PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Relatório final Tocantins, 24 de novembro de 2014 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 2 1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ......................................................................................... 4 1.1. Introdução ...................................................................................................................... 4 1.2. Histórico do APL ........................................................................................................... 9 1.3. Setores econômicos do APL ................................................................................... 12 1.4. Empresas presentes, interação e cooperação dos atores .............................. 17 1.5. Governança do APL ................................................................................................... 18 2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO ............ 21 3. SITUAÇÃO ATUAL, DESAFIOS E OPORTUNIDADES ........................................... 25 3.1. Pontos fortes observados ........................................................................................ 27 3.2. Obstáculos a serem superados e ameaças......................................................... 28 3.3. Oportunidades a serem conquistadas.................................................................. 30 3.4. Desafios a serem alcançados ................................................................................. 30 4. RESULTADOS ESPERADOS ....................................................................................... 32 5. INDICADORES DE RESULTADO ................................................................................ 35 6. AÇÕES PREVISTAS ....................................................................................................... 37 6.1. Infraestrutura e Investimentos ................................................................................ 38 6.2. Financiamento ............................................................................................................. 39 6.3. Governança e Cooperação ...................................................................................... 40 6.4. Competitividade e Inovação .................................................................................... 43 6.5. Formação e Capacitação .......................................................................................... 48 6.6. Divulgação e Comunicação ..................................................................................... 50 6.7. Acesso a Mercados .................................................................................................... 53 7. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO ...................................................... 54 8. INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO .......................... 55 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO APRESENTAÇÃO Através de projeto com abrangência nacional, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministério da Cultura (MinC) unem-se em uma parceria para a valorização de setores da economia criativa por meio de diversas ações integradas nas esferas federal, estadual e regionais. Tendo em vista a importância dos arranjos produtivos locais para o desenvolvimento de setores e regiões, foram selecionados 27 APLs de economia criativa distribuídos em quase todos os estados brasileiros. A ação pretende fomentar o desenvolvimento regional, trazendo emprego e renda, de modo que os arranjos sejam permanentes e economicamente sustentáveis, ao mesmo tempo em que os aspectos criativos e culturais de nosso povo sejam preservados. O Governo Federal define o conceito de economia criativa em seu Plano de Políticas, Diretrizes e Ações 2011-2014 editado pelo Ministério da Cultura. Entende-se como economia criativa aquela composta por setores cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social. Sua importância para o país se alicerça em princípios como a manutenção de ativos da diversidade cultural brasileira, inclusão social, inovação e sustentabilidade, além das questões econômicas e de desenvolvimento regional, que se refletem em geração de emprego e renda. Os arranjos produtivos locais (APLs) caracterizam-se por aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com foco em um conjunto específico de atividades econômicas. Geralmente envolvem a participação e a interação de empresas - que podem ser desde produtores de bens e serviços finais até fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de consultorias e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros - e suas várias formas de representação e associação. Incluem também diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para formação e capacitação de recursos humanos, como escolas técnicas e universidades; pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento. Os atores do APL, embora localizados em um território, não necessariamente estão restritos a uma divisão político-administrativa, pois pode envolver inúmeros municípios e mais de um estado. Além disso, os vínculos podem ter natureza mais relacional, de cooperação e interação. Estes fatores podem permitir e ampliar a troca de conhecimentos, as formas de acesso ao mercado e a geração de inovações. Por meio de edital de concorrência pública, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini foi selecionada como entidade consultiva e catalisadora da elaboração de Planos de Desenvolvimento (PD), com o papel de consolidar o conhecimento, desafios, oportunidades e os anseios das instituições, organizações e diversos atores que representam cada um dos APLs. A Fundação Vanzolini habilita-se para o projeto sendo uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da 2 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Universidade de São Paulo. Tem como objetivo desenvolver e disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos inerentes à Engenharia de Produção, à Administração Industrial, à Gestão de Operações e às demais atividades correlatas que realiza, com total caráter inovador. Embora a consultoria tenha exercido papel de mediação das discussões em grupo e transcrição do documento no período de junho a agosto de 2014, o Plano de Desenvolvimento do APL é resultado de um esforço coletivo de construção efetuado pelos agentes locais e demais atores do APL. O PD materializa o planejamento estratégico deste grupo, que só adquire sentido quando há a representatividade e envolvimento coletivo. O Plano de Desenvolvimento deverá balizar as ações do APL e munir as instituições do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL) e dos Núcleos Estaduais (NEs) de informações para a elaboração de políticas públicas. Articular diferentes agentes em torno desses empreendimentos colabora para uma organização do próprio APL e para uma aproximação das empresas locais com as instituições que as apoiam, sejam em âmbito regional, estadual ou federal. A proposta é que, com o Plano de Desenvolvimento em mãos, o APL esteja fortalecido e capaz de elaborar seus projetos coletivos, concorrer a editais e seleções públicas e ser capaz de buscar apoio institucional e acessar linhas específicas de crédito pra APLs. 3 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 1.1. Introdução O Arranjo Produtivo Local do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão foi identificado pela necessidade do alinhamento e interação das ações de diferentes instituições dos âmbitos municipais, estaduais e federais, que têm como objetivo a promoção do artesanato e a consequente valorização cultural e o desenvolvimento social e econômico local. O artesanato é parte do patrimônio cultural de povos e comunidades, pois representa as suas tradições, costumes e preservam conhecimentos e técnicas populares. Além de ter papel relevante na preservação da riqueza da arte tradicional e de saberes populares, o artesanato é um recurso para o desenvolvimento econômico de muitas famílias brasileiras. O IBGE estima que no Brasil cerca de 8,5 milhões de pessoas geram renda através do artesanato, e apesar da grande informalidade do setor, movimentam em torno de R$ 50 bilhões ao ano. O artesanato brasileiro é muito diversificado, principalmente devido a pluralidade cultural existente no país, influenciada por diferentes povos: indígenas, africanos, europeus e asiáticos. Seus materiais exploram também a diversidade natural, utilizando diferentes recursos como madeira, sementes, fibras e couros. Um dos produtos artesanais brasileiros que mais se destacam, nacional e internacionalmente, são as peças produzidas com o Capim Dourado. O Capim Dourado é uma planta da família das sempre vivas (Syngonanthus nitens) que nasce em áreas onde exista a ocorrência de matas de galerias e campos úmidos. Pode ser encontrada em regiões centrais do Brasil, tais como nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais e principalmente no Tocantins. Suas hastes são brilhosas e possuem a coloração dourada. Capim Dourado O trabalho de artesanato com o Capim Dourado teve início no povoado de Mumbuca, que pertence ao município de Mateiros no estado de Tocantins. A 4 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO comunidade de Mumbuca é pequena (menos de 200 moradores), sendo originária de escravos vindos da Bahia no período pós-abolição. Poucas pessoas possuíam a técnica (que fora aprendida com os indígenas) de trançar o capim e outras fibras locais. No início, utilizavam o Capim Dourado para confeccionar materiais utilitários, tais como chapéus, cestas e utensílios de cozinha para uso próprio da comunidade. Foi Guilhermina Ribeiro da Silva, a Dona Miúda (in memoriam), quem iniciou o processo de divulgação e comercialização das peças artesanais do capim dourado, sendo hoje uma das referências do estado de Tocantins. Dona Miúda é lembrada e homenageada no estado, por ser considerada uma das precursoras deste tipo de artesanato. O Mumbuca faz parte da região do Jalapão, no estado do Tocantins, onde é grande a incidência do Capim Dourado. Os materiais produzidos a partir do capim rapidamente ganharam destaque, devido a sua coloração brilhante e dourada, semelhante ao ouro. O conhecimento, então, para a sua produção foi difundida por todo o Jalapão, transformando a maioria da população em artesãos. Apesar de a região abrigar inúmeros atrativos turísticos, o artesanato foi um forte propulsor do turismo na região. Muitos visitantes são atraídos pela beleza das peças e pela história que elas carregam. Como confirmação da origem histórica do artesanato de Capim Dourado no Jalapão, em 2011, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu à região o selo de Indicação Geográfica (indicação de procedência) para o seu artesanato. Antes restrito a peças utilitárias, hoje o Capim Dourado é utilizado para a produção de diferentes peças: pulseiras, brincos, colares, chaveiros, bolsas, vasos, cestos, vasos, sousplat, mandalas e outros objetos decorativos. O sucesso das peças produzidas com o Capim Dourado fez com que grande parte da população do Jalapão trabalhasse com o artesanato, seja como fonte primária ou secundária de renda. Inicialmente a comercialização era realizada apenas nas localidades onde eram produzidas. Com o sucesso dos produtos, logo os pontos de venda se espalharam. Hoje o Capim Dourado pode ser encontrado em diversas feiras e pontos de venda espalhados por diferentes estados do Brasil. Porém, essa promoção não significou um avanço econômico para as comunidades que originalmente vivem deste artesanato, já que foi benéfica apenas para um pequeno grupo de empresários (os detalhes estão expostos na seção 1.3). A produção é realizada por artesãos, em sua maioria informais, que utilizam essa renda de maneira complementar a uma renda principal ou a bolsas assistencialistas do governo federal. Existem diversas associações nos municípios que compõem a região do Jalapão, porém estas se encontram enfraquecidas pelo grande número de associados inadimplentes. A comercialização dos produtos é feita em lojas próprias dos artesãos, nas associações ou em pontos de venda fora do Jalapão. Os detalhes estão expostos na seção 1.3. 5 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Produtos artesanais produzidos com Capim Dourado A região do Jalapão é composta por oito municípios do estado do Tocantins: Lagoa do Tocantins, Lizarda, Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins e São Félix do Tocantins. Sua população é de quase 31 mil habitantes, distribuídos em uma região de 34 mil km2. A densidade demográfica é muito baixa, de apenas 0,89 habitantes por km2. Como base de comparação, a densidade do estado do Tocantins é de 4,98 hab/km2 e a do Brasil é de 23,6 hab/km2. A distância da capital Palmas até o ponto mais distante do Jalapão é de aproximadamente 330 km. Os acessos para este ponto são realizados apenas por estradas de terra. Estas apresentam diversos pontos de “areião”, o que dificulta a passagem de veículos comuns. Essa configuração é um dos entraves para o desenvolvimento da região, já que se encontram praticamente isoladas. 6 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Região do Jalapão/TO A economia da região do Jalapão está baseada na agricultura familiar, no turismo e no próprio artesanato de Capim Dourado. A taxa de pessoal ocupado, que mede o número de pessoas empregadas e registradas (ou proprietários de empresas) é de apenas 5,9% da população. A taxa do Brasil é de 25% e da região norte de 15%. Este número baixo é reflexo da falta de uma cadeia produtiva na região e pela baixa formalidade dos empreendimentos que ali se encontram. O IDH dos municípios oscila entre médio e baixo. População Densidade Demográfica (hab/km2) Pessoal Ocupado (%) IDH Lagoa do Tocantins 3.525 3,9 6,1 Baixo Lizarda 3.725 0,7 3,7 Baixo Mateiros 2.223 0,2 8,8 Médio Novo Acordo 3.762 1,4 8,3 Médio Ponte Alta do Tocantins 7.180 1,1 4,7 Médio Rio Sono 6.254 1,0 5,5 Médio Santa Tereza do Tocantins 2.523 4,7 7,1 Médio São Félix do Tocantins 1.437 0,8 5,7 Baixo Total / Média 30.629 0,9 5,9 Médio Cidade Dados demográficos e socioeconômicos da região do Jalapão/TO - Fonte: IBGE 2010 A falta de investimentos para a produção na região é reflexo, entre outros fatores, da sua localização, da falta e deficiência de modais logísticos e da falta 7 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO de mão de obra qualificada. Este cenário influencia diretamente nos indicadores sócio econômicos, já que não existe força na economia local. A alternativa é promover o desenvolvimento econômico e social localmente. Tal desenvolvimento pressupõe a participação ativa de diferentes atores, tanto da sociedade civil, quanto das esferas governamentais (municipais, estaduais e federais) e iniciativa privada. Um dos objetivos dos arranjos produtivos locais é justamente o de promover a articulação e interação destes atores. O artesanato é outro instrumento para o desenvolvimento econômico local. No caso do Jalapão, a maior parte da cadeia e toda a mão de obra se encontra na própria região. Além de gerar renda, tem papel relevante na potencialização do turismo, outra cadeia econômica importante da região. Através de levantamentos preliminares, foram identificados ao menos 890 artesãos nas cidades que compõem o Jalapão (este número pode ser maior se consideradas as pessoas que eventualmente produzem alguma peça). Cada cidade possui ao menos uma associação, sendo que nem todas foram mapeadas pelo arranjo. As informações quantitativas deste plano são relacionadas aos artesãos que fazem parte de pelo menos uma das oito associações reconhecidas pelo arranjo – discriminadas na seção 1.4. Os valores movimentados pelo Capim Dourado como um todo são bem superiores, já que existem diversas empresas que exploram este material na região. Neste cenário, o Núcleo Estadual de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais do Tocantins (NEAPL/TO) instaurou em 2014 o APL do Artesanato de Capim Dourado com o objetivo de valorizar a cultura do estado e promover o desenvolvimento econômico e social local. Como existem muitos artesãos e a sua maioria não é formalizada, ficou definido que as ações do APL seriam inicialmente direcionadas para as associações de artesanato, permitindo que um maior número de profissionais sejam impactados pelos projetos a serem executados. As informações gerais do APL estão relacionadas abaixo: APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO – DADOS GERAIS Núcleo estadual Tocantins Setor produtivo Artesanato Número de artesãos 890 (estimativa) Número de associações 7 Empregos gerados 1.070 (estimativa) Municípios integrantes Lagoa do Tocantins, Lizarda, Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins e São Félix do Tocantins – 8 ao todo Cidade Polo Mateiros Ano de oficialização do APL 2014 8 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Área total 34 mil km2 Faturamento anual do APL R$ 3,2 milhões (estimativa) 1.2. Histórico do APL O APL do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão foi instituído no ano de 2014, resultado do trabalho dos componentes do NEAPL/TO juntamente com a Fundação Cultural de Tocantins e a Fundação Vanzolini, consultoria contratada via recursos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Ministério da Cultura (MinC). Para entender o APL, deve-se contextualizar a formação da Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado do Tocantins (AREJA). Trata-se de uma central de associações que congrega os municípios da região do Jalapão. A sua formação teve o apoio da Fundação Cultural que, juntamente com os artesãos, definiu o estatuto e a sua composição de gestão. O objetivo é o de agregar cada uma das associações que se encontravam dispersas em seus municípios, promovendo o crescimento social e econômico aos seus filiados. Podem participar quaisquer artesãos que sejam filiados a uma das associações dos municípios que compõe a região do Jalapão. Outro objetivo de se formar a AREJA foi o de repassar para a sua gestão o Selo de Indicação Geográfica, concedido em 2011 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). 1.2.1. Selo de Indicação Geográfica do Capim Dourado do Jalapão A região do Jalapão é a sexta no Brasil a ter o Selo de Indicação Geográfica para o artesanato, na categoria Indicação de Procedência, concedido pelo INPI. Trata-se de uma importante ferramenta para a valorização do artesanato local. O processo para pleitear o selo foi iniciado pela Fundação Cultural, porém, a gestão deste selo não poderia ficar a cargo do estado, mas sim dos próprios artesãos. Como existem diversas associações espalhadas pelos municípios do Jalapão, decidiu-se criar a AREJA, como um instrumento de gestão para controlar a distribuição dos selos aos associados. 9 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Selo de Indicação Geográfica para o Artesanato em Capim Dourado do Jalapão O selo tem como objetivo certificar o artesanato de Capim Dourado que é realmente confeccionado por artesãos da região do Jalapão, região esta que é o símbolo e precursora na utilização e na técnica de manuseio do capim. O cliente então poderia se certificar da procedência, aumentando o valor agregado das peças. O que era para ser uma das soluções para o problema da saída de Capim Dourado da região, sem a devida valorização, se transformou em um grande entrave. Por diversos problemas e interesses individuais, o selo, mesmo tendo sido reconhecido em 2011 e ter sido, inclusive, impresso, ainda não foi utilizado em um único artesanato. A própria AREJA se encontra inativa atualmente. O reconhecimento da região como um arranjo produtivo local terá papel fundamental no fomento às políticas públicas que poderão auxiliar na retomada do processo de utilização deste selo e na reativação da AREJA. 1.2.2. Histórico de ações para o artesanato do Jalapão Apesar da organização do APL ser recente, muitos atores que hoje compõe a sua governança já trabalham juntamente com os artesãos em projetos que visam a melhoria econômica e social da região. A linha do tempo abaixo aponta algumas das ações já realizadas: 10 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 2005 – Publicação de portaria para conservação do Capim Dourado e emissão da Carteira do Artesão (Instituto Natureza do Tocantins NATURATINS): A NATURATINS publicou uma segunda portaria visando à proteção do Capim Dourado e estipulou que somente os artesãos cadastrados e com a Carteira do Artesão emitida é que poderiam realizar a colheita do capim. Assim, torna-se proibido a venda in natura do produto; 2007 – Mapeamento das áreas com incidência do Capim Dourado (Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS): A NATURATINS emitiu um relatório com o mapeamento geográfico de ocorrência do Capim Dourado no Jalapão, permitindo que estes sejam monitorados; 2009 – Consultoria em design com Heloísa Crocco (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE): O SEBRAE financiou uma consultoria com a renomada designer Heloísa Crocco. Participaram artesãos dos municípios de Ponte Alta do Tocantins. Na ocasião foi criada a coleção Jalapa, com produtos diferenciados; 2009 – Divulgação de Campanha para a Sustentabilidade (Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS): Neste ano, a NATURATINS em parceria com o Organização Não Governamental (ONG) Pesquisa e Conservação do Cerrado - PEQUI lançaram uma cartilha e promoveram conscientizações com os artesãos da região do Jalapão. A cartilha foi o resultado de diversas pesquisas sobre o manejo sustentável, tanto do Capim Dourado quanto do Buriti; 2011 – Obtenção do Selo de Indicação Geográfica no INPI (Fundação Cultural): após o grande esforço da Fundação Cultural, 11 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO juntamente com a AREJA, o Selo de Indicação Geográfica foi concedido pelo INPI; 2013 – Curso de internet para pequenos negócios (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE): O SEBRAE capacitou artesãos do município de Mateiros para criarem lojas virtuais, permitindo uma maior comercialização dos seus produtos; 2014 – Participação em feiras e rodadas de negócios (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE): O SEBRAE auxiliou os artesãos dos municípios de Ponte Alta do Tocantins, Santa Tereza, Lagoa do Tocantins, Mateiros, São Felix e o Povoado do Prata para participar da Feira do Empreendedor em Araguaína/TO e inserção de produtos na loja do Brasil Original em Palmas; 2014 – Reconhecimento do APL e lançamento do Plano de Desenvolvimento (Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - SEDECTI): Em 2013 o estado foi contemplado em um edital do MDIC e MinC, onde receberiam a consultoria da Fundação Vanzolini para a construção do Plano de Desenvolvimento do APL do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão. Com a articulação da SEDECTI e Fundação Cultural o APL foi reconhecido e teve o seu plano oficializado. Além destes marcos, diversas outras ações já foram realizadas, principalmente envolvendo capacitações oferecidas pelo SEBRAE. 1.3. Setores econômicos do APL Segundo a Base Conceitual do Artesanato, artesão é “o trabalhador que de forma individual exerce um ofício manual, transformando a matéria-prima bruta ou manufaturada em produto acabado. Tem o domínio técnico sobre materiais, ferramentas e processos de produção artesanal na sua especialidade, criando ou produzindo trabalhos que tenham dimensão cultural, utilizando técnica predominantemente manual, podendo contar com o auxílio de equipamentos, desde que não sejam automáticos ou duplicadores de peças”. Pela necessidade do conhecimento do processo como um todo pelo artesão, a cadeia produtiva do artesanato não é complexa. Qualquer cadeia possui, além de seu núcleo, os elementos a montante (bens e serviços que antecedem a produção) e a jusante (canais de venda ou contratantes). No caso do Jalapão destaca-se ainda a interação indireta com a cadeia do turismo, já que a comercialização das peças de Capim Dourado atraem turistas de diferentes regiões do Brasil e a interação com o design, frequentemente empregado em novas peças. A cadeia produtiva do artesanato pode ser demonstrada da seguinte maneira: 12 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Cadeia Produtiva do Artesanato No caso do Jalapão, a cadeia e o processo de produção estão configurados da seguinte maneira: Características da montante da cadeia produtiva: o diferencial do artesanato do Jalapão é justamente a grande presença da matéria prima Capim Dourado na região. A sua colheita era realizada pelos próprios artesãos, que possuíam livre acesso aos campos e veredas. Atualmente boa parte do capim está localizada em propriedades particulares. Nestas, os proprietários contrataram coletores e revendem o capim por quilo aos artesãos (ainda que a portaria da Naturatins não compactue com esta prática, ela existe, sendo necessária a fiscalização). O aumento da demanda pelo capim colaborou para o surgimento deste profissional, antes inexistente na cadeia. O Capim Dourado é costurado com a “seda” do “olho” do Buriti (outra espécie encontrada em larga escala na região). O aumento exponencial da demanda por artesanato de Capim Dourado exerceu forte pressão sobre a capacidade de reprodução destas espécies. A diminuição da ocorrência das espécies demandou a atenção do governo e de institutos de pesquisa. O conhecimento popular, que recentemente foi validado por pesquisas científicas, indica que a época da colheita é um dos grandes influenciadores na manutenção da existência do capim. Ele deve ser colhido entre os meses de setembro e novembro (especificamente após o dia 20 de setembro), quando as hastes se encontram secas e douradas. Nesta data, historicamente, o povoado 13 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO do Mumbuca realiza a Festa da Colheita. Nesta festa o povoado se reúne e são realizadas diversas atividades, inclusive com a presença de turistas. As pesquisas científicas citadas foram conduzidas pela associação Pesquisa e Conservação do Cerrado (PEQUI) em parceria com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Tais atividades colaboraram para a resolução da Portaria do Naturatins nº 362/2007, que regula e ordena o manejo sustentável do capim em todo estado. Tal portaria foi necessária pois, com o aumento da demanda, muitas pessoas estavam realizando a extração do capim antes do período ideal. Além da baixa qualidade, a colheita na época errada ocasiona a diminuição da sua incidência. A falta do manejo sustentável é um dos grandes problemas enfrentados pelos artesãos. Para poder coletar, o extrativista deve estar cadastrado na Naturatins. Artesãos do Jalapão colhendo o Capim Dourado A Portaria nº 362/2007 ainda prevê a proibição da comercialização do Capim Dourado in natura da região, já que, devido ao aumento da demanda, muitos extrativistas estavam comercializando o capim sem qualquer manuseio. Além de exercer forte pressão na capacidade de reprodução do capim, a venda in natura não fortalece a origem histórica e os valores culturais, aspectos estes intrínsecos ao artesanato da região. Porém, como a região é muito extensa, a fiscalização ainda é incipiente. Pode-se encontrar facilmente o capim in natura em diferentes regiões do Brasil. O artesanato é trabalhado em sua maioria apenas com o capim e a “seda” do buriti, com exceção às bijuterias que possuem outros materiais na sua composição. Desta forma não existe uma cadeia de insumos na região do Jalapão que interaja com a cadeia do artesanato. Também não existem beneficiadores, já que o capim possui o brilho naturalmente, não sendo necessário nenhum tipo de tratamento específico. Características do núcleo da cadeia produtiva: após a colheita do capim, os artesãos iniciam a produção das peças. O processo depende da habilidade do profissional, já que os materiais utilizados são simples: hastes do Capim Dourado, seda do buriti, agulha de costura e tesoura. A produção é individual e na maioria das vezes realizada nas residências dos artesãos, intercalado dos 14 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO serviços domésticos. Geralmente o trabalho é realizado pelas manhãs ou a noite, pois é quando o capim está úmido e mais fácil de costurar. As hastes menores são utilizadas para a confecção de bijuterias e os maiores para as demais peças. Artesãs costurando o Capim Dourado Nos municípios existem associações de artesanato do Capim Dourado. É através delas que a carteira com permissão para a colheita do capim é expedida (de acordo com a Portaria nº 362/2007 da Naturatins). Desta forma muitos artesãos se associam para poder colher, porém não são assíduos nos pagamentos das mensalidades, que em média não ultrapassam R$ 5 por mês. Apesar do baixo valor, muitos artesãos não enxergam valor em se associar, e preferem vender suas peças de forma autônoma. Foi constatado o enfraquecimento da maioria das associações de artesanato do Jalapão. A AREJA, que foi estabelecida para ajudar neste processo, também não teve força para promover o associativismo na região e também se enfraqueceu. Não existem cooperativas registradas de artesanato do Capim Dourado. Características da jusante da cadeia produtiva: atualmente pode-se encontrar o artesanato utilizando o Capim Dourado em diversos pontos do Brasil. Infelizmente, por muitas vezes, esse produto não foi confeccionado pelos seus precursores, nem ao menos na região em que ele é cultivado. Como citado, o capim acaba saindo (mesmo que ilegalmente) in natura, sendo trabalhado em outras regiões. Pela falta do associativismo e falta de visão de longo prazo, muitos extrativistas ainda fazem a venda da matéria prima bruta. Basicamente o artesão da região do Jalapão possui três canais de venda: 1. Na própria localidade: é possível comprar o artesanato em todos os cantos das cidades que compõe a região do Jalapão. As peças são expostas nas próprias residências. Muitas vezes o artesão monta uma loja anexa à sua casa. Outros pontos de venda são as lojas das associações, que expõem os produtos de diversos artesãos. Essas vendas são dependentes do volume de turistas que visitam a região, já que não existe demanda local. O problema das associações é que, devida à alta inadimplência, não se tem recursos para contratar um funcionário e manter a loja funcionando. Em muitos casos a loja fica fechada, não gerando retorno financeiro aos 15 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO associados. Forma-se um ciclo vicioso: a loja fica fechada a loja não vende o artesão não enxerga valor em se associar artesãos não pagam a mensalidade não existe recursos para a associação a loja fica fechada. Existem ainda outros motivos para os artesãos não se manterem associados, e estão relacionados à qualidade dos produtos vendidos. Não existe um parâmetro que norteie a produção das peças ou um controle de qualidade. Em uma mesma associação são comercializadas peças com alto e baixo padrão de acabamento. 2. Comercialização fora da região do Jalapão: este é o grande desafio para a geração de renda aos artesãos da região do Jalapão. Os produtos podem ser escoados através das feiras que são realizadas fora da região (no Brasil inteiro) ou através de revendedores, que compram um grande volume de peças e as revendem em outros locais. Geralmente, os artesãos que vendem suas peças para os revendedores não as fazem via associações. Estas conseguem escoar sua produção para outros locais principalmente via feiras de artesanato. Porém, existe grande dependência do auxílio governamental (subsidiando passagens e frete) para que eles participem. Por vezes o auxílio não ocorre, e os artesãos deixam de participar. O gargalo para a participação nas feiras e para as vendas para compradores recorrentes está no nível de organização das associações, que ainda é baixo. 3. Exportação: as exportações geralmente são realizadas pelos revendedores, e não via os artesãos ou associações. Raríssimas vezes uma associação conseguiu vender as suas peças para o mercado externo. Em algumas situações, algum visitante do exterior acaba por fazer uma compra maior para revender fora do Brasil. Existem dificuldades básicas em relação à gestão das associações (controles financeiros, prestação de contas, marketing), o que não permite um nível de maturidade para se pensar em exportação, apesar do grande potencial. Potencial tanto pela beleza e qualidade do produto, quanto 16 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO pela valorização de aspectos sustentáveis (ambiental e social) no processo de sua produção. É importante destacar que na região já existem diversas empresas que exploram o Capim Dourado e seu artesanato. Porém, esses ganhos ficam limitados a pequenos grupos de empresários, que geralmente não investem os ganhos na região do Jalapão. Por este motivo, o APL irá trabalhar concentrado em associações de artesãos, dado que estes são um elo fraco da cadeia e quase sempre dependentes de bolsas assistencialistas. Outro fator de relevância é que os produtos das diferentes associações possuem baixa diferenciação entre eles. Alguns empresários possuem a condição de contratar designers e criar produtos diferenciados, com valor agregado. Como os artesãos de associações não possuem tais recursos, seus produtos acabam não tendo características únicas. 1.4. Empresas presentes, interação e cooperação dos atores O APL não é composto por empresas, mas por associações de artesanato do Capim Dourado da região do Jalapão. Existem diversos artesãos que não são associados. Estes também serão beneficiados com as ações do arranjo, porém o foco será as associações. São elas: ASSOCIAÇÃO MUNICÍPIO 1 Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado de Tocantins – AREJA Todos 2 Associação dos Artesãos do Capim Dourado de Mateiros Mateiros 3 Associação Capim Dourado do Povoado da Mumbuca Mateiros 4 Associação Comunitária dos Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros Mateiros 5 Associação Comunitária dos Extrativistas, Artesãos e Pequenos Produtores do Povoado do Prata de São Félix do Tocantins São Félix do Tocantins 6 Associação dos Artesãos do Capim Dourado Pontealtense Ponte Alta do Tocantins 7 Associação de Extrativistas de Capim Dourado do Jalapão de Novo Acordo Novo Acordo 8 Associação dos Artesãos do Capim Dourado de Santa Tereza Santa Tereza do Tocantins Ainda não foram cadastradas as associações de Lagoa do Tocantins, Lizarda e Rio Sono, sendo que tal ação está indicada na seção 6 deste plano. O grau de interação entre as associações ainda é baixo, grande parte devido às dificuldades de interação ocasionadas pela precária estrutura logística e de comunicações. Foi formada a AREJA com tal objetivo, porém dada a sua inatividade este processo não evoluiu. Espera-se que com a governança 17 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO estabelecida, as relações entre as associações sejam aproximadas, gerando ganhos para todas elas. Já a interação das associações e artesãos com outras entidades é constante. Destacam-se os trabalhos realizados com o Naturatins, SEBRAE e Fundação Cultural, como descrito no item 1.2.2. Porém estas ocorrem de maneira pontual, geralmente conforme alguma demanda específica. Um dos objetivos do APL é criar esta interação constante, dinamizando o processo de construção de soluções aos problemas identificados na região. 1.5. Governança do APL A governança do APL é composta pelas representatividades política, econômica e social. A sua organização está composta por três esferas: os artesãos e associações de artesanato, o conselho e a coordenação, conforme figura abaixo: Composição da governança do APL do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão O objetivo geral da governança é o de garantir a perpetuidade do arranjo, com o foco nos objetivos e resultados estabelecidos. Nota-se a fundamental importância dos artesãos, já que estes são os instrumentos para o desenvolvimento social e econômico da região. A governança é dinâmica, e deve-se adequar conforme as condições e oportunidades do mercado. O conselho forma o sistema de gestão do arranjo e tem como objetivos direcionar a estratégia, acompanhar o desenvolvimento das ações e zelar pelos princípios e valores estabelecidos. É composto por instituições públicas e privadas e por representantes das associações listadas na seção 1.4, a saber: Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI (órgão estadual); Fundação Cultural (órgão estadual); 18 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Agência de Desenvolvimento Turístico – ADTUR (órgão estadual); Agência de Fomento – Tocantins – FOMENTO (órgão estadual); Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMADES (órgão estadual); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAETO; Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública – SEPLAN (órgão estadual); Secretaria do Trabalho e Assistência Social – SETAS (órgão estadual); Secretaria da Educação e Cultura – SEDUC (órgão estadual); Fundação Universidade Federal do Tocantins – UFT; Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS; Organização das Cooperativas do Brasil – OCB; Instituto Natureza do Tocantins – Naturatins (órgão estadual); Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado do Tocantins – AREJA; Representantes de cada uma das associações listadas no item 1.4. A coordenação possui a responsabilidade de convocar as reuniões ordinárias, fazer cumprir as ações propostas, realizar o seu controle e prestar contas ao conselho. Tem papel fundamental na articulação entre os diversos atores, atuando como um facilitador nos processos de interação. Entende-se que tal coordenação deva ser assumida por uma representação dos próprios artesãos, baseado no conceito de empoderamento da sociedade civil. Porém, visto o histórico recente de desarticulação da AREJA, o conselho definiu que a coordenação do APL ficaria a cargo da Fundação Cultural provisoriamente. O objetivo é que o arranjo e a governança se desenvolvam, ao mesmo tempo em que a AREJA seja reativada. A proposta é que ao final de 2016 o conselho do APL transmita a coordenação para a AREJA. Caso haja insucesso na sua reativação, o arranjo adotará outro processo, mantendo o foco de repassar a coordenação para a sociedade civil. As prefeituras ainda não foram mobilizadas. Tal ação consta neste plano (seção 6) visto que é de fundamental importância que os governos dos municípios presentes no APL apoiem localmente as ações que serão realizadas. 19 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Existe uma ação para a formatação de um Termo de Adesão para formalizar a participação, tanto das entidades que compõe o conselho quanto das associações de artesãos. Como os trabalhos estão em seu início, ainda não foi definido o termo nem colhida as assinaturas. A meta é obter estes documentos até dezembro de 2014. Os princípios adotados (ainda informalmente) pela governança do APL são: 1. Transparência: comunicação franca, espontânea e tempestiva, sendo que todas as informações relevantes devem ser compartilhadas; 2. Equidade: todos os atores são tratados de forma justa e igualitária, não havendo diferenciação se de origem governamental, empresarial ou artística; 3. Prestação de contas: todos os atores envolvidos têm o compromisso de prestar contas, respondendo integralmente por seus atos e fatos sob sua responsabilidade; 4. Conformidade: o arranjo e seus representantes devem respeitar integralmente as leis, normas e regulamentações inerentes ao ambiente de atuação; 5. Responsabilidade corporativa: todas as ações devem visar a manutenção permanente do arranjo e devem avaliar impactos econômicos, sociais e ambientais. 20 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO O processo para a construção do plano de desenvolvimento teve início no ano de 2014, com o início dos trabalhos da consultoria contratada via edital do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Ministério da Cultura (MinC). A articulação se deu juntamente com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI), coordenadora do Núcleo Estadual de APLs. A metodologia para sua construção seguiu o modelo indicado pelo MDIC para arranjos produtivos locais. O processo se iniciou com a mobilização dos atores que hoje compõe a governança. Posteriormente foi realizado o diagnóstico da situação atual juntamente com a representatividade de artesãos da região do Jalapão. Foram visitados os principais municípios produtores de artesanato com o Capim Dourado: Ponte Alta do Tocantins, Mateiros (incluindo a comunidade Mumbuca) e São Félix do Tocantins (incluindo a comunidade do Prata). Baseado nas informações levantadas, o conselho do APL definiu as métricas que seriam utilizadas para medir os resultados esperados e o plano de ação. O macrofluxograma abaixo resume o processo: Abaixo os detalhes de cada etapa: 21 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 1ª etapa – reunião com principais atores do APL: a consultoria explicou aos principais atores como se daria a metodologia do projeto, as etapas e responsabilidades de cada um; 2ª etapa – 1ª reunião com os artesãos para diagnóstico da situação atual: a consultoria juntamente com a SEDECTI se reuniram com artesãos no município de Ponte Alta do Tocantins para o levantamento das informações preliminares do diagnóstico. Foi apresentado o projeto e solicitado que os artesãos descrevessem quais eram as suas dificuldades; 3ª etapa – levantamento do histórico e situação da AREJA - a consultoria e a SEDECTI se reuniram com a antiga gestão da AREJA para avaliar o histórico da sua criação e posterior desativação e entender os motivos para a sua desarticulação; 4ª etapa – 2ª reunião com os artesãos para diagnóstico da situação atual: a consultoria, juntamente com a Fundação Cultural, visitaram os municípios de Mateiros e São Félix do Tocantins. Foram realizadas três reuniões: com artesãos em Mateiros, no povoado de Mumbuca e no povoado do Prata, na cidade de São Félix do Tocantins. Foi apresentado o projeto e levantado informações sobre a situação atual, oportunidades e desafios; Reuniões com artesãos em Ponte Alta do TO, Mateiros e Mumbuca 5ª etapa – definição dos resultados esperados e do plano de ação: a consultoria consolidou as informações levantadas e apresentou para o conselho do APL. Este se reuniu para definir quais seriam as métricas para a avaliação dos resultados esperados. Foram definidas também as ações necessárias para atingir tais resultados. O passo seguinte foi a 22 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO definição da responsabilidade de coordenação de cada uma das ações do plano. Os atores presentes, voluntariamente, definiram quais poderiam ser coordenadas e definiram um cronograma de execução. Ficou definido também que a coordenação seria da responsabilidade da Fundação Cultural; 6ª etapa – apresentação do Plano de Desenvolvimento Preliminar: a consultoria realizou alguns ajustes nas informações levantadas e em 26 de agosto de 2014 apresentou o Plano de Desenvolvimento Preliminar para a governança do APL na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) cidade de Palmas/TO, com a presença do conselho e de representantes dos artesãos. Para a apresentação foi enviado aos interessados um convite pelo presidente do Núcleo de APLs do estado do Tocantins. Estavam presentes representantes das seguintes instituições: Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI; Fundação Cultural; Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Tocantins – FACIET; Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS; Universidade Federal do Tocantins – UFT; Agência de Fomento do Governo do Estado do Tocantis – FOMENTO; Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins – RURALTINS; Federação das Indústrias do Estado do Tocantins – FIETO; Instituto Federal do Tocantins – IFTO; Banco do Brasil; Banco da Amazônia; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE; Secretaria da Agricultura e Pecuária do Tocantins – SEAGRO; Agência de Desenvolvimento Turístico do Estado do Tocantins – ADTUR; Artesãos das associações de Mateiros, Ponte Alta do Tocantins e Povoado do Prata. 23 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Convite e fotos da apresentação do Plano de Desenvolvimento 24 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 3. SITUAÇÃO ATUAL, DESAFIOS E OPORTUNIDADES Através dos diagnósticos realizados com parte dos artesãos do Jalapão, foi verificado que a maior parte deles necessita de apoio, principalmente para a comercialização e escoamento da produção. O Capim Dourado ficou rapidamente conhecido, tanto nacional quanto internacionalmente. Tal visibilidade fez com que a sua extração aumentasse drasticamente e de forma não sustentável, tornando-o mais raro. Alguns empresários conseguem estabelecer um processo da cadeia, desde a colheita, processamento e comercialização do artesanato do capim. Porém, grande parte da população, que também é artesã, ainda sofre com a falta de estrutura e conhecimentos de gestão para alavancar as vendas. O produto em si é bom e conhecido, mas faltam recursos de apoio para desenvolver economicamente grande parte dos artesãos. Resultado das entrevistas realizadas com os artesãos e atores que atuam diretamente com o artesanato no Jalapão, o quadro a seguir sintetiza o diagnóstico da situação atual do APL do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão. Os elementos são caracterizados pelas dimensões: PONTOS FORTES: correspondem às vantagens internas e diferenciais do arranjo produtivo ou dos setores em que os empreendimentos estão inseridos; OBSTÁCULOS E AMEAÇAS: referem-se aos pontos externos ao arranjo produtivo e aos setores que o compõem desfavoráveis ou que apresentam condições com algum grau de adversidade. Correspondem ao contexto sócio-econômico-político local, premissas do trabalho executado e outros fatores externos que necessitam de alternativas de contorno ou mitigação de riscos para o desenvolvimento do APL; DESAFIOS: referem-se aos pontos de dificuldades internas do arranjo ou peculiares dos setores que o compõem, os quais devem ser corrigidos, reduzidos ou prevenidos; OPORTUNIDADES: são as potencialidades que o arranjo e/ou os setores nele inseridos têm e deveriam aproveitar para o seu desenvolvimento futuro, seja em questões socioeconômicas e culturais, competitividade e qualidade, inovação, qualificação da mão-de-obra, adensamento da cadeia produtiva, entre outras. PONTOS FORTES: OBSTÁCULOS E AMEAÇAS: Produto com alto valor agregado no mercado; Infraestrutura local precária (ponto de venda local); Produto com apelo social e cultural; Logística e comunicação deficitárias, dada a localização geográfica; Matéria prima (Capim Dourado) 25 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO reconhecida e valorizada nacional e internacionalmente; Matéria prima original da região; Fácil acesso para a obtenção da matéria prima principal (Capim Dourado); Grande quantidade de profissionais habilitados (artesãos); Habilidade dos artesãos no manejo do Capim Dourado; Registro do Selo de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI; Possibilidade de inserção de selo de comércio justo nos produtos; Existência de pesquisas sobre o manejo correto da extração do Capim Dourado. Não existe um banco de dados único com informações sócio econômicas dos artesãos de Capim Dourado; Não existe instrumento de coleta de informações sobre os artesãos e sobre o mercado para este artesanato; Falta de manejo sustentável do capim; Perda de identidade local do Capim Dourado; Falta de conscientização dos consumidores ao comprarem produtos artesanais; Canais de comercialização insuficientes; Surgimento de tecnologias industriais, sobrepondo o trabalho artesanal; Dificuldades na fiscalização da colheita do Capim Dourado; Dificuldades na fiscalização da venda in natura do Capim Dourado; Falta de integração e ações conjuntas com outras secretarias e agências do estado; Falta de políticas públicas integradas para desenvolver o artesanato. Desconhecimento sobre a rentabilidade e precificação dos produtos por parte dos artesãos. OPORTUNIDADES: DESAFIOS: Aumento do fluxo de turistas na região do Jalapão; Visão gerencial dos artesãos é incipiente; Mercado de artesanato está em expansão; As vendas são pontuais; Valorização das peças artesanais no mercado interno e externo; Valorização de produtos com apelo social; Venda feita de maneira passiva, sem prospecção; Não existe padronização de qualidade (conformidade); Baixa inovação em design e 26 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Versatilidade da matéria prima (Capim Dourado); Utilização do artesanato para a geração de renda e desenvolvimento local; Ampliação do e-commerce. funcionalidade dos produtos; Enfraquecimento da cultura de cooperação; Gestão das associações é deficitária; Muitos artesãos produzem a mesma peça – baixa diferenciação. 3.1. Pontos fortes observados Consistem como os principais pontos fortes deste APL: Produto com alto valor agregado no mercado: as peças artesanais tendem a ser valorizadas em detrimento de peças industrializadas, já que carregam em si o valor de ser uma peça única; Produto com apelo social e cultural: o artesanato de Capim Dourado carrega o apelo social por ser produzidos por artesãos que utilizam matérias primas regionais e expressam sua cultura e modo de vida em suas peças. Tais atributos agregam valor aos produtos comercializados; Matéria prima (Capim Dourado) reconhecida e valorizada nacional e internacionalmente: devido a sua coloração e brilho natural, o Capim Dourado ganhou fama nacional e internacional, sendo notoriamente reconhecido como original do Jalapão; Matéria prima original da região: os artesãos não dependem de fontes externas de matérias primas, pois as encontram (tanto o capim quanto o buriti) na própria região. Além disso, as peças carregam a valorização da região do Jalapão; Fácil acesso para a obtenção da matéria prima principal (Capim Dourado): a matéria prima é originária da própria região dos artesãos, o que facilita a colheita ou compra (não existe custo com frete ou dificuldades com prazos de entregas); Grande quantidade de profissionais habilitados (artesãos): são muitos os artesãos que dominam a técnica de costura do capim na região do Jalapão. Apesar de alguns enxergarem isso como concorrência, essa quantidade permite uma grande cooperação para ganhos econômicos e sociais; Habilidade dos artesãos no manejo do Capim Dourado: a maioria dos artesãos possuem grande habilidade na costura do capim. Além disso possuem facilidade para absorver o aprendizado de novos designs que são propostos em cursos de capacitação; 27 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Registro do Selo de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI: a região do Jalapão, através da AREJA, já possui o registro do selo de Indicação Geográfica concedido pelo INPI. Tal selo foi resultado de dois anos de trabalho e grandes investimentos financeiros. Faltam às associações organização para a utilização do selo, porém o processo juntamente ao INPI já está concluído. Possibilidade de inserção de selo de comércio justo nos produtos: a inserção de selos de comércio justo permite uma diferenciação dos produtos no mercado (aumento de valor agregado); Existência de pesquisas sobre o manejo correto da extração do Capim Dourado: já foram realizados estudos (inclusive com publicação) sobre o correto manejo do Capim Dourado. Muitas vezes essas informações não são seguidas (existe o problema do manejo sustentável), porém a etapa de pesquisa já foi realizada. É necessário a conscientização neste momento. 3.2. Obstáculos a serem superados e ameaças Consistem como os principais obstáculos a serem superados e ameaças deste APL: Infraestrutura local precária (ponto de venda local): os pontos de venda em cada município são precários, sem comunicação visual e organização interna. Concorrem com lojas particulares bem montadas e melhores preparadas; Logística e comunicação deficitárias, dada a localização geográfica: os acessos para a maioria das cidades que compõe o Jalapão são por vias de terra, e em alguns casos somente carros traçados conseguem transitar. Além disto, a rede de comunicações (celular e de dados) é deficitária, aumentando o isolamento das comunidades; Não existe um banco de dados único com informações socioeconômicas dos artesãos de Capim Dourado: já foram realizados levantamentos sobre a cadeia do artesanato do Capim Dourado no Jalapão, porém os dados não estão compilados nem centralizados. Os levantamentos foram feitos por diferentes instituições. Alguns registros inclusive foram perdidos. A falta de informações dificulta o pleito a recursos para o desenvolvimento local; Não existe instrumento de coleta de informações sobre os artesãos e sobre o mercado para este artesanato: não existe instrumentos efetivos para a coleta periódica de informações sobre o artesanato na região; Falta de manejo sustentável do capim: pela falta de consciência ambiental de muitos extrativistas, a colheita tanto do capim quanto do 28 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO Buriti ainda é feita de maneira agressiva, não respeitando o período ou a maneira correta de colheita. Tais ações contribuem diretamente para a diminuição da incidência destas plantas. Existem cartilhas que já foram divulgadas que explicam a maneira correta de extrair, porém estas não são seguidas; Perda de identidade local do Capim Dourado: atualmente os produtos feitos com o Capim Dourado são comercializados em diversos centros urbanos, sem nenhuma referência à sua origem. Tal fenômeno prejudica a imagem do Jalapão e não valoriza a cultura e histórico do produto; Falta de conscientização dos consumidores ao comprarem produtos artesanais: muitos consumidores ainda não observam a procedência dos produtos para verificar se realmente são artesanais e se utilizaram o comércio justo; Canais de comercialização insuficientes: os canais de comercialização são restritos, sendo atualmente apenas dois: o comércio local (para turistas) e feiras de artesanato; Surgimento de tecnologias industriais, sobrepondo o trabalho artesanal: alguns empreendedores desenvolveram um maquinário para processar de maneira industrial o Capim Dourado. Apesar de perder a característica de artesanato, este material é vendido no atacado para que outras regiões do Brasil faça o seu manuseio. Com escala de produção, o custo é diminuído e o artesão perde em competitividade; Dificuldades na fiscalização da colheita do Capim Dourado: apesar de haver portarias aprovadas para a correta colheita do capim (maneira e principalmente período correto), o estado não dispõe da estrutura necessária para fiscalizar a grande extensão que é o Jalapão, abrindo possibilidade para que os extrativistas sem consciência ambiental façam a colheita de maneira errada; Dificuldades na fiscalização da venda in natura do Capim Dourado: outra portaria aprovada refere-se à proibição da venda do Capim Dourado in natura. Porém é praticamente impossível realizar uma fiscalização efetiva, já que o capim pode sair de inúmeras maneiras da região (carros, correios, em meio a outras cargas, etc); Falta de integração e ações conjuntas com outras secretarias e agências do estado: as ações que hoje são executadas e benefício do artesanato é feita de maneira isolada. Não são articuladas ações em conjunto com outras secretarias ou agências para potencializar o desenvolvimento do artesanato; Falta de políticas públicas integradas para desenvolver o artesanato: as políticas públicas para o artesanato ainda são pontuais e não integradas com outros setores do governo ou da sociedade. Faz-se necessário um plano amplo de integração e investimentos na área. 29 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 3.3. Oportunidades a serem conquistadas As principais oportunidades a serem conquistadas pelo APL são: Aumento do fluxo de turistas na região do Jalapão: a região do Jalapão recebe cada vez mais turistas, atraídos pelas suas inúmeras belezas naturais. O turismo é um ótimo canal de venda para os produtos artesanais da região. Este fato reforça a necessidade de uma melhor organização das associações, principalmente em relação aos seus pontos de venda; Mercado de artesanato está em expansão: em contraposição à grande industrialização e padronização dos produtos, muitos mercados valorizam a originalidade e exclusividade das peças artesanais; Valorização das peças artesanais no mercado interno e externo: atualmente, o artesanato local tem seguido a linha da massificação, em que se busca produzir peças praticamente idênticas para se obter ganhos de produtividade. A consequência é que os produtos perdem suas características únicas e valor de mercado. Há muitos consumidores que buscam o contrário e que estariam dispostos a pagar mais por peças diferenciadas no mercado – e com forte apelo social; Valorização de produtos com apelo social: o mercado para produtos que certificam sua origem e que possuem apelo social está em franco crescimento. O artesanato da região do Jalapão possui potencial para conquistar certificações nas duas áreas citadas (uma já lhe foi concedida, o selo de Indicação Geográfica). Esta é uma forma de criar diferenciação do artesanato que utiliza o Capim Dourado, porém é confeccionado em outra região; Versatilidade da matéria prima (Capim Dourado): o Capim Dourado pode ser utilizado para confecção de inúmeras peças: utilitárias (bolsas, cestos, potes, suportes, chapéus), bijuterias (brincos, colares, anéis) e até objetos de decoração (mandalas, mesas, cúpulas). Tal versatilidade permite a criação constante de novas utilidades e possibilidades; Ampliação do e-commerce: uma grande tendência é a compra virtual. Como a região do Jalapão é de difícil acesso, os artesãos podem explorar esse canal de venda para a comercialização dos seus produtos. 3.4. Desafios a serem alcançados Os principais desafios a serem alcançados pelo APL são: Visão gerencial dos artesãos é incipiente: grande parte dos artesãos possui uma grande habilidade técnica, porém não possui visão 30 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO gerencial. Este é um dos fatores que não permite o desenvolvimento da comercialização dos seus produtos; As vendas são pontuais: grande parte das vendas é feita de maneira pontual, para clientes que estão de passagem na região do Jalapão ou em uma feira de artesanato. Não são gerados contratos comerciais de fornecimento; Venda feita de maneira passiva, sem prospecção: não existe prospecção de clientes, ou mercados em potencial. As vendas ficam restritas para clientes que ocasionalmente têm contato com o produto; Não existe padronização de qualidade (conformidade): os produtos possuem grande divergência de conformidade (tamanho, peso, firmeza, entre outros). Este fator é um impeditivo para a prospecção de clientes de longo prazo; Baixa inovação em design e funcionalidade dos produtos: diversos artesãos fabricam as mesmas peças, com o mesmo design e funções, não criando diferenciações; Enfraquecimento da cultura de cooperação: muitos artesãos estão acostumados a trabalharem sozinhos, ou seja, não existe uma cultura de cooperação. Isso acarreta em dificuldades para a formação de associações ou cooperativas de produção. O artesão sozinho é frágil e necessita trabalhar em conjunto para obter maiores ganhos; Gestão das associações é deficitária: grande parte das associações possui dificuldades em sua gestão. Este fator é observado em todas as áreas, desde a financeira, o marketing e até o conhecimento sobre aspectos legais das associações. A maioria dos associados não conhecem o estatuto, nem seus direitos e deveres. Não existe prestação de contas e o índice de inadimplência é bem alto (mesmo com mensalidades de R$ 4 em média). Assim, além de não beneficiar os associados, não se cria valor para o restante dos artesãos se associarem, enfraquecendo a instituição. Ainda, a falta de gestão financeira acarreta muitas vezes na inatividade das associações, como fora observado em diferentes municípios; Muitos artesãos produzem a mesma peça – baixa diferenciação: a maioria dos artesãos fabricam os mesmo produtos e não utilizam qualquer referência (etiqueta, embalagem) para diferenciar de outros artesãos. Desta forma os produtores precisam alterar os preços para garantir a venda, diminuindo a sua rentabilidade; 31 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 4. RESULTADOS ESPERADOS Os resultados esperados para o APL foram divididos em duas seções: os resultados finalísticos e os intermediários. Os resultados finalísticos representam os objetivos finais do arranjo, enquanto os intermediários sinalizam o caminho para se alcançar tais objetivos. Desta forma os resultados finalísticos esperados são o aumento de faturamento dos artesãos e a melhoria dos seus indicadores sociais. O horizonte de medição será de dois anos, período em que está projetada a transição da gestão do arranjo para a AREJA. Os resultados intermediários sinalizam o caminho a ser seguido para o alcance dos resultados finalísticos. Foram considerados resultados nos campos da governança, informações sociais e de mercado, canais de venda, qualificação, diversificação de portfólio e cooperação. A estratégia adotada pela governança do arranjo está baseada nos seguintes resultados: RESULTADOS FINALÍSTICOS INDICADOR OBJETIVO PRAZO 4.1 Aumento do faturamento dos artesãos Pesquisa realizada com os artesãos Aumentar o faturamento dos artesãos (20%) dez/2016 4.2 Melhoria nos indicadores sociais Pesquisa realizada com os artesãos Melhorar as condições sociais dos artesãos através do artesanato dez/2016 OBJETIVO PRAZO Formalização jurídica ou ata de reativação da central de associações Desenvolver uma entidade que tenha representação legítima dos artesãos do arranjo dez/2014 dez/2016 RESULTADOS INTERMEDIÁRIOS INDICADOR 4.3 Reativação da central de associações AREJA 4.4 Criação de um banco de dados único com as informações do artesanato de Capim Dourado Banco de dados Mapeamento dos aspectos locais para orientação de ações futuras 4.5 Participação em feiras nacionais de artesanato Participação de artesãos da região em feiras com abrangência nacional Geração de renda e disseminação da cultura local dez/2016 4.6 Artesãos capacitados em design Quantidade de artesãos Fomento à inovação e agregação de valor dez/2016 32 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO capacitados aos produtos Melhoria dos processos de produção, controle financeiro e vendas dez/2016 4.7 Artesãos capacitados em técnicas gerenciais Quantidade de artesãos capacitados 4.8 Criação de uma cooperativa de artesanato do Capim Dourado Formalização jurídica Geração de renda por meio de canais de comercialização estruturados dez/2016 4.9 Criação de Lojas Itinerantes Lojas físicas Ampliação dos canais de venda e consequente aumento da renda dez/2016 4.10 Lançamento de nova coleção com design diferenciado das peças atualmente produzidas Lançamento da coleção Gerar diferenciação do produto dez/2016 4.11 Formalização da governança do APL e cooperação e trabalhos conjuntos com prefeituras, secretarias e agências estaduais Termos de cooperação firmados Ganhar escala com ações em conjunto, impulsionando a divulgação do artesanato local dez/2016 Detalhadamente, o APL terá como objetivos: Resultado 4.1 – Aumento do faturamento dos artesãos: um resultado finalístico que irá compor o desenvolvimento local através da geração de renda com a comercialização do artesanato. O objetivo é aumentar em ao menos 20% até dezembro de 2016; Resultado 4.2 – Melhoria nos indicadores sociais: resultado finalístico, derivado do incremento de renda por parte dos artesãos. Este indicador compõe as informações sobre a melhoria das condições de moradia e acesso à serviços básicos; Resultado 4.3 – Reativação da central de associações AREJA: já existe uma central de associações (a AREJA), porém esta se encontra inativa. É fundamental o papel desta central visto que ela representa os anseios e as demandas das associações que estão dispersas no Jalapão. Ainda, é a entidade responsável pela gestão do selo de Indicação Geográfica. O objetivo é reativá-la até dezembro de 2014; Resultado 4.4 – Criação de um banco de dados únicos com as informações do artesanato de Capim Dourado: diversas entidades já realizaram pesquisas sobre o Capim Dourado no Jalapão, porém essas informações estão dispersas e não existe um banco de dados 33 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO centralizado para ser utilizado como base para pesquisas ou projetos. O objetivo é estabelecer e divulgar este banco até dezembro de 2016 (já com os resultados do APL); Resultado 4.5 – Participação em feiras nacionais de artesanato: além das feiras locais, no Brasil são realizadas diversas feiras com abrangência nacional. O objetivo é organizar a dar condições para que o artesão participe destas feiras. O objetivo é promover a participação destes em ao menos 14 feiras até dezembro de 2016; Resultado 4.6 – Artesãos capacitados em Design: essas capacitações são focadas para gerar diferenciação nos produtos, através da inserção de novos designs, novos materiais e novas funcionalidades. O objetivo é capacitar ao menos 200 artesãos até o dezembro de 2016; Resultado 4.7 – Artesãos capacitados em técnicas gerenciais: essas capacitações são focadas para melhorar a capacidade gerencial dos artesãos, tanto no melhoramento da sua produção, quanto na organização financeira e comercialização. O objetivo é capacitar ao menos 200 artesãos até o dezembro de 2016; Resultado 4.8 – Criação de uma cooperativa de artesanato do Capim Dourado: as associações não podem – por força de lei – comercializar as peças produzidas por seus associados. Hoje essa comercialização é feita, porém de maneira informal. O objetivo é criar uma cooperativa, já que esta juridicamente pode realizar a comercialização. Ainda, a cooperativa permitirá uma melhor gestão do selo de Indicação Geográfica. O objetivo é formar uma cooperativa até dezembro de 2016; Resultado 4.9 – Criação de lojas itinerantes: o objetivo é criar lojas itinerantes que irão percorrer diferentes municípios em diferentes estados, promovendo o artesanato do Capim Dourado do Jalapão. A diversificação dos canais de venda é fundamental para a geração de renda para os artesãos; Resultado 4.10 – Lançamento de nova coleção com design diferenciado das peças atualmente produzidas: o objetivo é lançar ao menos uma nova coleção com design diferenciado, permitindo uma penetração em novos mercados; Resultado 4.11 – Formalização da governança do APL e cooperação e trabalhos conjuntos com prefeituras, secretarias e agências estaduais: o objetivo é aproximar a estratégia do APL com estratégias de outras agências e secretarias estaduais, fomentando ações em conjunto para potencializar a divulgação do artesanato do Capim Dourado do Jalapão. Destaca-se principalmente a aproximação com a Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins. 34 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 5. INDICADORES DE RESULTADO Para o acompanhamento pela governança da evolução dos resultados esperados serão utilizados os seguintes indicadores: Resultado 4.1 – Aumento do faturamento dos artesãos: este indicador será medido através de um questionário aplicado aos artesãos cadastrados no APL. A primeira medição será realizada ao final de 2015 e a segunda ao final de 2016, permitindo uma análise da evolução do indicador; Resultado 4.2 – Melhoria nos indicadores sociais: este indicador também será medido através do questionário aplicado aos artesãos cadastrados no APL. A primeira medição será realizada ao final de 2015 e a segunda ao final de 2016, permitindo uma análise da evolução do indicador; Resultado 4.3 – Reativação da central de associações AREJA: o indicador terá como referência a reativação da AREJA, através de atas ou documentos comprobatórios que será validada com os documentos de sua formalização jurídica. O objetivo é que este processo esteja concluído até dezembro de 2014; Resultado 4.4 – Criação de um banco de dados únicos com as informações do artesanato de Capim Dourado: será considerado válido o banco de dados que estiver publicado de forma online, com a possibilidade de acesso público. O objetivo é que este banco de dados agregue os diversos trabalhos já realizados em prol do artesanato do Capim Dourado e que seja publicado até dezembro de 2016; Resultado 4.5 – Participação em feiras nacionais de artesanato: o indicador será avaliado através das feiras nacionais em que ao menos 10 artesãos da região do Jalapão tenham suas peças expostas. Os documentos comprobatórios podem ser listas de presença ou fotos do evento. A medição será realizada em dezembro de 2016. O objetivo é que os artesãos participem de ao menos 14 feiras neste período; Resultado 4.6 – Artesãos capacitados em Design: será utilizado como indicador a somatória do número de participantes nas capacitações em design, indicadas nas listas de presença. A coordenação do APL será responsável por essa consolidação. A meta é capacitar no mínimo 200 artesãos até o mês de dezembro de 2016; Resultado 4.7 – Artesãos capacitados em técnicas gerenciais: será utilizado como indicador a somatória do número de participantes nas capacitações gerenciais indicadas nas listas de presença. A coordenação do APL será responsável por essa consolidação. A meta é capacitar no mínimo 200 artesãos até o mês de dezembro de 2016; Resultado 4.8 – Criação de uma cooperativa de artesanato do Capim Dourado: este indicador será medido através da formalização 35 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO jurídica da cooperativa. O objetivo é que esteja formalizada até dezembro de 2016; Resultado 4.9 – Criação de lojas itinerantes: este indicador será avaliado através de documentos comprobatórios, tais como fotos e registros da utilização das lojas pelos artesãos. O objetivo é que duas lojas sejam criadas até o final de 2016; Resultado 4.10 – Lançamento de nova coleção com design diferenciado das peças atualmente produzidas: este indicador será avaliado através de documentos comprobatórios, tais como folders, site, fotos e registros da venda dos produtos. O objetivo é que ao menos uma nova coleção seja lançado até o final de 2016; Resultado 4.11 – Formalização da governança do APL e cooperação e trabalhos conjuntos com prefeituras, secretarias e agências estaduais: este indicador será avaliado através de documentos das parcerias formalizadas com outras secretarias ou agências estaduais para ações em conjunto. 36 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 6. AÇÕES PREVISTAS As ações previstas para o APL foram resultado da discussão entre os atores da governança, considerando o diagnóstico produzido (seção 3) e os resultados esperados (seção 4). Tais ações aqui descritas contemplam o apontamento de instituições, que por sua expertise, possam conduzir de maneira eficiente os trabalhos. A formalização destas responsabilidades se dará através da assinatura de um Termo de Adesão pelos atores que compõe a governança. Foram definidas 35 ações para alcançar os objetivos propostos, que estão descritas a seguir. A numeração não corresponde a ordem de importância nem cronológica (o cronograma está demonstrado no anexo II). O anexo I resume a relação das ações com cada resultado esperado. O quadro abaixo sintetiza as ações previstas para o APL do Artesanato de Capim Dourado do Jalapão, divididas por eixos e esferas de atuação. Os eixos de atuação são definidos por: Infraestrutura e investimentos: ações direcionadas majoritariamente ao poder público e instituições apoiadoras para desenvolvimento da infraestrutura das regiões onde o APL está inserido. Visam adequar ou revitalizar o espaço econômico-cultural do arranjo, ou ainda promover maior competitividade regional. Incluem-se neste eixo obras e construções civis, arquitetura e urbanismo e serviços públicos que garantam um ambiente propício para os negócios regionais (segurança, iluminação, transporte, saneamento, limpeza, etc). Financiamento: ações voltadas ao financiamento de recursos para os empreendedores pertencentes ao APL. Vão ao encontro de iniciativas para renovação ou modernização do parque produtivo, ampliação do espaço físico e da capacidade produtiva, capital de giro, entre outros. Governança e Cooperação: ações voltadas para o estabelecimento ou fortalecimento da governança local, bem como iniciativas que promovam a cooperação entre os diversos atores e instituições apoiadoras que compõem o arranjo. Competitividade e Inovação: ações direcionadas majoritariamente ao poder público e instituições apoiadoras para promoção da competitividade local por meio de inserção de tecnologia e/ou técnicas que promovam a inovação no arranjo. Visam trazer a produção econômico-criativa local para um patamar superior, em que os diferenciais dos produtos e serviços do APL são facilmente percebidos pelos consumidores, agregando valor. Formação e Capacitação: ações voltadas à formação e capacitação de empreendedores e artesãos em temas técnicos e gerenciais. Divulgação e Comunicação: ações com o objetivo de promoção comercial do arranjo em âmbito local, regional e nacional. Incluem-se nesta categoria iniciativas como organização de feiras e rodadas de 37 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO negócios, missões comerciais, organização de stands e lojas locais, desenvolvimento de websites, elaboração de materiais de divulgação, publicidade e mídia. Acesso a Mercados: ações voltadas ao Comércio Exterior. Eixos de atuação LOCAL Esferas de atuação ESTADUAL FEDERAL Infraestrutura e Investimentos - - 1.1; 1.2 Financiamento - 2.1 2.2 Governança e Cooperação 3.1 3.2; 3.3; 3.4; 3.5; 3.6 4.1; 4.12 4.2; 4.5; 4.6; 4.7; 4.8; 4.9 4.3; 4.4; 4.10; 4.11 Formação e Capacitação - 5.1; 5.2; 5.4; 5.5 5.3 Divulgação e Comunicação 6.2; 6.3 6.1; 6.4; 6.5 6.6 - - 7.1; 7.2 Competitividade e Inovação Acesso a Mercados 6.1. Infraestrutura e Investimentos A região do Jalapão é extremamente carente com relação à infraestrutura. O que mais afeta diretamente os produtores de artesanato é a estrutura logística, já que são poucos e complexos os acessos às comunidades produtoras. AÇÃO 1.1 – Executar obras de melhoria nos acessos aos municípios e comunidades que compõem o APL DESCRIÇÃO: Atualmente o acesso é realizado por estradas de terra sem sinalização e com condições precárias. A distância da capital Palmas (ponto de escoamento da produção) até a comunidade do Mombuca são 300km, dos quais mais da metade em estradas de terra. É fundamental a melhoria dos acessos para, além de promover benefícios à comunidade como um todo, permitir o escoamento da produção. COORDENADOR: Governo Federal RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Ministério da Integração Nacional e MDIC ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: julho/2015 38 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Infraestrutura e Investimentos RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Permitir o escoamento da produção / aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.2) AÇÃO 1.2 – Implantar a “Casa do Artesão” em cada um dos municípios do Jalapão DESCRIÇÃO: As associações de artesanato possuem, cada, uma sede em seus municípios. Porém muitas delas estão em más condições e não estão organizadas. O objetivo desta ação é construir ou reformar (de acordo com a necessidade) uma casa do artesão, servindo como referência aos visitantes na região. Podem ainda funcionar como um centro de informações aos turistas. COORDENADOR: Governo Federal RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: MinC e Governo Estadual ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: julho/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Infraestrutura e Investimentos RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a comercialização das peças produzidas / aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.2) 6.2. Financiamento AÇÃO 2.1 – Auxiliar na organização, articulação e captação de recursos para a participação em feiras nacionais de artesanato DESCRIÇÃO: Com o cronograma e orçamento, o responsável pela coordenação da ação deverá auxiliar os artesãos no direcionamento para a captação de recursos para a participação em feiras nacionais. Não necessariamente o APL financiará a participação, porém terá um papel importante no planejamento e organização. Essa ação é contínua. COORDENADOR: Fundação Cultural (estadual) RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural (estadual) / Secretaria da Micro e Pequena Empresa (PAB) ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: janeiro/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Financiamento RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Participação em feiras e consequente aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.5) 39 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO AÇÃO 2.2 – Fornecer linhas diferenciadas de micro crédito aos artesãos DESCRIÇÃO: O objetivo é fornecer uma linha de microcrédito para os artesãos investirem no melhoramento da sua produção ou para investimentos na comercialização dos seus produtos. COORDENADOR: SEPLAN RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Secretaria da Micro e Pequena Empresa (PAB) ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: janeiro/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Financiamento RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Permitir investimentos na produção e comercialização dos produtos / acesso a mercados e aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.5) 6.3. Governança e Cooperação AÇÃO 3.1 – Reativar a central de associações AREJA DESCRIÇÃO: Uma das ações mais importantes do APL será a reativação da AREJA (central de associações). Por se tratar de uma região de difícil acesso, é fundamental que haja uma representação de todas as associações que compõem o Jalapão. A AREJA já possui formalização, porém está inativa, sem associados e sem reuniões. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: AREJA RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Fundação Cultural RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 30.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Local DATA DE INÍCIO: agosto/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Governança e Cooperação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Reativar a AREJA e compor diretamente o resultado 4.3 40 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO AÇÃO 3.2 – Estabelecer um Termo de Adesão para a governança e para as associações de artesanato DESCRIÇÃO: É importante que se tenha formalizada, através de um Termo de Adesão, a participação dos atores na governança do APL, bem como a responsabilidade pelas ações que lhes forem concedidas. Também deverá ser elaborado um Termo de Adesão para a formalização das associações de artesanato. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Governança e Cooperação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Apoiar a formalização da participação dos atores da governança e das associações (resultado 4.11) AÇÃO 3.3 – Formalizar a participação das associações no APL e da governança através do Termo de Adesão DESCRIÇÃO: Atualmente a participação das associações se dá de maneira informal. A governança deverá formalizar tal participação através do Termo de Adesão que será elaborado. Como contra partida para a participação, a associação se compromete a responder o questionário de avaliação. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI e Fundação Cultural ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Governança e Cooperação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Formalizar a participação e solicitar a contrapartida das associações e governança (resultado 4.11) AÇÃO 3.4 – Articular e inserir as prefeituras na governança do APL, por meio de documento de formalização DESCRIÇÃO: É essencial o apoio das prefeituras nas ações que envolverão os artesãos, principalmente como ponto de apoio local. Ainda não existe formalização do apoio, que deverá ser realizado através de uma carta de intenções (a elaborar). COORDENADOR: SEDECTI 41 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Governança e Cooperação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Formalizar a participação das prefeituras na governança (resultado 4.11) AÇÃO 3.5 – Integrar as ações da Agência de Desenvolvimento do Turismo do Tocantins com as do APL DESCRIÇÃO: É fundamental que as ações da agência de turismo estejam em parceria com os artesãos da região, propiciando ganhos em comuns e valorizando a cultura local. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI / Agência de Desenvolvimento do Turismo ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: julho/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Governança e Cooperação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Integrar políticas públicas para o ganho em comum / relação com o resultado 4.11 AÇÃO 3.6 – Transferir para a AREJA a coordenação do APL DESCRIÇÃO: A governança do APL entende que para o seu ideal funcionamento, tal gestão deverá estar atrelada a representantes da sociedade civil, para que o processo não se perca com eventuais mudanças de políticas públicas. O objetivo é criar a maturidade para o arranjo e então transferir a sua coordenação para a associação que representa as associações de artesãos dos municípios do Jalapão. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural / AREJA / SEDECTI RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Fundação Cultural RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 20.000 DATA DE INÍCIO: julho/2016 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Transferir à sociedade civil a coordenação do APL / diretamente ligado aos resultados 4.3 e 4.11 42 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 6.4. Competitividade e Inovação AÇÃO 4.1 – Cadastrar os artesãos e associações de Lagoa do Tocantins, Lizarda e Rio Sono DESCRIÇÃO: A pesquisa preliminar e diagnóstico foram realizados nos municípios de Ponte Alta do TO, Mateiros e São Félix do TO. Foi feito ainda contatos com as cidades de Santa Tereza e Novo Acordo. Nas cidades de Lagoa do TO, Lizarda e Rio Sono não foram feitos contatos, nem com a prefeitura nem com os artesãos. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI ESFERA DE ATUAÇÃO: Local DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Compor um banco de dados sobre os artesãos da região do Jalapão / contribuir para o resultado 4.4 AÇÃO 4.2 – Elaborar um questionário para avaliar as associações participantes do APL DESCRIÇÃO: Este questionário terá como objetivo avaliar a evolução de indicadores das associações de artesãos da região do Jalapão. Tal questionário deverá ter um caráter qualitativo e quantitativo, em que serão avaliados: faturamento, artesãos associados, artesãos inadimplentes, dificuldades, entre outros. Este questionário será respondido de forma eletrônica e sua periodicidade será mensal. Como será realizado de forma experimental, não foram apontados resultados esperados destes questionários. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI / SEBRAE ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015 DATA DE TÉRMINO: abril/2015 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Criação de ferramenta para a avaliação de dados básicos e evolução de indicadores das associações / compor o resultado 4.4 AÇÃO 4.3 – Definir as regras para a utilização do selo de Indicação Geográfica DESCRIÇÃO: O selo de Indicação Geográfica foi concedido à AREJA, por meio da articulação e financiamento da Fundação Cultural. Desde a sua aprovação (2011) nenhum selo foi utilizado em nenhuma peça produzida na região. A regra para a sua utilização não está bem definida. Deverão ser considerados outros casos no Brasil para basear essa normativa. COORDENADOR: Fundação Cultural 43 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: INPI, Fundação Cultural e AREJA APOIADORES: SMPE (PAB) ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: dezembro/2014 DATA DE TÉRMINO: abril/2015 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o faturamento dos artesãos associados a partir da diferenciação dos produtos que usam o selo (resultado 4.1 e 4.2) / auxiliar no lançamento de novas coleções que se utilizam do selo (resultado 4.10) AÇÃO 4.4 – Repassar para a AREJA a gestão do selo de Indicação Geográfica DESCRIÇÃO: O selo de Indicação Geográfica foi concedido à AREJA, por meio da articulação e financiamento da Fundação Cultural. Desde a sua aprovação (2011) nenhum selo foi utilizado em nenhuma peça produzida na região. Como a AREJA está inativa, a utilização do selo não foi adiante. O objetivo desta ação é repassar ao controle da AREJA a gestão do selo. Para tal será necessário rever e definir o processo e as regras para a sua utilização. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: INPI, Fundação Cultural e AREJA APOIADORES: SMPE (PAB) ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2015 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o faturamento dos artesãos associados a partir da diferenciação dos produtos que usam o selo (resultado 4.1 e 4.2) / auxiliar no lançamento de novas coleções que se utilizam do selo (resultado 4.10) AÇÃO 4.5 – Revisar o calendário de fiscalização do Capim Dourado e melhorar a forma de fiscalização DESCRIÇÃO: Um dos grandes problemas levantados foi o fato de alguns extrativistas colherem o Capim Dourado fora da época permitida. Isso provoca a diminuição da incidência do capim, já que se colhido em época errada sua reprodução fica prejudicada. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: NATURATINS ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: junho/2015 DATA DE TÉRMINO: setembro/2015 44 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: erradicação da colheita ilegal do Capim Dourado beneficiando os artesãos e contribuindo para a geração de renda (resultado 4.1) AÇÃO 4.6 – Avaliar a viabilidade de adoção do selo de comércio justo nas peças elaboradas pelas associações DESCRIÇÃO: Para aumentar a diferenciação dos produtos, será avaliada a viabilidade – econômica e operacional – para a adoção do selo de comércio justo pelas associações. Tal selo auxiliará na diferenciação dos produtos, combatendo a pirataria do Capim Dourado. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: maio/2015 DATA DE TÉRMINO: outubro/2015 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o faturamento dos artesãos através da diferenciação dos produtos (resultado 4.1) AÇÃO 4.7 – Realizar estudo financeiro sobre a rentabilidade de cada tipo de produto DESCRIÇÃO: As peças de Capim Dourado são vendidas de acordo com preços estabelecidos sem uma correta metodologia financeira. O objetivo desta ação é estabelecer o custo real de cada produto, avaliando a sua rentabilidade e oferecendo subsídios a uma correta precificação. Ainda, apoiará na decisão de mix de produtos. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: agosto/2015 DATA DE TÉRMINO: novembro/2015 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a precificação, o portfólio e rentabilidade dos produtos / apoio ao resultado 4.1 45 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO AÇÃO 4.8 – Criar registros nos produtos com informações sobre a produção das peças (contextualização) DESCRIÇÃO: Este projeto visa auxiliar os artesãos a colocarem informações sobre o histórico do produto nas peças produzidas. Informações tais como: artesão que produziu, quanto tempo levou, como foi o processo (desde a colheita da matéria prima), etc. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: outubro/2015 DATA DE TÉRMINO: janeiro/2016 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: melhorar a apresentação dos produtos e consequente aumento de faturamento (resultado 4.1) AÇÃO 4.9 – Criar um cronograma de lançamento de novas peças com design diferenciado DESCRIÇÃO: Atualmente os produtos são muitos similares. Diversos artesãos produzem o mesmo tipo de peça, sem criar uma diferenciação. O objetivo é traçar metas de lançamento, e com o apoio de designers contratados, fazer o lançamento periódico de diferentes produtos. Esta ação visa a criação do cronograma e deverá ser suportada por outras ações, como treinamento em design por exemplo. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: maio/2016 DATA DE TÉRMINO: agosto/2016 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Aumentar o portfólio de produtos e aumentar o faturamento dos artesãos (resultados 4.1, 4.2 e 4.10) 46 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO AÇÃO 4.10 – Criar parâmetros de qualidade para os produtos artesanais das associações do Jalapão DESCRIÇÃO: Um dos grandes problemas levantados foi o fato de alguns extrativistas colherem o Capim Dourado fora da época permitida. Isso provoca a diminuição da incidência do capim, já que se colhido em época errada sua reprodução fica prejudicada. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI / INMETRO ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: setembro/2015 DATA DE TÉRMINO: maio/2016 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: melhorar a apresentação dos produtos e consequente aumento de faturamento (resultado 4.1) AÇÃO 4.11 – Realizar um estudo sócio econômico para avaliar o impacto do artesanato na região DESCRIÇÃO: Ainda são incipientes as informações sobre os impactos sócio econômicos do artesanato do Capim Dourado na região. Tais informações podem ser utilizadas como subsídios para pleitear investimentos públicos na região e para os artesãos. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI / MDIC ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: agosto/2015 DATA DE TÉRMINO: fevereiro/2016 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: compor informações sobre o artesanato da região (resultado 4.4) AÇÃO 4.12 – Criar e formalizar uma cooperativa de artesãos DESCRIÇÃO: Dada a limitação legal das associações promoverem a comercialização das peças, é fundamental que seja criada ao menos uma cooperativa de produção na região para o artesanato do Capim Dourado. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEDECTI / OCB / AREJA 47 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ESFERA DE ATUAÇÃO: Local DATA DE INÍCIO: fevereiro/2016 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2016 EIXO: Competitividade e Inovação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: formalizar uma cooperativa para produção e comercialização (resultado 4.8) 6.5. Formação e Capacitação Foram identificadas algumas necessidades de capacitação para serem aplicadas aos artesãos. Abaixo estão relacionadas as prioridades, já que existem outras possibilidades e demandas. Foram selecionadas 6 principais, sendo uma ligada à exportação, perfazendo uma média de uma capacitação a cada 4 meses, respeitando um prazo de absorção do conhecimento por parte dos artesãos. Seguem abaixo: AÇÃO 5.1 – Realizar capacitação para o fomento da visão empreendedora e disseminação da cultura associativa DESCRIÇÃO: Já foram realizadas capacitações semelhantes, porém é importante que este seja um trabalho contínuo de conscientização para a importância do trabalho coletivo para superar os desafios de desenvolvimento. COORDENADOR: SEBRAE / ADTUR RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE / ADTUR RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE / ADTUR RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 40.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015 DATA DE TÉRMINO: março/2015 EIXO: Formação e Capacitação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: capacitar gerencialmente os artesãos (resultado 4.7) AÇÃO 5.2 – Realizar capacitação e/ou consultoria para a gestão das associações DESCRIÇÃO: As associações de artesanato estão em sua maioria endividadas e com diversos problemas. O objetivo desta capacitação/consultoria é orientar os associados para a efetiva gestão das associações e deve conter tópicos sobre: organização, prestação de contas, estatuto, eleições, gerenciamento financeiro e fluxo de caixa. 48 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO COORDENADOR: OCB / SEBRAE RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: OCB / SEBRAE / FOMENTO RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: OCB / SEBRAE RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 40.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: abril/2015 DATA DE TÉRMINO: junho/2015 EIXO: Formação e Capacitação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: capacitar gerencialmente os artesãos (resultado 4.7) AÇÃO 5.3 – Realizar capacitação e/ou consultoria para a construção de um plano de marketing para as associações DESCRIÇÃO: Apesar de não poderem legalmente comercializar as peças dos artesãos, as associações possuem um papel fundamental na divulgação dos seus trabalhos. A capacitação/consultoria auxiliará na definição dos métodos para a comercialização, além de apoiar a estruturação das lojas locais e da apresentação dos produtos. COORDENADOR: SEBRAE RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SEBRAE RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SEBRAE RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 80.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: setembro/2015 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2015 EIXO: Formação e Capacitação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: capacitar gerencialmente os artesãos (resultado 4.7) AÇÃO 5.4 – Realizar capacitação para a confecção de Biojoias DESCRIÇÃO: Apesar da capacidade de produção dos artesãos, foi solicitado o curso de Biojoias para aumentar o portfólio de produtos, principalmente com itens de maior valor agregado. Ainda, foi constatado que grande parte das vendas são de bijuterias, e que os outros itens perderam mercado. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Fundação Cultural 49 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 70.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: janeiro/2016 DATA DE TÉRMINO: abril/2016 EIXO: Formação e Capacitação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: capacitar os artesãos, aumentar o portfólio de produtos e aumentar o faturamento (resultados 4.1 e 4.6) AÇÃO 5.5 – Realizar capacitação em Design (ação integrada) DESCRIÇÃO: Assim como realizado em 2009 (através do SEBRAE) com a renomada Heloísa Crocco, capacitar os artesãos em design para diversificar o portfólio de produtos. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Consultoria contratada RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 90.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: maio/2016 DATA DE TÉRMINO: agosto/2016 EIXO: Formação e Capacitação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: capacitar os artesãos, aumentar o portfólio de produtos e aumentar o faturamento (resultados 4.1 e 4.6) 6.6. Divulgação e Comunicação AÇÃO 6.1 – Criar e publicar um website para cada associação cadastrada no APL DESCRIÇÃO: Devido à dificuldade de comercialização das peças, é importante que cada associação possa divulgar os seus produtos através de website, permitindo inclusive a venda através dele. Serão realizadas parcerias com instituições de ensino locais para que deem suporte nessa criação. O objetivo é construir o webiste em três línguas: português, inglês e espanhol. As instituições de ensino irão inserir essa tarefa para seus alunos como uma atividade de extensão. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: UFT / IFTO RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Fundação Cultural RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 50.000 50 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: março/2015 DATA DE TÉRMINO: julho/2015 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: melhorar a divulgação e comercialização do artesanato (resultado 4.1) AÇÃO 6.2 – Criar um cronograma das feiras nacionais anuais de artesanato com potencial de participação dos artesãos DESCRIÇÃO: As feiras são um excelente canal de comercialização para os artesãos da região do Jalapão. O cronograma irá auxiliar a organização e planejamento para a participação dos artesãos nestas feiras. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural ESFERA DE ATUAÇÃO: Local DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: organizar a participação em feiras de artesanato / aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.5) AÇÃO 6.3 – Elaborar um orçamento anual para a participação das feiras nacionais anuais de artesanato DESCRIÇÃO: Após a criação do cronograma, deverá ser realizado um orçamento anual para a participação dos artesãos nas feiras nacionais. Deverão estar especificadas também as possíveis fontes de recursos. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural ESFERA DE ATUAÇÃO: Local DATA DE INÍCIO: outubro/2014 DATA DE TÉRMINO: dezembro/2014 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: organizar a participação em feiras de artesanato / aumento de faturamento (resultados 4.1 e 4.5) 51 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO AÇÃO 6.4 – Elaborar um plano de comunicação para lançamento e conscientização do selo de Indicação Geográfica e executá-lo DESCRIÇÃO: O selo de Indicação Geográfica só terá relevância se for acompanhado de uma grande comunicação, com o objetivo de conscientizar os consumidores a comprar produtos que tenham a sua origem certificada. Trata-se de uma ação estratégica prioritária. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural / AREJA / SMPE (PAB) RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: a definir RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 400.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: abril/2015 DATA DE TÉRMINO: fevereiro/2016 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: conscientizar os compradores do artesanato de Capim Dourado sobre a importância da verificação do Selo de Indicação Geográfica / aumentar o faturamento (resultado 4.1) AÇÃO 6.5 – Mapear os potenciais centros consumidores no Brasil (prospecção) DESCRIÇÃO: Apesar da expressiva venda em feiras nacionais, as associações não utilizam outros canais de venda. Através do mapeamento proposto será possível avaliar quais são os centros consumidores e desta forma gerar um relacionamento comercial. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Fundação Cultural / SMPE (PAB) ESFERA DE ATUAÇÃO: Estadual DATA DE INÍCIO: fevereiro/2015 DATA DE TÉRMINO: julho/2015 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a comercialização e divulgação do artesanato (resultado 4.1) AÇÃO 6.6 – Criar lojas itinerantes DESCRIÇÃO: A maior dificuldade para a comercialização do artesanato é a falta de canais de venda. Essa ação objetiva criar lojas itinerantes, que percorrerão diferentes cidades do Brasil, promovendo o artesanato do Jalapão em outras regiões. COORDENADOR: Fundação Cultural RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: SMPE (PAB) RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: SMPE (PAB) RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 120.000 52 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ESFERAS DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: setembro/2014 DATA DE TÉRMINO: setembro/2015 EIXO: Divulgação e Comunicação RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a comercialização e divulgação do artesanato / aumentar os canais de venda / aumentar o faturamento (resultados 4.1 e 4.9) 6.7. Acesso a Mercados AÇÃO 7.1 – Realizar capacitação em exportação DESCRIÇÃO: Após a consolidação de canais de vendas nacionais e de uma correta divulgação dos seus produtos, os artesãos serão capacitados em como explorar os canais para exportação. COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Apex-Brasil / SEDECTI RESPONSÁVEL PELA VIABILIZAÇÃO FINANCEIRA: Apex-Brasil / SEDECTI RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS: R$ 40.000 ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: outubro/2016 DATA DE TÉRMINO: novembro/2016 EIXO: Acesso a Mercados RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a comercialização e divulgação do artesanato / capacitar os artesãos (resultados 4.1 e 4.7) AÇÃO 7.2 – Promover a divulgação do artesanato com Capim Dourado no exterior DESCRIÇÃO: Com o melhoramento da produção no Jalapão, realizar a promoção e divulgação do artesanato, valorizando os aspectos únicos do produto (encontrado na região). COORDENADOR: SEDECTI RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO: Apex-Brasil / SEDECTI ESFERA DE ATUAÇÃO: Federal DATA DE INÍCIO: novembro/2016 DATA DE TÉRMINO: julho/2017 EIXO: Acesso a Mercados RESULTADO(S) ESPERADO(S) COM A AÇÃO: Melhorar a comercialização e divulgação do artesanato (resultado 4.1) 53 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 7. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO A gestão do plano de desenvolvimento será realizada pelo conselho como um todo e através da coordenação da Fundação Cultural e da SEDUC, de acordo com as informações identificadas pelos responsáveis na elaboração do plano. Estão definidas reuniões periódicas (bimestrais) entre os atores da governança para o acompanhamento da execução das ações propostas, apontadas na seção 6, assim como a verificação dos indicadores e resultados esperados apontados nas seções 4 e 5. Caso haja necessidade, qualquer ator da governança poderá solicitar reuniões extraordinárias mediante solicitação formal à coordenação. Será proposto que as reuniões sejam itinerantes, sendo promovidas nos diferentes polos. Porém esse formato dependerá dos recursos financeiros disponíveis para tal deslocamento. Serão consideradas válidas as reuniões que obtiverem no mínimo 40% de presença dos atores do conselho, da coordenação e no mínimo de um representante dos artesãos. A coordenação será responsável por registrar as atas das reuniões e por deixá-las disponíveis para consulta. Com relação às ações propostas, cada coordenador da ação irá expor o andamento destas para os demais componentes da governança nas reuniões ordinárias. Caso haja atraso ou não cumprimento dos prazos, os componentes da governança poderão, de forma consensual, alterar o(s) responsável(eis) pela ação. Poderão ocorrer reuniões pontuais caso haja demanda. Estas deverão ser registradas, e todo o conteúdo compartilhado entre os membros da governança. Todas as decisões devem respeitar os princípios estabelecidos pela governança: transparência, equidade, prestação de contas, conformidade e responsabilidade corporativa. Segue calendário das reuniões ordinárias: Data 22/10/2014 17/12/2014 18/02/2015 22/04/2015 24/06/2015 19/08/2015 21/10/2015 23/12/2015 Local Palmas/TO Palmas/TO Mateiros/TO Palmas/TO Palmas/TO Ponte Alta do TO Palmas/TO Palmas/TO 54 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 8. INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO A coordenação do APL (Fundação Cultural) tem como responsabilidade realizar o acompanhamento e avaliação das ações realizadas pelo arranjo, conforme o cronograma estabelecido (Anexo II). Cada ação possui um coordenador e este deverá demonstrar para o conselho um projeto detalhado para a sua realização, com base na ferramenta 5W2H demonstrada no formulário constante no Anexo III. O prazo para essa apresentação é de um mês antes da data apontada como início da ação (seção 6 do plano). O coordenador de cada ação ainda deverá demonstrar os resultados obtidos para que a coordenação do APL consolide e acompanhe a evolução das metas estabelecidas. Para tal serão considerados como documentos comprobatórios: Registros fotográficos; Listas de presença; Atas de reuniões; Projetos documentados; Notícias publicadas. Ainda, os coordenadores das ações poderão acionar outros atores da governança para auxiliar no processo de elaboração dos projetos e para a sua execução. Não foi definido um cronograma fixo para essas reuniões, sendo de responsabilidade de cada coordenador apontar a demanda e solicitar apoio. 55 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO 9. ANEXOS Relação dos anexos: ANEXO I – RELAÇÃO DAS AÇÕES COM RESULTADOS ESPERADOS ANEXO II – CRONOGRAMA DO PLANO DE AÇÃO ANEXO III – MODELO DE PROJETO DETALHADO 2 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ANEXO I – RELAÇÃO DAS AÇÕES COM RESULTADOS ESPERADOS INFRA E INVEST RESULTADOS ESPERADOS 4.1 Aumento do faturamento dos artesãos 1.1 X Melhoria nos indicadores sociais X Reativação da central de associações 4.3 AREJA Criação de um banco de dados único 4.4 com as informações do artesanato de Capim Dourado Participação em feiras nacionais de 4.5 artesanato 4.6 Artesãos Capacitados em Design Artesãos Capacitados em técnicas 4.7 gerenciais Criação de uma cooperativa de 4.8 artesanato do Capim Dourado 4.9 Criação de Lojas Itinerantes Lançamento de nova coleção com 4.10 design diferenciado das peças atualmente produzidas Formalização da governança do APL e cooperação e trabalhos conjuntos com 4.11 prefeituras, secretarias e agências estaduais 4.2 1.2 X X FINANCIAM ENTO 2.1 X X 2.2 GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO 4.1 X X 4.3 4.4 x x X 4.5 x 4.6 x x 4.7 x x 4.8 x x 4.9 4.10 4.11 4.12 5.1 x x 5.2 x x 5.3 x x 5.4 x x 5.5 x x DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO 6.1 x x 6.2 x x 6.3 x x 6.4 x x 6.5 x x 6.6 x x 7.1 x x x x x x x x x x x x x x x x 22 21 4 2 x x x x x TOTAL 3 x X 7.2 2 X X ACESSO MERCADOS x x X 4.2 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO 4 1 1 x x 4 x x 8 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ANEXO II – CRONOGRAMA DO PLANO DE AÇÃO COORDENADOR AÇÃO 1.1 AÇÃO 1.2 AÇÃO 2.1 AÇÃO 2.2 AÇÃO 3.1 AÇÃO 3.2 AÇÃO 3.3 AÇÃO 3.4 AÇÃO 3.5 AÇÃO 3.6 AÇÃO 4.1 AÇÃO 4.2 AÇÃO 4.3 AÇÃO 4.4 AÇÃO 4.5 AÇÃO 4.6 AÇÃO 4.7 AÇÃO 4.8 AÇÃO 4.9 AÇÃO 4.10 AÇÃO 4.11 AÇÃO 4.12 AÇÃO 5.1 AÇÃO 5.2 AÇÃO 5.3 AÇÃO 5.4 AÇÃO 5.5 AÇÃO 6.1 AÇÃO 6.2 AÇÃO 6.3 AÇÃO 6.4 AÇÃO 6.5 AÇÃO 6.6 AÇÃO 7.1 AÇÃO 7.2 GOVERNO FEDERAL GOVERNO FEDERAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL SEDECTI SEDECTI SEDECTI SEDECTI FUNDAÇÃO CULTURAL SEDECTI SEDECTI FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL SEDECTI SEDECTI SEDECTI FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL SEDECTI SEDECTI SEDECTI SEBRAE / ADTUR OCB / SEBRAE SEBRAE FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL FUNDAÇÃO CULTURAL SEDECTI SEDECTI jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 CRONOGRAMA ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO APL DO ARTESANATO DE CAPIM DOURADO DO JALAPÃO ANEXO III – MODELO DE PROJETO DETALHADO 2