NOTA DE IMPRENSA INVESTIGAÇÃO ESTUDA BARREIRAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE QUE AFETAM OS IMIGRANTES A INVESTIGAÇÃO VAI PERMITIR PERCEBER A DIMENSÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE QUE OS IMIGRANTES ENFRENTAM E DESENVOLVER FORMAS DE OS RESOLVER O estudo aMASE - aumentar o Acesso dos Migrantes aos Serviços de Saúde na Europa (advancing Migrant Access to Health Services in Europe) – é um novo projeto de investigação Europeu que pretende identificar e chamar a atenção para os problemas enfrentados pelas pessoas que vivem fora do seu país de origem, no acesso aos serviços de saúde na Europa. Procura compreender essa realidade observando-a desde os hospitais, mas também com o olhar a partir da comunidade. É liderado por investigadores do University College London e do Instituto de Salud Carlos III de Madrid e, em Portugal, é coordenado por Henrique Barros, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). O projeto é financiado pela União Europeia e, em Portugal, na vertente comunitária, conta com a colaboração do GAT, Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos VIH/SIDA, e da SER+, Associação Portuguesa para Prevenção e Desafio à SIDA. Devido às suas características sociais e económicas, os imigrantes estão muitas vezes em desvantagem comparativamente com população autóctone no acesso aos serviços sociais disponíveis nos seus países de acolhimento, incluindo os de saúde. De acordo com os especialistas, algumas barreiras ao acesso aos cuidados de saúde têm um efeito dissuasor que faz com que a população imigrante seja a que tem mais probabilidade de não procurar tratamento no momento certo, agravando assim os seus problemas de saúde. Além disso, os responsáveis pelo projeto têm alertado para a necessidade de tornar o sistema de saúde acessível e adaptado às pessoas que vivem fora do seu país de origem. Uma medida que vai fortalecer o recurso atempado aos cuidados de saúde, contribuindo para a redução da transmissão de doenças e dos encargos associadas aos tratamentos hospitalares. Os dados conseguidos pelo aMASE vão ajudar os investigadores a perceber a dimensão de certos problemas de saúde que as pessoas que vivem fora do seu país de origem enfrentam e a desenvolver formas de os 1/3 resolver. Desta forma, a investigação permitirá identificar grupos mais vulneráveis e as barreiras que impedem as pessoas de acederem aos serviços de saúde antes de ficarem seriamente doentes. Os investigadores convidam qualquer pessoa com 18 ou mais anos de idade, que esteja a viver fora do seu país de origem a participar num questionário anónimo, através da internet. Os resultados deste questionário vão ajudar a Comissão Europeia a adequar os sistemas de saúde europeus. Todos os interessados em participar neste estudo podem ter acesso ao questionário, disponível em 14 idiomas, em www.amase.eu. Porto, 4 de agosto de 2014 NOTAS PARA O EDITOR: ISPUP - O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2006, para dar resposta à necessidade de desenvolver a Saúde Pública, a nível nacional e internacional. O Instituto dedica-se quer à investigação científica, quer à formação pós-graduada, abrangendo diversos campos complementares como a Epidemiologia, Bioestatística, Ciências Ambientais, Ciências Nutrição, Ciências do Comportamento, Ciências Sociais e Medicina Preventiva. O ISPUP tem como associados iniciais a Reitoria da U. Porto, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). aMASE - aumentar o Acesso dos Migrantes aos serviços de Saúde na Europa é um projeto financiado pela Comissão Europeia. Faz parte da EuroCoord, uma rede europeia de excelência que integra várias das maiores coortes e grupos de trabalho que estudam a problemática do VIH na Europa. Um desses grupos de trabalho está focado na saúde dos migrantes; o projeto aMASE nasce deste grupo de trabalho e tem duas vertentes: hospitalar e comunitária. O estudo comunitário consiste num questionário disponível online, focado nas barreiras das comunidades migrantes ao acesso aos serviços de saúde. Está aberto a todos os imigrantes, quer vivam com o VIH ou não. A informação proveniente deste estudo será usada para que se consiga um melhor planeamento e maior adequação dos serviços de saúde para TODAS as pessoas que vivem na Europa, independentemente de onde venham. Para além do questionário comunitário existe um questionário hospitalar dirigido para as pessoas que já sabem que vivem com o VIH. Pretende-se recrutar cerca de 4000 imigrantes com diagnóstico da infeção há 5 ou menos anos. Participam em toda a Europa cerca de 51 hospitais em 9 países. EuroCoord - é uma rede de excelência constituída por várias das maiores coorte e colaborações acerca da problemática do VIH na Europa - CASCADE, COHERE, EuroSIDA, and PENTA. Esta rede alargada e integrada explora as mais-valias científicas de cada colaboração para assegurar que a melhor e mais competitiva investigação é levada a cabo. A maior vantagem desta forma de trabalho em colaboração é a formação de uma base de dados virtual comum, que atualmente permite o acesso a dados de mais de 270 000 pessoas que vivem com o VIH provenientes de vários lugares da Europa e de fora da Europa. A EuroCoord integra 24 2/3 parceiros escolhidos de 16 países de forma a assegurar representatividade por toda a Europa. As tarefas do EuroCoord estão organizadas em 15 grupos de trabalho diferentes, interrelacionados e unificados através de um grupo de trabalho de supervisão científica. Esta rede está financiada por um período de 5 anos a partir de 2011 como parte do 7º Programa-quadro da Comissão Europeia. Para mais informações, visite www.eurocoord.net. PARA MAIS INFORMAÇÕES: Diana Sousa| Tlm. 912 868 090 | e-mail: comunicaçã[email protected] Comunicação e Imagem ISPUP | Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto 3/3