PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA ENTIDADES PROJETO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA ASSISTENCIAL E HABITACIONAL DOS BANDEIRANTES-ASCAHB-DF REGIÃO ADMINISTRATIVA DO RIACHO FUNDO II BRASÍLIA- DF “Construção” Tijolo, sobre tijolo… se constrói a sua moradia. Sonho, sobre sonho… se alcança o infinito. (Dayse Sene) Brasília-DF Outubro de 2013 Página 1 1-Identificação: Programa: MINHA CASA MINHA VIDA ENTIDADES Contrato: Ação/Modalidade: Programa Minha Casa Minha Entidades Empreendimento: Construção de unidades habitacionais, e execução de Trabalho Técnico Social no Riacho Fundo II, Programa Minha Casa Minha Entidades Localização/Município: Riacho Fundo II UF: DF Fonte de recursos: PMCMV Regime de execução do PTTS: Empreitada Global Proponente/Agente Promotor: Companhia de Desenvolvimento Habitacional –CODHAB- GDF Executor da intervenção: Associação Comunitária Assistencial e Habitacional dos Bandeirantes-ASCAHB Responsável Técnico Social: A contratar Formação: Assistente Social Nº de Famílias: 44 famílias Nº de pessoas: 92 Nº de famílias em situação de risco: 00 Nº de mulheres Chefe de Família: 02 Nº de idosos: Nº de idosos chefes de família: 03 03 Nº de pessoas portadoras de necessidades especiais Nº de pessoas portadoras de necessidades especiais chefes de famílias 01 01 Nº de famílias a serem realocadas/reassentadas Renda média familiar (em SM) 44 Entre 1 e 2 SM Página 2 2-Diagnóstico A história da Região Administrativa do Riacho Fundo I (RA XVII) começou no dia 13 de março de 1990, quando o governo da época decidiu erradicar a invasão existente no Setor de Indústria e Abastecimento – SIA - efetivando um assentamento de 562 famílias na QN 01, nesta data passou a ser comemorado o aniversário do Riacho Fundo I. O Riacho Fundo II fazia parte do Riacho Fundo I e, como uma Sub Administração, subordinada à Administração do Riacho Fundo I, não tinha independência administrativa. 1 O primeiro parcelamento do Riacho Fundo II aconteceu em 07 de fevereiro de 1994, pelo decreto 15.441/94, em área ainda pertencente à região administrativa do Riacho Fundo. Essa área surgiu em função da demanda populacional que se reuniu em cooperativas habitacionais. Tinha como objetivo assentar 17.000 habitantes, dado à necessidade inerente do significativo aumento da população. Em 2001, foi criada a Subadministração Regional do Riacho Fundo II, através do Decreto 21.909 de 17 de janeiro de 2001 (DODF nº 16, de 23 de janeiro de 2001) no intuito de descentralizar o atendimento à comunidade, que se deslocava ao Riacho Fundo I para obter um atendimento de maior qualidade. O Riacho Fundo II tornou-se a Região Administrativa - RA XXI, através do Decreto 3.153 de 06 de maio de 2003, data em que é comemorado o aniversário da cidade (DODF nº 86, de 07 de maio de 2003). Seu nome foi inspirado no córrego Riacho Fundo, onde são encontradas plantas e animais característicos da cidade. O Riacho Fundo II está localizado na porção sudoeste do Distrito Federal,ao longo da DF-001, ou Estrada Parque Contorno (EPCT), em sua margem leste. Divide-se com a região administrativa do Riacho Fundo pelo córrego Riacho Fundo, corpo d'água que deságua no lago Paranoá. É composto pelas quadras Norte (QN), Centrais (QC), Sul (QS) e Quadras Industriais (QI), além dos Conglomerados Agrourbanos de Brasília (CAUB) I e II. 1 www.riachofundoii.df.gov.br/ www.codplan.df.gov.br/.../2196-riacho-fundo-ii-cresce-emedia-122P www.cataacao.org.br/wp.../11/Diagnostico-Final-Esquel-revisado.pdf Página 3 Caracterização da população De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), 2013de Riacho Fundo II sua população estimada em 2013 é de 39.093 (trinta e nove mil e noventa e três)habitantes,possuindo atualmente um total estimado de 10.715 domicílios urbanos.A média de moradores por domicílio é de 3,65 pessoas. De acordo com o DIEESE 2010,o Índice de Vulnerabilidade Social identificado na Região Administrativa de Riacho Fundo II foi de 44% onde os principais grupos de população vulnerável que compuseram o índice da RA foram o Grupo IV ( Família na qual há uma mulher chefe, sem cônjuge, analfabeta e com filhos menores de 15 anos) e Grupo II (Família com renda familiar per capita inferior a um quarto de salário mínimo). Em relação à faixa etária (gráfico 1): Gráfico 1-‐ Faixa etária da população 0 a 06 anos 7 a 14 anos 15 a 18 anos 19 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 59 anos 60 a 64 anos 65 anos ou mais 3,05. 24,36. 5,24. 9,39. 13,93. 7,44. 23,91. 16,69. Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Do total de habitantes da RA XVII, 48 % são do sexo masculino e 52% do sexo feminino; 23,32% têm até 14 anos de idade. No grupo de 15 a 59 anos, que concentra a força de trabalho, encontram-se 68,39% do total. A faixa etária de 60 anos ou mais é representada pelo total de 8,29% dos habitantes. No Riacho Fundo II, 4,09% dos moradores declararam ser deficientes. Do total de portadores de necessidades especiais, a deficiência motora é a mais predominante 28% seguida pela deficiência visual, 20,82%. Segundo PDAD/2013, 55,47% da população declararam ter cor parda/mulata, 5,39% cor branca e em menor proporção, estão os de cor preta (5,39%). Os de raça amarela (origem chinesa, Página 4 japonesa, coreana etc.) são somente 0,05%. Dentre os residentes no Riacho Fundo II, 54,22%do contingente populacional é nascido no Distrito Federal, enquanto 45,78% são constituídos por imigrantes. Do total de imigrantes 63,02% são naturais do Nordeste; 19,64%, do Sudeste e 11,78% do Centro-Oeste, sendo que do total, 27,46% residem na RA entre10 a 14 anos e 29,30% moram na atual residência de 1 a 5 anos conforme gráfico 2. Gráfico 2-‐Tempo de moradia na RA Menos de 1 ano 1 a 5 anos 10 a 14 anos 15 ou mais anos 4. 24. 6 a 9 anos 23. 27. 22. Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Grau de Escolaridade: Quanto ao grau de escolaridade (gráfico 3), na RA de Riacho Fundo II há um elevado percentual, 68,50% de habitantes que não estudam, sendo que dentre os que estudam (31,50%), 23,46% frequentam a escola pública. Gráfico 3-‐Grau de Escolaridade 35,92. 24,41. 6,59. 5,24. 0. 06 a 14 aos de idade fora da > 06 anos fora da escola 0. Superior incompleto Superior Completo Fundamental incompleto Fundamental Completo E M incompleto Analfabelo,lê e escreve Maternal e Jardim 3,40. 10,18. 5,79. E M Completo 2,95. Página 5 Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Do total de estudantes do Riacho Fundo II, 63,68% estudam na própria região, 15,05% em Taguatinga e 6,66% em Brasília. Trabalho e rendimento: No tocante à ocupação dos moradores do Riacho Fundo II(gráfico 4), entre os acima de 10 anos, 50,20% têm atividades remuneradas, enquanto 8,26% estão aposentados. Os desempregados somam 6,06% desta população. No que diz respeito à ocupação remunerada, o Setor Terciário envolve 91,82%, sendo 30,87% no Comércio e 27,88% nos Serviços Gerais. A Construção Civil responde por apenas 6,91%. Gráfico 4-‐Tipo de Ocupação Agropecuaria Industria Construção Civil Comércio Adm.Pública Serv.DomésPcos Serv. Diversos Serviços Gerais 10. 28. 7. 0. 7. 30. 4. 14. Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Do contingente de trabalhadores, a maioria é constituída por empregados com 66,12%, sendo que 59,32% têm carteira assinada. Os autônomos absorvem 24,08% do total da mão de obra, seguido pelo serviço público e militar com 6,91%. Quanto à contribuição para a previdência, 49,42% da População em Idade Ativa – PIA não contribui, sendo que 11,90% trabalham e não contribuem. Os que pagam a previdência são 38,60%, apenas 0,05% se refere à previdência particular. Entre os trabalhadores residentes na Região apenas 20,39% trabalham na própria RA, 31,82% em Brasília – Plano Piloto e 9,90% em Taguatinga e em vários locais. Não há índice de aposentados que tenham voltado a trabalhar. A renda média domiciliar é de aproximadamente 04salários mínimos (SM) e a renda per capita é de R$ 750,81. Ao analisar a distribuição da renda domiciliar bruta mensal, segundo as classes de renda, com base em múltiplos de salários mínimos, verifica-se que a mais expressiva é a classe de renda de 02 a 05 SM que concentra 39,88%, seguido pela renda de 01 a 02 SM (28,46%). Cabe destaque o fato de Página 6 que 8,42% dos domicílios têm renda de no máximo 01 SM e 1% acima de 20 SM. Considerando a renda média mensal auferida pelos moradores (gráfico 5), os 10% mais ricos absorvem 31,33% da renda, e os 10% de menor poder aquisitivo detêm apenas 2,17%, apresentando assim um Coeficiente de Gini de 0,402². Gráfico 5-‐ Classes de renda domiciliar 39,88. 28,46. 16,83. 8,42. 5,42. 1,00. Até 1 Mais de 1 Mais de 2 Mais de 5 Mais de Mais de Salário a 2 a 5 a 10 10 a 20 20 Mínimo Salários Salários Salários Salários Salários Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos Mínimos Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Características dos domicílios: O número de domicílios urbanos estimados em 2013 é de 10.715 e, considerando que a população urbana estimada é de 39.093 habitantes, a média de moradores por domicílio urbano é de 3,65 pessoas. Na região, 98,73% das construções são permanentes. Na RA Riacho Fundo II 95,99% dos domicílios são casas e 2,19%, apartamentos conforme gráfico 6 a seguir: Gráfico 6-‐Tipo de domicílio 0,18. 0,55. 0,73. 0,00. 2,19. 0,18. 0,18. Barraco cômodo QuiPnete/ Estúdio Flat Apartamento Uso misto Outros Casa 95,99. Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Riacho Fundo II - PDAD 2013 Página 7 Quanto à forma de ocupação, 69,58% dos domicílios são próprios, dos quais 55,56% são próprios localizados em assentamentos e 25,50% são alugados. Em relação ao total de cômodos na localidade, as unidades habitacionais com 5 a 8 cômodos têm maior representatividade (69,22%), seguidas por aquelas com 1 a 4 cômodos, 24,59%, considerados domicílios pequenos sendo que 16,39% têm somente um dormitório, 45,36% do total têm dois dormitórios e 38,25% três ou mais. Infraestrutura Domiciliar: No Distrito Federal, cabe à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito FederalCAESB, empresa pública de direito privado, oferecer a prestação de serviços de abastecimento de água e de saneamento básico. O esgotamento sanitário é feito por meio de 4.736 km de redes coletoras, 346.239 ligações prediais, 624.535 economias, 17 estações de tratamento de esgotos e 38 estações de bombeamento. A manutenção da limpeza pública urbana envolvendo as atividades de coleta, tratamento e destinação final do lixo domiciliar, comercial e hospitalar é realizada pelo Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal - SLU, subordinado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMARH. Compete ainda à empresa, varrição de ruas, capina, pintura de meios fios, lavagem de passagens para pedestres, remoção de entulhos, etc. Na RA Riacho Fundo II, o abastecimento de água pela rede geral abrange a quase totalidade dos domicílios urbanos, sendo que: 99,27 % são da rede geral, 0,18% de poço/cisterna e 0,55% de poço artesiano;73,41% de todos os domicílios da Região Administrativa do Riacho Fundo II utilizam algum tipo de filtro e 8,09% consomem água mineral. A maior frequência é dos filtros de barro (44,08%);14,03% dos domicílios não possuem qualquer tipo de filtro. Quanto ao fornecimento de energia elétrica, na RA XVII, a totalidade conta com rede geral de abastecimento. Em relação ao esgotamento sanitário, no Riacho Fundo II, 94,90% dos domicílios contam com esse tipo de serviços. Nos domicílios dessa região, 100,00% contam com serviços de coleta de lixo.O acesso a ruas asfaltadas, calçadas, meios-fios, iluminação pública e rede de água pluvial cobrem todos os itens citados entre 96% e 98% dos domicílios.17,67% dos domicílios contam com ruas arborizadas, 11,11% são próximos de jardins/parques, 2,55% estão localizados perto de APA, 5,65 % próximos a ciclovia e 1,9 são próximos a espaços culturais. Características do responsável pelo domicílio: Em relação aos responsáveis pelos domicílios na RA 71,40% são homens e 28,60% são mulheres; a maior participação dos responsáveis pelos domicílios concentra-se no grupo de idade 46 a 55 anos, que totaliza 29,14%, seguida pelo grupo de mais de 55 anos e 36 a 45 com 24,59%e 24,41%, respectivamente. Os responsáveis com idade até 25 anos tiveram participação somente de 4,01%. A idade média observada dos chefes dos domicílios é de 47 anos. Página 8 Quase a totalidade (96,54%) dos responsáveis pelos domicílios não frequentam escola; 1,82% estão nas escolas públicas e 1,64%, nas particulares; 37,89% dos responsáveis pelos domicílios têm o ensino fundamental incompleto seguido, do ensino médio completo com 29,14%. Os que têm o ensino superior completo, incluindo curso de especialização e mestrado juntos totalizam 7,65%.,2,55% são analfabetos e 5,46% apenas sabem ler e escrever. A maioria dos responsáveis pelos domicílios, 73,40%, é composta por trabalhadores remunerados, 17,67% são aposentados, 0,73% não têm atividade e 2,37% estão desempregados. Segundo a posição na ocupação dos responsáveis pelos domicílios a maioria 54,60% compõese de empregados que possuem carteira de trabalho assinada e 6,70% estão na informalidade, sem carteira de trabalho assinada. Os trabalhadores autônomos representam 27,53% do total e somente 8,93% são funcionários público/militar. Rede Socioassistencial e Comunitária Saúde: Quanto aos serviços de saúde, cabe à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES, a manutenção e funcionamento dos estabelecimentos da rede oficial, coordenar programas, fiscalizar o exercício dos seus profissionais da área de saúde, e controlar a comercialização de medicamentos. A rede hospitalar do Distrito Federal conta com 16 hospitais públicos, vinculados à SES, com capacidade de 3.969 leitos, 65 centros de saúde e 44 postos de saúde. Há ainda quatro hospitais militares. Riacho Fundo II pertence à Regional de Saúde do Núcleo Bandeirante. A Regional de Saúde do Núcleo Bandeirante é responsável pela atenção básica à saúde do Núcleo Bandeirante, da Candangolândia, do Riacho Fundo I e do Riacho Fundo II. Além dessas cidades, essa regional também deve atender as demandas dos Conglomerados Agrourbanos de Brasília (CAUB) I e II6 e do Núcleo Rural Vargem Bonita. Importante ressaltar que este núcleo rural compõe uma das áreas rurais da região administrativa do Núcleo Bandeirante, já o CAUB I e o II são referentes à região administrativa do Riacho Fundo II. Em agosto de 2012 foi inaugurada uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) entre o Núcleo Bandeirante e o Riacho Fundo. O local tem capacidade para atender casos de urgência e emergência, 24 horas. Tem capacidade para atender até 450 pacientes dos vindos do Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Riacho Fundo I e II e Parkway. A RA Riacho Fundo conta ainda com centros de saúde, um posto de saúde e Página 9 equipes de PSF. De acordo com a PDAD 1013, na RA de Riacho Fundo II, 75,74% da população utiliza de hospital público/Unidade de Pronto Atendimento – UPA .Do total desse contingente a população se dispersa entre Taguatinga, 31,18%, Brasília/Plano Piloto, 28,28%, Gama, 11,07% e Recanto das Emas 6,66%. Em relação à localização do posto de saúde utilizado pela população do Riacho Fundo II, somente 9,64% não utilizam esse serviço público. Dos que o utilizam, 83,92% procuram o posto de saúde da própria RA. O restante vai para outras Regiões Administrativas, principalmente para o Recanto das Emas, 5,80%. Educação: De acordo com dados da Secretaria de Educação de Brasília, a Região Administrativa do Riacho Fundo II referente ao ano de 2012, contava com 21 turmas na Educação Infantil com 542 alunos matriculados; 178 turmas do Ensino Fundamental com 4.617 alunos matriculados; 23 turmas do Ensino Médio com 703 alunos matriculados; 31 turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) com 925 alunos inscritos e 44alunos inscritos na Classe Especial. Assistência Social: A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (SEDEST) é referência na implementação integrada das políticas públicas de assistência social e segurança alimentar. Tem como missão promover a inclusão social e garantir o efetivo exercício da cidadania. Suas competências concentram-se na sistematização, articulação, coordenação, acompanhamento e avaliação de ações de assistência social e de segurança alimentar; na interação com demais órgãos para a implementação das políticas e diretrizes sociais e; assegurar a destinação de recursos orçamentários e financeiros para a área social. A SEDEST está organizada com base no Sistema Único de Assistência Social – SUAS, tendo como objetivo preconizar a Lei Orgânica da Assistência Social (nº 8.742). Para isso, trabalha junto com a sociedade civil e organizações não-governamentais no desenvolvimento de projetos e ações capazes de atender as necessidades básicas da população. Atualmente, a SEDEST conta com programas na área da infância, adolescência e juventude, como o SOS Criança, tem como principal estratégia de intervenção, a criação de uma rede articulada de atendimento, envolvendo o governo e a sociedade na busca de soluções efetivas para a manutenção e recuperação dos vínculos familiares comunitários; o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) busca tirar crianças de situações de risco e readaptá-las aos ambientes escolar e familiar. A SEDEST oferece programas de Inclusão Digital, benefícios eventuais e atendimento a idosos. Oferece também atendimento à população adulta através do CRAS, CREAS e COSE, do Restaurante Popular, de capacitações, entre outros. A Ra Riacho Fundo II conta com um Centro de Referência de Assistência Social- CRAS e um restaurante Comunitário. Página 10 O Restaurante Comunitário do Riacho Fundo II foi inaugurado em março de 2012. Os restaurantes comunitários são unidades de alimentação e nutrição que preparam e comercializam refeições nutricionalmente adequadas a preços acessíveis, para garantir a segurança alimentar e nutricional da beneficiário é população. O público constituído de trabalhadores informais de pensionistas, baixa renda, estudantes, formais e aposentados, desempregados, população em situação de rua e famílias residentes em áreas de risco social. Cerca de cinquenta e quatro profissionais trabalham no Restaurante Comunitário do Riacho Fundo II. A nova sede do Conselho Tutelar do Riacho Fundo II foi inaugurada em 04/06/2013 vira o novo ponto de encontro de crianças e adolescentes do Riacho Fundo II. A nova estrutura funciona em uma casa de dois pavimentos, na QN07 da cidade, há cem metros do Centro de Ensino Fundamental 1, o que facilita o acesso da comunidade aos serviços. Benefício social: Página 11 Dentre os benefícios sociais recebidos pela população a maioria é advinda de programas especialmente voltados para a transferência de renda. No caso do “Bolsa Família” 8,56% do total recebem esse benefício e 2,00% Benefício de Prestação Continuada (BPC). (PDAD/2013). Aspectos culturais: Assim como a maioria das RA de Brasília, a população de Riacho Fundo II é formada por imigrantes de diferentes estados brasileiros, ocorrendo uma miscigenação cultural. As atividades culturais de Riacho Fundo II estão bastante identificadas com o desenvolvimento sustentável. Pode se citar como exemplo o projeto Quadra Limpa que começa em Casa realiza oficina de fabricação de sabão partir do óleo de cozinha usado e de restos de gordura animal. Há também oficinas de fabricação de brinquedos que lançam mão de rolos de papel higiênico e materiais descartáveis com a intenção de mostrar à comunidade que é possível gerar renda por meio da reciclagem e da inovação. O projeto promove atividades educativas sobre a destinação correta do lixo, o desenvolvimento sustentável e os cuidados com o meio ambiente. As oficinas são gratuitas. Parcerias e mutirões limpam as quadras e levam serviços de varrição de ruas, pinturas de meios-fios, retirada de entulho, recuperação de calçadas e parques comunitários para as comunidades. Outro exemplo é a escola de samba Acadêmicos do Riacho Fundo II que é destaque na região. O Riacho Fundo II confraterniza com a comunidade na maioria dos finais de semana. Outras referências são os eventos Canta Riacho, realizado no Quadradão Cultural, o Festival da Criança e festas juninas. Nos fins de semana são promovidos shows e atrações culturais. Seus moradores têm pouco hábito, de ir ao museu, teatro e biblioteca comprovados por aqueles que raramente os frequentam nos três casos sendo que 37,59% frequentam cinema, 28,92% gostam de ler, sendo que destes, 25,12% leem um a cinco livros por ano. Aspectos Esportivos: Quanto à prática esportiva, esta é pouco verificada na região, apenas 17,98% da população praticam esportes, sendo que destes 8,74%, optam pela caminhada, Também se observa pequena frequência a espaços esportivos, 4,60%. Quanto a prática esportiva apenas 17,98% praticam, sendo que destes 8,74% optam pela caminhada, 4,09% frequentam academia e 4,60% frequentam outros espaços esportivos. Atualmente encontra-se em fase de construção a primeira ciclovia da cidade. Trata-se de um espaço destinado especificadamente para a circulação de pessoas utilizando bicicleta. Outro tipo de esporte verificado na região é o skatismo praticado principalmente pelos jovens, sendo que a cidade conta com uma pista de skate situada na QN 07C do Riacho Fundo II. Riacho Fundo II conta ainda com 16 quadras poliesportivas e de esportes, 16 parques infantis, Página 12 torneios de futsal e academias ao ar livre. Pista de Skate Riacho FundoII Construção Ciclo Via no Riacho Fundo II Segurança: De acordo com a Pesquisa da CODEPLAN Distrito Federal em Síntese- Informações Socioeconômicas e geográficas- 2012 a Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/DF é encarregada de garantir a segurança e preservar a ordem pública do Distrito Federal. O Sistema de Segurança Pública é composto pela própria SSP/DF, órgão central, Polícia Civil do Distrito Federal, Polícia Militar do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros Militar do Brasil e o Departamento de Trânsito do DF- DETRAN. Com a última reforma do governo a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do DF – FUNAP, e o Conselho de Políticas de Drogas – CONEN ficaram vinculados à SEJUS Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania. As Polícias Civis são dirigidas por delegados de polícia de careira e têm a incumbência, ressalvada, competência da União, de exercer a função de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto as militares conforme a Constituição Federal. As Unidades Policiais da PCDF estão subdivididas na Academia de Polícia, 31 Delegacias Circunscricionais, 18 Delegacias Especializadas, Institutos de Identificação e Criminalística, Medicina Legal, DNA Forense e o Departamento de Atividades Especiais-DEPATE. A Polícia Militar do DF, força auxiliar da reserva do Exército, é destinada á manutenção da ordem pública e segurança interna do DF, conforme Lei nº 7.289 de 18 de dezembro de 1984, que dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militares da PMDF e dá outras providências. A PMDF tem um efetivo de 15 mil policiais militares, e atua nas áreas urbanas e rurais com a missão de proteger o cidadão e disponibiliza a população 226 postos policiais. Página 13 Posto Policial Comunitário no Riacho Fundo II O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é uma corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos. Organizações comunitárias: Organização comunitária ou organização local é a ação conjunta de cidadãos de uma determinada região para obter melhorias para a população (comunidade) junto ao Estado e a outros atores sociais, como empresas. Trata-se, portanto, de uma forma de ativismo político, com a identificação de necessidades ou carências da comunidade, a mobilização de recursos e a formulação de estratégias de ação. A RA Riacho Fundo II conta com as seguintes organizações comunitárias: Organizações Comunitárias representativas do Riacho Fundo II Prefeitura comunitária Associação dos Amigos da Saúde Mental Associação Comunitária dos Pioneiros de Riacho Fundo II Associação Habitacional Organizada Viver Bem Associação Nikkey DF Instituto de Saúde Mental-Fhdf Associação Pró-Melhoramento do Riacho Fundo II AMPEG -Associação dos Micros e Pequenos Empresários AGEPLAN - Associação dos Agentes Ecológicos da Vila Planalto Cooperativa de reciclagem de lixo do Riacho Fundo II - RECICLO Associação Comercial e Mercantil do Riacho Fundo Associação dos Moradores e Inquilinos Residenciais e Comerciais do Recanto das Emas e Riacho Fundo 2 Associação Habitacional dos Moradores do Riacho Fundo 2 e Distrito Federal Associação Cultural de rádio comunitária do Riacho Fundo II-Candango FM Associação Carnavalesca, esportiva, cultural e de desenvolvimento social Acadêmicos do Riacho Fundo II Página 14 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIÁRIA: O Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades foi criado pelo Governo Federal, em 2009, com objetivo de tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de Cooperativas habitacionais, Associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos. Este programa está ligado à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, é dirigido a famílias de renda familiar mensal bruta de até R$ 1.600,00 e estimula o cooperativismo e a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais. A população alvo deste projeto são pessoas filiadas a Associação Comunitária Assistencial e Habitacional dos Bandeirantes (ASCAHB),esta já é habilitada pelo Ministério das Cidades. O processo de escolha das famílias se deu de forma transparente, mediante a publicização dos critérios de seleção bem como dos resultados. Em pesquisa realizada com uma amostragem de 100 % das famílias selecionadas, identificou-se que a maioria dos responsáveis pela família são homens, representando 53,33%, enquanto as mulheres representam 46,67%. A maioria dos responsáveis familiares está na faixa etária entre 26 e 45 anos de idade (66,66%) seguidos da faixa entre 18 a 25 anos (20%), conforme gráfico 7. Gráfico 7-‐Faixa etária do responsável familiar 18 A 25 ANOS 36 A 45 ANOS 56 A 65 ANOS 4,44% 2,22% 26 A 35 ANOS 46 A 55 ANOS ACIMA DE 65 ANOS 6,68% 33,33% 20. 33,33% Dados do Questionário Socioeconômico aplicado com as famílias selecionadas Quanto ao grau de escolaridade do responsável familiar, a maioria 46,67% tem ensino médio completo, seguida de 22,22% com Ensino Fundamental incompleto, conforme tabela 1. Tabela 1- Grau de escolaridade dos responsáveis familiares Grau de escolaridade Percentual Analfabeto Ensino Fundamental incompleto Ensino Fundamental completo Ensino Médio incompleto Ensino Médio completo Ensino Superior incompleto Ensino Superior completo 2,22% 22,22% 6,67% 15,56% 46,67% 4,44% 2,22% A população ocupada perfaz 82,22 %, 6,67% são aposentados e 11,11% estão Página 15 desempregados. Dentre a população ocupada identificou-se que a maioria (42,22%) é realiza trabalho formal, conforme o gráfico 8. Gráfico 8-‐Categoria profissional do responsável familiar Aposentado/Pensionista Emprego formal Autônomo Emprego Informal Desempregado 6,67. 22,22. 17,78. 11,11. 42,22. Dados do Questionário Socioeconômico aplicado com as famílias selecionadas Quanto à profissão dos responsáveis familiares ocupados, identificou-se que 10,53% atuam na área do comércio, 15,78% como auxiliares de serviços gerais, 13,14% na área da construção civil, 10,53% como trabalhador doméstico, 21,5 % como autônomos, 5,27% como auxiliar administrativo, 10,53% na área automotiva, 5,27% no setor de saúde, 5,27 no setor de indústria e 2,63 é feirante. Dentre os responsáveis familiares 28,89% já fizeram cursos de qualificação profissional e 57,78% dizem ter interesse em fazer cursos de qualificação profissional. Em relação à condição física dos responsáveis 2,22% são pessoas com deficiência e 97,78% não têm deficiência. A maioria dos responsáveis familiares, 64,44% é solteiro, 6,67% vivem em união estável, 8,89% são divorciados e 20% são casados. Sendo que 46,67% não têm dependentes e 53,33% têm dependentes. Dentre os dependentes a faixa etária com maior representatividade foi a de 11 a 15 anos (30,56%), seguido da faixa etária de 0 a 04 anos de idade (25%) conforme gráfico 9. Gráfico 9-‐ Faixa etária dos dependentes 0 a 10 anos 21 a 30 anos Não Informaram 18. 11 a 20 anos acima de 30 anos 20. 16. 13. 33. Dados do Questionário Socioeconômico aplicado com as famílias selecionadas Quanto a faixa de renda verificou-se que 33,34% recebem de 0 a 1 SM, 48,89%recebem de Página 16 1 a 2 SM 2, 17,77% recebem de 2 a 3 SM, ou seja a faixa de renda mais representativa é entre 1 a 2 SM. Quanto ao local de moradia constatou-se que a maioria das famílias são residentes na Região Administrativa de Riacho Fundo II, seguida da RA de Santa Maria conforme tabela 1. Tabela 2–Local de residência das famílias Localidade Quantidade São Sebastião Ceilândia Núcleo Bandeirantes Taguatinga Riacho Fundo II Samambaia Santa Maria Gama Recanto das Emas Asa Sul Guará II Cruzeiro Não informado 1 6 3 2 11 4 7 2 5 1 1 1 1 Percentual 2,22% 13,33% 6,68% 4,44% 24,44% 8,89% 15,56% 4,44% 11,12% 2,22% 2,22% 2,22% 2,22% A maioria das famílias (62,22%) reside nas RA há mais de 10 anos conforme gráfico 10,sendo que o quantitativo demoradores por residência varia entre 01 e05 pessoas, sendo que 46,67% possuem apenas um morador, 17,78% possuem 02 moradores,17,78% possuem 03 moradores, 15,55%possuem 04 moradores e2,22% possuem 5 moradores. Gráfico 10-‐ Tempo de moradia na RA 0 a 10 anos acima de 30 anos 17,78% 11 a 20 anos Não Informaram 21 a 30 anos 20% 15,56% 33,33% 13,33% Dados do Questionário Socioeconômico aplicado com as famílias selecionadas Quanto à situação de moradia, identificou-se que: 44,44% residem em casa alugada, 40% em casa cedida e 15,56% moram em casa cedida com parentes. Página 17 3- Caracterização da Intervenção Física: Tipo de intervenção Habitação Nº de famílias Nº de pessoas 44 famílias 92 pessoas Ligação domiciliar (água) 44 Ligação domiciliar (esgoto) 44 Ligação intradomiciliar (água) 44 Ligação intradomiciliar (esgoto) 44 Regularização Fundiária 1 4- Justificativa: No Brasil a habitação hoje é reconhecida como um direito social pelo art. 6º da Constituição Federal e um direito adquirido, garantido por meio de muita luta dos movimentos populares organizados. Fundado no princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III e V, CF), ele abrange, além da garantia da própria moradia, a qualidade e conforto, vinculadas às redes de infra-estrutura básica (água, esgoto, energia elétrica e drenagem), ao transporte coletivo e aos equipamentos sociais (saúde, educação, segurança, lazer e cultura). De acordo com a resolução nº 194, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Curador do fundo de desenvolvimento social, o acesso à moradia regular é condição básica para que as famílias de baixa renda possam superar suas vulnerabilidades sociais e alcançar sua efetiva inclusão na sociedade brasileira, e que o acesso ao financiamento habitacional para estas famílias que não têm capacidade de poupança exige condições especiais e subsidiadas; e Considerando que os estímulos ao regime de cooperativismo habitacional e ao princípio de ajuda mútua são formas de garantir a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais comuns dentro das necessidades e características dos usos e costumes locais; Existem várias legislações que normatizam o direito a habitação a começar pela CF de 88. A afirmação do direito a moradia também está exposta no Estatuto da Criança e do Adolescente, ao levarmos em conta que a moradia é um dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e que influencia diretamente no desenvolvimento físico, mental e social das crianças e adolescentes. O Estatuto da Pessoa com Deficiência reafirma que é dever do Estado, da família, da comunidade e da sociedade assegurar às pessoas com deficiência a efetivação dos direitos entre eles o da moradia. A Lei n° 8.080, que dispõe sobre o Sistema Único de Saúde- SUS, afirma em seu Artigo Página 18 3° que a moradia é um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde. Já o Estatuto do Idoso, destina o capitulo IX para abordar questões relacionadas à habitação, afirmando no Artigo 37 que "o idoso tem direito a moradia digna, que é complementado pelo Artigo 38 do referido estatuto que dispõe que nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: I - reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos idosos; II - implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; III - eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso; IV - critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão. Mesmo com todos esses avanços o déficit habitacional no Brasil ainda é de 05 milhões 546 mil e 310 moradias, dos quais 103.896 estão no Distrito Federal (Déficit habitacional -2008 Ministério das Cidades/Fundação João Pinheiro - FJP). No caso do Distrito Federal a taxa do déficit habitacional em 2008 era de 86%. Em 2004 foi implantada a Política Nacional de Habitação na qual busca-se integrar a política de habitação à política de desenvolvimento urbano. Neste sentido a PNH tem como principal meta garantir à população especialmente a de baixa renda, o acesso à habitação digna e considera fundamental para atingir seus objetivos a integração entre as políticas mencionadas. O Projeto Trabalho Técnico Social – PTTS por meio de ações sociais objetiva juntamente com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, proporcionarem melhoria na qualidade de vida dos beneficiários, desenvolvendo ações que garantam o acesso a seus direitos, entre eles o de moradia, de modo coerente as legislações citadas acima. O Programa Minha Casa Minha Vida Entidades que tem como objetivo Concessão de financiamento habitacional para viabilizar o acesso à moradia em área urbana, no âmbito do Programa, com recursos do Fundo de desenvolvimento Social (FDS) às famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.600,00, organizadas sob a forma coletiva em área urbana, representadas por cooperativas, associações e entidades da sociedade civil e estimula o cooperativismo e a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais. Com prioridade entre os beneficiários para mulheres chefes de família, pessoas com deficiência, idosos e populações em vulnerabilidade social. Posto isso se pode também citar que o PTTS é uma proposta para melhorar a realidade destas famílias ou amenizar as problemáticas por eles evidenciadas. Um problema existente diz respeito à persistência de um déficit habitacional quantitativo e característico considerável, que incide principalmente sobre a população de baixa renda. O déficit habitacional e a favelização são problemas estruturais da sociedade brasileira, que se intensificaram devido à urbanização intensa ocorrida a partir de 1940, com a concentração populacional nas grandes cidades, sem a necessária provisão de moradia e serviços de infra-estrutura urbana adequados. Página 19 Além da necessidade de novas moradias, a população necessita de uma reforma urbana, pois as cidades são o retrato da desigualdade social, exclusão, violência, desemprego e pobreza, ao lado de condomínios luxuosos gradeados e carros blindados. No Distrito Federal essa realidade não é diferente, talvez até mais complexa, pois desde suas origens, os processos de grilagem de terras e à especulação fundiária é uma realidade, associada à ocupação desordenada das terras públicas e os projetos eleitoreiros de alguns governantes. Diante disso, o processo de mobilidade residencial e segregação espacial se produzem e se reproduzem em quase todos os espaços do DF, haja vista que dos 6.329 de aglomerados subnormais do país, 36 estão no DF e em toda sua extensão territorial (IBGE, 2010). No DF cidades se ergueram na periferia do Plano Piloto para atender demandas de moradia à população pobre do DF, como: Ceilândia, Paranoá, São Sebastião, Varjão, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, dentre outras. Atualmente a Política de Habitação do DF está a cargo da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB/DF), criada pela Lei n° 4.020, de 25 de setembro de 2007, vinculada à Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (SEDHAB) e tem por finalidade a execução da Política de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal, podendo articular-se com políticas e programas que visem ao desenvolvimento das funções econômicas e sociais da população, preferencialmente a de baixa renda, com o intuito de assegurar o bem estar das comunidades, a melhoria da qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (SEDHAB) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CODHAB), lançou o Programa Morar Bem, que vem para oferecer a oportunidade da casa própria para quem precisa. As unidades construídas serão apartamentos e casas financiados, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida em condições especiais. O Programa Morar Bem foi criado na atual gestão em 2011, com o objetivo de minimizar o déficit habitacional em todo o DF. Para garantir a lisura do processo de aquisição das unidades habitacionais, o Executivo criou regras claras para que alguém seja contemplado. De acordo com a Lei 3.877/2006, que dispõe sobre a Política Habitacional do Distrito Federal, os pré - requisitos são: 1) Residir no DF pelos últimos cinco anos; 2) Não ser nem ter sido proprietário de imóvel no DF; 3) Não ser usufrutuário de imóvel residencial no DF; e 4) ter renda familiar de até 12 salários mínimos. As unidades habitacionais serão em cidades com infra-estrutura completa: ruas asfaltadas, água encanada, energia elétrica e a escritura será passada para o nome do beneficiário. O Programa Habitacional Popular – Minha Casa Minha Vida - Entidades – PMCMV-E criado pelo Governo Federal, em 2009, visa atender as necessidades de habitação da população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e habitabilidade. O Programa funciona por meio da concessão de Página 20 financiamentos a beneficiários organizados de forma associativa por uma Entidade Organizadora – EO (Associações, Cooperativas, Sindicatos e outros ), com recursos provenientes do Orçamento Geral da União – OGU, aportados ao Fundo de Desenvolvimento Social – FDS. O Programa pode ter contrapartida complementar de estados, do Distrito Federal e dos municípios, por intermédio do aporte de recursos financeiros, bens e/ou serviços economicamente mensuráveis, necessários à composição do investimento a ser realizado. A Associação Comunitária Assistencial e Habitacional dos Bandeirantes ASCAHB-DF, é uma entidade que foi criada em 11 de agosto de 2005, fundada e constituída na cidade do Núcleo Bandeirante do DF. Trata-se de uma sociedade civil suprapartidária de direito privado, autônoma civil filantrópica, sem fins lucrativos de natureza social associativa, com tempo de duração ilimitada, organizada exclusivamente para prestação de serviços sócios comunitários aos moradores locais. A ASCAHB tem como objetivo congregar seus habitantes em torno de seus problemas fundamentais, buscando soluções desses problemas promovendo o desenvolvimento comunitário, proporcionando aos seus associados às condições adequadas nas suas funções de trabalhar, recrear e desenvolver projetos habitacionais. Para esse empreendimento firmou convênio com a CODHAB para construção de dois prédios um de 20 unidades e outro de 24 unidades, beneficiando 44 famílias, associadas à Associação, sendo que o terreno que será usado foi doado pela CODHAB, está situado na QS10, Conjunto 2, Lote 1, Riacho Fundo II. O trabalho social inserido nos Programas Habitacionais tem se constituído de importância fundamental para garantir o acesso de famílias de baixa renda à moradia, ao mesmo tempo em que fortalece a perspectiva de sustentabilidade posta pela política pública de habitação. Este trabalho possibilita que uma parcela significativa da população tenha, não somente o acesso a uma moradia, mas que se envolvam com outras condições inerentes ao exercício da cidadania, equidade de gênero e cidadania, na formação de lideranças, capacitação de mão de obra e inserção no mercado de trabalho, e deve contribuir no processo de tomada de consciência dos beneficiários quanto aos direitos e deveres na sustentabilidade da nova moradia. O Trabalho Técnico Social baseia-se na premissa de que a participação dos beneficiários promove uma melhor adequação das intervenções às necessidades e demandas dos grupos sociais envolvidos, apresentando-se como contribuição significativa para a sustentabilidade do empreendimento. Observa-se a importância do Trabalho Social para promover ações que contribuam com a equalização das dificuldades pelas quais as famílias têm enfrentado na luta efetiva pela solução dos problemas da moradia. O trabalho Social se apresenta como fator potencial para o alcance dos objetivos propostos desvencilhando as barreiras impostas, principalmente às que se referem na participação efetiva de cada cidadão, promovendo estratégias para o desenvolvimento dos laços de vizinhança, organização comunitária e a participação política, bem como amplia os espaços de Página 21 discussão, de socialização, possibilitando o empoderamento dos sujeitos envolvidos nesse processo. Essas ações devem levar em consideração a realidade da comunidade e dos beneficiários, a extrema situação de vulnerabilidade social e à violação de direitos. Neste sentido as diversas ações de participação, organização e integração da comunidade, previstas no Projeto Técnico Social, objetivam atender as prioridades, diretrizes e objetivos estabelecidos na Instrução Normativa nº 45, de 08 de novembro de 2012 do Mcidades desenvolvido em três etapas: Etapa Pré-Obras, Etapa Durante as Obras e Etapa Pós Ocupação. Na etapa Pré-Obras que será iniciada 90 (noventa) dias antes do início da obra, serão realizadas ações que contribuam para informar os beneficiários sobre os projetos: Técnico Social e de Engenharia; Conhecimento da Rede Socioassistencial com objetivo de informar as famílias da oferta e localização de serviços públicos essenciais de educação, saúde, lazer, segurança pública e assistência social; Mediar e acompanhara inclusão dos beneficiários candidatos ao financiamento no CADÚNICO; Realização de eleição da CAO (Comissão de Acompanhamento de Obras) e da CRE (Comissão de Representantes) e discussão e aprovação do Regimento Interno das Comissões e curso básico de gestão condominial. Na etapa Durante as Obras que deverá ser executada durante as obras, após a assinatura dos contratos de construção, serão realizadas ações Organização Comunitária de apoio ao funcionamento da CAO e da CRE; de identificação e capacitação de lideranças e grupos representativos, em processos de gestão comunitária, com a discussão do papel das associações, orientando sobre as questões de formalização e apoiando a legalização dessa representatividade; instituição e/ou consolidação das organizações de base, estimulando a criação de organismos representativos dos beneficiários e o desenvolvimento de grupos sociais e de comissões de interesses; ações que fomentem a participação dos beneficiários na pactuação das normas de convivência e do uso de espaços comuns; Apoio e acompanhamento na constituição do condomínio e seus procedimentos de legalização (eleição de síndico, conselho fiscal, elaboração do regimento interno, dentre outros); apoio a participação comunitária na promoção de atitudes e condutas ligadas ao zelo e ao bom funcionamento dos equipamentos sociais e comunitários disponibilizados; articulação com as políticas públicas locais, monitorando ao acesso aos serviços de educação, saúde e assistência social, bem como as tarifas sociais, quando necessária; Planejamento e Gestão do Orçamento Familiar e de acesso ao mercado de Trabalho; Constituição de um espaço de referência e de apoio permanente aos beneficiários, onde serão realizados atendimentos técnicos especializados para os beneficiários e suas famílias, além dos encaminhamentos para a rede Socioassistencial, a mediação dos processos de transferência escolar e demais serviços de educação; orientações sobre o processo de mudança de endereço no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Bolsa Família e a inclusão das famílias e nos serviços, projetos e programas existentes. Ainda nessa etapa serão realizadas reuniões Socioeducativas com objetivo de trabalhar as questões de educação: Patrimonial, sanitária, ambiental, Página 22 saúde, cidadania, relações de vizinha e cuidados com imóvel construído. Na Etapa Pós-Ocupação serão realizadas ações que contribuam para a consolidação dos processos implantados nas etapas anteriores; serão encerradas as atividades da CAO e CRE; desenvolvimento de ações de fortalecimento das organizações representativas implantadas (associações e condomínios); avaliação do processo e dos produtos realizados; e serão coletadas informações sobre a satisfação do beneficiário com relação ao projeto como um todo. As ações previstas contemplam a discussão de eixos temáticos, procurando estimular para a continuidade do processo articulado aos serviços públicos já existentes, após a conclusão da execução da obra física. Como todos os responsáveis familiares trabalham diariamente, e alguns inclusive aos sábados, a maioria das ações deverão ocorrer aos domingos, exceto o Plantão Social que deverá ser em dias de semana em função da necessidade de contatos com a rede Socioassistencial. Nesse aspecto, justifica-se a relevância do trabalho social, enquanto fomentador de ações fundamentais que promovem a sustentabilidade das intervenções com a população beneficiária com finalidade de contribuir para melhora da qualidade de vida das famílias beneficiárias e da comunidade como um todo. 5. Objetivos: Objetivo Geral: Desenvolver uma proposta de Sensibilização, mobilização e capacitação da população beneficiária com o objetivo de garantir a melhora das condições de habitabilidade e de qualidade de vida e sustentabilidade do empreendimento, via processo participativo, envolvendo as famílias nas ações programadas. Objetivos específicos: • Garantir as informações e orientações necessárias à população sobre o Programa, por meio de diversos instrumentos de comunicação existente, com vistas a ampliar a participação efetiva dos beneficiários as diversas ações do projeto; • Possibilitar a participação dos beneficiários na gestão da obra e o acompanhamento dos projetos mediante a eleição e capacitação da CAO (Comissão de Acompanhamento de Obras) e da CRE (Comissão de Representantes); • Articular e integrar as redes socioassistenciais e comunitários ao Projeto. • Orientar e acompanhar o processo de inscrição e/ou mudança de endereço no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal - CADÚNICO e do Programa Bolsa Família; • Proporcionar informações básicas sobre a gestão condominial, estimativa de custos e estratégias para reduzi-los Página 23 • Coordenar a constituição do Condomínio e seus procedimentos de legalização, na gestão condominial (eleição de síndico, conselho fiscal, elaboração do regimento interno, dentre outros; • Introduzir discussões sobre questões de: Educação Patrimonial, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Alimentar, Sanitária e de Cidadania; • Fomentar ações que possibilitem a mobilização, participação e envolvimento dos beneficiários nas organizações comunitárias, bem como, estimular a criação de Associações de moradores, o fortalecimento das lideranças do grupo de beneficiários ampliando os espaços participativos na comunidade; • Garantir informações e orientar com vistas às implicações orçamentárias, gestão do orçamento familiar, acesso ás tarifas sociais, cuidados com a nova moradia, bem como com o fortalecimento dos laços de convivência e relação de vizinhança. • Promover ações de apoio e encaminhamento para os sistemas de emprego e cursos de qualificação profissional na perspectiva do ampliar o acesso ao mercado de trabalho; • Monitorar e avaliar o projeto. 6. Metodologia: Referenciais teóricos metodológicos As referencias teóricas metodológicas do projeto está orientada na teoria do Desenvolvimento Local Sustentável endógeno, substanciada nos estudos da economista Braga, 20022.Esta teoria propõe a revisão do modelo economicista e fundamenta-se na descentralização das decisões e no estímulo à participação dos atores sociais na definição dos rumos econômicos e sociais do território ao qual pertencem. Ressalta-se que local não é sinônimo de pequeno, ou micro, mas de uma delimitação territorial que possua homogeneidade em sua dinâmica econômica e social, atual ou futura. Assim, o local pode ser um município ou uma região, independentemente das definições oficiais de região, neste caso, o território é a RA do Riacho Fundo II. Neste sentido, o processo de desenvolvimento se configura um desenvolvimento endógeno, ou seja, enfatiza a mobilização de recursos latentes no território, na cidade do Riacho Fundo II, privilegiando os esforços de dentro para fora, promovendo uma mudança gradativa de mentalidade e a descentralização do poder e da gestão de projetos por meio do estímulo à organização social, com o propósito de racionalizar os recursos públicos, e adaptar os projetos às condições e necessidades do local. O desenvolvimento local sustentável endógeno é um processo que tem como princípio o compartilhamento de recursos e de benefícios socioeconômicos, políticos ou ambientais. Esse 2-Tania Moreira Braga, economista, é professora do Mestrado em Gestão de Cidades da Universidade Cândido Mendes – Campos e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais. E-mail:[email protected] Página 24 compartilhamento se dá por meio da necessidade de articular parcerias entre instituições públicas e privadas, organizações não governamentais, órgãos de classe, entidades comerciais e religiosas, dentre outras. Neste caso parceria significa a convergência orientada de interesses de diferentes atores sociais para objetivos comuns. Todas essas ações devem ser um processo permanente de produção e elevação do conhecimento da sociedade local, instrumento capaz de alavancar e provocar as iniciativas e competências locais, fortalecendo os atores sociais e suas organizações com vistas à sustentabilidade. O desenvolvimento local nesse foco é uma estratégia pró-ativa de combate às desigualdades. Neste caso podemos considerar como elementos chave a organização, os processos participativos, a autonomia, a identidade, a cooperação, a força e a organização social do trabalho e o conhecimento local como uma ação integrada, mais próxima da realidade e da instância final do desenvolvimento, o território, a família e o individuo. Para que isso aconteça torna-se fundamental a criação de espaços para que a sociedade participe e possa exercer a democracia participativa, criando os mecanismos que incrementem a participação dos atores envolvidos nas tomadas de decisões, reconhecendo e respeitando os direitos de todos, superando as práticas e políticas de exclusão e permitindo o exercício da cidadania ativa. Neste sentido, a ASCAHB, por meio desse projeto, deve possibilitar o processo participativo de tomada de decisões de todos os atores envolvidos, indo além da mera produção das moradias, criando um espaço de sustentabilidade e inclusão social. Atendendo a esse propósito, o Projeto Técnico Social terá no incremento de suas ações os recursos metodológicos organizados em torno do referencial teórico metodológico adotado, primando por métodos democráticos de participação no processo da intervenção social, pois entende que a base da democracia e da cidadania está na participação efetiva das pessoas na construção dos processos sociais. A participação é um aprendizado e é através dela que aprendemos a conversar, a decidir e agir coletivamente. Com esse objetivo, o projeto trabalhará ações Informativas, por meio de reuniões com os beneficiários, articulação de parcerias institucionais e comunitárias para garantir que todos os beneficiários e a comunidade sejam informados do andamento das obras e dos projetos aí desenvolvidos e construam nesse processo um censo de pertença nesse envolvimento. Também serão realizadas ações de educação, mobilização e organização comunitária utilizando-se dos mecanicismos participativos, como: palestras, oficinas, fóruns, capacitação de lideranças. Todas as ações serão direcionadas para ampliar os processos de sociabilidade, fortalecimento de vínculos familiares, de vizinhança e comunitários, com o objetivo de envolver as famílias nas ações integrando-as de forma participativa no projeto, visando a ampliação da cidadania e do protagonismo social. Ainda orientará e apoiará por meio de reuniões mensais a Comissão de Representantes do Empreendimento – CRE e da Comissão de Acompanhamento de Obra – CAO, que exercem a função de controle e fiscalização da execução dos projetos, como forma de criar um espaço permanente de Página 25 discussão e formação de lideranças. A ASCAHB também manterá um espaço de referência e de apoio permanente aos beneficiários, CABE- Centro de Atendimento ao Beneficiário e Plantão Social, onde serão realizados atendimentos técnicos especializados para os beneficiários e suas famílias, além dos encaminhamentos para a rede Socioassistencial, e a inclusão das famílias nos serviços, projetos e programas existentes. Nesse espaço deverá ainda ter disponíveis 02 computadores para elaboração de currículos dos beneficiários. Os beneficiários serão orientados e encaminhados para acesso ao mercado de trabalho, bem como serão orientados sobre oportunidades de qualificação profissional por meio dos Programas disponibilizados no GDF. Também serão desenvolvidas ações especificadas de convivência para crianças e adolescente, por meio de atividades lúdicas, brincadeiras, leitura, cinema, jogos contação de história, dentre outras, durante o período em que os pais estiverem participando das atividades do PTTS. 7. Composição da Equipe Técnica: ATRIBUIÇÕES QUALIFICAÇÃO Coordenador/a do PTTS: garantir a execução de todas as atividades; coordenar a equipe técnica social; fazer a interlocução com o Responsável Técnico da CODHAB e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL; elaborar juntamente com o Técnico social os instrumentos de apoio e de elaboração/monitoramento/avaliação de processos e resultados; e relatórios mensais e final de execução. Profissional graduado em Serviço Social, ou Psicologia, ou Pedagogia ou Ciências Sociais (ou equivalente), com especialização e /ou experiência mínima de 1 ano na condução de projetos sociais com população de baixa renda e/ou formação complementar compatível com a área de atuação. Técnico Social para o desenvolvimentos das ações de educação, organização e mobilização comunitária devendo garantir a o Planejamento, a execução, o acompanhamento, monitoramento e avaliação de processo e a implementação de todas as atividades, conforme detalhamento contido nas planilhas do PTTS. Elaborar Diário de Campo, relatório de atividades, esta atenta aos mecanismos de resultados e colaborar com a Coordenação do PTTS na elaboração do relatório final. Assistente Social, ou Pedagogo, ou Psicólogo Social, ou Sociólogo, com experiência mínima de um ano na condução de projetos sociais com população de baixa renda e/ou formação complementar compatível com a área de atuação. Plantão Social O Técnico Plantonista trabalhará no Plantão Assistente Social com experiência Social, atendendo toda demanda de ações vinculadas ao Plantão em atendimento ao público. social conforme, detalhamento contido nas planilhas do PTTS. É função de o Plantão atender as demandas advindas da população alvo, buscar resolução para as mesmas, ter sob seu controle, lista de beneficiários, lista já mapeada da rede Socioassistencial e comunitária, mapas, plantas, dentre outros materiais que Página 26 auxiliam no atendimento da população. Encaminhar beneficiários para mercado do trabalho, bem como manter pastas de arquivo e cadastro das famílias beneficiárias, preencherem livro Ata de Registro das atividades e dos atendimentos diários. Fazer controles formais de parecer e encaminhamento à rede. Elaborar relatório de atividades, estar atento aos mecanismos de resultados e colaborar com a Coordenação do PTTS na elaboração do relatório final. Facilitadores e consultores: ministrar cursos e apoiar a Profissionais com formação e realização de oficinas e demais atividades previstas no PTTS que experiência compatível com a necessitem do apoio pontual de profissionais com formação atividade a ser desempenhada. específica, tais como engenheiro agrônomo estatístico, dentre outros. Agente Interno para serviços gerais e pesquisadores: profissionais com qualificação de acordo com as atividades a serem executadas, Estagiário/a(s): estudante(s) cuja participação no PTTS deverá ser limitada às atividades que lhes possibilitem treinamento prático do curso de formação, observada a legislação vigente. 8. Parcerias Para a realização das atividades o projeto social poderá contar com a parceria dos seguintes órgãos governamentais, devendo ser formalizados convênios entre a empresa executora e os órgãos governamentais, com a interveniência da CODHAB; Administração Regional do Riacho Fundo II Centro de Referencia de Assistência Social –CRAS Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal-ADASA CAESB - Companhia de Saneamento de Brasília Companhia Energética de Brasília - CEB Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – CBDF Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP Companhia Urbanizadora Nova Capital do Brasil - NOVACAP Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF Secretaria de Cultura Secretaria de Estado de Desenvolvimento social e Transferência de Renda - SEDEST Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Secretaria de Estado de Educação Secretaria de Estado de Obras Secretaria de Saúde Serviço de Ajardinamento de Limpeza Urbana do Distrito Federal IBAMA Página 27 IBRAM Organizações não Governamentais Organizações Locais e Lideranças locais 9. VALORES DO PTTS: Repasse/Financiamento MCMV Contrapartida TOTAL PTTS PROJETOS Valor (em R$) OBRAS 3.344.000,00 PTTS 66.880,00 - 66.880,00 10. PRAZOS Prazo de Obra: 09 meses Prazo do Trabalho Técnico Social: 3 meses (período de obras) 09 meses (período durante obras)e03 meses de avaliação pós-ocupação – Total: 15 meses Página 28 11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES: Etapa Pré-Obras Objetivos Garantir as informações e orientações necessárias à população sobre o Programa, por meio de diversos instrumentos de comunicação existente, com vistas a ampliar a participação efetiva dos beneficiários as diversas ações do projeto; Proporcionar informações básicas sobre a gestão condominial, estimativa de custos e estratégias para reduzi-los. [Digite texto] Atividades 1 CABE-Plantão Social X Diagnóstico da Rede Socioassistencial. X Reunião de apresentação dos projetos PTTS e Engenharia X e Eleição da CAO e CRE Capacitação de CAO e CRE e aprovação de Regimento das Comissões. Curso básico de Síndico e Gestão Condominial. 2 X 3 X 1 X 2 X 3 X 4 X Meses 5 6 7 X X X 8 X 9 X 1 X 2 X 3 X X X Página 29 Etapa Durante as Obras Objetivos Atividades Possibilitar a participação dos beneficiários na gestão da obra e o acompanhamento dos projetos mediante a eleição e capacitação da CAO (Comissão de Acompanhamento de Obras) e da CRE (Comissão de Representantes); Fomentar ações que possibilitem a mobilização, participação e envolvimento dos beneficiários nas organizações comunitárias, bem como, estimular a criação de Associações de moradores, o fortalecimento e a autonomia das Associações Comunitárias existentes, ampliando os espaços participativos na comunidade; [Digite texto] Reunião Mensal da CAO e da CRE com a equipe técnica. Curso de Capacitação com as lideranças Comunitárias. 1 2 3 1 X 2 X 3 4 X X 5 X Meses 6 X 7 X 8 X 9 X 1 X 2 X 3 X X Página 30 Etapa Durante as Obras Objetivos Atividades Introduzir discussões sobre questões de: Educação Patrimonial, Meio Ambiente, Saúde, Sanitária e de Cidadania; Coordenar a constituição do Condomínio e seus procedimentos de legalização, na gestão condominial (eleição de síndico, conselho fiscal, elaboração do regimento interno, dentre outros; [Digite texto] Reunião Socioeducativa sobre Educação Patrimonial, Manutenção e Conservação dos Imóveis. Reunião Socioeducativa de Educação Ambiental Reunião Socioeducativa de Hábitos de higiene Reunião Socioeducativa sobre Drogas e dependência Química Palestra com a CEB Palestra com a CAESB Planejamento técnico das ações da operacionalização da gestão condominial Planejamento Participativo 02 Reuniões de Organização da Assemb. De Aprov. R.I. Reunião Ampliada Assembléia de aprovação do Regimento Interno - RI Processo Eletivo do Síndico Assembléias de Eleição do Conselho Gestor 1 2 3 1 2 3 4 5 Meses 6 7 8 9 1 2 3 X X X X X X X X X X X X X X X X X X Página 31 Etapa Durante as Obras Objetivos Atividades Garantir informações e orientar com vistas às implicações orçamentárias, gestão do orçamento familiar, acesso ás tarifas sociais, cuidados com a nova moradia, bem como com o fortalecimento dos laços de convivência e relação de vizinhança. [Digite texto] Reunião Socioeducativa sobre Planejamento e Gestão do Orçamento Familiar e acesso ás tarifas sociais. Grupos de Convivência e Vizinhanças 01 Tema: O Direito de Vizinhança Grupos de Convivência e Vizinhanças 02 Tema: A Política da comunidade e o Pensar coletivamente. 1 2 3 1 2 3 4 5 Meses 6 7 8 9 1 2 3 X X X Página 32 Etapa pós Ocupação Objetivos Atividades 1 2 3 1 2 3 4 Meses 5 6 7 8 9 1 2 Encerramento das ações da CAO e CRE. Avaliação do Projeto [Digite texto] 3 X Contratar Consultoria especializada para avaliar o Projeto. X X X Página 33 12. AVALIAÇÃO: 12.1Pesquisa de avaliação pós ocupação/nível de satisfação dos beneficiários Avaliação Pós-ocupação/Satisfação: A avaliação pós-ocupação deverão levar em conta a Matriz Metodológica do Ministério das Cidades e atentar para a estruturação dos eixos norteadores os Eixo 1 - Moradia e Inserção Urbana, com as seguintes Dimensões: Infraestrutura básica. Mobilidade urbana. Qualidade ambiental. Moradia. Regularização fundiária. Controle Urbanístico. Eixo 2 - Inclusão Social, com as seguintes Dimensões: Acesso a serviços sociais públicos. Cidadania e Participação. Inserção mundo do Trabalho e o Eixo 3-Satisfação do Morador, com as seguintes Dimensões: Moradia e serviços urbanos. Vida social e comunitária. Cada um desses eixos é composto por dimensões, indicadores e descritores, que devem ser conceituados, para delimitar com precisão o foco da avaliação. A avaliação será coletiva privilegiando a cultura da pesquisa participativa, sendo trabalhada também a autoavaliação processual e permanente, com vistas a apoiar o protagonismo social. Para tanto podem ser utilizados os seguintes indicadores qualitativos para fomentar a discussão avaliativa: • Nível de satisfação e adequação pós-ocupação. • Motivação e empenho pessoal e comunitário para a sustentabilidade econômica, política, ecológica e cultural. • Capacidade em articular a vida pessoal e comunitária com o trabalho desenvolvido para o desenvolvimento humano, solidário e sustentável. • Motivação e empenho para aprender e ensinar em situações interculturais e comunitárias. • Cumprimento da proposta pedagógica e curricular (calendário, metodologia e conteúdo planejado) e dos compromissos assumidos com a comunidade. • Capacidade didática de promover aprendizagens significativas em situações interculturais. • Conhecimento e pesquisa em aportes didático-pedagógicos que atendam ao repertorio de necessidades que se apresentem durante o processo formativo. É, portanto, responsabilidade de todos os participantes avaliarem o processo formativo, buscando ampliar e qualificar o ensino e a aprendizagem, tratando o contexto avaliativo na qualidade de prática permanente e processual, presente em todos os momentos (antes, durante e depois). Atividades: 1 – Encontros avaliativos com os participantes do projeto; 2 – Entrevistas com participantes do projeto por amostragem; [Digite texto] Página 34 3 – Elaboração e aplicação de questionários de pesquisas por censitária; 4 – Elaboração do Relatório Final. Referências Bibliográficas PESQUISA DISTRITAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS – PDAD/DF2011. Brasília. CODEPLAN - 2011. 148 p., il., mapas. Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br. PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO. Brasília: CODEPLAN, SETRAB/GDF, DIEESE, SEADE/SP - 2011. Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS – PNAD 2011. Rio de Janeiro IBGE -. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Local e data: _____________________/______/____ ______________________________ MARIA ELENIR NARDI Assistente Social CRESS 3873-19ª RG. Responsável Técnico _____________________________ Presidente da Associação [Digite texto] Página 35