A PRODUÇÃO HISTORIOGRÁFICA EDUCACIONAL DAS IES SOTEROPOLITANAS: ARQUIVOS E DADOS. Camila Magalhães Góes1 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB A produção historiográfica educacional da cidade de Salvador ainda é um tema pouco explorado pelos pesquisadores. Por este motivo esta pesquisa objetiva levantar e analisar a sua produção acadêmica sobre o Ensino de História nas IEs Baianas (UFBA, UCSAL, Faculdades Jorge Amado e UNEB-Campus I). O levantamento realizado utiliza fichas de catalogação relativas aos temas, problemas e métodos de pesquisa do ensino e aprendizagem de História, pontuando a importância dos arquivos para a pesquisa nesta área. Palavras-chave: Ensino de História, fontes, arquivos. INTRODUÇÃO O presente texto trata de fontes de pesquisa para o Ensino de História, a partir do levantamento de trabalhos de conclusão de curso do Ensino Superior (monografias, projetos, teses e dissertações), no período de 1993 a 2006. O levantamento das monografias, teses e dissertações dos cursos superiores de História e dos programas de pós-graduação em Educação foram realizadas na Universidade Católica do Salvador – UCSal, Universidade Federal da Bahia – UFBa, Universidade Estadual da Bahia – UNEB – Campus I e Faculdades Jorge Amado. Esta primeira apresentação dos dados coletados nas Instituições de Ensino Superior de Salvador, visam proporcionar análises futuras, tanto qualitativas quanto quantitativas para as pesquisas desenvolvidas nas áreas de História e Educação. Este estudo abrange diversas instituições, envolvendo professores pesquisadores nesta área de pesquisa, considerando suas discussões como objetivo para reflexão, debate e crescimento, remetendo a relevância das pesquisas metaanalíticas2, debruçando-se sobre aquilo que é produzido nos meios acadêmicos, pelos seus sujeitos, nas palavras de Bourdie (1994, p.23) “a ciência é reforçada toda a vez que se reforça a crítica científica”. O levantamento dos trabalhos aqui tratados, foi realizado a partir de sua leitura por completo, análise e catalogação, tendo como categorias de análise: os temas do texto (os aspectos em que o autor se detém), o referencial teórico (o quadro teórico em que se insere o texto), o ideário pedagógico (concepção sobre educação, ensino e aprendizagem).Também sendo classificadas quanto ao curso em que foram realizadas e seus orientadores, percebendo-se assim as tendências de diferentes temporalidades e espaços. 1 Graduanda em História com Habilitação em Patrimônio Cultural pela Universidade Católica do Salvador. E-mail: [email protected]. 2 Ver LAROCCA, P.; Rosso, A. J.; Souza, A. P.. A formulação dos objetivos de pesquisa na pós-graduação em Educação: uma discussão necessária. Apresentamos de tal modo durante toda esta pesquisa, íntima ligação com o estudo da formação dos professores de História na Bahia, acreditando que as possibilidades de mudanças no ensino de História dependem, dentre outros, do compromisso dos profissionais de História na construção de reformas educativas e na melhoria permanente das condições de trabalho em que se processam o ensino e a aprendizagem em História (TEDESCO, 1999). 1. ARQUIVOS E BANCOS DE DADOS: É necessário ressaltar que todo este trabalho foi realizado dentro de instituições de ensino superior públicas, privadas e filantrópicas, com o uso de suas monografias, teses e dissertações como fontes de pesquisa, o que tornou o trabalho lento e exigiu grande afinco, devido à dificuldade em localizar os documentos buscados, pela dispersão dos arquivos, pela falta de guias ou pela própria destruição dos documentos (MARTINS, 1992). Mesmo com uma produção científica recente grande parte da documentação no Brasil é perdida pela falta de conscientização sobre a importância dos nossos acervos históricos e produções acadêmicas. A relevância na pesquisa, catalogação e montagem de um banco de dados para a pesquisa em Ensino de História, relaciona-se com a busca de extensão do conhecimento e disponibilidade de tais fontes, incentivo a futuros pesquisadores, bem como a garantia da integridade e preservação dos acervos públicos. Como os pesquisadores do HISTEDBR entendemos que este processo: “(…) resulta do entendimento que a escassez, a dispersão e a precariedade na organização e catalogação de fontes primárias e secundárias, fundamentais a pesquisa histórica no Brasil, eram alguns dos principais fatores responsáveis, entre outros, por uma produção reincidente, pouco criativa, pouco atualizada e, com freqüência apoiada em referenciais teóricos consagrados ou em voga no momento” (LOMBARDI, 2004) Com isso, reforça-se a importância da catalogação de fontes para a melhoria qualitativa e quantitativa das pesquisas e seu conseqüente aproveitamento em subsidiar a reflexão acerca de políticas educacionais locais (BEZERRA, 2005). Os trabalhos de conclusão de curso são provenientes de bibliotecas e centros de pesquisa que foram por sua vez, produzidos por instituições ou indivíduos singulares, tendo em vista não uma utilização ulterior, e sim, na maioria das vezes, um objetivo imediato, espontâneo ou não, sem a consciência da historicidade do caráter de “fonte” que poderia vir a assumir mais tarde (ROUSSO, 1996). A formação de um banco de dados (centro de informação/documentação), poupa o professor/pesquisador a perda de tempo e o esforço inútil de, por carência de informações, resolver problemas já solucionados ou repetir experiências que foram testadas anteriormente (CIPDFP, 1970); disseminando, avaliando, classificando e armazenando informações para pesquisas futuras, que buscam conhecer e explicitar o Ensino de História, assegurando a utilização destas informações para solução de problemas concretos e o desenvolvimento de diversos setores da sociedade (MONTVILOFF, 1990). Para tal, iniciamos nossa pesquisa com a catalogação dos dados já citados e a formação de um banco de dados, com as informações a seguir. 2. A PRODUÇÃO DAS IE´S BAIANAS: A apresentação dos dados coletados seguira a ordem das Universidades visitadas. A primeira Universidade a ser observada foi a Universidade Católica do Salvador – UCSal, que possui um banco de dados online no endereço www.ucsal.br com acesso exclusivo aos alunos da instituição e um banco de dados com acesso nos diversos campi para toda a comunidade, possuindo todo o material existente em suas bibliotecas. Os cursos da UCSal referentes a pesquisa, são: graduação em História – Licenciatura e Bacharelado (HIT), no turno noturno, graduação em História com Habilitação em Patrimônio Cultural – Licenciatura e Bacharelado (HHPC), no turno vespertino, e o curso de Pós-graduação em História (atualmente não possui nenhuma turma em andamento), localizados no Campus da Federação. Foram levantadas 7 (sete) monografias, 2 (dois) projetos de intervenção, 1 (um) projeto de pesquisa e 1 (uma) dissertação do curso de pós-graduação. Listo a seguir, os trabalhos em questão: Representação dos índios nos livros didáticos de 4ª série, na década de 90. Autora: Érica Carla Souza da Silva Barreto. Universidade Católica do Salvador, 2005. Educando "machos", formando "homens": o Ginásio/Seminário São Bernardo. Autora: Iole Macedo Vanin. Universidade Católica do Salvador, 2002. Educação e Cidadania na Bahia nos anos 80. Autora: Rita de Cassia Praxedes. Universidade Católica do Salvador, 2004. Um estudo sobre a proposta pedagógica para ensino de História nas escolas públicas da Rede Municipal de Salvador: 1990-200. Autor: Pedro Gonçalves. Universidade Católica do Salvador, 2003. Educar através da arte de reciclar. Autora: Margarete Machado Pimentel. Universidade Católica do Salvador, 2004. Ensino de História na educação de jovens e adultos. Autora: Lucinda Souza da Silva. Universidade Católica do Salvador, 2006. A vila de Ventura e uma proposta de educação patrimonial. Autor: Railson Cotias da Silva. Universidade Católica do Salvador, 2004. A música como instrumento pedagógico no aprendizado da História: A esperiência vivenciada pelo grupo afro Malê Debalê na comunidade. Autor: Gabriel Azevedo Vieira da Costa. Universidade Católica do Salvador, 2006. Arte e incentivo no bairro Jardim Nova Esperança – Bahia. Autora: Rose Mary de Jesus Barros Barbosa. Universidade Católica do Salvador, 2006. Os autores se detêm a temas relacionados às áreas de conhecimentos referentes ao Ensino de História, mas para nível de comparação temos presentes nos textos áreas, como: 4 5 1 2 1 5 4 História da Educação História do Brasil História Regional do Brasil/Historia da Bahia Planejamento e Avaliação Educacional História da Arte Educação em Periferias Urbanas Métodos e Técnicas de Ensino Gráfico 1. Áreas de conhecimento – UCSal. Em relação ao tipo de documento produzido pelos formandos: 1 1 1 2 4 Projeto de Pesquisa Projeto de Intervenção Monografia Projeto de Educação Patrimonial Dissertação Gráfico 2. Tipos de documentos produzidos – UCSal. 1 1 7 História Social Não pode ser identificado Materialismo Histórico Gráfico 3. Referenciais teórico-metodológicos catalogados – UCSal. Os diferentes instrumentos catalogados, definidos pelo tipo de pesquisa, são: 2 1 0 9 4 6 5 1 Teórica Etnográfica Empírica Histórica Estudo de caso Pesquisa participante Survey Pesquisa ação Experimental Gráfico 4. Tipos de Pesquisa catalogados – UCSal. 2 0 1 2 1 9 Entrevista Análise de documentos Questionário História de vida Observação Aplicação de testes Outros Gráfico 5. Fontes e procedimentos de pesquisa – UCSal. Os dados coletados e avaliados foram inicialmente contextualizados. Analisando o espaço podemos perceber que o curso de História – UCSal foi implantado em 1961, em uma Universidade que se define como uma instituição privada sem fins lucrativos, comunitária, confessional e filantrópica. A produção aqui relatada foi produzida entre 2002 a 2006, período em que houve reformas curriculares e mudanças no corpo docente, aspecto também, relevante na pesquisa, pois os orientadores são personagens que mantêm relações singulares, intersubjetivas, complexas e ricas em detalhes com os orientandos, sendo que nessa convivência , resultam os trabalhos de conclusão de curso (LEITE, 2004), muitas vezes, responsáveis pelos fracassos e sucessos. Todos estes fatores estão estritamente ligados a produção do conhecimento. Os orientadores dos trabalhos encontrados na UCSal são em sua maioria, formados pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, possuindo especializações na área de História, Pedagogia e Direito, além de possuir desde 2000 o grupo de pesquisa, Cultura, Poder e Memória, e dentre suas linhas de pesquisa, História, Sociedade e Educação, composto de praticamente a totalidade do corpo docente vespertino e noturno do curso de História. A segunda IES particular a ser observada foi a Faculdade Jorge Amado, instituição privada, fundada em 1999, a qual possui curso de graduação em História – Licenciatura. O banco de dados ainda está em construção e a pesquisa só se tornou possível através da procura manual em todo o acervo da biblioteca. A Universidade não possui nenhum trabalho de conclusão sobre Ensino de História, mas proporciona a divulgação da produção dos professores e alunos do curso de História através de uma revista eletrônica, de periodicidade semestral, denominada “Práxis”. Na pesquisa realizada pelo site da revista (http://www.fja.edu.br/praxis/), na edição n° 2, foi encontrado a seguinte resenha: Imagens Medievais no livro Didático em Perspectiva de Análise. Autora: Jéssica Tássia Araújo da Silva. Faculdades Jorge Amado, 2005. Orientada pela Doutora Ana Rita Santiago, que discute as questões de educação e etnia, a orientanda apresenta no texto, temas como: iconografia, livros didáticos de História e formação docente, utilizando livros didáticos e teóricos como fontes. A Universidade Estadual da Bahia responsável até há poucos anos atrás por 4% da formação de professores de História (FERREIRA, 1998) é uma instituição pública, gratuita, mantida pelo Governo do Estado. Atualmente não possui nenhuma turma de pós-graduação em andamento no campus I, apenas cursos de mestrado. Nas visitas realizadas à UNEB não foi possível a procura manual pelos documentos, por questões administrativas da própria biblioteca, foi realizada uma busca pelo banco de dados on-line e posteriormente a consulta na Biblioteca Central – Campus do Cabula, catalogando 1 (uma) monografia do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação da Faculdade de Educação: A concepção de História presente no livro Didático. Autor: André Luís Cassimiro da Purificação. Universidade Estadual da Bahia, 2000. Este trabalho, traz através de uma visão marxista o estudo das concepções dos livros didáticos, através de áreas, como: história da Educação, história do Brasil e historiografia. Tratase de uma pesquisa Histórica, teórica e empírica, tendo como fontes, entrevistas, questionários e estudos teóricos. O referido curso teve sua primeira turma em 1996, não foi possível encontrar o currículo do orientando e o curso de graduação realizado pelo mesmo, mas este recebeu a orientação do Doutor Jacques Jules Sonneville, que possui pesquisas na área de formação de professores e diversas produções sobre Educação. A Universidade Federal da Bahia é a maior e mais antiga Universidade do Estado (FERREIRA, 2004). Como nota de esclarecimento é necessário pontuar que a Universidade não armazena as monografias de graduação, apenas teses e dissertações. Seguem abaixo a referência dos trabalhos pesquisados: O ensino de história: inventos e contratempos. Autora: Maria Antonieta de Campos Tourinho. Universidade Federal da Bahia, 2004. Um tratado para a educação de Cora: novos critérios de conduta social para a elite feminina na Bahia oitocentista. Autora: Adriana Dantas Reis. Universidade Federal da Bahia, 1998. Educação e Disciplina: propostas para a infância – Bahia (1924-1928). Autor: José Augusto Ramos da Luz. Universidade Federal da Bahia, 2000. Educação, cultura e lazer das mulheres de elite em Salvador, 1890 – 1930. Autora: Márcia Maria da Silva Barreiros Leite. Universidade Federal da Bahia, 1997. Procedimentos de autoria hipermídia em rede de computadores, um ambiente mediador para o ensino-aprendizagem de História. Autor: Alfredo Eurico Rodrigues Matta. Universidade Federal da Bahia, 2001. No labirinto das concepções e das práticas do ensino da história recente : a memória da resistência à ditadura no Brasil. Autora: Tânia Côrtes Andrade Miranda. Universidade Federal da Bahia, 2006. Kit`s na Escola - A televisão e vídeo na sala de aula. Autora: Maria Elizabete Souza Couto. Universidade Federal da Bahia, 1999. Na pesquisa realizada na Universidade Federal da Bahia, foram visitados dois campi, o Campus de São Lázaro que possui as teses e dissertações dos cursos de mestrado e doutorado em História, mas não possui as monografias dos cursos de graduação e o Campus do Canela com as teses e dissertações do mestrado e doutorado em Educação, onde acontece a mesma situação com as monografias. O programa de pós graduação em História na UFBa funcionam desde 1889, sendo o segundo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, possui um quadro de professores doutores atuantes no meio acadêmico e apresenta linhas de pesquisas em Escravidão e Invenção da Liberdade: história dos negros e dos povos indígenas, Poder Político, Sociedade e Região e Cultura e Sociedade. Os cursos de Educação, foram criados em 1972 (mestrado) e 1992 (doutorado), possui linhas de pesquisa em Educação e Diversidade, Políticas e Gestão da Educação e Currículo e (In)Formação e seu corpo docente é formado for doutores da UFBa e de outras universidades. A seguir, os dados colhidos: 2 5 1 2 2 3 1 3 História da Educação História do Brasil História Regional do Brasil/ História da Bahia Planejamento e Avaliação Educacional Métodos e Técnicas de Ensino História de Gênero Historiografia Novas Tecnologias Gráfico 6. Áreas de conhecimento catalogadas – UFBa. 2 Dissertação Tese 5 Gráfico 7. Tipos de documentos catalogados – UFBa. 1 6 História Social Materialismo Histórico Gráfico 8. Referenciais teórico-metodológicos catalogados – UFBa. 0 1 0 5 7 0 4 Teórica Histórica Empírica Estudo de caso Etnográfica Pesquisa ação Pesquisa participante Experimental Survey Gráfico 9. Tipos de Pesquisa catalogados – UFBa. 1 7 14 1 1 Entrevista Questionário História de vida Outros 1 3 Análise de documentos Observação Aplicação de testes Gráfico 10. Fontes e procedimentos de pesquisa – UFBa. É necessário levarmos em conta que esta produção é ambígua, visto que estes sujeitos desenvolvem dois papéis, o de discente, e o de docente, uma vez que são graduados (IVASHITA & MEN, 2005). O referencial teórico-metodológico presente nos estudos são o reflexo da influência das diferentes tendências da História na História da Educação. Como relatado, a História Social é o referencial mais presente nos trabalhos, sendo um campo visivelmente próspero (HOBSBAWM, 1997), para estudos na área de Ensino de História, por representar um campo que integra as contribuições de todas as ciências sociais relevantes à História. Novos horizontes no fazer da História da Educação, mostram o alargamento e diversidade nas fontes de pesquisa e suas abordagens, para além da utilização de documentos oficiais, abriram-se aos historiadores um leque de opções, a extensão de fontes para a pesquisa aproximou a História e a História da Educação de diversas áreas de conhecimento (ANDREOTTI, 2005), como notamos nos gráficos acima (Gráfico 1; Gráfico 6). Os autores possuem concepções de educação, como meio de promoção do desenvolvimento do homem e construção e reconstrução dos saberes, a concepção de professor é pouco expressa e comentada, mas quando é encontrada o define como responsáveis pela formação de cidadãos e sujeitos históricos. CONCLUSÃO A relevância na pesquisa, catalogação e montagem de um banco de dados para a pesquisa em Ensino de História relacionam-se com a busca de extensão do conhecimento e disponibilidade de tais fontes, o incentivo a futuros pesquisadores, bem como garantir a integridade e preservação dos acervos públicos. Com isso, reforça-se a defesa do argumento em relação à importância da catalogação de fontes para a melhoria qualitativa e quantitativa das pesquisas e seu conseqüente aproveitamento em subsidiar a reflexão acerca de políticas educacionais locais (BEZERRA, 2005). Os dados aqui apresentados visam proporcionar analises futuras, tanto quantitativas quanto qualitativas, para a pesquisa em Ensino de História, reafirmando os estudos feitos durante esses últimos trinta anos nesta área, com estudos que têm buscado delinear um panorama da atual historiografia em educação, destacando temáticas e períodos privilegiados pela pesquisa, bem como aportes teóricos mais recorrentes nessa escrita disciplina. Este artigo foi produzido para que haja um princípio de socialização dos dados coletados, pois este campo de pesquisa ainda é pouco explorado e “muito do que ocorre no mundo da educação ainda é pouco conhecido pelos seus pesquisadores e mesmo pelos professores” (LOPES & GALVÂO, 2001). Por fim e pelas palavras de Herbert Marshall : Ainda que poucos jornalistas ou reitores de universidades o percebam, as informações mais importantes de nosso tempo provêm dos centros de pesquisa e de altos estudos: descobertas científicas, novos métodos de trabalho, apreensões sensoriais, renovação das relações interindividuais, nova compreensão do valor do engajamento. (MCLUHAN, 1969) REFERÊNCIAS: ANDREOTTI, Azilde L. Acervo de Fontes de Pesquisa para a História da Educação Brasileira: características e conteúdo. In: www.histedbr.fae.unicmap.br, 2005. BEZERRA, J. A. B. . Sistematização de fontes do Fundo Instrução Pública do Ceará (1844-1889). In: IV Congresso Brasileiro de História da Educação, 2006, Goiânia. A educação e seus sujeitos na história. Goânia : Editora UGC, 2006. v. 2. p. 149-150. CENTRO INTERAMERICANO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Curso para o pessoal dos serviços de documentação. Montevvudéu. Curso Cinterfor, 1970, 134p. 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