DESTAQUE
n
TRANSPORTE COLETIVO
INFORMATIVO
CENTRO
curítiba
DE FORMAÇÃO IRMÃ
agosto
1983
ARAÚJO
234-7833
11^9 it frM KeíiiiEiít
Ê isso ai mesmo.
Novamente a história se repete.
1
O ônibus subiu,sem que o
povo
fosse ao iftenos ouvido. Participação??
Ficou só nos discursos.
Particpar não é ouvir os discur
sos de horas, dos técnicos da Prefeitura.
Participar é DISCUTIR, é INTERFERIR, defendendo os interesses do po
,vo, neste caso, do usuário, do trabalhador que faz do ônibus seu meio de
chegar ao trabalho.
E VEJAM SC.
0 ônibus subiu 60% nos últimos
6 meses. Foi de Cr$ 35,CO para 80,00.
E qual foi o reajuste nos nossos sala
rios.
E tem mais. Você sabia que
de
janeiro de 1981 a agosto de 1983
o
oreço da passagem subiu 960 %. Mas aconteee que nesse mesmo período o salário subiu 500 %.
E uma loucura.
Mas o M A B, através da Comis ' são de Transportes e das Associações,
acha que essa luta tem que ser levada
em frente.
Ou a gente se organiza e luta,
ou no próximo aumento, estaremos trabalhando só para pagar a passagem do
ônibus.
Por isso vamos discutir e levar
essa luta em frente.
I C E
*
*
*
*
*
Ônibus pode ir a Cr$ 80,00 na 69 feira..01
Passagens de ônibus baixaram
01
Usuário Contesta aumento do Ônibus
02
Bairros Protestam Contra Nova Tarifa ...02
Pressões adiam Aumento das Tarifas de
02
Oni bus_
* Povo não é Consultado
03
* Persiste Impasse no Aumento do Ônibus ..03
N.0
-/BIBLIOTECA.
População quer Preço do ônibus mais
Baixo
04
Ônibus sobe na Marra
05
Pressões Mantém Reajuste
05
Sigilo
05
Ônibus Sobe^ E Oficial
06
No Sábado, Ônibus passa para Cr$ 80 .06
Ônibus a Cr$ 80 já neste Sábado
07
Mais Protestos Contra Nova Tarifa de
Ônibus
08
M A B quer um Novo Cálculo da Tarifa.08
Ônibus: Aumento Gera Protestos ......09
Manifestações Contra o Aumento do 0nibus
_.
^0
Ônibus aumenta Sábado
10
MAB quer um novo Calculo da Tarifa...10
Usuários Lutam Contra Reajuste
11
C0MEC quer reorganizar Transporte ...12
Aumento do Transporte é Discutido
12
Amanhã Aumento dos Intermunicipais...12
Empresas de Ônibus Falsificam Percur
sos
•
^3
Bairros Desconfiam do Cálculo da Tarifa
13
o
;
;
SO^OOiiaó
AUMENTO PRÓXIMO
f praiicaincntc ccnò o
ícajusic do iransponc colcii\o
a semana, ou o mais
tardar, na próxima scsundatcira, c conforme as inlorma
côcs a partir do depoimemo do
diretor do Dcpanamcnio de
Ulilidade Pública na Câmara
Municipal, a larifa deverá passar para Cri KO ou aic CrS S5
nos expressos, alimcmadores c
vonvcnclonais, subindo enire
4?ío c 5Ü0;o em relação ao
aiual valor. Os vereadores
acrediiam que o valor da iariía
sc.ia definido já no dia de hoje,
e por isro mesmo o vereador
Rubens Amonio enuou, pedindo urgência, com uma proposta adiando a maioração que somenie seria auiorb-ada quando
do aumento do salário mínimo,
cm nü\ embro próximo.
A proposta do vereador,
que dificilmente será aprovada
e mesmo que isto vmlia a acontecer, esbarrará cm questões lerais - inclusive o contrate firmado entre Prefehura c empresas de uanspones coletivos - c
apenas uma questão dentro do
novo reajuste. Outro vereador,
Sady Ricardo, pi opôs mas não
será -analisado para esta situação - que seja aptovada a larifa
especial para determinadas
classes menos privilegiadas. Alguns vereadores, também entendem que poderão discutir o
aumento antes do Prefeito assi-
:
)
]
] '
Os usuários deverão iniciar o mês pagando mais pelo transporte.
nar o Decreto autorizando a
correção, de forma que, se isto
vier ocorrer, podem acontecer
surpresas inclusive aos próprios diretores de departamento da Prefeitura. No primeiro
encontro, por exemplo, uma
das solicitações feijas foi para
que os cálculos fossem aptesentados de forma mais simples.
O AUMENTO
O reajuste de -15°,o a :sOu.ro
acompanha a iaflácâo, c de
cena forma, os reajustes de salário. Fm janeiro deste ano. a
larifa em C uritiba era de OS
??, subindo logo no inicio do
mês para CrS >0 quando os empresários queriam CrS 60. De-
na composição do custo da ta-rifa.
Os seletivos, com um aumento em torno de_ ^C/o, podem chegar a CrS 160 apioximadamente ou ate um pouco
mais. Mas desta ve/ os aumentos não corresponderão a novas melhorias, nas mesmas
proporções de outras ve/es, como renovação de frota, extensão de linhas oú criação de no' vas linhas. Inclusive, dó último
reajuste, quando foram prometidos a instalação de linhas de
cireulares especificas em cada
bairro, ainda falta muito a
cumprir. Algumas das poucas
linhas ativadas estão atualmente praticamente paradas.
pois houve o repasse do aumento do combustível, no dia
24 de abri! passado, quando a
tarifa ficou em CrS 55 r*gora
subindo para CrS 85, por
exemplo, ficará, em seis meses,
bem pe-ada se considerado que
ate o dia ?1 de de/embro passado seis meses atrás - custava CrS í?.
O valor porem ainda não
está oficialmente definido c o
que existe c a lógica, as informações não oficiais e o que c
costumeiro - ou seja - o reajuste acompanhando de peno a
inflação, mas sendo compens
'do pelos repasses, quando os
aumentos do combustível ou
outros pesam em mais de 5<,7o
0 POVO FOl CHAMA&O A PAÈTIOpA
DA DÍSOJ&SÃC feoSfet o V-iwtJJrO
õo omifeos ?????
V£-M
O (2uE o ?oVO ODNSfcCíufO
VÃõ HA PEA AC^eDlTAS .....
Passagens
de ônibus
baixaram
As passagens de ônibus para
os bairros situados no município
de Piraquara, servidos pela Empresa de Transportes Coletivos
Kxpresso Azul, baixaram de
preço no último dia 25. A diminuição de preços foi mínima, e
deveu-se à retirada de arrendondamentos que as empresas de
linhas
intermunicipais costumam fazer por conta própria,
dando como desculpa que é o
preço do seguro imbutido na passagem.
ia 2
Si
As diminuições de preços
foram mínimas: linhas como
Vargem Grande, Vila Maria Antonieta. Vila Amélia, baixaram
de 85 para 84 cruzeiros, Na Estação Pinhais caiu de 80 para 78,
e na Jardim Maringá, de JQ para
66
cruzeiros.
O
Supletivo
Shopping baixou de 110 para
107 cruzeiros.
Na Secrectaria dos Transportes informou-se que o Conselho de Transportes Coletivos
Rodoviários
Intermunicipaisresolveu colocar em prática a
resolução 89/80 e normalizar a
situação, Agora, a cobrança de
seguros só pode ser feita à parte
da passagem, devendo o passageiro pagar, se quiser, mais 8
cruzeiros, nas linhas até 50 qui iômetros.
A atitude da secretaria resultou de instâncias de associações
de j]]£fadores Jjgadasjto MAjB Movimento de AssodaçÈeii Lde
Bairros de ^Curinha—e.-_Regiãx)
Metropolitana.^que tem como um
oi
dos objetivos incluir os transportes de determinadas regiões periféricas no sistema municipal de
Curitiba, o que implica cm tarifa
única, linhas de expresso, entre
outras vantagens. Os arrendondamentos ilegais foram descobertos por acaso. Mas uma briga
muito grande está sendo feita
para rever a quilometragem das
linhas, freqüentemente contadas
a mais, o que permite passagens
mais altas.
1
~
Cnibus ds 5,15
A Vila São Pedro está precisando
de um ônibus no sentido
bairro-centro às 5 horas, 15
minutos da manhã.
E grande o número de
trabalhadores que necessitam
deslocar-se cedo, e somente
dispõem da linha Uberaba, que.
passa distante 1 quilômetro'
da Vila São Paulo.
Usuário contesta*
< - o.
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11 J e
A decisão da Prefeitura Municipal de Curitiba cm conceder o reajuste tanfário do iransporte coletivo urbano a partir do próximo
dia 1." de julho, çt.éndo a tarifa sócia! única deverá p2S:.ar para
C:$80. esta sendo contestada pelo MAB -Movimento de Associações de Bairros de Curitiba e Região Metropolitana.
Segundo integrantes da Comissão de Transportes daquela entidade que concederam entrevista coletiva na tarde de ontem na Casa
do Jornalista, caso o prefeito Maurício Fruet assine o decreto, estará faltando com o compromisso assumido no último dia 22 de
perante mais de 20 mil moradores de bairro, quando prometeu uma "administração transparente".
ADIAMENTO SOLICITADO
De acordo com Lafaite Santos Neves, um dos entrevistados, o
rainimo que o prefeito poderia fazer para honrar o seu compromisso, seris adiar o aumento, ate que os cálculos sejam revistos e dcíaIhadamentc explicados com a.participaçâo de uma comissão de moradores c usuários do transporte coletivo.
Entendem os integramos do MAB que estiveram reunidos no
inicio da semana com o diretor do Departamento de Utilidade Pública da Prefeitura, serem os cálculos para revisão da tarifa fundamentada numa metodologia já ultrapassada, mesmo porijue a legislação especifica é datada de 1955, consequentemente bastante distante da realidade atual.
Para Amedeu Eonatto, outro membro do movimento, a planilha de custos apresentados pela Prefeitura apresenta algumas discom as quais os moradores não podem concordar. Segunoo ele, os cálculos abrangem cerca de 10 itens, a saber: Depreciação
ca frota; Combustíveis; Lubrificaçâo; Rodagem; Manutenção;
vo; Pessoal Administrativo; Seguros, Licenças e
luxsts; Cünligências; e Remuneração do Capital.
"Destes itens, alguns merecem' maiores esclarecimentos, o o de "Contingências"; que representa 3,8% do prearifa, lespondendc por uma arrecadarão diária na ordem de
2, 2 milhões de cruzeiros". No seu entender, contingências c â porcentagem paga pelo usuário para a empresa fazer acréscimo de
ünhase ônibus, quando houver necessidade. "Ora, só acontece este
acréscimo de linhas e ônibus - continua - quando há um aumento
real de passageiros para tal. Havendo um aumento de usuários, as
despesas com os novos ônibus serão cobertas".
Ele fala também do item "Pessoal de Manutenção", que corresponde a um mecânico para cada 2 ônibus, quando na verdade as
empresas neste caso não possuem nem 20t!'o dos mecânicos que deveriam possuir". Como esse item também corresponde a 3,8% no
preço da tarifa, pode-se afirmar que ai tarnbém está havendo um
acréscimo indevido nas tarifas, na ordem de 3,1 por cento".
Foram analisados igualmente aspectos concernentes ao item
"peças", em torno de 12% do preço do veiculo, quer eles sejam novos ou velhos e que representam uma arrecadação diária de 4.5 milhões de cruzeiros, somente para reposição de pecas. O MAB disp.inda do item "Pessoa! de Administração", estimado em
10% do Pessoal de Tráfego e Manutenção e por conseguinte fundamentado em estimativas falsas, bem como se posiciona frontalmente ao arredondamento da^arifa de CrJ78,92 para CríSO,00, alegando que somente neste item as empresas terSo ura lucro extraordinário de 778 mil cruzeiros, diariamente, enquanto o trabalhador se vê
cada vez mais onerado.
Tarifa intermunicipal
As passagens de ônibus intermunicipais poderão sofrer já na
primeira quinzena de julho ura aumento na ordem de 10% da tarifa
atual, a titulo de repasse do último aumento do preço do combustível. O assunto encontra-se em estudos na Secretaria dos Transportes, que no entanto somente deverá dar uma definição a respeito
após o dia 10 de julho.
O pedido do Sindicato dos Empresários de Transporte Coleti,\o do Paraná foi tratado era recente reunião do secretário Deni
Schwartz com empresários do setor, da qual participaram ainda o
dirctor-geral da Secretaria, Renato Meister e o diretor do DSTC-tamento dos Serviços de Transporte Comercial, Darcy Gomes de Moraes, além do deputado estadual Nilso Sguarezzi.
Alegam os empresários que estão tendo prejuízos nas linhas
cm razão dos últimos aumentos nos acessórios e no combustível. O
encontro foi provocado pela diretoria do Sindicato dos Empresários de Transporte Coletivo, com a finalidade de pedir o apressamemo do órgão oficial na definição do pedido de repasse, feito anteriormente à Secretaria dos Transportes.
O aumento poderá ser concedido com base no reajuste estabeIccido pelo DNER e nas tarifas de transporte coletivo do Rio Grande do Sul, que foram corrigidos em 10 por cento. Todavia, a Secretaria dos Transportes pediu um prazo até 10 de julho, para dar f
definição a respeito.
Bairros protestam
contra nova tarifa
3
5
as
O aumento da tarife dos transportes coletivos em Curitiba, que deverá passar de CrS 55,00 para CrS 80,00 a partir de amanhã, foi recebido com desagrado pela Comissão
de Transporte do MAB - Movimento das Associações de
Bairros de Curitiba e Região Metropolitana. Ontem essa
comissão se reuniu para redigir um documento endereçado
ao prefeito Maurício Fruet, solicitando a suspensão temporária do aumento.
"Pelo menos até convocar as entidades representativas
de 20 mil moradores de bairros da cidade, promessa feita
prefeito no dia 22 de maio quando ele anunciou pa-a
mais de 15 mil pessoas no Ginásio do Tarumã, que pela
primeira vez a população seria chamada para discutir com
a cúpula do governo municipal o aumento das tarifas dos
ônibus urbanos", disse Lafaiete Santos Neves, da diretoria
do MAB,
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Também o preço das tantas de ônibus intermunicipais
deverá sofrer um novo reajuste já na primeira quinzena de
julho, depois que a Secretaria dos Transportes tiver uma
definição sobre o pedido de repasse do último aumento do
preço do combustível às tarifas, feito pelo Sindicato dos
Empresários de Transporte Coletivo do Paraná. Os empresários querem um aumento de 10%, alegando prejuízos em
razão dos últimos aumentos nos preços de acessórios e
combustíveis.
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Pressões adiam
iic
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a
A
.' : 3
tarifas de ônibus
O numenlo da passagem de ônibus foi adiado
p.-irn os próximos dias. provavelmente para o
domingo ou segunda-feira. Como o contrato entre
a Prcfcilura de Curitiba e as empresas de iransporte coletivo prevê reajustes automáticos semestrais, a Prefeitura estaria inadimplente não concedendo o numenlo a partir de hoje. mas os empresários concordaram cm protelar o reajustamento
por nlgtms dias cm virtude das discussões em
torno dc alguns itens da planilha de custos que
indica o preço das tarifas.
O assunto foi intensamente debatido ontem, no
plenário da Câmara, entre vereadores, representantes ilos empresários, da Prefeitura e até do
Movimento dc Associações de Bairros. Os vereadores, dc ambas as bancadas, se pronunciaram
contrários ao aumento - de CrS 55 para CrS 80 c consideram seu percentual muito alto. O coordenador do Movimento de Associações de Bairros. Lafayctc Neves, propôs a criação de uma
comissão especial composta por representantes
das empresas c usuários para estudar a questão, e
pccitii o iidiamcmn do reajuste da tarifa, até que a
comissão conclua seus trabalhos.
O^ vereadores levaram a sugestão ao prefeito,
mas os empresários, segundo seus representantes,
rejeitam, já que implicaria num adiamento mais
prolongamento do prazo para a concessão do
aumcnio. Danlc Frachesk. do Sindicato das
Fmprcs.-is. disso que estas estão abrindo mão de
pane do lucro dc 12"n a que têm direito e,
faycndo um comparativo, afirmou que o preço
das passagens na maioria das Capitais brasileiras
c mais alio que o dc Curitiba. Enquanto vereadores do PMDR responsabilizaram pelo aumento a
politicti econômica do governo federal, o lider do
PDS. Santiago I.ossn. pediu um reajuste menor,
"dc CrS f>í IHI CrS 70". e Rafael Grecca culpou
o prcfeilo que. segundo ele. está se omitindo:
"Fruet afirmou - está reeditando Pilatos e quei
que nós Iho demos a água. a bacia e a toalha para
que la\c suas mãos". As galerias da Câmara esta\am lotadas por motoristas e cobradores, cujo
aumento salarial depende do reajuste das tarifas.
Aumento do ônibus: Prefeitura quebra promessa
POVONÃOJ
CONSULTAD
O reajuste do torifo dos
Ironsportes coletivos, em
Curitiba, que deverá passar de Cr$ 55,00 para Cr$
80,00 a partir de amanhã,
foi recebido com desagrado pela Comissão de
Transportes do MAB Movimento das Associações
de Bairros de Curitiba e
Região
Metropolitana.
Ontem, a comissão se reuniu para redigir um documento endereçado ao prefeito Maurício Fruet, solicifondo o suspensão temporário do aumento.
"Pelo menos até convocar as entidades representativas de 20 mil moradores
de bairros da cidade, promessa feita pelo prefeito no
dia 22 de maio, quando ele
anunciou poro mais de 15
mil pessoas, no Ginásio do
Tarumã, que pela primeira
vez o população seria chamado para discutir com a
cúpulõ do governo municipal o aumento das tarifas
dos ônibus urbanos",
lembrou Lafaiete Santos
Neves, da diretoria do
MAB.
INTERMUNIC1PAIS
Também o preço das
tarifas de ônibus intermunicipois vai sofrer reajuste na
primeira quinzena de julho,
depois que a Secretaria dos
Transportes tiver uma definição sobre o pedido de
repasse do último aumento
do preço do combustível às
tarifas, feito pelo Sindicato
dos Empresários de Transoorte Coletivo do Paraná.
Os empresários querem um
aumento de 10%, alegando prejuízos em razão
dos últimos aumentos nos
preços de acessórios e combustíveis. No dia 10 de
maio último as tarifas dos
ônibus intermunicipais
foram reajustadas em
33,5%.
Repretentantei de bairroí: cobrando promessa.
■%-
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QOANDo
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^ENTE
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CONTINOAE.
irnpcisserio
aumento dos ônibus
-
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UZíT*
Depois de três horas de reunião, ontem à tarde, os empresários
ligados ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros c
o prefeito Maurício Fruet, alem'de alguns vereadores c lécnicos,
nâo chegaram a uma conclusão. Os empresários dizem que a tarifa
deve ir para CrJ 86 conforme os seus cálculos; a prefeitura diz que
deve ser de Cri 78,92 concordando em arredondar para CrJ 80 desde que os empresários compensem essa diferença a mais aumentando o número de quilômetros rodados. O impasse que persiste c
agravado pela posição de pane dos vereadores, c pelo movimento
de associações de bairro que, ao ter acesso às planilhas de custo, estão contestando alguns itens e reivindicando uma tarifa na faixa de
. CrJ 70,00.
"y
i
Sem definição, nova reunião ficou marcada para a próxima
" quarta-feira, quando se tentará um ecordo, pois íC-tlc um lado a
^prefeitura têm que se voltar ao atendimento da população, viabiliv zando uma tarifa acessível, de outro, Dantc Luiz Franchesci, membro do Sindicato das Empresas, explica que "matemática são nú| meros", ou seja, existe um custo que nãopode ser ignorado mate, matitamente na formação da nova tarifa.'"
A preocupação existe visivelmente de ambas as partes - os
J>P PDVO
Oi 07.89
membros do sindicato garantem que jamais passou como proposta
ou intenção uma pariüisafãn üos coletivos. O transporte coletivo c
algo de muita responsabilidade para acidade. No entanto, reconhe' cem também que, se não houver acordo, "alguma coisa lera que ser
feita" De parte das empresas, também, o movipicnto organizado,
com argumentos fortes, contestando as planilhas de custo, também r
geram preocupações, ainda mais que agora os próprios vereadores
estão pressionando o prefeito a baixar a tarifa-e a fazer novas exi-'
. gências aos empresários.
, ■
Para justificar o aumento, os calculos^são complexos- desde o
aumento do combustivel, mao-de-obra, peças, pneus, baterias, quiI lômetroiodado, número de passageiros por quilômetro, deprecia; cão dó capital e outros itens são questionados. Como existem dois
' levantamentos diferentes, um apontando uma tarifa dc'CrJ 85 é outro de CrJ 78, é possível que na próxima quarta-feira ó acordo seja
í feito em CrJ 80, abrindo mão a prefeitura de algumas exigências
rtécnicas como ó aumento das linhas.Porém, se isto acontecer, estapá também aberto um-precedente - em todos os últimos reajustes, o
f;aumemo da tarifa foi seguido de melhoria nos ônibus c aumento de^
-carros ou da quilometragem nas linhas. , r._ ' T ifiijájl '1fPi^i;--^^|
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n os dolorosos efei/nas assoí Capital, que se coh'
to das Assoda-
iTRICO
li NO CUSTO POR KM
ITEM '
Combustível
26,33
1.29
Lubrificantes
5,90
Pneus
8,85
Manutenção de Peças
4,35
Manutenção de Pessoal
>w MOMTE. it naní ít-ireAcn NO
0 CUê
NÃ^u
Cut o Po/i
Para se chegai ao pieço da
tomou-se o seguinte cálculo:
Custo médio por km (Média
;
p
enida dos custos p/km
de todos os tipos de
vos)
CrS 279,00
MULTIPLICA
Quilometragem lotai
ia de todos os
'• us
203.700 I
TOTAL
Custo total por dia
CrS 5<
lO.OO
DIVIDE
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lia
720. 52
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CrS
íO
CrS 80,00
0
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ste.
a
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ii as dí -idas quanto aos
Io, a cc missão do MAB
se reuniu no dia 27 de junho com o Dr.
Mário Brandalize, diretor do Departamento de Utilidade Pública da Prefeitura, que
é responsável pelo levantamento do custo
-
c. '
lo cálculo e as fórmulas
são
es de uma planilha e são baseados no contrato firmado entre a Prefeitura e as empresas em 1955 e que tem
lade por mais 19 anos. .
o e 1? de julho e são i
, ■ P '\ h a Mi
de C
as, ]
■ do do ;
leo.
■que :
de-Sf
',
'
"
ga explanação dos itei
bre o custo da tarifa, pi
.; nte ao quadro ai.
Pessoal: Motoristas
21,90
Cob! odores
10,29
Despachante
0,40Administração
3,80
Se^uios, taxas e licenças
0,66
Contingências
4,23
Remuneração do capital (lucro)
12,00
100,00% Total
CUSTO QUILOMÉTRICO EM CrS POR TIPO DE COLETIVO
TIPO ÔNIBUS
Custo p/km — CrS
% que representa
em relação ao total
da Frota
-t-Nl 12A
í A £ iTVAíAÕ
i
CONVENC. EXPRESSO
334,91
257,25
61,42%
riam conhecimento de que empresas com
mais ou menos 200 carros só dispunham
de 10 mecânicos, isto é, 1 mecânico para
cada 20 ônibus o que representaria uma
redução de 3,8% no preço da passagem.
2) No item Contingências, que, segundo o contrato, seria uma verba destinada a futuras ampliações de linhas e de
horários e que representa 4,23% da tarifa,
ros do MAB não sejus;
s se há uma ampliação de liaha
ou ' h Lrio, é ]
J - a demanda auo cobriria os custos
o. _
do eles, alguns itens que
são baseados em fórmulas de 28 anos
ís deveriam ser revistos e outros verificados "in loco" nas empresas, paia que
. realmente expressão da verdade.
A estas afirmações o Dr. B- i li e
respondeu que concorda em parte com algumas delas, principalmente no ilem contingências e que eslava tentando corrigir;
Após tonar conhecimento de todos ' poiém, como são baseados em um contratens de custo, inclusive com todos os
to legal, a modificação do mesmo não selores, alguns membros da comissão
ria de sua alçada, que é a área técnica,
de transporte do MAB não concoidaram
mas sim da área política.
!g .ns dos itens. Segundo eles, exisDiante da afirmação de que a modifiti
Jes:
c çSo desta planilha de cálculo que orien1) No itt m Pe;
ta o
lida política, a
ita 4,35 ■' "
. ■'!
ie avistai
no Prefei:
i, a fc
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■ ] meto M ■' ;'' Fi ict, q
i para cada 2
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una.
ART1CÜL. ALIMENTADGR
276,3t
-
? ^%
19,13%
A comissão do MAB cobrou do prefeito a participação das associações na
decisão do novo preço da tarifa, que foi
por ele prometida no encontro cora as asições no lanimã e lhe
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planilha de cálculo e no contrato. Tai
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populaçSo em geral esta, ainda, a
ça que estas
quanto ao critério de —das em conta e que o
não atinja prupOrçõcs tao dàuüsas.
Empresas já cobram 80 cruzeiros a passagem
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FRUET
O prefeito Maurício Fruet, que participou ontem
da convenção do PMDB, desconhecia o reajuste à
revelia promovido por algumas empresas (classificado por passageiros como "cachorro", ou seja,
uma "mordida"). Fruet disse à tarde que somente
hoje od amanhã, em entrevista coletiva, definiria a
questão do aumento.
Niuma clara afronla à Prefeitura de Curitiba e à
populnçõo, algumas empresas de ônibus reajusta- ,
ram ontem, por conta própria, a pcssogem e passaram a cobrar 80 cruzeiros o tarifa. A TRIBUNA
registrou a queixa de diversos usuários, principalmente dos que se utilizaram do expresso que faz as
linhas Çortão/Cabral e Capão Raso.
Como se recorda, durante a semana houve reuni5o entre representantes das empresas, da Prefeitura e vereadores, sem que^ no entanto, se chegasse a um acordo final para o reajuste das tarifas
(55 cruzeiros) em foce da último aumento dos combustíveis. O aumento, informava a TRÍ3UNA em
sua edição de sábado, continuava indefinido,
embora um dos diretores do Sindicato das Empre-sas de Transportes de Passageiros, Dante Fronceschi, achasse que o oumento começaria a vigorar "a partir deste final de semana", mas, segundo
o vereador Neivo Bercldin, as passagens só sofreriam reajuste nesta semana.
Ao mesmo tempo, fontes da Prefeitura, ligadas
ao Departamento
de Serviços de Utilidade
Pública, revelavam que o aumento seria concedido
esta semana, mas para vigorar somente a partir
de sábodo."
Os vereadores entendem que o cumenlo para
CrS 80 é muito pesada para os usuários e ^edem ,
um reajustamenle baseado em índices menores. De
seu lodo, os empresários alegam que este reajuste
está abaixo de suas necessidades e assinalam que
os cálculos de suo planilha de custos indicovom um
oumento para CrS 86 e não CrS 78, conforme concluiu a Prefeitura.
Pressão mantém reajuste
•
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MoToristas e troc-adores lotaram o Legislativo municipal.
Os vereadores discutiram^ mas
não conseguiram alterar as novas
tarifas do transporte coletivo da
Capital, que deverão entrar em vigor
no domingo ou segunda-feira. Um
g ande número de motoristas e trocadores esteve no Legislativo para
pressionar a manutenção da tarifa
única de 80 cruzeiros, uma prática
desnecessa'ria que foi levada a sério.
O cálculo real, de acordo com cri-:
te'rios técnicos indicava o preço de
78 cruzeiros e 75 centavos.
sob a alegação de que as empresas
"liorarão o serviço (que não p
de obrigação), a Prefeitura concordou com o que foi pedido: 80 cru-
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Reação do povo: uQuer dizer que o prefeito cedeu?''
A passagem de ônibus em Curiprotestou contra o reajuste e disse
, tiba vai para Cr$ 80,00 a partir do
que o diretor do Departamento de
próximo sábado, num reajuste de
Serviços de Utilidade Pública da Pre•45,45%, conforme anunciou ontem
feitura, Mário Brondalize, havia proo tarde o prefeito Maurício Fruet. Em
metido que antes do reajustomento,
troca, as pove empresas de transseria criada uma comissão mista porte coletivo da Capital se comprosugerida pelo Mab - para verificar
meteram a aumentar sua média de
os cálculos da planilha de custos que
quilometragem diária em 3.314
indica os índices de aumento da
quilômetros, criando novos horários tarifa.
e linhas, e a não reajustar os tarifas
se houver aumento de até 20% do
Ao anunciar o reajuste das passaóleo diesel, nos próximos 90 dias.
gens, o prefeito Maurício Fruet disse
Como se recorda, o contrato que a
que "Curitiba terá o menor preço de
Prefeitura mantém com as empresas
tarifa entre as Capitais brasileiras" e
do setor - firmado na gestão pasassinalou que a Prefeitura conseguiu
sada e com validade até 15 de
um oumento inferior aquele desesetembro de 1991, e não de 19 anos,
jadd pelas empresas.' "Os empresácomo foi noticiado anteriormente rios reivindicavam reajustomento
autoriza reajustes semestrais das
para Cr$ 86, mas pelo cálculo da
tarifas e aumentos automáticos
Prefeitura, a tarifa teria que ser de
quando se registraram aumentos de
Cr$ 78,75; então, autorizamos Cr$
preço do óleo diesel.
80 e em contrapartida as empresas
"Quer dizer que o prefeito
se comprometeram-a aumentar a
cedeu?" Foi assim que o coordenamédia de quilometragem diária e o
dor do Mab - Movimento de Associanão aumentar as tarifas nos próxições de Bairros, lafayette Neves, -mos 90 dias em função de eventuais
reagiu ao saber do aumento. Ele
reajustes do preço do óleo diesel".
l\o sábado, ônibus
passa para Cr$ 80
Confirmado: a passagem de ônibus em Curitiba vai para
CrS 80 a partir do próximo sábado, num reajuste de
45.45%. .conforme anunciou ontem à tarde o prefeito
Mauricio .Fruet. Em troca, as nove empresas de transporte coletivo da Capital se comprometeram a aumentar
sua média de quilometragem diária em 3.314 quilômetros,
criando novos horários e linhas, e a não reajustar as tarifas
se houver aumento de até 20% do óleo diesel, nos próximos
90 dias. Como se recorda, o contrato que a Prefeitura mantém com as empresas do setor —' firmado na gestão passada e com validade até 15 de setembro de 1991, e não de
19 anos. como foi noticiado anteriormente — autoriza reajustes semestrais das tarifas e aumentos automáticos
quando se registrarem aumentos de preço do óleo diesel.
""Quer dizer que o prefeito cedeu?" Foi assim que o
coordenador do Mab - Movimento de Associações de Bairros. Lafayette Neves, reagiu ao saber do aumento. Ele pro-1
testou contra o reajuste e disse que o diretor do Departamento dos Serviços de Utilidade Pública da Prefeitura,
Mário Brandalize, havia prometido que, antes do reajustamento. seria criada uma comissão mista — sugerida pelo
Mab — para verificar os cálculos da planilha de custos que
indica os Índices de aumento da tarifa.
explicou.
Com o adicmento do reajuste - do
dia primeiro para o dia' nove, sábado -, os usuários de Curitiba economizarom mais de Cr$ 162 milhões.
Nas principais Capitais do Pois,
estão sendo cobradas as seguintes
tarifas: Belo Horizonte - 105, Porto
Alegre - 87, Rio de Janeiro - 100,
São Paulo - 96, Recife - 100 e Santos
- 90. Entretanto, estas vantagens
foram contestadas por Lafayete
Neves.
Ele lembrou que em Santo André,
no ABC paulista, a tarifa é de Cr$
82 "mas os salários dos motoristas é
de CrS 178 mil, enquanto nossos
motoristas agora é que estão recebendo Cr$ 128. Além disso - prosseguiu -, o transporte coletivo naquela
cidade é mais caro pelos condições
ruins de tráfego, que é muito lento".
Lafayete disse que o Mab vai se
mobilizar para que a tarifa só seja
renovada daqui a seis meses e que
não ocorram reajustes em função do
aumento do diesel.
O REAJUSTE
Ao anunciar o reajuste das passagens, o prefeito Maurício Fruet disse que "Curitiba terá o menor preço de tarifa
entre as Capitais brasileiras" e assinalou que.a Prefeitura
conseguiu um aumento inferior àquele desejado pelas
empresas. "Os empresários reivindicavam reajustamento
para CrS 86, mas pelo cálculo da Prefeitura, a tarifa teria
que ser de CrS 78.75; então, autorizamos CrS 80 e em
contrapartida as empresas se comprometeram a não
aumentar as tarifas nos próximos .90 dias em função de
eventuais reajustes do preço do óleo diesel", explicou.
Com o adiamento do reajuste — do dia primeiro para o
dia nove, sábado —, os usuários de Curitiba economizaram mais de CrS 162 milhões. Nas principais Capitais do
Pais. estão sendo cobradas as seguintes tarifas: Belo Horizonte - CrS 105.00, Porto .Alegre - CrS 87, Rio de
Janeiro - CrS 100, São Paulo - CrS 85, Recife - CrS 100, e
Santos CrS 90. Entretanto, estas vantagens foram contestadas por Lafayette Neves. Ele lembrou que em Santo
André, no ABC paulista, a tarifa é de CrS 82, "mas o salário dos motoristas é de CrS 178 mil, enquanto nossos
motoristas agora é que estão recebendo CrS 128 mil. Além
disso — prosseguiu —, o transporte coletivo naquela
cidade é mais caro, pelas condições ruins do tráfego, que é
muito lento". Lafayette disse que o Mab vai se mobilizar
para que a tarifa só seja renovada daqui a seis meses e para
que não ocorram reajustes em função do aumento do diesel.
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já neste sábado
ríir de sábado os usuários do
ssíema de transporte coletivo de Cuiba fossam a ^gar 80 cruzeiros
pela passagem de ônibus. O novo aumento, o segundo deste ano, deve-se
ao contrato de concessão firmado entre a Prefeitura e as nove empresas
de transporte coletivo válido até 15
de setembro de 1991. Nesse contrato
estáo previstos aumentos nas tarifas
Ãemestralmente ou quando houver
elevação do custo operacional do sistema, superior ou igual a cinco por
cento do valor da passagem.
Mias se o novo preço da tarifa vai
acabar sendo mais um peso no bolso
do trabalhador a Prefeitura justifica
a majoração dizendo que "dos males
esse foi o menor". Os empresários
queriam que o preço subisse para 86
cruzeiros Pela planilha de custos
utilizada na administração anterior,
eles conseguiram até mais, em torno
de 86,75 cruzeiros. Ma. a Prefeitura
mudou alguns itens do novo cálculo,
modificando a cláusula de depreciação, aumentando a vida útil dos
pneus e câmaras, aplicando nova fórmula de cálculo da remuneração de
capital em relação a vida real da frota
operante e considerando o fator de
utilização de motoristas e cobradores. Com isso, o valor da passagem
foi fixado em 78,75 cruzeiros. Seguindo orientação direta do prefeito,
houve um arredondamento para 80
cruzeiros, já que as empresas empregarão esse excedente na abertura de
novas linhas e novos horários.
UNHAS ESTUFADAS
Baseando-se nas tarifas de outras
capitais, o prefeito Maurício Fruet
diz que a passagem de ônibus em
Curitiba é a menor do Brasil, como
exemplo ele diz que em Belo Horizonte a passagem custa 105 cruzeiros
e rio Rio de Janeiio 100 cruzeiros.
Outra das vantagens apontadas pelo
prefeito é a integração social, que
beneficia 23 mil passageiros por dia.
Fsses usuários tomam até três Ônibus por dia, pagando uma sô passagem Ojanto ao problema da superlotação dos coletivos a explicação da
'ura é que nesses casos há au-
forizaçáo para a colocação de mais
carros na linha "mas isso acarreta
um aumento terrível na quilometragem que acaba sendo repassado ao
usuário".
Para evitar novos aumentos da
tarifa em função da cláusula contratual que estabelece majoração quando houver elevação dos custos operacionais, a Prefeitura fez um acordo
com os empresários. Eles se comprometeram a não pedir aumentos mesmo se o combustível subir 25 por
cento nos próximos 90 dias. Pelo contrato as empresas também se obrigam a manter os horários, freqüências, frota, tarifa, itinerário e pontos
dos ônibus, sendo que qualquer mudança não autorizada pode implicar
inclusive na rescisão do acordo com a
Prefeitura.
O LADO DOS EMPRESAR KJS
Com as mudanças na planilha de
custos ficou definido o novo fator de
utilização, motoristas, cobradores.
Isso quer dizer,que o Ctepartaniento
de Utilidade Pública estudou o número de carros por dia, o número de
pessoal que trabalha nos ônibus e os
dias de trabalho, chegando à conclusão que cada ônibus convencional
que roda em Curitiba utiliza 2,21 motoristas por dia. No final o reajuste do índice pessoal foi o maior,
32.59 por cento.
Se por um lado os proprietários
de empresas alegam que foram prejudicados, se esquecem do lucro líquido que terão por dia com cada
passageiro dos ônibus convencionais Para cada um que passar a roleta, o dono da empresa estará lucrando 3,95 cruzeiros. Como os ônibus
convencionais representam 64,12 por
cento dos 515 carros que circulam
por dia em Curitiba, o lucro parece
satisfatório
Se contarmos que
720 963 pessoas se utilizam dos ônibus, é de imaginar que ninguém vai
abrir falência, da parle dos proprietários, por causa do aumento.
CRÍTICAS
O aumento das passagens de ônibus não agradou a ninguém. Todo
mundo se queixa que o novo preço da
passagem será mais um peso no bolso do consumidor. E todos dizem
uma coisa: a culpa é da Prefeitura
que está começa rido desde já a tornar o transporte coletivo um luxo para poucos.
Para Laíaiete Neves, presidente
do Movimento das Associações de
Bairros que reúne 22 agremiações, a
Prefeitura não deu o mesmo espaço
para o debate para os moradores cie
bairros que o concedido aos proprietários das empresas. Ele considera
que "a nwa tarifa não foi suficientemente debatida principalmente com
os moradores da periferia; os maio-"
res prejudicados com a tarifa". Ele
diz que o aumento do salário mínimo
foi de 47 por cento, enquanto a tarifa
subiu para quase 60 por cento. "Isso
nãoé justo nem digno de um governo
que se diz democrático e transparente Lafaiete ainda frisa que com esse
aumento o usuário passará "a comprar menos pão, menos arroz e menos feijão".
Para Emerson Ribeiro, "officeboy", de 13 anos, o aumento foi louco de ruim" Ele ganha 25 mil cruzeiros por mês e toma dois ônibus
por dia para ir a escola. "Agora ou
eu vou de ônibus na ida e volto como
puder".
Para Marolio Poli, aposentado
que ganha 31 mil por mês o aumento
vai comprometer o seu orçamento já
apertado Ele e a esposa MarFa apannam 4 ônibus por dia e não sabem
como farão para continuar andando
de coletivo
Sugara Pedrosa não acha que o
aumento tenha sido alto. Para ela,
funcionária do Banco do Brasil, com
salário de 350 mil por mês o aumento
aconteceu "porque uma hora ou outra teria que vir". Ela usa o Seletivo
EJatel - Jardim Social, cuja tarifa subiu para 160 cruzeiros, mas considera que o preço cobrado "é justo". Já
Divaldo Rocha, contabilista, acha
que os maiorcís prejudicados serão os
mais pobres, "que_não tem como
comer, quanto mais como pagar esse
aumento absurdo". Ele tamben
acha que o transporte "é péssimo, c
ônibus sempre cneios, sujos e atras;
dos".
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O Movimento de Associações de
Bairros e a União Geral de Moradores de Bairros e Jardins da Região
Metropolitana realizaram um ato
de protesto (foto), inclusive com
faixas, na tarde de ontem.em frente
à Prefeitura Municipal. O piotesto
é contra o aumento na tarifa de
ônibus (CrS 80,00) que entra em
vigor no sábado. Os manifestantes
disseram que não foram ouvidos
•■-
durante as discussões para a definição do percentual de reajuste.
Em levantamento baseado em dados do Ipardes, os manifestantes,
provam que no período de seis meses as passagens subiram 128.57%,
enquanto que, no mesmo período,
o salário-mfnimo subiu 47.66%. A
pergunta mais comum que se ouvia
entre os manifestantes era: "Como
o trabalhador poderá sobreviver
iVÍAB quer um novo
cálculo da tarifa
O aumento das passagens de ônibus em Curitiba não pode
mais ser calculado com base nas planilhas, porque elas não
comprovam os custos reais dos novos preços, que podem ser
"fabricados". É o que entende o Movimento das Associações
de Bairros, que está reivindicando a imediata criação de uma
comissão mista - com entidades de bairros, economistas e
assessores da Prefeitura -, autônoma, que possa verificar
junto às empresas de transporte coletivo os custos reais
incluídos nas planilhas.
,
Segundo o coordenador do MAB, Lafaiete Santos Neves,
enquanto a variação dos preços das passagens acumulada
nos últimos seis meses chegou a 128,57%, os salários tiveram um Índice acumulado de 47,66%. O coordenador
comentou ainda que os usuários não tiveram o mesmo tempo
que os empresários para discussão das novas tarifas, que
levarão um trabalhador da Região Metropolitana a gastar
um terço do seu salário cm passagens.
'^"^
w.'
-^
gastando um terço do salário com
transporte?". Para agravar ainda
mais a situação, os representantes
das associações de bairros ficaram
revoltados pelo lato de não terem
sido recebidos pelo prefeito Maurício Fruet.Tambe'm a questão das invasões de terras foi levantada. As
associações dizem que a prefeitura
deve negociar diretamente com os
moradores das vilas . (Pág. 2).
5^
O MAB também não acieta o argumento da Prefeitura, de
aumentar as linhas, "porque isso só acontece quando há
demanda" - observou Lafaiete Neves, alegando que a Prefeitura está antecipando um capital de quase CrS 800 mil por
dia. Além de protestarem contra o sistema da Prefeitura de
"impor ao povo novo aumento nas tarifas dos coletivos", os
moradores de bairros de Curitiba reclamam da repressão
policial dos fiscais nas áreas ocupadas por trabalhadores sem
casa e exigem a legalização das terras.
PROPOSTAS
Para reclamar da agressão dos fiscais da Prefeitura e da
não agilização de medidas concretas sobre a questão da
terra, representantes da União Geral dos Moradores de Bairros, Vilas e Jardins de Curitiba e Região Metropolitana estiveram ontem à tarde com o prefeito Maurício Fruet, propondo uma discussão com as entidades dos bairros para
garantir o direito de permanência nas áreas hoje ocupadas.
Além disso, a União Geral reivindicou ao prefeito o
direito do poder público controlar os transportes coletivos,
"que devem permanecer com tarifas únicas", ressaltouo presidente da Associação de Vila Formosa, Jairo Graminho.
Ônibus: aumento
gerou
"Nós defendemos a democracia
participativa desde que ela tenha os
mesmos pesos e as mesmas medidas,
para todos os segmentos da população". A opinião é de Lafaiate Santos Neves, da coordenação do Movimento das Associações de Bairros, falando a respeito do aumento
das tarifas de ônibus. Ontem o
MAB e a União Geral dos Moradores de Bairros, Vilas e Jardins de
Curitiba^e Região Metropolitana estiveram na audiência pública que o
prefeito Maurício Früet concede às
quartas-feiras.
Até às 18 horas eles ficaram
esperando para serem atendidos,
para apresentarem as reivindicações
dos moradores, mas não puderam
passar na frente dos que já estavam
aguardando o prefeito. Para a União
Geral, "a administração transparente não está nada límpida", confor; me explica Maria Aríete Rosa, secretária da entidade. Explicando
as reivindicações dos moradores
das vilas. Aríete disse que o que
mais preocupa as associações, no
momento, "e' a negativa da Prefeitura em abrir-se ao diálogo, negando-se a solucionar os graves problemas que atingem a população da periferia.
Decisões
comissão autônoma senão é melhor
que nem seja criada".
Terra
No encontro com o prefeito ficou também clara a posição quanto
ao problema da terra e a repressão
policial aos invasores de áreas desocupadas. Em relação a isso a União
Geral quer que a Prefeitura negocie
diretamente com as associações
"porque via Cohab seria a mesma
coisa que adiar o despejo". Eles
afirmam que o prefeito não deu respostas definitivas quanto aos problemas discutidos na reunião do
Tarumã, no início da gestão. "Com
essa posição", explica Jairo Gramilafaiate Santos: pesos e medidas
nho de Oliveira, presidente da
União "estamos perdendo um espaxamento. Se as empresas têm pro- ço conquistado em 1979".
blema de troco, isso é lá com elas,
Agora tanto o MAB quanto a
a população não tem que pagar
mais por isso". E o MAB tem uma União Geral pretendem iniciar um
posição firme em relação a novos movimento amplo -, e mobilização
aumentos semestrais ou repasses "com os objetivos de não admitir
dos custos operacionais. Para La- novos aumentos este ano e de reifaiete "as associações de bairro vindicar voz nas decisões do Poder
não aceitarão um novo aumento Executivo". Para eles, a Câmara
até o final doàno". Para isso eles Municipal é um fórum de debates,
pedem a criação de uma comissão, "mas não pode ser o único canal
reunindo membros das associações, de discussão". Outra coisa que eles
economistas, vereadores e técnicos querem do prefeito, "que prometeu
para manter uma freqüente fiscali- e não cumpriu", é a instalação de
zação nas empresas e para discus- uma sede no terminal do Capão
são dos problemas de transporte Raso, para reunião dos movimencoletivo." Mas tem que ser uma tos de associações de bairro.
"O governo democrático do
PMDB está se comportando do
mesmo modo ijue a administração
passada, pior até, porque o antigo
prefeito nos recebia sempre e o
Fruet não está sendo coerente com
.sua proposta de campanha", afirmou Aríete. Com isso concorda
: também Lafaiete Neves, do MAB,
ao dizer que "não fomos ouvidos
quando da discussão do aumento
do preço das passagens de ônibus.
Os empresários fizeram várias reuniões com a Prefeitura. Por que as
associações, o povo afinal, não teve
7"
■ o mesmo espaço""
Eles se manifestam contrários
também ao ' arredondamento da
passagem "para cirna". Na opinião
de Lafaiete "o Poder Público deve
ser o primeiro a forçar um rebai-
Os manifestantes não foram recebidos pelo prefeito Maurício Fruet
OLHA AÍ
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MANI+ESTACA^
CONTRA
O AUMENTO
DO
ONíBOS
O povo invadiu as pistas dos ônibus Expresso em sinal de protesto contra as novas tarifas.
íírl^t'^
A maior preocupação da PM era deixar as canaletas livres para os ônibus.
Ônibus
aumenta
sábado
Agora é para valer: a passagem de ônibus em Curitiba
vai para Cr$ 80 a partir do
próximo sábado, reajuste de
45,45%, conforme anunciou
ontem o prefeito Maurício
Fruet. Em troca, as nove
empresas de transporte coletivo da Capital se comprometeram a aumentar sua
média de quilometragem diária em 3.314 quilômetros,
criando novos horários e
linhas, e a não reajustar as
tarifas se houver aumento de
até 20% do óleo diesel nos
próximos 90 dias. "Quer
dizer que o prefeito cedeu?"
Foi assim que o coordenador do MAB — Movimento
de Associações de Bairros
—, Lafayete Neves, reagiu
ao saber do aumento. (Página 11)
-DAMASCENO—
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££l£S m (/M BRINDE F/VOCÊj
MAB quer um novo cálculo da tarifa
O aumento das passagens de ônibus em Curitiba não pode
mais ser calculado com base nas planilhas, porque elas não
Comprovam os custos reais dos novos preços, que podem ser
"fabricados". É o que entende o Movimento das Associações
de Bairros, que está reivindicando a imediata criação de uma
comissão mista - com entidades de bairros, economistas e
assessores "da Prefeitura -, autônoma, que possa verificar
junto às empresas de transporte coletivo os custos reais
incluídos nas planilhas.
Segundo o coordenador do MAB, Lafaiete Santos Neves,
enquanto a variação dos preços das passagens acumulada
nos últimos seis meses chegou a 128,57%, os salários tiveram um índice acumulado de 47,66%. O coordenador
comentou ainda que os usuários nao tiveram o mesmo tempo
que os empresários para discussão das novas tarifas, que
levarão um trabalhador da Região Metropolitana a gastar
um terço do seu salário em passagens.
O MAB também não acieta o argumento da Prefeitura, de
aumentar as linhas, "porque isso só acontece quando hà
demanda" - observou Lafaiete Neves, alegando que a Prefeitura está antecipando um capital de quase Cr$ 800 mil por
dia. Além de protestarem contra o sistema da Prefeitura de
"impor ao povo novo aumento nas tarifas dos coletivos", ^
moradores de bairros de Curitiba reclamam da Tepressão
policial dos fiscüi? nas áreas ocupadas por trabalhadores sem
.casa e exigem a legalização das terras.
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13
Usuários lutam
contra reajuste
Os usuários deis linhas de ônibus
que servem a região metropolitana
náo aceitaram o reajuste nas tarifas
fixadas pela Secretaria de Transportes. As empresas solicitaram em junho último à Secretaria o repasse devido ao aumento do óleo diesel, propondo Cr$ 8,96 até setembro ou Cr$
11,39 sem novo repasse até dezembro/83, caso nâo haja uma elevação
de custos superior a 30%. Avaliando
essa proposta, as associações de moradores de bairros de Piraquara, Colombo e Almirante Tamandaré, decidiram nâo aceitar o repasse.
A Secretaria dos Transportes solicitou ao Movimento das Associações
de Bairros de Curitiba e Região Metropolitana que estudasse a questão
junto aos usuários para uma definição do assunto. O repasse e conseqüente aumento nâo foi aceito devido
algumas irregularidades. Entendendo que na atual crise econômica agravada pelos problemas das enchentes, «o povo nâo pode ser onerado mais ainda, cabe também às
Muito alto o aumento das tarifas.
empresas assumir o ônus da crise
nâo majorando os preços», o coordenador do Movimento, Lafaiete San- metros a mais, sendo que o valor de
tos Neves, luta pelos direitos dos apenas um é de Cr$ 5,97 , diz a
usuários.
coordenação do MAB. Citando como
exemplo as linhas Curitiba-Maria
Antonieta e Curitiba-Vargem Crande, da empresa Expresso Azul, LaDesde abril de 1981 a Secretaria faiete Neves garante que «a tarifa aliberou a cobrança do seguro facul- pós a revisão caiu de CrS 84,00 para
tativo informando às empresas que CrS 66,00».
ele nâo seria obrigatório. Segundo o
MAB, as empresas sonegaram essa
Se realmente houver o repasse, a
informação aos usuários e continua- devolução da quantia paga mais peram cobrando o seguro que hoje re- los usuários durante esse tempo
presenta de Cr$ 1,00 a CrJ 8,00 no todo, «deverá ser devolvida com juvalor da tarifa. A preocupação do ros e correção monetária, uma vez
movimento dos moradores é no sen- que foram explorados pelas empretido de descobrir se as companhias
sas», justifica o movimento. O aude seguro estão recolhendo esse di- mento foi considerado muito alto,
nheiro ou se ele está ficando para as
superiores aos reajustes salariais,
empresas.
considerando-se ainda a recessão, o
A Secretaria dos Transportes de- desemprego, a alta taxa de inflação
terminou ainda que fosse feita uma e o expurgo nos salários entre ourevisão na quilometragem das li- tros, que tem penalizado sobremanhas, o que veio a confirmar que reneira os trabalhadores, as razões
almente 75 linhas estavam cobrando
sáo fortes para lutarmos contra esse
a mais por terem operado com uma
aumento abusivo», esclarecem os requilometragem falsificada. Durante
presentantes dos usuários.
anos houve uma extorçâo no bolso do
trabalhador: «estavam sendo lesados esse tempo todo, teve empresa
que chegou a cobrar quatro quilóCom relação ao cálculo e metodo-
Irregularidades
Planilha
logia da tarifa, a chamada planilha,
os usuários exigem da Secretaria de
Transportes que seja feita uma revisão nos vários ftens que definem o
aumento da tarifa. J ustificam o
pedido esclarecendo que a metodologia socializa os custos e diferencia
a tarifa, procedimento errado em relação a Região Metropolitana cuja
tarifa nâo é única. Também o Item
«despesa de pessoal e encargos sociais» das empresas é considerado
muito elevado, o que contribui no
aumento da tarifa, assim como os
gastos com peças e acessórios (muitos veículos sâo novos e nâo tem gastosj.
O cálculo da média de passageiros/ônibus foi analisado e concluiuse improcedente devido a diferenciação entre as linhas da região. Essas
questões «duvidosas» levaram o
MAB a solicitar a revisão da planilha por uma comissão composta de
representantes da entidade, da Secretaria dos Transportes, Sindicato
dos Economistas do Paraná e do
DIEESE, órgão que presta assessoria aos sindicatos e federações de
todo o país. "
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Amanhã o aumento
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O governo do Estado desenvolve
estudos e debates com as associações
com o objetivo de reor~? comunitárias
s ganizar o transporte coletivo nos
municipios da Região Metropolitana
de Curitiba. Na semana passada foi
definida a implantação de um terminal
?5 no bairro de Cachoeira, em Almirante
3 Tamandaré, durante assembléia realizada na comunidade local. Os próximos encontros serão programados
para Colombo e Piraquara.
4->
,
8
O coordenador, geral da Região
Metropolitana de Curitiba - Comec -, ,
Joel Ramalho Júnior, diz que este é i
um dos maiores problemas sociais da
região, causados pela própria questão
urbana, que é critica. "A ocupação '
desses locais que abrigam um grande
contingente de trabalhadores alta-.:
mente dependentes da Capital, se processa em função do pernicioso pro- [
cesso de especulação imobiliária, que
impede a ocupação pela população de ;
menor renda" - denuncia Ramalho.
Aumento do
transporte
é discutido
A União Gera] dos Moradores de
Bairros, Vilas e Jardins de Curitiba
e .Região Metropolitana continua in-'
sistindo no pedido ac prefeito Maurício Fruet, feito em carta aberta,
para que tome medidas que os favoreçam com relação ao aumento
do transporte coletivo. Considerado abusivo e ate' mesmo irregular,
as associações de moradores quês-1
tionam a falta de diálogo e consulta
a elas, principais interessados no
tema. Formadas por trabalhadores •
de diversos bairros de Curitiba, as
associações buscam maior entrosa-'
mento com a Prefeitura no que
diz respeito a questões vitais para'
a comunidade.
A União Geral reclama da im-'
possiblidade de sua participação nas1
decisões adotadas pela Prefeitura
sobre o aumento das tarifas de òni- •
bus. Afirmam não terem sido consultados em nenhum momento a'
respeito de suas propostas sobre o
assunto, tendo sido "imposto o au-'
mento para o povo de acordo com
os interesses das empresas de
transporte urbano". Por outro lado,'
urna corrente diferente de associa-'
ções, que formam o MAB, Movi-'
mento de Associações de Bairros e '
Região Metropolitana de Curitiba,
têm mantido constante diálogo com
a Secretaria de Transportes a respeito da planilha que determina os
aumentos para a Região Metropolitana. As conversações estão realizando conquistas, fazendo com que
as lõrifas baixem.
a inter municipais?
O aumento das passagens dos ônibus imcrmuíicipais Jc\ era
ser decidido amanhã, na Secretaria dos Tran-sjoncs. impreicrivelmcmc, segundo informou uma fome credenciada da
pasia. lista prevista para as 10 horas de arranha, reunião
cmrc os membros da comissão do Dcpanamcnio de Scr\iço de Transporte Coletivo da Secretaria dos- Transpores,
mais integrantes do Sindicato das I-'mprcsa«iic Transporte
de Passageiros do Paraná c associações de bairros, a ser presidida pelo secrclário Deni Schwartz. Neste csconiro poderá haver definição sobre o percentual de auascnio.
As empresas de ônibus imermunicipais, coniudo, esião
solicitando aumento de 9 ou !20/o. No ca-<? dos S^o. esta
sendo solicitado o repasse do aumento do jrceo do óleo
diesel, enquanto os 120/o já incluem repasse cii*elc\aiões do
combustivel. de pneus, lubrificantes c cámcras. Sc for decidido pelo aumento de 9"/o. ale tlc/cmbro próximo dc\erá
ocorrer nova elevação das tarifas. Mas se o percentual de
majoração tarifária for de 12%. o novo leajusic deverá
ocorrer só no ano que vem. Porem, aqudz mesma fonte
adiantou que o secretário dos Transpones, Deni Schwarl/.
poderá decidir pelo repasse próximo aos 1 l,;*o, sendo que.
neste caso, um novo reajuste tarifário só vai ocorrer no ano
que vem, para as linhas de ônibus inlcrmunicçais.
O diretor do DSTC, Darcy Gomes de MoTars. \ai participar da reunião, alem, de possi\cimente, Dioraar Dallcdonc.
presidente do Sindicato das fmprcsasde Traisportcde Passageiros e ainda algumas entidades do movincnio de bair-'
ros.. A majoração das tarifas dos ônibus imernunicipais já
deveria ter ocorrido dias atrás, quando estavz previssa uma
reunião, igualmente presidida por Deni Sch»aru, entre os
mesmos participantes do encontro de^manfeã. Porem, cm
virtude de ler ficado cm União da Vliória. por causa das
chuvas naquele município, o secretário dos Transportes não
pôde participar do encontro, ficando, assi». protelada a
reunião e a decisão pelo aumento das tarifas.
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Empresas de ônibus
falsificam percursos
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Coordenadores do MAB explicam a fraude das empresas de ônibus.
0 Movimento de Associações de
Moradores de Bairros de Curitiba e
Região Metropolitana conseguiu
uma façanha ine'dita na história do
transporte coletivo: algumas linhas
tiveram suas tarifas diminuídas. Em
certos bairros como Pinhais, Vila
Maria Antonieta e Vila Perneta,
ale'm de baixar a tarifa, ela ficou
mais barata que a de Curitiba. Os
valores estão em tomo de 66 cruzeiros, quando antes eram de
Cr$ 84,00.
O MAB explica que isso deve-se
às várias reuniões entre os usuários
e a Secretaria dos Transportes, que
a pedido dos primeiros determinou
uma revisão na quilometragem das
linhas da Região Metropohtana.
Ficou constatado então a falsificação que as empresas vinham efetuando: elas operavam com uma quilometragem alterada durante anos,
cobrando a mais nas passagens a
cada reajuste. Algumas delas, como
a Expresso Azul, Viação Kraquara
e Viação Castelo Branco, falsificavam uma média de 4 quilômetros
ou mais, cada um ao custo de
Cr$ 5,97.
Também o seguro facultativo,
liberado pela Secretaria de Trans-
portes desde 1981, era cobrado
dos passageiros, dando um custo
de CrS 1,00 a CrS 8,00 a mais no
valor de cada passagem. As empresas não passaram essa informação
aos usuários e continuaram cobrando esse tempo todo o seguro. Outra bronca do MAB, segundo seu
coordenador,
Lafayete
Santos
Neves, "é com relação ao repasse
pedido nesse més pelas empresas
devido ao aumento de óleo diesel.Elas pediram 11,39% sem novo
repasse até o final do ano, coisa
que não concordamos pelos muitos anos em que fomos explorados, conforme agora está comprovado".
Falando da tarifa de Curitiba,
que é única e "proclamam/ser a
mais baixa do país e na realidade
está perdendo para bairros de
municípios vizinhos", Lafayete
afirma estar discutindo a questão
com seus companheiros, o MAB
pediu a Prefeitura que fosse designada uma comissão especial
que apurasse as possíveis irregularidades, revisão imediata de percursos em todas as linhas e verificação de gastos nas empresas.
Bairros desconfiam
do cálculo da tarifa
O Movimento de Associação de Bairros-MAB solicitará
ao prefeito Maurício Fruet a revisão da tarifa do transporte
coletivo de Curitiba, agora mais caro que diversas linhas de
ônibus intermunicipais da Região Metropolitana. As passagens tlc ônibus intermunicipais tiveram seus preços reduzidos cm ate CrS 18.00 depois que a Secretaria dos Transportes comprovou a denúncia das Associações de Bairros
ele que havia falsificação de percurso, com cobrança de
quilometragem maior do que a efetivamente rodada, além
da cobrança do imposto facultativo, que deveria ter sido
extinta há tres anos.
Lafiiictc Santos Neves, coordenador do MAB, explicou
ontem que ainda está sendo reivindicada ao prefeito a revisão do percurso das linhas de ônibus de Curitiba para consl;itar se lambem não há irregularidades. "Será que em Curitiba, onde sempre se alardeou que a tarifa era a mais barata
do Pais. não se poderia conseguir uma redução do preço
cobrado, como se obteve de forma inédita na Região
Metropolitana?" - questionou Neves. O MAB solicitou à
Prefeitura a criação de uma comissão independente para
verificação de custos nas empresas de ônibus, composta
por representantes das associações de bairros (Federação,
União Geral c MAB), além do Sindicato dos Economistas,;
Diiesc. Prefeitura e um representante da Câmara.
IRREGULARIDADES
Apesar do reajuste de I 1,68% em vigor desde domingo
nos transportes intermunicipais, 64 linhas tiveram o preço
redu/ido. após a comprovação de falsificação de percurso
pelo Departamento dos Serviços de Transporte Comercial
da Secretaria dos Transportes. Desta forma, os 159 mil
passageiros da linha Vila Maria Antonieta-Curitiba, por
exemplo, se beneficiaram com a redução da tarifa de CrS
•KS.OO para CrS 74.00. A linha Vargem Grande também
redu/iu de CrS 85.00 para CrS 74.00. As irregularidades
foram constatadas nas empresas Expresso Azul, Viação
Piraquara e Castelo Branco. Só a cobrança irregular do!
imposto facultativo implicava em acréscimo entre CrS 1,00
n CrS 8.(K).
De acordo com o MAB. os 60% dos passageiros da
Região Metropolitana - totalizando mais de um milhão e
800 mil passageiros - beneficiados com a redução de tarifa'
nem acreditaram que passariam a dispender menos com o
transporte coletivo apesar do reajuste. "Foi uma grande
vitória ilas associações de bairros e se deveu também à firme/a do secretário Deni Schwartz" - observou Lafaiete;
Neves. As associações de bairros estão estudando uma.
forma de acionar judicialmente as empresas que lucraram"
irregularmente.
i
INFORMATIVO
CENTRO DE
DO
FORMAÇÃO
IRMÃ
URBANO RURAL
A R A 0 J
0
Curitiba
Paraná
Agosto de 1983
Ano I
n9 DB
Ccirculação interna)
Elaboração e montagem
Ad-rf*.- tiú fnirn reduzir'/
Clemente Ganz Lúcio
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