SINGELA REPORTAGEM
A decisão do mentor espiritual por ninguém foi
bem aceita. Até mesmo aquele Espírito que fora,
por assim dizes, favorecido, também não se
conformou com a sorte que lhe coube.
Dirá você: - É sempre assim. Nem Deus agrada a
todos ... Quanto mais um mentor!
Vamos, porém, dar maiores detalhes para que
você compreenda a razão dessa insatisfação
generalizada.
O fato se deu no Plano Espiritual. Estavam ali
reunidos alguns Espíritos desencarnados
recentemente.
Conversei com o primeiro. Era o de um velho
padre. Em breves palavras sumariou toda sua
última existência. Criança órfã de pai e mãe, foi
posto por mãos amigas num convento católico,
onde abraçou a carreira eclesiástica. Sendo
dotado de grande inteligência, aproveitou a
oportunidade oferecida e fez-se sacerdote de
vasta cultura. Dominava idiomas antigos, como
o latim e o grego, além de conhecer a fundo
línguas modernas.
Mestre em Teologia e
Filosofia, seria capaz de manter acesas
discussões sobre vários textos pois não se
cansava de debruçar-se sobre os Evangelhos.
Uma vez desencarnado, queria entrar nos Céus!
Não abrira mão de todos os prazeres materiais
para merecer o convívio tão afável dos santos e
dos anjos celestes? Não se conformara quando
aquele mentor lhe dissera que deveria
reencarnar e fazer-se professor de uma escola do
interior, a fim de colocar todo o seu saber a
serviço da instrução da juventude!
Entrevistei o segundo. Fora pastor evangélico.
Fizera centenas de pregações emocionantes em
templos apinhados de fiéis que entoavam
lindíssimos cânticos de louvor ao Pai. Também
conhecia as Escrituras Sagradas como poucos,
pois sua especialidade fora estudar detidamente
todos os torneios da letra para melhor exegese
salvacionista. Assim, não poderia admitir a
estranha ideia de voltar à Terra na condição de
chefe de família numerosa, com a tarefa de ser o
condutor dos futuros parentes, ele que tanto
esperava entrar e ficar para sempre no Reino dos
Céus, junto de Deus e ao lado dos eleitos! Talvez
eu já adivinhasse sem dificuldade qual o motivo
do desapontamento do terceiro personagem.
Mas mesmo assim, dirigi-me até ele. E ele,
confirmando minhas suspeitas, desmanchou-se
em lamentações.
- Celso Martins no livro CONTANDO HISTÓRIAS
Fora espiritista. E espiritista desde a infância.
Frequentou aulas de evangelização, reuniões de
Mocidade e encontros de jovens. Uma vez
adulto, durante longos anos foi expositor
evangélico, proferindo centenas de palestras,
participando de sessões mediúnicas, lendo os
livros da codificação e coisas assim.
Desencarnado, julgava-se merecedor de
encarnar num mundo no qual houvesse menos
dor e menos ranger de dentes, E quando o
mentor lhe indicou nova existência terrena,
como médium, para melhor socorrer
encarnados e desencarnados, desiludiu-se de
vez!
Assim, meus três companheiros desejavam
imediata promoção e o julgamento mais
adequado lhes acenava com a possibilidade de
nobres oportunidades de aplicação de seus
talentos outra vez na Terra! E eles se
desapontaram! E o último? Sim, por que ele
também se mostrava contrariado? Também
teria sonhado subir a novas escalas evolutivas
e fora convidado a regressar ao ninho anterior,
de onde os quatro haviam partido fazia algum
tempo?
Aproximei-me dele. Percebi sem dificuldade
que ali estava uma criatura profundamente
humilde! - Fiquei confuso: Como poderia então
não aceitar o que lhe foa determinado? A
decisão partia de uma entidade mais
experiente ... Para esclarecer a dúvida, pedi
detalhes de seu passado. E com voz
embargada, se explicou:
Ah! Meu amigo ... Fui auxiliar de enfermeiro.
Queria ser médico. Dificuldades financeiras,
não me permitiram colocar no dedo a pedra
verde do anel de Esculápio. Arrimo de mãe
viúva, cheia de filhos menores, fia-me
enfermeiro. E consegui ganhar o pão de cada
dia para ajudá-la a criar os irmãos. Depois,
bem, depois, construi minha família. Família
pobre. Mas unida. Nela havia amor. O salário
sempre foi pequeno que trabalhava até em dois
hospitais. Assim se não estava num, estava
noutro. Mesmo assim encontrava tempo para
socorrer doentes pobres em seus casebres.
Apliquei muitas injeções em idosos quase
agonizantes! Curei feridas nas pernas de
crianças
miseráveis!
Algumas
noites
maldormidas ao lado dos que gemiam... Ah!
Meu amigo (e limpou uma lágrima que ia
rolando pelo rosto) assim vivi em contato com
a dor humana.
E como se envergonhasse da confissão, no que
era ouvido pelo padre, pelo pastor e pelo
espírita, arrematou:
-Veja, não tive tempo para pensar em mim. Não
conheci festas nem passeios. Sequer cuidei de
política, futebol ou religião, três temas
preferidos pelos homens de meu tempo. Só sei
que, após velhice tranquila, cercada de carinho
de amigos e familiares, aqui estou.
-E porque é que você está descontente com a
decisão anunciada pelo mentor que há pouco
esteve aqui dando as coordenadas pra todos
vocês?
-- Ora, meu amigo (respondeu com tristeza)
querem que eu vá reencarnar num mundo mais
feliz onde poderia sem dificuldades, estudar as
ciências médicas de um modo mais completo. ]
-E você acaso não se alegra com essa
possibilidade?
Foi quando ouvi esta explosão de palavras
comoventes, cortadas pela pranto:
-Mas como querem que eu vá para um mundo
melhor, se a Terra ainda tem tanta dor e tanto
sofrimento? Eu quero mesmo é voltar pra lá,
veja se me entende ...
-Mas você merece coisa melhor – teimei em
consolá-lo.
-E há coisa melhor que eu poderia desejar,
senão voltar pra junto de meus doentes na
qualidade de enfermeiro de última categoria?
-Sinceramente, fiquei sem saber o que mais
dizer.
-E porque sentisse, onde quer que estivesse, a
minha preplexidade, eis que o mentor de novo
se fez visível entre nós.
Abraçando-me,
respondeu, com firmeza:
- Deus é Bondade e é Justiça. E por ser bom e
justo, vai conceder a este amigo, que acaba de
dar provas reais de sua verdadeira humildade,
aquilo que tanto quer. Ao lado do padre, do
pastor e do espírita, dentro em breve ele estará
de novo no cenário terreno.
E aí, antes de qualquer manifestação de nossa
parte, desapareceu.
E eu que vinha de
perplexidade em perplexidade, não sei como
arrematar esta singela reportagem: Se digo que
fiquei bôbo diante da cara feia do padre, dos
resmungos do pastor e do desagrado do
espírita,
ou
que
fiquei
boquiaberto,
maravilhado diante da luz que se irradiou da
face do ex-auxiliar de enfermagem quando
soube da sua volta para cuidar de seus
doentes!!!!!
Somos um Centro Espírita Kardecista que desenvolve o ensino, o estudo, a prática e a difusão da Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto filosófico, científico e religioso - de conformidade com as obras da Codificação de Allan Kardec.
Entre nossas atividades temos o atendimento social que no momento atende 49 famílias para as quais mantemos uma campanha
permanente de doação de itens da CESTA BÁSICA, sugerindo Arroz, Feijão, Fubá, Óleo, Macarrão, Molho de Tomate, Pó de Café, Açúcar,
Sal, Sardinha em Lata, Farinha de Milho e o Leite Longa Vida.
Atendemos também em nosso Departamento de Assistência Espiritual e no Departamento de Orientação e Encaminhamento às pessoas
que procuram nossa casa para esse fim, Procuramos dentro das nossas possibilidades, seguir os ensinamentos do Evangelho de Jesus
Cristo, com disciplina e muito Amor ao Próximo.
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CEAL
Nesta Edição
Ano XIX – no 98
Casa Espírita André Luiz
INFORMATIVO – Setembro/Outubro 2014
Depto de Divulgação da CEAL
www.cealbp.org
A ESCOLA
ADEQUADA
EDITORIAL
Veículo poderoso é a palavra que reflete, de forma segura, o nível moral em que nos
encontramos.
Falando, o professor eleva a mente dos seus aprendizes. Usando a palavra, o malfeitor
arrasta muitos para o crime.
Conversando, a mãe educa o filho, apontando-lhe os caminhos da honra e do dever.
Usando da palavra, maus líderes conduzem os povos às guerras, permitindo que a boca
escancarada da morte ceife vidas preciosas.
RACIOCINEM
COMIGO
Bons governantes, preocupados com os seus comandados, sua responsabilidade, elaboram
discursos de paz e se esforçam por concedê-la.
Jesus falou e o Evangelho surgiu como a Boa Nova que todos aguardavam, sofridos e
desalentados.
Antes Dele, a fim de preparar os caminhos, uma voz se ergueu desde o deserto até as
margens do rio Jordão, pregando um novo tempo. Um tempo em que os homens poderiam
ouvir o doce cântico de um Rabi.
Nas tardes quentes, nas noites amenas, Jesus serviu-Se da palavra para ensinar as
verdades do Pai que está nos céus, para manifestar a Sua vontade generosa e curar
enfermos.
Declaração
de Bispo
Católico
Com Sua palavra salvou da morte por apedrejamento uma mulher que se enganara,
esquecendo dos seus deveres de esposa. E a outra ofereceu a água viva que mata a sede
de saber espiritual. Serviu-Se da palavra e pediu perdão ao Pai para os que O crucificaram e
com a palavra da fé entregou-Se a Deus.
O apóstolo Paulo, pela palavra consciente e esclarecedora, levou as boas novas do Reino de
Deus a muitos lugares.
De tal forma deixava-se inflamar pela inspiração dos céus, que sua palavra convertia
multidões. Tão bem se expressava e com tal fervor que chegaram a confundi-lo com o
próprio Deus.
A tarefa
de
Evangelização
Gandhi serviu-se da palavra para convidar a todos os seus irmãos da Índia a se unirem pelo
mesmo ideal. Martin Luther King Jr. discursou em nome da paz, desejando que brancos e
negros se sentissem irmãos.
Quando a guerra civil devastava o solo americano, o Presidente Lincoln usou da palavra de
bom ânimo para levantar a moral dos soldados abatidos pelas derrotas e pelo abandono que
acreditavam sofrer.
EXPEDIENTE JORNAL
CAMINHO DA LUZ
Publicação da Casa
Espírita André Luiz
Coordenação e
Diagramação: Ednilsen
C. Martinez
Acesse estas e outras
informações em nosso
site www.cealbp.org.
A palavra é sempre a manifestação da inteligência sadia ou enferma. É a base da escrita. E,
toda vez que utilizamos a palavra, semeamos bênçãos ou espalhamos tempestades.
Aprendamos a calar toda frase que destrua porque toda palavra que agride é moeda falsa no
tesouro do coração.
Singela
Reportagem
Pensemos sobre a força da palavra e a finalidade para a qual nos foi concedida. Deus que
jamais coloca em nosso caminho qualquer instrumento para o mal, espera de nós a bênção e
o respeito à palavra, para que sejamos intérpretes da Lei do Amor, nos caminhos da
elevação, hoje e sempre.
Departamento de Divulgação
A prece é sempre um hífen de luz pelo qual você chegará ao Mestre e Guia, livre e feliz.
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Conforme os ensinamentos dos Espíritos, a Terra passa por um período
muito significativo. Trata-se do término de um estado evolutivo e do
princípio de outro.
Cuida-se, na conformidade dos ditos populares, do fim dos tempos.
Mas é apenas do fim dos tempos de angústia que se fala.
A vida no planeta não vai cessar e nem a Humanidade se extinguirá.
Vive-se a transição da fase de provas e expiações para a de regeneração
e paz. Em decorrência dessa transição, muitos fenômenos angustiantes
chamam a atenção.
São terremotos, tsunamis, enchentes, desmoronamentos e tragédias as
mais diversas.
Mas, de outro lado, dão-se ocorrências não menos interessantes: - São
os espetáculos da solidariedade, quando incontáveis mãos se
movimentam para socorrer quem sofre. Regimes totalitários são postos
em xeque por ideais e movimentos democráticos. A evolução
informática e a troca de dados tornam mais difícil a criminalidade
anônima e impune. São tempos novos esses. Neles, os valores são
colocados em teste. É necessário definir-se.
Ou se decide viver de forma digna e fraterna ou se busca levar
vantagem com a instabilidade temporária.
Ocorre que nessa definição de rumos cada um traçará o seu destino.
Porque na Terra em breve devem cessar os espetáculos da dor mais
atroz. O ambiente planetário se tornará regenerador e pacífico.
Os mundos funcionam como escolas nas quais os Espíritos são
matriculados pela Divindade. Eles oscilam grandemente em suas
características. Alguns se assemelham a hospitais e a penitenciárias.
Neles encarnam os doentes da alma, portadores de incontáveis vícios.
Orgulhosos, cruéis, preguiçosos e espertos compõem a maioria dos
habitantes.
Evidentemente, há os que têm sucesso em suas lutas íntimas e não se
acomodam a esse quadro. Embora com dificuldade, seu viver é digno.
Também há os missionários do amor Divino, que ali estão na qualidade de
professores do bem infinito.
Mas existem os mundos destinados à tranquila maturação das virtudes.
Ser eleito para a paz ou para os duros embates depende da própria
realidade íntima. Neste momento, cada homem define o seu futuro.
Na Terra, só devem continuar a renascer os dispostos ao trabalho e à
vivência do bem.
Quem gosta de levar vantagem e fica indiferente ante a dor alheia nela não
encontrará mais recursos evolutivos. Pois sensibilidades embotadas
necessitam ser trabalhadas por grandes dores.
O ser endurecido precisará renascer em mundos mais primitivos, para ter
as lições adequadas ao seu caráter.
Convém refletir sobre essa transformação do planeta e definir o próprio
futuro.
Redação do Momento Espírita.
Peço a vocês que raciocinem comigo:
o Paraíso e o Inferno existem sim, mas ninguém entra ou sai deles senão pelas portas do coração, que estão sempre abertas, tanto na
entrada quanto na saída. O grande juiz não está num tribunal público, mas sim dentro de cada filho de Deus e o seu nome é consciência.
As chamas eternas são aquelas resultantes de maus atos, que ardem mesmo sem parar, até que o arrependimento e o desejo sincero de
mudança de atitudes as apaguem.
O dia do juízo não está no calendário, mas na recompensa ou no arrependimento, respectivamente pelo bem ou pelo mal praticados; assim,
temos muitos dias do juízo em nossa trajetória existencial. O importante é que o dia seguinte de cada um desses dias do juizo seja sempre a
retomada do progresso rumo a um futuro feliz. Nessa viagem, o arrependimento, a resignação e o trabalho de reconstrução serão nossos
companheiros de jornada. O abraço da morte, a que os homens chamam de morte, como vocês próprios podem testemunhar, não é o fim da
vida; ao contrário, é sua continuidade; o nascimento e a morte, são segmentos de uma mesma reta, percorrida pelo espírito, que é imortal;
a vida se processa em dois planos, material e espiritual; para vivenciar no primeiro, há necessidade de um corpo físico, dispensável no
plano espiritual; A fome e a sede, tão exigentes, além de outras necessidades e sensações que vêm conosco , representam as fortes
impressões deixadas pelo corpo físico, mas que gradualmente irão desaparecendo, à medida que pudermos nos identificar com a nova
realidade – fazendo da oração sincera um manancial para nosso sustento.
- Assim como as estrelas nascem todas as noites, movimentam-se pelo Céu e morrem todos os dias, também nós nascemos e morremos
muitas vezes, até que um dia seremos um Sol a brilhar sem cessar na imensidão celeste.
O Dia Mundial da Criança é oficialmente o dia 20 de novembro, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi
aprovada a Declaração dos Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança em 1989. Porém, a data efetiva de comemoração varia
de país para país.
No ano de 1924, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi
oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924. Mas somente em 1960,
quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar
suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram
escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante no Brasil.
Estamos novamente convidando todos os jovens frequentadores da CEAL, para as Reuniões do Grupo
MOCIDADE ESPÍRITA, todos os sábados que a partir deste mês, acontecerá sempre no horário das 9:00 às
10:30 horas. Sua presença é muito importante para nós.
Esperamos por vocês!!!!!!!
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Nesta Edição
DECLARAÇÃO DE BISPO CATÓLICO
Dom Roque Sebastião Rabelo, Bispo Auxiliar do
Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo,
Arcebispo da Arquidiocese Metropolitana de
Belo Horizonte, MG, recentemente, num de seus
programas diários, às 12,30 horas, com duração
de dez minutos, “A Luz do Caminho”, na Rádio
América da citada Arquidiocese, fez uma
abordagem da conhecida Parábola do Bom
Samaritano.
Um intérprete da Lei inquiriu Jesus sobre o que
deveria fazer, para adquirir a salvação. E o
Mestre respondeu-lhe com outra pergunta: O
que está escrito na Lei? O homem recitou para
Ele o que lemos em Lucas 10:27, e que constitui
a base das Tábuas da Lei, ou seja, o preceito do
amor a Deus e aos nossos semelhantes. E Jesus
disse-lhe: Faça isso.
Mas o indivíduo quis saber do Mestre quem é o
nosso próximo. Então Jesus narra-lhe a citada
Parábola. E ei-la: Um homem foi assaltado entre
Jerusalém e Jericó. Descendo em direção a esta
cidade, um sacerdote encontrou-o ferido e caído
à beira da estrada. Mas, passou direto, sem o
socorrer. Em seguida, transitou também pelo
mesmo local um levita, uma pessoa muito
ligada, igualmente, às práticas religiosas
judaicas. Mas, semelhantemente ao sacerdote,
nada fez para acudir a vítima.
Por fim, um samaritano, ao deparar-se com o
homem ferido, cuidou dele, e levou-o para uma
hospedaria, pagando todas as despesas feitas
com os cuidados de seus ferimentos. E Jesus
concluiu que esse Bom Samaritano cumpriu a Lei
Divina do amor ao seu próximo.
Com essa parábola, Jesus quis, justamente,
dar-nos um exemplo da prática do amor ao
nosso semelhante, a qual se constitui num
dos principais pilares doutrinários da sua
Mensagem Evangélica.
E outra não é, também, senão a Doutrina
Espírita. Enquanto que o Apóstolo São Tiago
afirma em sua Carta que a fé sem obras é
morta, e o Apóstolo São Paulo diz que
mesmo que tenhamos uma fé que remove
montanhas, ela de nada vale, se não
tivermos caridade, o Codificador do
Espiritismo proclamou solenemente que
fora da caridade não há salvação.
Num momento de inspiração e coragem,
Dom Roque comparou os sacerdotes
daquela época com os padres e pastores da
atualidade. Identificou os levitas com os
bispos de hoje, isto é, os intérpretes das
questões religiosas, como o eram aqueles. E
o Bom Samaritano, segundo o ilustre
Prelado da Igreja, é representado hoje pelos
Espíritas, os que, realmente, praticam a
caridade e o amor ao próximo.
Nossos parabéns a Dom Roque, por seu
gesto de humildade e de coragem em dizer
verdades que, ao mesmo tempo que são
uma advertência aos elementos de sua
própria Igreja e de outras co-irmãs dela, são
um elogio aos Espíritas. Parabéns, também,
ao Cardeal Dom Serafim Fernandes de
Araújo, por um seu grande exemplo,
igualmente com características afins às do
gesto de Dom Roque, quando, já há algum
tempo, gravou uma mensagem divulgada
por todos os grandes canais de TV de Belo
Horizonte, em que, com
muita dignidade de um grande, sensato e sábio
Cardeal da Igreja, conclama os católicos para
colaborarem com a monumental obra de caridade
do Núcleo de Assistência Social “Caminhos para
Jesus”, conhecida e respeitada organização
espírita de assistência a deficientes mentais de
nossa Capital, e que cumpre de maneira brilhante
as Doutrinas Cristã e Kardecista, organização essa
a que não podem faltar aqui, também, os nossos
parabéns.
Coisas desse gênero são muito louváveis, pois o
amor a Deus de palavras é muito fácil, mas, na
realidade, muito difícil, já que tem que passar
pelo crivo da prática do não fácil amor ao nosso
semelhante, e sem o que não existe o amor a
Deus. É o que nos afirma São João, em sua
Primeira Carta, 4, 20: “ …aquele que não ama a
seu semelhante, a quem vê, não pode amar a
Deus, a quem não vê.”
Não vai muito longe o tempo em que só uma
minoria de intelectuais católicos e protestantes
reconhecia o valor e a importância do Apostolado
Espírita, que sempre se conduziu pela prática do
amor ao nosso semelhante. Mas agora chegou a
vez de os próprios bispos, padres e pastores
estarem reconhecendo que os seguidores de
Kardec são, também, “ipso facto”, respeitados
discípulos de Jesus, sepultando para sempre a
ignominiosa e injusta pecha que se lhes atribuiu,
por um longo período, de macumbeiros e
feiticeiros, embora, por ignorância, e, às vezes,
por safadeza mesmo, algumas pessoas ainda
continuem querendo denegrir a imagem dos
espíritas.
A TAREFA DE EVANGELIZAÇÃO NO CENTRO ESPÍRITA – Depto. De Infância e Juventude/FEB
“Equipe de Jesus em ação” Esta é a definição de Instituição
Espírita dada por Bezerra de Menezes em mensagem datada de
1982, que aborda a relevância da tarefa de evangelização
espírita infantojuvenil.
Sintética, mas completa, tal definição convida os trabalhadores
espíritas a uma ação conjunta e integrada, fortalecida nos
ensinos do Evangelho de Jesus e dinamizada pelo espírito de
união que deve permear o estudo, a prática e a difusão da
Doutrina Espírita.
O conjunto das nobres ações, realizadas pelos centros espíritas,
encontra ressonância no coração de todos os que buscam o
esclarecimento e o consolo proporcionado pelos ensinamentos
espíritas, abrangendo a sociedade em geral, desde a tenra
idade.
Referindo-se aos compromissos da Instituição Espírita, Bezerra
completa: (...) como tal [equipe de Jesus em ação], deverá concretizar seus
sublimes programas de iluminação das almas, dedicando-se com todo
empenho à evangelização da infância e da mocidade.
A ação evangelizadora nos centros espíritas promove a
aproximação da mensagem de Jesus e dos ensinamentos
espíritas aos corações das crianças e jovens, oferecendo-lhes
ferramenta para o auto aprimoramentos e para a construção do
mundo novo. A fé raciocinada, a prática da caridade e a
formação do homem de bem, fundamentadas no
conhecimento da Doutrina Espírita, articulam pensamento,
sentimento e ação, dando-lhes coerência e fortalecendo os
Espíritos recém reencarnados em suas escolhas e atitudes diante
da vida.
Por essa razão, a organização da atividade de
evangelização espírita infantojuvenil nas instituições espíritas
apresenta-se como ação relevante e é destacada por Espíritos
como Bezerra de Menezes, Guillon Ribeiro, Francisco Thiesen e
Joanna de Angelis, cujas mensagens e orientações, de alto
significado, são apresentadas nos trechos a seguir:
BEZERRA DE MENEZES * Tem sido enfatizado, quanto possível, que a
tarefa da Evangelização Espírita Infantojuvenil é do mais alto significado
dentre as atividades desenvolvidas pelas Instituições Espíritas, na sua
ampla e valiosa programação de apoio à obra educativa do homem. Não
fosse a evangelização, o Espiritismo, distante de sua feição evangélica,
perderia sua missão Consolador.
JOANNA DE ANGELIS * Graças ao trabalho preparatório que se vem
realizando há anos junto a criança e ao jovem, é que encontramos uma
floração abençoada de trabalhadores, na atualidade, que tiveram o seu
inicio sadio e equilibrado nas aulas de evangelização espírita, quando
dos seus dias primeiros na Terra. Este ministério de preparação do
homem do amanhã facultará ao Brasil tornar-se realmente “O Coração
do mundo e a Pátria do Evangelho”
Esperamos que os trechos supra citados possam inspirar e auxiliar
os tarefeiros a uma ação conjunta nos centros espíritas, unindo
esforços em busca da formação do homem novo w da
construção do mundo novo, percebendo na tarefa de
Evangelização Espírita Infantojuvenil espaço significativo de
atuação junto às novas gerações. PROSSIGAMOS UNIDOS.
Página extraída de REFORMADOR abril/2013
Pag. 3