ÍNDICE 02 | 03 04 06 08 10 12 14 24 26 28 32 33 36 37 39 41 41 42 46 48 54 56 57 59 61 62 64 88 90 92 Introdução Mensagem do Presidente Órgãos Sociais Organigrama da SATA Internacional, SA O Grupo SATA em 2006 Enquadramento Macroeconómico Comportamento do Sector Perspectivas para 2007 Factos Marcantes Desempenho de 2006 Actividade Operacional Actividade Comercial Assistência a Aeronaves Actividade de Manutenção Operações de Voo Qualidade e Segurança Recursos Humanos Sistemas de Informação Desempenho Económico-Financeiro Proposta de Aplicação de Resultados Demonstrações Financeiras Balanço Demonstração de Resultados por Natureza Demonstração de Resultados por Funções Demonstrações de Fluxos de Caixa Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2006 Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Relatório de Auditoria INTRODUÇÃO 04 | 05 INTRODUÇÃO SATA Internacional Graças ao profissionalismo impresso a cada descolagem, a SATA Internacional foi mantendo assídua a sua presença nos mais variados aeroportos internacionais. Hoje mantém uma operação aérea regular para destinos como Lisboa, Porto, Funchal, Frankfurt, Zurique, Londres, Madrid, Amesterdão, Boston e Toronto. Desenvolve ainda, e desde sempre, uma considerável actividade charter. República Dominicana, Cuba, Tenerife, Las Palmas, Lyon, Dublin, Exeter e Paris foram alguns dos destinos tocados pela transportadora no ano 2006. MENSAGEM DO PRESIDENTE 06 | 07 MENSAGEM DO PRESIDENTE Durante o ano de 2006, em contra ciclo com o ambiente de crise económica que teima em persistir no sector da aviação, as empresas do Grupo SATA orgulham-se de apresentar aqui um resultado consolidado na ordem dos 4,9 milhões de euros. Não obstante o estado de arrefecimento generalizado da economia europeia de que, aliás, a aviação comercial constituiu um dos seus melhores barómetros, foi possível manter o plano de expansão desenhado e consolidar as apostas feitas em anos anteriores. Este resultado, embora modesto, foi positivo, reflexo do esforço colectivo de uma equipa pluridisciplinar que se manteve focada na estratégia de expansão arquitectada nos últimos anos e foi sendo capaz de encontrar soluções quase sempre adequadas aos desafios permanentes que o sector nos impôs. Melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente foi um dos objectivos de 2005 e que, como não podia deixar de ser, se manteve sempre presente ao longo do ano de 2006. Cientes da necessidade de acompanhar a permanente evolução do sector, continuámos a apostar na formação dos nossos recursos humanos e investimos na aquisição e renovação de plataformas tecnológicas que permanentemente suportam a nossa actividade. A procura de fórmulas que possam vir a contribuir para uma melhor racionalização de recursos tem sido constante e sempre acompanhada de uma gradual, mas significativa, redução de custos da actividade. Embora a actividade das empresas do Grupo SATA se mantenha condicionada à reduzida dimensão do seu mercado tradicional, com uma forte componente social nas rotas de serviço público, as apostas feitas no passado, e os resultados daí resultantes, permitem-nos hoje concluir que haverá, nos próximos anos, lugar à descoberta de novos nichos de mercado e, a par com a abertura de novas rotas, a necessidade de persistir num esforço de consolidação permanente. Não obstante a adversidade do sector, encararemos estes desafios com a postura que tem caracterizado a nossa actuação ao longo dos anos, ou seja, com alguma cautela, mas com arrojo e confiança. ÓRGÃOS SOCIAIS 08 | 09 ÓRGÃOS SOCIAIS Assembleia-Geral Presidente: Dra. Ana Maria Soares de Albergaria Pacheco Gouveia Secretários: Dra. Mónica Silvia dos Anjos Vaz de Medeiros Fernandes Dra. Maria Alexandra Celorico Pacheco Vieira Conselho de Administração Presidente: Eng. Manuel António Carvalho Cansado Vogais: Dr. António Maurício do Couto Tavares de Sousa Sr. José Adriano Pires Ávila Fiscal Único: Dr. Manuel Herberto Medeiros Quaresma (ROC Efectivo nº 675) ORGANIGRAMA DA SATA INTERNACIONAL, SA 10 | 11 ORGANIGRAMA DA SATA INTERNACIONAL, SA Conselho de Administração Secretaria Geral Gabinete Controlo Gestão e SI Gabinete de Comunicação e Imagem Gabinete de Recursos Humanos Gabinete de Qualidade Gabinete Jurídico Gabinete Segurança Gabinete de Prevenção de Acidentes Gabinete de Finanças Direcção Geral Comercial Direcção de Continuidade de Aeronavegabilidade Direcção Geral de Operações Direcção de Operações de Voo Direcção de Operações Terrestres O GRUPO SATA EM 2006 12 | 13 O GRUPO SATA EM 2006 Objecto Social: 1 - Gestão integrada, sob a forma empresarial, da certeira de participações da RAA no sector do transporte aéreo e, através das empresas participadas a exploração do transporte de passageiros e carga, manutenção, assistência a aeronaves, prestação de serviços de apoio comerciais, financeiros e administrativos e ainda gestão de infra-estruturas aeroportuárias. Accionista: 100% Região Autónoma dos Açores Objecto Social: 1 - Transporte aéreo de passageiros, carga e correio no interior da Região Autónoma dos Açores; 2 - Exploração da actividade de manutenção e assistência a aeronaves; 3 - Prestação de serviços de apoio: comerciais, financeiros e administrativos. Accionista: 100% Região Autónoma dos Açores Objecto Social: 1 - Transporte aéreo de passageiros, carga e correio entre a Região Autónoma dos Açores e o exterior; 2 - Exploração da actividade de manutenção e assistência a aeronaves; 3 - Prestação de serviços de apoio: comerciais, financeiros e administrativos. Accionista: 100% SATA Air Açores Objecto Social: 1 - Operador turístico criado com o objectivo de comercialização de voos entre os Açores e o Canadá. Accionista: 100% SATA Air Açores Objecto Social: 1 - Operador turístico criado com o objectivo de comercialização de voos entre os Açores e os EUA. Accionista: 100% SATA Air Açores Objecto Social: 1 - Exploração em regime de concessão, do direito de promover e executar o planeamento e a exploração do serviço público de apoio à aviação nos aeródromos do Corvo, Graciosa, Pico e São Jorge e a Aerogare das Flores. Accionista: 100% SATA Air Açores ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 14 | 15 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO a. Conjuntura Internacional O ano de 2006 ficou marcado por uma aceleração do crescimento económico mundial, marcado igualmente por um maior sincronismo entre os diferentes blocos económicos. Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional, a economia mundial terá registado um crescimento de 5,1% face a 4,9% em 2005, com a economia americana a assistir a uma desaceleração do crescimento para níveis próximos do seu ritmo potencial, enquanto que a Europa e a Ásia atingiram um crescimento económico mais forte do que o esperado inicialmente. O ano de 2006 assinalou também o fim do período de deflação no Japão, com o Banco Central a anunciar o fim da política de taxa de juro zero, a manutenção de um crescimento robusto na América Latina, num ano em que se realizaram eleições no Brasil e no México, a depreciação do dólar face às principais divisas internacionais, no contexto de um menor diferencial de taxas de juro entre os EUA e os restantes blocos mundiais e de menor atractividade dos activos denominados em dólares e a entrada em funções de Ben Bernanke como Presidente da Reserva Federal Americana (FED). Estima-se que a economia americana tenha registado um crescimento de 3,4% em 2006, ligeiramente acima da taxa de 3,2% registada em 2005. Depois de um primeiro trimestre marcado por um crescimento económico robusto (5,6% em termos anuais) impulsionado pelo desempenho da indústria transformadora e por uma tendência de aceleração da inflação subjacente em resposta ao sobreaquecimento do mercado de trabalho, a partir do 2º trimestre, a economia começou a evidenciar sinais de abrandamento. O ritmo de crescimento desacelerou para cerca de 2,6%, reflexo do arrefecimento do mercado imobiliário, da subida de taxas de juro e de preços do petróleo e de outras matérias-primas mais elevados. Em Agosto, com o preço do petróleo a ultrapassar o patamar de $75 por barril, a FED decidiu manter a taxa directora em 5,25%, interrompendo um ciclo de subida que acumulava 425 pontos base desde Junho 2004, sinalizando que as taxas de juro se encontrariam a um nível considerado neutral. No 3º trimestre, a correcção do mercado imobiliário tornou-se evidente, perante a desaceleração das vendas de casas usadas, o aumento do nível de inventários e a queda abrupta do índice de confiança dos construtores imobiliários. Num contexto de maior incerteza económica, assistiu-se à realocação do investimento em activos de risco (acções, crédito e dívida de mercados emergentes) em favor de dívida pública (sem risco de crédito associado), com a yield da dívida pública a 10 anos a transaccionar abaixo de 5,0%. No último trimestre, perante a desaceleração da actividade industrial, a robustez do mercado de trabalho revelou-se determinante para a manutenção da confiança dos consumidores. A taxa de desemprego atingiu o nível mínimo do actual ciclo económico (4,4% em Outubro), os rendimentos salariais registaram um crescimento anual de 3,6% o que, aliado à queda do preço dos combustíveis, sustentou o rendimento disponível das famílias. No que respeita ao comportamento dos preços, estima-se que a taxa de inflação corrente tenha aumentado 3,6% em 2006 face a 3,4% em 2005, resultado essencialmente da subida do preço do petróleo (17%, em termos anuais). A taxa subjacente, que exclui o efeito do preço dos bens alimentares e energéticos, permaneceu acima do nível considerado confortável pela Reserva Federal e sempre acima de 2,5% ao longo dos últimos sete meses do ano. Na Europa, o ano de 2006 ficou marcado por uma recuperação económica largamente superior ao inicialmente esperado, o que levou os principais organismos internacionais a rever sucessivamente em alta as suas previsões de crescimento e inflação. Depois de um início de ano vigoroso, a economia da Zona Euro registou, no 2º trimestre, o maior crescimento dos últimos seis anos (0,9% face ao trimestre anterior e 2,4% em termos homólogos), ultrapassando o registado nos EUA e na OCDE. No 2º semestre, a generalidade dos indicadores reforçou a convicção de que a recuperação económica assumia uma configuração cada vez mais estrutural e não meramente conjuntural. Estima-se que a Zona Euro tenha crescido 2,4% em 2006 (face a 1,3% em 2005), assente na recuperação da procura doméstica (crescimento anual de 2,0%), e a taxa de inflação tenha subido de 2,2% para 2,3%. Perante os progressos no mercado de trabalho, a liquidez acumulada pelo sector empresarial, o forte crescimento da massa monetária e de crédito e com a taxa de inflação acima do objectivo de 2,0%, o BCE prosseguiu a política de normalização monetária, elevando a taxa directora em 125 pontos base (pb) para 3,5%. 16 | 17 CRESCIMENTO DO PIB Taxa de variação real 2006E Japão 2005 EUA 2004 EU 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 % Estima-se que o Japão tenha apresentado em 2006 um ritmo de crescimento de 2,7%, em linha com o registado em 2005, baseado no maior dinamismo da procura interna (+0,2 pontos percentuais para 2,5%) e estimulado pela procura externa, em particular, pela China. Os progressos estruturais no tecido empresarial, com destaque para as reformas desenvolvidas no sector financeiro, e a resolução do problema do crédito mal parado possibilitaram um crescimento mais sustentado. Neste contexto, a economia japonesa conseguiu finalmente dissociar-se do processo de deflação, com a taxa de inflação homóloga a registar uma variação positiva de 0,3%. Perante a subida generalizada dos indicadores de confiança empresarial e com o crescimento do emprego (a taxa de desemprego diminuiu de 4,4% para 4,1%) a conferir suporte à expansão do consumo privado, o Banco do Japão abandonou, em Julho de 2006, a política de taxa de juro zero, em vigor desde 2001, elevando a taxa directora para 0,25%. As principais economias asiáticas terão registado um crescimento acima do patamar de 8,0% - 8,3%, ligeiramente abaixo da taxa de 8,5% observada em 2005, em resultado do forte dinamismo da China (10,0%) e da Índia (8,3%), cujas respectivas procuras internas têm por sua vez ajudado a incrementar significativamente o volume de trocas comerciais a nível global. Estima-se que a América Latina tenha registado uma aceleração do crescimento de 4,3% em 2005 para 4,8% em 2006, com a taxa de inflação a diminuir de 6,3% para 5,6%, no mesmo período. A procura doméstica foi o grande motor de crescimento do bloco latino-americano, enquanto que o crescimento da economia americana e o estímulo da procura externa da China, assim como o comportamento favorável dos preços das matérias-primas, beneficiaram o sector exportador. O Brasil terá apresentado uma aceleração do ritmo de crescimento, acompanhada da redução da inflação e da diminuição da taxa de desemprego. Estima-se que o PIB tenha crescido 3,6% face a 2,3% no ano anterior, com a inflação homóloga a diminuir 2,4 pontos percentuais para 4,5%. Merece igualmente referência o facto de o Brasil ter atingido o objectivo de manter o saldo primário em 4,25% do PIB. O Banco Central prosseguiu a política de redução de taxas, iniciada em Setembro de 2005, com cortes de 475 pb, colocando a taxa Selic em 13,25% no final do ano. A melhoria das contas públicas e da balança externa, aliada à maior estabilidade política, conduziram à apreciação do Real face ao Dólar (cerca de 8,5% no ano, para 2,13 Reais/Dólar) e ao estreitamento do spread do principal referencial de risco Brasil (o índice EMBI+) para um nível historicamente baixo: 169 pb, face a 245 pb no final de 2005. b. Conjuntura Nacional O ano de 2006 assinala o início da recuperação da economia portuguesa. Segundo estimativas do Banco de Portugal, a economia terá registado uma aceleração no seu ritmo de crescimento, com o PIB a crescer a 1,2% face a 0,4% no ano transacto, assente essencialmente no dinamismo das exportações, impulsionadas por um forte crescimento dos mercados externos. 18 | 19 CRESCIMENTO DO PIB Taxa de variação real 2006E 2005 2004 Portugal 2003 2002 EU 2001 2000 1999 -2,0 -1,5 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 % Uma análise mais atenta às principais componentes do PIB revela que o consumo privado terá desacelerado de 1,7% em 2005 para 1,2% em 2006, afectado essencialmente pela subida gradual das taxas de juro, pela alta dos preços do petróleo e pela contenção salarial. Também o investimento registou um desempenho negativo, estimando-se que tenha caído cerca de 3,1% durante o ano. Inversamente, estima-se que a procura externa líquida tenha tido um contributo positivo para o crescimento nesse período (+1,1 pontos percentuais face a -0,3 pontos percentuais, em 2005), compensando o abrandamento da procura interna. As exportações deverão ter crescido 9,3%, um dos ritmos mais elevados da última década, só superado pelo crescimento de 11,7% observado em 2000. Em termos de finanças públicas, a necessidade de cumprir os objectivos de consolidação orçamental penalizou a evolução dos gastos do Estado, que terão diminuído cerca de 1,1% em termos reais. Importa ainda sublinhar que o início da recuperação económica verificada em 2006 foi acompanhada por uma efectiva consolidação orçamental, com o défice a diminuir de 6,0% para 4,6%. CONFIANÇA DOS CONSUMIDORES Índice 0 120 -5 100 -10 -15 80 -20 60 -25 -30 40 -35 20 -40 -45 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006E Portugal EU No que diz respeito à inflação, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) deverá ter registado um crescimento de 3,1% face a 2,1% em 2005. Este aumento de cerca de um ponto percentual terá sido determinado não apenas pela aceleração significativa dos preços de importação de bens não energéticos, como terá ainda reflectido o impacto dos aumentos do Imposto sobre o Tabaco e os efeitos desfasados associados ao aumento da taxa normal do Imposto sobre o Valor Acrescentado, introduzido em Julho de 2005. 20 | 21 INFLAÇÃO Índice de Preços Harmonizado % 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006E Portugal EU O forte crescimento da procura externa teve por vantagem adicional mitigar o desequilíbrio das contas externas portuguesas. No que diz respeito às necessidades de financiamento da economia portuguesa, medidas pelo saldo conjunto da Balança de Transacções Correntes e da Balança de Capital, estas deverão ter-se reduzido para -7,6% do PIB face a -8,1% em 2005. c. Conjuntura Regional A actividade económica regional continuou a revelar, ao longo de 2006, uma evolução favorável. Essa evolução é reflectida, por exemplo, no aumento da população empregada e no maior consumo de energia eléctrica no ano em análise. A comparação dos diversos indicadores da economia açoriana com os do total do país revela que, para o ano de 2006, o clima económico regional continuou a ser, globalmente, mais favorável daquele que se verificou a nível nacional. Dessa feita, permite-nos concluir que o ano de 2006 foi mais um ano de convergência da economia açoriana para com a média nacional. O total da população activa em 2006 na Região Autónoma dos Açores aumentou cerca de 1,8% em relação ao ano de 2005. No que toca à população empregada na região, este aumento foi de aproximadamente 2,1% em relação ao ano transacto. O sector secundário foi o mais empregador, já que a população empregada nesse sector aumentou, 4,1% em comparação com 2005. A taxa de desemprego regional de 2006 diminuiu cerca de 7,32% em relação ao ano anterior, situando-se nos 3,8%. De referir ainda que a taxa de desemprego açoriana de 2006 foi a mais baixa de todas as regiões do país, continuando muito inferior à nacional, que se fixou nos 7,7%. A taxa de desemprego para os jovens nos Açores (dos 15 aos 24 anos) foi de 10,3% no ano em análise. Quanto à taxa média de inflação para 2006, fixou-se nos 3,6% na Região Açores, mais cinco décimas do que a taxa nacional (3,1%). A análise efectuada ao lado da oferta permitiu registar um ambiente económico globalmente positivo, assente no dinamismo de diferentes sectores de actividade, sendo de destacar os sectores da energia, da indústria de lacticínios, da construção, dos transportes e o da actividade turística. Negativamente regista-se o desempenho dos sectores da carne e venda de automóveis. A produção total de energia eléctrica aumentou 4,12% em relação a 2005, sendo a destacar que a produção de energia geotérmica cresceu cerca de 18,64% em relação ao ano anterior. A acompanhar o crescimento da produção de energia esteve também o seu consumo que aumentou 4,89%. Os principais sectores que mais contribuíram para o crescimento do consumo de energia em 2006 foram o industrial (consumiu mais 7,99% do que em 2005), o do comércio e Serviços (mais 4,35%) e o consumo privado (que aumentou 3,5%). No que refere à venda de automóveis novos, registou-se um decréscimo de vendas global na ordem dos 0,36% em 2006. Apesar do aumento das vendas de automóveis comerciais ter crescido 13,70%, o facto é que não foi suficiente para contrariar a média decrescente do sector, provocada pelo decréscimo de vendas de automóveis ligeiros na ordem dos 3,97% face ao ano transacto (vendeu-se menos 131 automóveis ligeiros de passageiros novos em 2006 do que em 2005). O sector do turismo regional também registou um aumento, no ano em análise, comparativamente ao ano anterior. A oferta de camas/dormidas oferecidas cresceu cerca de 3,74% em relação a 2005. Esse crescimento da oferta de dormidas foi acompanhado de um aumento de hóspedes em 6,18% (procura de dormidas). 22 | 23 De referir que o segundo trimestre de 2006 registou um crescimento de 12,57% no número de hóspedes em relação ao período homólogo do ano anterior. Por arrastamento aos dados apresentados, a receita relativa à hospedagem em hotelaria tradicional e Turismo em espaço rural registou um crescimento a rondar os 5,24% (cerca de 2.749 mil euros). A crescente procura de dormidas nos Açores poderá estar intimamente ligada ao aumento de passageiros desembarcados nos aeroportos dos Açores, que aumentou 4,89% em relação a 2005. Um outro indicador que está estreitamente correlacionado, não só ao crescimento do sector do turismo regional, bem como ao crescimento global da economia açoriana, é o número crescente do parque de ATMs (Caixas de Multibanco) nos Açores, bem como do aumento total das operações efectuadas nessas. Nesse aspecto, o parque de ATMs nos Açores aumentou cerca de 6,38% em relação a 2005 (mais 8 Caixas de Multibanco), enquanto que o número total de levantamentos (nacionais e estrangeiros) efectuados nessas ATMs aumentou 9,42% face ao ano anterior (mais 48.605.000 euros). COMPORTAMENTO DO SECTOR 24 | 25 COMPORTAMENTO DO SECTOR Em 2006 e de acordo com os dados da IATA, o número de passageiros transportados em serviços regulares internacionais, cresceu 6.2 %. Por sua vez, nos voos domésticos regulares, verificou-se um crescimento de 0.9 %. Em termos globais, e no que diz respeito ao serviço regular, os passageiros transportados atingiram os 2.1 biliões, originando um crescimento, em relação a 2005, de 4.1%. O sector da aviação internacional, registou um load factor médio, em 2006, de 76%, um ponto percentual acima do verificado no ano transacto. Este rácio, ao se manter com valores elevados de forma consistente ao longo do ano, revelou ser um dos principais impulsionadores da performance financeira das companhias de aviação em 2006. Num contexto europeu e de acordo com a European Regions Airline Association (ERA), as companhias de aviação registaram um crescimento de 8.2 % no tráfego de passageiros, enquanto que o crescimento em número de voos diminuiu de 3 % para 1.3 %, em 2006, comprovando que o crescimento de passageiros pode ser possível, não obstante a redução do impacto ambiental da aviação, revelando-se um factor importante na batalha a travar contra as alterações climatéricas. Desde 1987, altura em que a ERA começou a recolher dados para estatística, que não se verificava um valor tão elevado no load factor médio, como o registado em 2006, cifrando-se nos 63.9%, quase 2.5 pontos percentuais acima do valor registado em 2005. Em resumo, poderemos dizer que, a nível europeu, as companhias de aviação transportaram mais passageiros, mas em menos voos e maiores equipamentos. Em contraste com o crescimento operacional verificado, as companhias europeias registaram receitas consistentemente baixas em 2006, comparadas com o verificado em 2005, facto irremediavelmente ligado à instabilidade do preço do petróleo. O ano de 2006, foi o ano da segurança o mais seguro de sempre. Neste ano, reduziu-se a taxa de acidentes para metade, o que significa que para 1.5 milhões de voos efectuados, apenas se registou um acidente. Nem todas as regiões estão ao mesmo nível, quando se fala em segurança, mas organizações como a IATA, ajudaram a desenvolver esforços e parcerias com 89 companhias de diferentes regiões, para tentar elevar a fasquia em regiões menos desenvolvidas nesta área. PERSPECTIVAS PARA 2007 26 | 27 PERSPECTIVAS PARA 2007 As perspectivas para o ano de 2007, são encorajadoras. Segundo os dados recentemente divulgados pela IATA, o sector da aviação civil internacional prevê atingir um lucro de 5 biliões de dólares em 2007, valor fortemente influenciado por uma constante mudança na gestão das companhias aéreas desde 2002, o que levou a um aumento da produtividade no trabalho em 56%, permitindo reduzir os custos de distribuição em cerca de 13%, reduzindo os custos unitários não relacionados com o fuel em 15% e atingir valores médios de load factor históricos, como o de 2006 (76%). Atendendo a estes resultados, estima-se que a indústria da aviação civil está no rumo certo, pois enquanto que em 2002 as companhias para atingirem o break even necessitavam de comprar o barril de petróleo a 20 dólares, hoje as mesmas companhias conseguem-no com 70 dólares por barril. A reforçar o optimismo no sector, os últimos dados operacionais divulgados pela IATA, referente a 2007, indicam que nos primeiros 4 meses, o crescimento da procura dos passageiros a nível internacional, cresceu em relação a 2005, 6.7%, superando as expectativas. Um crescimento menos acentuado registou a procura de carga, cerca de 2.6%, mostrando uma maior sensibilidade ao preço e á concorrência de outros modos de transporte, do que nos anos anteriores. Com valor mais animador surge o load factor médio, na casa dos 75.4%. A liberalização dos espaços aéreos, nomeadamente entre Estados Unidos e a Europa, foi e será um importante passo para o crescimento do sector da aviação civil. Com este acordo espera-se que surjam muitas novas oportunidades de negócio para as companhias, pois estas necessitam de liberdade para vender seus produtos/serviços onde existam mercados e de emergir ou se consolidarem financeiramente nos mercados onde lhes é mais rentável. A este propósito e citando o director geral da IATA - Giovanni A growing carbon footprint is no longer Bisignani: Progressive liberalisation is the only way forward. The bilateral system belongs politically acceptable - for any industry. in a museum, in a display case next to the paper ticket. Air transport must aim to become an industry As questões ambientais estão na ordem do dia e com elas surge mais um desafio that does not pollute - zero emissions. para o sector da aviação civil - a redução da poluição ambiental. Estas foram as palavras de Giovanni Bisignani, Neste sentido, as companhias de aviação têm investido biliões de dólares em tecnologia na reunião anual geral da IATA em Vancouver, de ponta nas novas frotas e estão agora a surgir resultados animadores. mostrando a preocupação que as questões Nas últimas quatro décadas conseguiu-se reduzir o ruído em 75% e melhorado a eficiência ambientais provocam no seio das do fuel em 70%. Para o futuro, em continuação do trabalho até então realizado, espera- organizações de aviação e o optimismo com -se aumentar a economia de combustível nos equipamentos até 2020, em 25% e reduzir que pensam ultrapassar mais um desafio. as emissões de carbono até 2050 de 2% a 3%. FACTOS MARCANTES 28 | 29 FACTOS MARCANTES Em 2006 Lançamos novas pontes Com a rota Ponta Delgada Amesterdão Ponta Delgada a transportadora SATA Internacional, traçou em 2006, mais uma linha no seu mapa de destinos regulares. Mais do que acrescentar dimensão ao mapa das suas rotas, a companhia aérea orgulha-se de ter, uma vez mais, contribuído para a afirmação dos Açores como destino turístico. SATA mais perto da Califórnia Com o objectivo de prestar um serviço mais personalizado e mais eficiente aos clientes residentes na Califórnia, o operador turístico do Grupo SATA - Azores Express - abriu portas em São José, Califórnia. A empresa estabelecida em Boston desde 1985, anunciou de imediato um incremento de voos para a época de verão 2006, nas ligações entre os Estados Unidos e os Açores. Levamos o nosso nome mais longe BTL em Lisboa, ITB em Berlim, World Trade Market em Inglaterra e Fitur em Espanha são possivelmente as feiras de turismo com mais expressão na Europa. A equipa de Marketing e Vendas do Grupo SATA aproveitou todas estas ocasiões, e esteve presente em cada uma delas, de forma a levar cada vez mais longe o nome das suas companhias aéreas. Fizemos por conquistar e conservar nossos clientes Acção Madeira, foi uma intensiva campanha que teve como principal objectivo levar as cores e o nome do Clube SATA, aos passageiros do Arquipélago da Madeira. Uma taxa de adesão que superou as expectativas, os oito momentos promocionais levaram centenas de passageiros aos Açores e rumo aos principais destinos internacionais da transportadora SATA Internacional. Estabelecemos novas parcerias BCA e Grupo SATA assinaram o primeiro protocolo de colaboração entre esta instituição bancária e o programa de passageiro frequente das transportadoras do Grupo SATA. Na sequência do protocolo assinado por ambas as empresas a 6 de Janeiro 2006, todos os titulares de cartão de crédito do Banco Comercial dos Açores viram automaticamente aumentado o seu saldo na conta Clube SATA. Independentemente da cor do cartão, seja ele um Gold, Silver ou Blue Sky os pontos foram creditados consoante a frequência de movimentos do cartão de crédito BCA. Fizemos por transformar viagens em momentos inesquecíveis Lisboa passou dos compêndios à realidade graças às asas da SATA Internacional. Viagens, visitas de estudos, muitos baptismos de voo, alguns momentos que seguramente se transformaram em recordações para a vida. Todos os anos o Grupo SATA, através das suas companhias aéreas oferecem a possibilidade, a centenas de crianças dos Açores e da Madeira, de viverem a primeira viagem das suas vidas. Em 2006, o mês de Junho foi o mês das crianças no Grupo SATA. Investimos na comunicação interna e coesão dos colaboradores do Grupo SATA SATA TEAM SPIRIT O painel de 19 oradores e 4 moderadores e mais de setenta participantes, resultou numa intensa jornada de trabalho. Análise, discussão e prognósticos para os dois anos que se adivinhavam. Comunicar linhas de rumo, perceber os novos desafios, e consertar estratégias para enfrentar os próximos dois anos de forma mais coesa, e abraçar novos desafios. SATA FUN SPIRIT Com patrocínio da Direcção de Recursos Humanos do Grupo SATA, realizou-se na Ilha de São Miguel o 1º SATA sobre rodas, uma competição em Kart que reuniu mais de cem participantes. Este evento teve por objectivo promover e reforçar as relações entre funcionários do Grupo SATA, introduzindo uma vertente de competição e salutar desportivismo. Melhoramos as nossas plataformas de gestão Em 2006 o Grupo de empresas SATA investiu na migração para novas plataformas Microsoft e Outlook. Esta ferramenta já testada em várias áreas da empresa teve excelente aceitação por parte do Staff administrativo. Ambiente de trabalho mais limpo, mais eficiente e muito amigável. A implementação de um moderno e funcional sistema de gestão de tripulações, contribuir para que, a partir de 2006, o Grupo SATA pudesse contar com uma gestão mais eficaz e automatizada das escalas do pessoal navegante comercial e técnico das companhias aéreas SATA Internacional e SATA Air Açores. 30 | 31 Formação e qualidade de serviço reconhecidos Considerada pela companhia de bandeira TAP como sendo uma empresa prestadora de excelente standard de serviço, a companhia White (Grupo TAP) requisitou à SATA Internacional, uma equipa de formadores para Pessoal Navegante Técnico e Pessoal Navegante Comercial. Investimos nos nossos espaços e na nossa imagem Os passageiros que viajam na Classe SATA Plus a bordo da SATA Internacional e todos os passageiros portadores de um cartão Gold Sky passaram a ter à sua disposição, uma sala de acolhimento totalmente remodelada, ao desembarcarem no aeroporto João Paulo II. Este novo espaço SATA passou a oferecer um permanente serviço de bar, e coloca à disposição dos utilizadores, jornais diários e revistas. Enquanto esperam pela hora de embarque, os passageiros podem ainda aceder aos principais canais de televisão ou utilizar a zona de trabalho e leitura. Uma escala mais confortável para os passageiros SATA PLUS. Emprestamos asas a importantes eventos culturais e desportivos nos Açores SATA Azores Open e SATA Rallye Açores são os dois eventos desportivos em que o Grupo SATA é o grande patrocinador. Realizam-se uma vez por ano, e mobilizam centenas de profissionais da competição automóvel e do Golf Internacional. Durante dois dias (para o SATA Rallye) e quatro dias (SATA Open) nos meses de Junho e Outubro, a Ilha de São Miguel oferece mais motivos a quem se propôs viajar até aos Açores. Ao longo do ano o Coliseu Micaelense e o Teatro Micaelense, as maiores salas de espectáculo do Arquipélago, oferecem aos residentes e visitantes, um diversificado leque de propostas culturais. Dança, teatro, música, exposições, e espectáculos de variedades preenchem uma constante e surpreendente programação. O Grupo SATA, fez parte dos patrocinadores pioneiros, que sem hesitações ajudaram na promoção da cultura nos Açores. Aliou-se assim, ao longo do ano, a todos os espectáculos que se realizaram nestas duas importantes salas, com o objectivo de facilitar o acesso à cultura aos residentes nas Ilhas dos Açores mas igualmente com o intuito de acrescentar valor a todos os que escolheram a Ilha de São Miguel para uma estadia. DESEMPENHO EM 2006 32 | 33 DESEMPENHO EM 2006 Actividade Operacional O ano de 2006 foi marcado pela consolidação da rede SATA Internacional, para a qual contribuíram a estabilização da frota e os acordos comerciais em vigor, tendo-se revelado globalmente positivo, de acordo com os seguintes indicadores: Ano 2005 2006 +/- Voos Realizados (nº) 6.446 6.498 +52 Passageiros Transportados (nº) 796.770 847.858 +51.088 Load-factor RPK/ASK (%) 72,52% 75,18% +2,66% Rede Doméstica A rede doméstica manteve o mesmo desenho e regime de exploração, ao abrigo de obrigações de serviço público e em code-share com a TAP Portugal, tal como se verificara no ano 2005. Esta rede é definida pelas seguintes rotas operadas pela SATA Internacional: Lisboa Ponta Delgada Lisboa Lisboa Terceira Lisboa Lisboa Horta Lisboa Lisboa Santa Maria Lisboa Lisboa Funchal Lisboa Porto Ponta Delgada Porto Porto Funchal Porto Funchal Ponta Delgada Funchal Conforme se pode verificar pelos indicadores seguintes, a procura registou um aumento significativo em 2006, relativamente ao ano anterior (+6%), tendo conduzido a um melhor load-factor (70%), com a realização de mais 27 voos: Ano 2005 2006 +/- Voos Realizados (nº) 294 316 +22 Passageiros Transportados (nº) 30.164 36.571 +6.407 Load-factor RPK/ASK (%) 64,65% 71,83% +7,18% Norte-americana Na América do Norte, foi dada continuidade às ligações com os Estados Unidos e Canada, através dos operadores turísticos do Grupo SATA, respectivamente Azores Express e SATA Express. Esta operação transatlântica é constituída pelas seguintes rotas: Ponta Delgada Boston Ponta Delgada Ponta Delgada Toronto Ponta Delgada Ponta Delgada Providence Ponta Delgada Ponta Delgada Montreal Ponta Delgada Terceira Toronto - Terceira Lisboa Boston Lisboa Lisboa Toronto Lisboa Porto Boston Porto (via Ponta Delgada) Porto Toronto Porto (ou Faro) Relativamente ao ano anterior, foi reduzida uma frequência semanal de peak-season entre Lisboa e Toronto, face à concorrência que se esperava na rota. Em contrapartida, foi acrescentada uma frequência entre Ponta Delgada e Boston, satisfazendo a procura verificada. Em termos globais, foram realizados menos 9 voos do que no ano anterior e transportados menos 1.675 passageiros, mantendo-se o nível médio de ocupação na ordem dos 78%. Ano 2005 2006 +/- Voos Realizados (nº) 820 811 -9 Passageiros Transportados (nº) 130.621 128.946 -1.675 Load-factor RPK/ASK (%) 77,88% 78,24% +0,36% Charter Quanto à operação charter Europa, mantiveram-se as séries tradicionais à partida do Funchal com a Província Inglesa, Província Francesa, ilha de Jersey e Dublin, acrescentando durante o Verão, as ligações entre Funchal e Canárias, Faro e Dublin. No longo curso, salienta-se a operação contínua entre Lisboa e Punta Cana, fretada pelo operador Empty Leg, bem como pequenas séries entre Lisboa e o Nordeste Brasileiro. 34 | 35 Ano 2005 2006 +/- Voos Realizados (nº) 709 721 +12 Passageiros Transportados (nº) 98.920 108.307 +9.387 Load-factor RPK/ASK (%) 84,38% 86,14% +1,76% Frota Com as duas frotas de médio e longo curso uniformizadas, a SATA Internacional operou com três Airbus 320-200 e três A310-300, durante o ano 2006. Airbus Comprimento Envergadura Altura Velocidade 46,66 m 46,90 m 15,80 m 900 km/h 37,57 m 34,10 m 11,76 m 900 km/h A310-300 Airbus A320-200 Nº Airbus Altitude Autonomia Combustível Passageiros 11.900 m 9.200 km 68.260 Lt. 222 10.600 m 4.400 km 23.859 Lt. 161 A310-300 Airbus A320-200 As aeronaves A320 realizaram 3.975 voos, com um total de 8,466,95 block-hours, enquanto a frota A310 realizou 2.675 voos, com a duração de 9.400,80 block-hours. Estes valores incluem voos de posição, de treino e experiência. Os fretamentos em regime ACMI, para fazer face a situações de imobilização não prevista, totalizaram 12 voos, com 19,27 block-hours. Indicadores gerais da performance da Companhia: 2005 2006 Voos realizados 6.446 6.498 ASK (Milhões) 2.285 2.332 RPK (Milhões) 1.657 1.753 Load-factor (%) 72,52% 75,18% ATK (Milhões) 308 315 TKP (Milhões) 175 184 Load-factor (%) 56,59% 58,56% On Time Performance 70,20% 69,74% Actividade Comercial Em 2006 a SATA Internacional, prosseguindo o desenvolvimento dos seus negócios, abriu a rota Amesterdão/Ponta Delgada, cujos resultados confirmaram as expectativas e suportaram a decisão de manter o voo no verão IATA de 2007. 2006 foi, também, o ano da consolidação da operação da Companhia entre Londres e Ponta Delgada. Verificou-se um crescimento do número de passageiros de 27%. Este crescimento, um bom load-factor e indicadores positivos quanto ao futuro conduziram à decisão de introduzir uma segunda frequência semanal nesta rota no Verão IATA de 2007. Estas rotas em conjunto com Frankfurt/Ponta Delgada, Madrid/Ponta Delgada e Zurique/Funchal deram um importante contributo para facturação total da Companhia, representando 9% do total das vendas da SATA Internacional. Em 2006 o negócio regular da SATA Internacional foi responsável por uma facturação de 66 660 090,25. Os Agentes de Viagens e Operadores Turísticos portugueses, com quem a SATA mantém uma profícua relação, aumentaram o seu contributo para o volume de negócios da SATA Internacional, crescendo no ano em referência 21% em relação a 2005. No segundo semestre do ano a gestão dos voos entre Lisboa, Açores e os EUA foi automatizada e integrada no sistema informatizado de inventário que a companhia já utilizava para gerir a sua operação regular. Este facto em conjunto com a adesão da SATA Internacional ao Airlines Reporting Corporation permitiu o aumento da nossa capacidade de venda nos EUA, dado que qualquer agente de viagens com acesso a um GDS ficou com a possibilidade de reservar lugares nos voos da SATA e de emitir os respectivos bilhetes. 36 | 37 Ainda na área da distribuição deve ser relevada a decisão de investir num novo site na internet mais vocacionado para a venda, construído com base num motor de busca e reserva que possibilite a venda a todos os segmentos de passageiros que servimos e ofereça funcionalidades de pagamento que simplifiquem o processo de compra e ofereçam segurança aos utilizadores deste canal. A empresa continuou a sua aposta na melhoria da qualidade do serviço que presta, promovendo acções de formação destinadas aos seus colaboradores e aperfeiçoando rotinas e procedimentos. Apesar da margem que ainda temos para melhorar 2006 foi um ano de progressos sensíveis como demonstram os indicadores que utilizamos para monitorizar a qualidade do serviço: Área de Serviço/Ano 2006 2005 Assistência e atendimento em aeroportos 80,4 70,7 Vendas em aeroportos 73,2 66,1 Lojas de vendas 77,6 72,8 Atendimento e vendas no Contact Center 82,8 77,0 Serviço de bordo 91,8 87,8 Actividade de Assistência a Aeronaves Auto Assistência - Coordenação Lisboa/Funchal/Porto O número de voos auto assistidos foi num total de 3.711 partidas que corresponde a um crescimento percentual de 1%: Assistência S4 2005 2006 % VAR LISBOA 2.134 2.102 -1% FUNCHAL 1.163 1.191 2,5% PORTO 380 418 10% TOTAL 3.677 3.711 1% * Inclui voos ACMI e voos divergidos. Formação No âmbito da formação são objectivos da Direcção de Operações Terrestres: - Formação na IATA de diversos elementos das áreas de Placa, Dangerous Goods, Tarifas de Carga de modo a permitir certificação da IATA quer a nível de formadores quer a nível profissional. - Prosseguimento de formação interna nas áreas respectivas para consolidação e refrescamento de conhecimentos, tendo como objectivo a contenção de custos, mas contemplando a formação obrigatória de acordo com JAR OPS, IATA e regulamentação Nacional. - Formação de iniciação para elementos em regime de contrato. - Formação de Dangerous Goods de acordo com regulamentação JAR OPS. Custos com Pessoal Nas escalas de Lisboa, Funchal e Porto, houve um aumento global de 18% devido a ajustamento salarial, e aumento de dotação de pessoal na escala de Lisboa. ESCALAS 2005 2006 Var. 06 LIS 189.284 239.918 27% FNC 64.744 65.720 2% OPO 63.932 64.977 2% 317.960 370.615 17% Admissão de Pessoal Efectivo - Continuou a ser admitido pessoal no Verão em algumas escalas, para complementar a dotação de pessoal do período de Inverno. Está praticamente concluído na generalidade das escalas o processo de dotação de quadros de pessoal efectivo para o período de Inverno IATA, recorrendo-se apenas a contratos sazonais para o período de Verão IATA. 38 | 39 Outros dados desenvolvidos A direcção prestou serviços à SATA Internacional nas seguintes actividades: - Elaboração de contratos de Handling. - Apoio à Logística em escalas. - Elaboração de regulamentação de Handling AHM e CHM no quem refere a requisitos da IOSA - Contratação de Serviços de Handling para novas rotas. - Preparação do lançamento de novas rotas relativamente a Handling. - Ajustamento de estrutura e rede de Catering. - Contratação, gestão e coordenação de Catering - Definição de documentos de tráfego para stock e utilização. - Distribuição e fornecimento de documentação de tráfego a novas escalas. - Apoio na regulamentação referente a Carga e Correio. Actividades de Manutenção O ano de 2006 foi um ano considerado de "cruzeiro" da Manutenção da SATA Internacional, pois não se registaram alterações significativas do modo de funcionamento em relação ao ano anterior, bem como à dimensão da frota. Há no entanto a destacar os seguintes factos da actividade de manutenção neste ano: * Inspecções C efectuadas pela TAP, conforme os contratos estabelecidos, às seguintes aeronaves: - TGU (Inspecção C12, efectuada em Outubro/Novembro); - TKM (Inspecção C3, efectuada em Novembro/Dezembro); - TKJ (Inspecção C5, efectuada em Fevereiro); - TKK (Inspecção C1, efectuada em Dezembro); - TKL (Inspecção C1, efectuada em Dezembro); * Foram removidos das aeronaves respectivas e intervencionados em oficina os seguintes motores GE: CF6-80C2A2: S/N: 695489 (pertencente à aeronave CSTGU) e S/N: 695505 (pertencente à aeronave CS-TGV); * Manutenção dos contratos de prestação de serviços de manutenção e engenharia com a TAP Portugal e manutenção de linha com SATA Air Açores, Swiss e Royal. Recursos Humanos O ocorreram as seguintes movimentações: - Admissão de 4 TMAs (3 em Janeiro e 1 em Agosto) - Passagem de 2 TMAs à Reforma - Saída de 2 TMAs O número de saídas de TMAs, foi colmatado com as novas admissões. Certificações A direcção de Continuidade Aeronáutica foi sujeita a: * Seis auditorias às Aeronaves da SATA Internacional por parte do INAC, uma realizada no Funchal e as restantes efectuadas em Lisboa. Estas auditorias destinaram-se: - A Auditoria efectuada no Funchal destinou-se à renovação do certificado de Aeronavegabilidade das Aeronave CS-TKJ. - Restantes cico auditorias, destinaram-se a cumprir o programa anual de auditorias do INAC às Aeronaves e aos respectivos registos. * Foi também adicionalmente a DCA da SATA Internacional sujeita duas auditorias por parte do INAC à Parte 145 e duas à Parte M. * Finalmente, duas auditorias ao M.O.M/M.O.E. (Manual Organização da Manutenção/Maintenance Organization Exposition). O S.Q. da DCA efectuou durante o ano de 2006, 18 auditorias respeitante à Parte 145, 11 auditorias respeitantes à Parte M. Iniciou-se também em paralelo o processo de certificação IOSA. 40 | 41 Operações de Voo Na análise global do ano de 2006 verificou-se que de um modo geral a rede comercial planeada foi cumprida com sucesso. De qualquer modo, decorrente da rede proposta, semelhante a de 2005, esta Direcção, continuou a sentir algumas dificuldades em relação ao planeamento das Tripulações devido, essencialmente, as partidas e chegadas serem descontínuas entre os aeroportos do Porto, Ponta Delgada e Terceira. Foi, também, em 2006 que terminamos o Phase-in do A320, tendo sido um factor acrescido nas dificuldades de planeamento das Tripulações. Em relação às tripulações de Cabine, para fazer face ao acréscimo de serviços de voo no período de verão IATA, foram admitidos 30 tripulantes com a respectiva formação para refrescamento com a duração de 4 dias de trabalho para um total de 28 horas. Salientamos a contribuição positiva na gestão partilhada do planeamento das Tripulações com a Direcção Comercial na sequência da entrada do AIMS. Qualidade e Segurança Com o objectivo de oferecer um standard de serviço optimizado a SATA Internacional investiu em 2006 na área da qualidade e da segurança. Gabinete de Gestão de Qualidade Em Fevereiro de 2005, foi criado o Gabinete de Gestão da Qualidade da Direcção de Operações, com 2 técnicos qualificados das escalas de P. Delgada e Terceira da SATA Açores para, com a assessoria do Consultor externo, assegurar a implementação do novo Projecto. Acções de sensibilização e de formação de vários grupos da Empresa, com o objectivo de identificar e descrever os processos existentes e suas interacções, assim como, a criação de diversos manuais, caracterizaram a actividade deste gabinete durante este ano. Actividades de qualidade de Segurança Em cumprimento ao disposto no Programa Nacional de Controlo de Qualidade da Segurança da Aviação Civil (PNCQSAC) e no Capítulo 16 dos Manuais de Segurança da SATA Air Açores e da SATA Internacional, reporta-se que, durante o ano de 2006, este Gabinete de Segurança realizou um conjunto de acções de monitorização da qualidade de segurança (security), bem como de formação security, que, revelam o crescente papel da importância que esta área vem assumindo nas operações das duas Companhias Aéreas do Grupo SATA. As acções que envolveram os vários membros do gabinete de segurança podem ser resumidas em actividades de security, de auditoria e formação. Recursos Humanos um crescimento de 23% no quadro de pessoal nos últimos 4 anos A SATA Internacional, a 31 de Dezembro de 2006, integrava nos seus quadros 474 trabalhadores, mais 11% que no ano anterior, sendo que 39,7% são Pessoal de Terra e 60,3% Pessoal Navegante (217 de Cabine e 69 Técnico). O peso dos licenciados naquela estrutura esteve nos 22%. A média de idades manteve-se perto dos 35 anos. Quadro de Pessoal a 31 de Dezembro Pessoal Navegante de Cabine (Açores e Internacional) Pessoal Navegante Técnico Pessoal de Terra Total - Quadro 31 Dez 42 | 43 Habilitações do Quadro de Pessoal A Política de Recrutamento da SATA Internacional mantém a necessidade de contratar a termo para dar resposta à sazonalidade da actividade da empresa. No entanto, note-se o aumento considerável do número dos contratos permanentes nos últimos 4 anos (dados a 31 de Dezembro) em 42%. Evolução do Quadro de Pessoal (Repartição por vínculo a 31 Dez.) Formação e Desenvolvimento Investimento no capital Humano ...esforço contínuo em dotar a empresa dos recursos humanos adequados, para que sejam uma força de trabalho de elevada qualidade, motivados e com níveis de produtividade crescentes Selecção e Recrutamento ...em Ponta Delgada e Lisboa Em 2006, a SATA Internacional organizou 3 processos de selecção, envolvendo um total de 114 candidatos. Resultante deste processo contou-se com 43 Formandos, e 14.934,66 investidos em Formação Inicial. Formação Profissional Na procura contínua de potenciar a eficácia dos seus recursos através da aquisição de conhecimentos e de competências profissionais a empresa, em 2006, formou 1.697 trabalhadores (mais 191% do que no ano de 2005), realizou 276 acções de formação (mais 41% do que em 2005), perfazendo um volume de quase 18.796 horas (mais 7% do que o verificado em 2005). Este aumento justifica-se pelo aumento das acções de formação contínua de actualização, com o objectivo de cumprir com os requisitos legais exigidos. Este aumento ocorreu principalmente na área de Operações de Voo. Nos últimos 4 anos registou-se um decréscimo contínuo nos custos de Formação (menos 50% em 2006 face a 2003). 44 | 45 Formação Milhares de Euros Custos totais da Formação Em virtude de uma prática consolidada de cumprimento das normas e da legislação, a DOV e a Direcção de Continuidade de Aeronavegabilidade (DCA) são as duas áreas com maior investimento em formação, sendo a DOV responsável por 89% do investimento total da formação. A justificar parte destes valores surge a qualificação inicial de PNT A310/ A320 e as acções de refrescamento realizadas de acordo com os requisitos do JAR OPS (Joint Aviation Regulation for Operations). A DCA, com um investimento de 48,848.61, é a segunda área com maior representatividade nos custos totais de formação (9%), justificada pelo esforço contínuo em qualificar Técnicos de Manutenção de Aeronaves (TMA) nos equipamentos A310 e A320. Áreas com maiores custos em Formação (Eur.) DCA 48.848,61 9% DOV 461.048,55 89% Desenvolvimento No âmbito dos Recursos Humanos, sob o slogan RH Na Rota do Cliente, no final de 2006, implementou-se o novo Sistema de Análise de Desempenho para o Pessoal de Terra (Sistema de APD Análise para o Desenvolvimento) permitindo obter-se, assim, o conhecimento do capital humano e garantir que o mesmo cresça de forma orientada, consolidando conhecimentos, optimizando desempenhos, satisfazendo mais e melhor os seus clientes. Sistemas de Informação O ano de 2006 no que concerne aos Sistemas de Informação foi marcado principalmente por dois grandes projectos de natureza distinta, um com enfoque nos processos administrativo-financeiros (MySAP ERP) e o outro com forte impacto no serviço prestado ao nosso cliente (Bilhete Electrónico). O projecto MySAP ERP desde início que se afirmou como sendo um verdadeiro processo de mudança para a SATA que pode ser entendido como bastante ambicioso, uma vez que foi objectivo abranger todas as grandes áreas funcionais de Back-Office: Financeira (Contabilidade Geral, Contas a Pagar, Contas a Receber, Tesouraria e Património), Recursos Humanos (Administração de Pessoal, Processamento de Vencimentos, Formação, Recrutamento, Avaliação e Desempenho e Medicina no Trabalho), Logística (Aprovisionamentos e Gestão de Armazéns), Vendas e Facturação e Manutenção de Equipamento de Terra, bem como avançar em simultâneo com um processo de Gestão Documental (documentos contabilísticos) e outro de Gestão de Presenças. A tomada de decisão para implementação do MySAP ERP pode ser entendida como estratégica, se não crucial, para o futuro de todas as empresas SATA, uma vez que, não sendo uma aplicação de negócio, é garante de bom funcionamento para os processos de suporte ao negócio. 46 | 47 Para a execução do projecto foi seleccionada a Accenture como fornecedor, tendo sido criada uma parceria que, embora estando ainda a implementação em curso, pode ser descrita como positiva. O Bilhete Electrónico arrancou na SATA em 2005, tendo numa primeira fase sido introduzido ao nível das agências de viagens e numa segunda (último trimestre de 2006) arrancado em força em todas as lojas de vendas da SATA, em que se fez coincidir com uma revisão de todos os processos de reservas e emissão, fruto da experiência adquirida no ano transacto. A introdução desta facilidade pode ser considerada como tendo sido efectuada com bastante sucesso e com resultados imediatos, tendo sido determinante o funcionamento em equipa de elementos dos Sistemas de Informação com os do Marketing e Vendas. Foi ainda desencadeado em 2006 o processo de integração para Interline e Ticket (IET) com o nosso principal parceiro de negócio, tendo já sido realizados testes, prevendo-se a sua implementação no início do 2º trimestre de 2007. Em Janeiro de 2006 procedeu-se ao Go Live do projecto Cargomatic, tendo sido a sua introdução junto das escalas rápida e de um modo que pode ser considerado como não intrusivo nos processos de negócio em curso. Fruto das necessidades sentidas em adequar a aplicação de suporte aos processos associados à gestão dos membros do Clube SATA, foram desenvolvidos contactos com fornecedores de aplicações para passageiro frequente com o intuito de no início do ano de 2007 proceder à substituição da actual aplicação. Um dos projectos com maior visibilidade interna foi o da introdução do VoIP (Voice over IP), o qual permitiu renovar e consolidar toda a infra-estrutura tecnológica de voz, bem como servir de base ao um projecto associado para passagem dos serviços de Call Center da SATA para esta tecnologia. A introdução do VoIP na SATA, tendo em especial atenção não só a dispersão geográfica como as restrições a ela associada, foi algo longa tendo carecido de um período de estabilização em alguns dos sites remotos acima do que tinha sido previsto ou considerado como desejável. Contudo, podemos afirmar que a sua implementação foi bastante positiva, com impacto imediato na qualidade de serviço prestada ao cliente e redução de custos, bem como na autonomia de administração desta solução. Sendo de algum modo a introdução do VoIP um meio (e não um fim) para a disponibilização de novos serviços e funcionalidades, foi possível migrar num tempo extremamente curto a solução de call center existente na SATA para o IPCC da Cisco (assente em tecnologia VoIP), o qual não só passou a servir de ferramenta de suporte aos actuais Contact Center de Passageiros e da Rede de Agentes, bem como passou a suportar os contactos dirigidos ao nosso Serviço de Carga. O IPCC foi uma aposta forte por parte da SATA enquanto ferramenta de gestão de atendimento, tendo permitido uma redução extremamente significativa no custo de exploração desta infra-estrutura bem como potenciar uma utilização totalmente deslocalizada da função de atendimento telefónico, com toda a capacidade associada de optimização de recursos. No que concerne aos projectos de infra-estruturas de sistemas de informação importa referir que foi possível finalizar em 2006 o processo de migração das estações de trabalho da SATA para a nova plataforma Microsoft, tendo igualmente sido efectuado um investimento na componente VPN com o objectivo de dotar a mesma de redundância a falhas. Desempenho Económico-Financeiro Situação Económica Resultados Líquidos (mEuros) Unidade: mEuros (mil Euros) 2006 2005 2004 2003 2002 Proveitos operacionais 143.647 131.004 119.797 108.662 102.151 Custos operacionais (142.682) (132.118) (117.565) (105.912) (100.758) Resultados operacionais 965 (1.114) 2.232 2.750 1.393 Resultados financeiros (330) 770 (584) (1.068) (688) Resultados correntes 635 (344) 1.748 1.682 705 Resultados extraordinários 1.181 818 542 (114) (619) (72) (69) (1) (1) (1) 1.744 404 2.289 1.567 85 Imposto sobre o resultado do exercício Resultado líquido do exercício 48 | 49 Pelo quinto ano consecutivo, a Empresa alcançou um Resultado Líquido Positivo no montante de 1.744 mEuros, devido essencialmente à consolidação das rotas que a SATA Internacional explora, nomeadamente as rotas regulares. O conjunto dos Proveitos Operacionais representa cerca de 97,5% dos Proveitos Totais, registando um acréscimo de 12.643 mEuros, relativamente ao valor atingido no ano transacto. Este aumento deveu-se, em parte, ao comportamento dos Proveitos gerados pelo Transporte Regular, que evoluíram de forma positiva, suportados sobretudo pelo crescimento do tráfego, e também pelo aumento significativo das operações charter. No que se refere à estrutura de Proveitos continuou a destacar-se a expressão da componente de operações charter, a representar cerca de 47%, facto que reflecte a orientação estratégica da Empresa no sentido da melhoria e dispersão dos seus negócios. Unidade: mEuros (mil Euros) 2006 2005 2004 Transporte regular 70.523 68.636 61.142 Transporte não regular 67.066 55.722 52.719 Transporte Aéreo 137.589 124.358 113.861 Indemnizações compensatórias 5.592 6.278 5.897 Outros proveitos operacionais 466 350 39 Proveitos operacionais 143.647 131.004 119.797 Fornecimentos e serviços externos 115.684 109.510 101.621 Custos com pessoal 17.001 16.011 14.567 Outros custos operacionais 9.997 6.597 1.377 Custos operacionais 142.682 132.118 117.565 Resultados operacionais 965 (1.114) 2.232 Os Custos Operacionais aumentaram 8% em relação ao ano anterior, mantendo um nível de actividade superior, em cerca de 3,7%, da actividade de transporte aéreo. Proveitos Operacionais 2006 Proveitos operacionais 2005 4% 0% 5% 0% 96% Transporte Aéreo Indeminizações Compensatórias Outros proveitos operacionais Custos Operacionais 2006 12% 95% Transporte Aéreo Indeminizações Compensatórias Outros proveitos operacionais Custos operacionais 2005 12% 7% 5% 81% Fornecimentos e serviços externos Custos com pessoal Outros custos operacionais 83% Fornecimentos e serviços externos Custos com pessoal Outros custos operacionais Face aos níveis de realização em 2005, a rubrica Fornecimentos e Serviços Externos registou um acréscimo de 6.174 mEuros, representando mais 5,6%. Os encargos com pessoal tiveram um acréscimo de 990 mEuros, mais 6,2% do que o exercício anterior, justificado pelo acréscimo de actividade e aumentos salariais. Resultados Financeiros Os resultados financeiros cifraram-se em 330 mEuro negativos, agravando-se em 1.100 mEuro em relação a 2005. O comportamento da função financeira foi, sobretudo, motivada pelas diferenças de câmbio nos pagamentos e recebimentos ocorridos no exercício de 2006. 50 | 51 EBITDAR Os meios libertos de exploração para fazer face a investimentos medidos pelo EBITDAR (Resultados antes de encargos financeiros, Impostos, Amortizações e Rendas de Leasing de frota) atingiram 14.999 mEuros, ficando acima do valor verificado no anterior em 1.406 mEuros. Unidade: mEuros (mil Euros) 2006 2005 2004 EBITDAR 14.999 13.593 14.213 Situação Financeira O Activo Líquido da Empresa apresentou um aumento de 5.810 mEuros, facto que representou uma variação positiva de 11%, reflectindo, em larga medida, o efeito de: I - Aumento de 5.526 mEuros em Dívidas de Terceiros; II - Aumento de 2.886 mEuros em Depósitos Bancários Evolução do Activo Líquido Evolução da Situação Líquida Indicadores Económico-Financeiros A análise dos indicadores económico-financeiros evidencia um acréscimo da Situação Líquida da Empresa que, neste exercício, atingiu 11.608 mEuros, valor que representa um aumento da ordem dos 17,7%, ou seja, 1.743 mEuros. Racios 2006 2005 2004 Rentabilidade Operacional 0,70% -0,85% 1,86% Rentabilidade dos Capitais Próprios 15,02% 4,10% 24,20% Rentabilidade do Activo 3,06% 0,79% 9,12% Solvabilidade 25,54% 23,82% 60,42% Endividamento 79,66% 80,76% 62,34% Autonomia financeira 20,34% 19,24% 37,66% A rentabilidade operacional aumentou devido à diminuição dos custos operacionais face aos proveitos operacionais. A rentabilidade dos Capitais Próprios, evidenciou um acréscimo, concorrendo para este resultado o montante elevado do Resultado Líquido do Exercício. 52 | 53 O rácio de Autonomia Financeira foi de 20,33%, verificando-se um aumento de 1,09 p.p. face a 2005. De igual modo, o racio de Solvabilidade de 25,52%, evidenciou um aumento de 1,70 p.p.. Evolução do Passivo O Passivo da Empresa sofreu um ligeiro aumento de 9,8%, ou seja, mais 4.066 mEuros. Contribuição para as Receitas do Estado e da Região A contribuição da SATA Internacional e dos seus colaboradores para as Receitas da Região Autónoma dos Açores ascendeu a 6.905.881 Euros, divididos pelas seguintes rubricas: Empresa Colaboradores Total Taxa Social Única 3.603.172 1.103.624 4.706.796 IRS - 2.081.402 2.081.402 IRC 117.683 - 117.683 3.720.855 3.185.026 6.905.881 Proposta de Aplicação de Resultados Nos termos das disposições legais e estatuárias propõe-se a seguinte aplicação do resultado líquido apurado no exercício de 2006, no montante de 1.743.674,06 . Reserva Legal 87.183,70 Resultados Transitados 1.656.490,36 Ponta Delgada, 22 de Março de 2007 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) 54 | 55 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 56 | 57 BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 SATA INTERNACIONAL - SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. (Montantes Expressos em Euros) Activo Notas 2006 Activo bruto IMOBILIZADO: Imobilizações corpóreas: Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas 10 10 10 10 10 20.795.291 137.015 77.046 627.749 739.191 (8.717.994) (99.706) (45.735) (495.617) (428.553) 12.077.297 37.309 31.311 132.132 310.638 16.959.773 43.692 50.114 172.540 408.684 10 2.389.458 24.765.750 (9.787.605) 2.389.458 14.978.145 17.634.803 21 e 41 494.708 (103.753) 390.955 405.157 8.719.360 21 e 23 106.532 213.300 16 3.545.260 48 1.049.042 49 22.180.690 35.814.184 (106.532) (106.532) 8.719.360 213.300 3.545.260 1.049.042 22.180.690 22.707.652 4.278.490 1.250.557 1.729.700 1.213.577 21.709.019 30.181.343 Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários Caixa 55 55 4.852.291 9.143 4.861.434 - 4.852.291 9.143 4.861.434 1.964.470 11.106 1.975.576 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: Acréscimos de proveitos Custos diferidos 50 50 115.520 1.035.135 1.150.655 (9.787.605) (210.285) (9.997.890) 115.520 1.035.135 1.150.655 205.448 876.998 1.082.446 57.088.841 51.279.325 CIRCULANTE: Existências: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Dívidas de terceiros - Curto prazo: Clientes, conta corrente Clientes de cobrança duvidosa Adiantamentos a fornecedores Empresas do grupo Estado e outros entes públicos Outros devedores Total de amortizações Total de ajustamentos Total do activo 67.086.731 2005 Amortizações e ajustamentos Activo Líquido Líquido O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2006. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS António Jorge Ferreira da Silva BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 Capital próprio e passivo Notas 2006 2005 36, 37 e 40 40 40 40 40 5.000.000 17.446.294 271.294 329.178 (13.182.133) 1.743.674 11.608.307 5.000.000 17.446.294 251.091 329.178 (13.566.002) 404.072 9.864.633 PROVISÕES: Outras provisões 34 6.184.162 2.233.055 PASSIVO: Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo: Fornecedores de imobilizado 15 2.539.559 7.824.187 11.745.376 4.580.500 11.712.702 435.261 2.743.297 1.614.283 32.831.419 10.594.970 4.932.943 291.058 8.127.288 384.589 1.985.645 1.764.047 28.080.540 3.149.595 775.799 3.925.394 2.205.861 1.071.049 3.276.910 45.480.534 57.088.841 41.414.692 51.279.325 CAPITAL PRÓPRIO: Capital Prestações suplementares Reserva legal Reservas livres Resultados transitados Resultado Líquido do exercício Total do capital próprio Dívidas a terceiros - curto prazo: Fornecedores, conta corrente Fornecedores de imobilizado, conta corrente Adiantamentos de clientes Empresas do grupo Estado e outros entes públicos Outros credores Documentos pendentes de vôo ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: Acréscimos de custos Proveitos diferidos 15 16 48 51 3.e) 50 50 Total do passivo Total do capital próprio e do passivo O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2006. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) 58 | 59 DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 SATA INTERNACIONAL - SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. (Montantes Expressos em Euros) CUSTOS E PERDAS Notas Custo das matérias consumidas 41 823.703 833.837 Fornecimentos e serviços externos 52 115.684.105 109.510.276 Custos com o pessoal: Remunerações Encargos sociais 2006 13.152.743 3.848.738 Amortizações do imobilizado corpóreo Ajustamentos Provisões 10 21 34 Impostos Outros custos e perdas operacionais (A) Juros e custos similares 30.470 9.928 Imposto sobre o rendimento do exercício (G) Resultado líquido do exercício 17.001.481 12.353.410 3.657.298 16.010.708 9.132.001 3.632.995 26.464 2.056.755 5.716.214 40.398 142.681.688 16.822 29.931 46.753 132.117.788 45 2.616.482 145.298.170 3.015.200 135.132.988 46 152.438 145.450.608 76.133 135.209.101 48 71.986 145.522.594 68.683 135.277.784 1.743.674 147.266.268 404.072 135.681.856 (C) Custos e perdas extraordinárias (E) 5.141.585 39.309 3.951.107 2005 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS António Jorge Ferreira da Silva DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 PROVEITOS E GANHOS Notas Prestações de serviços 44 Proveitos suplementares Subsídios à exploração Reversões de amortizações e ajustamentos (B) Juros e proveitos similares (D) Proveitos e ganhos extraordinários 2006 137.589.731 3.f) e 53 409.589 5.592.447 21 55.076 124.357.710 350.458 6.277.954 6.057.112 143.646.843 17.710 6.646.122 131.003.832 45 2.286.753 145.933.596 3.784.931 134.788.763 46 1.332.672 147.266.268 893.093 135.681.856 (B) - (A) (D-B) - (C-A) (D) - (C) (F) - (E) (F) - (G) 965.155 (329.729) 635.426 1.815.660 1.743.674 (1.113.956) 769.731 (344.225) 472.755 404.072 (F) Resultados operacionais: Resultados financeiros: Resultados correntes: Resultados antes de impostos: Resultados líquido do exercício: 2005 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) 60 | 61 DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 SATA INTERNACIONAL - SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. (Montantes Expressos em Euros) Notas 2006 2005 Vendas e prestações de serviços Custo das vendas e prestações de serviços Resultados brutos 44 56 137.587.731 (112.860.672) 24.729.059 124.357.710 (107.581.382) 16.776.328 Outros proveitos e ganhos operacionais Custos de distribuição Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais Resultados operacionais 56 56 56 56 7.568.493 (18.283.901) (2.395.184) (9.295.753) 2.322.714 8.551.512 (16.360.159) (2.430.102) (5.746.145) 791.434 (507.054) 1.815.660 (318.679) 472.755 (71.986) 1.743.674 1,744 (68.683) 404.072 0,404 Custo líquido do financiamento Resultados correntes Imposto sobre os resultados correntes Resultados líquidos Resultados por acção 48 O anexo faz parte integrante da demonstração de resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS António Jorge Ferreira da Silva O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 SATA INTERNACIONAL - SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. (Montantes Expressos em Euros) ACTIVIDADES OPERACIONAIS Notas 2006 2005 Resultado líquido do exercício Amortizações Variação de provisões e ajustamentos Resultados financeiros Ganhos na alienação de imobilizações Perdas na alienação de imobilizações Aumento das dívidas de terceiros Diminuição das existências Aumento das dívidas a terceiros (Aumento)/Diminuição dos custos diferidos (Aumento)/Diminuição dos proveitos diferidos Diminuição dos acréscimos de proveitos Aumento/(Diminuição) dos acréscimos de custos Fluxos das actividades operacionais (1) 40 10 21 e 34 45 46 46 1.743.674 5.141.585 3.929.801 329.729 (1.164) 6.547 (5.461.516) 14.202 5.059.835 (158.137) (295.250) 89.928 943.734 11.342.968 404.072 3.632.995 2.083.219 (769.731) (9.830.653) 38.406 7.025.818 74.733 973.326 1.142.546 (338.009) 4.436.722 1.117 171.381 172.498 1.026.408 1.026.408 Pagamentos respeitantes a: Imobilizações corpóreas Fluxos das actividades de investimento (2) (2.542.778) (2.370.280) (114.707) 911.701 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamentos respeitantes a: Amortizações de contratos de locação financeira Juros e custos similares luxos das actividades de financiamento (3) (5.585.720) (679.819) (6.265.539) (3.622.187) (662.663) (4.284.850) Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 2.707.149 1.063.573 (178.709) 1.975.576 4.861.434 (405.986) 506.017 1.975.576 ACTIVIDADES E INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas Juros e proveitos similares Efeitos das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 55 55 O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS António Jorge Ferreira da Silva O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) 62 | 63 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 64 | 65 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 NOTA INTRODUTÓRIA A SATA Internacional Serviços e Transportes Aéreos, S.A. (Empresa ou SATA Internacional) foi constituída em 10 de Dezembro de 1990, tendo sido designada por Oceanair Transportes Aéreos Regionais, S.A. até 20 de Fevereiro de 1998. A Empresa é uma sociedade anónima, com sede na Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada, e que tem por objecto social a exploração da indústria de transporte aéreo comercial regular e não regular, de passageiros e respectiva bagagem, carga e correio. Em Dezembro de 2005, a Empresa ganhou o concurso relativo à exploração das rotas de serviço público entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, em regime de code-share com a TAP para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2006. Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa operava com três aviões Airbus A310-304, sendo dois em regime de locação financeira e um outro em regime de locação operacional, juntamente com mais três aviões Airbus A320 em regime de locação operacional (Nota 54). As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 a) Imobilizações corpóreas Equipamento de vôo O equipamento de vôo, adquirido em estado de uso, encontra-se reflectido no balanço ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas sobre o valor de custo deduzido do valor residual (10% do custo), segundo o método das quotas constantes e a partir do mês de aquisição ou de entrada em funcionamento, durante a vida útil remanescente dos aviões. Outras imobilizações corpóreas As outras imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a partir do mês de aquisição ou de entrada em funcionamento, sendo determinadas em função da vida útil estimada dos activos, conforme segue: Anos de vida útil Equipamento básico 5-10 Equipamento de transporte 7 Ferramentas e utensílios 6 Equipamento administrativo 4 Outras imobilizações corpóreas 3-8 As despesas de reparação e gastos de manutenção de natureza corrente, são registadas como custo do exercício a que respeitam. b) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizadas pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. 66 | 67 As rendas relativas a contratos de locação operacional são registadas como custo no período a que respeitam. c) Existências As mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. d) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de Acréscimos e diferimentos (Nota 50). e) Reconhecimento da receita de transportes O valor de venda do transporte de passageiros é, no momento da venda, registado como um passivo na rubrica de Documentos pendentes de vôo. Quando o transporte é efectuado, o valor de venda é transferido da rubrica de Documentos pendentes de vôo para receitas do exercício, se prestado pela Empresa, ou transferido para uma conta a pagar, caso o transporte seja efectuado por outra companhia aérea. f) Indemnizações compensatórias As indemnizações compensatórias atribuídas pelo Estado Português são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas e encontram-se registadas na rubrica de subsídios à exploração. Estas indemnizações compensatórias são calculadas de acordo com os contratos de concessão de serviços aéreos regulares entre Ponta Delgada e Lisboa, entre Ponta Delgada e Porto e entre Ponta Delgada e o Funchal (Nota Introdutória), em função do número de passageiros transportados, residentes nas Regiões Autónomas. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 g) Encargos com manutenção A Empresa regista como custo do exercício os encargos a incorrer no futuro com revisões gerais dos aviões, os quais são registados na demonstração de resultados dos exercícios em função dos custos das horas voadas por cada avião, no âmbito do contrato de manutenção, em que é estabelecido o pagamento de um montante fixo por hora de vôo efectuada pela aeronave (Nota 34). h) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2006, foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes nessa data, conforme segue: USD 0,759 GBP 1,489 CAD 0,654 As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício. i) Impostos diferidos Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias. Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer 68 | 69 activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos activos por impostos diferidos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. Na Nota 6 encontram-se descritas as principais situações geradoras de impostos diferidos, que se referiam a activos, que não foram registadas pela Empresa em 31 de Dezembro de 2006, uma vez que não existe razoável segurança de que ocorrerão lucros fiscais futuros que permitam a recuperação daqueles activos. 6. IMPOSTOS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2003 a 2006 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006. Nos termos da legislação em vigor os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2006, os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam a, aproximadamente, 5.840.000 e foram, fundamentalmente, gerados no exercício de 2001 ( 5.762.045). Em 31 de Dezembro de 2006, as situações geradoras de impostos diferidos são as seguintes: Descrição Base Taxa de Imposto Prejuízos fiscais reportáveis 5.836.959 17,5% 6.287.915 19% Provisões e ajustamentos não aceites fiscalmente ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 Com a aprovação da Lei das Finanças locais os municípios podem deliberar lançar anualmente derrama, até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC). Dado que a aprovação produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007, o montante dos activos e passivos por impostos diferidos é calculado com base numa taxa máxima de 19% (17,5% de Colecta e 1,5% de Derrama), com excepção dos impostos diferidos gerados por prejuízos fiscais que são calculados tomando por base a taxa de 17,5%. Conforme referido na Nota 3.i), uma vez que não existia razoável segurança da existência de lucros fiscais futuros que permitam a utilização dos prejuízos fiscais, não foram registados os correspondentes activos por impostos diferidos. 7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios de 2006 e 2005, o número médio de empregados ao serviço da Empresa foi de 463 e 438 pessoas, respectivamente. 10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, o movimento ocorrido no valor das imobilizações corpóreas bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte: Activo bruto Saldo Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Final Equipamento básico 20.740.640 54.651 - 20.795.291 Equipamento de transporte 121.582 15.433 - 137.015 Ferramentas e utensílios 77.046 - - 77.046 Equipamento administrativo 625.642 31.932 (29.825) 627.749 Outras imobilizações corpóreas 739.191 - - 739.191 - 2.389.458 - 2.389.458 22.304.101 2.491.474 (29.825) 24.765.750 Imobilizações corpóreas: Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas 70 | 71 Amortizações acumuladas Saldo Rubricas Saldo Inicial Reforço Alienações Final Equipamento básico 3.780.867 4.937.127 - 8.717.994 Equipamento de transporte 77.890 21.816 - 99.706 Ferramentas e utensílios 26.932 18.803 - 45.735 Equipamento administrativo 453.102 65.793 (23.278) 495.617 Outras imobilizações corpóreas 330.507 98.046 - 428.553 4.669.298 5.141.585 (23.278) 9.787.605 Imobilizações corpóreas: O aumento de 2.389.458 ocorrido na rubrica de Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas refere-se, essencialmente, ao adiantamento realizado à Austrian Airlines no montante de 1.432.391 para aquisição de um avião Airbus A310-325 em regime de locação financeira a ocorrer em 2007 (Nota 54) e adiantamento por conta da realização de uma grande reparação no reactor de um avião, no montante de aproximadamente, 966.000. 15. LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira: Descrição Custo Amortização Líquido Avião A310-304 (TGU) 7.710.371 4.071.332 3.639.039 Avião A310-304 (TGV) 7.687.597 4.267.707 3.419.890 15.397.968 8.339.039 7.058.920 Conforme indicado na Nota 3.b), a Empresa regista pelo método financeiro os contratos de locação financeira. Em 31 de Dezembro de 2006, as responsabilidades da Empresa como locatária vencem-se como segue: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 Capital Juros Total 2007 4.519.370 204.225 4.723.595 2008 2.539.559 35.841 2.575.400 7.058.929 240.066 7.298.995 16. EMPRESAS DO GRUPO Os Saldos e as transacções com empresas do Grupo, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foram os seguintes: Saldos Transacções Empresas Empresas Clientes, do grupo do grupo conta (Saldos (Saldos Prestações e serviços financeiros corrente devedores) devedores) de serviços externos (Nota 45) SATA Air Açores - - 11.712.702 893.683 5.738.973 157.240 SATA - Gestão de Aeródromos 2.968 18.558 - - - - SATA Express (EUA) - 531.964 - 12.208.623 - - SATA Express (Canadá) - 2.994.738 - 19.015.615 - - 2.968 3.545.260 11.712.702 32.117.921 5.738.973 157.240 Fornecimentos Proveitos 21. AJUSTAMENTOS AOS VALORES DO ACTIVO CIRCULANTE No exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de ajustamentos ao activo circulante: Saldo Saldo Rubricas Inicial Reforços Reversões Utilizações Final Ajustamentos de dívidas a receber 127.838 39.309 (55.076) (5.539) 106.532 Ajustamentos de existências 103.753 - - - 103.753 231.591 39.309 (55.076) (5.539) 210.285 72 | 73 23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA Em 31 de Dezembro de 2006, existiam dívidas classificadas como de cobrança duvidosa no montante de 106.532 que se encontravam totalmente provisionadas (Nota 21). 25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa tinha as seguintes dívidas activas e passivas com o pessoal: Saldos devedores 101.707 Saldos credores 60.097 31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO A Empresa tem responsabilidades com contratos de locação operacional não reconhecidos no balanço (Nota 3.b)) no montante de aproximadamente USD 13.925.000 ( 10.573.272), que se vencem como segue: Montante (USD) Euros Ano Airbus A310 Airbus A320 Total Total Curto prazo: 2007 2.220.000 7.680.000 9.900.000 7.517.084 Médio e longo prazo: 2008 740.000 3.285.000 4.025.000 3.056.0188 2.960.000 10.965.000 13.925.000 10.573.272 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 32. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas às seguintes entidades: Entidade Beneficiária Montante em dívisa Euros Estado Português 4.383.378 EUR 4.383.378 Gie Tutak (Nota 54) 1.560.000 USD 1.184.040 Kinsale Limited (Nota 54) 1.545.000 USD 1.172.655 ARC Airline Reporting Corporation 950.000 USD 721.050 SATA Express e Lawson Tours 1.000.000 CAD 654.022 AENA 120.202 EUR 120.202 Ibéria 120.202 EUR 120.202 Irving Oil Terminal Inc. 115.000 USD 87.285 Jet Aviation Handling AG 45.000 CHF 72.315 The Greater Toronto Airport Auth. 101.750 CAD 66.545 Global Ground North America 90.000 CAD 58.860 Sky Chefs 50.000 USD 37.950 Exeter and Devon Airport 25.000 GBP 37.225 Agência de Aviação Civil de Cabo Verde 35.500 EUR 35.500 Amsterdam Airport Schiphol 35.000 EUR 35.000 Fraport AG Frankfurt Services Worldline 30.000 EUR 30.000 ERA Rianta 20.316 EUR 20.316 Outras 66.948 8.903.493 A garantia a favor do Estado Português no montante de 4.383.378 está relacionada com a concessão de exploração do transporte aéreo regular nas rotas Ponta Delgada-Funchal e Ponta Delgada-Lisboa-Porto para o ano de 2006. As garantias prestadas a favor das entidades, GIE Tutack (USD 1.560.000) e Kinsale Limit (USD 1.545.000), estão relacionadas com os contratos de leasing dos dois aviões Airbus A310-304, que se encontram em regime de leasing financeiro (Nota 54). 74 | 75 34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de provisões: Saldo Rubricas Saldo Inicial Aumentos Final Passageiro frequente 122.850 353.150 476.000 Phase out e manutenção dos aviões 2.015.755 97.957 2.113.712 Outras provisões 94.450 3.500.000 3.594.450 2.233.055 3.951.107 6.184.162 Provisões: A rubrica Passageiro frequente refere-se aos encargos estimados com a acumulação dos pontos do cartão dos passageiros Club SATA, o qual permite ao detentor do mesmo a acumulação de pontos de acordo com as viagens por si efectuados. A rubrica de Phase out e manutenção dos aviões refere-se à estimativa de custos que a Empresa terá de incorrer aquando da preparação dos aviões para entrega às respectivas entidades locadoras e o custo com as próximas grandes manutenções nos aviões. Este montante foi apurado de acordo com as horas de vôo realizadas por cada avião e tendo em conta um custo médio por hora de vôo de cada um dos mesmos. As outras provisões no montante de 3.594.450 destinam-se a fazer face a contingências resultantes da actividade normal da Empresa. 36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2006 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por 1.000.000 acções com o valor nominal de cinco Euros cada. 37. DETENTOR DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2006, a totalidade do capital subscrito era detido pela SATA Air Açores Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A.. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 40. VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foi conforme segue: Resultado Aplicação de Saldo líquido resultados Saldo Rubrica Inicial de 2006 de 2005 Final Capital 5.000.000 - - 5.000.000 Prestações suplementares 17.446.294 - - 17.446.294 Reserva legal 251.091 - 20.203 271.294 Reservas livres 329.178 - - 329.178 Resultados transitados (13.566.002) - 383.869 (13.182.133) Resultado líquido do exercício 404.072 1.743.674 (404.072) 1.743.674 9.864.633 1.743.674 - 11.608.307 Prestações suplementares: Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 27 de Dezembro de 2001, o accionista único da Empresa efectuou prestações suplementares no montante de 17.446.294. As prestações suplementares, de acordo com a legislação em vigor, só podem ser restituídas aos accionistas desde que o capital próprio após a sua restituição não fique inferior à soma do capital e da reserva legal. Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinada ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Conforme deliberado em Assembleia Geral realizada em 30 de Março de 2006, o resultado líquido do exercício de 2005 no montante de 404.072 Euros, foi aplicado da seguinte forma: Reserva legal 20.203 Resultados transitados 383.869 404.072 76 | 77 41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foi determinado como segue: Existências iniciais 508.910 Compras 816.917 Regularizações (7.416) Existências finais (494.708) 823.703 43. REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais nos exercícios de 2006 e 2005, foram de 74.183 e 73.005, respectivamente. 44. PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES E MERCADOS GEOGRÁFICOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, as prestações de serviços foram as seguintes: 2006 2005 72.296.447 64.915.689 - Mercado externo 62.283.442 55.722.166 Outros 3.009.842 3.719.855 137.589.731 124.357.710 Vôos regulares Operações charter: O aumento verificado na rubrica de Prestações de serviço relativamente ao mercado externo continua a dever-se, essencialmente, ao aumento do número de vôos para o Canadá e Estados Unidos da América. Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os vôos regulares incluem os montantes de 4.785.356 (Nota 49) e 4.670.934, respectivamente, relativos às indemnizações compensatórias referentes a reencaminhamentos. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 O aumento da rubrica Outros compreende, essencialmente, a cobrança de taxas de segurança e combustível sobre todas as rotas, enquanto no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 apenas incidiram sobre as rotas para os Estados Unidos da América e Canadá. 45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 têm a seguinte composição: 2006 2005 Juros suportados 398.968 322.055 Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.936.663 2.352.537 concedidos 1.384 3.432 Outros custos e perdas financeiros 279.467 337.185 2.616.482 3.015.200 (329.729) 769.731 2.286.753 3.784.931 Juros obtidos 14.141 3.376 Diferenças de câmbio favoráveis 2.115.372 2.758.523 157.240 1.023.032 2.286.753 3.784.931 Custos e perdas: Descontos de pronto pagamentos Resultados financeiros Proveitos e ganhos: Outros proveitos e ganhos financeiros (Nota 16) O montante de 157.240 registado na rubrica Outros proveitos e ganhos financeiros corresponde aos ganhos obtidos pela Empresa em operações financeiras de aquisição de moeda (USD) em conjunto com a SATA Air Açores. 78 | 79 46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 têm a seguinte composição: 2006 2005 Donativos 1.000 1.000 Perdas em existências 7.714 - Perdas em imobilizações 6.547 - Multas e penalidades 2.599 19.033 anteriores 133.869 56.080 Outros custos extraordinários 709 - 152.438 76.113 1.180.234 816.980 1.332.672 893.093 Ganhos em existências 299 - Ganhos em imobilizado 1.164 - anteriores 797.507 590.947 Subsídios (Nota 50) 510.989 302.146 Outros 22.713 - 1.332.672 893.093 Custos e perdas: Correcções relativas a exercícios Resultados extraordinários Proveitos e ganhos: Correcções relativas a exercícios A rubrica de Proveitos extraordinários Correcções relativas a exercícios anteriores inclui, essencialmente, o montante de 358.612 relativo a uma regularização da rubrica de Documentos pendentes de vôo correspondente a um ajustamento da receita de passageiros de exercícios anteriores, com base em análises históricas e estatísticas realizadas pela Empresa. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composição: 2006 2005 926.330 1.049.174 Pagamentos por conta 153.839 104.839 Retenções na fonte 40.859 40.859 Estimativa de imposto (71.986) (68.683) Reembolso pedido - 87.388 1.049.042 1.213.577 160.815 142.470 274.446 242.119 435.261 384.589 Saldos devedores: Imposto sobre o Valor Acrescentado Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas - IRC: Saldos credores: Imposto sobre o rendimento das pessoas Singulares: - retenção na fonte Contribuições para a Segurança Social 80 | 81 49. OUTROS DEVEDORES Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição: 2006 2005 Vôos regulares e reencaminhamentos 18.115.758 12.385.817 Code Share - TAP 168.464 2.009.083 18.284.222 14.394.900 ILFC (Nota 54) 1.610.439 1.743.989 TAP 1.483.394 1.118.439 Airbus 343.668 - IVA Intracomunitário 134.999 90.081 IVA Canadá 50.416 255.981 BSP - 2.749.414 GECAS - 736.697 Unicre - 244.390 Outros 273.552 375.127 22.180.690 21.709.019 Direcção Geral do Tesouro Em 31 de Dezembro de 2006, o montante a receber da Direcção Geral do Tesouro tem a seguinte composição: Indemnizações compensatórias referentes ao exercício de 2006: Reencaminhamentos (Nota 44) 4.785.356 Voos regulares (Nota 53) 5.951.059 TAP 1.483.394 12.219.809 Indemnizações compensatórias referentes ao exercício de 2005: Reencaminhamentos 4.402.330 Voos regulares 2.977.013 Codeshare TAP (Janeiro de 2005) 168.464 7.547.807 19.767.616 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 A redução das rubricas BSP e Unicre prende-se com o facto de a Empresa no corrente exercício considerar os saldos a receber das câmaras de compensação com agências, companhias aéreas, operadores de cargas, na rubrica Clientes conta corrente. 50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição: 2006 2005 115.520 205.448 Seguros pagos antecipadamente 650.991 133.830 Rendas pagas antecipadamente 339.976 463.600 Outros 44.168 279.568 1.035.135 876.998 Férias e subsídios de férias 1.907.309 1.814.091 Outros 1.242.286 391.770 3.149.595 2.205.861 de equipamento 775.799 1.057.495 Subsídios à formação - 13.554 775.799 1.071.049 Acréscimos de proveitos: Serviços a facturar Custos diferidos: Acréscimos de custos: Proveitos diferidos: Bónus recebidos de fabricantes A rubrica Acréscimos de custos Outros, no montante de 1.242.286, compreende serviços de terceiros por facturar e comissões a pagar a agências de viagem, nos montantes de 708.690 e 533.956, respectivamente. 82 | 83 A rubrica Bónus recebidos de fabricantes de equipamento no montante de 775.799 inclui um bónus recebido da Airbus no âmbito da celebração dos contratos de locação financeira de dois aviões A310-304 e que está a ser reconhecido como proveito de acordo com a vida útil residual estimada desses aviões (Nota 10). Em 31 de Dezembro de 2006, o montante por reconhecer ascende a 714.131. 51. OUTROS CREDORES Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos desta rubrica tinham a seguinte composição: 2006 2005 GECAS 1.807.384 1.050.604 Taxa de serviço a passageiros 581.073 228.336 Outros 354.840 706.705 2.743.297 1.985.645 52. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Os fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, têm a seguinte composição: 2006 2005 Combustíveis e lubrificantes 37.510.644 32.525.529 Rendas e alugueres 8.132.326 10.511.629 por horas de vôo 11.792.444 11.541.340 Taxas relativas a vôos 12.168.195 11.416.334 Handling 12.200.798 11.591.053 Manutenção 7.049.337 3.378.701 Outras taxas 5.841.184 5.400.922 Catering 4.514.358 4.245.575 Comissões 4.402.853 3.975.588 Seguros 934.894 1.401.485 Outros 11.137.072 13.522.120 115.684.105 109.510.276 Reserva de manutenção ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 A rubrica de Rendas e alugueres inclui os valores referentes aos contratos de leasing operacional dos três Airbus A320 e um A310-304. 53. SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2006 esta rubrica inclui o montante de 5.951.059 (Nota 49) referente a indemnizações compensatórias atribuídas pelo Governo da República relativas a vôos regulares do exercício de 2006, e uma correcção relativamente às indemnizações compensatórias de exercícios anteriores no montante de 358.612 Euros. FROTA AÉREA LOCAÇÃO OPERACIONAL E FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa operava com aviões em regime de locação operacional e financeira nos termos dos contratos que de seguida se descrevem: Em 2005, a Empresa efectuou uma adenda ao contrato inicial de leasing operacional de um Avião Airbus A310-304 (CS-TGU), tendo sido concedido nessa alteração o direito de opção de compra desse avião, o que neste momento configura esta nova locação como financeira e que terminará em Agosto de 2008 (Nota 15). Para a garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou uma carta de crédito irrevogável no montante de USD 1.560.000 (Nota 32). Em 2005, a Empresa efectuou uma adenda ao contrato inicial de leasing operacional de um Avião Airbus A310-304 (CS-TGV), tendo sido concedido nessa alteração o direito de opção de compra desse avião, o que neste momento configura esta nova locação como financeira e que terminará em Julho de 2008 (Nota 15). Para a garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou uma carta de crédito irrevogável no montante de USD 1.545.000 (Nota 32). O contrato de leasing operacional do avião A320 (CS-TKJ) foi iniciado em 4 de Maio de 2004, expira em Maio de 2007 e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de uma reserva de manutenção por hora de vôo, não existindo opção de compra no fim do contrato. Para garantia deste contrato a SATA Internacional efectuou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de USD 540.000 (Nota 49). 84 | 85 Em Março de 2004, a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de dois novos aviões A320 (CS-TKK e CS-TKL), para substituição dos dois Boeing da frota existente na altura, que entraram ao serviço da Empresa em Abril de 2005. Para garantia destes contratos, a SATA Internacional efectuou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de USD 1.200.000 (Nota 49). Em Maio de 2005 a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de um avião A310-304 (CS-TKM), que expira em Maio de 2008, e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de uma reserva de manutenção por hora do voo, não existindo opção de compra no fim do contrato. Para garantia deste contrato a SATA Internacional apresentou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de USD 360.000 (Nota 49). Em Dezembro de 2006 a Empresa assinou uma carta de intenções com a Austian Airlines para aquisição de um Airbus A310-325 (Nota 10), tendo acordado o pagamento de um depósito de caução a favor desta entidade no montante de USD 1.875.000, bem como a entrega do avião no início de 2007. 55. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA A discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantes evidenciados na demonstração dos fluxos de caixa com as rubricas de balanço é conforme segue: Numerário 2006 2005 9.143 11.106 4.852.291 1.964.470 4.861.434 1.975.576 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis Disponibilidades constantes no balanço 56. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES A demonstração dos resultados por funções (DRF) foi elaborada, tendo em consideração o disposto na Directriz Contabilística nº 20, havendo os seguintes aspectos a salientar: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (a) A rubrica Custo das vendas e prestações de serviços inclui, essencialmente, os valores da demonstração dos resultados por naturezas (DRN) registados nas rubricas: Custos das matérias consumidas; Fornecimentos e serviços externos - Combustíveis e lubrificantes, Rendas e alugueres, Reservas de manutenção por horas de vôo, Handling, Taxas relativas a vôo e outras taxas, Fretamentos, Catering e outros (Nota 52); Custos com pessoal relativo a pessoal de bordo. (b) A rubrica de Outros proveitos e ganhos operacionais inclui, essencialmente, os valores da DRN registados nas rubricas: Subsídios à exploração; Proveitos suplementares e Proveitos extraordinários. (c) A rubrica de Custos de distribuição inclui, essencialmente, os valores da DRN registados nas rubricas: Fornecimentos e serviços externos e Custos com pessoal, relacionados com a área comercial da Empresa. (d) A rubrica de Custos administrativos inclui, essencialmente, os valores da DRN registados nas rubricas: Fornecimentos e serviços externos e Custos com pessoal, relacionados com a área administrativa da Empresa. (e) A rubrica de Outros custos e perdas operacionais inclui, essencialmente, os valores da DRN registados nas rubricas: Provisões e Custos e perdas extraordinários. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS António Jorge Ferreira da Silva O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Manuel António Carvalho Cansado (Presidente) António Maurício do Couto Tavares de Sousa (Administrador) José Adriano Pires Ávila (Administrador) 86 | 87 88 | 89 90 | 91 92 | 93 GRUPO SATA Sede Administrativa Av. Infante . Henrique, 55, 2º 9504-528 Ponta Delgada Geral: +351 296 206 700