300,00 por m2 de área privativa. Solar dos Viscondes. É um projeto residencial localizado no bairro de Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 RJZ II, contando com 63 Unidades de 2 a 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe dedo Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 69 a 213 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.700,00 por m2 de área privativa. Pallazo Laranjeiras. É um projeto residencial e comercial localizado no bairro de Laranjeiras, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, contando com 88 Unidades de 1 e 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 35 a 97 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.400,00 por m2 de área privativa. Porto dos Cabritos. É um projeto de loteamento de condomínio localizado no bairro da Barra da Tijuca, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela CR2 Participações Ltda., contando com 10 lotes residenciais, tendo como público-alvo compradores de Classe do Segmento Residencial de Alta Renda. Os lotes medem de 734 a 999 m2. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$527,00 por m2 de área privativa. La Traviata. É um projeto residencial localizado no bairro da Lagoa, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelas SPEs CR2 Investimentos S.A. e Gafisa SPE-20 Ltda., contando com 22 Unidades de 4 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda. As Unidades medem de 177 a 781 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$8.300,00 por m2 de área privativa. Palazzo Baependi. É um projeto residencial e comercial localizado no bairro do Flamengo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Laranjeiras, contando com 64 Unidades de 1 dormitório, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 37 a 47 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.500,00 por m2 de área privativa. Duo Prime. É um projeto residencial localizado no bairro do Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-4 S.A., contando com 80 Unidades de 2 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe dedo Segmento Residencial de Alta Renda Média. As Unidades medem de 68 a 136 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$3.900,00 por m2 de área privativa. Para maiores informações, ver a Seção “- Lançamento”. Locanda Apeninos. É um projeto residencial localizado no bairro de Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela SPE CR2 Empreendimentos SPE-5 S.A., contando com 20 Unidades de 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda Alta. As Unidades medem de 74 a 173 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$5.100,00 por m2 de área privativa. 237 Locanda di Helena. É um projeto residencial localizado no bairro do Jardim Botânico, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Fundo de Investimento Imobiliário CR2 Jardim Botânico, contando com 22 Unidades de 2 e 3 dormitórios, tendo como público-alvo compradores da Classe do Segmento Residencial de Alta Renda Alta. As Unidades medem de 74 a 127 m2 de área privativa. O preço de lançamento, atualizado pelo IGP-M de até dezembro de 2006, foi estabelecido em aproximadamente R$4.700,00 por m2 de área privativa. Os fluxos dos projetos Lagoa Best e Porto dos Cabritos não possuem nenhum montante a ser recebido e nenhum custo ou despesa a serem incorridos e, portanto, representam fluxos 100% realizados. Os fluxos realizados dos projetos Splendor, Solar dos Viscondes, Gávea Village, Palazzo Laranjeiras, Palazzo Baependi, La Traviata e Duo Prime representam, em média, 85,6% dos Recebimentos Líquidos totais e 99,1% dos custos e despesas totais, respectivamente. Por fim, os projetos Locanda Apeninos e Locanda di Helena encontram-se ainda em fase de construção e, consequentemente, apresentam, em média, 36,2% dos Recebimentos Líquidos e 64,8% dos custos e despesas como sendo realizados, respectivamente. Os gráficos a seguir apresentam a proporção dos Recebimentos Líquidos já realizados em relação aos Recebimentos Líquidos totais, bem como a proporção dos custos e despesas incorridos em relação aos custos e despesas totais. Em média, 78,6% e 92,4% dos Recebimentos Líquidos totais e dos custos e despesas foram realizados, respectivamente. Recebimentos Líquidos Realizados / Recebimentos Líquidos Totais 100.0% 80.0% 92.7% 92.9% Splendor Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi 97.4% 99.7% 100.0% 100.0% Solar dos Viscondes Gávea Village Lagoa Best Cabritos Porto dos Cabritos 100.0% 72.2% 58.6% 60.0% 44.2% 40.0% 28.2% 20.0% 0.0% Locanda di Helena Locanda Apeninos Duo Prime La Traviata Custos e Despesas Incorridos / Custos e Despesas Totais Incorridos + a Incorrer 100.0% 97.7% 98.7% 99.2% 99.6% 99.6% 99.9% 100.0% Solar dos Viscondes Duo Prime La Traviata Splendor Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Gávea Village Lagoa Best 80.0% 69.3% 60.2% 60.0% 40.0% 20.0% 0.0% Locanda di Helena Locanda Apeninos 238 Cabritos Porto dos Cabritos Cronograma dos Projetos O gráfico a seguir apresenta a duração em número de meses do período de lançamento de cada projeto, bem como a duração total com base no número de meses entre o lançamento do empreendimento até a entrega das unidades. O projeto Porto dos Cabritos não consta dos gráficos a seguir por ser tratar de um loteamento e não possuir fases definidas da mesma forma que os projetos de incorporação residencial parte da Amostra. Total de Meses - Lançamento até Início da Construção 9.0 8.0 8.0 7.0 6.0 5.0 5.0 5.0 Gávea Village Locanda di Helena 4.0 4.0 3.0 3.0 3.0 3.0 Solar dos Viscondes Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi La Traviata 2.0 1.0 1.0 0.0 0.0 Lagoa Best Locanda Apeninos Splendor Duo Prime Total de Meses - Lançamento até Chaves 40.0 34.0 35.0 30.0 28.0 25.0 21.0 21.0 Locanda Apeninos Splendor 22.0 23.0 24.0 24.0 Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Gávea Village 25.0 20.0 15.0 10.0 5.0 0.0 Solar dos Viscondes Locanda di Helena 1. Estatística não se aplica ao empreendimento Portal dos Cabritos. 239 Lagoa Best Duo Prime La Traviata Velocidade de Vendas Os gráficos a seguir apresentam a velocidade de vendas dos projetos da Amostra durante os primeiros 6, 18, 30 e 36 meses a contar a partir de suas respectivas datas de lançamento. Em 31 de dezembro de 2006, 4 das 381 Unidades encontravam-se em estoque. % Vendas nos Primeiros 6 Meses 100.0% 95.0% 77.6% 80.0% 71.4% 60.0% 53.6% 56.7% 58.3% Splendor Locanda di Helena 62.5% 40.0% 40.0% 30.0% 20.0% 8.8% 0.0% Duo Prime Porto dos Cabritos Cabritos La Traviata Gávea Village Lagoa Best Locanda Apeninos Solar dos Viscondes Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi % Vendas nos Primeiros 18 Meses 96.0% 98.0% 100.0% 100.0% 100.0% Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Solar dos Viscondes Splendor Locanda Apeninos Locanda di Helena 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Splendor Solar dos Viscondes Duo Prime Locanda Apeninos Locanda di Helena 100.0% 90.0% 82.5% 80.0% 68.8% 70.0% 71.4% Lagoa Best La Traviata Gávea Village 60.0% 40.0% 20.0% 0.0% Duo Prime Porto dos Cabritos Cabritos 97.0% 95.8% 96.4% Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Lagoa Best Gávea Village % Vendas nos Primeiros 30 Meses 100.0% 90.0% 80.0% 80.0% 60.0% 40.0% 20.0% 0.0% La Traviata Porto dos Cabritos Cabritos 240 % Vendas nos Primeiros 36 Meses 97.0% 96.4% Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Gávea Village 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Splendor Lagoa Best Solar dos Viscondes Duo Prime Locanda Apeninos Locanda di Helena 100.0% 80.0% 80.0% 60.0% 40.0% 20.0% 0.0% La Traviata Cabritos Porto dos Cabritos Recebimento das Vendas O gráfico a seguir apresenta a proporção dos recebimentos totais efetivamente recebida quando da entrega das chaves. O projeto Porto dos Cabritos não consta dos gráficos a seguir por ser tratar de um loteamento e não possuir fases definidas da mesma forma que os projetos de incorporação residencial parte da Amostra. Recebimentos Até a Entrega / Recebimentos Líquidos 80.0% 65.3% 60.0% 55.8% 55.9% 57.5% Gávea Village Locanda di Helena Solar dos Viscondes 58.0% Locanda Apeninos 49.9% 45.4% 40.5% 40.0% 28.7% 20.0% 0.0% Splendor Duo Prime Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Lagoa Best 1. Estatística não se aplica ao empreendimento Porto dos Cabritos. 241 La Traviata Custo de Aquisição de Terrenos O gráfico a seguir apresenta o custo do terreno em relação aos recebimentos totais líquidos. Os projetos Pallazo Laranjeiras, Pallazo Baependi, Locanda Apeninos e Locanda di Helena não constam do gráfico a seguir pelo fato da aquisição do terreno haver se dado por meio de permuta física, definida como um percentual do número de unidades totais dos empreendimentos, o qual não necessariamente seguiu a mesma proporção em termos de Recebimentos Líquidos ao longo da vida dos projetos. Os percentuais referentes às permutas dos projetos mencionados acima foram de 37,6%, 40,1%, 33,9% e 48,4%, respectivamente. Por fim, o projeto Solar dos Viscondes foi adquirido parcilamente via permuta física (22,2% das unidades) e parcialmente em dinheiro, conforme ilustrado no gráfico abaixo. Custo do Terreno / Recebimentos Líquidos 100.0% 92.9% 80.0% 60.0% 40.0% 20.0% 8.6% 15.7% 13.1% 16.8% 18.5% Duo Prime La Traviata 20.8% 0.0% Solar dos Viscondes Splendor Lagoa Best Gávea Village Porto dos Cabritos Cabritos Custo de Construção O gráfico a seguir apresenta o custo de construção em relação aos recebimentos totais líquidos de corretagem. O projeto Porto dos Cabritos não consta do gráfico a seguir por ser tratar de um loteamento e, portanto, construção não fazer parte de seu projeto. Custo de Construção / Recebimentos Líquidos 80.0% 75.2% 65.3% 68.1% 60.0% 39.6% 40.0% 29.5% 49.1% 50.4% Solar dos Viscondes Duo Prime 42.6% 32.1% 20.0% 0.0% Splendor Lagoa Best La Traviata Gávea Village 1. Estatística não se aplica ao empreendimento Porto dos Cabritos. 242 Locanda Apeninos Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Locanda di Helena Despesas de Marketing e Publicidade O gráfico a seguir apresenta as despesas com marketing e publicidade em relação aos Recebimentos Líquidos. Despesas de Marketing / Recebimentos Líquidos 10.0% 9.2% 8.0% 6.0% 4.0% 1.5% 2.0% 3.2% 3.4% 3.6% La Traviata Gávea Village Locanda di Helena 2.3% 1.8% 1.9% 2.0% Locanda Apeninos Splendor Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi 0.9% 0.0% Cabritos Porto dos Cabritos Lagoa Best Solar dos Viscondes Duo Prime Outras Despesas O gráfico a seguir apresenta outras despesas em relação aos Recebimentos Líquidos para cada projeto da Amostra. Outras Despesas / Recebimentos Líquidos 14.0% 12.0% 11.1% 11.5% 11.7% 10.0% 8.1% 8.0% 6.1% 6.0% 4.0% 6.6% 7.1% 7.2% Gávea Village Solar dos Viscondes 5.3% 3.8% 2.0% 0.0% Locanda Apeninos Duo Prime Splendor Locanda di Helena 243 La Traviata Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Lagoa Best Porto dos Cabritos Cabritos 7. ESTATÍSTICAS DO ESTUDO As principais estatísticas resultantes deste estudo são: • Lucratividade Antes de Tributos: é o recebimento líquido de cada projeto, menos os custos e despesas – terreno, construção, marketing e outros. Calcula-se a lucratividade baseada no lucro antes dos impostos como percentual dos Recebimentos Líquidos. • Exposição Máxima de Caixa: no fluxo de caixa de um projeto, a exposição ocorre no momento em que as saídas de caixa são maiores em relação às entradas. A exposição máxima mede o volume máximo de recursos que o projeto esteve ou estará exposto, como percentual dos Recebimentos Líquidos de corretagem. • Quociente de Retorno/Risco (Índice de Lucratividade ou IL): O quociente de retorno/risco de um projeto é calculado dividindo-se sua lucratividade antes de tributos por sua exposição máxima de caixa estimada. Esse índice reflete a relação entre o retorno esperado de um projeto e seu requisito máximo de capital. • Taxa Interna de Retorno: é o retorno de entradas e saídas de caixa durante a vida de um projeto. Lucratividade Antes de Tributos A lucratividade antes dos tributos estimada é calculada como o lucro acumulado dividido pelos Recebimentos Líquidos de cada projeto. O gráfico a seguir apresenta os projetos da Amostra com base na lucratividade antes dos tributos. Lucratividade Antes de Impostos / Recebimentos Líquidos 60.0% 49.5% 50.0% 39.2% 40.0% 30.0% 26.2% 20.0% 18.2% 18.8% Duo Prime Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi 29.1% 30.6% 32.8% 14.6% 10.0% 0.0% (10.0%) (5.5%) Cabritos Porto dos Cabritos Locanda di Helena Gávea Village 244 Locanda Apeninos La Traviata Solar dos Viscondes Lagoa Best Splendor Exposição Máxima de Caixa A exposição máxima de caixa, expressa como um percentual sobre os Recebimentos Líquidos, é calculada com base no fluxo de caixa acumulado projetado de cada projeto. O gráfico seguir apresenta a exposição de caixa máxima para cada projeto da Amostra em proporção dos Recebimentos Líquidos de cada Projeto. Exposição de Caixa Máxima / Recebimentos Líquidos 105.0% 88.5% 90.0% 75.0% 60.0% 44.8% 45.0% 39.4% 30.0% 15.1% 17.2% 18.4% 19.6% Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Solar dos Viscondes Lagoa Best La Traviata 22.7% 23.4% Gávea Village Locanda Apeninos 27.3% 15.0% 0.0% Splendor Duo Prime Locanda di Helena Porto dos Cabritos Cabritos Quociente de Retorno/Risco (Lucratividade Antes de Impostos / Exposição Máxima) O gráfico a seguir representa o quociente de retorno/risco, calculado dividindo-se sua lucratividade antes de tributos por sua exposição máxima de caixa estimada, e o qual reflete a relação entre o retorno esperado de um projeto e seu requisito máximo de capital. Quociente Risco / Retorno (Índice IL) 2.4 2.13 1.91 1.8 1.2 0.96 1.00 1.02 La Traviata Locanda Apeninos Splendor 1.16 1.25 0.6 0.27 0.33 0.0 (0.18) (0.6) Porto dos Cabritos Cabritos Duo Prime Locanda di Helena 245 Gávea Village Solar dos Palazzo Laranjeiras e Viscondes Palazzo Baependi Lagoa Best Taxa Interna de Retorno (“TIR”) A TIR pode ser definida como sendo a taxa de desconto que iguala o Valor Presente Líquido (“VPL”) de determinado fluxo de caixa a zero. Um fator típico de projetos do setor imobiliário é a presença de fluxos de caixa não convencionais, isto é, fluxos de caixa nos quais percebe-se mais de uma mudança de sinal entre fluxos positivos e negativos ao longo do período, o que requer maior atenção quando de sua análise. Em fluxos de caixa não convencionais podem ocorrer três situações: (i) o fluxo pode apresentar mais de uma TIR capaz de igualar o VPL a zero, até o limite do número de inversões de sinal do fluxo; (ii) o sinal da TIR pode estar invertido e (iii) a TIR pode ser infinita. Todos os fluxos de caixa dos projetos que integram a Amostra apresentam duas ou mais inversões de sinal (múltiplas entradas e saídas não seqüenciais), o que matematicamente pode resultar na ocorrência de uma das três situações descritas acima. No entanto, mesmo em projetos que não tenham fluxo de caixa rigorosamente convencionais, a sensibilidade do VPL em função da taxa de desconto pode ser semelhante a de um fluxo de caixa convencional. Exemplos como esse são os projetos Splendor, Lagoa Best, Solar dos Viscondes, Gávea Village, La Traviata e Duo Prime. Apesar de os fluxos de caixa desses projetos não serem completamente convencionais, isso não afeta a análise da viabilidade econômica tendo em vista que existe uma única TIR, conforme demonstrado abaixo. Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto - Splendor Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Lagoa Best 2,500 6,000 2,000 5,000 1,500 4,000 1,000 3,000 500 2,000 TIR = 27.3% - 1,000 (500) TIR = 57.7% - (1,000) (1,500) 0.0% 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Solar dos Viscondes (1,000) 0.0% 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Gávea Village 4,000 7,000 3,500 6,000 3,000 5,000 2,500 4,000 2,000 1,500 3,000 1,000 2,000 500 1,000 (1,000) 0.0% (500) 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – La Traviata (1,000) 0.0% 3,000 4,000 2,500 3,500 2,000 3,000 1,500 2,500 1,000 2,000 500 1,500 - 1,000 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% TIR = 5.3% (500) 500 (1,000) TIR = 21.3% (1,500) (500) (1,000) 0.0% 20.0% Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Duo Prime 4,500 - TIR = 35.7% - TIR = 66.6% (2,000) 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% 246 (2,500) 0.0% 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% Nos fluxos apresentados acima, existe a tendência de subida da curva do VPL para taxas de desconto altas, porém a curva não chega a cruzar o eixo das abscissas mais de uma vez. Embora raro, o caso de múltiplas TIR pôde ser encontrado em um dos fluxos de caixa dos projetos da Amostra. Conforme apresentado abaixo, pode-se notar que a curva do VPL do fluxo de caixa do projeto Locanda di Helena cai inicialmente, cortando o eixo das abscissas em 17,6% a.a., atinge um ponto de mínimo e volta a subir, cortando o eixo novamente em 1.172,4%. A segunda taxa, a partir do qual o VPL volta a ser positivo, é irrealmente alta para os padrões convencionais de custo de capital e, portanto, pode-se considerar a taxa de 17,6% como sendo a TIR do projeto. Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Locanda di Helena 1,000 800 600 400 200 - TIR = 17.6% (200) 0.0% 120.0% TIR = 1.172,4% 240.0% 360.0% 480.0% 600.0% 720.0% 840.0% 960.0% 1080.0% 1200.0% Outra hipótese para a TIR de projetos com fluxo de caixa não convencional é a presença de TIR extremamente elevada, ou até falta de TIR, casos que se caracterizam como sendo o equivalente a uma TIR infinita. Esse comportamento pôde ser encontrado no fluxo de caixa do Fundo Laranjeiras (que engloba os projetos Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi). A TIR desses projetos foi de 7.162,3% a.a., uma taxa extremamente elevada devendo ser considerada, para fins práticos, como infinita. O mesmo comportamento pôde ser verificado no fluxo de caixa do projeto Locanda Apeninos, conforme apresentado abaixo. Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi Sensibilidade do VPL à Taxa de Desconto – Locanda Apeninos 4,000 2,300 TIR = N.A.% 3,500 TIR = N.A.% 1,800 3,000 2,500 1,300 2,000 800 1,500 1,000 300 500 0.0% 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% (200) 0.0% 20.0% 40.0% 60.0% 80.0% 100.0% 120.0% 140.0% 160.0% 180.0% 200.0% Por fim, o fluxo de caixa do projeto Cabritos não apresentou TIR que satisfaça a condição de VPL igual a zero. 247 8. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA Os gráficos a seguir apresentam os fluxos de caixa acumulados dos projetos da Amostra, do lançamento ao último mês onde ainda haja algum recebimento, custo ou despesa a incorrer. Fluxo de Caixa Acumulado - Splendor Fluxo de Caixa Acumulado – Lagoa Best 120% 120% 100% 80% 80% 60% 40% 40% 0% 20% 0% (40%) (20%) (80%) (40%) (120%) 0.0% 13.5% 27.0% 40.4% 53.9% 67.4% 80.9% 94.4% 0.0% Fluxo de Caixa Acumulado – Solar dos Viscondes (60%) 0.0% 7.8% 19.5% 31.2% 42.9% 54.5% 66.2% 77.9% 89.6% Fluxo de Caixa Acumulado – Gávea Village 120% 100% 100% 80% 60% 60% 40% 20% 20% (20%) 0% (20%) (60%) (40%) (60%) 0.0% 2.6% 14.5% 26.5% 38.5% 50.4% 62.4% 74.4% 86.3% Fluxo de Caixa Acumulado – Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi (100%) 1.2% 13.3% 25.3% 37.3% 49.4% 61.4% 73.5% 85.5% 97.6% Fluxo de Caixa Acumulado – La Traviata 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% (20%) (40%) (60%) (100%) 0.0% (80%) 12.3% 24.5% 36.8% 49.1% 61.3% 73.6% 85.8% 98.1% Fluxo de Caixa Acumulado – Duo Prime (120%) 0.0% 12.3% 24.6% 36.9% 49.2% Fluxo de Caixa Acumulado – Locanda Apeninos 120% 80% 80% 20% (40%) 40% (100%) 0% (160%) (220%) (40%) (280%) (80%) (340%) (400%) 0.6% 12.4% 24.3% 36.1% 47.9% 59.8% 71.6% 83.4% 95.3% Fluxo de Caixa Acumulado – Locanda di Helena (120%) 1.2% 13.4% 25.6% 37.8% 50.0% 62.2% 74.4% 86.6% 98.8% Fluxo de Caixa Acumulado - Cabritos 100% 80% 0% (100%) 0% (200%) (80%) (300%) (400%) (160%) (500%) (600%) (240%) (700%) (320%) 1.1% 12.4% 23.6% 34.8% 46.1% 57.3% 68.5% 79.8% 91.0% 248 (800%) 0.0% 14.3% 28.6% 42.9% 57.1% 71.4% 85.7% 100.0% O gráfico a seguir apresenta o fluxo de caixa acumulado consolidado de todos os projetos da Amostra ao longo do tempo, como se o primeiro recebimento ou desembolso de cada projeto houvesse ocorrido no mesmo momento. Fluxo de Caixa Acumulado Médio 110% 80% 50% 20% (10%) (40%) (70%) (100%) 0.5% 12.9% 25.3% 37.6% 50.0% 62.4% 74.7% 87.1% 99.5% O gráfico a seguir apresenta o os ítens que compõem o fluxo de caixa acumulado consolidado de todos os projetos da Amostra ao longo do tempo, como se o primeiro recebimento ou desembolso de cada projeto houvesse ocorrido no mesmo momento. O gráfico apresenta os Recebimentos Líquidos, custos e despesas como % de seus respectivos saldos totais (100%) ao final dos projetos. Fluxo de Caixa Médio 100% 80% 60% 40% 20% 0% (20%) (40%) (60%) (80%) (100%) 0.5% 12.9% Recebimentos Líquidos 25.3% 37.6% Construção 50.0% Terreno 249 62.4% Marketing 74.7% Outros 87.1% Total 99.5% 9. CONCLUSÃO A tabela abaixo apresenta algumas informações operacionais selecionadas, referentes aos projetos lançados pela Companhia em 2006 e 2007, bem como os lançamentos programados os anoas seguintes: Projetos Lançados Residencial 2006 (1) Empreendimentos ............... VGV – 100% (R$ milhões) ..... VGV – CR2 (R$ milhões) ........ Unidades............................... 2 Área privativa Total (m )......... Participação Média CR2......... (1) (2) (3) (4) (5) 1 58,8 35,3 240 19.418 60,0% Residencial 2007 1 97,2 58,3 272 30.850 60,0% Comercial Total Projetos a Lançar Residencial Comercial 2007 (2) 6 (3) 821,0 585,3 5.449 331.807 71,3% 1 27,2 16,3 5 5.672 60,0% Total 2008 7 848,2 601,6 5.454 337.479 70,9% (4) 1 325,0 325,0 5.000 250.000 100,0% 1 1.250,0 312,5 2 1.575,0 637,5 (5) (5) (5) (5) 25,0% 40,5% O VGV é o valor obtido pela venda de todas as unidades de um empreendimento imobiliário, não significando, portanto, (i) receita, (ii) lucro líquido do exercício ou (iii) qualquer outra medida contábil aceita de acordo com o BRGAAP e o USGAAP. O VGV não representa e não é garantia de receitas ou lucros futuros ou ainda qualquer outra medida contábil. Considerando o empreendimento Verano Lançado em 2007 (1º fase). Considera o VGV das 2ª e 3ª fases do empreendimento Verano. Informações referentes ao empreendimento Nova Iguaçu, que será desenvolvido em 4 fases, que englobarão a construção total de 32.000 casas. Para maiores informações, ver a seção “Nossas Atividades – Projetos de Incorporação Imobiliária - Incorporação Imobiliária Residencial – Lançamentos programados”. Informação não disponível no momento. Dos 11 projetos que integram a Amostra, cinco projetos foram desenvolvidos por meio de SPEs e seis projetos por meio de FIIS. Como se depreende do Prospecto Preliminar, as atividades atuais da Companhia não contemplam o desenvolvimento de novos empreendimentos via FIIs, sendo aqueles desenvolvidos por SPEs a melhor fonte de comparação com os empreendimentos a serem desenvolvidos no futuro. Dos projetos que integram a Amostra e desenvolvidos por meio de SPEs, o projeto Porto dos Cabritos consiste de um loteamento, cujas características diferem substancialmente dos demais projetos de incorporação residencial que a Companhia pretende realizar no futuro, e o projeto Locanda Apeninos apresenta uma TIR extremamente elevada, que deve ser considerada, para fins práticos, como infinita. Acredita-se que somente os demais projetos da Amostra desenvolvidos por meio de SPEs, Duo Prime, La Traviata e Splendor representam adequadamente as expectativas da administração da Companhia quanto à TIR dos projetos lançados e lançamentos programados pela Companhia descritos no quadro acima. Tal afirmativa decorre da constatação de que esses projetos foram desenvolvidos com estruturas de custos semelhantes, sob a mesma cultura administrativa e organizacional, assim como de acordo com a estratégia de negócios que permearão as atividades da Companhia a partir da Oferta. A TIR média dos projetos mencionados acima foi de 18,0%. 250 Residencial 2009 em diante (4) 2.170,0 2.170,0 27.000 1.350.000 100,0% ANEXO A As tabelas abaixo apresentam os dados para cada um dos itens nelas indicados, relativamente aos projetos que integram a Amostra. Lançamento (2) Splendor .......................... Março 2000 Lagoa Best......................... Agosto 2000 Solar dos Viscondes ........... Abril 2001 Gavea Village .................... Setembro 2001 Pallazzo Laranjeiras e Junho 2002/ (3) Palazzo Baependi ............. Abril 2003 La Traviata ......................... Novembro 2002 Duo Prime ......................... Dezembro 2003 Locanda Apeninos ............. Agosto 2005 Locanda di Helena ............. Setembro 2005 (4) Porto dos Cabritos ........... Outubro 2002 Produto Total de (1) Unidades Área Privativa 2 Total (m ) Área Construída 2 Total (m ) Dormitórios Apartamentos Apart-Hotel Apartamentos Apartamentos 30 48 49 28 2,613 2,124 6,371 2,693 3,712 4,002 11,822 6,340 2e3 1 2e3 2e3 Apartamentos Apartamentos Apartamentos Apartamentos Apartamentos Loteamento 100 10 80 14 12 10 7,379 6,372 6,810 2,071 2,083 8,282 15,293 11,367 13,276 4,397 3,963 NA 1e2 4 2 2e3 2e3 NA VGV Total (Líquido de Permuta) (em milhões) VGV Total (em milhões) Lançamento Em (5) 31/12/06 4.6 7.7 17.3 11.9 8.8 14.0 29.9 19.6 23.8 39.5 27.5 10.2 9.5 4.9 33.0 52.7 32.5 10.6 9.8 6.8 (2) Splendor ...................... Lagoa Best..................... Solar dos Viscondes ....... Gavea Village................. Pallazzo Laranjeiras e (3) Palazzo Baependi ......... La Traviata ..................... Duo Prime ..................... Locanda Apeninos ......... Locanda di Helena ......... (4) Porto dos Cabritos ....... % Permutado Lançamento Em (4) 31/12/06 0.0% 0.0% 22.2% 0.0% 4.6 7.7 13.4 11.9 8.8 14.0 23.3 19.6 38.6% 0.0% 0.0% 33.9% 48.4% 0.0% 14.6 39.5 27.5 6.7 4.9 4.9 20.3 52.7 32.5 7.0 5.1 6.8 VGV Amostra % Participação CR2 no Empreendimento Lançamento Em (4) 31/12/06 100% 75% 90% 90% 4.6 5.8 12.1 10.7 8.8 10.5 20.9 17.6 80% 40% 85% 50% 94% 50% 11.7 15.8 23.4 3.4 4.6 2.4 16.2 21.1 27.6 3.5 4.8 3.4 Notas: (1) (2) (3) (4) (5) Unidades comercializadas pela CR2. 30 unidades do empreendimento Splendor foram adquiridas pela SPE administrada pela CR2 que conduziu o empreendimento durante a fase de lançamento mediante o pagamento de um sinal classificado como custo de terreno. Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi foram organizados pelo mesmo fundo de investimento. O número total de unidades, área privativa e área construída constituem a soma dos dois empreendimentos. A velocidade de vendas compreende a venda das unidades dos dois empreendimentos. O empreendimento Cabritos constitui-se de um loteamento. Desta forma, algumas das estatísticas apresentadas nas tabelas não são aplicáveis. A VGV na data do lançamento, atualizado até 31 de dezembro de 2006 pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) (2) Splendor ........................ Lagoa Best....................... Solar dos Viscondes ......... Gavea Village .................. Pallazzo Laranjeiras e (3) Palazzo Baependi ........... La Traviata ....................... Duo Prime ....................... Locanda Apeninos ........... Locanda di Helena ........... (4) Porto dos Cabritos ......... Recebimentos Líquidos Realizados/ Recebimentos Líquidos Totais Custos Incorridos/ Custos Totais Incorridos + Custos a Incorrer 92.7% 100.0% 97.4% 99.7% 99.6% 100.0% 97.7% 99.9% 3.2% 3.8% 3.2% 3.2% 92.9% 72.2% 58.6% 44.2% 28.2% 100.0% 99.6% 99.2% 98.7% 69.3% 60.2% 100.0% 3.2% 3.0% 4.2% 4.2% 4.2% 3.2% Custo de Corretagem (% VGV) 251 Total de Meses (Lançamento à Construção) % Recebido até a Entrega Período de Construçã o (Meses) 4 0 3 5 28.7% 49.9% 57.5% 55.8% 17 25 19 19 3 3 8 1 5 NA 45.4% 65.3% 40.5% 58.0% 55.9% 100.0% 21 31 20 20 18 NA Total de Meses (Lançamento até as Chaves) 21 25 22 24 24 34 28 21 23 NA (1) Splendor ........................ Lagoa Best....................... Solar dos Viscondes ......... Gavea Village .................. Pallazzo Laranjeiras e (2) Palazzo Baependi ........... La Traviata....................... Duo Prime ....................... Locanda Apeninos ........... Locanda di Helena ........... (3) Cabritos ........................ % Vendas Durante Primeiros 6 Meses % Vendas Durante Primeiros 18 Meses % Vendas Durante Primeiros 30 Meses % Vendas Durante Primeiros 36 Meses 56.7% 62.5% 77.6% 53.6% 100.0% 68.8% 98.0% 71.4% 100.0% 95.8% 100.0% 96.4% 100.0% 100.0% 100.0% 96.4% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 95.0% 40.0% 8.8% 71.4% 58.3% 30.0% 96.0% 70.0% 82.5% 100.0% 100.0% 90.0% 97.0% 80.0% 100.0% 100.0% 100.0% 90.0% 97.0% 80.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 99.0% 90.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 2.0% 10.0% 1.3% 7.1% 0.0% 0.0% % Vendas Até 31/12/06 Unidades em (4) Estoque Notas: (1) (2) 30 unidades do empreendimento Splendor foram adquiridas pela SPE adminitrada pela CR2 que conduziu o empreendimento durante a fase de lançamento mediante o pagamento de um sinal classificado como custo de terreno. Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi foram organizados pelo mesmo fundo de investimento. O número total de unidades, área privativa e área construída constituem a soma dos dois empreendimentos. A velocidade de vendas compreende a venda das unidades dos dois empreendimentos. (3) O empreendimento Cabritos constitui-se de um loteamento. Desta forma, algumas das estatísticas apresentadas nas tabelas não são aplicáveis. (4) Unidades em estoque incluem unidades que já foram vendidas, porém foram objeto de destrato e retomadas. O estoque referente aos empreendimentos Duo Prime e Locanda Apeninos são inteiramente decorrentes dessa situação (uma unidade objeto de destrato em cada um deles). Custo do Terreno (1) Splendor ....................... Lagoa Best ...................... Solar dos Viscondes......... Gavea Village .................. Pallazzo Laranjeiras e (2) Palazzo Baependi .......... La Traviata ...................... Duo Prime....................... Locanda Apeninos........... Locanda di Helena........... (3) Cabritos ........................ Custo de Construção Despesas Lucratividade Outras de Antes de Despesas Marketing Impostos (% Recebimentos Líquidos) Exposição de Caixa (4) Máxima Taxa Interna de Retorno (% ao ano) Quociente de Risco/ Retorno (Índice IL) 13.1% 15.7% (5) 8.6% 20.8% 29.5% 32.1% 49.1% 42.6% 1.9% 1.5% 2.3% 3.4% 6.1% 11.5% 7.2% 7.1% 49.5% 39.2% 32.8% 26.2% 27.3% 18.4% 17.2% 22.7% 27.3% 57.7% 66.6% 35.7% 1.02 2.13 1.91 1.16 (5) 68.1% 39.6% 50.4% 65.3% 75.2% 0.0% 2.0% 3.2% 9.2% 1.8% 3.6% 0.9% 11.1% 8.1% 5.3% 3.8% 6.6% 11.7% 18.8% 30.6% 18.2% 29.1% 14.6% (5.5)% 15.1% 19.6% 39.4% 23.4% 44.8% 88.5% NA 21.3% 5.3% NA 17.6% NA 1.25 0.96 0.27 1.00 0.33 (0.18) NA 18.5% 16.8% (5) NA (5) NA 92.9% Notas: (1) (2) (3) (4) (5) 30 unidades do empreendimento Splendor foram adquiridas pela SPE adminitrada pela CR2 que conduziu o empreendimento durante a fase de lançamento mediante o pagamento de um sinal classificado como custo de terreno. Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi foram organizados pelo mesmo fundo de investimento. O número total de unidades, área privativa e área construída constituem a soma dos dois empreendimentos. A velocidade de vendas compreende a venda das unidades dos dois empreendimentos. O empreendimento Cabritos constitui-se de um loteamento. Desta forma, algumas das estatísticas apresentadas nas tabelas não são aplicáveis. Não houve contratação de financiamento à construção em nenhum dos projetos acima relacionados (exposição máxima de caixa desalavancada). Terreno adquirido como permuta nas seguintes proporções: Palazzo Laranjeiras, 37.6% das unidades; Palazzo Baependi, 40.1% das unidades; Locanda Apeninos, 33.9% das unidades; Locanda di Helena, 48.4% das unidades. 252 Sumário das Demonstrações de Resultados Anuais, Auditadas, dos Projetos que Compõem a Experiência Passada dos Nossos Administradores Este anexo apresenta as receitas, custos e despesas incorridos nos projetos desenvolvidos por nossos administradores no passado para os períodos compreendidos desde a sua criação até 31 de dezembro de 2006, preparadas de acordo com os Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. As informações aqui contempladas não devem ser lidas e/ou interpretadas como informações financeiras da Companhia, tratando-se, meramente, de informações adicionais acerca de projetos desenvolvidos no passado pelos administradores da Companhia e com o intuito de apresentar uma reconciliação entre os resultados acumulados dos projetos, com os referidos resultados anuais, contidos nas demonstrações financeiras completas preparadas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, auditadas de cada exercício correspondente. As informações mencionadas neste anexo foram obtidas das demonstrações financeiras auditadas de cada um dos respectivos FIIs e SPEs. Os dados a seguir têm caráter meramente ilustrativo e visam prover os potenciais investidores com informações adicionais acerca de projetos desenvolvidos no passado por nossos administradores. Tendo em vista que referidos projetos foram desenvolvidos por intermédio de FIIs e SPEs, a Companhia e o Coordenador Líder esclarecem que em decorrência das diferenças de tratamento contábil e fiscal aplicáveis a cada espécie de veículo legal de investimento, os resultados auferidos em tais projetos poderiam ser materialmente diferentes se tivessem sido efetuados diretamente pela Companhia por meio exclusivamente de SPEs. Ademais, em virtude de tais diferenças de tratamento contábil e fiscal, as informações acerca de tais projetos são apresentadas em tabelas distintas, segregando os projetos desenvolvidos por meio de FIIs daqueles desenvolvidos por meio de SPEs. 253 Demonstração do Resultado CR2 Splendor Participações S/A (Administrado pela CR2 Administradora de Recursos Ltda.) Empreendimento Splendor(1) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos ........................... Impostos incidentes sobre vendas ........... RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA.............. CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes ................................ LUCRO BRUTO OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras........................ Contas a receber imobiliário .............. Despesas Financeiras............................... Despesas Tributárias................................ Despesas com Vendas............................. Outras receitas operacionais.................... Despesas de taxas de administração(2) .................................... Reversão (Despesas) de taxas de (3) performance ...................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO.............................................. Imposto de Renda e Contribuição Social – corrente e diferido................... LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO............. Lucro (prejuízo) por ação – R$ ...................... (1) (2) (3) 199 (25) 4.408 (57) 20 (72) 264 – – – – – – – 4.891 (154) 174 4.351 (52) 264 – – – 4.737 (129) (2.783) (5) (143) – – – (3.060) 45 1.568 (57) 121 – – – 1.677 (81) (116) (119) (83) (37) (38) (47) (521) – 163 – (11) (97) – 1 728 – (64) (123) – 832 18 – (11) 45 16 293 – (44) – – 13 208 – (33) – – 55 84 – (12) – – 55 – – – – – 972 1.494 – (175) (220) 45 – – – – (36) (28) (28) (92) – (26) – 426 – 765 – 182 (42) 73 88 149 (90) (110) (44) 1.459 19 1.994 708 303 73 149 (110) 3.136 (34) (15) (74) 1.920 (223) 485 (131) 172 (65) 8 155 304 (13) (123) (385) 2.751 0,25 (0,10) – – – 397,13 140,87 6,55 As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2000 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. 254 Demonstração do Resultado (Administrado pelo Banco CR2 S.A.) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 - RJZ I Empreendimento Lagoa Best(1) Período de 23 de junho a 31 de dezembro de 2000 2001 2002 Ajuste (4) Competência 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos.... RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes ................................... LUCRO BRUTO ........................... OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas ......... Receitas (Despesas) financeiras provenientes de: ................... Aplicações financeiras ......... Contas a receber imobiliário..... Despesas Financeiras ................ Despesas Tributárias................. Despesas com Vendas .............. Outras receitas operacionais..... Despesas de taxas de administração(2) ..................... Despesas de taxas de (3) performance ....................... – – 1.348 2.096 7.810 – – – 11.254 – – 1.348 2.096 7.810 – – – 11.254 – – (800) (1.110) (3.742) – – – (5.652) – – 548 986 4.068 – – – 5.602 (225) (164) (532) (188) – (38) (28) (25) (1.200) – 32 – – (22) (221) – – 89 – – (24) (9) 38 – 98 – – (104) (33) 41 – 33 4 – (36) – 26 – – – – – – – – 24 303 – (36) – 1 – 73 (21) – (24) – – – 22 – (6) (4) – – – 371 286 (6) (250) (263) 106 (36) (90) (107) (46) – (20) (12) – (311) (353) – (18) – (371) (353) 234 (30) (13) (1.638) 3.964 – (472) – (160) – (637) – (207) LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO .............................. (472) (160) (89) 779 3.715 234 (30) (13) Lucro (prejuízo) por quota – R$...... (2.815,19) (63,49) (30,90) 270,49 – 81,25 (10.42) (4,51) (1) (2) (3) (4) As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2000 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. As demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos até 31 de dezembro de 2003, inclusive, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis previstas na Instrução n.º 206 da CVM, que determinava o reconhecimento dos resultados correspondentes às transações de vendas de empreendimentos imobiliários por ocasião da efetiva transferência da propriedade do imóvel. Durante o exercício de 2004, os Fundos passaram a reconhecer esses resultados com base no progresso financeiro da obra, conforme estabelecido pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e o Ofício Circular CVM n.º 735/99. Dessa forma, o Fundo apurou e registrou ajuste de exercícios anteriores por mudança de prática contábil contabilizado diretamente ao Patrimônio Líquido dos Fundos e aqui contemplado na coluna “Ajuste Competência”. 255 Demonstração do Resultado (Administrado pelo Banco CR2 S.A.) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 - RJZ III Empreendimento Gávea Village(1) Período de 25 de abril a 31 de dezembro de 2001 RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis.................................. 2002 2003 Ajuste (4) Competência 2004 (em milhares de R$) 2005 2006 Total – – 1.347 9.826 1.150 – – 12.323 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA.. CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis.................................. – – 1.347 9.826 1.150 – – 12.323 – – (925) (6.164) (920) – – (8.009) LUCRO BRUTO ................................ OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas............... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras ............... Contas a receber imobiliário.......... Despesas Financeiras ..................... Despesas Tributárias ...................... Despesas com Vendas ................... Outras receitas operacionais .......... Despesas de taxas de administração(2) .. (3) Despesas de taxas de performance .... Reversão (despesas) com cessão do contas a receber imobiliário........ – – 422 3.662 230 – – 4.314 (319) (258) (218) – (64) (67) (24) (950) 90 – – (100) (126) – (315) – 271 – – (69) (14) – (131) – 272 – (5) (149) – 49 (132) – – – – – – – – – 85 607 (18) (55) 99 151 12 10 – (32) – – (1) (2) 829 768 (23) (455) (140) 103 (660) (95) (162) LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO Lucro (Prejuízo) por quota – R$ ......... (1) (2) (3) (4) 54 (68) (207) (50) – – (13) 114 – – – – – (162) – (770) (201) (183) – 334 72 (37) (770) (201) 239 3.662 564 72 (37) (23,91) (5,32) 5,69 13,43 1,71 (0,88) (785) 3.529 As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2001 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. As demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos até 31 de dezembro de 2003, inclusive, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis previstas na Instrução n.º 206 da CVM, que determinava o reconhecimento dos resultados correspondentes às transações de vendas de empreendimentos imobiliários por ocasião da efetiva transferência da propriedade do imóvel. Durante o exercício de 2004, os Fundos passaram a reconhecer esses resultados com base no progresso financeiro da obra, conforme estabelecido pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e o Ofício Circular CVM n.º 735/99. Dessa forma, o Fundo apurou e registrou ajuste de exercícios anteriores por mudança de prática contábil contabilizado diretamente ao Patrimônio Líquido dos Fundos e aqui contemplado na coluna “Ajuste Competência”. 256 Demonstração do Resultado (Administrado pelo Banco CR2 S.A.) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 - RJZ II Empreendimento Solar dos Viscondes(1) Período de 05 de junho a 31 de dezembro de 2001 2002 2003 Ajuste (4) Competência 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis ...................................... RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA...... CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis ..................................... LUCRO BRUTO .................................... OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas................... Receitas financeiras provenientes de:..... Aplicações financeiras .................. Contas a receber imobiliário......... Despesas Tributárias .......................... Despesas com Vendas ....................... Outras receitas operacionais .............. Despesas de taxas de administração(2) .... (3) Despesas de taxas de performance ...... Despesas com cessão do contas a receber imobiliário ....................... LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO .... Lucro (prejuízo) por quota – R$ ............. (1) (2) (3) (4) – – 5.040 11.410 – – – 16.450 – – 5.040 11.410 – – – 16.450 – – (3.314) (6.508) – – – (9.822) – – 1.726 4.903 – – – 6.629 (594) – 152 – (69) (150) 53 (182) – (109) – 78 – (78) – 51 (190) – (131) 174 – (114) – 133 (109) – – – – – – – – – (598) (36) – 44 803 (59) – 2 (49) (117) (84) – 143 139 (66) – – (24) (29) (25) – 45 20 (16) – – – – (979) – 636 962 (402) (150) 239 (554) (744) – (790) (790) – (248) (248) – (47) 1.679 – (598) 4.305 – 588 588 (253) (174) (174) – 24 24 (255) (1.245) 5.384 6,46 43,72 – 15,31 (4,53) 0,63 35,27 As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2001 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. As demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos até 31 de dezembro de 2003, inclusive, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis previstas na Instrução n.º 206 da CVM, que determinava o reconhecimento dos resultados correspondentes às transações de vendas de empreendimentos imobiliários por ocasião da efetiva transferência da propriedade do imóvel. Durante o exercício de 2004, os Fundos passaram a reconhecer esses resultados com base no progresso financeiro da obra, conforme estabelecido pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e o Ofício Circular CVM n.º 735/99. Dessa forma, o Fundo apurou e registrou ajuste de exercícios anteriores por mudança de prática contábil contabilizado diretamente ao Patrimônio Líquido dos Fundos e aqui contemplado na coluna “Ajuste Competência”. 257 Demonstração do Resultado (Administrado pelo Banco CR2 S.A.) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 – Laranjeiras Empreendimento Palazzo Laranjeiras e Palazzo Baependi(1) Período de 11 de março de 2002 a 31 de dezembro de 2002 Ajuste (4) Competência 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis ....................................... – – 8.385 5.410 1.226 1.380 16.401 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ....... CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis ...................................... – – 8.385 5.410 1.226 1.380 16.401 – – (5.068) (5.841) (1.129) (1.231) (13.269) LUCRO BRUTO ...................................... OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas .................... Receitas (Despesas) financeiras provenientes de: Aplicações financeiras.................... Contas a receber imobiliário .......... Despesas Financeiras........................... Despesas Tributárias ........................... Despesas com Vendas......................... Outras receitas operacionais ............... Despesas de taxas de administração(2) ........ (3) Despesas de taxas de performance .......... Distratos ............................................. Reversão (despesas) com cessão do contas a receber imobiliário ............. – – 3.317 (431) 97 149 3.132 (284) (307) – (306) (471) (130) (1.498) 125 – – (39) (45) – (102) – – 343 – – (138) – – (145) – – – – – – – – – – – 106 2.220 – (123) – 91 (164) (522) – 173 413 – (94) – 146 (119) 403 256 95 (97) – (22) – (605) 58 842 2.536 – (416) (45) 237 (530) (724) 314 – (345) – (247) – – – 1.302 (233) 474 – (701) (233) 716 (345) (247) 3.317 3.615 (51,04) (13,97) LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO ...... Lucro (Prejuízo) por quota – R$ ............... (1) (2) (3) (4) 871 571 (552) 19,48 12,77 (12,34) As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2002 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de servi–ços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. As demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos até 31 de dezembro de 2003, inclusive, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis previstas na Instrução n.º 206 da CVM, que determinava o reconhecimento dos resultados correspondentes às transações de vendas de empreendimentos imobiliários por ocasião da efetiva transferência da propriedade do imóvel. Durante o exercício de 2004, os Fundos passaram a reconhecer esses resultados com base no progresso financeiro da obra, conforme estabelecido pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e o Ofício Circular CVM n.º 735/99. Dessa forma, o Fundo apurou e registrou ajuste de exercícios anteriores por mudança de prática contábil contabilizado diretamente ao Patrimônio Líquido dos Fundos e aqui contemplado na coluna “Ajuste Competência”. 258 Demonstração do Resultado CR2 Participações S/A (Administrado pela CR2 Administradora de Recursos Ltda.) Empreendimento Porto dos Cabritos(1) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos .............................. Impostos incidentes sobre vendas .......... RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA........... CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes.................................... LUCRO BRUTO ......................................... OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas....................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras ....................... Contas a receber imobiliário.............. Despesas Tributárias .............................. Despesas com Vendas ........................... Outras receitas operacionais .................. – – – – 589 (28) 1.972 (71) 549 (27) 510 (24) – – 3.620 (150) – – 561 1.901 522 486 – 3.470 – – (631) (2.142) (381) (436) – (3.590) – – (70) (241) 141 50 – (120) (1) (39) (161) (130) (57) (12) (7) (407) – – – – – – 24 – (6) – – – 166 – (33) (9) – – 134 33 (34) – – – 68 34 (17) – – – 52 20 (3) – – (28) 38 – (12) – – (6) 482 87 (105) (9) – (34) (1) (21) (37) 3 28 29 13 14 (1) (21) (107) (238) 169 79 13 (106) LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO.......... – (1) (6) (27) (53) (160) (90) (328) (36) 133 (27) 52 (22) 9 (234) (340) Lucro (prejuízo) por ação – R$ .................... – (0,02) (0,05) (0,19) 0.12 0,05 Despesas de taxas de administração(2) .... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO ....................................... Imposto de renda e contribuição social – corrente ................................. (1) (2) (0,02) As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2001 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. 259 Demonstração do Resultado CR2 Investimentos S/A (Administrado pela CR2 Administradora de Recursos Ltda.) Empreendimento La Traviata(1) Período de 20 de agosto a 31 de dezembro de 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos......................... Impostos incidentes sobre vendas ......... RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA .......... CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes .............................. LUCRO BRUTO......................................... OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas...................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras...................... Contas a receber imobiliário ............ Despesas Financeiras ............................ Despesas Tributárias ............................. Despesas com Vendas .......................... Outras receitas operacionais ................. Despesas de taxas de administração(2) ... Reversão (despesas) de taxas (3) de performance ............................... – – 57 (62) 4.712 (189) 4.200 (153) 2.785 (66) 2.199 (130) 13.953 (600) – (5) 4.523 4.047 2.719 2.069 13.353 – (17) (3.480) (3.013) (2.190) (1.859) (10.559) – (22) 1.043 1.034 529 210 2.794 (1) (120) (540) (342) (797) (223) (2.023) – – – – – – – 397 8 (30) (50) (4) 17 (19) 418 1.155 – (60) – 49 – 628 587 – (198) – 166 – 396 398 – (61) – 3 (133) 109 336 – (12) – 163 (85) 1.948 2.484 (30) (381) (4) 398 (237) – – – (156) 204 – 48 (1) 199 1.022 685 10 288 2.203 (1) 177 2.065 1.719 539 498 4.997 LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO ......... – (1) (165) 12 (382) 1.683 (579) 1.140 (298) 241 (134) 364 (1.558) 3.439 Lucro (prejuízo) por ação – R$ ................... (0,19) 2.31 323.47 0,28 0,07 0,10 RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO ...................................... Imposto de Renda e Contribuição Social – corrente e diferido ................ (1) (2) (3) As demonstrações financeiras referentes aos anos de 2001 a 2003 foram auditadas pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. A taxa de performance é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – equivalente a 20% sobre o excedente do montante distribuído aos acionistas, antes da dedução dos valores devidos de imposto de renda, contribuição social e dos próprios honorários de performance, e o capital investido pelos acionistas, ambos atualizados pela variação do IGP-M e acrescidos de juros de 6% ao ano. 260 Demonstração do Resultado CR2 Empreendimentos SPE 4 S/A (Administrado pela CR2 Administradora de Recursos Ltda.) Empreendimento Duo Prime(1) 2003 2004 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos ............................. 280 (10) 2.159 (79) 13.082 (541) 3.162 (133) 18.683 (763) 270 2.080 12.541 3.029 17.920 (130) (1.747) (10.191) (4.634) (16.702) 140 333 2.350 (1.605) 1.218 (624) (280) (163) (250) (1.317) 196 – (167) (136) – – 73 149 (172) (374) 6 – 345 1.400 (130) (1.164) (5) (189) 98 1.508 (234) (330) 192 (320) 712 3.057 (703) (2.004) 193 (509) (731) (598) 94 664 (571) (591) (265) 2.444 (941) 647 LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO ............. (63) 654 (112) (377) (599) 1.845 (205) (1.146) Lucro (prejuízo) por ação – R$........................ (49,17) (0,04) 0,21 Impostos incidentes sobre vendas.............. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA .............. CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes................................... LUCRO BRUTO ............................................. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas .......................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras ........................... Contas a receber imobiliário.................. Despesas Tributárias.................................. Despesas com Vendas ............................... Outras receitas operacionais...................... Despesas de taxas de administração(2) ........ RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO........................................... Imposto de renda e contribuição social – corrente e diferidos.................... (1) (2) (0,11) (979) (332) – A demonstração financeira referente ao ano de 2003 foi auditada pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes. Tais demonstrações financeiras e o respectivo parecer dos auditores independentes estão disponíveis por meio dos sites www.cr2.com.br/demonstraçõesfinanceiras e www.cvm.gov.br. A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. 261 Demonstração do Resultado CR2 Empreendimentos SPE 5 S.A. (Administrado pela CR2 Administradora de Recursos Ltda.) Empreendimento Locanda Apeninos 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis e terrenos ....................................... 333 (64) 4.231 (102) 4.564 (166) 269 4.129 4.398 (261) (3.088) (3.349) 8 1.041 1.049 (73) (136) (209) 93 3 (49) (8) (45) 80 26 (49) (84) (98) 173 29 (98) (92) (143) (79) (261) (340) (71) 780 709 LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO ....................... (31) (102) (126) 654 (157) 552 Lucro (prejuízo) por ação – R$.................................. (0,23) 1,49 Impostos incidentes sobre vendas........................ RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA......................... CUSTOS OPERACIONAIS Custo de incorporação e vendas de imóveis e lotes ................................................. LUCRO BRUTO OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas .................................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras ..................................... Contas a receber imobiliário ........................... Despesas Tributárias............................................ Despesas com Vendas ......................................... (1) Despesas de taxas de administração .................. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCRO..................................................... Imposto de renda e contribuição social – corrente e diferidos.............................. (1) – A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. 262 Demonstração do Resultado (Administrado pelo Banco CR2 S.A.) Fundo de Investimento Imobiliário CR2 - Jardim Botânico Empreendimento Locanda di Helena Período de 31 de agosto de 2005 a 31 de dezembro de 2005 2006 Total (em milhares de R$) RECEITAS OPERACIONAIS BRUTAS Receitas de incorporação e vendas de imóveis .......... 47 3.448 3.495 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA .................................. CUSTOS OPERACIONAIS 47 3.448 3.495 Custo de incorporação e vendas de imóveis .............. (40) (2.718) (2.758) LUCRO BRUTO .............................................................. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas Administrativas .......................................... Receitas financeiras provenientes de: Aplicações financeiras........................................... Contas a receber imobiliário.................................. Despesas Tributárias.................................................. 7 730 737 (229) (212) (441) (1) Despesas de taxas de administração ........................ 246 1 (55) (30) 153 476 (33) (82) 399 477 (88) (112) LUCRO (PREJUÌZO) DO EXERCÍCIO................................. (67) (60) 302 1.032 235 972 Lucro (Prejuízo) por quota – R$ ..................................... (1,71) 29,48 (1) A taxa de administração é parte dos honorários devidos ao administrador – CR2 Administradora de Recursos Ltda. – pela prestação de serviços de administração e gestão. O total devido é computado à razão de 2% ao ano sobre o capital social da SPE. 263 264 265 266 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 267 4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS • Demonstrações Financeiras Relativas aos Exercícios Encerrados em 31 de dezembro de 2006 e Parecer dos Auditores Independentes .........................................................................................269 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288