CADERNO DE ENCARGOS – CLAUSULAS TECNICAS
INDICE
1. Equipamentos e materiais
1.1 Tubagem
1.2 Caixas
1.3 Condutores
1.4 Cabos
1.5 Aparelhagem
1.6 Iluminação
1.7 Quadros eléctricos
1.7.1 Equipamento quadros eléctricos
1.7.2 Certificado de conformidade
1.8 Sistema Automático de Detecção de Incêndios ( SADI )
1.9 Instalações ITED
1.10 Rede estruturada de telecomunicações
2. Ensaios finais
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CADERNO DE ENCARGOS - CLAUSULAS TECNICAS
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
1.
Equipamentos e materiais
1.1
Tubagem
Na instalação do tipo embebido, executada em condutores V, usar-se-ão tubos do tipo VD, VM, VRM ou
ERM (NP-1070).
Na instalação do tipo à vista, executada em condutores V ou VV usar-se-ão tubos do tipo VD fixos por
braçadeiras do tipo extensível de aperto por parafuso.
O diâmetro das tubagens serão os proscritos pelos regulamentos em vigor para as secções
correspondentes dos condutores, devendo no entanto ser utilizado como secção mínima 16mm2.
Nas instalações em que a tubagem tenha de ser instalada oculta - couretes, tectos falsos incombustíveis,
etc. - deverá essa tubagem ser convenientemente fixada por meio de braçadeiras e será do tipo VD.
Quando a tubagem por conveniência da obra tiver de ser embebida durante a betonagem em construção
com estrutura laminar, deverá ser utilizado tubo do tipo VRM ou ERM. Esta tubagem deverá ser
incombustível se algum troço tiver de ser instalado à vista ou directamente nos espaços ocos das
construções.
As curvas dos tubos serão feitas empregando molas próprias para o efeito, de modo a não se produzir o
amolgamento do mesmo.
Nas juntas das tubagens entre si e destas com bucins, serão utilizados acessórios próprios, obedecendo
aos códigos anteriores, os quais serão devidamente colados, utilizando-se para isso cola especial, de
modo a assegurar a estanquecidade e uma boa resistência mecânica. Esta cola deve ser resistente à
água, ácidos ou bases.
Todas as tubagens deverão ser dispostas de forma a que os enfiamentos se possam executar facilmente,
sem se recorrer a esforços de tracção e evitando troços rebaixados onde se possa acumular água de
condensação.
Nos locais em que seja necessário proceder à abertura de troços, deverá ser feito inicialmente o traçado
das tubagens e a posição relativa de todas as caixas, antes de se proceder a esse trabalho.
Só depois do traçado ter sido aprovado pela Fiscalização, é que se poderá dar inicio à abertura de roços.
O fecho só poderá efectuar-se depois da autorização da Fiscalização.
Os roços serão atacados com argamassa de cimento forte, e quando correrem vários tubos no mesmo
roço, as tubagens devem ficar ligeiramente afastadas para que a argamassa, penetrando pelos
intervalos, possa aderir ao fundo do roço.
Não são permitidos roços oblíquos, devendo seguir na horizontal e as baixadas aos interruptores,
comutadores, tomadas, etc. descerem nas prumadas respectivas.
Deverá ser previsto o emprego de caixas de derivação de passagem, em quantidades suficiente para
garantir o enfiamento na tubagem. Normalmente não devem haver comprimento rectos superiores a dez
metros.
Todos os tubos serão de marca reconhecida no mercado e homologados.
1.2 Caixas
As caixas de derivação deverão ser adequadas às características dos tubos e cabos de material plástico
termomoldado, com tampas fixas por parafusos de latão cromado ou cadmiado, nas instalações fixas à
vista as caixas serão exteriores com junta de vedação.
As dimensões das caixas de derivação deverão estar de acordo com o numero e diâmetro dos tubos ou
cabos que recebem, estabelecendo-se sem prejuízo desta condição, que não poderão ser inferiores às
seguintes:
•
quadradas até 6 entradas e no máximo de 2 entradas por lado - 80 x 80 mm
3
•
•
quadradas até 8 entradas e no máximo de 3 entradas por lado - 100 x 100 mm
rectangulares com mais de 3 entradas por lado - 160 x 100 mm
No interior das caixas de derivação deverão ser montados para ligação dos condutores, placas de
terminais ou ligadores de encaixe tipo “Wago”, as ligações dentro das caixas deverão apresentar aspecto
esquemático.
As caixas, quando embebidas, disporão nas entradas de tubos de boquilhas em PVC adequadas aos
respectivos diâmetros.
Quando à vista, as caixas disporão na entrada de bucins com sede e porcas adequadas.
Deverá ser criado um código de cores ou numérico na marcação das caixas e tampas das caixas de
derivação, para identificação dos circuitos a que pertencem. Deverá constar de uma lista plastificada a
afixar nos quadros eléctricos.
Todos as caixas serão de marca reconhecida no mercado e homologadas.
1.3 Condutores
Todos os cabos e condutores serão de capacidades de condução não inferiores às indicadas nas Normas
Portuguesas sobre construção e constituição dos cabos e condutores.
As secções dos condutores serão as que constam nas plantas anexas, entendendo-se que os valores
indicados são os mínimos.
O enfiamento na tubagem será feito com cuidado para evitar que se deteriore o isolamento dos
condutores.
Para auxiliar o enfiamento será empregue unicamente talco, quando necessário; em qualquer caso o
esforço de tracção efectuado na guia não deverá ser de modo a deteriorar o isolamento.
Durante o enfiamento deve evitar-se que os condutores se torçam à entrada dos tubos, pelo que deverão
ser devidamente nas respectivas caixas de derivação.
Não são permitidas emendas dos condutores dentro dos tubos.
Será obrigatória a adopção de cores regulamentares para os condutores das instalações de correntes
fortes :
•
•
•
Fases : catanho - preto - cinzento
Neutro : azul
Terra : verde - amarelo
Os condutores para embeber em tubos serão dos tipo H07V-U ou H07V-R (NP-2356).
Todos os condutores serão de marca reconhecida no mercado e homologados.
1.4 Cabos
Na montagem à vista ou oculta em tectos amovíveis utilizar-se-ão cabos do tipo VV assentes em calha
metálica galvanizada ou varão electrozincado, a fixação a esta será por meio de braçadeiras extensíveis,
ou fixos em braçadeiras do tipo extensível de aperto por parafuso, ou ainda enfiados em tubo do tipo VD
assente em braçadeiras de aperto mecânico.
Em todas as travessias das paredes, os cabos serão protegidos por tubos VD. De igual modo, quando
houver necessidade de executar baixada, ou nos locais onde possam estar sujeitos a choques
mecânicos, os cabos serão protegidos por tubo VD, providos de bucins nas extremidades.
Os cabos a instalar deverão correr em paralelo tanto quanto possível junto ao tecto.
Não serão permitidos cruzamentos, utilizando-se sempre que necessário e para o evitar, caixas de
passagem devidamente dimensionadas.
O condutor de protecção nos circuitos a VV será parte integrante do respectivo cabo.
Os cabos a instalar serão dos tipos H1VV, H05VV (NP-2361) ou XV (CEI 60 502-1).
Os cabos utilizados nas diversas instalações serão os seguintes:
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Alarme de incêndios
Alarmes de intrusão
tipo Liycy ;
tipo TVHV;
Todos os cabos serão de marca reconhecida no mercado e homologados.
1.5 Aparelhagem
Na instalação embebida toda a aparelhagem será para montagem interior com as seguintes
características:
Tipo basculante, de plástico prensado, colocada dentro de caixas de aparelhagem próprias para
este fim.
Comando de iluminação, prevista para 10 A / 250V.
Tomadas, prevista para 16 A / 250V, ligadores por meio de parafusos.
Na instalação em calha técnica toda a aparelhagem será para montagem em calha técnica com as
seguintes características:
Suporte de fixação à calha.
Placa de acabamento.
As tomadas monofásicas terão alvéolos protegidos e terra de protecção serão do tipo, schuko com ou
sem tampa, de calibre de 16 A / 250V e serão da mesma série que a aparelhagem de comando.
Toda a aparelhagem deverá ser convenientemente fixada através de parafusos às caixas de
aparelhagem e nivelada.
A aparelhagem a aplicar na instalação deverá ser previamente submetida à apreciação da Fiscalização
da Obra e Arquitectura (cor a definir), só podendo ser instalada após a sua aprovação.
Caso indicação em contrário nas peças desenhadas, as alturas a considerar para a aparelhagem são:
Embebida
Iluminação comando:
Tomadas:
1,10m
0,30m
As alturas da aparelhagem poderão ser eventualmente modificadas na obra, sem que daí possa existir
alteração de preços.
Marca de referencia:
Montagem embebida: Série MODUL da TEM ou equivalente de qualidade não inferior.
1.6 Iluminação
Armaduras:
As armaduras a instalar, terão todos os acessórios necessários, para a optimização do funcionamento
respectivo, serão colocadas de acordo com as peças desenhadas e dos tipos que nesta secção se
descrevem.
Todas as armaduras deverão ser equipadas com as correspondentes lâmpadas cujas potências e
número se encontram indicadas nas Peças Desenhadas.
As armaduras fluorescentes serão equipadas com lâmpadas T8 ou T5 da Philips cor 84, ou equivalente,
com temperatura de cor de 4000 K, excepto quando é indicado o contrário. Os balastros a utilizar serão
electrónicos excepto quando é indicado o contrário nas características das luminárias e terão as
seguintes características:
Ausência de cintilação durante o funcionamento;
Baixo campo magnético;
5
-
Poupança de energia entre 20% a 30%;
Alto factor de potência ( >0,95 );
Baixa temperatura de funcionamento;
Os suportes para as lâmpadas fluorescentes lineares serão em PVC do tipo rotor. Por cada lâmpada
instalada será montado um balastro, não se aceitando a utilização em armaduras com mais de uma
lâmpada, de balastros duplos.
As armaduras, além de serem equipadas com todos os acessórios normais, deverão estar equipadas
com borne de terra, os condutores a utilizar na electrificação das armaduras deverão ter uma secção
mínima de 1,5 mm2 preparados para suportar uma temperatura de 90ºC, sendo a sua ligação rematada
por ligador de junção de entrada.
Afim de permitir a continuidade do circuito eléctrico, nas armaduras onde seja necessário fazer a
repicagem do cabo para a armadura seguinte, esta terá de ser equipada com ligador de derivação própria
para o efeito e aprovado pela CERTIEL.
A fixação das armaduras directamente às lajes ou paredes, deverá ser feita através de buchas,
embebidas no betão ou alvenaria, e parafusos cadmiados, enquanto que as suspensas junto aos tectos
serão fixadas através de varões roscados ou nas esteiras metálicas existentes.
Os aparelhos deverão ter como características comuns as seguintes:
Elevado rendimento luminotécnico, através das suas características construtivas, nomeadamente na
relação difusor/reflector, em função do tipo e potência de lâmpada;
Elevada robustez e fiabilidade relativas à utilização e funcionamento dos aparelhos;
Elevados parâmetros construtivos, nomeadamente, quanto aos índices de protecção desejados,
adequados aos locais de instalação, alto factor de potência e compatibilidade electromagnética.
Todos os aparelhos serão fabricados segundo as Normas Europeias correspondentes a cada tipo e
funcionamento dos mesmos.
As armaduras serão dos seguintes tipos:
F1 – Armadura para montagem saliente, base em poliéster reforçado a fibra de vidro, com junta
vedante em neopreno, para garantir estanquecidade, com tubo em policarbonato de protecção à
lãmpada, equipada com lâmpada fluorescente lineares 1x54 W.
Tipo: TSPT 04 154 da EEE ou equivalente de qualidade não inferior.
F2 – Idem, F1 equipada com lâmpada de fluorescente 1x49W .
Tipo: TSPT 04 149 da EEE ou equivalente de qualidade não inferior.
F3 – Idem, F1 equipada com lâmpada de fluorescente 1x28W .
Tipo: TSPT 04 128 da EEE ou equivalente de qualidade não inferior.
Bloco de emergência - Bloco autónomo de emergência, montagem semi-embebida, com luz
mantida, corpo em policarbonato, difusor em policarbonato transparente, com pictograma, baterias de
níquel-cádmio estanques, LED indicador de carga de baterias, 1,30 hora de autonomia, equipado com
lâmpada 1x8W.
Tipo: ELI 03 8M/180m da EEE ou equivalente de qualidade não inferior.
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Todas as armaduras a empregar nesta instalação deverão ser previamente submetidas à apreciação da
Fiscalização da Obra, só podendo ser instaladas após a sua aprovação.
O empreiteiro deverá distribuir conveniente e criteriosamente as armaduras pelas diferentes fases, de
forma a obter-se no final da instalação o equilíbrio geral das fases, devendo ainda proceder às alterações
que se impunham, até se obter o desejado equilíbrio de fases em cada um dos quadros eléctricos. Esta
condição deverá ser seguida para as restantes instalações que constituem esta empreitada.
1.7 Quadros eléctricos
De um modo geral os quadros eléctricos serão do tipo acoplável modular ou em chapa dobrada e
soldada, em chapa de aço do tipo zincor, com estrutura de suporte e portas com fechadura.
Todos os componentes metálicos dos quadros terão tratamento anti-corrosão.
Os barramentos serão de tipo compatível com o quadro, em barra de cobre electrolítico, constituído pelo
número de barras equivalente ao número de fases mais as de neutro e de terra, dimensionados para
suportar uma corrente superior em 1,5 vezes o valor do aparelho de corte a montante e para uma
densidade de corrente de 2 A/mm2.
As portas na sua face exterior terão uma etiqueta identificativa do Grau de protecção do quadro,
Intensidade nominal do aparelho de corte geral e Poder de corte do equipamento instalado.
As portas serão providas na sua face interior, de uma bolsa própria para suporte do esquema eléctrico
correspondente, assim como de ligação equipotencial à barra de terra de protecção.
Os painéis de resguarde à aparelhagem, serão dotados de etiquetas identificativas dos circuitos eléctricos
correspondentes etiquetas estas que serão da mesma marca do quadro eléctrico.
A entrada de cabos e tubagem, deverá ser realizada por meio de bucins e boquilhas com porca,
respectivamente.
Terão o grau de protecção mínimo indicado abaixo.
A aparelhagem que comportam, ficará encastrada, com comando directo pela face frontal, bem como as
suas ligações, que deverão ser estabelecidas de forma a permitirem um fácil acesso para manutenção ou
reparação.
A distribuição da aparelhagem nos quadros deverá ser efectuada de modo criterioso, sendo os
disjuntores instalados junto e ao lado dos interruptores diferenciais que os precedem.
As ligações interiores dos quadros serão efectuadas a fio de cobre isolado, com secções apropriadas,
nunca inferiores a 2,5mm2 e nas cores regulamentares.
Os circuitos internos serão ligados a régua de bornes de saída, devidamente dimensionada, numerados e
identificados com as cores regulamentares.
Todos os quadros possuirão uma barra de ligação à terra, onde ligarão os respectivos condutores de
protecção dos circuitos.
Particularidades:
Os quadros serão de montagem saliente mural, caixa metálica modelar e associável, porta opaca
reversível com fechadura e junta de estanquecidade, resguardo, fundo com montantes perfurados, pilares
de ângulo, flancos e face superior com pré-traçagem, face interior com passa-cabos isolante, platinas,
espelhos, barramentos, suportes de fixação, caixa de extensão ligação a bornes de saída, IP43, testado
conforme CEI 439-1, NF EM 60439-1 e C 15-100.
Marca de referencia:
PRISMA G da Merlin Gerin ou equivalente de qualidade não inferior.
Os quadros eléctricos, qualquer que seja o tipo, a forma de instalação ou a disposição, terão pintura de
acabamento da cor a escolher pela arquitectura.
Todos os quadros deverão possuir todos os circuitos e aparelhagem indicada nas peças desenhadas,
com espaço para reserva equivalente a 20% do previsto.
1.7.1
Equipamento quadros eléctricos
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O equipamento a seguir referido é da marca MERLIN GERIN, serve como referência, a sua substituição
por outra marca será aceite desde que seja equivalente de qualidade não inferior e cumpra todos os
requisitos.
Disjuntores
Poder de corte e intensidade : indicados em cada esquema unifilar.
Quando não indicado o contrário no esquema unifilar serão de curva C.
Comando manual por manípulo, pela parte frontal do painel equipados com relés térmicos
electromagnéticos referenciados nas peças desenhadas
Serão de corte omnipolar.
Tensão nominal de 250 V.
Até 63 A, disparadores 4P4d – serão do tipo Multi 9 C60N, ou C60H, conforme pdc indicado no
esquema unifilar;
De 100 A – serão do tipo Compact NS 100N, disparador/curva TM-D, disparadores 4P3d+Nr;
De 160 A – serão do tipo Compact NS 160N, disparador/curva TM-D, disparadores 4P3d+Nr;
De 400A – serão do tipo Compact NS 400N, disparador/curva STR53UE, disparadores 4P3d+Nr;
Disjuntores diferenciais
Serão equivalentes aos disjuntores, com bloco “Viji“ incorporado.
Interruptores
Os interruptores deverão permitir, sem se danificarem, o corte em carga das correntes nominais
para que foram construídos, serem robustos e de marca que ofereça total garantia.
Serão de corte omnipolar e farão o corte em carga para as intensidades indicadas nas peças
desenhadas.
Os interruptores terão modulação idêntica aos disjuntores:
Até 125 A serão do tipo Multi 9 ;
De 160 a 400 A serão do tipo Compact C;
Interruptores diferenciais
Serão equivalentes aos disjuntores diferenciais;
Descarregadores de sobretensões
Serão de modulação idêntica aos disjuntores, terão um tempo de resposta de 2ns, auto
protecção com sinalização fim de vida, protecção sobrecarga térmica integrado, botão de teste do
sinalizador na face frontal, Imáx. de 30kA, UP de 1,8kV
Serão do tipo Multi 9 PF30r.
Sinalizadores
Sinalizadores de presença de tensão, modulação idêntica aos disjuntores, nas cores EVA,
equipados com lâmpadas de neon extraíveis sem utilização de ferramentas, de tensão nominal 230 V,
Para protecção destes sinalizadores serão utilizados fusíveis de a.p.c. do tipo cilíndrico.
Seccionadores fusíveis
Os seccionadores fusíveis serão de modulação idêntica aos disjuntores, do tipo gaveta para
fusível tipo cartucho, tensão de emprega 250V para In<16 A e 400V para In>16 A.
Serão do tipo Multi 9 SFT.
Fusíveis
Os fusíveis serão do tipo cartucho, apc, sem percutor, calibre adequado à canalização a proteger.
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1.7.2
Certificado de conformidade
Os quadros deverão ser providos de relatório certificativo de qualidade, elaborado pelo fabricante, com os
valores obtidos nos ensaios.
Entre outros, nos ensaios os quadros deverão suportar uma tensão 2000V, aplicada entre os condutores
e entre estes e a estrutura metálica, durante um minuto de cada vez, sem que se verifiquem falhas de
isolamento. A resistência de isolamento a 500V, entre condutores e entre estes e a terra de protecção,
não deverá ser inferior a 20 Mega-ohm.
Nota: O adjudicatário deverá apresentar à Fiscalização da Obra, desenhos devidamente cotados
dos quadros eléctricos a fornecer ou protótipos, não podendo dar início à sua construção e/ou montagem
sem prévia aprovação.
1.8
Sistema Automático de Detecção de Incêndios ( SADI )
Será instalado um sistema automático de detecção de incêndio (SADI), conforme peças desenhadas e
memória descritiva.
Concepção geral do sistema:
Os alarmes serão dados automaticamente por detectores adequados e agrupados em circuitos próprios,
denominados zonas, na central de detecção.
A definição das zonas baseia-se, fundamentalmente, nos seguintes factores:
•
•
•
Identificação rápida e clara do local de onde provém o alarme.
Área de cobertura da zona.
Conhecimento da ocupação e das diferentes utilizações dos sectores do edifício.
EQUIPAMENTOS
CENTRAL DE DETECÇÃO
A central de detecção de incêndios deverá ser controlada por microprocessador, receber todas as
informações dos circuitos de detecção automáticos ou manuais, permitir operar em modo teste através de
configuração própria e monitorizar convenientemente tanto as linhas de detecção como as de sirenes.
Deverá ficar instalada numa sala de controlo ou numa recepção e ser dotada de uma porta com
fechadura e painel em acrílico, de forma a serem visíveis do exterior todos os dispositivos de sinalização
e identificação. De construção modular, deverá ser alimentada a 230V e dispor de carregador e baterias
com autonomia mínima para 48 horas.
A central deverá possuir ainda:
Possibilidade de vigiar 3 zonas activas e uma de reserva.
Sinalização:
• Sinalização de sistema ligado
• Sinalização de fogo por zona (sinalização dupla)
• Sinalização de avaria por zona (sinalização dupla)
• Sinalização de falta de alimentação de socorro
• Sinalização de avaria no microprocessador de controlo
• Sinalização de avaria geral
• Sinalização de acústicos desactivados
• Sinalização de presença de corrente do sector
• Sinalização de falta de Terra
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Comandos:
• Isolamento zona a zona
• Desarme do alarme de avaria
• Sirenes de evacuação
• Silenciamento de alarmes acústicos
• Teste de lâmpadas
• Saídas para corte de ventilação e energia
• Saídas para portas corta fogo e elevadores
Opcionais
• Saídas para extinções automáticas
• Saídas para paineis sinópticos e repetidores
• Emissão de alarmes aos Bombeiros
Marca de referencia:
CFP 702 – 4 da Vigilarme ou equivalente de qualidade não inferior.
Nota importante: será considerado a emissão de alarmes aos bombeiros ou a uma outra
linha telefónica e a saída de corte de energia ao ar condicionado.
DETECTORES
Os detectores de incêndio, a aplicar num sistema, deverão estar de acordo com as condições do local,
em conformidade com o tipo de sinistro esperado, dispor de sinalizador próprio e ter as seguintes
características:
•
•
•
•
Tensão de funcionamento
Polaridade de montagem
Temperatura de operação
Corrente para sinalizador remoto
17 a 28 Volts
Irrelevante
-20ºC a +60ºC
30 mA
Todos os circuitos dos detectores devem ter protecção contra humidade e fungos. Os pontos de entrada
de fumos devem ter protecção contra a entrada de poeiras e mosquitos, por meio de uma rede resistente
à corrosão, e todos os detectores devem ser construídos em policarbonato branco auto-extinguível.
As bases de montagem devem ser universais, de forma a que estes possam ser intermutáveis e
separadas, de modo a permitirem uma fácil remoção dos detectores para manutenção. As interligações,
devem ser asseguradas por engates e parafusos em aço inoxidável.
DETECTOR ÓPTICO DE FUMOS
O funcionamento deste detector baseia-se no princípio de reflexão/dispersão de luz. Formado
basicamente por uma câmara de análise contem no seu interior um led emissor e um outro receptor não
energizado. O detector actuará sempre que partículas de fumo se introduzirem no interior da câmara, em
quantidade tal que permita a energização do led receptor.
Os detectores devem ter capacidade para proteger uma área de 80m2 a uma altura de 6m, dispor de
sinalizador incorporado. Suas localização e fixação devem estar de acordo com as normas de projecto.
Marca de referencia:
Apollo Serie 65 da Vigilarme ou equivalente de qualidade não inferior.
BOTÃO DE ALARME MANUAL
Junto às saídas, deverão o ser instalados botões manuais tipo "partir vidro", de cor vermelha e facilmente
quebráveis.
Marca de referencia:
FP2 da Vigilarme ou equivalente de qualidade não inferior.
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SIRENE ELECTRÓNICA
Para evacuação geral do edifício, deverá ser prevista uma sirene electrónica com um nível sonoro mínimo
de 110 db a 1 metro.
Marca de referencia:
VIGITRON SONOS da Vigilarme ou equivalente de qualidade não inferior.
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
A instalação será embebida em tubo VM de 16mm2, com cabo de 2 condutores, de acordo com o
projecto desenhado e segundo as R.T.I.E.B.T..
Nota : Será dada acção de formação aos utentes indicados pelo Dono da Obra.
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Instalações ITED
Serão instaladas infra-estruturas de telecomunicações no edifício de acordo com o projecto de
licenciamento ITED e o Dec. Lei n.º 59/2000.
REDE DE TUBAGENS:
A rede de tubagem encontra-se definida nas peças desenhadas anexas.
Entrada subterrânea: - A profundidade mínima é de 0,6m abaixo do nível do solo.
Entrada aérea: - A altura mínima é de 2,5m em relação ao solo.
A caixa tipo CEMU, será instalada no muro técnico, numa zona acessível aos operadores de
telecomunicações e será equipada no seu interior de dispositivos de interligação entre as redes públicas
e a rede individual.
A instalação interior será em tubo VD, VM ou VRM com o diâmetro mínimo de 25mm, excepto quando é
indicado o contrário nas peças desenhadas.
O número máximo de curvas da tubagem entre caixas é de duas, sendo o comprimento máximo do troço
de tubagem entre caixas de 12 m, reduzido de 3m por cada curva existente.
As caixas a utilizar serão do tipo CEMU, ATI, C1, I3, I2 e I1.
As dimensões mínimas das caixas serão:
- Caixa tipo ATI
274x324x123 mm
- Caixa tipo CEMU
274x324x123 mm
- Caixa tipo C1
274x324x123 mm
- Caixa tipo I3
160x80x55 mm
- Caixa tipo I2
80x80x40 mm
- Caixa tipo I1
65x60 mm
As caixas de saída onde ficarão alojados os dispositivos terminais (tomadas), serão do tipo I1, instaladas
à altura de 0,3 m do pavimento excepto quando é indicado o contrário nas peças desenhadas.
Nota: na caixa do ATI serão instalados, 1 DDC e 1 TC e terá ainda espaço para alojar um segundo TC.
REDE INDIVIDUAL DE CABOS PARES DE COBRE ( NQ1b ):
DDS a instalar na CEMU para interligação da rede pública e rede individual.
DDC Primário a instalar no ATI, constituído por tomadas RJ45 para recepção dos 4 pares de cobre.
DDC Secundário, constituído por 4 tomadas RJ45 duplas em paralelo, para distribuição do sinal
através dos cabos às tomadas terminais.
As tomadas serão de 8 contactos tipo RJ45, devidamente identificadas.
O cabo de ligação entre a CEMU e o ATI será do tipo TE1HE de 4 pares de cobre.
Os cabos da rede individual serão do tipo UTP Cat5 de 4 pares de cobre.
Serão instalados chicotes de interligação das tomadas no ATI, constituídos por cabo UTP de 4 pares
11
e 2 fichas de 8 contactos.
REDE INDIVIDUAL DE CABOS COAXIAIS ( NQ2a ):
Ficha do tipo “F” a instalar no cabo coaxial na CEMU para interligação da rede pública e rede
individual.
TC de 6 saídas a instalar no ATI para distribuição do sinal através dos cabos às tomadas.
Os cabos da rede individual serão do tipo RG6 até 1GHz e serão ligados directamente ao TC.
MATERIAIS:
Caixa CEMU para exterior;
Caixa de ATI para 4 saídas equipada com 1 Repartidor de 4 saídas (5 – 2400 MHZ);
Tomadas coaxiais com atenuação < 2 dB ( 5 a 862 MHz );
Cabo coaxial tipo RG6 até 1GHz;
Tomadas RJ45 Cat5 de 4 pares;
Cabo UTP Cat5 de 4 pares;
TOMADAS
As tomadas coaxiais e de pares de cobre serão do mesmo tipo da restante aparelhagem.
Serão do tipo: Modul da TEM ou equivalente de qualidade não inferior.
Nota: todos os materiais e equipamentos terão de ser qualidade e homologados pela ANACOM.
1.10 Rede estruturada de telecomunicações
Será executada uma Rede Estruturada, conforme peças desenhadas e memória descritiva.
Equipamentos:
O equipamento a seguir referido serve como referência, a sua substituição por outra marca será aceite
desde que seja equivalente de qualidade não inferior e cumpra todos os requisitos.
• Quadro bastidor
O quadro-bastidor terá capacidade para 6 U ( 340x350mm ), será constituído por porta frontal em vidro
serigrafado equipada com punho e chave, painéis laterais desmontáveis, tratamento anti-corrosão,
montantes reguláveis em profundidade, placas de entrada de cabos, orificios de ventilação natural em
cima e em baixo.
Serão do tipo: XL VDI da Legrand ou equivalente de qualidade não inferior.
• Painéis de interligação
Os painéis de interligação serão Cat 5E de 19”, equipados com portas individuais de conectores de
ligação rápida 1x UTP RJ45 - 8 contactos, com marcação dos contactos por duplo código de cores.
Conectores com bornes auto-desnudantes, contacto automático de massa de cada conector com painel
UTP e porta etiquetas.
Serão da marca: Legrand ou equivalente de qualidade não inferior.
•
Cabos UTP Cat. 5E
O cabo do será do tipo UTP Cat. 5E, de 4 pares entrelaçados de 100 Ohm, de acordo com a norma
“ISSO 11801-Segunda Edição”. Quando utilizado em Ethernet, a distância máxima permitida é de 90
metros. O cabo de 4 pares a utilizar na instalação, apresenta ainda as seguintes características
eléctricas:
12
*
Resistência D.C.:
< 100 Ohm/m
*
Atenuação (db/100m):
1 Mhz: -1,55
100 Mhz: -17,26
250 Mhz: -28,75
300 Mhz: -31,73
*
CrossTalk (db):
1 MHz: -80
100 Mhz: -55,57
250 Mhz: -51,12
•
Tomadas
Serão de 2 módulos de tomada RJ45 UTP de 8 contactos Cat. 5E, de ligação rápida, marcação dos
contactos por duplo código de cores 568 A e B, entrada de cabo multidireccional e porta etiqueta.
Serão do tipo: Modul da TEM ou equivalente de qualidade não inferior.
•
Chicotes
“Jumpers” de comutação (chicotes RJ45), do mesmo tipo da restante cablagem, de acordo com a fórmula
de um “jumper” por cada porta dos painéis de comutação RJ45.
No final da execução da instalação deverão ser feitos testes à instalação com aparelho certificado
para o efeito e emitido o relatório do mesmo.
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Ensaios finais
Antes da entrada em serviço das instalações constituintes da empreitada, e antes de efectuada a sua
recepção provisória, deverão ser realizados os seguintes ensaios:
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Medição do valor da resistência de terra de protecção (menor que 10 Ω);
Medição do valor da resistência de isolamento dos circuitos de utilização, sem as lâmpadas (menor
que 5 Mega-Ohm);
Verificação do equilíbrio de fases;
Verificação do factor de potência da instalação;
Verificação do funcionamento da instalação de potência;
Verificação do funcionamento da aparelhagem de comando e de protecção;
Verificação do funcionamento dos aparelhos diferenciais de corrente de defeito;
Teste de funcionamento da detecção de incêndios;
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CADERNO DE ENCARGOS – CLAUSULAS TECNICAS