0 GRITO DA LARANJA
CITROSUCO
Por varias ve"zes temps ouvido refers"ncia que oe citricultores teriam
pedido a punigao da Citrosuco . Nao a verdade . Rm face da crise, fizemos um apelo ao Govern no sentido de que e"le diseiplinasse e fisca lizasse as exportagoes, num amplo e geral estudo, nao proprianmente em
relagao a Citrosuco . 0 Governo formou uma comissao que estudou profun
damente a questao e chegou a conclusao que a Citrosuco seria a respon
savel pelo aviltamento do prego do suco no meroado international . Isto posto, deliberou suspender sua quota de exportagao . Ngate particular, o citricultor nao teve a manor interferencia! 0 mesmo nso pode mos diner das demais industrias que para se livrarem de uma concorren_
to temivel, fizeram e eontinuam fazendo tremenda preasao para que ela nao volte a funcionar, mesmo que isto sustente a atual arise, que
tao vultosos prejuizos traz a nagao .
Ngo nos cabe a nao queremos aqua julgar se a Citrosuco mereeeu ou nap
ser punida, mess queremos discordar da forma de puns-la . Ha muitas maneiras construtivas de pe punir . Infelizmente adotou-ere a formula nets
prejudicial de punigao~ ao invez de defender a nagao a os produtores,
atende somente os interesses das demais industrias . Se a Citrosuco trouxe um prejuizo economico a nagao, nos pareee que o certo series faze-la funcionar (sob controle) em regime forgado, para recuperar o dito prejuizo a nao imobiliza-la, aumentando o malt
Vejamos os principais inconvenientes de tal .punigao :
a) Divisas : Ha que se considerar a necesaidade de se aumentar as exportagoes, corn a consequente entrada de divisas, nesta hora em que
nossa balanga comercial apresenta um conaideravel deficit . Siat, porque as demais industrias, nao tern oondigoes de absorver a faixa
de operagao da Citrosuco, embora aleguem o contrario, visando unicamente seus intere"sses particulares e nao os da nagao (lamentavel
went e) t
b) Honestidade : Outro aspecto negativo da punigao imposta, e o fato
que ela se estendeu aoa contratos ja' celebrados o ano passado, referente a produgao da safra passada. astee eontratos obedecem as normas da Cacex na ocaaiao, inclusive superando seu prego mlnimo de exportagao e estao registrados, com oambio fechado a ja' foram parcialmente pagos! Agora a Citrosuco ester impedida de cumpri los,
proibida de entregar o suco que vendeu e do qual ja recebeu parte
do pagamentot Isto a muito grave em termos de meroado internacio nal, considerando-se que o ato de exportar baseia-se grandements no conceito do "born home" e "honestidade", o que no momento mais esta' afetando a nagao brasileira do que a Citrosuoo, uma vez que o
impedimento do cumprimento dos contratos partiu do nosso govern federal . Este fato representa um tremendo prejulzo moral, sem considerarmos a poss(vel perda de uma boa fatia do mercado internacio
nal . arduamente conquistada pelas nossas industrias .
c) Citricultores : Pobres citricultores! Se ealam sao esmagados, se gri
tam sao engolidos! t obvio que se paralizarmos ume industria que absorve 16 milhoes de caixas de laranja ire Bobrar a mesma quantidade
em disponibilidade no mercado . Equivale a 80% da produggo da regigo
citrfcola de Bebedouro! Em conseque"ncia as demais industrias passa ram a nos espoliar corn pregos irris6rios . Pedimos socorro e nos jo garam aos lobos! Achamos que nao devemos ser punidos, embora indiretamente, sem termos cometido falta alguma . t born lembrar que nao for
mamos nossos pomares corn incentivos, sem arriscar capital proprio .
Empenhamos muito suor e sacriffcio . .
d) Custos : A Citrosuco e a industria que apresenta o menofl.custo de pro_
cessamento industrial do suco produzido . Cremos que into tambem re presenta um consideravel lucro-para a nagao . Ngo tern sentido que se
paralize uma industria eficiente e se proteja "calhambeques" antieconomieos que estao funcionando por aL .
e) Contratos : A Citrosuco a das rarasindustrias, que em seus 10 anos de
atividades sempre honrou seus contratos de compra de laranja, sem la_
murias e sem chorar reajustes de pregos, alem de sempre pagar rigoro_
samente no vencimento . Isto a uma garantia pares o citricultor, que quando vende, sabe que ester vendido, e pode programar seu orgamento .
A Cezar o que 4-de Cezar!
f) Social : Com a paralizaggo da Citrosuco nada menos de 2 .000 chefes de
familia, ligados diretamente a atividade da firma, perdem seus empr e
gos, sem possibilidade de se colocarem em outros, porque nas fazendas
esta havendo dispensa quase que geral dos trabalhadores rurais . 9 fa
cii avaliar a crise socio-econo"mica que grassa nas regioes citrfcolas
do Estado .
A mendicancia, a fome e o roubo aumentam assustadoramente, alem de provocar o e"xodo rural, Onde ester a vantagem de se criar tal situagao?
Cremos que ainda a tempo de se corrigir tamanbo mall
Em face do acima exposto, queremos pedir ao Governo que diminua, mude ou contorne a punigao a Citrosuco, dando-lhe condigoes de funcionamento total o que so beneffcios traria a nagao . Nesta altura a pre_
ciso atentar para o fato de que so a atividade de TODAS as Industrias, inclusive Citrosuco e Sanderson, pode nos tirar desta crise ingloria .
SANDERSON
Lluito se tem falado e escrito a respeito da Sanderson, mas nao nos esque
gamos que ela tambem a imprescindfvel ao esquema . Da solugao de seus pro
blemas dependem uma game de produtores que a ela venderam suas safras e
estao com promiss6rias rurais vencidas nos Bancos, pedindo cobertura,pois
por eles foram avalizadas .
0 problema agrava-se, ao considerarmos que todos tem variedades precoces,
que estao caindo das arvores, nao podendo entrega-las a industria, que esta paralizada e nem vender a outras industrias, pois estao vinculadas
a contratos que os impedem de faze"-lo . E im ortante que se evite o des mantelamento do maquinario da Sanderson pelas financeiras e que se crie
condigoes de que ela opere nao so com as frutas ja compradas, mas a plena capacidade . Absorvera assim uma boa parte do excedente de 24 milhoes
de caixas existente .
ODTRAS INDUSTRIAS
Soubemos que algumas industrias de suco, irao atraves memorial, tentar
convencer o-Governo que a safra atual nao e tao grande e que o excedente
e minimo , comprometendo-se a adquiri-lo, desde que a Citrosuco e a Sanderson ngo operem e que seja mantido o "prego medio" . Arguiriam tambem
qua as laranjas precoces ja terminaram a que as perks aguentam nas errvores ate Dezembro . Que bom serial Temos a convicgao que o Governo nao
vai cair neste "egnto de sereia" pots a atual safra a records e o excedente a realmente grande a ester industrials t' o tem capacidade de abaorve-lo . Alem do mais, das citadas laranjas peras temos a variedade RIO
pie ja ester plenamente madura a comegando a cair das &vores!
PRRQOMfNIMO
Quanto ao prego que nos deve oar pago, voltamos a realirmar que os Cr$ .
7,00 estabelecidos pelo Governo como prego MINIIMO a que nao ester sendo
cumprido, mal da para cobrir nossas despesas, nao havendo remuneragao
de (nosso) capital . Um pe de laranja nos custa por anb em torno de Or$ .
14,00 . A produggo media de nossa regigo a de menos de 2 caixas . Como pa
gar menos, se a Cr$ .7,00 os produtores na-o podem adubar, pulverizar e
limpar seus pomares? 0 investimento so compensa se o capital for remune
radol A1em do mais, considere-se que o auto no mercado international, segundo publicagoes da imprensa, ja reagiu a ester cotado a US$ 750/Ton .
A este prego de exportagao a inddetria de suco pode pagar ao citricultor
ate CrS .15,00 por caixa a auferir bone lucros . Por qua entao reclamar
tanto para pagar os Cr$ .7,00 estabelecidos pelo Governo como prego m, (nimo? 19 necessario tambem que se vincule o prego MINIMO ao direito a cota
de exportagao . t a unica maneira de se fazer eumprir uma medida Governs
mental que vem sendo burlada com o maior destemor .
Aguardamos solugoes por parte do Gove"rno, qua atendam a todas as partes
interessadas, dentro de um interesse maior que e o beneficio de nossa
Patria .
GAO
Frederico Oscar Hotz
Representante5de um grupo de citricultores de Bebedouro e Monte Azul Paulis
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Concluin o temp a d$Zr a V ExA due as aspinaturas dos
CI'TRIC~7=.
clueconstam nes-e m~nires1 o, repfesentam mars ou menos de 10 a 12 rail joes de caixa, d-as quais 80%. enoontram--se sem vender e
pros .-'.s
ca. .trato da Sanderson 20;1, faltcndo ainda as siraturas de Mon
-te A=l P aulis ta, Colina, Taiai-asu, Pitangueiras, Taiuva, que, nao tive
-mos o k1evido tempo de collier .
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0 GRITO DA LARANJA CITROSUCO Por varias ve