INSTITUTO A VEZ DO MESTRE VIVIANNE MORAES SUTER BATISTA DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO 2010 2 VIVIANNE MORAES SUTER BATISTA DE OLIVEIRA A LIDERANÇA NA ORGANIZAÇÃO Monografia apresentada ao Instituto a Vez do Mestre, como requisito para obtenção do título de Especialização Gestor Empresarial. Orientador: Luiz Claudio RIO DE JANEIRO 2010 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, a minha madrinha Ione Pernes por me proporcionar a conclusão deste curso, por estar sempre ao meu lado me ajudando e incentivando em meus objetivos. Aos meus pais Iraci e Edison e também a minha filha Vitória, pois a família é a base para o sucesso de qualquer ser humano. 4 A LIDERANÇA NA ORGANIZAÇÃO RESUMO: Trata a presente pesquisa sobre “liderança: a importância de líder eficaz dentro de uma organização”, no estilo de liderança e metodologia de trabalho adotada pela empresa AmBev, procurando responder ao questionamento “qual o papel fundamental de um líder dentro de uma organização? Justifica-se a pesquisa sendo uma oportunidade de estudar e demonstrar o Papel da Liderança nas organizações, seus estilos, e a importância na hora de escolher um bom líder para garantir bons resultados dentro do ambiente organizacional. Objetiva apresentar conceito e estilos de liderança e sua importância dentro de uma organização, apresentando teorias de estilo de liderança, caracterizando e apresentando metodologias de trabalho aplicado pelo professor, o líder Vicente Falconi. A importância de ter um bom líder na hora de alcançar as metas estipuladas dentro de uma organização é o foco do trabalho. A hipótese é de que um bom líder é aquele que consegue bons resultados, através do desempenho de sua equipe, incentivando o crescimento e preservando a harmonia e o bem estar do grupo. É um estudo exploratório sobre o papel do líder é fundamental no gerenciamento do capital humano e é por esse motivo que existe uma expectativa muito grande quanto ao desempenho desse profissional. A metodologia utilizada é dedutiva, com abordagem descritiva utilizando pesquisa bibliografia, consulta em revistas especializados no assunto e acesso a sites afins do tema. PALAVRAS-CHAVE: LIDERANÇA, LÍDER EFICAZ, AMBEV e livros 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 06 1. LIDERANÇA .......................................................................................................... 08 1.1 Visões da liderança ............................................................................................. 10 2. MOTIVAÇÃO ......................................................................................................... 22 2.1 ESTILO DE LIDERANÇA E METODOLOGIA ADOTADA PELA AMBEV ........... 27 CONCLUSÃO............................................................................................................ 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................34 6 INTRODUÇÃO Trata a presente pesquisa sobre “liderança: a importância de líder eficaz dentro de uma organização”, no estilo de liderança e metodologia de trabalho adotada pela empresa AmBev, procurando responder ao questionamento “qual o papel fundamental de um líder dentro de uma organização? Assim é realizada uma pesquisa que no primeiro momento trata do aspecto liderança e no segundo sobre a motivação. Justifica-se a pesquisa sendo uma oportunidade de estudar e demonstrar o Papel da Liderança nas organizações, seus estilos, e a importância na hora de escolher um bom líder para garantir bons resultados dentro do ambiente organizacional. Objetiva apresentar conceito e estilos de liderança e sua importância dentro de uma organização, apresentando teorias de estilo de liderança. A importância de ter um bom líder na hora de alcançar as metas estipuladas dentro de uma organização é o foco do trabalho. A hipótese é de que um bom líder é aquele que consegue bons resultados, através do desempenho de sua equipe, incentivando o crescimento e preservando a harmonia e o bem estar do grupo. É um estudo exploratório sobre o papel do líder é fundamental no gerenciamento do capital humano e é por esse motivo que existe uma expectativa muito grande quanto ao desempenho desse profissional. Em contextos de negócios atuais e emergentes nossa compreensão do que cria valor competitivo para as organizações mudou radicalmente. Em muitos casos, a prosperidade em longo prazo de uma organização depende agora, em grande medida em sua capacidade de gestão do conhecimento. A gestão do conhecimento é a capacidade de desenvolver, manter e renovar alavancar ativos intangíveis do tipo descrito por Itami (1987). Esses ativos intangíveis são freqüentemente chamados de Conhecimento de Capital, ou capital intelectual (Stewart, 1994). A gestão do conhecimento é uma atividade muito complexa e altamente dinâmica. Apesar dos esforços em andamento para fazer a gestão do conhecimento com 7 abordagens relacionadas mais práticas e mensuráveis (Edvinsson, 1997), a novidade e a complexidade do assunto tem encorajado muitos pronunciamentos sobre a questão tecnológica e sociológica. A estes geralmente falta rigor prático e, finalmente, só servem para desencorajar as organizações de experimentar com as idéias de gestão do conhecimento. Capital de Conhecimento é um sistema composto por três elementos: o Capital Humano, Capital do cliente, e capital estrutural. Capital Humano é definido como "As capacidades dos indivíduos em uma organização que são obrigados a fornecer soluções para os clientes". O capital estrutural é definido como "a capacidade organizacional da organização necessária para atender às exigências do mercado". Capital do cliente é definido como "A profundidade (penetração), largura (cobertura), e a rentabilidade da franquia da organização". Estes três elementos do Conhecimento Capital representam e compreendem as ações da organização dos ativos intangíveis. A criação de valor ocorre como o conhecimento é trocado entre estes três elementos. Neste contexto, a gestão do conhecimento de forma dinâmica promove e facilita o livre fluxo de conhecimento na empresa, e serve como base para a aceleração da aprendizagem e do desenvolvimento sistemático das capacidades organizacionais (LeonardBarton, 1995). (Saint-Onge, 1998) O valor é criado com a interação que ocorre entre esses três elementos do Conhecimento Capital. Por exemplo, a empresa cria valor com os clientes quando os membros individuais (Capital Humano) interagem com os clientes. A qualidade do relacionamento irá determinar o impacto sobre o capital do cliente da empresa. A troca de conhecimento serve como base para a criação de valor. O nível global de confiança no relacionamento irá determinar a sua largura de banda e na medida do seu potencial de criação de valor. Uma relação caracterizada pela desconfiança, obviamente, oferecer uma plataforma para a interação fraca, o intercâmbio de conhecimento e criação de valor. O valor adequado será criado por meio da interdependência exercida através de uma interação baseada na confiança. (SaintOnge, 1998) Nesse sentido a pesquisa procura evidenciar a importância do papel da liderança e motivação, apoiado em um estudo de caso. 8 1 LIDERANÇA A literatura sobre a liderança é baseada num conjunto de pressupostos limitantes, refletindo sobretudo a cultura ocidental industrializada. Quase todas as teorias existentes de liderança1 e cerca de 98% das evidências empíricas tem caráter individualista e não coletivista, sublinhando responsabilidades de seguidor, assumindo o hedonismo ao invés de compromisso com o dever ou a motivação altruísta, assumindo a centralidade do trabalho e orientação de valor democrático, e enfatizando pressupostos da racionalidade e não o ascetismo, religião e superstição. Além disso, uma série de tópicos importantes são largamente ignorados, ou só muito recentemente abordados na literatura da liderança. Kets de Vries (1997) afirma, no entanto, que o gerente vem sendo colocado na posição de bode expiatório neste debate, pois na realidade ambas as qualidades e habilidades são necessárias para um líder eficaz. Este autor destaca dois papéis a serem desempenhados pelo líder: o carismático e o instrumental. O primeiro estaria ligado justamente à dimensão simbólica e imaginária do trabalho do dirigente: como concede o poder e dá energia a seus subordinados. O papel instrumental estaria vinculado à visão dos líderes como arquitetos organizacionais. (Azevedo, 2002, P. 1) Os líderes auxiliam na construção da organização tal qual a percebemos. Muitas pessoas acreditam que a liderança é simplesmente ser o primeiro2, maior ou mais poderoso. Liderança nas organizações tem uma definição diferente e mais significativa. Muito simplesmente, um líder é interpretado como alguém que define direção em um esforço e influencia as pessoas a seguir nessa direção. Assim, direção influencia pessoas dependendo de uma série de fatores. Para realmente compreender o "território" de lideranças, é preciso examinar brevemente algumas das principais teorias, observar os vários estilos de liderança e rever algumas das características individuais e características que os líderes devem ter. 1 2 HOUSE e ADITYA, The social scientific study of leadership: quo vadis. 1997. http://managementhelp.org/ldrship/ldrship.htm 9 Dessa maneira Azevedo (2002) faz uma incursão pelas teorias de liderança das quais pode-se levantar os elementos de influência, grupo e objetivo como fatores interferentes no processo de liderança: O conceito de liderança envolve, em suas definições mais usuais, três elementos: influência, grupo e objetivo. Os líderes tratariam de influenciar, induzir e impactar o comportamento de outros, processo que se dá em um contexto grupal. O último elemento envolve a idéia de direção - o comportamento dos membros do grupo é influenciado no sentido de determinados objetivos. Esses elementos tiveram destaque e foram aplicados na teoria e pesquisa sobre liderança marcadamente até a metade dos anos 80. A partir de então, as definições empregadas utilizam a idéia da "gestão do simbólico". A característica fundamental da liderança, na perspectiva simbólica, seria promover valores que forneçam significados partilhados sobre a natureza da organização (Bryman, 1996). (Azevedo, 2002, P. 1) Nesse sentido a liderança pressupõe a promoção de uma simbologia referente a valores organizacionais. Algumas pessoas têm um estilo de liderança3, o que é bom quando se encontra em uma situação que exige que tenha o estilo de liderança . A liderança flexível, no entanto, envolve ser capaz de adaptar seu estilo de liderança conforme a situação e o estado de equipe - por exemplo, assumir o comando quando uma equipe está se formando, mas o papel de treinador, quando uma equipe está a gerirse bem. Além disso, a necessidade de mudar o estilo de liderança de acordo com as circunstâncias é um dos princípios fundamentais de modelos populares, como a Liderança Situacional (desenvolvido por Blanchard Hersey no final dos anos 1960). E há muitos outros exemplos que vão muito mais além, aos tempos bíblicos e outros períodos da história. Como se aborda as qualidades de liderança vai depender como se olha para o assunto a partir da perspectiva de uma organização ou um indivíduo. Para as organizações com o objetivo melhorar o seu desempenho através da seleção e desenvolvimento das potencialidades individuais é importante destacar líderes. No início, as necessidades da organização são geralmente bem definidas, mas os indivíduos, que podem se tornar líderes, são desconhecidos. A tarefa da organização é, portanto, identificar o perfil das pessoas que irão melhorar o desempenho organizacional dos indivíduos, selecionando cujo caráter, habilidades e potenciais se aproximam desse perfil. ·Dessa maneira, desenvolver as pessoas para que seu potencial se torne realidade é papel de uma empresa que quer a liderança. 3 http://managementhelp.org/ldrship/ldrship.htm 10 Ou seja, uma organização desenvolve um quadro de avaliação das pessoas e desenvolver aqueles que são escolhidos / selecionados. A perspectiva de um indivíduo, no entanto, é muito diferente: o objetivo é para o indivíduo galgar uma posição de liderança. Existem muitas formas de liderar e muitos perfis de líderes, entretanto cabe com Azevedo (2002) dizer a diferença entre gerência e liderança: Desta forma, o líder conforma o sentido de direção e propósito através da articulação de uma visão de mundo. Zaleznik, enfatizando a compreensão da gestão pelo simbólico, aponta os líderes como aqueles que "mudam a forma das pessoas pensarem sobre o que é desejável, possível e necessário" (apud Bryman, 1996). Pesquisadores da temática da liderança, como Kotter e Zaleznik, buscaram a distinção entre liderança e gerência/administração, apontando, como um elemento central, a orientação para a mudança. A gerência estaria centrada no presente, voltada para o bom funcionamento de um sistema ou da organização existente, gerando estabilidade e não apresentando questões sobre a identidade e propósitos organizacionais (Bryman, 1996; Kotter, 1997; Goodwin, 2000). Os líderes teriam carisma, enquanto a base de poder dos gerentes seria a hierarquia, os líderes estariam mais preocupados com o por quê enquanto os gerentes com o como (Kets de Vries, 1997). (Azevedo, 2002, P. 1) Percebe-se que a liderança tem conexão com a mudança, então o líder pode ser o promotor do desenvolvimento de uma organização. 1.1 Visões da liderança A liderança é baseada num conjunto de pressupostos limitantes, refletindo sobretudo a cultura ocidental industrializada. Quase todas as teorias existentes de liderança4 e cerca de 98% das evidências empíricas tem caráter individualista e não coletivista, sublinhando responsabilidades de seguidor, assumindo o hedonismo ao invés de compromisso com o dever ou a motivação altruísta, assumindo a centralidade do trabalho e orientação de valor democrático, e enfatizando pressupostos da racionalidade e não o ascetismo, religião e superstição. Além disso, uma série de tópicos importantes são largamente ignorados, ou só muito recentemente abordados na literatura da liderança. 4 HOUSE e ADITYA, The social scientific study of leadership: quo vadis. 1997. 11 Há também inúmeras teorias sobre a liderança5, ou cerca de realizar o papel de líder, por exemplo, líder servo, líder democrático, baseada em princípios líder, a teoria do homem de grupo, a teoria do homem-grande, a teoria dos traços, o líder visionário, líder total, líder situacional, etc Os artigos fornecem uma visão geral breve das teorias fundamentais. Estilos de liderança, abordagens e domínios Líderes exercem as suas funções em uma grande variedade de estilos, por exemplo, autocrático, democrático, participativo, laissez-faire (mãos), etc Muitas vezes, o estilo de liderança depende da situação, incluindo o ciclo de vida da organização. Os documentos fornecem breve panorama de estilos de-chave, incluindo autocrático, laissez-faire e o estilo democrático. Outra opinião é que ser um membro muito eficaz de uma organização (seja gerente, executivo do meio, ou de nível de entrada do trabalhador), precisa de competências nas funções de planejamento, organização, liderança e coordenação de atividades - a chave é que precisa ser capaz de enfatizar as competências diferentes em momentos diferentes. Sim, o líder é diferente de planejamento, organização e coordenação, pois líder é focado em influenciar as pessoas, enquanto que as outras funções estão focadas em "recursos", além de pessoas. Mas essa diferença não é suficiente para afirmar que "liderar é diferente de gestão" mais do que qualquer um pode alegar que o planejamento "é diferente de gestão" ou "a organização é diferente de gerir". A afirmação de que "liderar é diferente de gestão" e as formas que essas afirmações são feitas - podem cultivar a idéia de que as atividades de planejamento, organização e coordenação são de algum modo menos importantes do que o líder. A afirmação pode também convencer os outros que eles são grandes e talentosos líderes que pode ignorar as atividades simples de planejamento, organização e coordenação - que pode deixar essas atividades menos para os outros com as coisas menos importantes para fazer na organização o que também pode ser temerário. No campo dos estudos organizacionais, especificamente, tem sido utilizada uma abordagem unidimensional, isto é, as organizações são descritas e/ou analisadas tendo em vista a sua maior ou menor aproximação em relação ao tipo ideal de burocracia. Vale dizer, outras estruturas puras de domínio, como a patriarcal e a carismática, não têm recebido dos pesquisadores a atenção devida, muito embora possa ocorrer a presença de seus componentes em configurações organizacionais encontradas na realidade concreta. Dessa forma, a presente proposta de um modelo multidimensional para análise de organizações empresariais 5 http://managementhelp.org/ldrship/ldrship.htm 12 contemporâneas justifica-se por possibilitar ao pesquisador a utilização de um instrumento analítico mais abrangente, posto que inclui as dimensões tradição, correspondente à estrutura patriarcal-familiar, e a afetivoemocional, associada à liderança com traços carismáticos, além da dimensão racional-legal, típica da estrutura burocrática. (ALVES, 2004, P. 1) O Desafio de sugerir que métodos de usar depende de competências específicas6 (conhecimentos, habilidades e capacidades) que uma pessoa / empresa precisa para levar em um determinado momento em uma organização dependem de uma variedade de fatores, incluindo: ü porte da empresa; ü A medida da capacidade de liderança que a empresa já tem; ü natureza básica dessa empresa e valores (competências que devem ser escolhidas estão em conformidade com a natureza e os valores) ü Se o grupo ou organização com fins lucrativos ou sem fins lucrativos, é de nova ou de longa data, e grande ou pequena; ü A cultura particular (ou valores e comportamentos associados), de quem está sendo conduzido. As considerações podem tornar grande o desafio7 quando se tenta determinar o que deve ter em termos de competências para ser um líder melhor. Talvez por isso os programas de treinamento de liderança nas instituições tipicamente afirmem um conjunto de competências padrão, por exemplo, a tomada de decisões, resolução de problemas, gerenciamento de energia e influência e confiança. Liderar é uma atividade humana sobre a condução de outros. Existem numerosas - muitas vezes contraditórias - visões sobre os traços e características que os líderes devem ter. O conceito de liderança é como um ‘elefante grande’ e cada pessoa em pé ao redor o elefante tem sua opinião própria - e cada pessoa sente-se muito fortemente sobre a sua própria opinião. Descrições de liderança incluem conceitos como o "Novo Paradigma", "Novo Milênio". As descrições podem parecer muito apaixonadas, mesmo evangélicas! Pode ser difícil de compreender mensagens consistentes de 6 7 http://managementhelp.org/ldrship/ldrship.htm http://managementhelp.org/ldrship/ldrship.htm 13 artigos sobre liderança. Muitos autores usam termos diferentes para os mesmos conceitos. Alguns usam troca de papéis na organização (gerentes executivos) com competências de liderança (líder). Azevedo (2002) proporciona um passeio pelas teorias administrativas de liderança, explicitando as perspectivas de liderança realçada por teóricos como Kets e Vries e Bryman: Kets de Vries (1997) afirma, no entanto, que o gerente vem sendo colocado na posição de bode expiatório neste debate, pois na realidade ambas as qualidades e habilidades são necessárias para um líder eficaz. Este autor destaca dois papéis a serem desempenhados pelo líder: o carismático e o instrumental. O primeiro estaria ligado justamente à dimensão simbólica e imaginária do trabalho do dirigente: como concede o poder e dá energia a seus subordinados. O papel instrumental estaria vinculado à visão dos líderes como arquitetos organizacionais. Eles projetam, estruturam e controlam sua organização. Os estudos sobre a liderança podem ser agrupados em quatro abordagens, que tiveram predomínio em momentos distintos. A abordagem que considerou as características do líder, seus traços, qualidades natas, dominou até o final dos anos 40. A perspectiva do estilo de liderança, mudando o foco das características do líder para o seu comportamento e, portanto, para a perspectiva de seu treinamento, teve importância até os anos 60. Dos anos 60 ao início dos 80, predominou a abordagem contingencial, que colocou em lugar central os fatores situacionais, do contexto, para compreender a liderança. Do início dos anos 80 em diante se constituiu a chamada nova perspectiva da liderança, que tem por base as idéias da gestão pelo simbólico, envolvendo as ditas "liderança carismática", "liderança visionária", e "liderança transformacional". Outras contribuições mais recentes são também importantes, como é o caso da perspectiva da "liderança dispersa". Torna-se importante realçar que cada perspectiva representou uma mudança de ênfase, mais do que uma superação das anteriores (Bryman, 1996), observando-se na década de 1990 ressurgir o enfoque dos traços de personalidade e mesmo ênfases no estilo de liderança. Embora todas as contribuições possam trazer elementos para tratar da liderança em organizações de saúde, a seguir serão vistas com maior detalhes algumas destas abordagens. (Azevedo, 2002, P. 1) De acordo com Covey (2002) existem os sete hábitos das pessoas ineficazes: ü Seja uma pessoa reativa: duvide de si mesmo e culpe os outros; ü Trabalhe sem qualquer objetivo definido em mente; ü Faça primeiro o que for urgente; ü Pense competitivamente, alguém ganha, alguém perde; ü Procure primeiro ser compreendido; ü Se você não vencer, ceda; 14 ü Tema as mudanças e protele o aperfeiçoamento. Os hábitos descritos acima apontam um comportamento antigo, mas que ainda é reproduzido em muitas organizações, o que torna aquele profissional fragilizado em termos de não ser eficaz, aí sim, haverá margem para a troca desse profissional por outro que realmente dê conta de atingir as metas organizacionais, liderança zero para ele. Uma solução apontada por Covey (2002) é pautar a conduta em princípios, dessa forma tem-se a liderança baseada em princípios, a qual introduz um paradigma novo que é relacionado com o norte verdadeiro, devendo o líder “valorizar-se e, ao mesmo tempo, subordinar-se a propósitos e princípios mais elevados é a paradoxal essência de uma humanidade mais elevada e a base para uma liderança eficaz”. Assim, Covey (2002) ensina que: “os princípios se aplicam em todos os momentos e em todos os lugares. Eles surgem sob a forma de valores, idéias, normas e ensinamentos que elevam, enobrecem, satisfazem, fortalecem e inspiram as pessoas. A lição histórica é que as pessoas e as civilizações prosperavam à medida que operavam em harmonia com princípios corretos. Na raiz de todas as decadências sociais estão as práticas tolas que constituem violações de princípios corretos. Quantos desastres econômicos, conflitos interculturais, revoluções políticas e guerras civis poderiam ter sido evitadas caso o compromisso com princípios corretos fosse maior?” (Covey, 2002) A pesquisa sistemática sobre a liderança focada na busca de características individuais que universalmente diferenciam líderes de não-líderes, revela um grande número de características pessoais que devem ser investigados, tais como sexo, energia física e aparência, bem como traços psicológicos e motivações, tais como o autoritarismo, a inteligência, a necessidade de realização, e a necessidade de poder. A parte dominante desta literatura foi publicada entre 1930 e 1950. (HOUSE e ADITYA, 1997) Em opiniões influentes da literatura, Gibb (1947), Jenkins (1947), e Stogdill (1948) identificaram vários estudos em que os traços foram associados com medidas de eficácia no líder. Infelizmente, tais resultados raramente foram replicados em vários estudos, o que apareceu para os estudiosos do tempo que 15 havia poucos, se houver, traços universais associados à liderança eficaz. (HOUSE e ADITYA, 1997) Por conseguinte, desenvolveu-se entre a comunidade de estudiosos de liderança quase um consenso que a busca de traços universais é inútil. Deve-se notar, contudo, que o autor mais influente para resolver este problema (Stogdill, 1948) não chamou atenção para o abandono do estudo dos traços, mas sim para uma abordagem interacional em que traços seriam considerados como interagir com as demandas situacionais. Progressos significativos no desenvolvimento da teoria da personalidade e na operacionalização de traços tem sido feito desde o início de 1980. (HOUSE e ADITYA, 1997) A motivação e o poder de influência são as principais armas do líder. Só influencia de fato, quem conhece, sabe e quer realmente construir. A liderança independe do cargo, quem exerce a liderança é a pessoa e não a função. Já ouvimos falar muitas vezes de "eminência parda", "ele é só uma figura decorativa", "ele tem QI" e muitos outros chavões. O líder é visível, porém ele não se prevalece do seu diferencial. O líder encoraja, provoca e desafia seus seguidores. Ele consegue o melhor rendimento de cada um. Ele entende os limites e conhece as habilidades de todos que o cercam e sabe utilizar em favor dos objetivos do grupo. Hoje a liderança faz a diferença nas organizações. Os líderes fazem acontecer pelas suas características e habilidades de convencimento e sedução. Líderes fortes significa crescimento forte, enquanto que líderes fracos significam pouco ou nenhum crescimento. Vejam as diferenças de evolução das empresas privadas, em comparação com as organizações políticas, onde os compromissos pessoais são prioritários em relação à competência. Empresas em crescimento, inovadoras e lucrativas são frutos de lideranças fortes e consistentes.Para o desenvolvimento de bons líderes há necessidade de ambientes flexíveis e desafiadores. Quanto mais cedo se começa, melhor o desempenho. Quanto mais se pratica maior a capacidade de liderança. (FRANCO, 2008, P. 1) Em retrospectiva, é fácil criticar pesquisas anteriores. No entanto, é preciso apreciar as limitações associadas com a investigação precoce dos fenômenos. Um problema com a pesquisa traço inicial era de que havia pouca personalidade teoria empiricamente fundamentada para orientar a busca de traços de liderança. Por conseguinte, houve poucas investigações replicativas das mesmas características. (HOUSE e ADITYA, 1997) Além disso, testar a teoria de medição não foi bem desenvolvida durante o tempo em estudos de traço dominado pesquisa de liderança. Como resultado, mesmo quando traços comuns foram estudados em duas ou mais investigações, eram geralmente operacionalizadas de maneira diferente. (HOUSE e ADITYA, 1997) 16 Muito pouca informação sobre as propriedades psicométricas das medidas de traço foram relatadas, assim, é possível que muitas das medidas tinham validade limitada. Finalmente, os estudos de traço foram quase inteiramente com base em amostras de adolescentes, supervisores e gerentes de nível mais baixo, ao invés de pessoas em cargos importantes de liderança, como gerentes de alto nível e executivos com responsabilidade global para o desempenho organizacional. (HOUSE e ADITYA, 1997) Existe um padrão seguido pelos líderes eficazes? A liderança sempre foi um termo bastante discutido no que se refere ao estudo da administração. Seja a partir de estudos, pesquisas, a busca pela descoberta de um padrão que definiria os líderes eficazes sempre foi algo que apresentou muitas dificuldades para os teóricos. Na tentativa de classificar diferentes tipos de líderes e, além disso, tentar explicar o que significa liderança, tem se procurado analisar os diversos traços que aparentemente são válidos para a maioria dos grandes líderes que conhecemos, sejam estes líderes de organizações, ou até mesmo, figuras que atuam na política. Mas, afinal, quais são estes traços? Podemos definir basicamente seis deles: impulso, desejo de liderar, honestidade, integridade, autoconfiança e conhecimentos relevantes à área de atuação. Estes são traços responsáveis por diferir os líderes dos não-líderes, ou seja, são características que apesar de não definirem em absoluto um líder eficaz, são responsáveis por aumentar a probabilidade de que a pessoa venha a se tornar um. [...] A definição do comportamento ideal e dos traços definidores de um líder eficaz é algo que não pode ser feito facilmente, ou seja, não basta analisarmos características pessoais e estilos de comportamento, mas também devemos levar em conta os fatores situacionais. A aplicação de certos estilos de liderança é algo que deve condizer com as circunstâncias nas quais estamos inseridos, ou seja, não podemos definir um padrão ideal de líder eficaz, pois isto é algo bastante relativo, seja por fatores temporais, culturais, entre outros. (GEHRKE, 2006, P.1) No início dos anos 1970, houve avanço substancial em relação às teorias, devido à clarificação de várias questões teóricas. Além disso, várias novas características empiricamente foram sugeridas a partir de meados dos anos 1970, o estudo das disposições pessoais como preditores e explananda para o comportamento individual se tornou mais teórico. Bem e Allen (1974), Mischel (1973), Schneider (1983), e da Câmara, Shane, e Herold (1996) esclareceram como e quando os traços são susceptíveis de explicar o comportamento individual. Bem e Allen (1974) argumentaram teórica e empiricamente demonstrado que os traços são mais preditivos de comportamento de algumas pessoas do que para outras. Assim, a característica de previsibilidade é uma característica relevante em si mesma. Nós especulamos que esta previsibilidade pode ser explicada pelo auto-controle da tendências dos indivíduos (cf. Snyder, 1974). (HOUSE e ADITYA, 1997) 17 As Teorias de Traços de Personalidade8 – Estas teorias procuram realçar determinadas características de personalidade do líder tais como: ü Capacidade de interpretar objetivos, missões e crenças; ü Capacidade de estabelecer prioridades; ü Capacidade de planear, programar e pôr em execução trabalho de equipa; ü Facilidade em solucionar conflitos e problemas; ü Facilidade em supervisionar e orientar pessoas; ü Capacidade de delegação e descentralização; ü Domínio da informação relevante. Mischel (1973) fez a observação importante que a expressão comportamental das disposições é susceptível de ser reprimida por muito constrangedora "forte" das situações, mas que dispositions provavelmente será promulgada em situações fracas. Situações fortes são aquelas nas quais existem fortes normas comportamentais, fortes incentivos para tipos específicos de comportamentos e expectativas claras sobre quais comportamentos são recompensados e punidos. (HOUSE e ADITYA, 1997) Assim, em organizações que são altamente formalizadas e regidas pelo bem estabelecido o papel das expectativas, normas, regras, políticas e procedimentos, há menos oportunidades para os membros da organização comportamental para manifestar suas tendências disposicionais. (HOUSE e ADITYA, 1997) A força de situação não foi tida em conta nos estudos de traço inicial de liderança. Mischel desde então recebeu apoio em um experimento de laboratório (Monson, Hesley & Chernick, 1982), e dois estudos de campo (Barrick & Mount, 1993; Lee, Asford & Bobko, 1990). (HOUSE e ADITYA, 1997) A empresa permanentemente procura valer-se de técnicas administrativas e métodos de gestão para tornar os seus membros mais propensos a aderir aos objetivos organizacionais e a exibir uma disposição mais colaborativa. Para tanto, os agentes decisores concebem um "estado desejado" ou visão do negócio, compatível com a missão empresarial; mas 8 http://overdestiny.com/armando.cerdeira/? 18 esse quadro de referências futuras não é uma opção livre, porquanto é condicionado pela situação existente em termos dos fatores limitantes e facilitadores associados às transformações desejadas. O nível de abrangência e o grau de complexidade da mudança organizacional variam em conformidade com a natureza das modificações pretendidas. Se a área de transformação se refere ao setor técnico-operacional da empresa, os resultados poderão consolidar-se em um menor período de tempo, a partir da utilização de novos equipamentos ou tecnologias e o desenvolvimento de um programa de treinamento específico. Na esfera administrativa, a mudança geralmente ocorre em curto-médio prazo, por meio da gradual adoção de novos procedimentos, da redefinição de tarefas e da capacitação do pessoal para a disseminação do novo método de trabalho; e no âmbito da cultura da empresa, por envolver crenças, valores, símbolos, mitos e rituais, o processo é mais lento e imprevisível (Alves, 1997). (ALVES, 2004, P. 1) Schneider (1983) dirigiu uma das principais críticas da teoria do traço. Os críticos das teorias de traço argumentam que o traço deve ser estável e prever o comportamento ao longo de grandes períodos de tempo e em situações muito diferentes (Davis-Blake & Pfeffer, 1988). Schneider (1983) observaram, no entanto, que os traços são preditivos de comportamento característico de um indivíduo em situações de escolha, ao invés de em todas as situações. (HOUSE e ADITYA, 1997) Assim, um indivíduo que é descartado pela agressividade, como indicado por medidas psicométricas, é mais provável que se comporte de uma forma agressiva apenas em situações de agressão, despertando, por exemplo, situações em que outros discordam ou ameaçar o indivíduo. Esta tendência para agredir é uma característica que diferencia os indivíduos somente sob agressão despertando condições. Em outras situações, os indivíduos com uma disposição agressiva não são susceptíveis de se comportar de forma mais agressiva do que outros. (HOUSE e ADITYA, 1997) Os três estilos básicos de liderança de acordo com White e Leppitt9 ü Liderança autocrática – o líder centraliza a autoridade e as decisões. Os subordinados não emitem opiniões. Os estudos revelam que este tipo de liderança apresentava os resultados mais elevados em termos de desempenho, com evidentes sinais de tensão, ausência de motivação e agressividade. O líder é temido pelo grupo e apenas trabalha quando ele está presente. 9 http://overdestiny.com/armando.cerdeira/? 19 ü Liderança Liberal – o líder concede liberdade para as tomadas de decisões individuais ou em grupo, participando delas apenas quando solicitado pelo grupo. O comportamento do líder revela-se sem grande firmeza. Os resultados obtidos com este tipo de liderança revelaram-se pobres quer no que respeita à quantidade quer à qualidade, com fortes sinais de individualismo, segmentação do grupo e pouco respeito pelo líder. O líder é ignorado pelo grupo. ü Liderança Democrática – o líder encoraja a participação das pessoas e preocupa-se com o trabalho e com o grupo. O líder funciona como facilitador do grupo, encorajando-o e participando na definição dos problemas e soluções. A quantidade de trabalho apresentada por estes grupos revelou-se importante e de boa qualidade, acompanhado de um clima de satisfação, responsabilidade, empenhamento e espírito de coesão por parte dos elementos do grupo. A Liderança Democrática tem sido muito defendida visto ser bastante compatível com a gestão participativa. No fundo o gestor utiliza os três estilos de liderança estando condicionado à tarefa a ser executada, ao meio ambiente onde decorre a acção e à personalidade do executante. A questão é saber quando adoptar cada um dos estilos, com quem e em que circunstâncias.(CERDEIRA, 2009, P. 1) House, Shane, e Herold (1996) observaram que disposições individuais podem ser estáveis durante longos períodos de tempo, mas não necessariamente para a vida. Assim, os traços podem prever o comportamento no curto prazo e tal comportamento muitas vezes tem consequências a longo prazo, mesmo que por pouco traços instáveis. (HOUSE e ADITYA, 1997) As Teorias Contingenciais de Liderança10 procuram incluir a liderança no contexto socioambiental, de acordo com CERDEIRA os aspectos que estão incluídos são: ü Grau de estrutura da tarefa ü Relações líder-subordinado ü Poder de posição do líder 10 http://overdestiny.com/armando.cerdeira/? 20 ü Clareza dos papéis dos subordinados ü Normas do grupo ü Disponibilidade de Informação ü Aceitação das decisões do líder ü Maturidade dos subordinados(CERDEIRA, 2009, P. 1) Ainda na teoria do traço, houve também uma produção considerável de pesquisas anteriores que tem sido desapercebidos pelos estudantes posterior da liderança. Rendimento reconhecido por exemplo em Early Traço Research. Casa e Baetz (1979) observou que quando os estudos de crianças e adolescentes são omitidos 1948 (Stogdill's) de revisão, os resultados mostram um conjunto bastante consistente de relações entre alguns traços, as percepções dos seguidores e indicadores de liderança, com correlações que variam de ,40-,50. Os traços Casa e Baetz encontrada a ser bastante consistente apoiado pela reconsideração da revisão Stogdill eram inteligência, assertividade pró-social dominante (tal como medido pela California Personality Inventory), auto-confiança, energia, atividade e tarefa de conhecimentos relevantes. (HOUSE e ADITYA, 1997) RUSSO et al (2005) apresenta as percepções das dimensões de sucesso da liderança: ü Dimensão 1: Eficiência do projeto, que avalia o grau de eficiência na gerência do projeto, analisando se este terminou no prazo certo e dentro do orçamento. Algumas instituições podem acrescentar alguns indicadores próprios de seu segmento, como quantidade de alterações no produto antes de ser disponibilizado para venda, etc. ü Dimensão 2: Impacto no cliente, tendo como referência a atenção aos seus desejos e necessidades reais. Também é relativa a satisfação do cliente com o produto e o quanto ele está propenso a adquirir uma extensão do projeto, por exemplo. ü Dimensão 3: Sucesso direto no negócio e o impacto que o projeto terá na organização considerando, por exemplo, sua participação nos lucros, quantos negócios alavancará, se aumentará a participação da empresa no mercado. 21 ü Dimensão 4: Estar preparado para o futuro, que avalia o quanto o projeto ajudou na construção da infra-estrutura da organização para o futuro, possibilitando a criação de um novo mercado, uma nova linha de produtos ou uma nova tecnologia. (RUSSO et al, 2005) Stogdill (1974) atualizou seu anterior revisão da literatura traço com base em estudos realizados entre 1949 e 1970. Ele concluiu que seu trabalho anterior havia subestimado a possibilidade de que certos traços exibidos pelos líderes poderiam muito bem ser bastante universal. Senhor, DeVader e Alliger (1986) realizaram uma meta-análise de 35 dos primeiros estudos que tratam com seis traços de líder. Lord et al. constatou que três traços de inteligência -, dominância e masculinidade - foram todos significativamente associada com as percepções seguidor de liderança, com um traço de quarta, o ajuste, não muito atrás. Estes resultados, ao mostrar que o estudo das características de líder é muito prometedor, são atheoretical e não fornecem nenhuma explicação para as associações entre as características e eficácia do líder. (HOUSE e ADITYA, 1997) Em contraste, não surgiu recentemente um conjunto modesto de teoria do traço e elementos relevantes para a prática de liderança e de gestão. Recent Perspectives Traço Há quatro traço perspectivas teóricas que gozam de apoio empírico trivial. Estes são Achievement McClelland Motivation Theory, seu líder Motive Profile (LMP), Teoria Casa de liderança carismática, e Kenny e Zaccaro líder sensibilidade e flexibilidade. (HOUSE e ADITYA, 1997) A Achievement Motivation foi originalmente desenvolvida na década de 1940 (McClelland, 1961), e tem uma grande relevância para a prática da liderança. No entanto, essa relevância só recentemente foi empiricamente demonstrada (House et al., 1991; House, Delbecq & Taris, 1997). (HOUSE e ADITYA, 1997) Assim a liderança cumpre impulsionando para o sucesso. importante papel nas organizações as 22 2 MOTIVAÇÃO Apesar do fato de que mais de 1.000 estudos relevantes para a realização de motivação foram realizados, e o fato de que estes estudos apóiam fortemente a teoria (Spangler, 1992), esse construto tem sido dada pouca atenção no comportamento organizacional ou literatura sobre liderança. (HOUSE e ADITYA, 1997) Longe de ser simples reordenamento de componentes das estruturas fundamentais de domínio, o modelo multidimensional é representado por uma configuração organizacional-administrativa multifacetada, tríptica e transiente, em cuja anatomia constam elementos caracterizadores do estilo de gestão patriarcal, da liderança com traços carismáticos e da administração burocrática, dinamicamente relacionados entre si e influenciando-se mutuamente em variadas intensidades. Esse desenho estrutural polimórfico, híbrido e mutante resulta da inter-relação de conjuntos de componentes que emergem daqueles tipos ideais, cada um deles impregnando-se com os demais, interpenetrando-se uns com os outros, em múltiplas e covariadas combinações, gerando um equilíbrio dinâmico de antagonismos. O modelo é construído a partir da combinação de componentes dos tipos ideais weberianos, devidamente reelaborados e tratados como conjuntos de variáveis. Para tanto, consideram-se as seguintes situações, em relação às suas dimensões constituintes (carisma, patriarcado e burocracia). (ALVES, 2004, P. 1) Motivação de realização é definida como uma não-preocupação consciente para alcançar a excelência em realizações através de um esforço individual (McClelland, Atkinson, Clark & Lowell, 1958). (HOUSE e ADITYA, 1997) Indivíduos motivados estabelecem metas desafiadoras para si, assumem responsabilidade pessoal pela realização do objetivo, são muito persistentes na busca de objetivos, assumem riscos calculados para atingir metas e ativamente coletar e utilizar informações para efeitos de feedback. (HOUSE e ADITYA, 1997) A Motivação é teoricamente predita para contribuir para o empreendedorismo efectivo (McClelland, 1985) e liderança eficaz de tarefas orientadas para grupos pequenos (House et al., 1991). (HOUSE e ADITYA, 1997) 23 Indivíduos de realização elevada engajam-se espontaneamente em um alto grau de comportamento de auto-regulação como a descrita pelo psicólogo social cognitiva (Bandura, 1986), sem formação ou a partir de outros. (HOUSE e ADITYA, 1997) É interessante notar que a semelhança entre os resultados característica não consciente motivada pelo esquema e cognições auto-regulamentação não foi abordada pela corrente social-psicólogos cognitivos, apesar do fato de que os temas dominantes da realização motivado indivíduos em respostas a estímulos ambíguos (imagens ou declarações) refletem claramente essa auto-regulação pensamentos, desejos e sentimentos. (HOUSE e ADITYA, 1997) As respostas aos testes projetivos de realização elevada por indivíduos motivados sugerem que eles espontaneamente e de forma consistente exercem a fixação de metas, prevendo desempenho bem-sucedido, a previsão dos obstáculos e fontes de apoio social, planejamento estratégico para superar os obstáculos, o uso de feedback para medir o desempenho, e auto contingente de avaliação dos resultados de desempenho. (HOUSE e ADITYA, 1997) Por outro lado, o modelo encerra uma abordagem multidimensional do tempo, ao considerar que o tempo organizacional possui dimensões interligadas de temporalidade, isto é, a ele está associada uma perspectiva que encara os três tempos imbricados entre si: (1) o passado, que acolhe hábitos e costumes consolidados na história da empresa, propicia certa regularidade e estabilidade organizacional, mas apresenta tendência ao imobilismo ou à inércia (o patriarcado, cuja legitimidade assenta na tradição, é estrutura mais voltada para a vivência pretérita); (2) o tempo presente, que corresponde à experiência imediata e ao fluxo contínuo das atividades correntes, embora contenha importantes elementos do preexistente, pode acolher a gênese da mudança adaptativa (a burocracia, apesar de ter regras e rotinas cristalizadas ao longo do tempo, representa o tipo de organização em que predomina o foco no presente); (3) o futuro, que ajuda a apreender o caráter do presente com o qual está implicado, também incorpora parcialmente a experiência pretérita para alimentar o processo de conceber a visão do futuro que se almeja (a liderança com traços carismáticos, pela sua natureza essencialmente transformadora, enfatiza o porvir). Segundo essa noção de tempo, nos momentos cruciais de profunda e radical mudança organizacional, podem ocorrer experiências convivais com forte interação afetivo-emocional dos seus membros, circunstância em que o tempo é percebido de maneira imprecisa, difusa, e não como algo linearmente seqüencial. (ALVES, 2004, P. 1) Em cargos de gestão em nível médio ou superior, e particularmente em contextos organizacionais em que os requisitos técnicos são poucos e impacto sobre outros é de fundamental importância, a eficácia gerencial depende do grau em que 24 os gerentes delegam de forma eficaz e motivam e coordenam os outros. (HOUSE e ADITYA, 1997) Teoricamente, a realização de gerentes motivados são fortemente inclinadas a ser pessoalmente envolvidos na realização do trabalho de sua organização e estão relutantes em delegar autoridade e responsabilidade. (HOUSE e ADITYA, 1997) Tomados em conjunto, as considerações sugerem que a motivação de realização será positivamente relacionada com a eficácia dos líderes da pequena tarefa orientada a grupos e líderes de empresas relativamente pequenas empreendedoras, e negativamente com a eficácia dos gerentes de nível médio e alto em grandes organizações complexas ou em situações políticas. Há alguma evidência para apoiar estas previsões. Litwin e Stringer (1968) demonstraram experimentalmente que pequenos grupos gerenciados por indivíduos com realização orientada despertando comportamentos foram mais eficazes do que os grupos com os gerentes que não o fizeram. (HOUSE e ADITYA, 1997) As competências e habilidades dos líderes de acordo com RUSSO et al (2005): ü Gerenciamento da atenção: capacidade do líder de fixar a intenção, a visão ou a direção no senso dos objetivos, metas e estratégias do projeto; ü Gerenciamento do significado: responsabilidade do líder de comunicar o significado do resultado do projeto dentro da estratégia corporativa; ü Gerenciamento da confiança: um líder deve ser confiável. Os membros da equipe seguirão um líder com quem sabem que podem contar, mesmo que estejam em desacordo com seu ponto de vista; ü Gerenciamento de si mesmo: esse gerenciamento é crítico. Se a pessoa está motivada e tem conhecimento e habilidade, haverá uma boa chance de empregá-los de uma maneira efetiva. (RUSSO et al, 2005) 25 Aspectos que as empresas buscam em seus líderes conforme RUSSO et al (2005): ü Autocontrole emocional: habilidade para controlar e redirecionar a impulsividade e o humor. Propensão a não julgar imediatamente e a pensar antes de agir. ü Transparência: capacidade de ser honesto e íntegro, digno de confiança. Permite a exposição franca de sentimentos, crenças e atos perante os demais. ü Adaptabilidade: capacidade de ser flexível, permitindo a adaptação em situações voláteis ou na superação de obstáculos. É também a capacidade de lidar com várias demandas simultaneamente sem perder o foco ou a energia. ü Superação: ímpeto para melhorar tanto o próprio desempenho, quanto o dos liderados, a fim de satisfazer padrões interiores de excelência. Ser pragmático, estabelecendo metas mensuráveis, mas desafiadoras. Um indício de superação é a contínua aprendizagem – e ensino – de novas maneiras de melhorar. ü Iniciativa: prontidão para agir e aproveitar oportunidades. Faz com que o líder não hesite em ultrapassar limites ou até quebrar regras quando necessário para criar melhores possibilidades para o futuro. ü Otimismo: capacidade de ver o lado positivo dos acontecimentos. Faz com que o líder suporte as adversidades de cabeça erguida, enxergando nos reveses oportunidades, e não ameaças. ü Consciência Social: significa levar em consideração os sentimentos dos liderados para tomar decisões inteligentes, capazes de converter estes sentimentos em uma resposta. ü Empatia: capacidade de perceber as emoções alheias, compreender seu ponto de vista e interessar-se ativamente por suas preocupações. É também a habilidade para tratar as pessoas de acordo com suas reações emocionais. 26 ü Consciência organizacional: identifica as tendências, as redes de decisão e a política em nível organizacional. Tende a compreender as forças políticas em atividade na organização, assim como os valores básicos e as regras subentendidas que regem o comportamento das pessoas ali dentro. ü Serviço: capacidade de reconhecer e satisfazer as necessidades dos subordinados e clientes. Estar disponível quando necessário. ü Administração de Relacionamentos: como as pessoas lidam com as emoções alheias, utilizando as ferramentas mais visíveis, como persuasão, gerenciamento de conflitos e colaboração. ü Inspiração: capacidade de orientar e motivar com uma visão instigante. Isto é feito, normalmente, por meio do exemplo. Fomentar um sentido de objetivo comum que vai além das tarefas cotidianas, tornando o trabalho mais estimulante. ü Influência: a capacidade da influência vai desde encontrar o apelo correto para determinado ouvinte, até saber como conquistar a adesão de pessoas fundamentais e construir uma rede de apoio para uma iniciativa, gerando a persuasão. ü Desenvolvimento dos demais: facilidade em cultivar as capacidades alheias por meio do feedback e da orientação, identificando metas e pontos fortes e fracos. ü Catalisação de mudanças: capacidade de reconhecer a necessidade de transformação, desafiar o status quo, iniciar, gerenciar e liderar em uma nova direção. Encontrar maneiras práticas de superar os obstáculos à mudança. ü Gerenciamento de conflitos: capacidade de solucionar divergências, fazendo com que as partes se manifestem, compreendam perspectivas diferentes e encontrem um ideal comum que conte com o endosso geral. ü Trabalho em equipe e colaboração: capacidade de inspirar nos demais um compromisso ativo e entusiástico com o esforço coletivo, 27 promovendo a fidelidade e a identificação, dedicando tempo ao desenvolvimento e ao fortalecimento de relações íntimas entre meros colegas de trabalho. ü Comunicação: capacidade de escutar com abertura e enviar mensagens convincentes, partilhando informações e mantendo a receptividade tanto de boas quanto de más notícias. (RUSSO et al, 2005) Sempre com o aspecto da responsabilidade e da ética como estandartes da liderança. 2.1 ESTILO DE LIDERANÇA E METODOLOGIA ADOTADA PELA AMBEV A AMBEV é uma empresa que pretende “Ser a "Melhor Empresa de Bebidas do Mundo em um Mundo Melhor11"”, sendo a descrição da missão da AmBev, uma empresa de capital aberto, com sede em São Paulo, e operações em 14 países Americanos: (Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá, Chile, El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela). Dona de um portfólio de "estrelas" como Antarctica, Brahma, Bohemia, Skol, Original, Stella Artois; os refrigerantes Guaraná Antarctica, Soda, Pepsi e Sukita, além das inovações H2OH! e Guarah!, a AmBev é 12 líder no ranking das cervejarias na América Latina . Reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar, a AmBev tem em seus 39 mil funcionários - 23 mil só no Brasil - sua maior fortaleza. Por isso, investe continuamente no desenvolvimento e sucesso de sua Gente, que é incentivada a se sentir dona da companhia e pensar grande. Pioneira, desenvolve o Programa AmBev de Consumo Responsável há sete anos, fazendo campanhas de conscientização sobre o uso indevido do álcool, norteadas pelas premissas da Organização Mundial da Saúde (OMS). No cenário atual globalizado, mais e mais as empresas precisam inovar e com isso seus custos acabam sendo elevados a fim de realizar o desenvolvimento de produtos. Atendendo mercados mundiais como é o caso da empresa analisada, 11 12 http://www.ambev.com.br/Ambev/ http://www.ambev.com.br/Ambev/ 28 é realizada uma economias de escala, dessa forma a possibilidade de ativos, de pessoas e de produtos serem transferidos melhor utilizados de uma maneira melhor, otimizada é um desafio para as companhias com boas estratégias corporativas. “Para isso, fusões e aquisições são estratégias de expansão de negócios que podem alterar substancialmente o cenário no qual as companhias competem, aliados aos objetivos deste tipo de reestruturação corporativa”. (MONTEIRO et al, 2005) 13 Sua reconhecida excelência em gestão gera retorno aos seus acionistas e garante atuação sustentável. Em 2008, atingiu volume de vendas de 146,9 milhões de hectolitros de bebidas e receita líquida de R$ 20,9 bilhões. No mesmo ano, destinou R$ 206 milhões para ações socioambientais. Entre os principais resultados estão: sete unidades fabris já operam com geração de energia por meio de biomassa e redução de 23% no consumo de água nos últimos seis anos. Uma prova de que é possível aliar crescimento à sustentabilidade. Em GIACOMINI FILHO (2005) avalia-se que a maior fusão de empresas brasileiras foi a da Companhia de Bebidas das Américas (AmBev), “que reuniu as ações da cervejaria Antarctica com a Brahma em 1999, resultando na maior empresa nacional de capital privado em receita operacional bruta: R$ 8 bilhões”. (MONTEIRO et al, 2005) Em 1999 ficou como a terceira maior cervejaria e a quinta empresa de bebidas no mundo, no mercado interno o maior impacto foi no setor de cerveja, que representa 71,6% do share nacional, o que ameaça abertamente a marca Kaiser (Coca-Cola) que tem 15%. (MONTEIRO et al, 2005) Para minimizar esta limitação, deve-se garantir um posicionamento correto da marca, que represente valor para o cliente e mais, que sempre haja a preservação da fidelidade do cliente a marca, com um esforço de marketing no sentido de mostrar ao mercado o verdadeiro valor, através de diversos instrumentos mercadológicos, representando uma imagem, já estabelecida ou construída pela integração das operações. De qualquer forma, a reestruturação corporativa é uma forma de criar oportunidades que depende em grande parte dos interesses da própria instituição. Esta decisão estratégica envolve riscos, como passar ao mercado a imagem de uma possível fragilidade financeira, ou a tentativa de cartelização, atualmente discutidas por várias organizações regulamentadoras no Brasil. (MONTEIRO et al, 2005, P. 7) A AmBev antecipava para 1999 administrar cerca de 78% do movimento de fornecedores de embalagens de cerveja, mais R$ 450 milhões em verbas de comunicação. Com a fusão que veio em um momento em que o Brasil estava sendo 13 http://www.ambev.com.br/Ambev/ 29 “assediado por marcas internacionais (Budwiser, Miller, Heineken etc) e as vendas internas declinando, como ocorreu no período de janeiro a maio de 1999 que teve 11,3% de vendas inferiores a igual período do ano anterior”, aliada a aprovação pelo CADE, consolidou-se a Ambev como uma das maiores empresas de capital privado brasileiro. (MONTEIRO et al, 2005) Os números falam pela empresa, líder no mercado: Figura 1 – AMBEV em números Fonte: Site oficial da empresa 30 O estilo de liderança e a metodologia de trabalho adotada pela empresa AmBev, fez com que a mesma galgasse um lugar destacado no meio empresarial, confirmando o sucesso de suas operações. Além disso, suas marcas são os pontos fortes da manutenção da empresa no topo. De acordo com informações disponibilizadas da AmBev , os produtos da Antarctica e Brahma têm características em comum o que determina tendência mundial. “As técnicas de produção, envase e distribuição são semelhantes e a comercialização é feita por idênticos canais de distribuição”. (MONTEIRO et al, 2005) Cabe destacar os dez princípios contidos no site oficial que garantem sua liderança: ü Sonho O Sonho da AmBev motiva seus funcionários a trabalhar juntos com um único objetivo: ser a melhor cervejaria do mundo em um mundo melhor: Ser a melhor é o que move a Gente AmBev. A AmBev é do tamanho de seu Sonho. O Sonho é desafiador, factível e tem consequências para todos O Sonho deve ser atingido de forma responsável. ü Gente Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades condizentes com seus talentos e recompensadas adequadamente, são os ativos mais valiosos da Companhia. Gente excelente é fundamental. Gente excelente atrai mais gente excelente. Líderes mantêm os caminhos livres. Gente excelente gosta de meritocracia, informalidade e sinceridade. ü Na AmBev, os líderes devem selecionar pessoas com potencial para serem melhores que eles. Os líderes são avaliados pela qualidade de suas equipes. A AmBev contrata e seleciona pessoas com potencial para serem melhores que seus contratadores. Líderes precisam ter tempo para garantir que seu time esteja engajado. A AmBev proporciona experiências desafiadoras para ajudar a desenvolver sua Gente. ü Cultura A AmBev nunca está completamente satisfeita com seus resultados. Foco e tolerância zero ajudam a garantir uma vantagem competitiva duradoura. O que importa são os resultados sustentáveis. A AmBev foca no que realmente interessa, no que traz resultado. Meios são importantes, mas sem resultados não significam nada. A AmBev copia coisas que outras pessoas fazem bem. A AmBev celebra suas vitórias, mas imediatamente busca novos desafios. 31 ü O consumidor é o Patrão. O relacionamento da AmBev com os consumidores se dá por meio de experiências significativas de suas marcas, unindo tradição e inovação, sempre de forma responsável.Consumidores e marcas são o foco da AmBev. Conhecer o consumidor AmBev é a chave para o sucesso. Tradição é importante para o compromisso da AmBev com os consumidores. A AmBev é embaixadora de seus produtos. ü A AmBev é uma Companhia de donos. Donos assumem resultados pessoalmente.A AmBev é formada por Donos da Companhia e isso é refletido em suas decisões. Os Donos da Companhia aceitam responsabilidades e vivem as consequências de suas decisões. A AmBev constrói seu negócio todos os dias. Donos assumem resultados e desafios pessoalmente. ü A AmBev acredita que bom senso e simplicidade orientam melhor que sofisticação e complexidade. Senso comum e simplicidade conduzem a um melhor julgamento. As ações da AmBev são o resultado do que a Companhia fala. As decisões da AmBev são baseadas em fatos e dados. A AmBev mantém a transparência e clareza no que faz. A AmBev é disciplinada na forma como executa e monitora seus resultados. ü A AmBev gerencia seus custos rigorosamente de modo a liberar mais recursos para suportar seu crescimento no mercado. A AmBev controla seus custos, sempre buscando oportunidades. Empresas “enxutas” não apenas têm mais chance de sobreviver em tempos difíceis, como prosperam mais do que as outras nos bons momentos. A AmBev usa o “dinheiro que não gera valor para a Companhia” para investir naquilo que gera valor e suporta seu crescimento no mercado – coisas que os consumidores veem, tocam e bebem e aquilo pelo qual eles estão dispostos a pagar mais. ü Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para a Cultura AmBev. A Companhia faz o que fala. Exemplo pessoal, atitudes e comportamento são muito mais poderosos que as palavras. A Gente AmBev vive o seu trabalho todo dia com paixão e com senso de urgência. Liderança é a chave para apresentar resultados, junto com a equipe, fazendo as coisas da maneira correta. Líderes vão aonde as “coisas acontecem”. O gerenciamento é feito, sempre que possível, de onde se deve estar: no campo. ü A AmBev não faz espertezas. Integridade, trabalho duro e consistência são a chave para construir a Companhia. Adotar os mais elevados padrões de 32 integridade na condução do negócio sempre valerão a pena. A AmBev não usa “atalhos”, malandragens e espertezas. A segurança da Gente AmBev, a qualidade dos produtos AmBev e a singularidade da experiência do consumidor AmBev nunca podem ser comprometidas14. 14 http://www.ambev.com.br/cultura_ambev/principios.aspx 33 CONCLUSÃO Ao mostrar a visão ampla acerca da liderança, utilizando a abordagem de teóricos estudiosos da liderança, foi possível dimensionar a importância dessa matéria para o crescimento organizacional de empresas de todos os ports. É possível destacar os líderes e aproveitar suas características no crescimento organizacional, como no caso analisado de liderança e metodologia de trabalho adotada pela AMBEV. Além do mais, a liderança é maior que o ambiente corporativo ou empresarial e pode ser aproveitada pela sociedade nas mudanças que são necessárias prevendo um futuro melhor. 34 REFERÊNCIAS ALVES, Sérgio. A multidimensionalidade nas organizações empresariais: proposta de um modelo analítico. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 8, n. 2, June 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141565552004000200005&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Aug. 2010. doi: 10.1590/S1415-65552004000200005. AZEVEDO, Creuza da Silva. Liderança e processos intersubjetivos em organizações públicas de saúde. Ciênc. saúde coletiva, São Paulo, v. 7, n. 2, 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232002000200014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em julho/2010 COVEY, Stephen R. 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