CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS TÊXTEIS FIBRAS TÊXTEIS - CLASSIFICAÇÃO FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS VEGETAIS ANIMAIS ALGODÃO LÃ LINHO SEDA RAMI SINTÉTICAS MINERAIS AMIANTO ARTIFICIAIS CELULÓSICAS POLIÉSTER VISCOSE POLIAMIDA MODAL PROTEICAS LANITAL ACRÍLICO Nossa região processa diferentes tipos de fibras, porém, o algodão e o poliéster (separados e/ou em misturas) se destacam pelo volume processado em relação as demais fibras e portanto, foco de nossa discussão. NÃO COMERCIALIZADA NO BRASIL O algodão O algodão é uma fibra natural usada há mais de 7000 anos. Uma fibra de algodão apresenta as seguintes partes: Cutícula externa Camadas de celulose Lúmen Em termos de composição aproximada: Celulose ..................................................... 85 % Óleos/ graxas ............................................. 0,8 % Proteinas/ corantes naturais .................... 5,0 % Minerias ..................................................... 1,2 % Água ........................................................... 8,0 % Em termos de composição aproximada: Celulose ..................................................... 85 % Óleos/ graxas ............................................. 0,8 % Proteinas/ corantes naturais .................... 5,0 % Minerias ..................................................... 1,2 % Água ........................................................... 8,0 % As quantidades acima citadas variam de acordo com a região produtora, forma de plantio e colheita. Tais variações podem ocasionar diferenças de cores quando se processa em uma mesma partida fios de diferentes fornecedores ( barramentos ). Maturidade As fibras de algodão podem variar de forma de acordo com as condições climáticas ( mais ou menos chuvas), ataque de insetos, colheita antecipada ou tardia. As variações podem ser observadas através dos cortes transversal conforme as figuras abaixo: Madura Imatura Morta As fibras maduras são de melhor qualidade e as ideais para se processar, em um lote de algodão as fibras maduras podem variar de 70 – 80 % , o restante se divide entre as fibras imaturas que tingem de forma diferente da madura e as mortas que não tingem. Problemas de qualidade referente a maturidade do algodão são evitados na fiação, fazendo-se uma boa mistura das fibras durante a produção do fio. Mercerização O princípio foi descoberto em 1844 por John Mercer ( químico Inglês ). O fio ou tecido é impregnado com soda cáustica em concentrações entre 24 – 30 ºBe sob tensão. Esse tratamento modifica a estrutura da fibra de algodão. Resultados do tratamento: Aumento do brilho (reflexão de luz); Aumenta a resistência a tração; Maior rendimento colorístico; Melhora a estabilidade dimensional ( encolhimento) Cuidados a serem tomados: Pingos de água (manchas); Velocidade desuniforme ( degradê, manchas); Formação de dobras (riscos e manchas); Ourelas frouxas, variação de tensão ( degradê, manchas); Umectação irregular ( manchas); Lavação e neutralização deficientes (degradê, machas). A chamuscagem Operação que consiste em eliminar por queima as pontas de fibras não presas ao fio pela torção. Resultados do tratamento: Produz-se uma superfície mais limpa e lisa; Reduz a tendência de formação de pilling; Melhora o brilho e a vivacidade da cor; Melhora a visualização da estrutura do tecido. O Poliéster É uma fibra sintética, na sua produção emprega-se matérias primas derivadas do petróleo. Os fios podem ser produzidos a partir de fibras descontínuas ou a partir de filamentos contínuos: Fibras descontínuas ( mechas , tops) Fibras contínuas : Monofilamento – 1 cabo somente Multifilamento – 2 ou mais cabos Na produção dos tops ou filamentos de poliéster empregase um óleo lubrificante denominado óleo de ensimagem que forma uma película superficial na fibra de poliéster. Óleo de ensimagem Poliéster Oligômeros Os aparelhos devem ser regularmente limpos com um banho contendo soda cáustica, hidrossulfito e dispersante. Oligômeros Durante a fabricação do poliéster produtos secundários são formados, os “Oligômeros” são pequenas partículas que se soltam durante o tingimento e após o resfriamento e esgotamento do banho se fixam na superfície do tecido e nas paredes do aparelho de tingimento. Os aparelhos devem ser regularmente limpos com um banho contendo soda cáustica, hidrossulfito e dispersante.