Primeira Etapa
1a e 2a PARTES
Português História Geografia L. Estg.
LEIA COM ATENÇÃO
01. Só abra este caderno após ler todas as instruções e quando for autorizado pelos fiscais da sala.
02. Preencha os dados pessoais.
03. Autorizado o início da prova, verifique se este caderno contém 64 (sessenta e quatro) questões. Se
não estiver completo, exija outro do fiscal da sala.
04. Todas as questões desta prova são de múltipla escolha, apresentando como resposta
alternativa correta.
uma
05. Ao receber a folha de respostas, confira o nome da prova, o seu nome e número de inscrição.
Qualquer irregularidade observada, comunique imediatamente ao fiscal.
06. Assinale a resposta de cada questão no corpo da prova e, só depois, transfira os resultados para a
folha de respostas.
07. Para marcar a folha de respostas, utilize apenas caneta esferográfica preta e faça as marcas de
acordo com o modelo (••••••••). A marcação da folha de respostas é definitiva, não admitindo rasuras.
08. Só marque uma resposta para cada questão.
09. Não risque, não amasse, não dobre e não suje a folha de respostas, pois isso poderá prejudicá-lo.
10. Se a Comissão verificar que a resposta de uma questão é dúbia ou inexistente, a questão será
posteriormente anulada e os pontos a ela correspondentes, distribuídos entre as demais.
11. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das
provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir.
N o m e:
I n scr i çã o :
I d en t i d a d e :
Ó r g ã o E xp e d id o r :
A ssi n at u ra :
COMISSÃO DE PROCESSOS
SELETIVOS E TREINAMENTOS
Português
TEXTO 1
TEXTO 2
Profissão de fé.
(...)
Invejo o ourives
Quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
(...)
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito.
(...)
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.
(Olavo Bilac. Poesia. Rio de Janeiro: Agir,
s/d. Fragmento).
01. Os dois textos apresentados acima, quanto à temática
que desenvolvem, podem ser considerados:
A)
paradoxais, pois, enquanto o texto 1 explora o
minucioso cuidado do ofício de fazer poesia, o
texto 2 explora a idéia de que escrever com
desenvoltura dispensa tenacidade e pertinácia.
B) análogos, embora o eixo das semelhanças entre
eles se restrinja à forma de sua superfície e,
assim, as perspectivas com que os temas são
abordados se distanciem essencialmente.
C) inter-relacionados, ainda que a perspectiva
escolhida em um e outro texto descarte a idéia de
que, em qualquer escrita, existe um sujeito que,
de diferentes modos, intervém em seu texto.
D) centrados na mesma questão, embora, no texto
1, sobressaia a analogia, o cuidado com a forma
e a inversão na ordem das palavras, conforme os
padrões do gênero e da filiação literária do autor.
E) convergentes, mesmo tendo em conta que o
texto 2 assume uma perspectiva puramente
lingüística, desconsiderando os fatores presentes
na situação em que ocorre a atividade verbal.
Letra D
Justificativa:
Escrever é um ato que exige empenho...
Muitas pessoas acreditam que aqueles que
redigem com desenvoltura executam essa tarefa como
quem respira, sem a menor dificuldade, sem o menor
esforço. Não é assim. Escrever é uma das atividades
mais complexas que o ser humano pode realizar. Faz
rigorosas exigências à memória e ao raciocínio. A
agilidade mental é imprescindível para que todos os
aspectos envolvidos na escrita sejam articulados,
coordenados, harmonizados de forma que o texto seja
bem sucedido.
Conhecimentos de natureza diversa são
acessados para que o texto tome forma. É necessário que
o redator utilize simultaneamente seus conhecimentos
relativos ao assunto que quer tratar, ao gênero adequado,
à situação em que o texto é produzido, aos possíveis
leitores, à língua e suas possibilidades estilísticas.
Portanto, escrever não é fácil e, principalmente, escrever
é incompatível com a preguiça.
A tarefa pode ir ficando paulatinamente mais fácil
para profissionais que escrevem muito, todos os dias,
mas mesmo esses testemunham que escrever é um
trabalho exigente, cansativo e, muitas vezes, frustrante.
Sempre queremos um texto ainda melhor do que o que
chegamos a produzir e poucas vezes conseguimos
manter na linguagem escrita todas as sutilezas da
percepção original acerca de um fato ou um pensamento.
O que admiramos na literatura é justamente essa
especificidade, essa possibilidade de expandir pela
palavra escrita emoções, pensamentos, sensações,
significados, que nós, leigos, não conseguimos traduzir
com propriedade.
(Lucília H. do Carmo Garcez. Técnica de redação – o que é
preciso saber para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes,
2001. Fragmento).
De fato, os dois textos se centram na mesma
temática – a atividade de escrever – embora o
primeiro seja um texto poético, composto em torno
de uma analogia entre o trabalho do escritor e
aquele do ourives e construído conforme os cânones
da escola literária a que pertence o autor.
As outras opções não têm consistência, pois os dois
textos não são paradoxais, são distintos na forma e
não descartam a idéia de um sujeito interveniente.
Além disso, o texto 2 é explícito quanto à relevância
dos fatores presentes na situação de comunicação.
02. Correlacionando os dois textos, quanto a aspectos de
seu conteúdo e de sua organização, podemos concluir
que:
A)
B)
o trecho do poema: “torce, aprimora, alteia, lima a
frase” poderia encontrar uma justificativa, no texto
2, em “Sempre queremos um texto ainda melhor
do que o que chegamos a produzir”.
se “Escrever é uma das atividades mais
complexas que o ser humano pode realizar”, para
o poeta, escrever tem a simplicidade de quem
desenha uma flor.
C)
nos dois textos, a visão do poeta e a do escritor
comum, sobre o resultado de seus ofícios,
coincidem enquanto ambos crêem ser possível
alcançar o sucesso pleno e a forma perfeita.
D) o centro da discussão, em ambos os textos, é a
aprendizagem da escrita, que, ao jeito do ourives,
se assenta sobre a exploração de habilidades
inatas e naturais.
E) enquanto, para o poeta, a escrita requer perícia,
e perfeição, para o outro autor, a ‘desenvoltura’
na tarefa de escrever é privativa dos profissionais
da escrita.
Letra A
Justificativa:
O trecho citado: ”torce, aprimora, alteia, lima a frase”,
evidentemente, poderia encontrar uma explicação no
fato de sempre acreditarmos que nossos textos
podem chegar a uma formulação ainda melhor.
As outras opções não procedem, uma vez que, para
o poeta, escrever é uma atividade que exige muito
esmero; ambos, poeta e escritor, têm consciência de
que não conseguem chegar, em suas obras, à forma
plena; os dois textos não contemplam a
aprendizagem da escrita; nem se propõe que
escrever com desenvoltura é habilidade dos
profissionais da escrita.
03. Explorando aspectos morfossintáticos de ocorrências
dos textos 1 e 2, podemos afirmar que:
A)
na primeira estrofe do poema, o pronome ‘ele’
retoma a referência anterior feita a ‘o amor’.
B) em “Imito-o”, o pronome ‘o’ retoma a referência
anterior feita a ‘o ourives’.
C) a palavra ‘pena’ tem, no texto 1, um duplo
sentido, embora prevaleça o sentido simbólico do
árduo esforço de quem escreve.
D) Em: “A agilidade mental é imprescindível”, os dois
sufixos sublinhados têm o mesmo sentido.
E) Em: “escrever é incompatível com a preguiça”, o
prefixo que aparece na palavra sublinhada
equivale, em sentido, ao que aparece na palavra
“injetável”.
Letra B
Justificativa:
O pronome que aparece em: “Imito-o” tem como
referente textual a expressão ‘o ourives’. Assim
como o pronome ‘ele’, que ocorre no terceiro verso.
Já a palavra ‘pena’ não tem no texto um duplo
sentido nem expressa, naquele contexto, um sentido
predominantemente simbólico. Além disso, os
sufixos, em ‘mental’ e ‘imprescindível’, e os prefixos,
em ‘incompatível’ e ‘injetável’ não têm o mesmo
sentido.
04. No texto 1, alguns elementos são colocados em
equivalência, uma estratégia do autor para reiterar a
analogia sobre a qual se assenta sua criação poética.
Analise o que se afirma abaixo sobre essas
equivalências.
1)
2)
3)
O ‘ourives’ e o ‘poeta’ estão no mesmo plano da
figuração criada no poema.
A ‘pena’ e o ‘cinzel’ representam, cada um em
seu espaço, o instrumento de trabalho.
Se um dos artistas trabalha sobre a ‘prata firme’,
o outro faz suas criações sobre o ‘papel’.
4)
O poeta deseja ter o esmero que ele supõe ter o
ourives quando aprimora sua obra.
5) Só os peritos conseguem atingir a perfeição, no
ofício de, ao jeito do ourives, produzir notícias.
Estão corretas:
A) 1, 2, 3 e 4 apenas
B) 2, 4 e 5 apenas
C) 1 e 3 apenas
D) 3, 4 e 5 apenas
E) 1, 2, 3, 4 e 5
Letra A
Justificativa:
De fato, as opções 1, 2, 3 e 4 é que correspondem
ao que está presente no poema de Olavo Bilac: o
‘ourives’ e o ‘poeta’ representam o mesmo papel na
analogia criada no texto; a ‘pena’ e o ‘cinzel’
correspondem ao instrumento de trabalho de cada
um, assim como a ‘prata’ e o ‘papel, representam a
matéria em que cada um faz seu trabalho. O poeta
deseja ter o esmero com que o ourives aperfeiçoa
sua obra. A última opção são palavras justapostas
cujo sentido não encontra apoio no texto:
05. Analisemos a seguinte estrofe do texto 1: “Por isso,
corre, por servir-me,/ Sobre o papel/ A pena, como em
prata firme corre o cinzel.” e vejamos as afirmações
que são feitas a seguir.
1)
A estrofe poderia ser reformulada, em prosa,
como: “Por isso, por servir-me, a pena corre
sobre o papel, como o cinzel corre em prata
firme.”
2) O conector ‘como’ sinaliza a relação de
comparação que é estabelecida na estrofe.
3) A expressão ‘sobre o papel’, neste contexto,
também poderia admitir a variante ‘sob o papel’.
4) a expressão ‘por isso’ expressa um sentido de
conclusão. Equivale a ‘portanto’.
Estão corretas:
A) 1, 2 e 3 apenas
B) 2 e 3 apenas
C) 1, 2 e 4 apenas
D) 2 e 4 apenas
E) 1, 2, 3 e 4
Letra C
Justificativa:
As alternativas corretas são 1, 2 e 4. O sentido do
trecho em prosa corresponde ao do verso citado; o
conectivo ‘como’ expressa um valor comparativo e a
locução ‘por isso’ tem um valor de conclusão.
Evidentemente, ‘sobre‘ e ‘sob’ não são formas
equivalentes quanto ao sentido.
06. No texto 2, o autor vincula a complexidade da
atividade de escrever ao fato de essa atividade:
A)
B)
C)
exigir a dedicação diuturna de profissionais
engajados na comunicação regulada pelas
possibilidades estilísticas da língua.
mobilizar diferentes capacidades psíquicas e
cognitivas
e
requerer
o
domínio
de
conhecimentos de diversas ordens.
dificultar a manutenção de todas as sutilezas que
correspondem à percepção original acerca de um
fato ou de um pensamento.
D)
pressupor um sujeito culturalmente cioso da
possibilidade de um texto dever chegar a uma
forma articulada e perfeita.
E) possibilitar a expressão artística de emoções,
pensamentos, sensações e significados, de uma
forma inalcançável para o escritor comum.
Letra B
Justificativa:
A explicação que a autora dá para a complexidade
da escrita é o fato de ela mobilizar diferentes
capacidades mentais e cognitivas e requerer
conhecimentos lingüisticos e de outras ordens, como
aqueles decorrentes da situação em que os eventos
comunicativos ocorrem. As explicações que
aparecem nas outras alternativas não correspondem
ao que é postulado como justificativa para a
complexidade da escrita.
07. O uso do pronome ‘nós’ no parágrafo final do texto 2
constitui uma indicação de que:
A)
existe no texto mais de um interlocutor no
comando da interação.
B) o autor se sente inserido no grupo de seus
possíveis leitores.
C) aquele que está com a palavra não assume a
responsabilidade do que diz.
D) as afirmações feitas carecem de consistência e
precisão teórica.
E) o texto se dirige a um público desconhecido,
imprevisível e heterogêneo.
Letra B
Justificativa:
O uso do pronome ‘nós’, no texto, constitui uma
marca de que o autor se considera pertencendo ao
grupo de seus leitores; ou seja, o autor se sente
‘como um deles’ ou ‘no meio deles’; daí, o uso da
primeira pessoa do plural. As outras alternativas não
têm apoio no texto: não existe mais de um
interlocutor no comando da interação; nada mostra
que o autor não deseja assumir a responsabilidade
do que diz; não falta consistência e precisão teórica
para o que é afirmado; o público a que se destina o
texto não é imprevisível.
08. As palavras que ocorrem em um texto têm sempre
uma função determinada. Leia os trechos abaixo,
transcritos do texto 2, e analise a função que é
indicada para as expressões sublinhadas.
A)
“Não é assim”. Termo que retoma, que supõe
uma informação previamente dada.
B) “A agilidade mental é imprescindível para que
todos os aspectos envolvidos na escrita sejam
articulados”. Expressão conectora que expressa
idéia de causalidade.
C) “Portanto, escrever não é fácil”. Palavra de
ligação que denota um sentido de concessão.
D) “A tarefa pode ir ficando paulatinamente mais
fácil”. Termo que indica uma localização temporal
de simultaneidade.
E) “O que admiramos na literatura é justamente
essa especificidade. Sempre queremos um texto
ainda melhor do que o que chegamos a produzir.”
Termo que exprime um estado de dúvida, de
incerteza.
Letra A
Justificativa:
O termo ‘assim’, neste texto, tem claramente a
função de retomar uma informação previamente
apresentada. As alternativas seguintes são
inconsistentes: ‘para que’ expressa idéia de
finalidade e não de causalidade; ‘portanto’ é uma
palavra de ligação com um sentido de conclusão; o
termo ‘simultaneamente’ não implica uma localização
temporal de simultaneidade e, por fim, o termo
‘justamente’ não expressa dúvida ou incerteza.
TEXTO 3
-Falar português não é difícil – me diz um francês residente
no Brasil -, o diabo é que, mal consigo aprender, a língua
portuguesa já ficou diferente. Está sempre mudando.
E como! No Brasil as palavras envelhecem e caem como
folhas secas. Ainda bem a gente não conseguiu aprender
uma nova expressão, já vem o pessoal com outra.
Não é somente pela gíria que a gente é apanhado. (Aliás, já
não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como
do plural: tudo é ‘a gente’.) A própria linguagem corrente
vai-se renovando, e a cada dia uma parte do léxico cai em
desuso. É preciso ficar atento, para não continuar usando
palavras que já morreram, vocabulário de velho que só
velho entende.
Os que falariam ainda em cinematógrafo, auto-ônibus,
aeroplano, estes também já morreram e não sabem. Mas
uma amiga minha, que vive preocupada com este assunto,
me chama a atenção para os que falam assim:
- Assisti a uma fita de cinema com um artista que
representa muito bem.
Os que acharem natural esta frase, cuidado! Não saberão
dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E
irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestidos de
roupa de banho em vez de calção ou biquíni, carregando
guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel
em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez
de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear
na calçada e percorrer um quarteirão em vez de uma
quadra. Viajarão de trem de ferro acompanhados de sua
esposa ou sua senhora em vez de sua mulher.
A lista poderia ser enorme, mas vou ficando por aqui, pois
entre escrever e publicar há tempo suficiente para que tudo
que eu disser caia em desuso – é dito e feito.
(Fernando Sabino, Folha de S. Paulo, 13/04/1984).
09. Está em consonância com o texto 3 a seguinte idéia:
A)
a instabilidade do vocabulário, verificada na
língua portuguesa, decorre da introdução, nessa
língua, de uma grande quantidade de gírias.
B) a língua com que as pessoas se comunicam
cotidianamente preserva suas formas de uso, a
fim de possibilitar a intercomunicação social.
C) devemos atentar para as novas palavras que são
introduzidas na língua a todo momento; do
contrário podemos ser incompreendidos.
D) a dificuldade identificada na língua portuguesa é
conseqüência do uso corrente de palavras e
expressões que já caíram em desuso.
E) o uso de palavras como ‘cinematógrafo’, ‘autoônibus’, ‘aeroplano’, dentre outras, revela, no
Brasil de hoje, um esforço de adequação cultural.
Letra C
Justificativa:
A alternativa C corresponde a uma paráfrase da idéia
de que “É preciso ficar atento, para não continuar
usando palavras que já morreram, vocabulário de velho
que só velho entende.” As outras alternativas não
correspondem a idéias do texto 3: nele, não se afirma
(como na alternativa A) que a instabilidade do nosso
vocabulário decorre da introdução de uma grande
quantidade de gírias. Não está de acordo com o texto,
ainda (alternativa B), que a língua cotidiana preserva
sua fixidez, a fim de possibilitar a intercomunicação. É
exatamente da inexistência de uma fixidez que reclama
o autor. Também não está de acordo com o texto a
idéia de que (alternativa D) a dificuldade da língua
portuguesa é conseqüência do uso corrente de
palavras e expressões que já caíram em desuso. Por
fim, o uso de palavras como ‘cinematógrafo’, ‘autoônibus’, ‘aeroplano’, dentre outras, (alternativa E)
revela, segundo o texto, total inadequação cultural, no
Brasil de hoje.
10. “No Brasil as palavras envelhecem e caem como
folhas secas.” Com essa afirmação, o autor corrobora
uma das características presentes em todas as
línguas, que é:
A) a efemeridade de seu vocabulário.
B) a longevidade de sua estrutura.
C) a precariedade de suas regras.
D) a dificuldade de sua nomenclatura.
E) a instabilidade de sua ortografia.
Letra A
Justificativa:
Ao afirmar que “as palavras envelhecem e caem
como folhas secas”, o autor se refere à efemeridade
que caracteriza o vocabulário de uma língua.
12. Analisando a função dos elementos do texto 3,
destacados abaixo, podemos
expressam uma noção temporal.
dizer
que
eles
1)
O diabo é que, mal consigo aprender, a língua
portuguesa já ficou diferente.
2) Ainda bem a gente não conseguiu aprender uma
nova expressão, já vem o pessoal com outra.
3) Aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto
do singular como do plural: tudo é ‘a gente’.
4) E irão ao banho de mar em vez de ir à praia...
5) A lista poderia ser enorme, mas vou ficando por
aqui, pois entre escrever e publicar há tempo
suficiente...
Está(ão) correta(s) apenas:
A) 1
B) 1 e 2
C) 1, 2 e 4
D) 3, 4 e 5
E) 3 e 4
Letra B
Justificativa:
Dentre as expressões destacadas, aquelas que
expressam uma noção temporal são apenas ‘mal’ e
‘ainda bem’.
TEXTO 4
11. O autor do texto 3 constata que “já não se usa mais a
primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo
é ‘a gente’”. Sobre os usos dos pronomes pessoais, no
português brasileiro, analise as afirmações a seguir.
1)
A forma ‘a gente’, que tem prevalecido em
relação a ‘nós’, é uma das marcas do uso
informal da língua.
2) Uma construção como ‘nós estudamos’
apresenta duas marcas de ‘pessoa’, uma das
quais se encontra inserida na forma verbal.
3) Podemos afirmar que a forma ‘vós’, para designar
a segunda pessoa do plural, foi, na língua
corrente, substituída pela forma ‘vocês’.
4) Nos usos do Brasil, convivem duas formas de
segunda pessoa do singular: ‘tu’ e ‘você’.
Estão corretas:
A) 1 e 4 apenas
B) 1 e 3 apenas
C) 2 e 3 apenas
D) 2, 3 e 4 apenas
E) 1, 2, 3 e 4
Letra E
Justificativa:
Todas as afirmativas apresentadas estão corretas:
de fato, o uso da forma pronominal ‘a gente’ é marca
de mais informalidade, em relação a ‘nós’; há duas
marcas de pessoa em construções como ‘nós
estudamos’, uma das quais está na desinência
PARA MUITO DE
PRECISO TEMPO
ESTUDAR
13. A análise da estrutura presente no balão acima nos
leva a concluir que:
1)
nossa língua tem a vantagem de nos permitir
absoluta liberdade no arranjo que fazemos das
palavras para expressar o que queremos dizer.
2) para
que
nossos
enunciados
sejam
compreendidos, devemos seguir uma certa
ordem na colocação dos termos que
selecionamos.
3) a total flexibilidade na ordenação das palavras
constitui uma das peculiaridades da língua
portuguesa falada no Brasil.
4) em língua portuguesa, frases inteligíveis são
aquelas que obedecem rigorosamente a regras
de colocação fixas e imutáveis.
Está(ão) corretas:
A) 2 apenas
B) 1 e 2 apenas
C) 1 e 3 apenas
D) 3 e 4 apenas
E) 1, 2, 3 e 4
Letra A
Justificativa:
O balão apresenta uma estrutura incompreensível
porque a ordem em que os termos foram colocados
não obedeceu às regras do nosso sistema
lingüístico. Assim, podemos concluir que, para que
nossos
enunciados
sejam
compreendidos,
precisamos seguir uma certa ordem na colocação
dos termos que selecionamos.
TEXTO 5
Notícia maquiada
também
fica assim:
irreconhecível.
Uma disfarçadinha
aqui, outra ali. Um
pouquinho
de
maquiagem
pode
fazer
milagres.
Pena que às vezes
é usada sem o
mínimo de ética,
especialmente
quando o assunto é
jornalismo. Maquiar notícias e números é tirar do
cidadão o seu direito de formar opiniões e de fazer
escolhas. É por isto que optamos por fazer um
jornalismo às claras, de cara limpa, por mais feios que
os fatos possam ser. Somos uma revista que acredita
que opiniões isentas, investigações a fundo e
compromisso com a verdade são o único caminho
para um país mais justo e independente. Porque
beleza o Brasil já tem de sobra. O que falta mesmo é
transparência.
(Folha de São Paulo. 21/03/03, p. B-10 - Adaptado)
14. Analise as seguintes proposições, a respeito de alguns
elementos lingüísticos presentes no texto 5.
1)
Em: “Notícia maquiada também fica assim:
irreconhecível.”, a compreensão do termo ‘assim’
remete, ao mesmo tempo, para a figura e para o
termo subseqüente: ‘irreconhecível’.
2) Em: “Notícia maquiada”, a palavra sublinhada
requer uma interpretação literal.
3) Os diminutivos empregados nas primeiras linhas
conferem um tom de ironia ao início do texto.
4) A opção de isolar a oração “Porque beleza o
Brasil já tem de sobra.” constitui um recurso que
empresta a esse segmento maior ênfase.
Estão corretas:
A) 1, 2 e 3 apenas.
B) 2, 3 e 4 apenas.
C) 1 e 2 apenas.
D) 1, 3 e 4 apenas.
E) 1, 2, 3 e 4.
Letra D
Justificativa:
A afirmativa 1 está correta, porque, de fato, o termo
‘assim’ remete, ao mesmo tempo, para a figura e
para o termo ‘irreconhecível’. A afirmativa 2 está
incorreta, pois, em ‘notícia maquiada’, a
interpretação do adjetivo não deve ser literal. As
afirmativas 3 e 4 estão corretas, pois os diminutivos,
realmente, conferem ironia ao início do texto, e a
opção de isolar uma subordinada é um recurso que
lhe confere maior ênfase.
15. A crítica presente no texto 5 tem a pretensão de:
A)
defender a idéia de que o jornalismo mais
comprometido com a justiça e a autonomia é
aquele que foge ao disfarce e preserva a
fidelidade dos fatos.
B) eximir o jornalismo de responsabilidades civis,
uma vez que, em geral, as informações são
veiculadas sem disfarces.
C) minimizar os efeitos da publicidade na formação
do indivíduo enquanto participante de um
determinado grupo social.
D) ressaltar o valor da informação sobre os fatos
políticos do país, como recurso primordial para se
promover a justiça social.
E) concorrer para o resgate do sentimento de
admiração que o brasileiro já nutriu face às
belezas naturais de seu país.
Letra A
Justificativa:
A crítica presente no texto 5 pretende, exatamente,
defender a idéia de que o jornalismo mais
comprometido com a justiça e a autonomia é aquele
que foge ao disfarce e preserva a fidelidade dos
fatos.
16. Em português, há casos em que as normas
gramaticais permitem flexibilidade no que se refere à
concordância verbal. Indique qual dos enunciados
permite flexibilidade quanto ao uso singular ou plural
da forma verbal.
A)
Na imprensa nacional e internacional, devem
haver informações manipuladas e falseadas.
B) Nenhuma das agências publicitárias estão isentas
da responsabilidade social e ética.
C) O resultado das últimas pesquisas mostraram que
o jornalismo é bastante respeitado pela sociedade.
D) A maior parte das notícias são veiculadas de
maneira responsável e inteligente.
E) Cada uma das notícias divulgadas precisam ser
profundamente investigadas.
Letra D
Justificativa:
A única alternativa que permite flexibilidade quanto à
concordância verbal é a D, em que o verbo pode
ficar no plural, concordando com ‘notícias’, ou no
singular, concordando com ‘a maior parte de’. A
norma padrão recomenda que a locução presente na
alternativa A fique no singular (‘deve haver’); que a
concordância do verbo na alternativa B seja feita
com a forma singular ‘nenhuma’; que o verbo
‘mostrar’, na alternativa C, fique no singular,
concordando com ‘o resultado’; e que o verbo
‘precisar’, na alternativa E, concorde com ‘cada
uma’, ficando no singular.
17. Apenas no século XX, as vozes femininas fizeram-se
ouvir oficialmente na Literatura brasileira, em obras de
estilos e gêneros diferentes. Entre elas, três das mais
conhecidas estão citadas abaixo. Correlacione essas
autoras com algumas das características de suas
obras.
1)
2)
3)
( )
Clarice Lispector
Rachel de Queirós
Cecília Meireles.
Sua ficção introspectiva e nebulosa apresenta
figurantes vencidos pelo mundo exterior e pelo
fato objetivo e se situa, sempre, em ambientes
urbanos.
( ) Em sua poesia, delicada e intimista, canta a
perda amorosa e a solidão. É considerada como
neo–simbolista.
( ) Em suas narrativas valorizou, com linguagem
coloquial, o universo regional nordestino e a
experiência da vida rural.
A seqüência correta é:
A) 1, 2, 3
B) 2, 1, 3
C) 3, 2, 1
D) 3, 1, 2
E) 1, 3, 2
Letra E
Justificativa:
A alternativa E está correta, pois Clarice é autora de
textos por vezes herméticos e que valorizam o
detalhe; Rachel escreveu, com linguagem coloquial,
histórias ambientadas no sertão. Só Cecília é
poetisa.
18. Um paralelo entre Machado de Assis e outros autores
de escolas e épocas diferentes nos leva a admitir que:
A)
B)
C)
D)
Machado de Assis, no Rio de Janeiro do século
XIX, e Gregório de Matos, na Bahia barroca do
século XVII, foram críticos da sociedade em que
viveram. Ambos criticaram a hipocrisia social com
uma ironia fina, discreta, requintada, sutil e feita
nas entrelinhas.
Tomás Antonio Gonzaga, árcade em Vila Rica do
século XVII, tem em comum com Machado a
recusa na intensificação da subjetividade e o
racionalismo, que transforma a vida num caminho
fácil e tranqüilo.
José de Alencar, ficcionista romântico da primeira
metade do século XIX, como Machado, situa
suas narrativas urbanas na corte (Rio), onde a
imitação dos costumes europeus se misturava
com a mediocridade da vida local. Porém, ambos
não acertam o tom crítico, fazendo uma análise
superficial dos indivíduos e da sociedade.
Machado é realista, e Aluísio de Azevedo é
naturalista. Ambos têm como características a
objetividade, a impessoalidade, o racionalismo e
o pessimismo. Porém, enquanto Machado faz
uma análise psicológica e crítica dos valores
sociais de uma forma implícita, com ironia,
digressões e absoluta perfeição formal, Aluísio
faz crítica social explícita e busca personagens
patológicos estereotipados, com os quais
desenvolve a teoria do determinismo.
E)
Machado foi um talento múltiplo: romancista,
contista, poeta, crítico literário, cronista e
teatrólogo, assim como Mário de Andrade,
modernista do início do século XX. Ambos
usaram de ironia nos seus escritos, renovaram a
linguagem literária brasileira, desrespeitaram a
sintaxe
tradicional
e
pesquisaram
as
manifestações folclóricas nacionais.
Letra D
Justificativa:
A) Errado. Machado e Gregório de Matos diferiram
na forma crítica, um era irônico e discreto e o
outro era sarcástico e direto nas afirmações.
B) Errado. Embora Machado não fosse subjetivo,
não comungava com os árcades da visão
tranqüila da vida.
C) Errado. Enquanto Alencar faz uma leitura
superficial dos acontecimentos, Machado se
aprofunda.
D) Certo. Diferente de Machado, com ironia e
críticas discretas, Aluísio de Azevedo não faz
análise psicológica dos personagens, que são
emblemáticos dentro da teoria do determinismo e
recebem críticas explícitas por seus costumes.
E) Errado. Machado de Assis nunca desrespeitou a
sintaxe tradicional, embora renovasse em termos
literários a linguagem e nunca pesquisou as
manifestações folclóricas.
19. Graciliano Ramos pertenceu à geração do Romance
de 30, dedicando-se a temas sociais. Memórias do
Cárcere é uma obra que pode ser descrita como:
A)
Relato da ascensão e queda social de um extrabalhador do campo, que amealha algum
capital com negócios duvidosos, explorando os
camponeses e realizando um casamento mal
sucedido. As conseqüências dos seus atos o
levam à prisão.
B) Espécie de crônica jornalística de uma cidade do
interior; crônica em que os presos relatam suas
memórias e falam da causa dos seus infortúnios.
C) Experiências de menores abandonados numa
cidade grande, que ingressam cedo na vida
criminosa e depois se convertem a um ideal
político, contrário ao sistema. Por esse motivo,
são presos e condenados.
D) Impressionante relato sobre as condições
dramáticas de sua prisão. Durante meses, de
presídio em presídio, conheceu a brutalidade da
ditadura, registrando-a em livro, para que
ninguém esquecesse a sordidez de um regime
injusto e arbitrário.
E) É a história amarga das frustrações causadas
pela miséria econômica, no personagem central,
o que o leva da dissolução psíquica até a
neurose. O clímax, a traição da noiva, motiva o
assassinato do rival. Seu desespero no cárcere
constitui as páginas mais sofridas e densas da
obra de Graciliano.
Letra D
Justificativa:
É um texto autobiográfico que narra sua experiência
dolorosa nos presídios da ditadura Vargas, na
década de 30
20. Ariano Suassuna é um dos teatrólogos mais cultos e
divulgados no país. Escreveu, sobretudo, farsas e
comédias, cujas fontes remontam:
A)
aos autos medievais ibéricos, que chegaram ao
Brasil por meio de manifestações populares.
B) à Comedia della Arte italiana, cujos personagens
foram transplantados para o cenário do carnaval
brasileiro.
C) aos mitos indígenas, como os do Saci, do Boto,
da Iara.
D) a lendas africanas, transmitidas pelos escravos
bantos.
E) aos romances bretões de cavalaria, como os
contos do ciclo da Távola Redonda.
Letra A
Justificativa:
Ariano tomou como fonte os autos medievais
ibéricos, modificados no Brasil pela tradição popular.
Não sofreu influências africanas, índias, muito
menos italianas e bretãs.
21. Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
não gorjeiam como lá
Do poema Canção do Exílio, do romântico Gonçalves
Dias, resultou uma série de paráfrases e paródias de
poemas que cantam as saudades da terra. Uma delas
foi a de Chico Buarque, da qual se apresenta um
fragmento a seguir:
Sabiá.
Vou voltar ainda vou voltar para meu lugar
E é ainda lá que eu hei de ouvir cantar uma sabiá. . .
Vou deitar á sombra de uma palmeira que já não há
Colher a flor que já não dá. . . .
considerando as semelhanças e diferenças entre os
dois poemas, assinale a alternativa incorreta.
A)
O primeiro poema, representando o Romantismo,
apresenta uma visão otimista da pujança da
natureza brasileira, enquanto o segundo,
representando
o
Modernismo,
atualiza
criticamente o dito e expressa a consciência
pessimista das carências e da destruição da
natureza na terra natal.
B) Gonçalves Dias descreve a sua terra com formas
verbais no tempo presente; Chico Buarque o faz
numa tensão entre o futuro e o presente, que se
mostra negativo.
C) Em ambos os poemas, o advérbio lá refere-se a
um lugar de que estão distantes as vozes eu
poético.
D) A musicalidade dos versos, a rima, a métrica o
sentimento de perda que compõem a poesia
saudosista do Romantismo são retomados nos
versos de Chico Buarque.
E) Assim como o texto atual, os versos do poeta
maranhense fazem apologia da infância, dos
amores vividos e das belezas naturais de seu
país, preservadas pela ação dos nativos.
Letra E
Justificativa:
O texto atual não faz apologia da infância nem dos
amores vividos e fala das belezas tropicais como
findas (palmeira que já não há). As demais
alternativas contém referências corretas.
Leia o texto abaixo
Como não ter Deus? Com Deus existindo, tudo dá
esperanças: sempre um milagre é possível, o mundo se
resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdido no
vai-vem- e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e
pequenas horas, não se podendo facilitar-é todos contra os
acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um
pouquinho, pois, no fim dá certo. Mas, senão tem Deus,
então, a gente não tem licença de coisa nenhuma. Porque
existe dor.
Grande Sertão: Veredas
22. Guimarães Rosa, pelas inovações temáticas e
lingüísticas, é considerado pela crítica ora como supraregionalista ora como neomodernista.
Assinale a alternativa que contempla características da
linguagem criada por Guimarães Rosa e que podem
ser observadas no fragmento acima.
A) Utilização de recursos poéticos, como aliteração,
gradação e ritmo.
B) Criação de neologismos relacionados à forma e
ao significado das palavras.
C) Recorrência a palavras em desuso, trazendo-as
para o diálogo e atribuindo-lhes um sentido ora
diferente, ora não.
D) Traços de um monólogo interior, com a
incorporação do falar coloquial do sertanejo e
suas rupturas sintáticas.
E) Emprego de aforismos, ou seja, de definições, de
conceitos que soam como máximas, como
verdades comprovadas.
Letra D
Justificativa:
Embora todas as demais estejam certas em relação
à linguagem de Guimarães Rosa, só o falar
coloquial, no monólogo interior do sertanejo, está
presente no texto
23. O Modernismo no Brasil teve três fases, e podemos
dizer que cada um dos poetas abaixo representa uma
dessas fases, conforme se descreve nas proposições
abaixo.
1)
Manuel Bandeira foi um dos pioneiros do
Modernismo. Compôs o poema Os Sapos, para a
Semana de Arte Moderna de 22.
2) Carlos Drummond de Andrade, da segunda fase
do Modernismo, tem como um dos temas
freqüentes o desajustamento do indivíduo no
mundo.
3) João Cabral de Melo Neto pertenceu à chamada
geração de 45. Entre as características de sua
poesia estão o racionalismo, a lógica e o rigor
formal, o que não o impede de fazer denúncia
social.
Está(ão) correta(s):
A) 1 apenas
B) 1 e 2 apenas
C) 1 e 3 apenas
D) 1, 2 e 3
E) 2 e 3 apenas
Letra D
Justificativa:
Todos os versos acima são da autoria de Manuel
Bandeira, das sua coletânea Estrela da Vida Inteira :
24. O Parnasianismo teve como principais características
o princípio da arte pela arte, o rigor formal, a
objetividade (eliminação do eu), o descritivismo e o
retorno à temática greco-romana.
Entre os versos abaixo, do poeta parnasiano mais
conhecido - Olavo Bilac - assinale a única alternativa
que reafirma a regra de eliminação da subjetividade do
Parnasianismo.
A) Invejo o ourives quando escrevo/ Imito o amor/
Com que ele, em ouro, o alto–relevo/Faz de uma
flor
B) E eu vos direi:Amai para entendê-las /pois só
quem ama pode ter ouvido
Capaz de amar e entender estrelas
C) Fernão Dias Paes Leme agoniza / Um lamento
chora longo a rolar na longa voz do vento.
Mugem soturnamente as águas, o céu fulge.
D) Não quero o Zeus Capitolino hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino com o camartelo
Que outro- não eu - a pedra corte
Para brutal, erguer de Atene o altivo porte,
descomunal
E) Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia /
Assim ! De um sol assim! Tu, desgrenhada e fria.
/ Fria, postos nos meus os teus olhos molhados/
E apertando nos teus os meus dedos gelados!
Letra C
Justificativa:
são os únicos versos que narram em terceira
pessoa, de forma objetiva. Os demais estão em
primeira pessoa - subjetivos - contrariando as regras
da
objetividade
(eliminação
do
eu)
do
Parnasianismo.
Prova de História
25. Não se pode esquecer a luta de alguns povos da
Antigüidade, para construir seus vastos impérios.
Contudo, esses povos também expressaram, na arte,
seus sonhos e desejos. Numa análise mais geral
dessas manifestações, podemos afirmar que:
A)
os egípcios conseguiram realizar revoluções na
arte de pintar murais, mas não se preocuparam
com a arquitetura de seus templos religiosos.
B) a arte assíria não merece destaque, devido à
preocupação excessiva do seu povo com a
guerra e com o imperialismo.
C) a grandiosidade da arte dos caldeus manifesta-se
com especial destaque nas suas obras
arquitetônicas.
D) a escrita suméria expressava a habilidade
artística do seu povo, que era bastante envolvido
com uma religião liderada pelos escribas.
E) os hebreus conseguiram construir uma arte
original,
desarticulada
das
manifestações
religiosas.
Letra C
Justificativa:
A) Errada. A arte egípcia tem expressividade na
pintura, mas não se pode deixar de destacar suas
26. Os poemas homéricos são fontes históricas para
conhecer-se os primeiros tempos da cultura e da
sociedade gregas. No chamado período homérico:
A)
essa sociedade viveu as primeiras experiências
democráticas.
B) observa-se uma grande atuação dos principais
filósofos gregos.
C) os gregos valorizaram o pacifismo e o teatro
épico de Aristófanes.
D) a sociedade grega tinha na religião sua grande
base de poder.
E) os gregos conservaram formas de governo sem
intervenção da religião.
Letra D
Justificativa:
A) Errada. Os gregos viveram suas grandes
experiências democráticas em outro período, pois
nessa época predominava a propriedade
comunitária da terra, e a religião era grande fonte
de poder.
B) Errada, O destaque dos tempos homéricos eram
os poemas épicos Ilíada e Odisséia, que
contavam feitos da época. A filosofia destaca-se
em outro período da cultura grega.
C) Errada. O período homérico foi um tempo de
guerras e de exaltação à coragem dos homens,
não tendo relação com Aristófanes e suas
famosas comédias.
D) Certa. A religião era a base das relações de
poder, estruturadas no patriarcalismo e no génos,
com a valorização da propriedade rural.
E) Errada. As relações com a religião eram
indissociáveis do exercício do poder; não havia
condições para vivências políticas diferentes,
como as relacionadas com a ampliação da
cidadania.
27. Na história política de Roma, durante os governos
monárquicos, os plebeus:
A)
B)
C)
dominavam o núcleo central do poder, obtendo
vitórias nas eleições em face dos seus privilégios
políticos.
gozavam de privilégios diferentes daqueles
concedidos aos patrícios, pois não eram vistos
como descendentes dos fundadores de Roma.
tornaram-se grandes proprietários de terra e
exportadores da produção agrícola de Roma para
a Grécia.
D)
possuíam latifúndios, exercendo influência sobre
as relações políticas existentes na época.
E) não eram cidadãos romanos, mas tinham
poderes políticos destacados, inclusive, na
escolha dos monarcas.
Letra B
Justificativa:
A) Errada. O núcleo central do poder era dominado
pelos patrícios, os grandes proprietários de terras
da época, e representantes dos descendentes
dos fundadores de Roma.
B) Certa. Os plebeus eram cidadãos, mas não
gozavam dos mesmos privilégios dos patrícios,
que ocupavam os cargos mais importantes no
núcleo do poder por serem descendentes dos
fundadores.
C) Errada. Os plebeus eram um grupo numeroso,
mas não tinham grandes propriedades nem
ligações com o comércio de exportação.
D) Errada. Os plebeus não possuíam latifúndios,
como os patrícios, nem exerciam influência no
domínio das relações políticas.
E) Errada. Os plebeus eram cidadãos, embora
tivessem um poder político inferior ao dos
patrícios.
28. Um estudo da economia bizantina no período
medieval:
A)
mostra
uma
atividade
comercial
pouco
desenvolvida e muito semelhante à do feudalismo
europeu.
B) revela a força dessa economia, em razão das
pequenas propriedades administradas com o
apoio do poder estatal.
C) evidencia a falta de apoio do Estado na gestão
dos negócios, devido à presença soberana da
Igreja.
D) atesta um grande desnível social, com a
presença
da
servidão,
de
latifúndiários
aristocratas e de uma Igreja de grande poder
político.
E) registra a falta de prestígio dos comerciantes, que
levavam uma vida urbana simples e sem
ostentação.
Letra D
Justificativa:
A) Errada. Havia grande movimentação comercial,
com vendas de artigos para o exterior, distinta da
Europa medieval.
B) Errada. Havia latifúndios, e as atividades
agrícolas lembravam o feudalismo, onde o cultivo
era realizado por uma mão de obra servil.
C) Errada. O Estado participava ativamente da
gestão da economia, inclusive fixando os preços
dos produtos e controlando boa parte das
atividades produtivas.
D) Certa. Havia grandes latifúndios administrados
pela Igreja e por particulares, além de uma
numerosa mão-de-obra servil, vivendo de forma
precária.
E) Errada. Os comerciantes tinham prestígio, pois
Constantinopla era um centro de trocas e vendas
de mercadorias, marcada pela suntuosidade da
sua arquitetura. Os mais ricos viviam com muita
ostentação.
29. Analise as afirmativas abaixo relacionadas com a
existência das Cruzadas.
1)
As Cruzadas eram expedições organizadas pelos
senhores feudais, com a finalidade de reativar a
vida nos feudos.
2) As Cruzadas, expedições marcadas por
interesses religiosos e econômicos, contavam
com a participação da Igreja Católica.
3) As Cruzadas não trouxeram contribuições para a
economia no Ocidente, pois criaram conflitos
inexpressivos e exacerbaram o fanatismo
religioso.
4) A participação da população pobre nas Cruzadas
foi significativa e aponta para um dos momentos
de crise do sistema feudal.
5) Os lucros dos nobres nas Cruzadas contribuíram
para revitalizar a economia feudal, com a adoção
do trabalho assalariado.
Está(ão) correta(s):
A) 5 apenas
B) 2 e 3 apenas
C) 1 apenas
D) 1, 2, 3, 4 e 5
E) 2 e 4 apenas
Letra E
Justificativa:
A) Errada. Não houve revitalização do feudalismo, e
o trabalho assalariado não salvou a vida social
dos feudos. O feudalismo não se desenvolveu
com as Cruzadas.
B) Errada. Houve interesse da Igreja em fortalecer
seu prestígio político, mas também é evidente um
novo rumo tomado pela economia, com o
aprofundamento da crise do sistema feudal e o
aumento das atividades comerciais.
C) Errada. As Cruzadas não era apenas organizada
pelos senhores feudais e outras parcelas da
sociedade que tentavam, no momento, novas
oportunidades para sua vida econômica, em
razão das grandes dificuldades.
D) Errada. As Cruzadas eram expedições com
interesses também econômicos, nas quais a
Igreja tinha participação. Mas não se pode
esquecer a grande mobilização que ela causava
envolvendo outras camadas da população.
E) Certa. A participação nas Cruzadas foi grande
também por parte das camadas mais pobres, que
buscavam novas oportunidades para se livrarem
da crise do feudalismo.
30. O Renascimento contrariou diversas concepções
medievais. Nessa perspectiva crítica se destaca a obra
de Erasmo de Roterdã, que:
A)
abominava o catolicismo, aderindo às críticas do
reformismo luterano.
B) se colocava contra a intolerância católica com
relação aos pagãos.
C) simpatizava com as idéias de Lutero,
consideradas liberais e positivas.
D) aderia aos princípios de Calvino, favorecendo a
burguesia.
E) negava a tendência natural do ser humano para a
bondade.
Letra B
Justificativa:
A)
B)
C)
D)
E)
Errada. Erasmo não abominava o catolicismo,
mas colocava idéias diferentes, desejando que
houvesse uma renovação religiosa na Europa.
Certa. Erasmo defendia uma maior tolerância e a
necessidade de libertação dos preconceitos
produzidos pela ignorância contra os pagãos.
Errada. Erasmo reconhecia as críticas de Lutero
ao catolicismo, mas não deixava de achá-lo
dogmático.
Errada. Erasmo não visava o favorecimento da
burguesia. Era um pensador de grande
autonomia, na formulação das suas idéias, e
defendia uma vida simples e tolerante.
Errada. Erasmo acreditava na natureza boa do
ser humano.
31. As viagens que provocaram a expansão marítima
européia mudaram concepções culturais tradicionais e
ampliaram as rotas comerciais da época. A viagem
feita por Cristóvão Colombo em 1492:
A)
foi patrocinada pelos reis de Portugal, e por
comerciantes
italianos
interessados
na
exploração de metais, abrindo espaços para
preparar outras expedições como a de Pedro
Álvares Cabral.
B) propiciou a descoberta da ilha de Guanaani, onde
Colombo estabeleceu contatos com os nativos da
região, sem maiores problemas, o que foi
registrado em um diário.
C) abriu caminho para o fortalecimento econômico
da Espanha, mas não teve repercussão na vida
do navegador, que permaneceu sempre anônimo
durante toda a vida.
D) fracassou nas suas intenções econômicas, mas
realizou o projeto inicial de fazer a
circunavegação da Terra, projeto de grande
importância para a época.
E) trouxe prejuízos para a Espanha, pois o
navegador não chegou a terras americanas,
perdendo-se nas rotas do Oceano Pacífico,
devido aos erros cartográficos.
Letra B
Justificativa:
A) Errada. A viagem de Colombo foi patrocinada
pela reis da Espanha, iniciando as grandes
aventuras do país na expansão européia.
B) Certa. Colombo chegou à ilha de Guanaani,
pensando estar na Índia, mas teve um bom
contato com os nativos.
C) Errada. Foi uma conquista que trouxe vantagens
para a Espanha e tornou Colombo Vice-Rei e
Governador das Terras Firmes e das Ilhas por
descobrir, caindo no anonimato, no final da vida.
D) Errada. Abriu espaços para as navegações
espanholas, mas não realizou o projeto de
circunavegação da Terra.
E) Errada. Colombo chegou a terras americanas,
que depois foram exploradas pela Espanha,
exaustivamente, com descobertas de metais
preciosos e domínio político sobre os nativos da
América.
32. Através dos engenhos de produção de açúcar,
Portugal conseguiu acumular riqueza e ampliar os
investimentos no Brasil. Contou ainda com
financiamento dos holandeses. As condições de vida,
nos engenhos de cana-de-açúcar:
A)
eram de muito luxo e ostentação para aqueles
que trabalhavam como assalariados.
B) eram muito precárias nas senzalas, onde
habitava a maior parcela dos escravos.
C) dependiam apenas dos senhores, que algumas
vezes construíam pequenas moradias para seus
escravos.
D) não privilegiavam nem mesmo os senhores,
devido à sua falta de estrutura.
E) eram de luxo apenas para os representantes
oficiais da Igreja Católica.
Letra B
Justificativa:
A) Errada.
Existiam
poucos
trabalhadores
assalariados, os quais não viviam no luxo e na
ostentação.
B) Certa. As senzalas eram construções muito
precárias sem adequadas condições de higiene e
salubridade para os seus moradores.
C) Errada. Os escravos viviam nas senzalas, e não
se tem registro de senhores que tenham
construído pequenas moradias.
D) Errada. Os senhores de engenhos moravam nas
casas grandes e tinham privilégios, condizentes
com sua riqueza econômica.
E) Errada. Os representantes da Igreja tinham seus
privilégios, mas não se deve esquecer da vida de
fausto que levava a família dos senhores da terra.
33. As idéias do Iluminismo foram importantes para a
divulgação de concepções de mundo que condenavam
a escravidão e o feudalismo. No Brasil, na época,
movimentos políticos foram influenciados por estas
idéias. A Inconfidência Mineira, por exemplo, no século
XVIII:
A)
foi uma rebelião de caráter popular que envolveu
intelectuais e ameaçou a dominação militar
portuguesa na região das minas.
B) não conseguiu seguir as idéias liberais, devido à
pouca participação de intelectuais entre as
lideranças.
C) defendeu, com clareza, o fim da escravidão
seguindo, de forma revolucionária, os ideais do
liberalismo.
D) fracassou nos seus planos e foi fortemente
reprimida pelas medidas tomadas por Portugal.
E) teve a participação de escravos, lembrando a
estrutura da Revolta dos Alfaiates, que aconteceu
na Bahia.
Letra D
Justificativa:
A) Errada. O movimento não teve caráter popular e
teve a participação expressiva de intelectuais,
mas não ameaçou Portugal, por falta de
expressão militar.
B) Errada. Houve empenho de vários intelectuais
para o sucesso da rebelião, mas não houve
consenso com relação à libertação dos escravos,
por parte dos rebeldes.
C) Errada. Houve hesitações na defesa da liberdade
para os escravos e não foi um movimento de
D)
E)
revolução, devido, inclusive, as suas próprias
limitações.
Certa. A denúncia de Joaquim Silvério fez com
que Portugal tomasse medidas preventivas que
levaram ao fracasso do movimento.
Errada. Não foi um movimento popular, como a
Revolta dos Alfaiates, embora os inconfidentes
contassem também com a possível participação
de escravos, em troca de sua liberdade.
34. No governo de D. Pedro I, a situação do Brasil:
A)
era de prosperidade econômica, com o
crescimento da lavoura cafeeira na região de São
Paulo.
B) era alvo de constantes conflitos políticos
provocados pelos adversários do imperador, na
defesa de mais liberdade.
C) era de estabilidade, depois da Constituição de
1824, com a defesa das idéias liberais.
D) assistia a dificuldades diplomáticas, devido à não
aceitação da Inglaterra, de considerar o Brasil
como um país independente.
E) era de estabilidade política, em face do apoio da
maior parte da população, e devido ao fato de o
imperador ter decidido permanecer no Brasil.
Letra B
Justificativa:
A) Errada. Havia sérias dificuldades econômicas;
inclusive, em 1829, o Banco do Brasil entrou em
falência e houve uma desvalorização da moeda.
A grande fase do café não ocorreu neste período.
B) Certa. Exigia-se maior liberdade, pois o
comportamento centralizador de D. Pedro I
incomodava as forças liberais mais radicais.
Havia ainda a oposição da imprensa, que o
criticava bastante.
C) Errada. Não houve estabilidade, mas, sim, muitos
protestos contra os aspectos autoritários da
Constituição, que reforçava a centralização
política do imperador.
D) Errada. Além da Inglaterra, os Estados Unidos
também apoiaram o Brasil na independência,
embora os países da Santa Aliança tivessem
idéias contrárias à emancipação das colônias.
E) Errada. A instabilidade política era constante,
apesar do FICO. Assim sendo, o imperador
resolveu abdicar, indo, em 1831, assumir o trono
de Portugal, como D. Pedro IV.
35. Os caminhos do capitalismo não eram tão sem
obstáculos como muitos dos liberais europeus
pensavam. Havia oposições, descontentamentos,
condições de vida amplamente desfavoráveis. O
movimento revolucionário intitulado A Comuna de
Paris representou um momento de resistência ao
projeto da burguesia francesa, pois:
A)
B)
C)
inspirado nas idéias socialistas de Marx e Engels,
teve uma longa atuação, ameaçando os governos
liberais da Europa.
foi uma revolução marcada por uma forte
repressão do governo, defensor de idéias
conservadoras.
derrubou o imperador e colocou a classe operária
no poder por um longo período, divulgando idéias
socialistas radicais.
D)
criou uma ampla rede de articulação com forças
estrangeiras socialistas e abalou as forças
conservadoras da Europa.
E) expressou idéias contrárias ao capitalismo, mas
não conseguiu adesão popular, restringindo-se
apenas à divulgação dos manifestos libertários.
Letra B
Justificativa:
A) Errada. A Comuna não conseguiu firmar-se por
muito tempo e teve seu ideário político ligado de
forma predominante às idéias de Proudhon e
Blanqui.
B) Certa. A Comuna teve um significado simbólico
expressivo para os revolucionários, sendo
exaltada por muitos socialistas, embora não
conseguisse derrotar a força militar do governo
francês.
C) Errada. A Comuna abalou Paris, mas teve uma
rápida duração, devido à organização das forças
repressivas comandadas por Thiers.
D) Errada. Não houve a criação de uma rede
revolucionária. As forças conversadoras da
Europa estavam preparadas para reprimir os
movimentos revolucionários e manter o
capitalismo.
E) Errada. A Comuna conseguiu mobilizar forças
populares, causando grandes inquietações
políticas em Paris e provocando uma violenta
repressão do governo francês.
36. O Modernismo causou diversas reações na cultura
européia do século XIX. Os pintores impressionistas
que estiveram no centro das polêmicas artísticas da
época:
A)
tiveram aceitação imediata devido ao jogo de
cores que utilizavam e ao fato de privilegiarem
cenas da vida cotidiana.
B) conseguiram seguir as regras do Classicismo,
lembrando o equilíbrio das formas, tão comum na
arte grega.
C) valorizaram a subjetividade do artista e o seu
poder de interpretação e imaginação, o que se
encontra em pintores como Gauguin e Van Gogh.
D) não tiveram relação com o Modernismo europeu,
configurando-se como um movimento artístico,
limitado ao academicismo do século XIX.
E) fizeram um sucesso imediato no mercado de
artes, abalando o Classicismo e consagrando
pintores como Matisse e Gauguin.
Letra C
Justificativa:
A) Errada.
Houve
muitas
resistências
aos
impressionistas que, hoje, são bastante
valorizados nos mercados de arte, pela sua
capacidade de renovação na época em que
surgiram.
B) Errada. Romperam com o classicismo, seguindo
outras concepções que valorizavam a capacidade
do artista de interpretar a realidade.
C) Certa. Houve uma valorização da subjetividade,
muito presente no modernismo, e abriu espaço
para mudanças na forma de pintar e de usar as
cores.
D) Errada. O impressionismo lança as bases do
modernismo e de sua ruptura com os modelos
clássicos, buscando renovação na arte.
E) Errada. Matisse pertence ao movimento fauvista
que
segue
o
caminho
aberto
pelos
impressionistas. O sucesso no mercado não foi
imediato, havendo inclusive uma reação negativa
diante das mudanças, pelos admiradores da arte
mais acadêmica.
37. Os conflitos políticos entre as nações, com uso de
tecnologias sofisticadas, foi marcante no século XX. O
lançamento de bombas atômicas nas cidades
japonesas, por ocasião da Segunda Guerra Mundial,
continua sendo lembrado como um marco de violência
e barbárie a não ser repetido. Essa guerra:
A)
com seu término, provocou acordos entre as
grandes potências, que trouxeram a garantia de
uma paz segura.
B) foi provocada pelo imperialismo nazista, ficando
limitada a um conflito sem conteúdo político
definido, mas com choques de interesses
econômicos.
C) transformou a Europa num cenário de disputas
violentas, com o uso de uma tecnologia de guerra
sofisticada e experiências causadoras de muitas
vítimas.
D) consagrou a supremacia da Europa e da sua
força militar, diminuindo, assim, a hegemonia dos
Estados Unidos no contexto político internacional,
e trazendo vantagens para nações mais pobres,
como o Brasil.
E) alterou as relações de poder internacionais,
limitando a força das grandes potências, com a
criação da Organização das Nações Unidas, uma
força eficaz na resolução dos conflitos.
Letra C
Justificativa:
A) Errada. As tensões políticas não finalizaram com
o fim da guerra. Novas guerras marcaram o
século, com grande violência em várias regiões
do mundo.
B) Errada. Muitos interesses entraram em jogo,
inclusive com acusações racistas contra os
judeus. A guerra não teve apenas conteúdo
econômico. Suas repercussões foram amplas,
causando expectativas negativas na população.
C) Certa. Há experiências feitas na guerra com
tecnologias destrutivas. Com isso, a guerra tem
sido um espaço de se mostrar o lado negativo da
ciência.
D) Errada. Foram os Estados Unidos os grandes
vencedores da guerra, com aumento do seu
prestígio político e de sua força econômica. A
Europa sofre muitas perdas com a guerra, e
formula uma política de reconstrução com a ajuda
dos Estados Unidos.
E) Errada. O fim da guerra, nem tampouco a criação
da ONU, terminaram com os conflitos entre as
nações.
38. Uma parcela da sociedade no Brasil buscou, no
decorrer do século XX, através de diversas lutas
diminuir as diferenças sociais e evitar que a pobreza
fosse uma marca presente na sua história
contemporânea. Além dessa luta, contra as
desigualdades
sociais,
deve-se
ressaltar
os
movimentos culturais e artísticos, que:
A)
inspirados na cultura européia e na norteamericana, sempre expressaram em sua
totalidade valores e princípios contrários ao
imperialismo e à dominação colonial.
B)
construíram uma identidade nacional harmônica,
sem disputas pelo poder e com a consagração do
nacionalismo e do populismo.
C) produziram obras de valor estético significativo,
na música, na pintura e na literatura com
reconhecimento público nacional e internacional.
D) têm como modelo, até os dias atuais, o
movimento modernista de 1922, e receberam
completa adesão de intelectuais de Recife, São
Paulo e Salvador.
E) contribuíram para o fim do preconceito racial,
com base na defesa da miscigenação e de uma
sociedade patriarcal e aristocrática.
Letra C
Justificativa:
A) Errada. A cultura européia e norte americana de
maneira geral carrega os signos do imperialismo
e da dominação colonial.
B) Errada. Não existe uma harmonia que afaste as
disputas e a diversidade tão comuns na produção
cultural do Brasil. Uma identidade única inexiste,
numa
sociedade
onde
predominam
as
contradições.
C) Certa. A música brasileira conseguiu projeção,
sendo elogiada pela sua singularidade e beleza.
Nas artes plásticas e na literatura o Brasil
também conseguiu se projetar bastante.
participando de várias exposições no Exterior.
D) Errada. O movimento de 22 foi muito importante,
mas não inspirou os movimentos culturais e
artísticos até hoje. Este movimento também não
contou com o completa adesão dos intelectuais
daquelas cidades.
E) Errada. Os movimentos culturais e artísticos que
contribuíram para construção de uma identidade
nacional, nem sempre defenderam a mistura de
raça .e valores sociais, ou por outro lado uma
sociedade patriarcal e aristocrática.
39. No âmbito da economia nacional, o Plano Real:
A)
além de ter uma expressiva aceitação popular,
contribuiu para a estabilidade política do governo
de Fernando Henrique Cardoso.
B) foi uma criação de Delfim Neto, quando era
ministro de Itamar Franco, o que lhe garantiu a
eleição como deputado federal.
C) não guarda relações com o neo-liberalismo, pois
tem como princípio a intervenção do Estado na
gestão da economia.
D) foi criado e executado durante o primeiro governo
de Fernando Henrique Cardoso, com amplo
apoio da população.
E) beneficiou os trabalhadores assalariados, que,
pela primeira vez na história do Brasil, tiveram
seu poder de compra valorizado.
Letra A
Justificativa:
A) Correta. O Plano Real foi decisivo para garantir a
estabilidade política do governo de Fernando
Henrique Cardoso, que conseguiu, inclusive, ser
reeleito.
B) Errada. O Plano Real não foi criação de Delfin
Neto, nem este foi Ministro do governo de Itamar.
C) Errada. O plano real foi sempre criticado por
favorecer as diretrizes econômicas do neoliberalismo.
D) Errada. O Plano Real foi criado no governo de
E)
Itamar Franco, quando Fernando Henrique era
Ministro da Fazenda.
Errada. O Plano Real não correspondeu à
primeira vez em que os trabalhadores
assalariados tiveram seu poder de compra
valorizado.
40. As mudanças decorrentes da globalização nas últimas
duas décadas foram significativas para definir as
relações políticas entre as nações. Estas mudanças
contribuíram para alterar a economia brasileira que:
conseguiu aumentar suas exportações, garantindo
seu
desenvolvimento
industrial,
sem
os
empréstimos do FMI.
b) adotou uma política econômica intervencionista,
procurando atender às necessidade sociais das
regiões mais pobres.
c) cresceu e se modernizou, embora persista a
dependência de empréstimos internacionais e as
dificuldades para resolver suas desigualdades
sociais.
d) só então se tornou uma economia moderna e
industrializada, competindo com as grandes
potências da atualidade.
e) teve a ajuda dos Estados Unidos para atualizar
seu parque industrial, e rompeu sua dependência
dos países europeus.
Letra C
GEOGRAFIA
41. Este país localiza-se no Oriente Médio, onde ocupa
uma ampla península desértica. É considerado o berço
do islamismo. Anualmente, grandes migrações
temporárias, com milhões de peregrinos, dirigem-se a
Meca. A riqueza do país provém da exploração de
grandes jazidas petrolíferas.
a)
Justificativa:
A) errada: o Brasil apesar do aumento das
exportações manteve sua dependência ao FMI.
B) errada: o Brasil não adotou uma política
intervencionista e nem atendeu as necessidades
sociais das regiões mais pobres.
C) correta: o Brasil continuou dependente dos
capitais externos e não consegue superar as
desigualdades sociais existentes.
D) errada: o Brasil tornou-se uma economia
moderna e industrializada desde a década de
1950, no entanto, enfrenta dificuldades com as
grandes potências da atualidade.
E) errada: o Brasil não rompeu sua dependência dos
países europeus, nem teve a ajuda dos EUA para
atualizar seu parque industrial.
1
2
5
3
4
Oceano Índico
O país descrito está indicado no mapa pelo número:
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.
Letra C
Justificativa:
O país descrito é a Arábia Saudita, o qual, no mapa,
aparece indicado pelo número 3.
42. Com relação ao petróleo, uma das maiores fontes de
energia do mundo atual, é correto afirmar que:
A)
algumas advertências de que o petróleo pode
acabar não têm sentido, pois, como o urânio, o
petróleo é um recurso natural inesgotável,
presente em terrenos metamórficos dos
continentes e das bacias oceânicas.
B) os países da América do Norte querem reduzir o
consumo mundial de petróleo, com a finalidade
de desestabilizar os países exportadores do
Oriente Médio.
C) o petróleo é um recurso natural exaurível, pois se
localiza em áreas não muito profundas de
terrenos basálticos, ricos em matéria orgânica.
D) a escassez de petróleo decorre da explosão de
poços, no Golfo Pérsico, onde se registra a maior
produção desse recurso natural.
E) O petróleo é um recurso natural não-renovável,
encontrado em terrenos de bacias sedimentares.
Letra E
Justificativa:
A única afirmativa correta é a E, pois o petróleo é um
recurso natural que não se renova, encontrado em
terrenos sedimentares. A preocupação com o fim
das reservas petrolíferas mundiais procede, portanto.
As demais afirmativas não correspondem à
realidade.
43. A esperança de vida ao nascer, o Produto Interno
Bruto e o nível de instrução da população são três
indicadores socio-econômicos utilizados para o
cálculo:
A) do Produto Nacional Bruto.
B) do Índice de Desenvolvimento Humano.
C) da Renda per Capita.
D) do Índice de Globalização.
E) do Crescimento Vegetativo Populacional.
Letra B
Justificativa:
Os três indicadores referidos são empregados para
definir o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
44. As migrações internacionais vêm ganhando um certo
destaque no cenário mundial, já há alguns anos, ou
seja, desde a década de 80 do século passado.
Contribuíram para esse importante fato, estudado pela
Geografia Humana:
1) as desigualdades econômicas regionais.
2) os conflitos bélicos.
3) a destruição do bloco soviético.
4) a formação de blocos econômicos.
5) a nova onda de epidemias.
6) o fim das divergências étnicas.
Estão corretas apenas:
A) 1, 2 e 5
B) 3, 4 e 6
C) 1, 5 e 6
D) 1, 2, 3 e 4
E) 2, 3, 4 e 5
Letra D
Justificativa:
Constituem pano de fundo das migrações
contemporâneas os seguintes fatos: as acentuadas
desigualdades econômicas regionais, os conflitos
bélicos, a destruição do bloco soviético e a formação
de blocos econômicos. Esses itens atuaram como
fatores explicativos para a dinâmica populacional.
45. A privatização das grandes estatais brasileiras foi uma
das mais importantes mudanças estruturais ocorridas
na economia do País, nos últimos anos. Considerando
esse tema, é correto dizer que:
1)
a privatização foi uma decisão política, tomada,
ainda que de maneira tímida, no Governo Sarney,
com o objetivo de fazer caixa para o Tesouro.
2) depois da redemocratização do País, os
governos de tendência socialista promoveram a
privatização de grandes empresas estatais que
não davam lucro.
3) no governo Collor, a privatização de empresas
públicas também teve uma motivação ideológica.
4) durante o Governo de Luis Inácio, o processo de
desestatização tem estado paralisado.
5) as privatizações mais importantes que ocorreram
no mandato de Itamar Franco foram a CSN, a de
empresas do setor de fertilizantes e da indústria
petroquímica.
Estão corretas:
A) 1 e 2 apenas
B) 1, 2 e 5 apenas
C) 2, 3 e 4 apenas
D) 1, 3, 4 e 5 apenas
E) 1, 2, 3, 4 e 5.
Letra D
Justificativa:
A única afirmativa incorreta é a da alternativa 2.
Após a redemocratização do País, não houve
governo de tendência socialista. E mais, os governos
de tendência socialista enfatizam a participação mais
efetiva do Estado na economia.
46. “Este princípio, enunciado por Jean Brunhes, chamava
atenção para o fato de que os fatores físicos e
humanos, ao elaborarem as paisagens, não agiram
separada e independentemente, havendo uma
interpenetração na ação dos vários fatores físicos
entre si, e ainda dos dois grandes grupos de fatores.
Na elaboração das paisagens, nenhum dos fatores
físicos ou humanos age isoladamente; a ação é
sempre feita de forma integrada com outros fatores.”
(Manuel Correia de Andrade, Geografia Econômica)
O princípio da Geografia a que o autor faz referência é o:
A) Princípio da Extensão.
B) Princípio da Conexão.
C) Princípio da Analogia.
D) Princípio das Causas Atuais.
E) Princípio da Uniformidade dos Fatos Geográficos.
Letra B
Justificativa:
O texto menciona o importante Princípio da
Conexão, enunciado pelo geógrafo Jean Brunhes.
Segundo esse princípio, na formação das paisagens
geográficas, há uma forte relação entre fatores
físicos e fatores humanos.
47. Considerando os diferentes sistemas agrícolas, é
incorreto afirmar que:
A)
o sistema de “Plantation” pressupõe uma
acentuada concentração da propriedade fundiária
nas mãos de poucas pessoas ou empresas.
B) o sistema agrícola é o conjunto de relações
sociais, conhecimentos, tradições e técnicas
empregados pelos grupos humanos em sua
relação com a terra.
C) nas áreas rurais, nas quais a agricultura está
claramente
voltada
para
os
mercados
consumidores interno e externo, os sistemas
agrícolas diferem muito, em função do nível de
desenvolvimento alcançado pelo país.
D) no Brasil, a roça itinerante pode ser considerada
como sistema agrícola tradicional, adotado por
agricultores que não dispõem de muitos recursos
técnicos.
E) os sistemas agrícolas, em todo o Brasil, têm
permanecido
resistentes
às
mudanças
tecnológicas e aos estímulos do mercado
mundial.
Letra E
Justificativa:
A afirmativa E está incorretamente formulada, pois a
agricultura brasileira vem se modernizando e
reagindo favoravelmente aos estímulos do mercado
mundial.
48. “Em uma América Latina que não acha o caminho para
o desenvolvimento, o Chile é a ovelha desgarrada que
encontrou a fórmula econômica do sucesso.” (Veja,
1/6/2005)
Sobre esse assunto, analise as afirmações a seguir.
Uma delas não corresponde à realidade. Assinale-a.
A)
Apenas durante o Governo Militar, o Chile
conseguiu crescer, economicamente, a uma taxa
média anual acima de 4% ao ano.
B) A proporção de chilenos vivendo abaixo da linha
de pobreza vem caindo nos últimos anos.
C) Apontam-se como causas do sucesso econômico
do Chile: a boa governança, a economia livre de
mercado, o investimento em educação e os
acordos comerciais realizados.
D) Tem havido um certo consenso entre os políticos
de esquerda e os de direita no tocante à
economia do país.
E) O Chile, entre os países da América Latina, é
considerado o que apresenta o menor risco para
investidores estrangeiros.
Letra A
50. “O outono-inverno é a época em que a energia dessas
emissões se manifesta com maior freqüência nessa
parte do Nordeste brasileiro. Durante a primavera é
reduzida ao mínimo, se bem que no verão comece a
ser anunciada através das chuvas do caju. Por isso
que são chuvas cujas máximas, muitas vezes, se
registram em junho - embora tenham começado já no
outono - diz-se que são chuvas de inverno antecipadas
no outono.” (Gilberto Osório de Andrade e Rachel Caldas
Lins)
2
1
3
4
5
Justificativa:
A afirmativa A é incorreta, pois, atualmente, em
pleno regime democrático, o Chile cresce
economicamente a uma taxa média anual de 5,5%.
49. “O chapadão é sozinho - A largueza. O sol. O céu não
se querer ver. O verde carteado do grameal. Ali
chovia? Chove - e não encharca poça, não rola
enxurrada, não produz lama: a chuva inteira se
sovertia em minuto terra a fundo, feito um azeitinho
entrador. O chão endurecia cedo, esse rareamento de
águas.” (Guimarães Rosa, Grande Sertão Veredas)
A forma de relevo poeticamente mencionada pelo
escritor é característica:
A) das áreas cristalinas do sertão nordestino.
B) de regiões que não possuem solos profundos.
C) de bacias sedimentares.
D) dos ambientes que sofreram falhamento no précambriano.
E) das áreas montanhosas e íngremes do sertão
mineiro.
Letra C
Justificativa:
As chapadas e os chapadões são relevos tabulares
típicos de bacias sedimentares. Não podem ser
considerados áreas montanhosas, pois apresentam
topos planos.
Identifique no mapa acima a área que apresenta o
regime de chuvas referido no texto.
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
Letra E
Justificativa:
A área 5 é a que apresenta o regime de chuvas de
outono-inverno no Nordeste, provocado, sobretudo,
pelas emissões da Frente Polar Atlântica.
51. “Conforme Pierre Gourou, seriam comuns, sob a mata
de terra firme, os perfis (de solo) com uma capa
delgada de húmus, um horizonte arenoso e, abaixo, a
carapaça laterítica. Pouco tempo depois que a selva é
derrubada para cultivo, as escassas reservas de bases
solúveis e o húmus são arrastados para o lençol
freático, e daí para os rios, pela infiltração de água
oriunda de copiosas chuvas. Após a conclusão desse
processo, o solo fica reduzido a uma areia solta, que
em muitos lugares acabaria sendo arrastada pelas
enxurradas”. (Orlando Valverde)
O processo mencionado no texto corresponde a:
A) Arenização.
B) Lixiviação.
C) Desertificação Antrópica.
D) Eolização.
E) Litogênese.
Letra B
Justificativa:
O processo analisado pelo autor é a lixiviação, que é
freqüente na Amazônia. A arenização seria a
formação de desertos arenosos. A desertificação
antrópica não poderia ser descrita como está no
texto. A eolização seria a ação destacada dos
ventos, com formação de dunas ou de erosão
intensa. A litogênese seria o endurecimento de
certos sedimentos ou a formação de rochas.
52. A área escura que aparece no mapa a seguir,
corresponde:
54. “Nas áreas de baixas latitudes, as estações do ano,
fora dos tratos sob a influência do oceano e da
altitude, subdividem-se em estação chuvosa e estação
seca, estando, portanto, a água meteórica concentrada
em alguns meses do ano.” (Carlos Toledo Rizzini)
As características mencionadas no texto são típicas
das áreas que:
A) se localizam a sotavento de cordilheiras.
B) se estendem em relevos de planícies nas
latitudes médias.
C) apresentam clima tropical.
D) ficam em áreas subtropicais e temperadas
setentrionais.
E) se situam próximas de oceanos e mares.
Letra C
Justificativa:
As áreas de clima tropical são as que apresentam a
sazonalidade referida no texto.
55. Observe o mapa a seguir. As áreas escuras
correspondem aos espaços ocupados pelas:
A)
B)
C)
D)
à zona de terrenos vulcânicos e metamórficos.
aos principais terrenos dobrados do país.
aos terrenos de cobertura sedimentar.
aos relevos do domínio do “mar de morros”
florestados.
E) à zona metamórfica do Escudo Brasileiro.
Letra C
Justificativa:
A área indicada corresponde aos terrenos de
cobertura sedimentar fanerozóica, dispostos em
duas grandes bacias sedimentares ou sinéclises.
53. Na paisagem esboçada a seguir, a seta está
indicando:
A) savanas.
B) florestas tropicais e equatoriais.
C) florestas caducifólias temperadas.
D) florestas subtropicais.
E) pradarias e estepes.
Letra B
Justificativa:
As áreas escuras indicam a distribuição espacial das
florestas equatoriais e tropicais.
56. “São definidas pelas Nações Unidas como sociedades
ou empresas que possuem ou controlam meios de
produção ou serviço fora do país onde estão
estabelecidas.”(ADAS, Melhem. Geografia.).
A) uma estrutura geológica falhada.
B) um divisor de águas.
C) um topo de uma cuesta.
D) um talvegue.
E) uma crista dobrada.
Letra B
Justificativa:
A seta indica um divisor de águas. Observa-se
nitidamente que a área separa duas bacias
hidrográficas distintas.
Essa definição é usada para identificar:
A) indústrias de bens de consumo duráveis.
B) empresas importadoras.
C) indústrias de base.
D) empresas transnacionais.
E) sociedade de economia mista.
Letra D
Justificativa:
A definição se aplica às empresas transnacionais,
segundo estabelecem as Nações Unidas.
INGLÊS
‘This is Really Home’
A few years ago Yu Changhua measured the seasons by
what was growing in his fields – rapeseed in spring, maize
in summer, wheat in winter. He lived with his family in the
countryside in China’a central Sichuan province, _________
one of China’s holiest Buddhist mountains. Today the 42year-old lives with his wife and 7-year-old son in a 10square-meter room in Beijing’s gritty San Lu Ju district. Yu
_________ $110 a month working as a construction-team
foreman – far more than he made as a farmer – but his
living conditions are harsh. For years he dreamed of going
back and working his land, but last summer he couldn’t find
_________ willing to rent it. Faced with paying taxes to
leave the land fallow, Yu _________ the quarter-hectare
plot to the local government. “I moved to Beijing because
there is opportunity here,” he says. “But now I don’t have
land, this is really home.”
That resignation is increasingly common in China
nowadays, _________ farmers are forced off _________
land or decide to leave it for what they hope are better
opportunities in big cities. According to China’s State
Statistics Bureau, the nation lost 8.6 million hectares of
farmland between 1986 and 2003 – and the speed at which
land _________ devoured by new roads, factories and
reservoirs is stunning. In 2003, the latest period with
available figures, China’s cropland shrank by 2 percent. As
the land goes, so go the farmers: Wang Chunguang, a
Chinese government sociologist, estimates that 50 million
farmers have lost their land to development in the past
decade, a number he expects to rise to more than 100
million in the next decade. In addition, the Communist Party
expects the migration of between 30 million and 40 million
Chinese over the next decade as a result of “depleted or
degraded [natural] resources” due to pollution and
desertification. Nearly all will move to cities.
Together with 120 million short-term migrants, this
population upheaval is creating a social problem that, until
now, China’s leaders had managed to prevent – urban
slums and rural shantytowns. “Five years ago slums were
not visible in Beijing,” says Jing Jun, a sociologist at
Beijing’s Qinghua University. “But now they are
everywhere.” Beijing’s biggest, located just west of Qinghua,
he says, covers seven square quilometers. Like
impoverished areas around the world – from Rio de Janeiro
to Mumbai – China’s emerging slums and shantytowns fuel
the spread of crime, disease and dissent. All of which
threatens to fracture Chinese society and hamper the
country’s rapid economic growth.
(From ‘This is Really Home’ Newsweek August 8, 2005, pages 28
and 29.)
57. Fill in the blanks with the correct sequence of words.
A)
in – earned – someone – gives – while – his- has
been
B) on – has earned – no one – give – but – your –
would be
C) at – will earn – something – have given – when –
her – had been
D) over – earn – anything – is giving – because – its
– was being
E) near – earns – anyone – gave – as – their – is
being
Letra e
Justificativa:
NEAR – preposição que indica proximidade.
EARNS – 3ª pessoa do singular do presente do
indicativo do verbo ‘to earn’ (ganhar, receber); referese a quanto Yu ganha hoje.
ANYONE – pronome indefinido utilizado em frase
negativa: ‘He couldn’t find anyone willing to rent it.’
Equivale, semanticamente, a ‘ninguém’.
GAVE – pretérito perfeito do indicativo do verbo ‘to
give’; reporta a uma ação passada já concluída.
AS – conjunção que indica causa; tem um sentido
equivalente ao sentido de ‘porque’.
THEIR – adjetivo possessivo da 3ª pessoa do plural;
refere-se aos agricultores que são forçados a deixar
suas
terras,
na
esperança
de
melhores
oportunidades nas cidades grandes.
IS BEING – 3ª pessoa do singular do presente
contínuo do verbo ‘to devour’ (devorar), na voz
passiva.
58. In accordance to the text, migration is driven mainly by
1)
2)
3)
4)
5)
the income gap between farmers and urban
workers.
the emerging slums and shantytowns.
the busy life in the big city.
one’s dreams of a better life in big cities.
the loss of farmlands to development.
( ) The correct responses are:
A) 1, 2 and 3 only
B) 2, 3 and 4 only
C) 1, 2 and 5 only
D) 1, 4 and 5 only
E) 1, 2, 3, 4 and 5
Letra D
Justificativa:
A migração é impulsionada, principalmente, pela
diferença de renda entre os agricultores e os
trabalhadores das fábricas nas cidades; pelos
sonhos de uma vida melhor nas cidades grandes; e
pela perda de fazendas (terras produtivas) para o
desenvolvimento.
59. The massive influx of migrants has resulted in
1)
the increasing depletion or degradation of natural
resources.
2) personal frustrations regarding the hard
conditions of life in the big city.
3) the immediate urge for the construction of new
roads, factories and reservoirs.
4) the lack of affordable housing and the growth of
urban slums.
5) the raise of violence and illness, as well as anger
over urban inequality.
The right answers are only
A) 1, 3 and 5
B) 2, 4 and 5
C) 1, 2, 3 and 4
D) 2, 3, 4 and 5
E) 1 and 3
Letra B
Justificativa:
O influxo maciço de migrantes resultou: em
frustrações pessoais concernentes às condições de
vida bastante difíceis na cidade grande; na falta de
recursos para aquisição da casa própria e,
conseqüentemente, no crescimento de favelas
urbanas; no aumento da violência e das doenças,
bem como no não-conformismo perante as
desigualdades sociais existentes na cidade.
60. When Yu says “But now I don’t have land, this is really
home.”, one realizes that he is both
A) regretful and resignated.
B) sorry and ashamed.
C) afraid and hopeful.
D) idealistic and defeated.
E) happy and successful.
Letra A
Justificativa:
O contraste no início da oração, representado pela
conjunção ‘but,’ indica que o agricultor está tanto
arrependido de ter entregue seu lote de terra como
resignado com o seu novo lar, pois não há outra
opção de vida para ele nem para sua família.
61. In the sentence “All of which threatens to fracture
Chinese society and hamper the country’s rapid
economic growth.”, the word ‘hamper’ is similar in
meaning to
A) allow.
B) impel.
C) drive.
D) impede.
E) handle.
Letra D
is opportunity here.” The correct reported speech for
this sentence is: Yu Changhua said that he
A)
will move to Beijing because there is opportunity
there.
B) had moved to Beijing because there was
opportunity there.
C) is moving to Beijing because there is opportunity
there.
D) has moved to Beijing because there has been
opportunity there.
E) moves to Beijing because there is opportunity
there.
Letra B
Justificativa:
O discurso indireto adequado à fala do agricultor é:
Yu Changhua disse que tinha se mudado para
Beijing porque lá havia oportunidade. O tempo verbal
muda, respectivamente, do pretérito do indicativo
para o passado perfeito e do presente do indicativo
para o pretérito, na 3ª pessoa do singular.
ESPANHOL
Las lenguas cambian de continuo, y lo hacen de modo
especial en su componente léxico. Por ello los diccionarios
nunca están terminados: son una obra viva que se esfuerza
en reflejar la evolución registrando nuevas formas y
atendiendo a las mutaciones de significado.
Justificativa:
O verbo ‘to impede’ equivale, semanticamente, a to
impede (impedir, postergar).
62. In the phrase “but his living conditions are harsh,” the
word ‘harsh’ has a meaning equivalent to
A) quite easy.
B) very good.
C) rather difficult.
D) unfair.
E) terrific.
Letra C
Justificativa:
O adjetivo ‘harsh’ possui um significado equivalente
a ‘rather difficult’ (bastante difícil).
63. The word ‘stunning,’ in: “factories and reservoirs is
stunning” (paragraph
substituted for
64. Yu Changhua says: “I moved to Beijing because there
2),
can
be,
adequately,
A) beautiful.
B) delightful.
C) pleasing.
D) unattractive.
E) shocking.
Letra E
Justificativa:
O adjetivo ‘stunning’ pode ser, adequadamente,
substituído por ‘shocking’ (chocante, estonteante),
reação decorrente dos hectares de terras que são
Especial cuidado ha de poner en ello el Diccionario
académico al que se otorga un valor normativo en todo el
mundo de habla española. La Real Academia Española y
las veintiuna Academias que con ella integran la Asociación
de Academias de la Lengua española trabajan
mancomunadamente al servicio de la unidad del idioma
tratando de mejorar y actualizar un diccionario de carácter
panhispánico. Cuanto aparece en el DRAE es fruto de ese
estudio y de la aprobación colegiada.
Hasta hace poco tiempo la edición en forma de libro
constituía la única posibilidad de fijación y transmisión. Los
recursos electrónicos de que hoy disponemos hacen
posible un modo diferente de actuación. El Diccionario
académico es actualmente una base informática de datos,
lo que permite un mejor control de su contenido,
proporciona mayor facilidad de revisión y, sobre todo, hace
compatibles diferentes fases del trabajo sin las
servidumbres exigidas por la edición impresa. De ahí el
compromiso adquirido de ir haciendo públicas con
periodicidad semestral las adiciones, supresiones y
enmiendas que la Real Academia Española y sus
Academias asociadas vayan aprobando.
De este modo los hispanohablantes que accedan a nuestra
página electrónica podrán disponer del documento que
contiene el texto de la última edición en papel - en este
caso, la vigésima segunda, de 2001 - y, al tiempo, el
conjunto de modificaciones aprobadas. Por ello, entre los
varios modelos posibles de organización se ha elegido el
que mantiene con toda claridad la separación entre los dos
documentos. Los consultantes acceden inicialmente a la
vigésima segunda edición y, en los casos en que se añada
un nuevo registro o un artículo haya sido modificado, verán
en la pantalla un aviso que les permitirá contemplar la
nueva versión.
Lo que a partir de abril de 2005 ofrece la Real Academia
Española es el conjunto de más de 12 000 modificaciones
aprobadas desde el cierre de la edición anterior hasta junio
de 2004. Han sido ya estudiadas por la Española otras que
irán siendo aprobadas por todas las Academias e
incorporadas cada seis meses a esta página. De este modo
se podrá disponer de una información actualizada del
trabajo académico y se facilitará el conocimiento de la
evolución del español.
(www.rae.es)
57. Podemos afirmar que el objetivo principal de este texto
consiste en:
A)
indicar las formas correctas de usar la lengua
española.
B) establecer los elementos lingüísticos comunes
que unen a los países de habla hispana.
C) comparar el Diccionario de la Real Academia con
otros diccionarios de la lengua.
D) servir de presentación para la página electrónica
del Diccionario de la Real Academia.
E) enumerar las modificaciones incorporadas a esta
edición del Diccionario de la Real Academia.
Letra D
Justificativa:
Apresentar a versão eletrônica do Dicionário da Real
Academia Espanhola é o principal objetivo deste
texto. As duas primeiras respostas poderiam se
referir aos objetivos do dicionário (não do texto). O
texto compara este dicionário com outros anteriores
(letra C), e menciona algumas modificações
incorporadas, mas nenhum desses é seu objetivo
principal.
58. Según el texto, la lengua española
A)
está siendo amenazada por un mundo en
constante transformación.
B) presenta una diversidad que pretende ser
reflejada en el Diccionario de la Real Academia.
C) presenta
varios
modelos
posibles
de
organización.
D) debe ser fijada y transmitida por la Asociación de
Academias de la lengua española.
E) ha visto reconocida su importancia a partir de la
última versión del Diccionario de la Real
Academia.
Letra B
Justificativa:
Esta é a única resposta que pode ser considerada
correta. O texto enfatiza a diversidade, a mutação e
a evolução da língua espanhola; não se refere a
esses processos como sendo uma “ameaça”, nem
afirma que deva ser fixada com caráter normativo
pela Associação de Academias ou que sua
importância foi apenas reconhecida nesta última
versão do dicionário. Em relação à resposta C), é o
próprio dicionário (e não é a língua) que apresenta
“vários modelos possíveis de organização”.
59. En el primer párrafo, la presencia de los dos puntos
(“Por ello los diccionarios nunca están terminados: son
una obra viva que se esfuerza en reflejar la evolución
registrando nuevas formas y atendiendo a las
mutaciones de significado”) se justifica porque:
A)
aparecen en un documento oficial de la
Academia.
B) son empleados para enfatizar una contraposición
de ideas.
C) es común que separen, como en este caso, un
participio y un verbo en el tiempo presente.
D) evitan la repetición de un elemento nombrado
anteriormente.
E) anuncian que habrá de seguir una explicación de
lo que antecede.
Letra E
Justificativa:
A última é a única resposta correta, já que, entre as
duas orações, existe uma relação explicativa: os
dicionários nunca estão terminados porque são uma
obra viva. O texto completa assim a afirmação “los
diccionarios nunca están terminados”; o valor
explicativo da frase já estava enfatizado pela
presença de por ello.
60. En la frase “De ahí el compromiso adquirido de ir
haciendo públicas con periodicidad semestral las
adiciones, supresiones y enmiendas que la Real
Academia Española y sus Academias asociadas vayan
aprobando”, la expresión ‘públicas’ concuerda en
género y número con:
A)
B)
C)
periodicidad semestral.
supresiones y enmiendas.
la Real Academia Española y sus Academias
asociadas.
D) adiciones.
E) adiciones, supresiones y enmiendas.
Letra E
Justificativa:
Na oração analisada, “públicas” é um adjetivo que
modifica à totalidade dos elementos (substantivos)
que constituem o objeto do verbo em forma de
perífrase (ir haciendo), isto é: “adiciones,
supresiones y enmiendas”, como aparece indicado
na opção E). Por isso, as respostas B) e D) são
parciais, pois apenas fazem referência a uma parte
do objeto do verbo. A) Nunca pode ser aceita,
porque não há concordância em número. Por sua
vez, a opção C) está referida a outra seqüência da
mesma construção.
61. Después de leer el texto, podemos concluir que:
1)
2)
La versión electrónica del Diccionario de la Real
Academia Española presenta contenidos que no
están incluidos en la versión impresa.
La Real Academia es la institución más adecuada
para legislar en cuestiones relativas al uso de la
lengua española.
3)
La lengua española ha sufrido grandes
transformaciones en los últimos años, todas las
cuales han sido registradas en la última versión
del Diccionario de la Real Academia.
4) La versión electrónica del Diccionario de la Real
Academia
está
sujeta
a
periódicas
modificaciones.
Estan correctas las afirmaciones
A) 1 y 3
B) 2 y 3
C) 1 y 4
D) 1, 3 y 4
E) 3 y 4.
Letra C
Justificativa:
Esta é a resposta correta (pontos 1 e 4), já que o
texto afirma que “los hispanohablantes que accedan
a nuestra página electrónica podrán disponer del
documento que contiene el texto de la última edición
en papel -en este caso, la vigésima segunda, de
2001- y, al tiempo, el conjunto de modificaciones
aprobadas” (ponto 1), e que o dicionário pretende “ir
haciendo públicas con periodicidad semestral las
adiciones, supresiones y enmiendas que la Real
Academia Española y sus Academias asociadas
vayan aprobando” (ponto 4).
62. En la frase “De ahí el compromiso adquirido de ir
haciendo públicas con periodicidad semestral las
adiciones, supresiones y enmiendas que la Real
Academia Española y sus Academias asociadas vayan
aprobando”, la justificación que se ofrece en el texto al
establecimiento de tal compromiso se refiere a:
A)
B)
la constante evolución de la lengua española.
la importancia de haber creado una versión
electrónica del diccionario.
C) la promesa de mantener disponibles en la página
las 22 ediciones del diccionario.
D) la organización diversificada del material que
compone el diccionario.
E) la intención de incorporar nuevos contenidos
cada seis meses.
Letra A
Justificativa:
O compromisso se refere ao registro das “adiciones,
supresiones y enmiendas” que a língua espanhola
venha a incorporar ao longo do tempo como
conseqüência da constante evolução da língua. A
resposta C) é falsa, e as outras mencionam objetivos
ou virtudes do dicionário, mas que não configuram
uma justificativa do compromisso mencionado.
63. Según el texto, la ventaja más importante de la versión
electrónica del Diccionario consiste en:
A)
B)
C)
D)
facilitar el conocimiento de las reglas de la lengua
española; ésa es una de las principales labores
de la Real Academia.
posibilitar al lector una mayor interacción: puede
consultar la última edición y las modificaciones
que serán implantadas en la siguiente.
consultar rápidamente la vigésima segunda
edición del diccionario.
ser el resultado de la aprobación colegiada de
todas las academias, lo que ofrece una visión
panhispánica del español.
E)
fijar de forma transitoria los cambios sufridos por
la lengua española.
Letra B
Justificativa:
Todas as respostas aludem a benefícios aportados
pela versão eletrônica do dicionário, mas o texto
permite inferir que a sua vantagem mais importante
consiste em facilitar a interação com o leitor. Ver, por
exemplo, o seguinte trecho: “Hasta hace poco tiempo
la edición en forma de libro constituía la única
posibilidad de fijación y transmisión. Los recursos
electrónicos de que hoy disponemos hacen posible
un modo diferente de actuación. El Diccionario
académico es actualmente una base informática de
datos, lo que permite un mejor control de su
contenido, proporciona mayor facilidad de revisión y,
sobre todo, hace compatibles diferentes fases del
trabajo sin las servidumbres exigidas por la edición
impresa”.
64. “Lo que a partir de abril de 2005 ofrece la Real
Academia Española es el conjunto de más de 12.000
modificaciones aprobadas desde el cierre de la edición
anterior hasta junio de 2004”. La expresión aquí
utilizada, ‘Lo que’, muy frecuente en español
A)
es una expresión que sólo se utiliza en el
lenguaje coloquial.
B) es una clásula temporal que se refiere a “abril de
2005”.
C) se refiere a un contenido que aparece expresado
a continuación en la misma frase.
D) otorga um sentido hipotético a la frase.
E) tiene un valor anafórico, esto es, se refiere a
otros elementos incluidos anteriormente en otro
pasaje del texto.
Letra C
Justificativa:
“Lo que” se refere a “el conjunto de más de 12000
modificaciones aprobadas desde el cierre de la
edición anterior hasta junio de 2004”. As outras
respostas são incorretas, já que não é uma
expressão que seja necessariamente mais freqüente
na linguagem coloquial. Tampouco é uma cláusula
temporal, não está formada por um demonstrativo,
não ilustra uma hipótese nem tem valor anafórico.
FRANCÊS
Lisez attentivement le texte ci-dessous et répondez aux
quatre questions suivantes.
L’école républicaine à la française
Si l’école est régulièrement au coeur de débats publics qui
suscitent une forte mobilisation en France, comme en
témoignent les manifestations tout au long des années 1980
à 2000, c’est qu’elle occupe une place cruciale et fondatrice
dans la société française moderne [...].
La Révolution française de 1789, en reconnaissant le
peuple comme seule source légitime de la souveraineté
national, a rendu nécessaire l’instauration d’un service
public d’éducation afin de former les Français à l’exercice
de la citoyenneté.
Les grands principes régissant le système éducatif, posés à
la Révoultion, ont été progressivement appliqués par les
partisants de la république, opposés aux défenseurs d’une
e
restauration monarchique, tout au long du XIX siècle.
L’obligation scolaire, la gratuité et la laïcité de
l’enseignement public, réalisées pour l’enseignement
primaire par Jules Ferry dans les années 1880, n’ont pas
été remises en cause depuis.
L’école, par l’éradication des patois (dialects) locaux et la
diffusion du français, a été le vecteur privilégié de la
construction de la nation. Héritiers de la philosophie des
Lumières, les républicains ont mis fin à la tutelle de l’Eglise
sur l’éducation, afin de promouvoir la raison et la liberté de
penser.
(D’après Kathy Crapez, Université de Paris-IX-Dauphine. 2004)
57. Qui a créé, en France, l’enseignement primaire gratuit,
laïc et obligatoire?
A) Le peuple français
B) La restauration monarchique
C) La Révolution de 1789
D) Jules Ferry dans les années1880
E) Les philosophes des Lumières
Letra D
Justificativa:
A) Errada. O povo francês fez a revolução. Ele foi
reconhecido pela revolução como a única fonte
legítima da soberania nacional, mas não fez as
leis da escola francesa. Veja-se o segundo
parágrafo do texto.
B) Errada. Os defensores da restauração da
monarquia tinham princípios contrários aos dos
republicanos, que queriam uma escola que
seguisse os princípios da Revolução, como diz
o texto no terceiro parágrafo.
C) Errada. A Revolução de 1789 tornou
necessária a instauração de um ensino público
nas bases da escola republicana mas não o
instaurou. Confira-se o segundo parágrafo do
texto.
D) Certa. O texto indica, no final do terceiro
parágrafo, que essas realizações foram
empreendidas por Jules Ferry, nos anos 80.
E) Errada. Os filósofos inspiraram os republicanos
(herdeiros dos filósofos das Luzes) mas não
criaram leis para o sistema educativo francês.
Confira-se o final do quarto parágrafo.
58. Selon le texte, qu’est-ce qui provoque une forte
mobilisation en France?
A) Les systèmes locaux
B) Les manifestations monarchiques
C) Les débats publics
D) Les services publics
E) Les principes philosophiques
Letra C
Justificativa:
A) Errada. O texto não se refere aos sistemas
locais e, sim, aos sistemas educativos.
B) Errada.
Não
são
as
manifestações
monárquicas que provocam as mobilizações na
França. O texto não se refere às mobilizações
monárquicas e, sim, à restauração monárquica.
C) Certa. São os debates públicos que suscitam
uma forte moblização na França em torno da
D)
E)
escola. Inclusive a expressao «os debates
públicos» é o sujeito do verbo «suscitent», que
está no plural.
Errada. O texto se refere ao serviço público
educativo para a formação do povo francês ao
exercício da cidadania e, não, para suscitar
mobilizações no país.
Errada. No texto, os filósofos iluministas
inspiraram os partidários da república mas não
são eles quem provoca as mobilizações atuais
na França.
59. Dans la phrase: “L’obligation (..) n’ont pas été remises
en cause”, le mot «cause» peut être remplacé
correctement par quel mot ci-dessous?
A) Exercice
B) Motif
C) Problème
D) Diffusion
E) Question
Letra E
Justificativa:
A expressão ‘remettre en cause’ quer dizer
«questionar» ; logo, no terceiro parágrafo do texto,
«cause» é sinônimo de «question». Portanto, as
alternativas (a); (b); (c) e (d) estão erradas porque
não são sinônimos para a palavra «cause» na
acepção do texto. Somente a alternativa (E) está
correta.
60. Qu’a fait l’école républicaine?
A) Elle n’a pas éradiqué les patois locaux
B) Elle a contribué à la construction de la nation
C) Elle n’a pas diffusé la langue française
D) Elle a instauré la tutelle de l’Eglise sur l’éducation
E) Elle a mis fin à la liberté de penser
Letra B
Justificativa:
A) Errada. A escola erradicou os dialetos.
B) Correta. Sim, ela contribuiu, posto que foi um
vetor privilegiado na construção da nação.
C) Errada. Ao contrário, ela difundiu a língua
francesa.
D) Errada. Ela pôs fim à tutela da Igreja sobre a
educação.
E) Errada. Ao contrário, ela promoveu a liberdade
de pensamento.
Pour repondre aux quatre questions suivantes,
signalez, parmi les propositions, celle qui complete
correctement les lacunes des phrases.
61. Dans la phrase «Les étudiants ont protesté pendant
toute l’année en 2000», le mot souligné indique
_______ de l’action.
A) le motif
B) l’occupation
C) l’égalité
D) la difficulté
E) la durée
Letra E
Justificativa:
Na frase «Les étudiants ont protesté pendant toute
l’année en 2000», a palavra sublinhada é um
expressão de tempo que indica a duração da ação,
logo apenas a alternativa (E) está correta.
A) Errada. Não se trata do motivo dos protestos
mas de sua duração.
B) Errada. Não marca a ocupação, não é
expressão de lugar.
C) Errada. Não se trata de comparação; logo não
há noção de igualdade, de inferioridade nem
de superioridade.
D) Errada. Não há noção de dificuldade na
expressão.
E) Correta. É uma expressão de tempo (pendant
= durante) que marca a duração.
62. L’école brésilienne a changé aussi _______ siècles.
A) parce que des
B) à cause du
C) à la suite de
D) au cours des
E) grâce au
Letra D
Justificativa:
Na frase «L’école brésilienne a changé aussi
_______ siècles» está faltando uma expressão que
marque a extensão temporal da ação, logo:
A) Errada. Além de marcar a causa, a expressão
«parce que des» está errada, pois não se usa
«des» após esta causal, que, corretamente, é
usada diante de um verbo e não de um
substantivo; logo, não cabe, aqui, o
determinante «des».
B) Errada. Além de marcar a causa, a expressão
«à cause du» está errada, pois não se usa
«du» para determinar palavras masculinas no
plural, e «siècles» está no plural, o certo seria
«des».
C) Errada. Apesar de marcar a posterioridade, a
expressão «à la suite de» insiste sobre a
causa, e, além do mais, o certo seria usar
«des» antes de «siècles» e não «de».
D) Correta. Está certa, pois «au cours de» marca
a duração do tempo decorrido, e o uso do
determinante plural «des» está correto;
E) Errada. Além de marcar a causa, a expressão
«grâce au» está errada porque não se usa
«au» para determinar palavras masculinas no
plural, e «siècles» está no plural; o certo seria
«aux».
63. La Révolution française a été _______ importante
_______elle a même influencé d’autres pays.
A) si, qui
B) si, que
C) autant, qu’
D) tellement, qu’
E) tellement, qui
Letra D
Justificativa:
Somente a altarnativa (D) traz os elementos da
consecutiva, que completam corretamente a frase
«La Révolution française a été _______ importante
_______elle a même influencé d’autres pays», pelos
seguintes motivos:
A) Errada. Em «si, qui»: apesar de «si» (advérbio
de intensidade usado para modificar o adjetivo)
estar empregado corretamente, a frase fica
B)
C)
D)
E)
errada, pois deve-se usar a forma elidida (qu’)
da conjunção «que» diante de palavras
começadas por vogal e não o pronome «qui»;
Errada. Em «si, que»: apesar de «si» (advérbio
de intensidade usado para modificar o adjetivo)
estar empregado corretamente, a frase fica
errada, pois deve-se usar a forma elidida (qu’)
da conjunção «que», diante de palavras
começadas por vogal;
Errada. Em «autant, qu’»: apesar de estar
correto o uso da forma elidida (qu’) da
conjunção «que», diante de palavras
começadas por vogal, o advérbio «autant» está
empregado incorretamente porque não deve
ser usado para dar intensidade ao adjetivo;
Correta. Em «tellement, qu’» tanto o uso do
advérbio
de
intensidade
«tellement»,
modificando o adjetivo «importante», quanto o
da conjução elidida «qu’» diante do pronome
«elle» estão corretos.
Errada. Em «tellement, qui», apesar de
«tellement» (advérbio de intensidade usado
para modificar o adjetivo) estar empregado
corretamente, a frase fica errada, pois é a
conjunção «que», na forma elidida (qu’) diante
de palavras começadas por vogal, que
funciona como complemento da expressão e,
não, o pronome «qui».
64. Dans la phrase «Si la Révolution a gagné c’est parce
que le peuple était au coeur des manifestations», les
mots soulignés mettent en relief _______ de la victoire.
A) le temps
B) le doute
C) la cause
D) la concession
E) la finalité
Letra C
Justificativa:
Somente a alternativa (C) completa corretamente a
frase da questão «Si la Révolution a gagné c’est
parce que le peuple était au coeur des
manifestations», les mots soulignés mettent en relief
_______ de la victoire» porque as palavras
sublinhadas dão ênfase ao motivo, insistindo sobre a
causa da vitória da revolução que foi a participação
central e decisiva do povo que, segundo a frase,
estava no «coração» das manifestações.
A) Errada. A frase não insiste sobre o tempo
decorrido.
B) Errada. A frase não diz que houve dúvida nem
quanto à vitória nem quanto ao papel
preponderante do povo.
C) Correta. A frase aponta para o motivo principal
da vitória da revolução, insistindo sobre a
causa dessa vitória: o povo estava no cerne
das manifestações recorrendo a uma
expressão de realce da causa (parce que)
«si.......c’est».
D) Errada. A frase não insiste sobre a idéia de
concessão das ações do povo.
E) Errada. A frase não insiste sobre a finalidade
como determinante da revolução nem sobre a
finalidade da participação do povo.
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