conferência ENTRADA GRATUITA LEVANTAMENTO DE SENHA DE ACESSO 30 MIN ANTES DA SESSÃO, NO LIMITE DOS LUGARES DISPONÍVEIS. MÁXIMO: 2 SENHAS POR PESSOA. UN Studio, Ben van Berkel / Caroline Bos. Museus Mercedes-Benz, Estugarda, Alemanha, 2002-2006 Ciclo de conversas em torno da exposição Museus do Século XXI O que é um museu dos (e nos) dias de hoje? Passaram mais de dois séculos sobre a aber tura dos museus como forma de disponi bilizar os tesouros patrimoniais ao povo. Ultrapassada está também a ideia de museu como espaço de confinamento (Foucault) e legitimação dos objectos. Aquilo que amenizou a crítica à deificação deste espaço trouxe também a “nostalgia da universalidade da arte” (Michaud) e abriu espaço para a sua adaptação em “hipermer cado da Cultura” (Baudrillard). Da negação à apologia, os artistas estabelecem hoje uma ligação consciente e voluntária, são alvo de encomendas e criam objectos especificamente para o espaço museal. Mas é o museu um espaço expositivo neutro? O museu tornou-se também mais pró ximo do visitante, conceberam-se na pró pria estrutura arquitectónica espaços para alimentação, compras ou investigação. Será a experiência do objecto o principal motivo da visita? Considerada um dos maiores desafios arquitectónicos, a concepção de um museu pode invocar o espaço envolvente, estar condicionada a um edifício pré-existente ou constituir oportunidade para a criação de espaços alternativos e surpreendentes merecedores de maior atenção por parte dos públicos do que o próprio conteúdo acolhido. Pode o conceito arquitectónico sobrepor-se à funcionalidade do museu? Qual a função dos museus na actuali dade? Como olhamos para eles? Como os utilizamos? Neste ciclo, esperamos pensar estas e outras questões, na companhia de arqui tectos, comissários, jornalistas, críticos e outros frequentadores de museus. Qui 24 de Janeiro · 18h30 · Sala 2 Conceito arquitectónico e conceito expositivo. Harmonia ou conflito? João Fernandes, Jean-François Chougnet, Delfim Sardo (moderador) João Fernandes Director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Concluiu em 1985 a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde 1996 até Janeiro de 2003 foi director adjunto do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, tendo assumido o cargo de director em Fevereiro do mesmo ano. Jean-François Chougnet Historiador, cientista político formado pela Sciences Po de Paris. Nos anos 1980 e 1990 foi conselheiro de Jack Lang, QUINTAS-FEIRAS · 3, 17, 24 E 31 DE JANEIRO 2008 PEQUENO AUDITÓRIO E SALA 2 · 18h30 conferência ministro da Cultura, director adjunto do Musée National d’Art Moderne (Centro Pompidou) e director adjunto da Réunion des Musées Nationaux. Em 2005, foi comissário do Ano do Brasil em França («Brésil, Brésils») e, entre 2001 e 2006, foi director geral do Parque de La Villette (Paris). Trabalha desde 2007 como director do Museu Colecção Berardo, em Lisboa. Depois da crise da década de 1960 e o desenvolvimento de novos espaços exposi tivos, depois do boom das décadas de 1980 e 1990 e o movimento da Nova Museologia bem como a tendência anglo-saxónica do «White Cube», a contradição entre arqui tectura e obras de arte expostas parece cada vez mais forte. A ideia subjacente aos novos museus da geração pós-Bilbao, é recuperar o conceito de obra de arte total, a «Gesamtkunstwerk». A oferta museológica pretende ultrapassar o conteúdo exposto, alargando o horizonte expositivo com a inclusão dos aspectos económicos. Mas, como dizia William Rubin, o conceito de Museu não pode ser sempre ultrapassado. Jean-François Chougnet ENTRADA GRATUITA LEVANTAMENTO DE SENHA DE ACESSO 30 MIN ANTES DA SESSÃO, NO LIMITE DOS LUGARES DISPONÍVEIS. MÁXIMO: 2 SENHAS POR PESSOA. questões de instalação da obra de arte, a constituição de narrativas sobre a história de arte e as propostas de envolvimento do espectador. Assim, o espaço museológico, ocupando um lugar fundamental nas estratégias contemporâneas da arquitec tura, converteu-se num lugar de ensaio da relação entre obras de arte, e entre estas e os públicos. Interessa, portanto, pensar e debater a relação entre marca autoral do espaço arquitectónico e o potencial con flito com as opções dos artistas, as relações e colaborações possíveis, mas também a forma como o espaço museológico tem vindo a reformatar a sua própria concepção de espaço público. Delfim Sardo Delfim Sardo Curador, ensaísta e docente universitário. Foi director do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém e consultor da Fundação Calouste Gulbenkian. Tem desenvolvido actividade como curador independente. Entre os títulos que publi cou destacam-se Luxury Bound, a fotografia de Jorge Molder (Assírio & Alvim, 1999), O Espelho Duplo (Caminho, 2003), Helena Almeida, Pés no chão, cabeça no céu (Bial, 2004) e Pintura Redux (Serralves/Público, 2006). Colabora regularmente em publica ções sobre arte e arquitectura. É coorde nador executivo da comissão instaladora do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. A exposição transformou-se, durante o século xx, num meta-suporte para as intervenções e projectos artísticos. Frequentemente o museu é a instituição que ocupa um lugar laboratorial para as Próxima conferência: 31 de Janeiro · 18h30 · Pequeno Auditório O museu visto por quem o usa Anísio Franco, Ana Gonçalves, Sara Barriga (moderadora) QUINTAS-FEIRAS · 3, 17, 24 E 31 DE JANEIRO 2008 PEQUENO AUDITÓRIO E SALA 2 · 18h30