UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL
JOSÉ MARIA DE ANDRADE
ANÁLISE DO USO DE CARTILHAS E GUIAS DE ORIENTAÇÃO PARA
CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL
CUIABÁ
2014
JOSÉ MARIA DE ANDRADE
ANÁLISE DO USO DE CARTILHAS E GUIAS DE ORIENTAÇÃO PARA
CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Engenharia de Edificações e
Ambiental – PPGEEA, da Universidade Federal
de Mato Grosso (UFMT), como requisito para a
obtenção do título de Mestre em Engenharia de
Edificações e Ambiental, na Área de
Concentração da Construção Civil.
Orientador: Prof. Dr. Humberto da Silva Metello.
Cuiabá
2014
FICHA CATALOGRÁFICA
A553a
Andrade, José Maria de.
Análise do uso de cartilhas e guias de orientação para construção de
habitações de interesse social / José Maria de Andrade. – 2014.
111 f. : il. color.
Orientador: Prof. Dr. Humberto da Silva Metello.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade
de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Pós-Graduação em Engenharia de
Edificações e Ambiental, Área de Concentração: Construção Civil, 2014.
Bibliografia: f. 95-100.
1. Habitação social. 2. Habitação – Mutirão comunitário. 3. Habitação –
Interesse social. 4. Habitação – Manuais de autoajuda. 5. Autoconstrução –
Cartilha – Análise de conteúdo. I. Título.
CDU – 728.1
Ficha elaborada por: Rosângela Aparecida Vicente Söhn – CRB-1/931
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos aqueles que de uma forma ou outra são excluídos da
sociedade em que vivem e que não têm acesso de forma igualitária às oportunidades que a
cidade proporciona. São os mesmos que necessitam de um espaço construído que seja de sua
propriedade, na qual possam criar e educar seus filhos com dignidade.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador pela paciência e dedicação que tem como educador que é. Por terme mostrado o melhor caminho para desenvolver este trabalho e a todos os colegas de curso
que de um jeito ou de outro, participaram desta construção de conhecimentos. Agradeço
muito os professores, todos eles, que muito contribuíram para que eu desse um passo
gigantesco na direção de uma preparação acadêmica mais eficiente.
Aos funcionários da secretaria que sempre nos atenderam com muita presteza. Aos
meus colegas de trabalho, ainda meus professores que, através de discussões informais, muito
contribuíram para que meus pensamentos amadurecessem. Agradeço especialmente a Leo
Chig.
Aos familiares que estão próximos e os que estão distantes fisicamente. Pelo amor
que nutrimos uns pelos outros, pela compreensão, por nossa união e nossa amizade. Ao meu
querido pai Olegário, que já não faz mais parte deste mundo. Um ser iluminado com quem
aprendi muito, principalmente o respeito pelo outro. A minha amada Mãe que me fez
acreditar nas palavras do Altíssimo. As minhas queridíssimas irmãs Deila, Maria José,
Carmem, Márcia e ao irmãozão Luís. Eles se traduzem na razão para entender que a vida deve
ser vivida da melhor forma possível. Aos amigos que fiz por onde andei, em especial, a Ivar e
Thélia, todos verdadeiros irmãos.
A minha querida esposa Socorro, a qual chamo vez ou outra de SuperSoc, porque é
uma super mulher e que muito me orgulho de ter realizado a maior e mais importante escolha
da minha vida ao tomá-la como esposa. Minhas amadas filhas Sophia e Bárbara, que de igual
forma também muito me orgulho, pois percebo o quão são corretas e dedicadas naquilo que
fazem. Estou tranquilo em relação a elas e sei que crescerão no caminho do bem. Ao meu neto
querido Davi, que está por vir. Amo incondicionalmente e vivo por todos eles: minha família,
meu maior bem.
A todos e principalmente ao nosso Deus, que tudo vê e tudo pode, o meu muito
obrigado. Que Ele nos abençoe hoje e sempre.
RESUMO
A questão habitacional no Brasil constitui-se em um dos mais graves problemas sociais dos
dias atuais, seja nos grandes centros urbanos, com seus contingentes elevados de população
favelada, seja nas regiões mais pobres do interior do país, nas quais, a precariedade da
estrutura de moradias aparece como um fator agravante para a questão da pobreza em suas
inúmeras manifestações. Uma ação conjunta pode ser opção a ser implantada junto aos
movimentos sociais organizados, adotando o regime de mutirão ou autoajuda, contribuindo,
assim, para aquisição da moradia. Com a assistência técnica ativa junto ao futuro usuário e
com o uso de publicações como manuais, cartilhas, cadernos técnicos ou guias que orientem
passo a passo a construção da habitação, os problemas relacionados a este bem e
consequentemente ao déficit habitacional poderão ser minimizados. Atualmente, existe uma
quantidade significativa de publicações a disposição do internauta, que oferecem uma série de
informações teóricas e práticas sobre diferentes temas correlatos ao tema principal que é a
habitação, como construção de parede, piso, teto, cobertura, instalações de água, esgoto e
muitos outros. Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise de conteúdo destas
publicações existentes considerando uma abordagem qualitativa no sentido de mensurar sua
aplicabilidade. Inicialmente, desenvolveu-se o estado da arte, tendo como finalidade entender
seu uso e a sua evolução. A internet, em virtude da expansão que vem alcançando, é a
principal fonte de busca. Verificou-se, no início da pesquisa, que a aplicação de publicações
ocorre praticamente em todas as áreas do conhecimento e na área da arquitetura e da
construção civil basicamente orientam a execução de práticas construtivas para toda a
sociedade, no entanto, as intenções e atenções estão voltadas para aquelas que são destinadas
às comunidades mais carentes. Observou-se que essa modalidade de publicação tem um papel
importante na orientação de processos construtivos voltados para a habitação social, sendo,
portanto, muito útil não só para os processos de manutenção da edificação, quanto em suas
reformas e em ampliações futuras.
Palavras - chave: Habitação social. Habitação – Mutirão comunitário. Habitação – Interesse
social. Habitação – Manuais de autoajuda. Autoconstrução – Cartilha – Análise de conteúdo.
ABSTRACT
The housing issue in Brazil is definitely a crucial social problem in both large urban centers
and its large population and also in areas where the precarious structure of housing
contributes to increase poverty. Combining forces together with the organized social society
might be an alternative, in this case as a community effort campaign to purchase a house. An
active technical assistance for the future user along with the use of publications such as
booklets, guides, manuals, technical books and other notebooks that guide through the
building process might minimize the difficulties on this matter and therefore the housing
issue. Nowadays a significant number of online publications provide theoretical and practical
information on different topics related to housing, such as wall-building, floor, roof, cover,
water facilities, sewage system, among others. This study aims to analyze the online content
in order to assess its applicability. Initially, an art aspect was developed and the goal was to
understand their use and their evolution. The internet is the main source of our search due to
its range. It was noted during the first steps of this study that online publications are widely
used in all fields and publications for the architecture and construction have advised on
building practices to the society in general, however, the focus of this study is directed to
those who belong to the poorest communities. It was noted that these publications have an
important role in guiding the construction process, therefore they are very useful also in
maintenance, renovations and future extensions.
Keywords: Social Housing. Housing - Community Effort. Housing - Social interest. Housing
- Self-help manuals. Self-construction – primer - Content analysis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Cartilha do ABC ............................................................................................ 26
Figura 2
Nova Cartilha ................................................................................................. 26
Figura 3
Cartilha Maternal ........................................................................................... 26
Figura 4
Cartilha Analítica ........................................................................................... 26
Figura 5
Cartilha da Roça .............................................................................................. 26
Figura 6
Cartilha do Operário ........................................................................................ 26
Figura 7
Cartilha Sodré .................................................................................................. 27
Figura 8
Cartilha Caminho Suave ..................................................................................27
Figura 9
Cartilha No Reino da Alegria .......................................................................... 27
Figura 10
A Casinha Feliz ............................................................................................... 28
Figura 11
Histórias em quadrinhos sobre a importância da educação .............................28
Figura 12
Capa da Revista Téchne - Edição 54 ............................................................... 30
Figura 13
Destaque Habitação de Interesse Social .......................................................... 30
Figura 14
Capítulo como construir (revista Téchne)........................................................ 31
Figura 15
Guia Manual do Construtor – Projetos............................................................. 31
Figura 16
Guia Manual do Construtor – Etapas de obra.................................................. 31
Figura 17
Cartilha do PMCMV - Volume 1..................................................................... 33
Figura 18
Cartilha do PMCMV - Volume 2..................................................................... 33
Figura 19
Cadernos CAIXA - Projetos padrão................................................................. 33
Figura 20
A Caixa e a Habitação Rural............................................................................ 34
Figura 21
Minha Casa Minha Vida - Rural...................................................................... 34
Figura 22
Benfeitorias de Uso Geral................................................................................ 35
Figura 23
Como usar os Materiais.................................................................................... 35
Figura 24
Benfeitorias para Bovinocultura ......................................................................35
Figura 25
Construção e Reforma - Vila Velha / ES..........................................................36
Figura 26
Construção e Reforma Legal - CREA – RJ......................................................36
Figura 27
Manual para Aprovação de Projetos / 2006..................................................... 37
Figura 28
Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico / 2007.................................... 37
Figura 29
Manual de Vias Públicas / Calçadas / 2006 .................................................... 37
Figura 30
Manual de Construção...................................................................................... 38
Figura 31
Manual do Construtor.......................................................................................38
Figura 32
Manual do Arquiteto Descalço......................................................................... 38
Figura 33
Manual do Construtor – Capa ..........................................................................39
Figura 34
Manual do Construtor – Índice........................................................................ 39
Figura 35
Manual do Construtor – Introdução ................................................................ 39
Figura 36
Apostila Técnicas de Construção Civil........................................................... 40
Figura 37
Parte do Sumário.............................................................................................. 40
Figura 38
Ilustrações originais..........................................................................................40
Figura 39
Planta baixa, vista frontal e lateral .................................................................. 56
Figura 40
Montagem da cobertura em palha ................................................................... 56
Figura 41
Croquis da planta e vista externa ................................................................... 57
Figura 42
Vista aérea parcial do conjunto........................................................................ 57
Figura 43
Detalhes isolados de peças............................................................................... 58
Figura 44
Detalhes executivos da casa padrão................................................................. 58
Figura 45
Vila são Francisco VII – São Paulo / 1983.......................................................59
Figura 46
Vila são Francisco VIII – São Paulo / 1983..................................................... 59
Figura 47
Mutirão City Jaraguá – São Paulo.................................................................... 60
Figura 48
Mutirão 1º de maio – Ipatinga, MG................................................................. 60
Figura 49
Print Screen do site Mãos a Obra da ABCP ................................................... 62
Figura 50
Cartilha Mãos a Obra........................................................................................63
Figura 51
Sobre telhados.................................................................................................. 63
Figura 52
Sobre esquadrias .............................................................................................. 63
Figura 53
1ª Edição / 2000................................................................................................ 64
Figura 54
2ª Edição / 2009................................................................................................ 64
Figura 55
3ª Edição / 2010................................................................................................ 64
Figura 56
Projeto Casa..................................................................................................... 65
Figura 57
Noções de matemática...................................................................................... 65
Figura 58
Tomada de nível............................................................................................... 65
Figura 59
Cartilha O Solo Cimento.................................................................................. 66
Figura 60
Manual Tijolo Ecológico Modular................................................................... 66
Figura 61
Capa da Cartilha .............................................................................................. 67
Figura 62
Gabarito de locação da moradia....................................................................... 67
Figura 63
A trama sendo montada.................................................................................... 67
Figura 64
Esquema de montagem das cartilhas................................................................ 89
Figura 65
Estruturação das páginas.................................................................................. 89
Figura 66
Estudo para a capa ........................................................................................... 90
Figura 67
Estudo para primeira página ............................................................................ 90
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Distribuição das publicações por área de aplicação.................................... 69
Gráfico 2
Publicações por título.................................................................................. 70
Gráfico 3
Publicações por página................................................................................ 70
Gráfico 4
Tipos de publicações/quantidade................................................................ 71
Gráfico 5
Tipos de publicações/número de páginas................................................... 71
Gráfico 6
Desempenho das Cartilhas.......................................................................... 72
Gráfico 7
Desempenho dos Cadernos Técnicos......................................................... 72
Gráfico 8
Desempenho da HQ.................................................................................... 73
Gráfico 9
Desempenho dos Manuais.......................................................................... 73
Gráfico 10
Desempenho dos Guias............................................................................... 73
Gráfico 11
Desempenho das publicações sobrepostas.................................................. 73
Gráfico 12
Número de Publicações por Região............................................................. 74
Gráfico 13
Número de Publicações em percentuais...................................................... 74
Gráfico 14
Tipos de publicações catalogadas................................................................ 75
Gráfico 15
Origem das publicações .............................................................................. 77
Gráfico 16
Número de publicações relacionado ao número de páginas........................ 77
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Evolução da pesquisa através de palavras adotadas........................................... 42
Tabela 2
Publicações catalogadas por área de conhecimento e tipos de publicação.......... 68
Tabela 3
Publicações catalogadas e fragmentadas............................................................. 76
Tabela 4
Comparativo entre Cartilhas e Manuais.............................................................. 79
Tabela 5
Tipos de programas arquitetônicos / necessidades.............................................. 87
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABCP
Associação Brasileira do Cimento Portland
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
APP
Área de Preservação Permanente
ANPUH
Associação Nacional de Professores de História
ANTAC
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído
ASBEA
Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura
CAU
Conselho de Arquitetura e Urbanismo
CBIC
Câmara Brasileira da Indústria da Construção
CEBRAP
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
CEF
Caixa Econômica Federal
CMDE
Conselho Municipal de Desenvolvimento Estratégico
CNPQ
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COBRACON
Comitê Brasileiro da Construção Civil
COHAB
Companhia de Habitação Popular
CONAM
Confederação Nacional de Associações de Moradores
CMP
Central de Movimentos Populares
CNAM
Confederação Nacional de Associação e Moradores
CNPq
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CREA
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
ECA-USP
Escola de Comunicações e Artes – Universidade de São Paulo
EFAP
Escola de Formação de Professores
EPI
Equipamento de Proteção Individual
ES
Espírito Santo
EUA
Estados Unidos da América
FINEP
Financiadora de Estudos e Projetos
FNDCT
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
HIS
Habitação de Interesse Social
HQs
História em Quadrinhos
IAB
Instituto de Arquitetos do Brasil
IBEP
Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INTERCOM
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
IPDU
Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano
IPT
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
MNLM
Movimento Nacional de Luta por Moradia
MT
Mato Grosso
ONG
Organização Não Governamental
PMCMV
Programa Minha Casa Minha Vida
PPGEEA
Programa de Pós Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental
PUC
Pontifícia Universidade de Campinas
RS
Rio Grande do Sul
SEBRAE
Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa
SEC
Secretaria de Educação
SEE-SP
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
SEDU
Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República
SEPLAN
Secretaria de Planejamento
SC
Santa Catarina
SINDUSCON
Sindicato da Indústria da Construção Civil
SM
Salário Mínimo
SMADES
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
SNCS
Seminário Nacional de Construções Sustentáveis
SP
São Paulo
UFMT
Universidade Federal de Mato Grosso
UFP
Universidade Fernando Pessoa
UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFSC
Universidade Federal de Santa Catarina
UNICAMP
Universidade de Campinas
UNMP
União Nacional por Moradia Popular
UNB
Universidade de Brasília
UNEB
Universidade do Estado da Bahia
UNIC
Universidade de Cuiabá
USP
Universidade de São Paulo
THABA
Núcleo de Pesquisa e Extensão em Habitação Popular
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 16
1.1 Justificativa ...................................................................................................................... 17
1.2 Objetivos.......................................................................................................................... 19
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 19
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 19
1.3 Área de Estudo e Público Alvo ....................................................................................... 20
1.4 Contextualização ............................................................................................................. 20
1.5
Limitações ....................................................................................................................... 22
1.6 A Estrutura do Trabalho .................................................................................................. 22
2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 24
2.1 Cartilhas e Outras Publicações ........................................................................................ 24
2.1.1 Cartilhas na Educação e sua Evolução ............................................................................ 24
2.1.2 Cartilhas, Guias e Outras Publicações que Orientam na Construção da Moradia ........... 29
2.1.3 Cartilhas, Guias, Manuais e Cadernos Voltados às Construções Rurais ......................... 34
2.1.4 Cartilhas e Manuais de CREAs e Prefeituras Municipais ............................................... 36
2.1.5 Manuais da Construção ................................................................................................... 38
2.1.6 Apostilas .......................................................................................................................... 39
3
METODOLOGIA.......................................................................................................... 41
3.1 A Pesquisa ....................................................................................................................... 41
3.2 A Evolução da Pesquisa .................................................................................................. 42
3.3 Conceitos Básicos e Fundamentais.................................................................................. 43
3.3.1 Cartilhas ........................................................................................................................... 43
3.3.2 Manuais ........................................................................................................................... 44
3.3.3 Guias ................................................................................................................................ 44
3.3.4 Cadernos .......................................................................................................................... 45
3.3.5 Movimentos Populares .................................................................................................... 45
3.3.6 Mutirões ........................................................................................................................... 46
3.3.7 Autoconstrução ................................................................................................................ 49
3.4 Sistemas Construtivos Aplicáveis a Movimentos Populares ........................................... 50
3.4.1 Tijolos Cerâmicos ............................................................................................................ 51
3.4.2 Construções com Terra - Adobe ...................................................................................... 52
3.4.3 Construções com Terra - O Super Adobe........................................................................ 53
3.4.4 Construções com Terra - Taipa de Pilão ......................................................................... 53
3.4.5 Construções com Terra - Taipa de Sopapo ...................................................................... 53
3.4.6 Construções com Paredes Monolíticas em Solo Cimento ............................................... 54
3.4.7 Construções em Solo Cimento ou Solo Cal .................................................................... 54
3.4.8 Construções com Madeira ............................................................................................... 54
3.5 Projetos e Experiências Referenciais ............................................................................... 55
3.5.1 Projeto Executado em Pernambuco ................................................................................. 55
3.5.2 Projeto Executado em Goiás............................................................................................ 57
3.5.3 Projetos executados em São Paulo e em Minas Gerais ................................................... 59
3.6 Publicações Consideradas como Referências .................................................................. 61
3.6.1 Cartilha Mãos à Obra da ABCP ...................................................................................... 62
3.6.2 Cartilha do Pedreiro ......................................................................................................... 63
3.6.3 Cartilha Projeto Casa ....................................................................................................... 64
3.6.4 Publicações da SAHARA ................................................................................................ 65
3.6.5 Cartilha Taipa – Pau a Pique ........................................................................................... 66
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 68
4.1 Pré-Análise das Publicações Encontradas ....................................................................... 68
4.2 Classificação das Publicações ......................................................................................... 70
5
ANÁLISE FINAL .......................................................................................................... 75
5.1 As Publicações ................................................................................................................. 75
5.2 Os Objetivos .................................................................................................................... 78
5.3 Os Conceitos .................................................................................................................... 78
5.4 As Publicações de Referências ........................................................................................ 79
5.5 O Conteúdo das Publicações ........................................................................................... 80
5.6 Os Sistemas Construtivos ................................................................................................ 80
5.7 Trabalhos Futuros ............................................................................................................ 81
5.8 A Cartilha como Publicação Ideal ................................................................................... 83
5.9 Parcerias .......................................................................................................................... 86
5.10 Projetos Arquitetônicos ................................................................................................... 87
5.11 A Formatação da Cartilha ................................................................................................ 88
6
CONCLUSÕES.............................................................................................................. 91
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 93
APÊNDICE A – Publicações Catalogadas na Área de Construção Civil ...................... 99
APÊNDICE B – Links de Acesso aos Materiais Catalogados ..................................... 106
16
1 INTRODUÇÃO
A população de baixa renda, que hoje é assistida pelos governos através de
programas sociais, aguardam soluções que visam atender questões relacionadas às suas
necessidades básicas como moradia, educação, transporte, saúde, geração de emprego e renda
entre outros. No campo da habitação, observa-se que em muitas cidades brasileiras, surgem
diariamente muitas construções em lugares inapropriados, geralmente frágeis por pertencerem
muitas vezes a áreas de proteção ambiental ou que podem trazer riscos à população tais como
margens de córregos ou de rios, em encostas, próximas a linhas férreas e linhas de
transmissão de energia de alta tensão e em outros ambientes insalubres.
Em muitos casos, a estrutura e a configuração das cidades colaboram para o
surgimento deste tipo de problema. Os planos diretores das cidades, por meio de suas políticas
de assentamentos e de habitação popular, caso não sejam elaborados com profundidade,
também podem contribuir para a sua intensificação. O principal exemplo disso é a malha
viária urbana que em muitas vezes privilegia o transporte particular em detrimento do
transporte coletivo. Isto, somado às condições impostas pela sociedade, isola cada vez mais a
maior parte da população carente, situando-a na periferia das grandes cidades ou levando-a a
ocupar locais inapropriados novamente, fato que revela uma situação cíclica.
Nota-se que um número significativo destas casas são construídas nestas áreas com
diferentes materiais como papelão, pedaços de madeiras, chapas metálicas, plásticos e outro
tipo de resíduos, desde que ofereça uma vedação para criar um espaço físico habitável. Estas
construções são executadas de forma improvisada a princípio, no entanto acabam tendo
muitas vezes caráter definitivo. Seus ocupantes vão, ao longo do tempo, geralmente com a
melhoria do poder aquisitivo familiar, renovando, ampliando e reformando o que já está
construído. Utilizam, na substituição dos materiais utilizados inicialmente, materiais
reconhecidamente como sendo tradicionais, tais como tijolo cerâmico, esquadrias metálicas,
telhas cerâmicas ou fibrocimento, entre outros.
As construções de habitações realizadas no sentido de atender as faixas da população
com menor poder aquisitivo é o foco deste trabalho principalmente no que diz respeito a como
construí-las. Um sistema alternativo de combate à falta de moradia que adquire relevância no
trabalho é o regime de construção do tipo mutirão ou autoconstrução (autoajuda), que já existe
naturalmente nesta faixa da população. Os participantes deste sistema, na maioria das vezes,
17
são os próprios e futuros usuários das habitações que, via de regra, não são preparados para a
empreitada. Neste sentido, a qualidade das obras está ligada à capacitação destas pessoas para
construí-las e, neste sentido, devem ser utilizados mecanismos1 que apoiem o objetivo maior.
Desta forma, material didático deve ser preparado e utilizado como guia que orienta passo a
passo a construção.
Percebe-se, tanto no meio acadêmico quanto fora dele que, para difundir informações
valiosas sobre conhecimentos já apropriados sobre como realizar a construção da moradia nas
classes menos favorecidas, têm-se utilizado diversos tipos de publicações, sejam na forma de
cartilhas, guias, manuais, cadernos técnicos e outros.
Esta pesquisa identificará uma série destas publicações que estão sendo
desenvolvidas e utilizadas com este propósito, por diferentes segmentos da sociedade.
Observa-se que a produção de conhecimento, considerando como tema a habitação de
interesse social, tem surgido principalmente nas universidades, no entanto, se observa mesmo
timidamente que a iniciativa privada, através de empresários da área da construção civil,
assim como a própria população, também as desenvolve. Segundo Abreu (2012), foi a partir
de 2000 que se intensificou a produção de teses e dissertações sobre este tema. A contribuição
acadêmica tende a crescer, considerando as melhorias das condições de vida da população de
baixa renda.
1.1 Justificativa
As ocupações irregulares2 e ilegítimas dos espaços urbanos acontecem em uma
velocidade muito grande. Em diversos casos espalhados pelo país, observa-se que as
construções se proliferam com insegurança e com poucas condições relacionadas à
habitabilidade, conforto ambiental, acessibilidade, etc. Segundo o IBGE (2010)3, há nos
1
2
3
Contratação de técnicos especializados como arquitetos, engenheiros, topógrafos; realização de cursos
preparatórios, palestras e elaboração de publicações que orientem no passo a passo fazem parte do mecanismo.
A Lei Complementar nº 231, de 26 de maio de 2011 e a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 tratam das
diretrizes urbanísticas do município de Cuiabá. Endente-se como ocupação irregular, qualquer que seja o tipo
de ocupação e uso do solo, que não atenda a estas leis. Ocupação em Áreas de Preservação Permanente (APP),
em áreas de risco como margens de rios e outras.
Informação extraída da Tabela 1.8 - População nos Censos Demográficos, segundo as Grandes Regiões, as
Unidades da Federação e a situação do domicílio - 1960/2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.
gov.br/sinopse/index.php?dados=8>. Acesso em: 22 abr. 2014.
18
centros urbanos uma população cinco vezes maior que na área rural 4. Esta migração, dentre
outros fatores, é alimentada pelo desejo de melhores condições de vida, de outras opções de
trabalho, por estudo e por outras oportunidades que os centros urbanos oferecem. Este
contingente, que no primeiro instante sofre por não ter para onde ir, e isto somado como a
falta de emprego, a ausência de recursos, etc. têm colaborado significativamente para a falta
de moradia. É importante ressaltar que os movimentos organizados principalmente entre a
população carente acontecem devido à necessidade de redução de custos na construção e a
uma provável inexistência de programas habitacionais mais consistentes.
Encontrar soluções que minimizem o problema relacionado à falta de moradia é uma
constante em todas as partes do mundo. Pesquisadores, estudantes, profissionais como
arquitetos, engenheiros e outras especialidades apresentam diferentes projetos arquitetônicos e
urbanísticos com propostas de uso de materiais alternativos, com custos reduzidos. Busca-se
por mais simplicidade na construção, por um maior comprometimento com a sustentabilidade
e por uma racionalização na habitação de interesse social.
Programas sociais dos governos Federal, Estadual e Municipal, de ONGs e de outras
instituições públicas e privadas têm colaborado neste sentido, elaborando propostas e
sugestões que são divulgadas por meio de publicações, tais como cartilhas, manuais e guias de
práticas construtivas. Contribuem desta forma, apresentando recomendações de uso e
aplicação de materiais e sistemas construtivos, trazendo informações básicas para as
construções.
Busca-se, portanto, com este trabalho, estudar estas publicações que na sua grande
maioria são disponibilizadas gratuitamente. Em especial, aquelas que podem ser relacionadas
com as Habitações de Interesse Social (HIS). Estas publicações devem estar voltadas à
população cuja renda familiar se situa entre 0 (zero) e 3 (três) salários mínimos5.
Neste sentido observa-se a aplicabilidade do material que deverá ser utilizado como
um elemento básico de orientação, abordando as diferentes fases construtivas, envolvendo
desde a fundação à cobertura. O presente estudo se justifica:
4
Segundo o censo IBGE 2010, a população que vive em áreas urbanas no país é de 160.925.792 pessoas contra
29.830.007 pessoas vivendo em áreas rurais. Ou seja, cerca de 16% da população total (190.755.799 pessoas)
vivem em áreas rurais.
5
Segundo a Lei Complementar Nº 231, de 26 de maio de 2011, disciplina o Uso, a Ocupação e a Urbanização do
Solo Urbano no Município de Cuiabá, Seção II, Artigo 6º, que trata das definições e sobre a população nesta
faixa de renda familiar é considerada de Baixa Renda.
19
(i) Pelo crescente déficit habitacional6 mato-grossense;
(ii) Pela possibilidade de oferecer instrumentos de orientação centrados no perfil da
população de baixa renda;
(iii) Pela possibilidade do uso de uma Publicação que oriente a construção, seja
através do regime de mutirão, autoconstrução ou autogestão, para promover a
redução de custos da obra e proporcionar a metodologia de “saber participar”, de
“saber entender” e “saber fazer”.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar os aspectos técnicos de publicações existentes intituladas de cartilhas,
manuais e guias para a construção, voltados para a habitação de interesse social e verificar sua
aplicação principalmente no regime de autoconstrução.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para atingir o objetivo principal neste trabalho, definiu-se como sendo os objetivos
específicos:
i)
Verificar, através de uma avaliação sistemática, quais são as características dos
materiais publicados ou publicáveis7;
ii) Definir ou optar pelo contrário, quanto ao uso deste tipo de material a ser
utilizado na construção de habitação de interesse social;
iii) Verificar se o material pode atender a regimes de mutirão no sistema de
autoajuda como sendo um guia orientativo.
6
7
Déficit Habitacional no Estado de Mato Grosso em 2000 com 97.650 habitações e 2002 com 107.198
habitações (IBGE/ Censo Demográfico 2000 e SEPLAN, MT, 2004).
Considera-se como sendo materiais publicáveis, aqueles que são disponibilizados para downloads de forma
livre.
20
1.3 Área de Estudo e Público Alvo
A abrangência do trabalho não se restringe territorialmente a uma ou várias regiões
uma vez que a principal fonte de informações é a rede mundial de computadores (www world wide web) através da internet. Pode, portanto, ser aplicado em todo o território
nacional. Quanto ao público alvo, este pertence à população que vive com baixíssima renda
familiar8, isto é, trata-se de um valor igual ou inferior a três salários mínimos (SM)9,
constituintes por famílias que não possuem recursos financeiros para construir suas moradias.
1.4 Contextualização
Mesmo admitindo a existência de polêmicas10 sobre a aplicação e uso destes regimes
de construção, entende-se que morar requer, acima de tudo, envolvimento dos interessados. A
inércia que em muitos casos toma conta de um número imenso daquelas famílias que deixam
tudo a cargo dos governos também contribui para a falta de moradia. A autoconstrução, no
caso desassistida, é um sistema que está na essência das famílias pertencentes à faixa da
população que é foco deste estudo. A dificuldade de se ter na prática o que já está
estabelecido impulsiona a novas possibilidades.
O que se propõe é que, diante desta inoperância, ou seja, da inexistência de mão de
obra especializada, a adoção e aplicação desses regimes de forma, que caso não exista de fato
um acompanhamento técnico de profissionais habilitados e especializados, seja adotado
instrumento elaborado por estes mesmos profissionais que auxilie no processo, mas que ao
mesmo tempo, não os substituam.
No entanto, transformar estes regimes oficialmente como políticas públicas seria
isentar os governos de sua responsabilidade.
8
A que tem como renda familiar mensal o valor que vai até 3 salários mínimos, segundo a Lei Complementar Nº
231, de 26 de maio de 2011.
9
O salário mínimo vigente na data de conclusão deste trabalho é de R$ 724,00, a partir de 01/01/2014. Fonte
<http://portal.mte.gov.br/sal_min/>.
10
“O vício da virtude – autoconstrução e acumulação capitalista no Brasil”. Novos Estudos CEBRAP, Francisco
de Oliveira. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-33002006000100005&script=sci_art
text>.
21
Para uma grande parcela da população brasileira, os últimos anos tem proporcionado
um avanço no sentido de conquistas de benefícios sociais como também ao acesso à moradia
e às premissas de uma cidade mais humana. No entanto, para muitos, ainda há um
distanciamento, pois observa-se que muitas ações relacionadas, como as retiradas de pessoas
de áreas particulares, áreas de preservação ou em áreas de risco e reassentadas em lugares
geralmente periféricos das cidades brasileiras, só agravam a situação social, econômica e
principalmente a acessibilidade entre o local do assentamento e a do trabalho, aumentando
ainda mais as diferenças sociais já existentes.
Segundo Rolnik (2006), em uma cidade dividida entre a porção legal, rica e com
infraestrutura e a ilegal, pobre e precária, a população que está em situação desfavorável
acaba tendo muito pouco acesso a oportunidades de trabalho, cultura e lazer.
A habitação de interesse social, ao ser entendida como um processo e não
simplesmente como um produto final, tendo apenas as dimensões físicas da moradia,
contribui de forma decisiva no sentido de uma melhor qualidade de vida. É notório e sabido
que a habitação não se restringe apenas à unidade habitacional que tem como objetivo
cumprir também as suas funções sociais. Além do espaço físico que deve ser confortável,
seguro e salubre, a população habita a moradia que está na rua, no bairro, na cidade e que nela
vive, trafega, trabalha, comercializa, educa, intensifica o lazer e a recreação.
A apropriação destes espaços é comum a todas as faixas da população: “na minha
rua”, “no meu bairro” e até “na minha cidade” fazem parte do repertório coloquial em muitos
casos até inconscientemente.
[...] as oportunidades de crescimento circulam no meio daqueles que vivem melhor,
pois a sobreposição das diversas dimensões da exclusão incidindo sobre a mesma
população fazem com que a permeabilidade entre as duas partes seja muito pequena
(ROLNIK, 2006, p. 199).
Portanto, a habitação de interesse social não envolve apenas o ato de construir a
moradia e ocupá-la. É preciso que sejam considerados e acrescidos neste ato, todos os
elementos necessários para proporcionar não só as condições de uma boa habitabilidade, mas
que principalmente possibilite o acesso à cidade e tudo o que ela pode oferecer, como está
previsto no Artigo 6 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988): “São direitos sociais a
educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social,
22
proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados, na forma desta
constituição”.
Atualmente existem muitas opções de sistemas construtivos utilizados na construção
civil, desde os que utilizam tecnologia de última geração, até àqueles que são consagrados por
muitos anos, como a “execução da parede utilizando o tijolo por tijolo”. Para o caso de
habitação de interesse social, existe a questão do custo x benefício e como os recursos
financeiros disponíveis são escassos, é preciso adotar os sistemas construtivos que agreguem
rapidez e poucos gastos, adaptando-se à realidade local e da comunidade.
1.5 Limitações
A pesquisa realizada neste trabalho baseia-se na realidade das publicações existentes
e disponibilizadas gratuitamente na internet e em outros locais como lojas de materiais de
construção, CAU e CREAs. Em particular, o trabalho procura verificar como estes materiais
estão sendo produzidos e de que forma estão sendo estruturados.
Limita-se objetivamente analisar como o material publicado pode contribuir para que
as pessoas de baixa renda possam construir não só a sua moradia, como também outros
elementos pertencentes ao habitar. A análise destes materiais disponíveis, que é o elemento
principal desta proposta, pode revelar a sua eficiência ou não e, a partir desta conclusão,
sugerir outros pontos de partida para uma subsequente nova pesquisa e, por fim, a sua
aplicabilidade.
1.6 A Estrutura do Trabalho
No capítulo 1, apresentam-se as considerações iniciais juntamente com a revisão
bibliográfica com a parte da produção e uso de publicações que embasam toda a pesquisa.
O capítulo 2 define o método utilizado no desenvolvimento da pesquisa que ocorre
inicialmente apresentando os conceitos básicos e fundamentais para o seu entendimento.
Analisa quais sistemas construtivos estão mais próximos dos propósitos do trabalho e
apresenta alguns projetos que foram executados no país e que serão adotados como
23
referências e por fim, as publicações encontradas e catalogadas que são adotadas como sendo
de referência.
O capítulo 3 apresenta os resultados obtidos através da análise das publicações que
permitirá uma compreensão a respeito da estruturação e formatação destes materiais, bem
como se estabelecem as relações entre textos e ilustrações.
O capítulo 4 e último apresenta as conclusões finais do trabalho e aponta sugestões
para trabalhos futuros.
24
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
São apresentados tópicos que apresentam o uso de publicações orientativas desde o
século XIX. As publicações do tipo Cartilhas foram utilizadas a princípio, como um aliado
importante no processo educativo e que gradativamente, embora fosse utilizada com o mesmo
intuito, foi recebendo outros valores informativos de alta relevância considerando interesses
do momento.
2.1 Cartilhas e Outras Publicações
Neste tópico, será abordado o uso de publicações como aliado importante na
transmissão de informações, em especial a Cartilha, que surgiu como sendo o primeiro livro
de leituras a ser utilizado no processo de ensino e aprendizagem. São apresentados também
outros tipos de publicações que, com os mesmos objetivos, apesar de nomes e conceitos
diferentes, levam informações e instruções sobre o como fazer.
2.1.1 Cartilhas na Educação e sua Evolução
O processo educacional no Brasil está diretamente ligado aos regimes
governamentais pelos quais o País passou. O uso de cartilhas, visando à alfabetização, surge
no início do século XIX, no entanto, foi após a Proclamação da República que seu uso teve
um grande impulso. Até esta data, estudar era um privilégio para poucos afortunados que iam
para Portugal, a fim de realizar ou concluir seus estudos.
As escolas adotavam inicialmente uma cartilha editada e produzida na Europa 11,
mais especificamente em Portugal e só após a Proclamação da República (1889) começaram a
ser produzidas internamente. Segundo a Secretaria de Educação da Bahia (SEC), o conteúdo
das cartilhas era constituído da apresentação do alfabeto que deveria ser copiado visando à
11
Até 1808 não se permitia que cartilhas, também chamadas de livretos, fossem elaborados e impressos na então
Colônia.
25
alfabetização. Geralmente e invariavelmente as cartilhas apresentavam as letras isoladamente,
depois sílabas e em seguida as palavras.
Analisando cronologicamente a estrutura operacional das cartilhas, observa-se que,
ao longo do tempo, houve uma série de mudanças na sua apresentação visual assim como
houve a implantação de diferentes metodologias no processo de comunicação de massas. Vale
ressaltar que esta dinâmica evoluiu com o tempo e desta forma, permitiu nos dias atuais que
este instrumento ainda possa utilizado eficientemente.
Antonio Feliciano de Castilho, um dos mais célebres escritores da língua portuguesa,
elaborou em Lisboa no ano 18853, um método que foi denominado de Método Castilho e veio
ao Brasil divulgar sua obra em 1855. De acordo com Liza Cavalcante (2012), este passaria
então a ser um método tradicional e mais antigo de alfabetização que ficou conhecido como o
Método Sintético, também chamado de método ABC.
A Figura 1 representa a capa da cartilha, datada de 1905, que apresentava o método e
tem como subtítulo Cartas para Aprender a Ler. Consistiam em trabalhar primeiro as letras
do alfabeto, depois sílabas e por fim as palavras. Este método foi utilizado até 1956, no
entanto, outros surgiriam paralelamente uns aos outros no decorrer deste tempo. Em 1916,
Mariano de Oliveira propõe conciliar dois métodos de alfabetização, o moderno e o antigo
(analítico – sintético respectivamente) e sua última edição foi no ano de 1955 (Figura 2).
Uma proposta diferente da original, ou seja, das publicações que visavam somente à
alfabetização, surgiu em 1922 através do Dr. A. de Almeida Júnior que elaborou a Cartilha de
Hygiene. Consistia em alfabetizar também, no entanto, através da construção de frases, trazia
como conteúdo noções e orientações gerais de higiene (Figura 3). Esta publicação foi uma das
que abriram precedentes para que outras seguissem o mesmo destino, ou seja, educar e
paralelamente levar à população, não somente às crianças em fase de alfabetização, outras
informações de interesse para a sua formação.
Em 1936, surgiria outra cartilha também com estes mesmos propósitos, através de
Renato Kehl e, ainda no início do século XX, surgiram as discussões a respeito da eficiência
da sua comunicação. A publicação de Arnaldo Barreto intitulada Cartilha Analítica, publicada
pela Livraria Francisco Alves, cuja capa está apresentada na Figura 4, teve sua primeira
edição em 1909.
Esta proposta de alfabetização fazia oposição ao método analítico, na qual trabalhava
com a alfabetização, utilizando como formação das palavras, apenas conjuntos de sílabas,
26
dispensando o uso de letras isoladas. Renato Séneca Fleury publicou em 1935, ”Cartilha na
Roça”. Como o título sugere, era voltada à alfabetização no meio rural e sua publicação foi no
ano de 1958 (Figura 5).
Figura 1 – Cartilha do ABC.
Figura 2 – Nova Cartilha
Figura 3 – Cartilha Maternal
Fonte: Centro de Referência em Educação Mário Covas-EFAP/SEE-SP.
Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/obj_a.php?t=cartilhas02>. Acesso em: 05 jan. 2014.
Ainda em 1935, o Professor Theodoro de Moraes, adotando como processo o método
analítico, propõe pela primeira vez um material voltado somente a adolescentes e adultos
(Figura 6). As cartilhas utilizadas como importantes instrumentos no processo educacional
foram, ao longo da sua existência, sofrendo várias alterações sejam de métodos, de conteúdo e
de formatação, atingindo públicos diferentes com interesses diferentes.
Figura 4 – Cartilha Analítica.
Figura 5 – Cartilha na Roça.
Figura 6 - Cartilha do Operário
Fonte: Centro de Referência em Educação Mário Covas-EFAP/SEE-SP.
Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/obj_a.php?t=cartilhas02>. Acesso em: 05 jan. 2014.
27
De certa forma, estas alternâncias trazendo mudanças, seja na sua estrutura interna
ou externa, seja através do uso de ilustrações ou de frases e textos diferentes, seguem os
interesses e a dinâmica do momento, fato que contribuiu para a sua longevidade. Assim, tendo
sua primeira publicação no ano de 1940, a cartilha Sodré de Benedita Stahl Sodré foi a
primeira que teve seu formato alterado consideravelmente com o acréscimo de mais de 30
páginas.
Em 1977, foi totalmente remodelada por Isis Sodré Verganini que, apesar do mesmo
sobrenome, não se sabe o grau de parentesco. Esta cartilha trouxe com estas novas medidas a
introdução do caderno do professor. O objetivo então seria a padronização de uso de cartilhas
com este formato e características (Figura 7). A cartilha Caminho Suave teve sua primeira
edição publicada em 1948. Branca Alves de Lima é a sua autora e tem como subtítulo:
alfabetização pela imagem. Foi modificada somente em 1980 com a inclusão de vários outros
exercícios (Figura 8), no entanto colaborou, assim como outras que seguiram o mesmo
exemplo, para o uso de imagens e, a partir delas, surgiram outras com mais frequência.
Doracy de Almeida publicou, em 1974, através do Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
(IBEP), a cartilha No Reino da Alegria. Alterou consideravelmente o formato com medidas
ampliadas em relação às cartilhas existentes até então. Outra novidade foi a introdução de
exercícios logo após cada instrução dada e mais: introduziu quadrinhos na forma de tiras
como ilustrações (Figura 9).
Figura 7 – Cartilha Sodré (1961)
Figura 8 – Cartilha Caminho
Suave (1962)
Figura 9 – Cartilha No Reino da
Alegria (1974)
Fonte: Centro de Referência em Educação Mário Covas-EFAP/SEE-SP.
Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/obj_a.php?t=cartilhas02>. Acesso em: 05 jan. 2014.
28
As iniciativas vindas através de novas publicações buscavam alfabetizar e solucionar
os problemas ou resolvê-los de certa forma e neste sentido foi lançada na década de 60 e
reeditada no ano de 1987, a cartilha Casinha Feliz. Segundo a Secretaria de Educação (SEC)
da Bahia, através da postagem de Fernando Paixão (2008), esta cartilha foi um marco do
método fônico no Brasil. Tal método enfatizava a menor unidade da fala, o fonema, e sua
representação na escrita. Ensinava as formas e os sons das vogais, para em seguida ensinar as
consoantes e vogais, estabelecendo entre elas relações cada vez complexas (Figura 10).
Educadores passaram a trabalhar com textos diversificados que circulavam na
sociedade como livros, jornais, revistas, embalagens, bulas, entre outros. O que ocasionou a
associação de diferentes suportes não só na estruturação cartilha e no seu conteúdo como no
processo de difundir informações.
Mais recentemente, o uso de revistas em quadrinhos como instrumento importante na
educação tomou outras proporções. O cartunista e Ziraldo e o quadrinista Maurício de Souza
deram, junto com outros profissionais pouco conhecidos, um maior impulso neste tipo de
literatura. Maurício, por exemplo, tornou-se um grande parceiro e muito colaborou utilizando
as revistas em quadrinhos não somente como um passatempo, mas também para despertar o
gosto pela leitura. A Figura 11 mostra que o autor deixa claro que, dentro da literatura
existente, as HQs (Histórias em quadrinhos) podem ser um grande aliado para a pedagogia da
educação, principalmente por atrair tanto crianças quanto adultos.
Figura 10 – A Casinha Feliz.
Figura 11 – Histórias em quadrinhos sobre a importância da Educação.
Fonte: SEC – Bahia.
Disponível em: <http://secbahia.
blogspot.com.br/2008/08/cartilha
s-de-alfabetizao.htm>.
Acesso em: 05 jan. 2014.
Fonte: Blog Educar para Crescer.
Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/poderhistorias-quadrinhos-676039.shtml>. Acesso em: 05 jan. 2014.
29
Segundo Carvalho (2012), as histórias em quadrinhos - que foram por muito tempo
consideradas ou entendidas como sendo um tipo de leitura inválida12 - atualmente estão sendo
mais atraentes principalmente pela ligação emocional que elas costumam desenvolver com os
personagens. Carvalho (2012) estabelece que hoje não há mais dúvidas sobre o valor desse
tipo de narrativa, tanto que os quadrinhos são recomendados pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais e reconhecidos com sendo uma ferramenta de alfabetização e formação no
aprendizado. O uso de publicações, como guias que orientam, assim como outras mídias,
colaboram com o processo de aceleração da divulgação do conhecimento, fazendo com que o
processo seja sempre dinâmico e inovativo.
2.1.2 Cartilhas, Guias e Outras Publicações que Orientam na Construção da Moradia
Uma grande diversidade de publicações são elaboradas e disponibilizadas para trazer
informações ao leitor, orientando-o independente da formatação e do nome que lhe são
atribuídos. Livros, livretos, revistas, cadernos técnicos, manuais, cartilhas, panfletos e outros
têm sido utilizados em todas as áreas do conhecimento, como meio de fazer chegar às mãos
de um público, muitas vezes específico e outras vezes generalizado, informações muito úteis,
sejam elas básicas ou não, relacionadas aos mais diversos assuntos.
A busca pelo conhecimento somado às intenções de cada publicação que vai desde
apenas fazer com que o leitor tome ciência de algum fato, de uma notícia qualquer, de uma
lei, de direitos e deveres, de prestação de contas, de explanação de programas, de uso e
manutenção de equipamento ou mesmo de uma residência, indo à orientação de como
executar determinada tarefa para alimentar este processo. Na sua essência, todos estes
materiais são publicações orientativas. Desta forma, podem-se citar como exemplo os
manuais de aparelhos eletroeletrônicos de uso e manutenção de máquinas, as bulas de
remédios, os folders, mapas turísticos, etc. que, independente de normas, existem para
orientar.
Existem dúvidas quanto à nomeação que recebem estas publicações em se
considerando seus conceitos encontrados em dicionários. Os objetivos são semelhantes, no
entanto e em muitos casos, as características gerais dos materiais podem ser diferentes.
12
No sentido de ser apenas entretenimento.
30
Pretende-se, ao findar este trabalho, chegar a uma conclusão a este respeito, ou seja, quais são
estas diferenças e como devem ser produzidos estes dois exemplos. Importante destacar que
os meios para que o cidadão possa obter um determinado material é diretamente na origem,
ou seja, em pontos tomados como estratégicos por quem pretende divulgar determinado
assunto. Por exemplo, para obtermos informações a respeito de aprovação de projetos, a
prefeitura deve ser a fonte das informações. As bancas de jornal e revistas, assim como
também em alguns magazines13 ou livrarias, costumeiramente oferecem revistas que são
direcionadas a atender a área da construção. A revista Téchne da editora PINI, que é uma
publicação que trata de tecnologia e informação para a área da construção civil, traz sempre
na última secção, um capítulo intitulado Como Construir e para cada revista um assunto
diferente é abordado.
Apesar de ser uma publicação específica e técnica voltada para profissionais, há mais
de uma década, trouxe na edição número 54 de setembro (TÉCHNE, 2001), dentre outros
assuntos de interesse, dois de grande importância e intensa discussão. A necessidade de
combater o déficit existente na habitação e uma nova tecnologia de construção para a
habitação de interesse social (Figura 12 e Figura 13).
Figura 12 – Capa da revista Téchne edição 54.
Figura 13 – Destaque a habitação de interesse
social.
Fonte: Revista Téchne. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/54/artigo287224-1.aspx>.
Acesso em: 11 jan. 2014.
13
Onde se verifica uma maior variedade e disponibilidade de publicações.
31
Na edição número 58 (TÉCHNE, 2002), o assunto é Telhas Cerâmicas. Com texto de
Márcia Maria de Melo, engenheira, e Carlos André Fois de Lima, gerente técnico do
fabricante, são apresentados os componentes que devem existir em uma cobertura com
sugestões de espaçamentos máximos que devem existir na trama, tipos de estrutura, de formas
do telhado, de tipos de telhas, exigências funcionais das coberturas, gráfico de inclinação de
telhados com coeficiente de inclinação, acabamentos laterais, drenagem de águas pluviais e
dicas gerais de como montar um telhado (Figura 14).
A secção vai da página 60 à página 63 desta edição. Publicados exclusivamente para
serem distribuídos em bancas de jornal e revistas, a CASE Editorial disponibilizou, em 2013,
nos meses de agosto e setembro respectivamente, dois volumes com 98 páginas cada um,
medindo 133 x 205 mm. O primeiro a chegar às bancas foi o Guia Manual14 do Construtor –
Projetos. Traz sugestões e dicas sobre construção e reforma de habitações. A Figura 15 mostra
a sua capa e o segundo foi o Guia Manual do Construtor – Etapas de obra. Apresenta
informações genéricas sobre inúmeros assuntos relacionados à etapas de execução das obras
em uma habitação (Figura 16).
Figura 14 – Capítulo como construir
(Revista Téchne).
Fonte: Revista Téchne. Disponível
em: <http://www.techne.pini.com.br/
engenharia-civil/58/sumario.aspx>.
Acesso em: 11 jan. 2014.
14
Figura 15 – Guia Manual do
construtor – Projetos.
Figura 16 - Guia Manual do
construtor – Etapas de obra.
Fonte: Acervo particular adquiridos respectivamente em banca de
jornais e revistas nos meses de agosto e setembro de 2013.
Esta expressão confunde o leitor quanto ao aspecto do material, pois outras publicações são utilizadas
deixando dúvidas quanto a melhor designação.
32
O momento de inclusão digital pelo qual passamos está presente seja no sistema
educacional visto nas escolas ou mesmo nos lares das famílias brasileiras. Em relação às
escolas, os laboratórios de informática estão se tornando uma realidade e já não é mais tão
difícil ter acesso à informação.
[...] A concepção de ensino até o século da cultura industrial, em que o adulto ativo
transmitia seus conhecimentos a alunos passivos e heterônomos, é completamente
substituída pela concepção de aprendizagem em que o adulto orienta e desafia
motivação dos alunos para a pesquisa, para a investigação, para o juízo crítico e
consciente, para a busca com motivos pessoais e coletivos, com liberdade de escolha
e com responsabilidade individual, nunca “passivos e submissos em massas
indiferenciadas” (FAGUNDES, 2010, p. 3).
É importante destacar a internet como ferramenta de pesquisa e fonte de
informações. Segundo Seabra (2010), a interação das crianças e dos jovens com as
tecnologias digitais nos permite comprovar que uma nova inteligência está se desenvolvendo
nas novas gerações que crescem incluídas na cultura digital.
Complementa dizendo que sua utilização pode abrir novas possibilidades para alunos
e professores, superando as barreiras físicas e o acesso limitado aos recursos de informação
existentes e, literalmente, colocando o mundo acessível na ponta dos dedos (SEABRA, 2010).
As habilidades e competências que se pretende desenvolver em estudantes passam pela
pesquisa. Novos termos surgem nesta interação: Webquest. Sobre este termo e ainda em
Seabra:
[...] O conceito de Webquest, que significa “busca na web” foi criado em 1995 por
Bernie Dogde, professor da Universidade Estadual da Califórnia, EUA, e por Tom
March, seu assistente na época. Segundo o próprio Dogde, uma Webquest é “uma
atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação com que os alunos
interagem provém da internet” (SEABRA, 2010, p. 5).
Por meio da internet e às vezes por comodidade, o interessado tem uma maior
liberdade de escolha e pode fazer download de informações que mais lhe interessam mesmo
dentro da própria residência. Hoje, a velocidade com que se busca uma informação é uma
constante e faz parte da vida dos jovens independente do nível de escolaridade.
Profissionais mais experientes devem se atualizar com estes novos recursos sob a
pena de ficar à margem da evolução digital. Sites do CREA, da Caixa, do IAB, do
SINDUSCON, de fabricantes de materiais utilizados nas construções, blogs e tantos outros
inclusive sites de prefeituras municipais, trazem material significativo a respeito de
construções.
33
Existem também sites que comercializam estes materiais disponibilizando-os
mediante pagamento. No entanto, foge do foco do trabalho que visa a facilidade de acesso à
informação e dispor de recursos para tal não atende aos objetivos declarados. Seguem alguns
exemplos de publicações sobre construção disponibilizadas gratuitamente e de vários
formatos. A Caixa Econômica Federal (CEF), por ser atualmente o maior agente financiador
de programas habitacionais no país, apresenta suas cartilhas com objetivos específicos
relacionados ao déficit habitacional.
A Figura 17 apresenta a capa da cartilha do Programa Minha Casa Minha Vida
(PMCMV), volume 1, com suas diretrizes e considerações gerais a respeito deste programa. A
Figura 18 representa a capa da cartilha do Programa Minha Casa Minha Vida volume 2,
direcionada aos municípios para uma população de até 50 mil habitantes. A cartilha detalha
toda a documentação necessária para que as famílias pertencentes à população com renda
familiar de até 10 salários mínimos (SM) possam se candidatar ao financiamento da casa
própria. A Figura 19 apresenta a capa de uma publicação intitulada de Cadernos CAIXA, com
duas sugestões de projeto padrão de casas populares, incorporando o projeto arquitetônico ao
projeto de instalações com memorial descritivo completo. Publicada em 2007, na cidade de
Vitória - (ES).
Figura 17 – Cartilha do PMCMV Volume 1.
Figura 18 – Cartilha do PMCMV Volume 2.
Figura 19 – Cadernos CAIXA Projeto Padrão.
Fonte: Site da Caixa Econômica Federal. Disponível em: <http://mcmv.caixa.gov.br/minha-casa-melhor-teracartilha-com-informacoes-sobre-o-credito/>.
Acesso em: 13 jun. 2013.
34
2.1.3 Cartilhas, Guias, Manuais e Cadernos Voltados às Construções Rurais
A CEF também apresenta material orientativo voltado para o meio rural. Com o
título ”A CAIXA e a Habitação Rural: construindo um ambiente saudável e sustentável”, com
92 p. (s.d.). Este Caderno apresenta as situações do entorno da casa, do jardim, passando pelo
pomar e edificações de apoio como curral, galpões, pocilga, estábulo, etc.. Apesar de ser
bastante completo, tem poucas ilustrações (Figura 20).
O Manual intitulado Minha Casa Minha Vida: Programa Nacional de Habitação
Rural é direcionado também ao público que vive no meio rural. Seu objetivo é apresentar os
caminhos para a aquisição de subsídios financeiros para a produção da habitação rural. O
programa atenderá apenas àquelas famílias que tenham renda familiar bruta anual máxima de
R$ 15.000,00 – ano de referência 2009. A Figura 21 apresenta a capa do Manual.
Figura 20 – A Caixa e a Habitação Rural.
Figura 21 – Minha Casa Minha Vida – Rural.
Fonte: Site da Caixa Econômica Federal. Disponível em: <http://mcmv.caixa.gov.br/minha-casa-melhor-teracartilha-com-informacoes-sobre-o-credito/>.
Acesso em: 13 jun. 2013
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) apresenta um conjunto de
publicações intituladas de “Guias de Construções Rurais a base de cimento”. São três volumes
e cada um trata de construções com benfeitorias específicas para o meio rural e informações
muito úteis ao produtor.
35
Estes Guias descrevem características e vantagens de elementos pré-moldados
construídos com cimento, com detalhes de instalação ou montagem. Utilizam como
argumento para justificar o uso de pré-moldados a base de cimento, o fato da possibilidade de
preservação de recursos naturais como a madeira, substituindo-a por peças de concreto.
Cada publicação é um assunto diferente e, no geral, todas apresentam o uso de
elementos construtivos no meio rural. Alguns assuntos são de aplicação mais generalizada,
como: cercas, muros, mata-burros, pontilhões, moradias, fossas sépticas, piso e revestimentos,
cochos e outros são mais específicos, como as questões que atendem à bovinocultura,
suinocultura, avicultura, armazenamento e secagem de grãos, como é especificado em suas
primeiras páginas.
A Figura 22 apresenta a capa do guia de número 1 que trata de benfeitorias de uso
geral que poderão ser construídas em qualquer tipo de propriedade rural. A Figura 23
representa a capa do guia de número 3, como usar os materiais, com 55 págs.. Apresenta o
preparo do concreto, componentes de argamassas, solo- cimento, ferrocimento15 e outras
informações. A Figura 24, com 64 págs., representa a capa do guia com as benfeitorias para
bovinocultura.
Figura 22 – Benfeitorias de uso
geral.
Figura 23 – Como usar os
materiais.
Figura 24 – Benfeitorias para
bovinocultura.
Fonte: ABCP. Disponível em: <www.maosaobra.org.br>. Acesso em: 03 jun. 2013.
15
O ferrocimento é um material constituído de uma argamassa de cimento e areia, envolvendo um aramado de
vergalhões finos e telas.
36
2.1.4 Cartilhas e Manuais de CREAs e Prefeituras Municipais
As Prefeituras Municipais das cidades brasileiras e os CREAs regionais têm
demonstrado a preocupação com o problema do déficit habitacional no país ao divulgar várias
cartilhas de orientação para população, geralmente disponível nos seus sites, como mostram
os exemplos a seguir.
Com o título CONSTRUÇÃO E REFORMA – MÃOS A OBRA e subtítulo Cartilha
de orientação ao cidadão, a Prefeitura Municipal de Vila Velha (ES), por meio da sua
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, fornece várias informações úteis sobre a
documentação necessária desde a compra do terreno, à liberação do habite-se. Traz na sua
apresentação que seu objetivo é orientar os melhores procedimentos e as melhores práticas
nas reformas e construções de edificações em geral, no entanto, e apesar do nome, não
menciona nada a respeito da prática das construções (Figura 25).
Com o título Construção e Reforma Legal, o CREA do estado do Rio de Janeiro
orienta o cidadão na compra, contratação de profissionais para a realização em reformas e
construção de maneira geral e, de igual forma, não menciona quais as técnicas construtivas
indicadas ou sugeridas para alcançar seu objetivo (Figura 26). Em ambos os casos, fica
evidenciado que a população interessada deve atentar para o fato de que profissionais
especializados das áreas de arquitetura e engenharia civil devem ser procurados para a devida
assistência técnica.
Figura 25 – Cartilha Construção e Reforma.
Fonte: CREA – ES.
Disponível em: <www.vilavelha.es.gov.br/Cartilha
%PMVVMãosaObra>. Acesso em: 21 set. 2013.
Figura 26 – Cartilha Construção e Reforma Legal.
Fonte: CREA – RJ. Disponível em: <www.crea-rj.org.
br.orgvilavelha.es.gov.br/.../Cartilha%PMVVMãosaOb
ra>. Acesso em: 21 set. 2013.
37
A Prefeitura Municipal de Cuiabá (MT) utiliza Cartilhas e Manuais para que a
população tenha acesso a materiais informativos importantes com facilidade. Destaca-se o
Manual para Aprovação de projetos, que fornece diversas informações que são necessárias à
aprovação de projetos. Possui 66 págs., poucas ilustrações e foi elaborado e publicado pela
Prefeitura Municipal de Cuiabá por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano – SMADES em 2006. A Figura 27 apresenta a sua capa.
O Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá, elaborado pelo hoje
extinto Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano – IPDU - com a colaboração e
aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Estratégico – CMDE - conta com 14
págs. e está no formato de cartilha. Relaciona a Lei Complementar nº 150, de 29 de janeiro de
2007 que dispõe sobre o próprio Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá e
dá outras Providências, como diz o enunciado (Figura 28).
O Manual de vias públicas: Calçadas, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e
Desenvolvimento Urbano, que explica como devem ser construídas, mantidas ou adequadas
as calçadas das vias públicas da cidade. São 76 págs. e acompanha um CD com a publicação
digitalizada. A data de sua publicação é de 2006. Apresenta os assuntos com clareza e é
ricamente ilustrado (Figura 29).
Figura 27 – Manual para
Aprovação de Projetos.
Figura 28 – Plano Diretor de
Desenvolvimento Estratégico.
Figura 29 – Manual de Vias
Públicas / Calçadas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Cuiabá – MT. Disponível em: <www.cuiaba.mt.gov.br/>.
Acesso em: 22 abr. 2013.
38
2.1.5 Manuais da Construção
Os manuais, por serem geralmente muito técnicos, são certamente muito eficientes
tanto no meio acadêmico quanto nas práticas profissionais, no entanto, podem tornar a leitura
cansativa e de difícil compreensão em função de suas características gerais, ao ser aplicado
como guias orientativos à população pouco preparada para este tipo de leitura, que é o caso do
púbico alvo deste trabalho.
Os exemplos a seguir mostram que são publicações que, por terem as características
mencionadas são impressas como livros técnicos e na sua grande maioria, são comercializadas
e não disponibilizados gratuitamente.
O Manual de construção de G. Baud, por exemplo, vem em três volumes com 946
págs., sendo 155 págs. no volume 1, 316 págs. no volume 2 e o mais denso com 475 págs., no
volume 3 (Figura 30). Já o Manual do construtor, de João Batista Pianca, vem em seis
volumes. Estes dois exemplos têm longa história, pois são publicados desde a década de1970.
A Figura 31 apresenta a capa da edição de 1977, com 712 págs..
O Manual do arquiteto descalço, de Johan Van Lengen, com 708 págs., é o que tem o
número menor de páginas destes exemplos. A Figura 32 apresenta a capa da sua 5ª reedição,
datada de 2008 e dos três exemplos, é o único que adota a bioarquitetura e a sustentabilidade
aplicada às construções.
Figura 30 – Manual de Construção.
Figura 31 – Manual do
Construtor.
Figura 32 – Manual do Arquiteto
Descalço.
Fonte: ISSUU. Disponível em: <http://issuu.com/arquitetoboina/docs/projeto_casa>. Acesso em: 21 abr. 2013.
39
Outro exemplo de guia orientativo que se diferencia no volume na comparação com
os anteriores, é o Manual do Construtor, da Editora Confronto (s.d.). Utiliza bem ilustrações
em preto e branco e as Figuras 33, 34 e 35 apresentam respectivamente a sua capa, seu índice
e a primeira página.
Figura 33 – Manual do Construtor –
Capa.
Figura 34 – Manual do
Construtor – Índice.
Figura 35 – Manual do Construtor
– Introdução.
Fonte: Acervo particular
Foi distribuído gratuitamente e trata-se de um guia prático para construir sua própria
casa (muros, paredes, lajes, material, orçamento e procedimento), com 66 págs., medindo 140
x 210 mm, com informações básicas e genéricas que vão da escolha do terreno à cobertura da
edificação.
2.1.6 Apostilas
Outro meio muito utilizado para difundir técnicas nesta área do conhecimento são as
apostilas. Milito (s.d.)16 elaborou uma série de informações técnicas de Construção Civil e
Construção de Edifícios neste formato. Conta com 296 páginas e é dedicada a estudantes
universitários da área de construção civil (Figura 36). É ricamente ilustrada e, apesar de
16
José Antonio de Milito, professor da Pontifícia Universidade de Campinas (PUC) e de Sorocaba (SP).
40
contar com uma linguagem mais técnica, aborda todos os assuntos pertinentes à construção de
um edifício, como se pode verificar através do sumário parcial apresentado na Figura 37.
O material tem por objetivo facilitar, através da consulta em suas páginas, o bom
entendimento da disciplina que empresta seu nome à apostila. Suas ilustrações são totalmente
originais, como mostra a Figura 38.
Figura 36 – Apostila Técnicas de
Construção Civil.
Figura 37 – Parte do sumário.
Figura 38 – Ilustrações originais.
Fonte: WR Design 3D. Disponível em: <http://mtcprojetos.blogspot.com.br/2011/05/maos-obra-aprenda-vocemesmo-construir.html>. Acesso em: 22 maio 2013.
41
3 METODOLOGIA
Este tópico define o tipo de pesquisa, descreve a metodologia adotada para a
realização do trabalho e os conceitos básicos e necessários que norteiam a pesquisa. Trata-se
de um estudo bibliográfico-descritivo que, através de um levantamento de dados, realiza uma
análise de material publicado ou publicável17. As informações observadas estão relacionadas à
comunicação que estas publicações oferecem através dos textos e imagens utilizadas e como
isto ocorre. Trata-se de uma abordagem qualitativa, no entanto, será conferida a frequência
com que determinadas características surgem no material catalogado. Para a sua classificação
e respectiva análise, serão utilizados os recursos básicos encontrados nas técnicas da
estatística para reforçar ou eliminar hipóteses e isso faz com que esta pesquisa tenha também
uma abordagem quantitativa. São abordados os movimentos populares, que uma vez bem
organizados e com uma boa representatividade, geralmente adotam sistemas de construção,
seja na forma de mutirão, autoconstrução ou autogestão, também denominado de autoajuda
para providenciarem a sua moradia. São apresentados também projetos e experiências
vivenciadas e, por fim, uma amostra de cartilhas e guias como instrumentos orientativos da
execução da moradia.
3.1 A Pesquisa
Para a obtenção das informações, foi adotada a busca por referências por meio da
internet, onde se verificou o uso relevante deste tipo de material por usuários de todas as
idades. Estão sendo produzidas publicações de diversas origens como instituições públicas,
particulares, empresas, Ongs e tantas outras que, independente do nome dado a elas,
informam, orientam, ensinam, previnem, etc.
Foram utilizadas inicialmente as palavras chave cartilhas, manuais e guias para a
busca de material disponível para download e para materiais semelhantes já publicados,
impressos e disponíveis em pontos específicos18 para realizar o registro e a catalogação. Estes
últimos, apesar do número reduzido, também foram considerados e registrados. Aqueles
17
18
Materiais disponíveis para a publicação através de download.
São impressos e distribuídos gratuitamente, em geral, nas lojas de materiais de construção, no caso de
publicações direcionadas às edificações ou de outros encontrados em prefeituras, secretarias, etc.
42
materiais que estão disponibilizados, mas mediante pagamento, foram desconsiderados, pois
fogem do foco principal que é atender a uma faixa da população classificada como sendo de
baixa renda. As cartilhas de alfabetização apresentadas na fundamentação teórica para este
trabalho também foram desconsideradas.
3.2 A Evolução da Pesquisa
Durante a busca, que teve seu início em agosto de 2012 e deu-se por encerrada em
outubro de 2013, houve uma evolução no processo. Os termos adotados inicialmente na
pesquisa e que foram utilizados como palavras chave trouxe um resultado muito diversificado.
Fato este que contribuiu para que outras palavras fossem utilizadas ou pequenas frases e
assim, o trabalho se desenvolveu em etapas. Na Etapa 1, foram utilizadas as palavras chave
isoladas com um termo apenas, como mostra a Fase 1 da Tabela 1. Nesta fase, foi encontrado
um número significativo de publicações e todas elas foram consideradas e catalogadas.
Percebeu-se que várias áreas de conhecimento e interesses utilizam este meio para levar
informações a um público específico na área da Construção Civil e Arquitetura. Na Etapa 2,
com a intenção de melhor direcionar a pesquisa, foram adotadas uma formação com duas
palavras, como mostra a Fase 2 e combinações com mais de duas palavras, formando
pequenas frases na Fase 3 (Tabela 1).
Tabela 1 – Evolução da pesquisa através de palavras chave adotadas.
FASE 1
FASE 2
FASE 3
Cartilha(s)
Manual(ais)
Cartilhas construtivas
Cartilhas orientativas
Cartilhas da construção
Cartilha sobre mutirão(ões) habitacionais
Guias(s)
Manuais construtivos
Cartilhas para construção civil
Caderno(s) técnico(s)
Caderno(s) orientativo(s)
Cartilhas sobre construção civil
Manuais da construção
Manual(ais) técnico(s)
Cartilha de como construir
Manual(ais) orientativo(s)
Guia(s) orientativo(s)
Manual da construção civil
Manual da construção da casa popular
Guia da construção
Cartilha da habitação de interesse social
Manual da habitação de interesse social
Cartilha da construção da casa popular
Fonte: Organizada pelo autor.
43
O número de publicações encontradas, considerando todos estes termos e expressões,
totalizaram 606 e por amostragem representam então o universo a ser estudado. Verificou-se
que o uso das combinações com termos mais específicos trouxeram resultados mais
expressivos e da mesma forma, verificou-se também que o número deste tipo de publicações é
bem maior do que se previa. Percebeu-se que as publicações relacionadas à construção de
habitações foram segmentadas, ou seja, surgiram publicações com objetivos de informar à
população como construir não só a moradia, como também outros itens relacionados a ela
como paredes, pisos, coberturas, instalações, calçadas, cisternas, fogões artesanais e diversos
outros elementos construtivos pertinentes ao processo de morar.
3.3 Conceitos Básicos e Fundamentais
Devido à variedade de publicações encontradas e a um desencontro entre os
conceitos19, é importante estabelecer a especificidade de cada uma delas. Neste tópico,
apresenta-se a definição vigente, obtida através de dicionários e enciclopédias sobre o que se
espera quanto à definição conceitual, de forma e de estrutura das publicações investigadas.
Buscaram-se inicialmente as definições de termos que serão empregados como palavras chave
na pesquisa: a-) Cartilhas; b-) Manuais; c-) Guias e d-) Cadernos.
3.3.1 Cartilhas
As Cartilhas20 têm como objetivos: i) - Informar a respeito de um determinado
assunto, visando uma aprendizagem ou apenas a ciência por parte do leitor e ii) - Ensinar,
apresentando instruções de como realizar uma tarefa, com a utilização de metodologia
específica.
19
20
Considerando as características conceituais, foram encontradas publicações denominadas de manuais com
aspectos de cartilhas e cartilhas com aspectos de manuais.
Cartilha s.f. (Do cast. cartilla) Livro para ensinar a ler. II Rezar ou ler pela cartilha (de alguém), ter as
mesmas convicções; seguir as ideias, as teorias, os métodos (de uma pessoa – grifo nosso): Ele reza pela
minha cartilha. Ali, todos lêem pela mesma cartilha. Fonte: Grande Enciclopédia Larousse Cultural (1998, p.
1210).
44
As publicações do tipo cartilhas devem ser rápidas21, ou seja, ter dimensões e número
de páginas reduzidos; ter uma linguagem direta e de fácil entendimento; deve ser ricamente
ilustrada e sem a utilização de termos muito técnicos; ter uma grande abrangência e deve
ainda atender os mais diversos tipos de leitores. Esta definição será abordada novamente no
final do trabalho.
3.3.2 Manuais
Os Manuais22 são publicações que apresentam informações na forma de normas ou
de procedimentos que devem ser obedecidos no conjunto. Seu principal objetivo é fazer com
que o leitor possa realizar através das suas orientações, seja individualmente ou
coletivamente, atividades relacionadas à montagem e uso de um objeto ou simplesmente
adquirir conhecimento. Em relação à quantidade de páginas, não há um número específico,
uma vez que manuais podem ser encontrados desde a formatação de panfletos a livros. É a
única publicação que possui uma norma elaborada especificamente para manuais de
proprietários, que são aqueles entregues aos adquirentes de algum imóvel residencial. Trata-se
da NBR 14037.
3.3.3 Guias
Os Guias23, segundo a fonte de referência, têm explicações diferentes de uso e
aplicação, no entanto, para não ficar muito extenso com o uso de conceitos direcionados para
áreas diferentes, encerrou-se neste ponto, uma vez que a essência da publicação está nas
informações sobre algum tipo de serviço ou produto contido nela.
21
Significa não ter número de páginas elevado e fluir rapidamente, através de uma boa interrelação entre texto e
imagens.
22
Manual adj. (Do lat. Manuale, manualis) 1. Relativo à mão. – 2. Que se faz com as mãos: trabalho manual. –
3. Que é acionado com as mãos: máquina manual. – 4. Que se pode levar com as mãos. ♦ s.m. 1. Compêndio,
livro pequeno que encerra os conhecimentos básicos de uma ciência, uma técnica, um ofício: manual do
agricultor, do carpinteiro (grifo nosso). – 2. Livro de rezas, breviário. Fonte: Grande Enciclopédia Larousse
Cultural (1998, p. 1210, p. 3786).
23
Guia ♦ s.m. 1. Publicação destinada a orientar habitantes ou visitantes de determinada região ou cidade, sobre
pontos de interesse turístico, estradas, logradouros, horários de transportes, etc. – 2. Publicação que traz
informações sobre algum tipo de serviço ou produto (grifo nosso). – 3. Vaqueiro que conduz a boiada (p.
2867). Fonte: Grande Enciclopédia Larousse Cultural (1998, p. 1210).
45
3.3.4 Cadernos
Segundo a enciclopédia Delta Larousse, a palavra caderno24 significa: reunião de
folhas de papel cosidas, coladas ou grampeadas de maneira a servir como livro de
apontamentos, exercícios escolares, etc.. No meio jornalístico, significa cada uma das partes
em que se divide um jornal. De um modo geral, pode-se entender que a definição da palavra
caderno de forma isolada simplesmente não se encaixa no emprego que se busca neste
trabalho, no entanto, ao adicionar a palavra técnico, a expressão tem outro significado. Tratase de um documento que irá traduzir todo o desempenho operacional de um projeto.
Geralmente é denso, com muitas páginas e muito técnico. Semelhante a manuais.
3.3.5 Movimentos Populares
Movimentos populares são movimentos sociais por natureza e podem surgir através
de uma provável insatisfação de parte da sociedade relativa a respostas governamentais ou
não, sobre determinados assuntos ou necessidades, por exemplo, a falta de moradia. Segundo
Ammann (2008), movimento social é uma ação coletiva de caráter contestador, no âmbito das
relações sociais, objetivando a transformação ou a conservação da ordem estabelecida na
sociedade.
A partir deste princípio e com enfoque nas questões relacionadas à moradia ou à falta
dela, considera-se este conceito, no entanto, acrescenta-se que tais movimentos, de acordo
com o grau de sua organização, adquirem força enquanto conjunto e conseguem acelerar
processos.
No entanto, movimentos populares mal articulados ou estruturados geralmente têm
dificuldades, considerando o aporte financeiro para a aquisição de um terreno e de material
para construção onde possam edificar sua casa própria. Precisam criar uma entidade ou
pertencerem a uma, seja ela uma associação, cooperativa ou mesmo uma organização não
governamental (Ong), uma vez que as dificuldades são muitas e podem tornar o processo de
obtenção de um espaço e construção muito lentos.
24
Caderno s.m. (Do lat. Quaternus, forma sing. Do distributivo quaterni, quatro de cada vez.). Fonte: Grande
Enciclopédia Larousse Cultural (1998, p. 1032).
46
Esta população, uma vez bem organizada, ágil e politizada pode ter os seus
problemas relacionados à moradia amenizados e até mesmo resolvidos, se filiada a uma
entidade criada para este fim, como por exemplo, o Movimento Nacional de Luta pela
Moradia (MNLM), a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), a Confederação
Nacional de Associações de Moradores (CONAM), Associação Brasileira de COHAB’s e a
Central de Movimentos Populares (CMP) entre outras.
Destaca-se que geralmente a população que é desprovida de recursos financeiros tem
na sua essência, mesmo que precariamente ou por necessidade, características relacionadas à
solidariedade e à autoconstrução. Neste contexto, uma das formas mais utilizadas para que
sejam construídas suas moradias é por meio do sistema de mutirões.
3.3.6 Mutirões
Segundo Abiko e Coelho (2006), o mutirão, também conhecido como sistema de
ajuda mútua, é uma alternativa habitacional baseada no esforço coletivo e organizado da
comunidade – os chamados mutirantes – para a construção das próprias moradias.
Reconhecido como sendo um sistema alternativo de política habitacional que se evidencia
através do cooperativismo. No sistema de mutirão, geralmente as casas são construídas e só
depois de concluídas é que se escolhem os moradores. Todo o trabalho é feito durante os dias
úteis e o mutirante normalmente assume o papel de servente, com a mão de obra especializada
contratada.
Como este movimento popular faz parte da cultura brasileira, tem sua origem na área
rural. As relações de amizade e respeito existentes em uma comunidade é que moveram este
tipo de cooperativismo e ainda o fazem principalmente na região do nordeste brasileiro. Os
trabalhos podem ser de qualquer natureza. Sempre que alguém ou uma família necessitarem
de ajuda, todos se mobilizam em grupo, contribuindo para que a atividade se realize. Uma
festa religiosa, uma colheita, uma cerca refeita, uma cisterna, uma pocilga ou outra construção
em benefício da comunidade são exemplos de cooperação.
Os resultados são tão verdadeiros que geralmente e invariavelmente ao término do
trabalho, aqueles que foram agraciados com os benefícios oferecem uma festa para que sejam
declarados à comunidade o seu agradecimento e satisfação. Esta solidariedade veio
juntamente com a migração do homem do campo para as cidades. A Grande Enciclopédia
Larousse Cultural (MUTIRÃO, 1998, p. 4136), assim define mutirão:
47
[...] O sistema cooperativo do mutirão estendeu-se também às cidades brasileiras,
principalmente na construção de moradias populares, como opção ao sistema
tradicional da Cohab, que contratava em praticamente 90% dos casos empresas de
construção civil. A adoção do sistema de ajuda mútua ou mutirão reduziu custos e
permitiu a discussão democrática de conflitos em todos os níveis, principalmente nas
questões relacionadas ao Estado. Os terrenos são financiados aos moradores, o
grupo constrói as casas em mutirão (conjuntamente, segundo regras prefixadas), os
materiais de construção são financiados e a mão de obra resulta em custo zero. O
custo total e, portanto, inferior em relação à solução tradicional. O governo fornece
os profissionais que apoiam os moradores na resolução das questões técnicas.
É importante ressaltar que o uso do regime de mutirão como política habitacional
para centros urbanos, que muitas vezes não prevê a participação ativa da população no
processo de planejamento, elaboração, preparação e execução do projeto, geralmente não é
nada positivo. De outra parte, a comunidade, quando este envolvida e participante de todo o
processo, pode influenciar nos resultados que podem ser mais satisfatórios.
Mesmo tendo a atual Lei da Assistência Técnica a favor daqueles que mais
necessitam, devido ao seu tempo de existência, ainda é pouco expressiva entre as
comunidades carentes brasileiras. Pode, com o tempo, vir a ser uma importante ferramenta a
ser aplicada principalmente com a adoção do sistema de construção pelos mutirões como
opção de política habitacional. Independentemente do seu desenvolvimento, alguns países
tem-se utilizado deste regime nos momentos de crises. Segundo Abiko e Coelho (2006), os
mutirões habitacionais no Brasil têm três fases distintas de evolução:
i)
Fase 1: implantação, meados de 1970;
ii) Fase 2: institucionalização, de 1982 a 1989; e
iii) Fase 3: desenvolvimento, a partir de 1989.
É importante destacar a participação de diferentes profissionais nas assessorias
técnicas dos movimentos populares em que as associações de futuros moradores, devidamente
organizados e participativos, é que gerenciam os processos, desde as contratações às
execuções da obra. Fato este que tem contribuído muito para a existência de qualidade nos
projetos habitacionais, assim como na qualidade das suas construções.
Faz-se necessário, portanto, definir qual deve ser a estruturação deste programa de
mutirões a ser implementado na base da comunidade. Segundo Abiko e Coelho (2006), antes
de se pensar na elaboração de um modo de provisão em mutirão, é necessário que se possa
48
contar com uma estrutura organizacional que contemple as diversas etapas, definindo
especificidades, os atores envolvidos e suas responsabilidades. São consideradas três
modalidades deste tipo de processo construtivo:
(i) O mutirão por gestão institucional ou administração direta – corresponde aos
casos em que o agente público gera o empreendimento, isto é, elabora os
projetos, fornece a equipe técnica que gerencia a obra e administra todos os
recursos financeiros e não financeiros aportados;
(ii) O mutirão por cogestão – corresponde aos empreendimentos nos quais o Poder
Público repassa recursos às comunidades, representadas e organizadas em
associações comunitárias, as quais contratam escritórios técnicos autônomos
para assessorá-las na administração dos recursos. Tais escritórios, também
conhecidos como “assessorias técnicas”, normalmente elaboram os projetos e
exercem a direção técnica das obras, responsabilizando-se tecnicamente por sua
execução;
(iii) O mutirão por autogestão – é a modalidade na qual a comunidade, por meio
das associações de moradores, é a responsável pela administração geral do
empreendimento, bem como pelo gerenciamento de todos os recursos. Nesse
caso, também pode haver participação de assessorias técnicas.
Os movimentos populares que utilizam como regime de construção o mutirão ou
autoajuda na construção de moradias às vezes não trazem bons resultados e isso se deve à
ausência de equipe técnica, de assistência técnica e de um planejamento operacional eficiente.
É comum acontecer o início de uma obra, por exemplo, com apenas os desenhos muitas vezes
elementares relativos apenas à planta baixa do imóvel, quando muito das instalações elétricas
e hidrossanitárias.
Via de regra, são cópias dos mesmos desenhos que foram aprovados na prefeitura
municipal. Isso quando a aprovação do projeto acontece que é o mínimo que se espera de uma
organização, ou seja, construir legalmente.
Outro fator que muito contribui negativamente é a inexperiência e a falta de
capacitação das pessoas que estão dispostas a trabalhar no local. Os participantes do
movimento fazem parte de uma mão de obra não qualificada e geralmente não estão
49
disponíveis para a obra todos os dias, somente nas suas folgas semanais. Esta falta de domínio
do sistema construtivo também está ligada à baixa produção no canteiro de obras e a uma
ausência de racionalização, levando ao desperdício de tempo, de material e da força de
trabalho vindas dos próprios e futuros usuários das moradias a serem construídas.
Nestes casos, faz-se necessário intensificar a socialização ou a transferência de
conhecimentos neste processo. Isso acontece através da assistência técnica cuja preocupação
principal é orientar e preparar a população para que as obras sejam executadas com o máximo
de controle de qualidade e técnica construtiva. A difusão das informações encontra-se no uso
de publicações orientativas, sejam elas cartilhas, manuais ou outro qualquer elemento que
sistematiza todos os pressupostos e metodologias que podem servir como facilitadores quando
da execução de uma ou de todas as atividades relativos à construção da casa. O Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT possui uma linha de pesquisa que
prioriza o estudo de soluções alternativas para a produção de habitações com a participação da
comunidade em regimes de mutirão na modalidade de cogestão e autoconstrução.
Oficialmente, autoconstrução é a denominação do ato de construir, no caso a
moradia, em terreno que seja de propriedade de quem constrói. O sujeito o faz com recursos
próprios, com as próprias mãos, sem projeto e sem nenhum tipo de assistência técnica de
profissional habilitado para tal e muita vezes sem mão de obra especializada.
Desta forma então, um sistema desassistido. Na autoconstrução, cada família faz sua
casa com um projeto personalizado. Recebe treinamento e capacitação que pode contar com
reforço de amigos e parentes e/ou contrata pedreiro. Situações em que se verifica a edificação
de habitações, mesmo que sub-humanas em áreas impróprias ou que não sejam de
propriedade de quem a ocupa, também é autoconstrução de um modo geral. Esta é a essência
de parte da população pertencente à classe menos favorecida.
3.3.7 Autoconstrução
A maioria dos casos de falta de moradia para a população mais carente e de baixa
renda, solucionados pelo próprio interessado, está no fato de ele adquirir um lote por um
preço menor em virtude de estar localizado na periferia das cidades ou fora delas. Através de
um processo muito longo e penoso, o sujeito vai edificando sua moradia nos finais de semana
50
ou em período de férias se for assalariado, tendo o apoio de familiares ou amigos e sem
assistência técnica nenhuma.
Geralmente inicia a construção de maneira precária na divisa de fundos do lote e aos
poucos vai trabalhando na construção principal. O termo autoconstrução, considerando isso,
pode ser entendido então como um processo onde o próprio e futuro morador é quem gerencia
a sua própria moradia e, como não tem acompanhamento de profissionais habilitados para a
devida orientação, trata-se de uma autoconstrução desassistida.
[...] no Brasil, a intervenção do Estado na autoconstrução, apesar de constar em
documentos oficiais e diagnósticos desde as décadas de 1960 e 1970, passou a ser
apreciada apenas a partir dos anos 80, após a fase de descapitalização do Sistema
Financeiro da Habitação (após 1983), através de programas governamentais
específicos e organização de mutirões, quando se começou a valorizar a
“participação” da população, apropriando-se das formas espontâneas populares
(FRANCISCO et al., 2004, p. 7).
Esse processo construtivo tem grande participação na solução contra a falta de
moradias tanto em áreas urbanas quanto em áreas rurais. Em reconhecimento, foi criada, em
dezembro de 2008, a Lei nº 11.888 que trata da assistência técnica gratuita de engenheiros e
arquitetos a processos não só de autoconstrução, como no regime de mutirões também,
conduzindo estes processos a fazerem parte das políticas públicas vigentes no país. Como
instrumento de desenvolvimento urbano e social, pode crescer e se transformar em um grande
aliado no combate a falta de moradias. Desta forma, denomina-se de autoconstrução assistida
o processo onde há a participação de profissionais habilitados e qualificados pagos pelo
governo, prestando assistência à construção onde o próprio morador, com ou sem a
participação de pedreiro, é que constrói sua moradia.
3.4 Sistemas Construtivos Aplicáveis a Movimentos Populares
Em workshop realizado em 2001, na cidade de Florianópolis (SC), o Programa
25
Habitare discutiu assuntos relacionados à tecnologia aplicada em ambientes construídos com
o objetivo de identificar as estratégias de inovação e modernização.
25
Coordenado pela Financiadora de Estudos e Pesquisas (FINEP), Caixa Econômica Federal (CEF), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência e da Tecnologia
51
O documento originário deste encontro trabalha propostas entendendo que em termos
de requisitos dos produtos, haverá uma demanda crescente por construções de baixo custo de
operação, baixo custo de manutenção e mais sustentáveis, inteligentes, individualizadas e,
flexíveis, de forma a se adaptar às mudanças de necessidades dos usuários.
Fica claro que é preciso se atentar quanto ao período que se entende quando se fala
em futuro, pois uma das considerações finais deste seminário é que as tendências de mudança,
em se considerando estratégias, acontecem num horizonte de cinco a sete anos. Certamente
este estreito período não se aplica a uso de materiais e tecnologias construtivas para o público
alvo do estudo. Entende-se que qualquer material e qualquer sistema construtivo podem ter
como apoio, no transmitir orientações, materiais publicados, associando-se a outros meios ou
não.
No entanto, os sistemas apontados aqui, considerando o público alvo, valorizam a
questão de redução de custos, de gasto de energia e uma melhor satisfação do futuro usuário,
pois os sistemas vinculados aos processos de construção através de mutirões ou
autoconstrução têm como princípio a participação do próprio usuário do espaço a ser
construído.
3.4.1 Tijolos Cerâmicos
Mesmo com novas tecnologias e materiais utilizados na construção civil de uma
maneira geral e extensivos à habitação de interesse social, o uso de materiais tradicionais
como o velho, prático e acessível tijolo cerâmico ainda se mantêm na atualidade. Altamente
confiável e de baixo custo, é fácil de ser encontrado e utilizado. É também o material mais
empregado nas construções, sejam elas para a população mais carente ou não.
Com as discussões estabelecidas em torno da sustentabilidade, as tecnologias mais
antigas estão sendo resgatadas e valorizadas por seu baixo impacto causado ao meio ambiente
quando da sua fabricação e uso.
(MCT), Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC), Secretaria Especial de
Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (SEDU), Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena
Empresa (SEBRAE), Comitê Brasileiro da Construção Civil (COBRACON/ABNT) e Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC).
52
São vistos como possiblidades reais de produção da moradia principalmente para a
população de baixa e baixíssima renda que, uma vez organizada, pode aplicar estes sistemas
construtivos com o auxílio de movimentos populares ou simplesmente pela solidariedade, ou
seja, construir através do regime de mutirões, que é conhecido entre esta camada da
população.
3.4.2 Construções com Terra - Adobe
A Bioarquitetura ou Bioconstrução, que lidam com estas tecnologias mais antigas,
ganham cada vez mais espaço e notoriedade. Um material abundante, que temos facilmente
encontrado e que em muitos casos dispensa transporte é a própria terra. Alguns processos
construtivos podem ser executados com a terra do próprio lugar onde se pretende construir.
Testes simples ou dependendo dos casos, exames mais apurados podem mostrar a qualidade
da terra que, associada a outros materiais, podem oferecer a resistência e durabilidade
necessárias às construções.
O arquiteto alemão Gernot Minke tem se destacado internacionalmente com projetos
construídos com este material inclusive no Brasil26. Sua pesquisa ininterrupta em construções
com terra crua chegou a um nível de desenvolvimento que o torna uma referência no assunto.
A projeção deste tipo de construção, no campo da habitação, está em processo crescente e a
bioarquitetura27 têm em Minke (alemão) e Lengen (holandês) nomes que a representam com
autoridade. Estão constantemente em solo brasileiro ora ministrando cursos ora proferindo
palestras. Rio Grande do sul (Minke) e Bahia (Lengen) são respectivamente os estados que
executaram construções com suas técnicas.
O adobe é uma espécie de tijolo em terra crua, misturado com palha ou capim
geralmente seco é preparado tradicionalmente com os pés e depois da massa pronta, é
colocado em uma fôrma de madeira. Logo em seguida, é desformada para secar naturalmente,
ou seja, sem queima. Os blocos, que podem ter tamanhos diversos, depois de secos, são
utilizados na construção das paredes das edificações sendo assentados geralmente com o
próprio barro utilizado na confecção do adobe.
26
27
Picada Café (RS). Foi construída sob sua supervisão, uma construção em terra crua e adobe com teto verde.
Surgiu nos anos 60 é a parte da arquitetura que busca executar as construções em harmonia com a natureza
com baixo impacto ambiental e custos mais reduzidos (por Yuri Vasconcelos do site Planeta Sustentável http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/conteudo_271284.shtml).
53
3.4.3 Construções com Terra - O Super Adobe
Com o mesmo material do adobe comum, o super adobe se diferencia apenas pelo
processo de execução. Foi criado por um israelense nos anos 80 e basicamente é ensacar o
material ainda úmido em sacos de polipropileno. Após o processo, os sacos são empilhados
no formato e medidas desejados e depois socados um a um. Após ter adquirido a estabilidade
final, que acontece com a execução da cobertura, os sacos são incinerados ficando aparente o
material interno, ou seja, terra compactada. A partir daí, vem o acabamento final e o material
aceita com facilidade o reboco tradicional se o construtor ou morador optar por isso. No caso,
a pintura também é opção de acabamento.
3.4.4 Construções com Terra - Taipa de Pilão
Muito utilizada na arquitetura colonial, é uma técnica árabe que praticamente
consiste em levantar paredes utilizando como matéria prima a terra umedecida. Sobre uma
fundação de pedra e mais recentemente concreto, utilizam-se madeiras utilizadas
verticalmente para receber tábuas lado a lado e, em seu interior, vai se jogando o material e
socando. Estudantes de arquitetura, auxiliados por seus professores, estudiosos sobre o
assunto, realizam experiências em algumas universidades.
3.4.5 Construções com Terra - Taipa de Sopapo
Esta técnica é ainda muito utilizada no meio rural das regiões Norte e Nordeste,
principalmente em cidades do interior, mas pode facilmente ser encontrada em todas as
regiões brasileiras. Consiste em utilizar uma estrutura de madeira como suporte que recebe o
barro que é literalmente jogado sobre ela. A técnica é reconhecida também por outros nomes
como: pau-a-pique; taipa de sopapo; barro armado ou ainda taipa de sebe. A variação de
aplicação verifica-se na cobertura em palha, que é mais indicado devido à fragilidade das
paredes. Apresenta peças de madeira nos cantos funcionando como pilares. Neste caso, podese cobrir com telhas cerâmicas, pois a resistência é maior. Geralmente possui o pé direito
baixo exatamente para diminuir os esforços sobre as paredes. Por dispensar mão de obra
54
qualificada, toda a família pode participar na construção deste modelo de habitação. O
preenchimento ou vedação das paredes, que consiste em tapar ou cobrir a trama feita de
madeira com barro preparado para tal, não necessita de maiores cuidados e pode ser
executado por toda a família.
3.4.6 Construções com Paredes Monolíticas em Solo Cimento
Por sua semelhança, utiliza-se o mesmo processo de construção das paredes de taipa
de pilão, o que difere é o material, pois é utilizada a mistura de solo e cimento. A sua
execução, tanto quanto as de outras técnicas, precisa acontecer contando com a assistência
técnica devida. Apesar de ser um processo aparentemente simples, a mão de obra deve ser
qualificada. No entanto, assim como outros exemplos de técnicas que transformam a
construção em um monólito, existem grandes dificuldades de novos arranjos espaciais, ou
seja, reformas ou ampliações futuras utilizando a mesma técnica precisam ser muito bem
planejadas. Caso o contrário, não é possível. O mesmo se aplica a construções com tijolos
solo cimento.
3.4.7 Construções em Solo Cimento ou Solo Cal
As características plásticas da terra podem ter resultados diferentes para cada caso.
Geralmente adiciona-se cimento ou cal virgem, na relação de 1 porção de um destes produtos
para cada 10 ou 20 porções de terra crua. A decisão fica por conta de análises dos tipos de
terra que se pretende utilizar. Por ser um tijolo modular fabricado para ser encaixado uns nos
outros, é uma opção excelente pata a atuação do regime de mutirão, pois não depende de mão
de obra especializada.
3.4.8 Construções com Madeira
A madeira é utilizada há muito tempo pela população mais carente principalmente
aquelas ribeirinhas em cidades como, por exemplo, Manaus e tantas outras cidades que são
55
cortadas por um ou mais rios. A região Norte, vê-se com muita frequência esta tecnologia de
construção. A habitação é construída com o conhecimento adquirido na família, transmitido
através da herança cultural.
Pode-se observar que as famílias que não fazem parte da população de baixa renda
também investem em casas de madeira seja pela rusticidade ou simplicidade na construção.
Geralmente estas casas se localizam nas propriedades de campo, utilizadas para o lazer. Este
tipo de construção exige que a madeira a ser utilizada não tenha contato direto com o solo.
Uma base de concreto pode dar uma sobrevida a madeira por isolá-la melhor da umidade
proveniente do solo.
3.5 Projetos e Experiências Referenciais
Busca-se neste tópico relacionar algumas experiências que proporcionaram grande
contribuição técnica e social para as comunidades carentes e também como registro de
precedentes para diversas ações.
3.5.1 Projeto Executado em Pernambuco
Em 1963, o Nordeste Brasileiro adota o regime de mutirão, na forma de
autoconstrução assistida para edificar habitações de interesse social. O momento político pelo
qual o país passava era autoritário e esta experiência pode ter sido uma das pioneiras, senão a
primeira, a utilizar este regime.
O arquiteto Acácio Gil Borsói elabora um projeto de casa popular para a comunidade
de Cajueiro Seco em Jaboatão, interior do Estado do Pernambuco, que contava com os
próprios habitantes do local para construírem suas moradias.
Eram 500 famílias que habitavam em um terreno pertencente ao exército e foram
todas removidas do lugar e levadas para outro terreno pertencente ao Estado. Borsói elabora
um projeto arquitetônico que conta com uma técnica construtiva que é conhecida dos
56
moradores da região: a taipa de sopapo28, também conhecida pau a pique ou ainda por barro
armado que, além de baixo custo, tem sua matéria prima encontrada com facilidade na região.
A decisão por este sistema construtivo aconteceu em virtude de ser utilizado
costumeiramente pelos moradores através de seus conhecimentos e técnicas já praticadas na
região. O arquiteto relata o seguinte:
[...] Notou-se que, mesmo existindo tijolos disponíveis para a construção das casas,
a população não conseguia utilizá-los, devido ao desconhecimento em relação ao
sistema construtivo (fio de prumo, andaime, nível, amarração dos tijolos). A taipa
permite o emprego da mão de obra de toda a família (BORSÓI, 2006, p. 77 apud
BIERRENBACH, 2008, p. 52).
Para a elaboração do projeto arquitetônico, o arquiteto considera as necessidades de
cada família e elabora junto com elas diferentes plantas que as atendam sem adotar uma única
solução genérica. A metodologia pode ser observada das Figuras 39 e 40. O que chama a
atenção nesta proposta, além da contradição entre o vernacular e o contemporâneo, foi o fato
de ter sido criado exclusivamente para este caso, a pré-fabricação de componentes
construtivos, tendo como referência a taipa.
Figura 39 – Planta baixa, vista frontal e lateral.
Figura 40 – Montagem da cobertura em palha.
Fonte: Bierrenbach, Ana Carolina de Souza (2008).
Disponível em: <www.revistas.usp.br/risco/article/view/44723>. Acesso em: 04 maio 2013.
28
Técnica também conhecida como pau a pique, taipa de mão, barro armado ou ainda taipa de sebe, consiste em
armar uma estrutura de ripas de madeira ou bambu com uma mistura de barro (HOWSTUFFWORKS).
57
3.5.2 Projeto Executado em Goiás
Em 1983, por meio do regime de mutirão, a população executa 1000 habitações na
capital de Goiás em apenas um dia. Era um momento difícil e o país passava por dificuldades
financeiras e exatamente por este motivo as questões sociais mobilizavam muita gente.
Curiosamente, surgiram centenas de pessoas que, mesmo não fazendo parte das famílias
beneficiárias, participaram solidariamente, sensibilizadas com as questões sociais. O grande
contingente de pessoas, inclusive os próprios beneficiários destas moradias, recebeu um kit de
pré-moldados com placas, pilares e telhas onduladas de fibrocimento. Cuidadosamente
planejado, os kits foram posicionados nos respectivos lotes para que tudo funcionasse e na
manhã do mesmo dia, centenas de casas já estavam construídas.
É importante destacar que o conjunto dos elementos construtivos foi entregue dias
depois da sua construção em virtude de ainda terem ficado alguns detalhes a serem
executados a posteriori, fato que não permitiu que os posseiros pudessem, enfim, ocupar suas
moradias no mesmo dia. Apesar da grande distância do centro da capital, o conjunto provocou
o crescimento da região Noroeste de Goiânia e, mais do que isso, inovou com a proposta do
sistema construtivo. Ficou denominado de Vila Mutirão (Figuras 41 e 42).
Figura 41– Croquis da planta e vista externa29.
Figura 42–Vista aérea parcial do conjunto 30.
Fonte: 1º Seminário Nacional de Construções Sustentáveis (2012)31.
Disponível em: <http://sncs.imed.edu.br/7080/anais/>. Acesso em: 05 out. 2013.
29
Foto Valdir Lima.
Foto: Roberto Cintra de Campos.
31
Artigo de Edinardo Rodrigues Lucas e de Luis Cláudio Moura intitulado: Habitação de interesse social: do
conformismo à elevação cultural (LUCAS; MOURA, 2012).
30
58
Apesar da simplicidade, o projeto foi detalhado com profundidade. As Figuras 43 e
44 a seguir, apresentam parte dos desenhos relativos a este detalhamento.
Figura 43 – Detalhes isolados de peças.
Figura 44 – Detalhes executivos da casa padrão.
Fonte: FREITAS, Silvio Antonio32. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/>. Acesso em: 09 out. 2014.
Apesar de o momento ter sido satisfatório, o desafio imposto pela empreitada foi
enorme e pela primeira vez, fica registrado que, durante a preparação da mão de obra, ou seja,
da qualificação do pessoal para a sua realização foram realizadas a produção e publicação de
material de apoio que se acredita ser de grande valia em propostas dessa envergadura.
[...] Paralelamente ao recrutamento, foi considerada de fundamental importância a
etapa de treinamento do pessoal responsável pela montagem das casas. Foram
utilizados diversos recursos, tais como: cartilhas, manuais (grifo nosso) e
audiovisual para auxiliar na preparação das pessoas e, assim, evitar contratempos no
dia do mutirão. O manual de montagem descrevia e distribuía racionalmente as
diversas etapas de montagem (FREITAS, 2007, p. 54).
Percebe-se que, pela transcrição do texto, as cartilhas foram utilizadas na
conscientização ou sensibilização da população e empresários e que os manuais traziam as
informações relativas ao detalhamento e consequentemente, o como fazer. A associação
destes elementos foi de grande importância para que o projeto fosse executado conforme fora
planejado.
32
FREITAS, Silvio Antonio. Habitação popular em Goiânia: Vila Mutirão mil casas em um dia. 2007. 128 f.
Dissertação (Mestrado em Arquitetura)–Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2007. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/11386/0006110
04.pdf?sequence=1>. Acesso em: 09 jan. 2014.
59
3.5.3 Projetos executados em São Paulo e em Minas Gerais
Numa gleba situada na Zona Leste de São Paulo, foi construído, no ano de 1983, por
meio de mutirão e autogestão, um conjunto habitacional que, dividido em oito setores, abriga
cerca de 4.000 famílias (Figuras 45 e 46). Outros casos ocorreram na mesma região da
capital, como o caso da Vila Mara e Rio das Pedras. Estes exemplos foram pioneiros na
construção de prédios de quatro pavimentos por mutirão e autogestão.
Figura 45 – Vila São Francisco VII - São Paulo/1983.
Figura 46 – Vila São Francisco VIII - São Paulo/1983.
Fonte: Suplemento Especial da Revista PROJETO,
sem numeração e data de publicação.
Fonte: Co.Opera.Ativa.Disponível em: <http://coop
eraativa.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html>.
Acesso em: 02 maio 2013.
Ainda em São Paulo, a União Nacional por Moradia Popular (UNMP)33, em parceria
com os governos municipal, estadual e federal, construiu cerca de 70 empreendimentos na
década de 80. No ano de 1988, fez contato com uma Cooperativa Uruguaia que trabalha com
projetos de moradia baseados no regime de construção por ajuda mútua e através deste
contato, implantou os primeiros projetos com estas características na região do ABC.
Neste sentido, A UNMP entrega na Zona Oeste, o Mutirão City Jaraguá (Figura 47) e
simultaneamente, um grupo de famílias na cidade de Ipatinga, em Minas Gerais, organiza-se
e, através de ajuda mútua, solicita o que necessitam junto à comunidade para construir suas
moradias.
33
Presente em nove estados brasileiros, a UNMP tem empreendimentos concluídos nos estados de Minas Gerais,
Maranhão, Sergipe, Goiás e Rio de janeiro.
60
Surge então o Mutirão Nova Conquista, que atende a 105 famílias e se torna o
primeiro mutirão habitacional desta cidade. Este conjunto contribui para o surgimento da
Associação Habitacional de Ipatinga no ano de 1990.
A partir desta data, vários empreendimentos surgiram na modalidade de construção
por autoajuda, segundo Pereira (2006), como o Mutirão 1º de Maio (Figura 48), no bairro
Bom Jardim, também em Ipatinga, cujo projeto inicial constava a construção de 200 unidades
habitacionais 39m².
Figura 47 – Mutirão City Jaraguá - São Paulo.
Figura 48 – Mutirão 1º de Maio, 1993 - Ipatinga, MG.
Fonte: Revista Proposta 11634. Disponível em: <http://www.fase.org.br/v2/admin/anexos/acervo/1 regina.pdf>.
Acesso em: 16 jun. 2013.
Graças à organização popular, foram entregues 2001 unidades com 79m² cada,
comprovando que o regime de construção por mutirão pode ser uma alternativa com custos
acessíveis na construção de moradias.
Ainda em São Paulo, na cidade de Campinas mais precisamente, exemplos de
construção sob o regime de autoconstrução acontecem com bastante intensidade e são
acompanhados de perto por pesquisadores da UNICAMP.
Dados levantados nestes estudos dão conta de que as moradias são realizadas sem
planejamento prévio, adequado ou orientado por profissionais, onde a reforma é uma
constante, criando um círculo vicioso de construir, demolir e reconstruir. É a autoconstrução
34
Artigo: As experiências autogestionárias de produção dos movimentos sociais urbanos (FERREIRA;
PEREIRA, 2008).
61
desassistida, neste caso, que termina por apresentar moradias precárias e que, em muitos
casos, comprometem o bom funcionamento da construção.
Esta aproximação da universidade junto à população de baixa renda propiciou uma
troca de conhecimentos mútuos que resultou no seguinte: i- com a percepção do meio
acadêmico sobre a forma de morar e de como eles entendem a moradia, foi possível a
elaboração de planos que contemplem a aproximação desta parte da população com técnicas
construtivas mais eficientes e que levem mais qualidade no habitar; ii - esta aproximação fez
surgir uma nova forma de sistematização de uma metodologia que propiciasse uma melhor
comunicação entre as partes e, iii – o caminho para efetivar a aproximação e o bom
entendimento nesta relação apresentou-se através do desenvolvido de um material de apoio
que fizesse este papel.
[...] a experiência da transferência de tecnologia reforçou a idéia inicial da equipe
em complementar o apoio com o fornecimento de informações e dados que
orientassem o autoconstrutor também nas duas frentes de atuação, ou seja, o projeto
e a obra em si. Originalmente três instrumentos de apoio complementar estavam
previstos: o Manual do autoconstrutor, uma página interativa na WEB e um CDRom para treinamentos (FRANCISCO et al., 2004)35.
3.6 Publicações Consideradas como Referências
Neste tópico, apresentam-se as publicações que serão adotadas como sendo de
referências por trazerem em seu conteúdo um número de informações consideradas de alta
relevância tanto para o ensino quanto para a execução da obra, funcionando como um aliado
importante na assistência técnica principalmente em regimes de construção do tipo mutirão e
autoconstrução.
Destaca-se, entre o material encontrado, um conjunto de publicações que são
intituladas como sendo guias, pertencente à ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO CIMENTO
PORTLAND (ABCP), por ser o mais completo no campo da Arquitetura e Engenharia Civil.
São ricamente ilustradas, no entanto, trazem um texto ainda técnico, considerando-se o
público alvo, que é a camada da população com renda mensal inferior a três salários mínimos.
35
Artigo acessado em meio eletrônico, sem indicação de páginas.
62
O site disponibiliza 70 cartilhas para download imediato e cada assunto voltado à
construção da moradia é tratado em detalhes.
O internauta pode, depois de se cadastrar, obter uma série de informações sobre
todos os assuntos da execução de uma habitação, da fundação à cobertura, distribuídos em
diversos fascículos com informações de fácil entendimento, apresentadas passo a passo
(Figura 49).
Figura 49 – Print Screen do site Mãos a obra da ABCP.
Fonte: <www.maosaobra.org.br>. Acesso em: 03 fev. 2013.
3.6.1 Cartilha Mãos à Obra da ABCP
Antes da popularização da internet, este material era distribuído gratuitamente à
população por intermédio das lojas de materiais de construção. Suas ilustrações sofreram
poucas alterações ao longo da sua existência e todas aquelas que foram utilizadas na primeira
63
versão impressa continuam originais, ou seja, foram elaboradas especificamente para esta
obra e não sofreram nenhuma alteração ao longo de tempo.
A exceção fica por conta de novidades relacionadas à tecnologia. Independente do
sistema construtivo, estas publicações podem ser utilizadas como material de apoio no sentido
de orientar passo a passo a construção com a participação do próprio e futuro morador.
A Figura 50 apresenta a capa da publicação que possui 32 págs. e é a mesma
disponibilizada no site. Internamente, a obra se divide em capítulos e a Figura 51 mostra
assunto relacionado ao telhado. A Figura 52 mostra a página seguinte que trata do assunto
esquadrias.
Figura 50 – Cartilha Mãos a Obra.
Figura 51 – Sobre telhados.
Figura 52 – Sobre esquadrias.
Fonte: ABCP. Disponibilizado em: <www.maosaobra.org.br>. Acesso em: 03 fev. 2013.
3.6.2 Cartilha do Pedreiro
Foi elaborada em três versões para alunos do curso de pedreiro do Programa
Aprendendo Construindo da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). É bem ilustrada e trata
de todos os temas relacionados à construção de uma habitação. Enfoca as fases construtivas e
as ferramentas de uso quando da construção, envolvendo seu manuseio e manutenção. Fato de
alta relevância em cursos visando a qualificação do mutirante.
64
A Figura 53 é a capa da 1ª Edição, contendo 35 págs., tem como subtítulo:
Aprendendo construindo e a data de sua publicação é 2001. A Figura 54 representa sua 2ª
Edição, 2009, com 72 págs.. Foge à regra da gratuidade e é vendida pelo valor de R$ 10,00.
Adilson Brito de Arruda Filho, Warley Pitanga Souza e Sandro Luiz da Silva são seus
autores. A Figura 55 representa a 3ª Edição, com 70 págs., 2010, UNEB. As publicações são
do Núcleo de Pesquisa e Extensão (THABA).
Figura 53 – 1ª Edição / 2000.
Figura 54 – 2ª Edição / 2009.
Figura 55 – 3ª Edição / 2010.
Fonte: Slideshare e Eduneb. Disponível em: <http://pt.extpdf.com/cartilha-do-pedreiro-uneb-pdf.html>.
Acesso em: 08 jun. 2013.
3.6.3 Cartilha Projeto Casa
Com 74 páginas, oferece uma assessoria para recuperação e adequação das
habitações, elaborando diagnósticos que permitem uma intervenção e execução adequadas. A
Figura 56 apresenta a capa da cartilha e internamente, a Figura 57 mostra capítulo sobre
noções básicas de Matemática. A Figura 58 ensina ao leitor como realizar levantamento de
alturas de níveis através de mangueira transparente. Este processo, apesar de ser rudimentar,
ainda é muito eficiente para pequenos ambientes.
É completa, embora faça uso de diferentes ilustrações já utilizadas em outras
publicações. A questão relacionada à Matemática básica e a leitura e interpretação de
desenhos técnicos arquitetônicos é de suma importância na aplicação em mutirões, pois dá
65
subsídios a um melhor entendimento e consequentemente a uma melhor preparação do
mutirante para a execução da obra.
Esta publicação aborda também questões relativas ao terreno, embora seja de grande
importância não menciona a forma geométrica, a boa localização do mesmo, a sua topografia
e possíveis movimentações de terra, as questões relativas à insolação e ventos predominantes,
vizinhos imediatos e não imediatos, infraestrutura existente no local da construção enfim,
informações valiosas para uma solução mais razoável da moradia. Adota apenas um formato
padrão e de forma sequencial, apresenta a locação da obra neste terreno, a fundação, preparo
do concreto, preparo da argamassa, alvenaria, laje, telhado, instalações hidráulicas – água,
instalações hidráulicas – esgoto, instalações elétricas, revestimento de piso e revestimentos de
parede, nesta ordem e com esta escrita.
Figura 56 – Projeto Casa.
Figura 57 – Noções de
Matemática.
Figura 58 – Tomada de nível.
Fonte: ISSUU. Disponível em: <http://issuu.com/arquitetoboina/docs/projeto_casa>. Acesso em: 07 ago. 2013.
3.6.4 Publicações da SAHARA
As publicações disponibilizadas por este grupo também são de fácil leitura e
constituem um grupo de cinco publicações de interesse para aplicação em regime de mutirões,
são elas: Brick e Brikito – O Solo Cimento (Figura 59); Tijolo Ecológico Modular (Figura
60); O novo Brick – Prensa Modular Multifuncional; Brasileirinho: O Bloco de Concreto e
66
Revest Fácil – Pastilha para revestimento. Todas disponíveis para download imediato no site
do grupo.
Figura 59 – Cartilha O Solo Cimento.
Figura 60 – Manual Tijolo Ecológico Modular.
Fonte: SAHARA – Grupo Aguilar. Disponível em: <http://www.sahara.com.br/downloads>.
Acesso em: 23 jun. 2014.
A característica principal destas publicações é que se baseiam inteiramente em uma
HQ, ou seja, são inteiramente ilustradas e apresentam personagens como o Brick, o Brikito e
o professor Pastilho, que em situações do cotidiano, trazem informações importantes do
construir a moradia com os produtos SAHARA.
3.6.5 Cartilha Taipa – Pau a Pique
As construções realizadas com o material do local, sem agressões ao meio ambiente
e permitindo que gerações futuras possam utilizar destes mesmos recursos é a essência hoje
da sustentabilidade. A bioarquitetura, que precede o conceito de “sustentável”, trabalha com
este princípio há mais tempo e as construções como taipa de sopapo, comumente chamadas de
pau a pique é um destes exemplos.
Como técnica construtiva é hoje estudada nos centros de pesquisa de campos
universitários em algumas universidades principalmente com o reforço da norma de
desempenho, a NBR – 15.575. As Figuras 61, 62 e 63 respectivamente, apresentam a Cartilha
Taipa – Pau-a-Pique, que foi preparada por uma equipe de arquitetos e atende plenamente a
uma empreitada por regime de mutirão ou autoajuda.
67
Figura 61 – Capa de Cartilha.
Figura 62 – Gabarito de locação da
moradia.
Figura 63 – A trama sendo
montada.
Fonte: Blog do arquiteto Cydno Silveira. Disponível em: <http://csaarquitetura.com.br/taipas/cartilha-dotaipeiro/>. Acesso em: 25 out. 2013.
A publicação sobre esta técnica vernacular, datada de 1987, foi fruto de um trabalho
realizado pelo Centro de Estudos e pesquisas Urbanas do IBAM, sob o patrocínio do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora
de Estudos e Projetos (FINEP), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT). As ilustrações foram todas realizadas especificamente
para esta publicação e sem o auxílio de softwares, ou seja, simplesmente feitas a mão e sem
aplicação de cores, o que torna sua reprodução simplificada e de custo reduzido, uma vez que
ilustrações coloridas fica mais cara a reprodução e, em muitos casos, ao serem reproduzidas
em preto e branco, podem ter sua qualidade prejudicada, comprometendo seu objetivo.
68
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste primeiro momento, realiza-se uma pré-análise através da exploração dos
diversos materiais encontrados, no sentido de definir estas publicações como sendo o universo
a ser estudado. Para um melhor entendimento sobre as mesmas, foram classificadas
inicialmente por áreas de aplicação associadas as suas respectivas áreas de conhecimento.
Considera-se como sendo áreas de aplicação, aquelas que foram declaradas pelos seus autores
como sendo os objetivos de cada publicação, encontrados na apresentação do material e não
pelo seu título.
4.1 Pré-Análise das Publicações Encontradas
Com os primeiros resultados da busca, percebeu-se que existem publicações
utilizadas em diversas áreas do conhecimento. Organizando o material encontrado, constatouse a que estão distribuídas em 25 áreas de aplicação (Tabela 2).
Tabela 2 – Publicações catalogadas por área de conhecimento e tipos de publicações.
(continua)
PUBLICAÇÕES CATALOGADAS
Área de Aplicação
01 Acessibilidade
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Agricultura
Bioconstrução
Capacitação
Cidadania
Construção Civil
Construção Naval
Construções Rurais
Desenvolvimento
Drogas
Educação
Empreendedorismo
Entretenimento
Inclusão Social
Internet
Legislação / Normas
Mobilidade Urbana
Patrimônio Histórico
Planejamento
Saneamento
Cartilhas
7
Cadernos
1
HQs
1
Manuais
0
Guias
0
Total
9
3
5
5
27
82
0
5
1
3
15
27
0
2
6
16
3
5
21
6
0
0
0
0
3
0
0
9
0
0
0
1
0
0
5
1
1
3
1
0
0
0
3
0
0
0
0
1
1
0
1
0
0
0
1
1
0
0
2
3
3
0
54
1
1
0
0
7
0
0
0
0
3
0
3
10
0
0
0
0
0
2
0
3
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
1
0
5
8
8
30
141
1
9
10
4
23
27
2
2
6
25
6
10
35
7
69
Tabela 2 – Publicações catalogadas por área de conhecimento e tipos de publicações.
(conclusão)
PUBLICAÇÕES CATALOGADAS
Área de Aplicação
21 Saúde
22 Segurança
23 Social
24 Sustentabilidade
25 Turismo
Total Geral
Cartilhas
26
16
79
61
10
431
Cadernos
1
1
3
5
1
36
HQs
4
0
1
1
0
15
Manuais
4
2
5
11
2
111
Guias
0
0
1
5
0
14
Total
35
19
89
83
13
607
Fonte: Organizada pelo autor.
Observa-se que a área da Construção Civil, em negrito, se destaca entre todas as
outras pelo número de publicações e a área da Bioconstrução, também em negrito por ser de
interesse no trabalho. Deste modo, considerando então todo o material encontrado como
sendo o universo a ser estudado, apresentam-se então, as publicações com seu respectivo
número de elementos no gráfico a seguir (Gráfico 1).
Gráfico 1 – Distribuição das publicações por área de aplicação.
Fonte: Organizado pelo autor.
70
4.2 Classificação das Publicações
As publicações trazem características semelhantes ao serem comparadas com o que é
definido pelos dicionários, mas notou-se através de uma pequena, mas considerável
frequência, que alguns elementos se distanciam do conceito encontrado. Algumas publicações
autointituladas36 como cartilhas, manuais, guias e outros, mostram características diferentes e
todos foram catalogados e identificados da forma em que aparecem na busca. Quanto às
características reais37 de cada tipo de publicação, o resultado final mostra que não há um
consenso. Sendo assim, espera-se que esta situação fique mais clara na conclusão do trabalho.
Por tipologia, foram encontradas publicações no formato de cartilha, manual, caderno técnico,
guia e história em quadrinhos. Estas são as mais significativas, no entanto, outras publicações
intituladas cadernos surgiram, com algumas variações.
Por exemplo: caderno informativo, caderno educativo, caderno orientativo, etc. Pelo
seu baixo número, todos enquadrados na categoria “outros”. São 431 publicações intituladas
cartilhas e este número corresponde a 71% do total catalogado. Aquelas intituladas manuais
chegam a 111 e isto corresponde a 18% do total. Os cadernos técnicos chegam a 36 e os guias
a 14. Estes quatro são os mais expressivos e o gráfico apresentado no Gráfico 2 ilustra estes
números. Aquelas publicações que foram definidas em outros ficaram fora da estatística.
Quanto ao número de páginas, estas publicações revelaram que as cartilhas possuem entre 10
a 50 páginas (Gráfico 3).
Gráfico 2 – Publicações pelo título.
3614
15 9
Gráfico 3 – Publicações por páginas.
300
Cartilha
Manual
111
431
Caderno
Técnico
Guia
272
Até 10 Paginas
250
Até 20 páginas
200
Até 50 páginas
150
100
50
0
88
99
115
33
Até 100
páginas
Acima de 100
páginas
Fonte: Organizados pelo autor.
36
São aqueles que foram encontrados já denominados pelos seus autores como manuais, cartilhas, guias e outros
exemplos, tendo características contrárias às definições encontradas nos dicionários.
37
De acordo com as definições obtidas em dicionários.
71
Mesmo com todos os cuidados observados, entende-se que o material elaborado deve
conter os conceitos de flexibilidade, permitindo ao longo do tempo e do seu uso, uma
remodelação que considere sempre o perfil da comunidade, atualizando-se e ajustando-se às
suas necessidades e possibilitando que outras contribuições venham colaborar com os seus
objetivos.
De todo o material catalogado e considerando o objetivo principal deste trabalho, que
é realizar uma análise do uso de cartilhas como guia de orientação para construir uma
habitação de interesse social, é necessário que se estabeleça uma diferença entre as principais
publicações que são os manuais e as cartilhas, pois se destacam entre as outras.
Do material encontrado, cartilhas e manuais somados chegam a 89% do total das
publicações catalogadas. As cartilhas representando 71% com o total de 431 publicações e os
manuais com 111 publicações, representando 18% (Gráficos 4 e 5).
Gráfico 4 – Tipos de publicações e quantidade.
Gráfico 5 – Tipos de publicações e número de paginas.
111/18%
15 / 3%
14 / 2%
36 / 6%
Guias =
74,57
CARTILHAS
CADERNO
HQ
MANUAL
GUIA
Manuais =
7,08
HQs =
21,80
Cadernos =
6,50
Cartilhas =
4,86
431/71%
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
Fonte: Organizados pelo autor.
As cartilhas têm-se apresentado com muita semelhança em relação a uma HQ, que
indevidamente é vista apenas como um tipo de literatura que dá acesso aos livros. As
publicações do tipo cartilhas já faz parte em determinadas situações, de um sistema educativo
cuja abordagem pedagógica esteja sendo baseada em HQs e já proposto por algumas escolas.
Aos poucos vem sendo discutido nos meios acadêmicos:
A realização de fóruns temáticos sobre quadrinhos no Brasil tem propiciado o
encontro entre pesquisadores de diferentes regiões do país e estimulado a troca de
ideias e a produção acadêmica em maior volume, contribuindo para o incremento de
materiais de referência e da bibliografia especializada (CHINEN, 2014, p. 53).
72
No período em que estão datadas as publicações, as mesmas apresentam-se
diferentemente, considerando os períodos ao longo do tempo. As publicações denominadas de
Cartilhas e de Cadernos Técnicos tiveram comportamentos mais expressivos.
As Cartilhas foram muito utilizadas a partir dos anos 2000-2001, recuando logo em
seguida e retornando com força a partir de 2004 até 2010, tendo seu máximo valor. Não foi
possível verificar o motivo para tal comportamento.
Quanto aos Cadernos Técnicos, mantiveram-se tímidos durante seu uso até 2010 a
2012, tendo seu máximo valor em 2011. O evento repetiu-se no período compreendido entre
os anos 2006 até 2010, tendo seu máximo valor em 2010, como mostra o gráfico a seguir
(Gráficos 6 e 7).
Gráfico 6 – Desempenho das Cartilhas.
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Cartilhas
Gráfico 7 – Desempenho dos Cadernos Técnicos.
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Cadernos
Fonte: Organizados pelo autor.
Coincidentemente, foi neste período que o assunto sobre HQs foi muito produtivo em
se falando de Pedagogia Educacional. Aconteceram no mínimo seis fóruns38 acadêmicos que
discutiam quadrinhos. Isso pode ser entendido como um indício de que este tipo de literatura
vem tomando um espaço importante e que lhe pertence por natureza, principalmente para a
área educacional.
Paralelamente, foi neste período também que as publicações independentes da
denominação que possuem tiveram aumento nas áreas catalogadas. Sendo assim, os conceitos
de cartilha aliados à funcionalidade das HQs combinam perfeitamente.
38
Congresso da Associação Nacional de Professores de História (Anpuh); 34º Congresso Brasileiro de Ciências
da Comunicação (INTERCOM); 1º Colóquio Filosofia e Quadrinhos: Realidade e Ficção, Bachelard, Arte e
Política; Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos (UnB); Encontro Nacional de Estudos sobre
Quadrinhos e Cultura Pop (UFP); 1ª Jornada Internacional de Histórias em Quadrinhos (ECA-USP).
73
O motivo pelo qual cartilhas e HQs têm muito em comum reside nas suas intenções e
até mesmo na sua estrutura.
[...] Em sua estrutura usual, as HQs utilizam a linguagem não verbal, fundamental na
transmissão da mensagem. Por isso a importância de seus elementos específicos,
como o enquadramento, a paginação ou diagramação, os personagens, o balão, as
legendas que auxiliam os recursos linguísticos (discurso direto, onomatopeia,
expressões faciais) e dos elementos paralingúisticos (prolongamento e intensificação
de sons), que auxiliam na compreensão da narrativa (AMARAL, 2014, p. 57).
Com tais características, considera-se que publicações desta natureza podem ser
aplicadas como guias orientativos em qualquer possibilidade de regime de construção,
inclusive em regimes de mutirão no sistema de autoajuda.
Gráfico 8 – Desempenho da HQ.
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Gráfico 9 – Desempenho dos Manuais.
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
HQ's
Manuais
Gráfico 10 – Desempenho dos Guias.
Gráfico 11 – Desempenho das publicações sobrepostas.
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
50
47
44
41
38
35
32
29
26
23
20
17
14
11
8
5
2
-1
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Guias
Fonte: Organizados pelo autor.
Cartilhas
Cadernos
Manuais
Guias
HQ's
74
A região em destaque com o maior número de publicações é a Região Sudeste. Não é
o argumento mais viável, no entanto, por ser a região mais populosa do país, aceita-se como
normal este volume representativo de publicações (Gráficos 12 e 13).
Gráfico 12 – Número de Publicações por Região.
290
270
250
230
210
190
170
150
130
110
90
70
50
30
10
-10
Sudeste
; 281
Gráfico 13 – Número de publicações em percentuais.
Sudeste
46,99%
50%
45%
40%
Centro
35%
Oeste;
132
30%
Sul; 69
Centro
Oeste;
22%
25%
Nordeste
;
49
S/Ref.;
58
Norte;
9
20%
15%
S/ Ref.;
10%
Sul; 12% Nordeste;
8%
10%
5%
Norte;
2%
0%
Sul
Centro Oeste
Sul
Centro Oeste
Nordeste
Sudeste
Nordeste
Sudeste
Norte
S/ Ref.
Norte
S/ Ref.
Fonte: Organizados pelo autor.
75
5 ANÁLISE FINAL
Neste tópico, serão apresentados os resultados finais sobre as publicações das áreas
da Engenharia Civil e da Bioarquitetura apenas. Através da exposição dos números obtidos
pela leitura dos resultados, percebeu-se que a utilização de um instrumento impresso, que
possa servir de apoio a execução de um projeto cujo maior objetivo é a moradia, vai
desempenhar um papel fundamental em todo o processo.
5.1 As Publicações
As publicações encontradas no segmento de Engenharia Civil, que chega a 141
publicações e as publicações encontradas no segmento Bioconstrução que são 8, farão parte
de um mesmo interesse nesta fase e as publicações catalogadas destas duas áreas somadas
chegam a 149. Desta forma, este será considerado o número final de publicações a ser
estudado.
Nesta situação, observou-se que surgiram quatro tipos de publicações: Cadernos,
Guias, Manuais e Cartilhas. As publicações do tipo Cadernos, com 3% e as do tipo Guias,
com 7% do total das publicações, aparecem como sendo as de menor expressão. As
publicações do tipo Manuais, com 40% do total das publicações e as do tipo Cartilhas, com
50% do total das publicações, predominam somando 90% do total de tipos catalogados.
Gráfico 14 – Tipos de publicações catalogadas.
4 (3%)
Publicações
CADERNOS
10 (7%)
GUIAS
60 (40%)
MANUAIS
75 (50%)
CARTILHAS
0
10
20
30
40
50
Número das publicações e respectiva porcentagem de aparecimento
Fonte: Organizado pelo autor.
60
76
Foram itemizados 14 assuntos para as publicações nesta fase e percebe-se que o
assunto “Construção de casas e/ou seus componentes” se destaca entre os demais (Tabela 3).
São publicações no formato de cartilhas e, se não fossem de forma isolada, certamente dariam
uma publicação com características de livro tão denso seria. Esta resposta indica que o
caminho é a utilização de publicações mais rápidas e com um número menor de páginas, no
entanto, a abordagem de tantos assuntos direcionados à construção da moradia apresenta-se de
forma contraditória a esta situação. Fato que direciona à fragmentação dos assuntos em várias
publicações e não em apenas uma.
Tabela 3 – Publicações catalogadas e fragmentadas.
Assuntos encontrados
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Construção de casas e/ou seus componentes
Construção de sistemas e instalações hidráulicas
Construção de sistemas e instalações sanitárias
Construção de sistemas e instalações elétricas
Construção de instalações de Gás
Aprovação /Construção e Regularização/Documentação
Construção de calçadas e/ou seus componentes
Construção em madeira
Desenvolvimento urbano
Construção de estufa com Bambú
Manutenção de edifícios
Pavimentação de pisos externos
Construções rurais
Questões sociais
Total de publicações
Cadernos Guias Manuais Cartilhas Total
3
1
4
4
1
2
3
10
44
3
1
1
5
1
1
4
60
53
3
4
3
2
6
1
2
1
75
104
4
4
6
1
2
9
6
1
1
1
6
3
1
149
Fonte: Organizada pelo autor.
Foram encontradas publicações que tratam da construção através de elementos
constituintes da moradia como paredes, pisos, telhados e outros; todos foram agrupados neste
item. Representam a maioria com 104 publicações, ou seja, 70% delas estão relacionados à
construção da moradia.
Deste número, 53 são cartilhas, ou seja, este tipo de publicação representa 51% do
total é, portanto, o material mais utilizado. Os manuais seguem bem de perto com 44
publicações e representam 29% do total encontrado. Já os cadernos e guias juntos representam
4% do total, indicando que seu uso é insignificante para este fim. Destaca-se também que a
região Sudeste é a que mais produziu estas publicações. (Gráfico 15).
77
Gráfico 15 – Origem das publicações.
120
96
Número de publicações
100
80
60
40
20
12
8
3
5
2
2
0
Regiões
Fonte: Organizado pelo autor.
Quanto ao número de páginas, fica claro que as publicações do tipo Guias, Manuais e
Cadernos, respectivamente, são os mais volumosos. Estes números reforçam a escolha pela
publicação do tipo Cartilha como o ideal para o propósito deste estudo. (Gráfico 16).
Gráfico 16 – Número de publicações relacionado ao número de páginas.
83
90
80
75
70
60
60
48
50
50
40
30
20
20
10
10
4
0
CARTILHAS
MANUAIS
Nº de Publicações
Fonte: Organizado pelo autor.
GUIAS
Média de páginas
Colunas1
CADERNOS
78
5.2 Os Objetivos
Com relação aos objetivos lançados inicialmente para esta dissertação, pode-se
afirmar que o período de duração da pesquisa foi suficientemente esclarecedor para que se
entenda que o uso de publicações cujos objetivos sejam orientar, é uma constante. Desta
forma, considera-se que este objetivo foi alcançado, no entanto, trata-se apenas de um
princípio cujo entendimento é ver o habitante tendo sequencialmente, orientações sobre sua
moradia seja na manutenção, reforma ou ampliação futura.
5.3 Os Conceitos
De início, pretendia-se observar dois tipos de publicações, as denominadas
especificamente de Cartilhas e outras denominadas de Guias, no entanto, com o
desenvolvimento do trabalho, as publicações do tipo Cartilhas e as do tipo Manuais
destacaram-se deixando as do tipo Guias e Cadernos para trás, por terem uma
representatividade muito baixa no contexto geral.
Cartilhas e Manuais possuem diferenças tanto conceitualmente quanto fisicamente,
apesar de, na prática, terem suas características alternas entre uma e outra publicação.
Detalhes que pertencem ao manual encontrados em cartilhas e vice-versa, assim como em
muitos casos, com troca de nomes ou outra denominação. Utilizando os elementos que se
apresentam, faz-se, na tabela que se segue, uma identificação do que se espera destes dois
tipos de publicações (Tabela 4).
Considerando as definições encontradas em dicionários, percebe-se que há uma
pequena confusão em se tratando dos nomes quando da sua utilização associado a um
determinado fim.
Apesar disso, o número de publicações intituladas de cartilhas superam todos os
outros tipos. Este fato valoriza a cartilha em sua aplicação, contribuindo não só durante a
execução da obra como também na sua manutenção e, principalmente, nas ampliações futuras.
79
Tabela 4 – Comparativo entre Cartilhas e manuais.
CARTILHAS
Compactas, pouco volume (até 40 páginas no máximo).
Formatação semelhante a história em quadrinhos sendo
ricamente ilustrada.
Leitura fácil com texto pouco técnico.
Ilustrações próximas do cotidiano do publico alvo,
utilizando personagens em soluções divertidas em sua
grande maioria.
Texto funciona como facilitador da linguagem escrita
associando diretamente uma ilustração a mensagem
(característica principal da HQ).
MANUAIS
Denso, muito volume (acima de 40 páginas e sem limites
de máximo).
Formatação que se assemelha a livros com poucas
ilustrações (quando tem, são geralmente muito técnicas).
Leitura mais técnica dificultando em muitos casos a sua
compreensão.
Ilustrações próximas do cotidiano do publico alvo,
utilizando personagens (as vezes) em soluções divertidas
em também (as vezes) em situações sérias.
Fonte: Organizada pelo autor.
Cartilha então é um tipo de publicação que tem o papel orientativo. Deve ser rápida,
compacta, poucas páginas, com estrutura de HQs, tendo personagens em situações cômicas,
leitura fácil com textos poucos técnicos, com ilustrações que se aproximam do cotidiano do
leitor e que funcione como um facilitador da linguagem: um instrumento da decodificação da
mensagem escrita.
Retomando o enunciado conceitual sobre a publicação Cartilha, esta deve ser rápida,
ou seja, ter dimensões e número de páginas reduzidas; ter uma linguagem direta e de fácil
entendimento; ser ricamente ilustrada e sem a utilização de termos muito técnicos; ter uma
grande abrangência e deve ainda atender os mais diversos tipos de leitores (p. 53).
5.4 As Publicações de Referências
Apesar da dificuldade em encontrar material que pudesse ser tomado como
referências, foram consideradas neste trabalho como publicações que mais se aproximam do
que seria idealizado, as publicações que constam no item 3.6, na página 61 deste trabalho. No
entanto, adicionam-se a estas, os modelos existentes de “Manual do proprietário” que, em
suma, é o memorial descritivo da casa e por fim, respeitando a legislação de uso e ocupação
do solo, as orientações para reformas e indicações de futuras ampliações. É uma forma de
estender as ações de Assistência técnica garantido por lei sem a presença dos técnicos quando
isso não acontece.
80
A razão é que em todas as publicações oferecidas como manual do proprietário
trazem todas as informações do imóvel sem orientar quanto a acréscimos e ampliações
futuras. Desta forma, as ações dos moradores podem implicar em mau uso do espaço,
atrapalhando a circulação de ventos, a iluminação natural dos ambientes e até mesmo alterar
sem critérios previamente estabelecidos os aspectos físicos finais das construções.
Assim sendo, ao mesclar as características destas publicações, o usuário de espaço
construído teria informações no processo de pós-ocupação, não só sobre o uso e a manutenção
da moradia, mas principalmente sobre ampliações ou reformas futuras sem prejudicar a
solução arquitetônica inicial por mais simples que seja, com respeito à legislação vigente e
podendo acionar com facilidade a assistência técnica já defendida e pouco utilizada.
5.5 O Conteúdo das Publicações
As análises apresentadas neste trabalho permitiram observar que a maioria de
publicações do tipo cartilha está sendo utilizada por várias áreas do conhecimento. No
entanto, ao serem analisadas, percebeu-se que, em muitos casos, principalmente na área da
construção civil, o assunto tratado não corresponde à expectativa criada pelo título da obra ou
deixa dúvidas sobre seu conteúdo.
Em outros exemplos, o título dificulta até mesmo a separação por área de aplicação
que é o objetivo desta fase do trabalho e isso fez com que fosse adotada uma direção de
raciocínio no que diz respeito à compreensão das publicações.
Toma-se como exemplo uma cartilha cujo título é A segurança na construção civil e
seu objetivo visa esclarecer a necessidade sobre o uso de Equipamento de Proteção Individual
- EPI. Neste caso, foi considerado que a área de aplicação é a de segurança (micro) e não a
construção civil (macro). Que por sua vez, passa a ser entendida como área do conhecimento.
Assim, outros casos semelhantes ocorreram e adotou-se o mesmo procedimento.
5.6 Os Sistemas Construtivos
As possibilidades de técnicas e sistemas construtivos apresentam-se de muitas
maneiras. No entanto, sabe-se que o uso de sistemas e materiais não tradicionais pode esbarrar
81
na desconfiança da população mais carente em utilizá-los em detrimento daqueles que já são
mais conhecidos. Desta forma, a adoção de um sistema construtivo com a utilização de
materiais tradicionais em mutirões ou em sistemas de construção por autoconstrução seria o
mais indicado para a aplicação de cartilhas como material de apoio à Assistência Técnica. No
entanto, é de suma importância que uma pesquisa junto a uma população previamente
escolhida seja plicada no sentido de buscar as respostas mais concretas e definitivas sobre o
caso.
5.7 Trabalhos Futuros
Precisam ser providenciados questionários e testes, onde se possa mensurar na
prática, a aceitação da publicação junto à população estudada, verificando principalmente a
eficiência do material empregado como guia orientativo. Todavia, entende-se que, ao findar o
trabalho, as tecnologias ou métodos construtivos diferenciados, além dos tradicionais e até
mesmo as construções vernaculares, podem ser incluídos neste processo sem objeções. Assim,
é imprescindível lembrar que a assistência técnica, já garantida por lei, não pode ficar em
segundo plano.
Quanto à continuação da pesquisa, pode-se utilizar a mesma metodologia aplicada,
no entanto, com palavras chave mais diretamente direcionadas à construção civil. Sobre o uso
da internet como ferramenta indispensável para pesquisas atualmente, afirma-se que muito
rapidamente, a WWW (world wide web) mudou padrões de acesso à informação, de leitura e
de pensamento. Hoje, os sujeitos e as narrativas são diferentes do que eram quinze anos atrás
e mudam com velocidade constante. É precipitado dizer como será daqui a uns anos devido à
rapidez com as notícias correm. Por ora, basta o entendimento do processo e colocá-lo a favor
da informação.
A etapa que sustenta o planejamento é a execução de um diagnóstico junto a uma
determinada comunidade. A sua eleição não é tarefa difícil, uma vez que ocupações
irregulares em áreas de risco estão espalhadas por todas as cidades brasileiras de médio e
grande porte. É nesta fase, ou seja, de escolha da comunidade que se identifica e se define a
estrutura que deve ser respeitada para o planejamento e concepção de uma cartilha. A
elaboração deste tipo de publicação implica na apresentação de informações importantes de
forma sintética, clara e simples. Exige planejamento adequado e a adoção de cuidados básicos
82
para a obtenção de um bom produto final. Uma série de perguntas precisa ser formulada e
suas respostas devidamente respondidas. Temos como exemplos o seguinte:
i)
Qual será a finalidade da publicação da cartilha e por que se está realizando o
trabalho?
ii) Para quem (público alvo) se destina e com que objetivos?
iii) Quais são as características principais do público alvo?
iv) Este tipo de trabalho já foi realizado em outras ocasiões e por quem?
v) O que foi realizado e por quem?
vi) Quais experiências semelhantes podem ser utilizadas como referência?
vii) É possível readequar soluções de outras regiões e outras comunidades para a
realidade da comunidade estudada?
viii) O que deve ser considerado na elaboração de conteúdo, formato (dimensões
físicas e diagramação interna) da publicação?
ix) Qual será a estratégia de apresentação do tema?
No caso de um estudo visando a construção de habitação de interesse social para a
faixa de renda que está entre 0 (zero) e 3 (três) salários mínimos de renda familiar e o mesmo
estudo para uma outra faixa que estaria acima de 10 (dez) salários mínimos, certamente as
soluções não seriam as mesmas, pois parte-se do pressuposto de que a primeira faixa é menos
escolarizada do que a segunda. Este é um exemplo de que os casos devem ser estudados nas
suas particularidades, porque as informações a serem transmitidas muitas vezes dependem de
informação e conhecimento por parte do leitor.
A cartilha, no formato associado à estrutura de uma HQ, fornecerá maiores
facilidades na transmissão das mensagens pela sua formatação. A afirmação é embasada no
fato de ter este tipo de publicação, um uso que vem de longa data, que é o caso das cartilhas
na alfabetização de crianças, jovens e adultos.
Os recursos humanos e as condições individuais de assimilar informações passam
pela codificação e cabe a quem elabora e executa um projeto desta natureza, equilibrar as
potencialidades dos indivíduos envolvidos.
83
5.8 A Cartilha como Publicação Ideal
Após o entendimento de como deve ser uma cartilha e já definido que se trata de um
conteúdo vasto a ser tratado, abandou-se definitivamente guias e manuais como objeto de
implementação da proposta. Os assuntos tratados isoladamente em modelo do tipo cartilha é o
indicado para servir como guias de orientação. Desta forma, já adotada a cartilha como
instrumento de apoio ao projeto e mantendo todos os assuntos necessários como conteúdo,
faz-se necessário separá-la em volumes para que não fique muito densa e não se torne uma
leitura cansativa.
Cada volume deverá ter entre 30 páginas no mínimo e 50 páginas no máximo como
revelam os resultados da pesquisa. Este volume, por não aparentar alta densidade, deverá
atrair mais a atenção e interesse do leitor. Como tudo se relaciona a custos, as ilustrações
deverão ser em preto e branco. O texto deverá ser o mais simples possível, buscando de forma
adequada a transmissão da mensagem evitando termos técnicos.
Para o dimensionamento da cartilha, será adotado como referência o formato A5,
com medidas 150 mm x 210 mm. Objetivando a sua maior aproximação do público alvo,
serão criados personagens. Assim como serão criadas situações o mais próximas possível das
situações corriqueiras, para que as mensagens possam alcançar seu propósito de maneira
sucinta e com êxito.
A proposta é elencar os principais assuntos e tratar um por um sem ser
demasiadamente cansativo. Tudo reunido em um só volume seria aplicar o modelo de manual
ou livro de tão denso que ficaria como foi demonstrado na pesquisa. A opção de separar o
trabalho em temas pode trazer uma ação por parte do leitor que a princípio é indesejável.
Entretanto, escolher para ler os assuntos que quiser não prejudica o conjunto, uma vez que na
prática, a execução do trabalho acontece mesmo em etapas.
De qualquer forma, como é prevista esta possibilidade, o leitor será orientado no
sentido de fazê-lo entender que as etapas que estão distribuídas através dos temas se
correlacionam e os assuntos são dependentes uns dos outros, assim como a execução de uma
obra. O conteúdo das cartilhas ficará distribuído da seguinte forma:
Tema 1: Planejamento – O leitor encontrará neste volume assuntos relacionados ao
que antecede toda e qualquer construção, ou seja, o planejamento. Seja individual ou coletivo,
84
com temas considerados básicos. Por exemplo: a importância da elaboração do projeto e do
respeito que se deve ter em relação à verificação da documentação do terreno, bem como a
legislação. O estudo da área onde vai ser edificada a casa, como observações a respeito da
localidade, acessos, infraestrutura, topografia da região, índices urbanísticos, o entorno e
outros que se fizerem necessários.
Será tratado ainda neste volume a organização do grupo através de uma associação
devidamente oficializada que irá cadastrar as famílias. Cadastramento que permitirá separar as
famílias por grupos, considerando suas particularidades conforme perfil levantado no
cadastro. Por fim, mas não necessariamente nesta ordem, o entendimento de que o projeto é
parte do planejamento.
Tema 2: O projeto – Através dos dados coletados e vistos no tema anterior, este
apresenta instruções que permitam a elaboração dos projetos e o envolvimento de
profissionais da área, prestando a assistência técnica prevista em lei. Aqui também será
tratada a elaboração de programa de necessidades que, para ser construído, deverá levar em
conta as necessidades percebidas através do perfil dos grupos.
A ideia é fazer como que o programa atenda não genericamente a todos, mas grupos
familiares com semelhanças entre si. A proposta é dar assistência às famílias, elaborando
projetos específicos para os grupos e não só o arquitetônico, mas também o estrutural,
instalações elétricas, hidro sanitárias e paisagismo.
Tema 3: O terreno – Serão abordados neste tema as particularidades do terreno,
suas características como sua forma e dimensões, topografia, insolação, ventos
predominantes, cobertura vegetal e documentação. A ocupação do terreno seguindo os índices
urbanísticos previstos na legislação de uso do solo e se for necessário, indicar o estudo
geológico da área para ter conhecimento do tipo de solo existente. Também devem ser
comentadas neste fascículo, informações sobre o entorno imediato e não imediato, cobertura
vegetal existente e a infraestrutura do local.
Tema 4: A estrutura – Seguindo dados levantados nas etapas anteriores e também
tendo um projeto específico, apresenta a execução de fundações, lajes de piso, pilares e lajes
de cobertura de forma genérica, assim como todas as outras fases. Outras possibilidades
devem ser abordadas, no entanto, é essencial que fique muito claro que a definição pelo tipo
de estrutura a ser utilizada, deve passar por profissional da área.
85
Tema 5: Paredes e pisos – As vedações da edificação e os vãos das aberturas, sejam
eles destinados a serem janelas ou portas, bem como os seus respectivos modelos serão
tratados aqui. Farão parte também deste tema os acabamentos, revestimentos e
impermeabilização de paredes e de pisos.
Tema 6: A cobertura – As informações serão totalmente voltadas à cobertura da
edificação. Tipo de coberturas, de telhas, estrutura do telhado, calhas, rufos, lajes
impermeabilizadas, etc. Os forros também serão abordados assim como escoamento de águas
dos telhados e solo com possibilidade de aproveitamento deste recurso natural que em muitos
casos e regiões, está trazendo situações que levam ao racionamento devido a falta que vem
fazendo.
Tema 7: As instalações elétricas – Como devem ser executadas as instalações e
quais os materiais e tipos de lâmpadas utilizados, pois indicar modelos que propiciem um uso
racional da energia e dos serviços prestados é o ideal.
Tema 8: As instalações hidro sanitárias – Como devem ser as instalações hidro
sanitárias com reaproveitamento de águas cinzas. Orientações sobre o uso correto da água e
outras informações importantes.
Tema 9: O paisagismo – Serão tratadas aqui as orientações relativas à execução de
um jardim, seja com espécies ornamentais, medicinais ou frutíferas.
Tema 10: A documentação – Como providenciar ou solicitar documentação para a
regularização da edificação junto a órgãos competentes para tal.
Tema 11: Manutenção – Usar um imóvel é estar a par de qualquer problema físico
que neste possa vir a se manifestar. Como manter o imóvel em bom estado é o papel desta
cartilha.
Tema 12: Ampliações e reformas - O grande problema verificado no processo de
pós-ocupação é a falta de orientação sobre a construção inicial construída e a reformas e
possíveis ampliações futuras.
Em muitos casos, é muito mais de acordo com as vontades do que necessidades, que
o morador vai ampliando desconsiderando regras básicas de funcionamento da construção
como a circulação de ventos, a exploração da luz natural e a estética. Esta parte da cartilha
terá como objetivo orientar nestas questões.
86
O conjunto das cartilhas, que se pode chamar de coleção, reunirá todas as
informações necessárias para que o trabalho relativo à construção de uma casa esteja
contemplado em suas páginas.
5.9 Parcerias
A busca por parcerias deve ser uma constante, uma vez que serão estes parceiros que
irão contribuir efetivamente para a implantação do projeto. Prefeitura, empresários,
universidades, pessoas físicas e outros, ao participarem com colaborações efetivas darão novo
impulso à proposta e os resultados virão através da somatória dos esforços dos envolvidos.
Será esta unidade que dará condições técnicas ao projeto para atender ao objetivo proposto.
Observa-se que existem muitos pesquisadores se dedicando às questões relacionadas
à moradia, principalmente à popular, no entanto, as publicações têm-se restringido - quando
extrapolam as paredes da academia - aos técnicos que trabalham com o desenvolvimento
projetual.
Este trabalho busca atender a quem mais nos interessa que é o usuário final do
espaço construído e, neste sentido, a construção da casa própria por processos de mutirão e de
autoconstrução, quando não há programas oficiais que os atenda, são indicados para o
desenvolvimento na prática desta proposta.
Cursos de leitura e interpretação de desenhos arquitetônicos, assim como treinamento
para preparar mão de obra para a execução do conjunto na própria população cadastrada
poderão ser viabilizados, utilizando o mutirão ou a autoconstrução como processos e
considerando-se que o próprio morador participará com a devida e prévia qualificação.
Cursos no sentido de fazer com que este cidadão, partícipe de uma comunidade
organizada, em pleno gozo de sua cidadania, possa ler e entender um desenho técnico
representativo de uma moradia é essencial.
Importante ressaltar que oferecer benefícios para quem trabalha na obra, além da
própria casa, é possível. Não é tarefa simples, mas é possível e depende de um trabalho sério e
competente. A Lei de Assistência Técnica (Lei nº 11.888) aprovada como sendo uma
necessidade principalmente na elaboração do projeto é ainda discutida e para muitas não saiu
do papel. Esta proposta indica a atuação destes técnicos em todo o processo, não só na
elaboração do projeto, como também na pós-ocupação das unidades habitacionais.
87
5.10 Projetos Arquitetônicos
Pensar projetos que permitam a adaptabilidade dos moradores em arranjos futuros é
uma maneira de assessorar o morador também, sem que o mesmo necessite de dispor de
alguma quantia para tal. Segundo Brandão (2006, p. 51), “para que a moradia tenha esta
função social tem que ser de qualidade. Afinal é o lugar determinado como estruturante do
desenvolvimento psicossocial de indivíduos, e como tal tem que cumprir suas funções
oferecendo máxima qualidade do morar aos habitantes”. Uma forma de buscar estes objetivos,
considerando que a pesquisa inicial desenvolve um diagnóstico da população estudada, é
oferecer programas diferentes para diferentes famílias.
A visão de uma planta generalista que atenda a todos precisa definitivamente ser
abandonada e, para elaborar os programas diferentes, deve-se aplicar o conceito de casa
evolutiva, adotando um projeto idealizado na sua plenitude, com a utilização de todo o espaço
disponível do terreno sem desrespeitar a legislação de uso e ocupação do solo.
A partir daí e tendo as famílias separadas em grupos, considerando suas semelhanças
e necessidades, como, por exemplo, o mesmo número de membros, o mesmo número de
cômodos, faixa etária semelhante, etc.. A partir desta premissa, enxuga-se o projeto de tal
forma a se adequar às necessidades de cada grupo. (Tabela 5).
Tabela 5 – Tipos de programas arquitetônicos/necessidades.
PROGRAMA 01
PROGRAMA 02
Sala/quarto/cozinha
conjugados
Sala/cozinha/conjuga
dos
Banheiro
Área de serviço
Quarto
Banheiro
Área de serviço
PROGRAMA 03
PROGRAMA 04
PROGRAMA 05
Sala
Sala
Sala
Quarto
Cozinha
Banheiro
Área de serviço
Dois quartos
Cozinha
Banheiro
Área de serviço
Três quartos
Cozinha
Banheiro
Área de serviço
Varanda ou
garagem
Fonte: Organizada pelo autor.
Como a proposta é de trabalhar com mutirão, sabe-se que a maioria das pessoas não
tem nenhum conhecimento a respeito de execução de obras. Faz parte do planejamento,
incentivá-las desde o início em tudo, ou seja, os futuros moradores poderão eles próprios
estabelecer o jeito da casa onde vão morar com o auxílio da assistência técnica.
88
5.11 A Formatação da Cartilha
O ideal, segundo Bacelar39, é que a construção do projeto de uma cartilha seja de
preferência uma ação coletiva, resultado de um trabalho multidisciplinar. No entanto, adota-se
neste caso, a elaboração do material de forma disciplinar, aceitando-a como sendo uma
proposta que irá, ao longo do tempo, ser remodelada e ajustada às necessidades da
comunidade, à medida que outros profissionais possam contribuir com este propósito. A sua
implantação requer uma série de elementos e ações com objetivos claros, estruturação,
viabilidade técnica e financeira também, com definição de onde virá o recurso para a
realização dos anseios da comunidade.
Sobre os aspectos finais e considerando o material encontrado, onde se percebe que
cartilhas geralmente são compactas, ou seja, possuem poucas páginas com mensagens rápidas
e diretas, não muito complexas e repassadas basicamente através de diferentes ilustrações,
com uma comunicação acessível à compreensão. Enquanto que no manual, verifica-se uma
maior complexidade e aprofundamento, sobre os assuntos tratados. Os exemplares listados
nos dão uma ideia prévia deste tipo de formatação.
Como a faixa da população é muito carente e tudo se relaciona a custos, as
ilustrações que comporão a publicação serão em preto e branco e sua reprodução acontecerá
através de cópias Xerox. Para a sua montagem, será utilizado o papel A4 e cada folha irá
conter quatro páginas, considerando frente e verso. Desta forma e para o dimensionamento da
cartilha, será adotado como referência final, o formato A5. Uma vez que é a folha de origem,
será dobrada ao meio, chegando às medidas 150 mm x 210 mm. Através de planejamento, a
numeração das páginas será programada, uma vez que as folhas depois de copiadas, dobradas
e inseridas umas dentro das outras, serão grampeadas (Figura 64).
O custo para cada tema copiado, tendo aproximadamente 50 páginas (13 folhas),
considerando o valor de uma cópia P&B, frente e verso a R$ 0,30 (trinta centavos), custará
cerca de R$ 3,90 (Três reais e noventa centavos – valores na data de conclusão deste
trabalho40). O texto deverá ser o mais simples possível, buscando de forma adequada a
transmissão da mensagem, evitando termos técnicos. Como o objetivo específico destas
cartilhas é uma maior aproximação do público alvo, personagens devem ser criados e cenas
39
Pode ser visto em Metodologia para Elaboração de Cartilhas em Projetos de Educação Ambiental em Micro e
Pequenas Empresas.
40
Para o obtenção deste custo foi realizada uma pesquisa dentro do Campus da Unic (Universidade de Cuiabá) e
seu entorno e no Campus da Ufmt, para depois encontrar uma média entre os valores obtidos.
89
do cotidiano podem ajudar a esclarecer melhor as situações e, assim, tirar as dúvidas
existentes.
Figura 64 – Esquema de montagem das Cartilhas.
Fonte: Organizado pelo autor.
A criação e uso de situações o mais próximas possível do dia a dia das famílias, para
que as mensagens possam alcançar seu propósito de maneira simples é um princípio utilizado
nas HQs. Desta forma e a princípio, a estrutura das páginas, ou seja, a sua visualização, se
assemelhará a um gibi (Figura 65).
Figura 65 – Estruturação das páginas.
Fonte: Organizado pelo autor.
90
As Figuras 66 e 67 apresentam, respectivamente, os estudos para a capa e a primeira
folha interna da cartilha que aborda o Tema 3, sobre o terreno.
Figura 66 – Estudo para capa.
Fonte: Organizadas pelo autor.
Figura 67 – Estudo para primeira página.
91
6 CONCLUSÕES
Conclui-se primeiramente, pelos estudos realizados nesta dissertação, que muitos são
os trabalhos ainda a serem desenvolvidos sobre habitações de interesse social no Brasil e
todos
certamente
exigirão
ações
contínuas
e
permanentes,
envolvendo
equipes
multidisciplinares. Neste sentido, desenvolveu-se este estudo com o objetivo de contribuir
com as demais propostas e estratégias de busca por uma minimização do problema
relacionado à falta de moradia e o déficit habitacional na cidade.
Este trabalho desenvolvido para a faixa da população que sobrevive com uma renda
familiar mensal de até 3 salários mínimos, se articulado com outros trabalhos aplicados ao
tema, certamente será muito útil a comunidades carentes. Acredita-se que o caminho
percorrido sobre os estudos nesta área se complementam e que será necessário trabalhar para
que os resultados já conquistados ultrapassem os domínios físicos das universidades e centros
de pesquisa, no sentido de fazer com que as publicações orientativas cheguem à população.
A construção de habitações de interesse social para esta camada da sociedade pode
contar com uma publicação elaborada com uma estrutura de textos e imagens cujas
mensagens possam ser facilmente decodificadas, orientando passo a passo os usuários do
espaço construído na manutenção, reforma e ampliações futuras da sua moradia e servindo de
apoio à assistência técnica.
Os trabalhos desenvolvidos em outras cidades como Campinas em São Paulo, por
equipe da UNICAMP, por exemplo, mostram que a proposta traz resultados positivos, no
entanto, cuidados precisam fazer parte de estudos semelhantes, pois, como política de
desenvolvimento urbano, a construção de moradia sob os regimes de mutirão ou
autoconstrução não pode ser entendidas ou utilizadas apenas como exploração de mão de obra
de quem necessita de um espaço para morar.
O uso de publicações que orientam na construção da moradia é praticado em todo o
país, tendo, como era de se esperar, a Região Sudeste com uma maior participação
principalmente por ser a região mais populosa que temos. A Região Nordeste segue em
segundo e, apesar da grande distância em números que a separa da Região Sudeste, apresentase de modo surpreendente, pois suas propostas são facilmente aplicadas aos regimes de
mutirão e autoconstrução, principalmente as que são dedicadas ao semiárido.
92
Publicações sem data e sem referências de origem declaradas, mesmo que em
número reduzido, são uma prática que dificulta o entendimento, pois não se sabe a
temporalidade da orientação, fazendo com que o leitor leia um texto desatualizado ou
ultrapassado, uma vez que tudo atualmente é muito dinâmico. Fato que precisa ser evitado.
E, finalmente, conclui-se que os projetos das habitações para o público de baixa
renda, não só o arquitetônico como todos os outros denominados de complementares, devem
considerar que as publicações são apenas um apoio para se alcançar o objetivo maior.
Portanto, as situações onde se verifica a sua aplicação pura e simplesmente, não é
recomendado em virtude de não contarem com a participação de técnicos qualificados para o
devido acompanhamento. No caso de situações onde estes mesmos projetos não preveem as
reformas para a manutenção da moradia com as devidas ampliações futuras, seus autores
precisam rever seus conceitos, pois como principal instrumento de divulgação de informações
técnicas através de sua representação gráfica, percebe-se que os projetos não contemplam o
conceito de moradia evolutiva.
Sendo assim, os moradores vão, ao longo do tempo, sem mais informações,
transformando o espaço construído de acordo apenas com seus conhecimentos, suas memórias
e suas vontades. Em muitos casos comprometem o funcionamento da casa como um todo e
uma publicação que os oriente, principalmente durante a pós-ocupação, embasada em um
projeto de qualidade, certamente contribuirá para minimizar os problemas de modo
significativo.
93
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96
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FREITAS, Silvio Antonio. Habitação popular em Goiânia: Vila Mutirão mil casas em um
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MORAES, O. B.; SANTANA, M. J. A. A satisfação do morador em habitações populares de
Salvador: processo formal X informal. In: CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE
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AMBIENTE CONSTRUÍDO, 10., 2004, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.], 2004.
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ROMANCINI, Sonia Regina (Org.). Novas territorialidades urbanas em Cuiabá. Cuiabá:
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ROMÉRO, Marcelo de Andrade; ORNSTEIN, Sheila Walbe (Ed.). Avaliação pós-ocupação:
métodos e técnicas aplicadas à habitação social. Porto Alegre: ANTAC, 2003. (Coleção
Habitare).
SANTOS NETO, Elydio dos. 10 considerações para professores que desejam trabalhar com
histórias em quadrinhos. Conhecimento Prático Literatura, São Paulo, n. 51, p. 28-39,
2014. Edição especial Arte-Educação.
SATTLER, M. A. Habitações de baixo custo mais sustentáveis: a Casa Alvorada e o Centro
Experimental de tecnologias habitacionais sustentáveis. Porto Alegre: ANTAC, 2007. 448 p.
(Coleção Habitare, v. 8).
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Educação Mário Covas. Cartilhas Cartas de ABC. São Paulo, [201-]. Disponível em:
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SEABRA, Carlos. Tecnologias na escola. Porto Alegre: Telos Empreendimentos Culturais,
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Anais... Passo Fundo: IMED, 2012. Croquis da planta e vista externa e vista aérea parcial do
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SOUZA, M. D.; TRAMONTANO, M. Métodos avaliativos: alguns estudos. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE QUALIDADE DO PROJETO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO;
WORKSHOP BRASILEIRO DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO NA
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 9., 2009, São Carlos, SP. Anais eletrônicos... São Carlos,
SP: PPG-AU EESC USP, 2009. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/documentos/
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SOUZA, Roberto de et al. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras.
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TÉCHNE. São Paulo: Pini, n. 58, jan. 2002. Disponível em: <http://tchene.pini.com.br/
engenharia-civil/58/sumario.aspx>. Acesso em: 11 jan. 2014.
UNIÃO NACIONAL POR MORADIA POPULAR. [S.l., 201-]. Disponível em:
<http://www.unmp.org.br>. Acesso em: 20 maio 2013.
VILA São Francisco VII. Co.Opera.Ativa. São Paulo: [s.n.], 1983. Disponível em:
<http://cooperativa.blogspot.com.br>. Acesso em: 2 maio 2013.
VILA São Francisco VII. Revista Projeto, [S.l.], São Paulo, 1983. Suplemento especial, sem
numeração.
99
APÊNDICE A – Publicações Catalogadas na Área de Construção Civil
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continua)
Nº
Título
Conteúdo
1
Cartilha O Solo-Cimento (SAHARA)
Fabricação do tijolo modular
(BRICK)
2
Cartilha Construção e Reforma
Aprovação e documentação
3
Cartilha do Pedreiro – 1ª Edição (UNEB)
4
Cartilha do Pedreiro – 3ª Edição (UNEB)
Material informativo p/curso de
pedreiro
Material informativo p/curso de
pedreiro
5
Cartilha do Banheiro Seco
Como construir
6
Guia Prático para a Construção de
Calçadas – 2ª Edição
7
Cartilha Casa Sustentável (CREA – MG)
Construção de calçadas e
componentes
Como construir de forma mais
sustentável
Diretrizes const. e adequação de
calçadas
Sugestão da CEF para casa popular
com 37 m2
Const. Cisternas de Placas do Gov.
Fed.
8
9
Manual de Vias Públicas: Calçadas IPDU
Cuiabá-MT (PMCba)
Cadernos CAIXA Projeto Padrão Casas
Populares 37m2
Região
Data
Págs.
Sudeste
S/ Data
16
Sudeste
S/ Data
16
Nordeste
2001
35
Nordeste
2010
70
Nordeste
S/ Data
15
C. Oeste
2008
28
Sudeste
2012
54
C. Oeste
2006
79
Sudeste
2006
36
C. Oeste
S/ Data
32
10
Cartilha do Programa Cisternas
11
Cartilha Construção Cisterna Calçadão
52.000 Litros
Construção da cisterna calçadão
Nordeste
2008
49
12
Cartilha Construção Banheiro Redondo
Const. Banheiro redondo
Nordeste
2007
48
13
Cartilha da Boa Construção CREA-SC
Interesses na hora de construir
(Joinvile)
Sul
2010
9
14
Cartilha Projeto Calçada Legal (ES)
Execução ou recuperação de calçadas
Sudeste
2008
30
15
Manual de Instalações Elétricas
Residenciais.
Instalação elétrica segura (São Paulo SP)
Sudeste
2003
62
16
Manual de Concretagem Autoconstrução
Instruções de concretagem (Engemix)
Sudeste
2009
10
17
Manual para início de obra - Alphaville
Procedimentos início de obra
(Alphaville)
Sudeste
2004
6
18
Cartilha de obras (Residencial Gan Éden)
Normas internas de execução de obras
Sudeste
2011
15
19
Cartilha para Produção Tijolo SoloCimento
Técnicas de aplicação (Rio BrancoAC)
Norte
1999
25
20
Cartilha Mãos a Obra (ABCP)
Todas as Etapas da Construção
Sudeste
1989
32
21
Cartilha Como Produzir Moradia Bem
Localizada MCMV
Com recursos do PMCMV
C. Oeste
2010
69
22
Manual Tijolo Ecológico Modular
Instruções de uso do tijolo ecológico
Sul
S/ Data
14
Manual de Projeto e Construção de
Estrutura de Madeira (USP - São Carlos)
Manual Prático Uso da Cal (IPHAN TO)
Manual Prático Conservação Telhados
(IPHAN - TO)
Caderno Técnico Madeira: Uso e
conservação IPHAN - Monumenta
Estruturas peças roliças
reflorestamento
Programa Monumenta p/ cid.
Natividade
Programa Monumenta p/ cid.
Natividade
Sudeste
2010
334
Norte
S/ Data
15
Norte
S/ Data
16
C. Oeste
2006
247
S/ Ref.
1999
50
Sudeste
2011
98
23
24
25
26
27
Manual Conservação de Telhados IPHAN
28
Manual para Montagem de Estruturas
Amaru
Madeira: Uso e conservação
Orientação a todos aqueles que
participam da preservação do
patrimônio histórico
Serve como roteiro para o curso de
montagem de estruturas com o
sistema
100
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continuação)
Nº
Título
29
Cartilha Habitação Projeto Inovarural
30
Manual do telhadista
31
Manual madeira legal
32
33
34
Manual de assentamentos e revestimentos
cerâmicos: pisos externos
Manual técnico telhas autoportantes
IMAP - 850
Manual de projeto e construção de
estruturas com peças roliças de madeira
de reflorestamento - USP
Conteúdo
Apresentação de habitação rural por
menos de R$ 10 mil
Construção de edifícios: telhados
Construir com madeira é trabalhar
com o humano
Dicas e informações importantes na
elaboração de projetos e construção
Região
Data
Nordeste
S/
Data
2003
Sudeste
2014
S/ Ref.
S/ Ref.
S/
Data
S/
Data
Págs.
2
29
33
47
Cobertura estrutural autoportante
Nordeste
11
Dicas e informações importantes na
elaboração de projetos e construção
Sudeste
S/
Data
332
35
Manual Alvenarias 2ª Edição
Orienta quanto a aplicação de
elementos de vedação em estruturas
metálicas
Sudeste
2004
52
36
Cartilha Conheça as regras para arrumar a
sua calçada PMSP
Dicas e orientações gerais
Sudeste
2004
40
37
Manual de Instalação da Placa Cimentícia
BRICKAWALL
S/ Ref.
S/
Data
37
38
Cartilha aprenda a construir um Sistema
Fossa Filtro – Seu Fossinha
Sul
2012
9
39
Cartilha Alvenaria
S/ Ref.
S/
Data
26
40
Manual de Construção de Fogões
Ecoeficientes
41
Manual de Montagem de Casa com 36m²
42
Guia Coletânea de Respostas Técnicas
USP
43
Cartilha projeto cisternas - FEBRABAN
44
45
46
Manual Básico para Construção de Casas
de Madeira
Cartilha Pavimento intertravado
impermeável
Manual Técnico Descritivo Sistema
Brickawall de Vedação
47
Cartilha Programa soluções Cidades
ABCP
48
Manual Placas de Concreto - ABCP
49
Manual de ladrilho hidráulico - ABCP
50
Manual de pavimento intertravado ABCP
51
Guia Construções Rurais Volume 1 –
Benfeitorias de uso geral / ABCP
Orientações sobre a correta
utilização da placa cimentícia com
demonstração do processo de
instalação
Informações e orientações sobre a
construção do sistema fossa - filtro
Orientações básicas sobre a
construção e características de
materiais
Objetivo de disseminar modelo
eficiente de fogão a lenha
Instruções de como montar um casa
Sobre um conjunto de temas nos
setores da indústria e agropecuária
inclusive edificações
Para as regiões semi- áridas com
informações sobre a construção de
reservatório de água
Apresentação das técnicas de
construção
Dicas e orientações de melhores
práticas
Sistema Brickawall de Vedação –
para especificações
Qualificar o desenvolvimento
urbano nas áreas de habitação,
saneamento e mobilidade
Dicas e orientações gerais de
construção de pisos em placas de
concreto
Dicas e orientações gerais de
construção de pisos com ladrilho
hidráulico
Dicas e orientações gerais de
construção de pavimento
intertravado
Informações úteis para quem vai
construir ou reformar no meio rural
(moradias inclusive)
Nordeste
S/ Ref.
S/
Data
S/
Data
24
16
Sudeste
2009
102
Sudeste
S/
Data
18
S/ Ref.
S/
Data
30
Sudeste
2011
24
S/ Ref.
S/
Data
13
S/ Ref.
S/
Data
19
Sudeste
2009
36
Sudeste
2010
28
Sudeste
2010
36
Sudeste
S/
Data
115
101
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continuação)
Nº
Título
52
Guia Construções Rurais Volume 2 –
Como usar os materiais / ABCP
53
Guia Construções Rurais Volume 3 –
Benfeitorias para Bovinocultura / ABCP
54
Cartilha Cuidados Preliminares - ABCP
55
Cartilha Preparação do Terreno - ABCP
56
Cartilha Locação da Casa - ABCP
57
Cartilha Fundação - ABCP
58
Cartilha Impermeabilização - ABCP
59
Cartilha Paredes - ABCP
60
Cartilha Laje – ABCP
61
Cartilha Pisos - ABCP
62
Cartilha Revestimentos - ABCP
63
Cartilha Instalação Hidráulica - ABCP
64
Cartilha Esgoto - ABCP
65
Cartilha Instalação elétrica - ABCP
66
Cartilha Telhado - ABCP
67
Cartilha Muros - ABCP
68
Cartilha Calçadas - ABCP
69
Cartilha Casa com mais de um pavimento
ABCP
70
Cartilha Escadas ABCP
71
Cartilha Piscinas - ABCP
72
Cartilha Piso de cimento queimado ABCP
73
74
Cartilha Estrutura de concreto armado
ABCP
Cartilha Pinturas e envernizamento para
peças de madeira - ABCP
75
Cartilha Muros de Arrimo - ABCP
76
Cartilha Metodologia de execução de
alvenaria em blocos vazados - ABCP
Conteúdo
Informações úteis para quem vai
construir ou reformar no meio rural
(moradias inclusive)
Informações úteis para quem vai
construir ou reformar no meio rural
(moradias inclusive)
Orientações gerais desde a escolha
do terreno, passando pelo projeto e
construção.
Orientações quanto a demarcação e
limpeza do terreno
Contem o procedimento de locação
da obra
Contem o procedimento de
execução da fundação da obra
Informações e orientações gerais
sobre a contratação do serviço
Contem o procedimento de
execução das paredes como
vedação da obra
Contem o procedimento de
execução das lajes na construção
Contem informações e orientação
sobre a execução de pisos
Contem informações e orientação
sobre a execução de revestimentos
Apresenta norma para a execução
de instalações hidráulicas
Contem informações e orientação
geral sobre a execução de esgoto
sanitário
Contem informações e orientação
geral sobre a execução de
instalações elétricas
Trata apenas da confecção de um
telhado com todas as suas
características
Contem informações e orientação
sobre a execução de muros
Contem informações e orientação
sobre a execução de calçadas
Apenas sugere que deve ser
elaborado por profissional
Contém apenas explicações sobre
cálculos de uma escada
Contem informações e orientação
geral sobre a execução de piscinas
Contem informações e orientação
geral sobre a execução de um piso
de cimento queimado
Apenas sugere que deve ser
elaborado por profissional
Contém apenas explicações sobre
como proceder
Apenas sugere que deve ser
elaborado por profissional ou
orientado por um
Contém o passo a passo para
construir alvenarias de blocos
vazados de concreto
Região
Data
Págs.
Sudeste
S/
Data
55
Sudeste
S/
Data
64
Sudeste
2001
14
Sudeste
2001
3
Sudeste
2001
4
Sudeste
2001
9
Sudeste
2001
2
Sudeste
2001
14
Sudeste
2001
8
Sudeste
2001
9
Sudeste
2001
7
Sudeste
2001
7
Sudeste
2001
4
Sudeste
2001
6
Sudeste
2001
8
Sudeste
2001
8
Sudeste
2001
6
Sudeste
2001
1
Sudeste
2001
2
Sudeste
2001
6
Sudeste
S/
Data
1
Sudeste
2001
1
Sudeste
2001
4
Sudeste
2001
2
Sudeste
S/
Data
24
102
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continuação)
Nº
Título
77
Cartilha Sistemas Integrados Calçadas –
ABCP
78
Cartilha Sugestão de Planta Baixa –
ABCP
79
Cadernos CAIXA Projeto Padrão Casas
populares 42m2
80
Cartilha Mãos na Massa 4
81
Cartilha Mãos na Massa 7
82
Manual do Mestre de Obras por Inacio
Vacchiano
83
Guia Mestre na obra - ABAI
84
Manual de Instalação elétrica para
Autoconstrução
85
Conteúdo
Informações a serem utilizadas na
elaboração de políticas em relação a
passeios públicos
Contem uma sugestão de planta
baixa e fachada para casa popular
Contém todas as informações a
respeito de construção de casa
popular
Como dosar traços em concreto
Informações sobre blocos de
concreto
Orientações básicas a pequenos
construtores para a construção de
casas populares e serviços
Dicas para melhorar a qualidade do
seu trabalho com argamassa pronta
Região
Data
Págs.
Sudeste
S/
Data
12
Sudeste
S/
Data
2
Sudeste
2007
42
Sudeste
2008
21
Sudeste
2008
65
S/ Ref.
2013
133
Sudeste
S/
Data
8
Trata-se de um curso prático de
instalação elétrica
Sudeste
1993
37
Manual Painéis de vedação em aço
Apresenta os aspectos de produção,
projeto e montagem de painéis de
concreto
Sudeste
S/
Data
61
86
Manual de concreto estampado e concreto
convencional: moldados in loco
Instruções gerais
Sudeste
2010
36
87
Cartilha Edifícios Públicos Sustentáveis
C. Oeste
2010
45
88
Cartilha Cimento Queimado Pronto
MSET
S/ Ref.
S/
Data
3
89
Cartilha Prática Recomendada pavimentos
intertravados – preparo fundação
Sudeste
S/
Data
4
90
Caderno Construções Moradias
Sustentáveis
C. Oeste
S/
Data
9
91
Cartilha Prática Recomendada: Sistemas
Construtivos – Pavimentos Permeáveis
Conceitos e requisitos para
pavimentos intertravado permeáveis
S/ Ref.
S/
Data
8
92
Guia Sustentabilidade para Instalações
domiciliares Água e Energia
Sudeste
2011
23
93
Manual de Construção em Aço Alvenaria
Sudeste
S/
Data
55
94
Manual Desenho Universal
Sudeste
S/
Data
99
95
Cartilha Eletricidade Solar
Sul
S/
Data
10
96
Manual Dicas Qualyvinil Processos de
pintura
Informações que visam a
sustentabilidade nestas instalações
Sobre a aplicação correta de
elementos de vedação em estruturas
metálicas
Sugestão da aplicação do conceito
de que as edificações devem ser
para todos sem distinção de
deficiências
Incentivo a adoção de política de
integração e desenvolvimento que
contemple fontes alternativas de
energia
Dicas sobre preparação de
superfícies, aplicação de
complementos, diluição e aplicação
de acabamentos.
S/ Ref.
S/
Data
5
97
Cartilha Aplicada a Edificações - BH
Sudeste
S/
Data
57
Indicações de construções que
contemplem uma melhor relação
junto ao meio ambiente
Apresentação de argamassa pronta
semelhante ao cimento queimado
Contém informações relativas a
preparação da base a ser
pavimentada
Contém informações no sentido de
minimizar os impactos ambientais
quando da execução de uma obra
Orienta quanto a construção,
regularização e uso das edificações
103
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continuação)
Nº
Título
Conteúdo
98
Cartilha Projeto Obra Legal – Seu Imóvel
Legalizado - SP
Orienta quanto a construção,
regularização e uso das edificações
Sudeste
2010
16
99
Manual de Execução de Cobertura com
Estrutura de Madeira e telhados com
Telhas Cerâmicas – IPT / São Paulo
Informações sobre a técnica
construtiva deste tipo de telhado
Sudeste
1988
80
100
Cartilha Projeto CASA – Curso de
Capacitação
Sudeste
S/
Data
74
Sudeste
S/
Data
6
S/ Ref.
S/
Data
6
S/ Ref.
S/
Data
16
S/ Ref.
S/
Data
19
S/ Ref.
S/
Data
4
Sudeste
S/
Data
15
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
6
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
6
Cartilha Novo Brick Prensa Modular
101
Multifuncional - SAHARA
Cartilha Romme passo a passo para a
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
construção
Manual de Montagem de Casa – Sistema
construtivo em Light Steel Frame.
Manual de Montagem de Casa – Sistema
em placas de concreto da metalúrgica
Erwino Menegotti, sem data e origem.
Cartilha: Projeto de Churrasqueira em
Alvenaria elaborado por Giragrill, sem
data.
Guia Prático para construção de Calçadas.
Secretaria de planejamento e
Desenvolvimento Urbano. Mogi Guaçu/
São Paulo, sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas –
Atérmica. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP, sem data
publicação.
Manual de Instruções Técnicas –
Crystalli/ Paris/Etrusco/Grezzo. Castelatto
– Pisos e Revestimentos - Atibaia / SP,
sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas –
Duna/Eclypse/Lêmini. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP, sem data
publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Ekko e
Ekko Plus. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP, sem data
publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Gamma.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP, sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Illusie.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP, sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Labratto.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP, sem data.
Manual de Instruções Técnicas – Lucce.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP, sem data publicação.
Principais etapas de uma
Construção Civil para disseminação
dessas práticas
Apresentação da máquina
multifuncional que tem a
capacidade de ser utilizada para
vários modelos
Orientações gerais sobre a
construção
Orientações de montagem através
de kit, de casa unifamiliar com
36,00m².
Orientações de montagem através
de kit, de casa unifamiliar com em
placas de concreto pré-moldados.
Orienta o passo a passo na
construção de uma churrasqueira
em alvenaria.
Sobre a importância de construir,
recuperar e manter as calçadas da
cidade em bom estado de
conservação.
Região
Data
Págs.
104
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(continuação)
Nº
115
116
117
118
119
Título
Manual de Instruções Técnicas – Madeira
Vecchia. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP, sem data
publicação.
Manual de Instruções Técnicas –
Matrice/Kynês/Squadri/Traços/Scaleno.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP, sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas –
Mosaicos. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP, sem data
publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Synus e
Trama. Castelatto – Pisos e Revestimentos
- Atibaia / SP, sem data publicação.
Cartilha Prática Recomendada Alvenaria
– Como projetar a Modulação
Conteúdo
Região
Data
Págs.
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
6
Orientações de instalações para um
bom assentamento.
Sudeste
S/
Data
8
Dicas úteis no planejamento de
modulação em alvenaria
Sudeste
S/
Data
4
120
Cartilha Capacitação de Equipes de
Produção
Orientação quanto a alvenaria de
Vedação com blocos de concreto
Nordeste
2008
34
121
Guia do Montador Placa Cimentícia
Impermeabilizada Brasilit
Recomendações técnicas na
instalação de placas cimentícias
S/ Ref.
S/
Data
8
Manual de Instalações Esquadrias Galon.
São Roque do Canaã – ES, sem data.
Manual para aplicação do “Cimento
Queimado”.
Manual de instalações prediais de gás
natural. COPERGÁS, Governo do Estado
de Pernambuco. Sem data.
Manual de fundamentos do Projeto
Estrutural. UFC e SINDUSCON-CE. S/
data.
Manual Pintura em Drywall: o que é
preciso saber. Associação Brasileira de
Drywall. LUCA, 2012.
Orientações e instruções gerais
sobre a instalação.
Sudeste
Instruções para a execução.
Sudeste
Trata das instalações mínimas
exigíveis para a elaboração de
projetos.
Nordeste
S/
Data
92
Padrão de formação tecnológica e
moderna em cálculo estrutural.
Nordeste
S/
Data
29
Orientações quanto ao esquema de
pintura aplicado sobre Drywall.
Sudeste
2012
8
122
123
124
125
126
S/
Data
S/
Data
6
2
127
Guia Princípios de Arquitetura em Aço
Orientações sobre a opção de
estrutura metálica como opção
estrutura
Sudeste
2004
67
128
Manual de Fixação, Manutenção e
Acabamento. Associação Brasileira dos
Fabricantes de Chapas para Drywall. Sem
data.
Para facilitar o trabalho de
profissionais das áreas de
instalações hidráulicas, elétricas,
telefonia, marcenaria e mobiliário.
Sudeste
S/
Data
16
129
Cartilha de Orientação Acessibilidade
Nordeste
2007
40
130
Cartilha Tarifa social de energia elétrica
C. Oeste
2013
28
131
Cartilha pastilha para Revestimento
SAHARA
Sudeste
S/
Data
8
132
Manual de Placas cimentícias BRICK
S/ Ref.
S/Data
13
133
Cartilha O Trabalho do Pedreiro
S/ Ref.
S/
Data
16
Para consulta permanente no
sentido de garantir ampla
locomoção a todos
Apresenta as condições para ter
direito a tarifa social – da ANEEL
Orientações quanto a fabricação e
aplicação de pastilhas de
revestimento
Apresentação de lançamento de
placa cimentícias para revestimento
Informações básicas a respeito do
trabalho de Pedreiro
105
Quadro 1 – Material encontrado e catalogado na área de Construção Civil.
(conclusão)
Nº
Título
Conteúdo
134
Manual de Assentamento de
Revestimento Cerâmico em Pisos
Internos.
135
Cartilha Direitos Humanos e Direito a
Moradia
Informações, instruções e dicas a
respeito do assentamento de
materiais cerâmicos de
revestimento.
Informações relativas aos direitos
humanos
136
Manual de ladrilho Hidráulico em
Passeios Públicos. ABCP, 2010.
137
138
139
140
141
Região
Data
Págs.
Sudeste
S/
Data
50
Sudeste
S/
Data
8
Recomendações técnicas para
assentamento de ladrilho hidráulico.
Sudeste
2010
28
Cartilha Calçada cidadã – Normas para
construção Guarapari – ES
Apresenta normas para construção e
conservação de calçadas
Sudeste
2009
20
Cartilha Aquecimento solar (INMETRO)
Sistemas de aquecimento solar
Sudeste
2008
16
Manual do Proprietário Cielo Vita GAFISA
Cartilha Construções próximas e
barrancos (ABCP)
Uso e manutenção do Edifício +
Memorial Descritivo (As Built)
Dicas para construções próximas de
barranco
Apresenta aspectos de projeto e
montagem de edificações com o
sistema este construtivo
Sudeste
S/
Data
112
Sudeste
2001
3
Sudeste
2006
124
Manual Steel Framing Arquitetura
141 TOTAL - CONSTRUÇÃO CIVIL
Fonte: Organizado pelo autor.
Quadro 2 – Material encontrado e catalogado na área de Bioarquitetura.
Nº
Título
Conteúdo
Região
Data
Págs.
142 Cartilha Taipa para o Brasil
Instruções de construção
S/ Ref.
S/ Data
18
143 Cartilha Cores da Terra
Fazendo tinta com terra
Sudeste
2009
18
144 Cartilha Taipa / Pau-a-Pique
Manual de construccion em Tierra Gernot
145
Minke - Alemanha
Manual Estufa Ecológica – uso do Bambu
146 em Bioconstrução, Governo do Estado do
Paraná, SILVA - 2011.
Instruções de construção
Instruções sobre aplicação e uso de
terra (como barro) nas construções
S/ Ref.
1987
23
Alemanha
2001
222
Orientações de como construir uma
estufa com bambu.
Sul
2011
33
Cartilha Superadobe – Construindo com o
147 terreno, Universidade Federal Fluminense –
RJ. CESAR.
Dicas e informações sobre construir
com materiais naturais e técnicas
vernaculares.
Sudeste
S/ Data
9
Cartilha O Uso dos Materiais Naturais na
Arquitetura Archdomus
149 Manual Tierra Cruda
Apresentação de materiais a serem
aplicados na sua forma original
Construção de habitações em terra
S/ Ref.
S/ Data
49
Chile
2012
252
148
8 TOTAL BIOARQUITETURA + 141 CONSTRUÇÃO CIVIL = TOTAL 149
Fonte: Organizado pelo autor.
106
APÊNDICE B – Links de Acesso aos Materiais Catalogados
Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(continua)
Nº
Título
1
Cartilha O Solo-Cimento (SAHARA)
2
Cartilha Construção e Reforma
3
Cartilha do Pedreiro – 1ª Edição (UNEB)
4
Cartilha do Pedreiro – 3ª Edição (UNEB)
5
Cartilha do Banheiro Seco
6
Guia Prático para a Construção de
Calçadas – 2ª Edição
7
Cartilha Casa Sustentável (CREA – MG)
Links
http://www.sahara.com.br/downloads
http://www.crea-rj.org.br/wpcontent/uploads/2010/11/cartilhaedificacoes.pdf?84cd58
http://pt.slideshare.net/JosMariaAndrade/savedfiles?s_title=cartilha-dopedreiro&user_login=DandaEDF
http://pt.scribd.com/doc/63348036/Cartilha-Do-Pedreiro-2
http://banheirosecoecologico.blogspot.com.br/2011/03/cartilha-paracapacitar-usuarios.html
http://www.sindusconms.com.br/guia_calcada/guia_calcadas.pdf
10
Cartilha do Programa Cisternas
11
Cartilha Construção Cisterna Calçadão
52.000 Litros
12
13
Cartilha Construção Banheiro Redondo
Cartilha da Boa Construção CREA-SC
http://www.sengemg.com.br/downloads/21-082012_construcao_sustent.pdf
http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/manual_de_vias_publicas
_calcadas.pdf
http://pt.scribd.com/doc/205384502/MODELO-DE-CASA-PADRAOCAIXA-ECONOMICA-37M2-pdf
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/29532/1/Cartilhavol-2-Cisterna-de-placas.pdf
http://www.mds.gov.br/backup/programas/seguranca-alimentar-enutricional-san/cisternas/arquivos/cisterna-calcadao-52-mil-litrosdiaconia-no-semi-arido-brasileiro.pdf
http://www.diaconia.org.br/novosite/biblioteca/int.php?id=36
http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/File/cartilha.pdf
14
Cartilha Projeto Calçada Legal (ES)
http://app.serra.es.gov.br/portal/cartilha_calcada.pdf
15
Manual de Instalações Elétricas
Residenciais.
16
Manual de Concretagem Autoconstrução
17
Manual para início de obra - Alphaville
18
Cartilha de obras (Residencial Gan Éden)
Cartilha para Produção Tijolo SoloCimento
Cartilha Mãos a Obra (ABCP)
http://www.etelg.com.br/downloads/eletronica/apostilas/IE%20Parte1.
pdf
http://www.engemix.com.br/autoconstrucao/attach/manual/manual_de_
concretagem_autoconstrucao.pdf
http://www.sacres.com.br/obras.asp
http://www.ganeden.com.br/condominio/pdf/gan_eden_cartilha_obras.
pdf
http://pt.slideshare.net/JosMariaAndrade/savedfiles?s_title=producaode
tijolosolocimento&user_login=bel85
http://www.lafarge.com.br/M_OBRA_sem_logo.pdf
21
Cartilha Como Produzir Moradia Bem
Localizada MCMV
http://pt.slideshare.net/recantodafelicidade/como-produzir-moradiabem-localizada-com-os-recursos-do-programa-minha-casa-minha-vida
22
Manual Tijolo Ecológico Modular
23
Manual de Projeto e Construção de
Estrutura de Madeira (USP - São Carlos)
24
Manual Prático Uso da Cal (IPHAN TO)
25
Manual Prático Conservação Telhados
(IPHAN - TO)
http://www.ecoproducao.com.br/downloads/cartilha-eco-producao.pdf
http://www.set.eesc.usp.br/portal/pt/livros/371-manual-de-projeto-econstrucao-de-estruturas-com-pecas-rolicas-de-madeira-dereflorestamento
http://portal.iphan.gov.br/montarPaginaSecao.do;jsessionid=F99001D
B02033822E56C7608766A08F8?id=17592&sigla=Institucional&retor
no=paginaInstitucional
http://portal.iphan.gov.br/montarPaginaSecao.do;jsessionid=F99001D
B02033822E56C7608766A08F8?id=17592&sigla=Institucional&retor
no=paginaInstitucional
26
Caderno Técnico Madeira: Uso e
conservação IPHAN - Monumenta
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=4355
27
Manual Conservação de Telhados IPHAN
http://portal.iphan.gov.br/montarPaginaSecao.do;jsessionid=F99001D
B02033822E56C7608766A08F8?id=17592&sigla=Institucional&retor
no=paginaInstitucional
8
9
19
20
Manual de Vias Públicas: Calçadas IPDU
Cuiabá-MT (PMCba)
Cadernos CAIXA Projeto Padrão Casas
Populares 37m2
107
Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(continuação)
Nº
Título
28
Manual para Montagem de Estruturas
Amaru
29
Cartilha Habitação Projeto Inovarural
30
Manual do telhadista
31
Manual madeira legal
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
Manual de assentamentos e revestimentos
cerâmicos: pisos externos
Manual técnico telhas autoportantes
IMAP - 850
Manual de projeto e construção de
estruturas com peças roliças de madeira
de reflorestamento - USP
Manual Alvenarias 2ª Edição
Cartilha Conheça as regras para arrumar a
sua calçada PMSP
Manual de Instalação da Placa Cimentícia
BRICKAWALL
Cartilha aprenda a construir um Sistema
Fossa Filtro – Seu Fossinha
Cartilha Alvenaria
Manual de Construção de Fogões
Ecoeficientes
Manual de Montagem de Casa com 36m²
Guia Coletânea de Respostas Técnicas
USP
Cartilha projeto cisternas - FEBRABAN
Manual Básico para Construção de Casas
de Madeira
Cartilha Pavimento intertravado
impermeável
Manual Técnico Descritivo Sistema
Brickawall de Vedação
Cartilha Programa soluções Cidades
ABCP
Manual Placas de Concreto - ABCP
Manual de ladrilho hidráulico - ABCP
Manual de pavimento intertravado ABCP
Guia Construções Rurais Volume 1 –
Benfeitorias de uso geral / ABCP
Guia Construções Rurais Volume 2 –
Como usar os materiais / ABCP
Guia Construções Rurais Volume 3 –
Benfeitorias para Bovinocultura / ABCP
Cartilha Cuidados Preliminares - ABCP
Cartilha Preparação do Terreno - ABCP
Cartilha Locação da Casa - ABCP
Cartilha Fundação - ABCP
Cartilha Impermeabilização - ABCP
Cartilha Paredes - ABCP
Cartilha Laje – ABCP
Links
http://www.plantar.com.br/wpcontent/uploads/2012/11/manual_curso_carpinteiros.pdf
http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/habis/biblioteca/digital/inova.ht
ml
http://pt.scribd.com/doc/54460943/Manual-Do-Telhadista
http://www.sindimasp.org.br/conteudo/download/manual_madeira_leg
al.pdf
http://pt.scribd.com/doc/4898670/Manual-de-assentamento-erevestimento-de-pisos-ceramicos-piso-externo
http://www.telaport.com.br/manual/manual_telhas_autoportantes.pdf
http://www.google.com.br/url?url=http://www.montana.com.br/content
/download/4696/45190/version/4/file/Manual%2Bde%2BProjeto%2Be
%2BConstrucao%2Bde%2BEstruturas.pdf&rct=j&frm=1&q=&esrc=s
&sa=U&ei=e74hVPD2BYzMggSRwIG4AQ&ved=0CCsQFjAE&usg=
AFQjCNFSnenbJKMyzT_oskXvPKw5P0Cl3w
https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria-ii.pdf
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/subprefeitura
s/calcadas/arquivos/cartilha_-_draft_10.pdf
http://www.bricka.com.br/manuais/Manual_de_Instalao_da_Placa_Ci
mentcia_BRICKAWALL.pdf
http://www.ifsc.edu.br/arquivos/extensao/cartilha%20seu%20fossina.p
df
http://www.npc.ufsc.br/gda/humberto/02.pdf
http://www.institutoidesa.org.br/download/idesa_20091031_085453.pd
f
http://www.telhadometalico.com.br/pdf/manual_casa.pdf
http://www.inovacao.usp.br/respostastecnicas/
http://www.febraban.org.br/7Rof7SWg6qmyvwJcFwF7I0aSDf9jyV/sit
efebraban/Cartilha%20-%20Projeto%20Cisternas.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUk0AF/manual-basicoconstrucao-casas-madeira
http://www.menegotti.net/novo/public/arquivos/eng/midia/midia19.pdf
http://www.bricka.com.br/manuais/Manual_de_Instalao_da_Placa_Ci
mentcia_BRICKAWALL.pdf
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
108
Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(continuação)
Nº
Título
61
62
63
64
65
66
67
68
Cartilha Pisos - ABCP
Cartilha Revestimentos – ABCP
Cartilha Instalação Hidráulica - ABCP
Cartilha Esgoto - ABCP
Cartilha Instalação elétrica - ABCP
Cartilha Telhado - ABCP
Cartilha Muros – ABCP
Cartilha Calçadas - ABCP
Cartilha Casa com mais de um pavimento
ABCP
Cartilha Escadas ABCP
Cartilha Piscinas - ABCP
Cartilha Piso de cimento queimado
ABCP
Cartilha Estrutura de concreto armado
ABCP
Cartilha Pinturas e envernizamento para
peças de madeira - ABCP
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
Cartilha Muros de Arrimo - ABCP
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
Cartilha Metodologia de execução de
alvenaria em blocos vazados - ABCP
Cartilha Sistemas Integrados Calçadas –
ABCP
Cartilha Sugestão de Planta Baixa –
ABCP
Cadernos CAIXA Projeto Padrão Casas
populares 42m2
80
Cartilha Mãos na Massa 4
81
Cartilha Mãos na Massa 7
82
Manual do Mestre de Obras por Inacio
Vacchiano
83
Guia Mestre na obra - ABAI
84
Manual de Instalação elétrica para
Autoconstrução
85
Manual Painéis de vedação em aço
86
Manual de concreto estampado e concreto
convencional: moldados in loco
87
Cartilha Edifícios Públicos Sustentáveis
88
89
90
91
92
Cartilha Cimento Queimado Pronto
MSET
Cartilha Prática Recomendada
pavimentos intertravados – preparo
fundação
Caderno Construções Moradias
Sustentáveis
Cartilha Prática Recomendada: Sistemas
Construtivos – Pavimentos Permeáveis
Guia Sustentabilidade para Instalações
domiciliares Água e Energia
Links
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/banco_projetos/projetos_his/c
asa_42m2.pdf
http://www.abcp.org.br/colaborativoportal/download.php?selected=M%C3%A3o%20na%20Massa
http://www.abcp.org.br/colaborativoportal/download.php?selected=M%C3%A3o%20na%20Massa
http://inaciovacchiano.files.wordpress.com/2012/12/manual-do-mestrede-obras-por-inacio-vacchiano5.pdf
http://www.solucoesparacidades.com.br/wpcontent/uploads/2010/01/01%20-%20Guia%20argamassa.pdf
http://www.cienciamao.usp.br/dados/pdf/_manualdeinstalacaoeletricare
sidencial.arquivopdf.pdf
http://hojecivil.blogspot.com.br/2013/05/bibliografia-tecnica-parao.html
http://solucoesparacidades.com.br/wpcontent/uploads/2012/08/ManualConcretoEstampadoConvencionalMol
dadoInLoco.pdf
http://www.senado.leg.br/senado/programas/senadoverde/siges/Cartilh
a-edificios_publicos_sustentaveis_Visualizar.pdf
http://www.mset.com.br/uploads/produtos/fichatecnica/95mset-resinaacr-lica-multiuso.pdf
http://www.menegotti.net/novo/public/arquivos/eng/midia/midia16.pdf
http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/files/2013/04/9-habitacaosustentavel-2012.pdf
http://pt.slideshare.net/leonardoenginer/pr2-conceitosrequisitospavpermeavel
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/publ
icacoes_svma/index.php?p=37789
109
Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(continuação)
Nº
Título
Links
93
Manual de Construção em Aço –
Alvenaria
https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria-ii.pdf
94
Manual Desenho Universal
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenhouniversal.pdf
95
Cartilha Eletricidade Solar
http://www.americadosol.org/wpcontent/uploads/2012/04/CARTILHA_FINAL_web.pdf
96
Manual Dicas Qualyvinil Processos de
pintura
http://www.qualyvinil.com/processos_pintura.pdf
97
Cartilha Aplicada a Edificações - BH
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pI
dPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=regulacaourbana&tax=36687&l
ang=pt_BR&pg=5570&taxp=0&
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Cartilha Projeto Obra Legal – Seu Imóvel
Legalizado - SP
Manual de Execução de Cobertura com
Estrutura de Madeira e telhados com
Telhas Cerâmicas – IPT / São Paulo.
Cartilha Projeto CASA – Curso de
Capacitação
Cartilha Novo Brick Prensa Modular
Multifuncional - SAHARA
Cartilha Romme passo a passo para a
construção
Manual de Montagem de Casa – Sistema
construtivo em Light Steel Frame.
Manual de Montagem de Casa – Sistema
em placas de concreto da metalúrgica
Erwino Menegotti.
Cartilha: Projeto de Churrasqueira em
Alvenaria elaborado por Giragrill.
Guia Prático para construção de Calçadas.
Secretaria de planejamento e
Desenvolvimento Urbano. Mogi Guaçu/
São Paulo.
Manual de Instruções Técnicas –
Atérmica. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas –
Crystalli/ Paris/Etrusco/Grezzo.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas –
Duna/Eclypse/Lêmini. Castelatto – Pisos
e Revestimentos - Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas – Ekko e
Ekko Plus. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas – Gamma.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas – Illusie.
Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas –
Labratto. Castelatto – Pisos e
Revestimentos - Atibaia / SP.
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/cartil
ha_obra_legal.pdf
http://pt.scribd.com/doc/69786213/Manual-Telhados-IPT
http://issuu.com/arquitetoboina/docs/projeto_casa
http://www.sahara.com.br/materiais-didaticos
http://pt.scribd.com/doc/170673438/Manual-Romme-Passo-a-Passopara-construo-pdf
http://www.cbca-acobrasil.org.br/upfiles/downloads/Datec-14-LSF.pdf
http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3922/materi
al/manual_de_casas.pdf
http://pt.slideshare.net/joaoreforma/manual-para-churrasqueira-dealvenaria-aria-elev-grill-584-704
http://www.mogiguacu.sp.gov.br/v2/sec_planejamento/arquivos/guia_c
alcada_novo.pdf
http://www.mogiguacu.sp.gov.br/v2/sec_planejamento/arquivos/guia_c
alcada_novo.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/At
%C3%A9rmica.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Cry
stalli_Etrusco_Grezzo.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Du
na_Eclypse_Lemini_Prisma_Dyamante.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Ek
ko%20e%20Ekko%20Plus.pdf
http://bertolaccininet.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Gamma.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Illu
sie.pdf
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Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(continuação)
Nº
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Título
Manual de Instruções Técnicas – Lucce.
Castelatto – Pisos e Revestimentos - Atibaia /
SP.
Manual de Instruções Técnicas – Madeira
Vecchia. Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP.
Manual de Instruções Técnicas –
Matrice/Kynês/Squadri/Traços/Scaleno.
Castelatto – Pisos e Revestimentos - Atibaia /
SP.
Manual de Instruções Técnicas – Mosaicos.
Castelatto – Pisos e Revestimentos - Atibaia /
SP, sem data publicação.
Manual de Instruções Técnicas – Synus e
Trama. Castelatto – Pisos e Revestimentos Atibaia / SP.
Cartilha Prática Recomendada Alvenaria –
Como projetar a Modulação
Cartilha Capacitação de Equipes de Produção
Guia do Montador Placa Cimentícia
Impermeabilizada Brasilit
Manual de Instalações Esquadrias Galon. São
Roque do Canaã – ES, sem data.
Manual para aplicação do “Cimento
Queimado”.
Manual de instalações prediais de gás natural.
COPERGÁS, Governo do Estado de
Pernambuco.
Manual de fundamentos do Projeto Estrutural.
UFC e SINDUSCON-CE.
Manual Pintura em Drywall: o que é preciso
saber. Associação Brasileira de Drywall.
LUCA, 2012.
Links
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatt
o/Labratto.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatt
o/Madeyra%20Vecchia.pdf
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatt
o/Matrice_Kyn%C3%AAs_Squadri_Tra%C3%A7os_Scaleno.pd
f
http://www.porcelanatoseliane.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatt
o/Mosaicos%20Oxyden_Etrusco_Crystalli_Paris_At%C3%A9rmica.pdf
http://bertolaccininet.com.br/img/GuiaTecnico/Castelatto/Synus_
Trama.pdf
http://solucoesparacidades.com.br/wpcontent/uploads/2012/08/pr2_alvenaria_estrutural.pdf
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/245/a
nexo/anexo04cart.pdf
http://www.gessobh.com.br/catalogos/guia-do-montador-placacimenticia-impermeabilizada-brasilit.pdf
http://www.esquadriasgalon.com.br/uploads/anexos/0905444346.
pdf
http://www.decoranea.com.br/img/uploads/manuais/1sok1mq_zf.
pdf
http://www.copergas.com.br/wpcontent/uploads/2010/03/manual_de_instalacoes_prediais.pdf
http://www.sinduscon-ce.org/ce/downloads/links/Manual-deFundamentos-do-Projeto-Estrutural-Capas.pdf
http://www.drywall.org.br/biblioteca.php/1/3/dl/5/manual-defixacao-manutencao-e-acabamento
127
Guia Princípios de Arquitetura em Aço
http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/manual_arquitet
ura.pdf
128
Manual de Fixação, Manutenção e
Acabamento. Associação Brasileira dos
Fabricantes de Chapas para Drywall.
http://www.drywall.org.br/biblioteca.php/1/3/dl/5/manual-defixacao-manutencao-e-acabamento
129
Cartilha de Orientação Acessibilidade
130
Cartilha Tarifa social de energia elétrica
131
132
Cartilha pastilha para Revestimento SAHARA
Manual de Placas cimentícias BRICK
133
Cartilha O Trabalho do Pedreiro
134
Manual de Assentamento de Revestimento
Cerâmico em Pisos Internos.
135
Cartilha Direitos Humanos e Direito a Moradia
136
137
138
Manual de ladrilho Hidráulico em Passeios
Públicos. ABCP, 2010.
Cartilha Calçada cidadã – Normas para
construção Guarapari – ES
Cartilha Aquecimento solar (INMETRO)
http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/File/cartilhaacessibilidade-final-web.pdf
http://www.cemig.com.br/sites/Imprensa/ptbr/Documents/CartilhaTarifaSocial.PDF
http://www.sahara.com.br/materiais-didaticos
http://www.bricka.com.br/produtos/manuais/
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAfKMAI/carttilhapedreiro
http://www.pamesa.com.br/site/repository/pdf/pdf_1287080848.p
df
http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a_pdf/903_cartilha_cdh_
sp_moradia.pdf
http://solucoesparacidades.com.br/wpcontent/uploads/2012/08/ManualLadrilhoHidraulico.pdf
http://www.guarapari.es.gov.br/v3/phocadownload/DownloadGeral/cartilha_calcada_cidada_guarapari_es.pdf
http://www.cidadessolares.org.br/conteudo_view.php?id=423
111
Quadro 3 – Links para acesso aos materiais catalogados nas áreas de Construção Civil e Bioarquitetura.
(conclusão)
Nº
139
140
Título
Manual do Proprietário Cielo Vita - GAFISA
Cartilha Construções próximas e barrancos
(ABCP)
Links
http://cielovita.com.br/manual.pdf
http://www.abcp.org.br/colaborativo-portal/download.php
141
Manual Steel Framing Arquitetura
http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuai
s_arquitetura.pdf
142
Cartilha Taipa para o Brasil
http://arquivos.verdesaine.net/temp/Cartilha%20Taipa%2007.pdf
143
Cartilha Cores da Terra
144
Cartilha Taipa / Pau-a-Pique
145
146
Manual de construccion em Tierra Gernot
Minke - Alemanha
Manual Estufa Ecológica – uso do Bambu em
Bioconstrução, Governo do Estado do Paraná,
SILVA - 2011.
147
Cartilha Superadobe – Construindo com o
terreno, Universidade Federal Fluminense – RJ.
CESAR.
148
Cartilha O Uso dos Materiais Naturais na
Arquitetura Archdomus
149
Manual Tierra Cruda
Fonte: Organizado pelo autor.
http://biowit.files.wordpress.com/2010/11/cartilha-cores-da-terra150dpi-modificada.pdf
http://csaarquitetura.com.br/taipas/cartilha-do-taipeiro/ ou
http://pt.scribd.com/doc/200361640/Cartilha-Pau-a-Pique-Taipa
http://minhateca.com.br/rodneialquati/Privada/manual+de+constr
uccion+en+tierra+-+gernot+minke,41552653.pdf
http://pt.slideshare.net/arqmiriam/estufa-ecologicafeitadebambu
http://www.google.com.br/url?url=http://permacoletivo.files.wor
dpress.com/2008/11/superadobe_pronto.doc&rct=j&frm=1&q=&
esrc=s&sa=U&ei=pbEhVNuxLI7NggTP14LgAQ&ved=0CBQQ
FjAA&usg=AFQjCNHPC9jpNpKFMcphj6AsJxYnl4_pRQ
http://www.aponte.org.br/modulos/publicacoes/materiais.naturais.arquitetura.p
df
http://www.google.com.br/url?url=http://www.minvu.cl/incjs/do
wnload.aspx%3Fglb_cod_nodo%3D20131008125015%26hdd_n
om_archivo%3DManual20Tierra20Cruda.pdf&rct=j&frm=1&q=
&esrc=s&sa=U&ei=15chVMWwLY7KggTCtYGQAg&ved=0C
BQQFjAA&usg=AFQjCNFgUQ2ubFY7dP_4cxleiYui5NhP8g
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