X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 O RACIOCÍNIO COMBINATÓRIO DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DO INÍCIO DA ESCOLARIZAÇÃO ATÉ O ENSINO MÉDIO1 Rute Elizabete de Souza Rosa Borba Universidade Federal de Pernambuco - UFPE [email protected] Rita de Cássia Gomes de Lima Universidade Federal de Pernambuco - UFPE [email protected] Resumo: Neste estudo analisamos a compreensão de alunos da Educação de Jovens e Adultos sobre problemas de estrutura multiplicativa, mais especificamente os que envolvem o raciocínio combinatório. Participaram da pesquisa 150 alunos de cinco instituições públicas que resolveram 16 questões envolvendo problemas multiplicativos, incluindo os de raciocínio combinatório de naturezas distintas (arranjo, combinação, permutação e produto cartesiano). Observamos que o gênero influenciou o desempenho dos alunos, porém, isto pode ter ocorrido devido ao exercício profissional, que também se mostrou um fator que afeta a compreensão da Combinatória. Outros fatores que influenciaram fortemente o desempenho foram os anos de escolarização, a série freqüentada e o tipo de problema. Verificamos que alunos desta modalidade de ensino resistem a usar representações não-formais para a resolução dos problemas combinatórios e os que o fazem utilizam-se mais da listagem de possibilidades. Concluímos que a escola é peça fundamental no desenvolvimento dos conhecimentos de Combinatória, sendo essencial reconhecer como válidos os conceitos já adquiridos pelos alunos, antes mesmo da formalização dos mesmos, para ampliar e aprofundar o raciocínio combinatório dos estudantes. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Estruturas Multiplicativas; Raciocínio Combinatório. INTRODUÇÃO A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é parte importante da história de nosso país, pois ela é uma realidade brasileira que vivenciou várias fases diferentes até chegar ao estágio atual, passando de objetivos essencialmente reparadores para uma educação que 1 Projeto parcialmente financiado pela FACEPE (APQ – 1095 -7.08/08), CNPq (476665/2009 – 4) e CAPES (Bolsa de Mestrado). As autoras deste trabalho fazem parte do Grupo de Estudos em Raciocínio Combinatório que é constituído por professora e aluna do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (EDUMATEC) do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 1 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 visa a confiança na capacidade dos jovens e adultos, reconhecendo seus ricos conhecimentos desenvolvidos em práticas sociais diversas. Para Oliveira (1999), quando nos referíamos à Educação de Jovens e Adultos no Brasil, falávamos de um adulto que era um indivíduo proveniente, em sua maior parte, de áreas rurais que chegava às grandes metrópoles e que procurava tardiamente a escola para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo. Hoje a identidade da EJA apresenta-se de forma diferente. Temos mais alunos em centros urbanos provenientes do próprio centro e não vindos de meios rurais. Outro fator importante que caracteriza essa clientela atualmente é a presença significativa de jovens em salas de EJA. É importante investigar o conhecimento de Combinatória de alunos da Educação de Jovens e Adultos, pois ainda são relativamente poucos os estudos de conhecimentos matemáticos de alunos de EJA, comparando com pesquisas realizadas com crianças e adolescentes e porque o raciocínio combinatório é um modo de pensar muito necessário e que deve ser desenvolvido, pois abrange conhecimentos importantes para o desenvolvimento de outros conceitos matemáticos e de outras áreas de estudo. REVISÃO DA LITERATURA A aprendizagem da Matemática na Educação de Jovens e Adultos deve se justificar “com oportunidades de fazer emergir uma emoção que co-move os sujeitos enquanto resgata (e atualiza) vivências, sentimentos, cultura e, num processo de confronto e reorganização, acrescenta mais um elo à história do conhecimento matemático” (FONSECA, 2002). Na Teoria dos Campos Conceituais de Vergnaud (1986), o conhecimento não é compreendido isoladamente, ele deve ser inserido dentro de um campo conceitual que se relaciona com os outros conhecimentos. Assim, um conceito se desenvolve na relação com outros conceitos, por meio de diferentes tipos de problemas, utilizando várias situações e simbolismos. Nessa teoria, defende-se que no estudo do desenvolvimento conceitual devese considerar um triplet (como o autor acima designa) de três conjuntos: (S) o conjunto de situações que dão sentido ao conceito; (I) o conjunto de invariantes que constituem as diferentes propriedades do conceito, e (R) o conjunto de representações simbólicas usadas para representar invariantes e situações. Campo Conceitual é, portanto, “um conjunto de situações cujo domínio requer uma variedade de conceitos, de procedimentos e de representações simbólicas em estreita conexão” (VERGNAUD, 1986). Deste modo, a Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 2 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 compreensão de conceitos pode começar antes mesmo do início do ensino formal e ser influenciada tanto por experiências no âmbito escolar como fora dela. É necessário que o educador não só respeite os saberes com que os educandos chegam até ele, mas também, é necessário “discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino de conteúdos”. (FREIRE, 1996). Resultados de estudos anteriores realizados com a EJA podem contribuir numa mais ampla visão de ensino, reconhecendo conhecimentos advindos de práticas sociais. No trabalho de Gomes e Borba (2008), realizado com pedreiros e marceneiros, observou-se que a experiência profissional destes foi significativa na formação do conceito de número decimal, devido às estratégias de cálculo usadas e pelas habilidades demonstradas por estes profissionais. Silva e Borba (2007), em seu estudo com crianças e adultos, observaram que o desempenho dos adultos foi estatisticamente superior ao das crianças e que mesmo adultos não escolarizados em decimais desempenharam-se bem melhor que crianças que já haviam estudado decimais na escola. Schliemann (1988), num estudo sobre o raciocínio combinatório, em particular em problemas de permutação, entrevistou cambistas do jogo do bicho, estudantes universitários e trabalhadores de condições sócio-econômicas semelhantes ao dos cambistas e verificou que por terem experiência com o jogo do bicho, os cambistas descobriram estratégias para solucionar as permutações possíveis entre os elementos de um conjunto, conhecimento nem sempre evidenciado pelos universitários e outros profissionais. De acordo com Inhelder e Piaget (1955), operações combinatórias representam mais do que um mero ramo da Matemática, pois a capacidade combinatória é fundamental para o raciocínio dedutivo hipotético. Para estes autores, os adolescentes, por meio da maturação, descobrem formas sistemáticas de enumeração combinatória. Outros autores, como Fischbein (1975), ressaltam a necessidade de ensino formal no desenvolvimento do raciocínio combinatório. Estudos anteriores abordaram problemas que envolvem distintos tipos de problemas combinatórios, contudo, encontramos na pesquisa de Pessoa e Borba (2009), uma organização única que envolve quatro tipos de problema, pois as autoras consideraram que os mesmos são característicos do pensamento combinatório, o que contribui para a reflexão teórica da importância de se trabalhar em sala de aula com a diversidade de problemas de Combinatória. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 3 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Para cada tipo de problema de combinatória há distintos invariantes, contudo, o invariante geral da combinatória é o fato de que todos combinam elementos. Os problemas de produto cartesiano (Nunes e Bryant, 1997), produto de medidas (Vergnaud, 1983, 1991) ou combinatória (PCN, Brasil, 1997) envolvem dois conjuntos básicos mais um terceiro que, com a combinação de seus elementos, resultará em um novo conjunto. Por exemplo: Na fábrica “Bola Tudo” há 4 tamanhos de bolas e estas são feitas em 7 desenhos diferentes. Quantos tipos de bolas são fabricadas? Problemas de arranjo simples sem repetição são aqueles nos quais é dado um grupo maior e dele selecionados elementos a serem organizados, sendo a ordem importante na composição das possibilidades. Por exemplo: Para representante de uma sala de aula se candidataram 3 pessoas (João, Mariana,Vítor). Quantas maneiras diferentes poderão ser escolhidos o representante e o vice-representante? Problemas de combinação simples são aqueles nos quais é dado um grupo maior e dele selecionados elementos a serem organizados, sendo que a ordem dos elementos não gera novas possibilidades. Por exemplo: Três alunos (Mário, Raul e Júnior) participam de um concurso em que serão sorteadas duas bicicletas iguais. Quantos resultados diferentes podem ser obtidos no concurso? Finalmente, os problemas de permutação simples são aqueles nos quais todos os elementos são usados em ordens diferentes. Por exemplo: Calcule o número de palavras que podem ser criadas (existentes ou inventadas) usando a palavra AMOR. MÉTODO A presente pesquisa teve como objetivo analisar a compreensão de alunos da Educação de Jovens e Adultos, em todos os níveis desta modalidade de ensino, sobre problemas de estruturas multiplicativas, especificamente os que envolvem o raciocínio combinatório. Para tanto, buscamos verificar se entre os problemas multiplicativos os que envolvem o raciocínio combinatório são os que apresentam maiores dificuldades por parte dos alunos; levantar os tipos de problemas de Combinatória que os alunos de EJA têm maior e menor dificuldade; analisar as estratégias utilizadas por esses alunos na resolução de problemas de Combinatória de diferentes naturezas; comparar os resultados obtidos por estudos anteriores com alunos do Ensino Fundamental e Médio sobre este conteúdo matemático; comparar os desempenhos em função das atividades profissionais exercidas pelos alunos de EJA; e comparar o desempenho em função da escolaridade. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 4 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Deste estudo participaram 150 alunos de cinco escolas públicas em cinco módulos da Educação de Jovens e Adultos (Módulos I, II, III e IV para as séries iniciais e finais do Ensino Fundamental e uma turma de Mecânica do PROEJA - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos), sendo 30 alunos para cada módulo. Estes alunos resolveram 16 questões multiplicativas e de Combinatória (duas questões para cada tipo de problema). Numa folha à parte do teste, os alunos responderam a um pequeno questionário para que fosse possível traçar o perfil dos mesmos. RESULTADOS Na Tabela 1 são apresentados os percentuais de acertos dos alunos por gênero. Observa-se que os participantes do gênero feminino apresentaram um menor percentual de acerto, com um elevado percentual de participantes acertando seis questões ou menos. Já os participantes do gênero masculino se dividiram quase que por igual entre os que tiveram até seis acertos e os que tiveram mais de seis acertos. Tabela 1. Percentuais de acerto total por gênero Gênero Quantidade de acertos Feminino Masculino Menor ou igual a 6 acertos 77,5 51,42 Maior que 6 acertos 22,5 48,58 Observando a Tabela 2, vemos que o grupo com maior número de alunos acertando até seis questões está no das atividades domésticas, ou seja, os participantes desse grupo – prioritariamente mulheres – tiveram um mais fraco desempenho. Os homens, por outro lado, se distribuíam em outras profissões e demonstraram um melhor desempenho. Tabela 2. Percentuais de distribuição dos alunos por gênero e profissão Profissões Gênero A B C D E F G H Feminino 31 1 - 14 2 1 - 3 Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 5 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Masculino 3 - 7 22 3 1 5 7 A – Atividades domésticas; B – Atividades de produção de alimentos; C – Atividades com transporte; D – Estudantes; E – Atividades comerciais; F – Atividades de atendimento e serviço em alimentação; G – Atividades da construção civil; H – Outras. A constatação da influência da profissão no desempenho matemático foi observada em estudos anteriores, como os desenvolvidos por Nunes Carraher, Carraher e Schliemann (1988). Nas pesquisas efetuadas com profissionais de áreas diversas, constataram que é possível a construção de conhecimentos matemáticos no exercício de algumas profissões, pois antes da escolarização alguns profissionais desenvolvem estratégias de cálculo para resolverem certas situações-problema. Como se pode observar na Tabela 3, de modo geral, conforme os anos de escolarização aumentam, observa-se um maior número de acertos no teste. O acréscimo no número de acertos é mais evidente nos alunos com mais de dez anos de estudo. Tabela 3. Percentuais de acerto total por anos de estudo Anos de estudo Acerto total 0 – 6 acertos Mais de 6 acertos 0 – 4 anos de estudo 7 3 5 – 7 anos de estudo 24 3 8 – 10 anos de estudo 17 7 Mais de 10 anos de estudo 16 23 Examinando em maior detalhamento quem são os participantes que possuem maior tempo de escolarização, na Tabela 4 pode-se observar que nem sempre há uma relação direta entre anos de escolarização e a série frequentada. Há, porém, uma tendência de que os alunos das séries mais avançadas tenham maior tempo de estudo. Pode-se observar na Tabela 5 que o que muda entre os alunos dos dois primeiros módulos (correspondentes às séries iniciais do Ensino Fundamental) e os dos dois seguintes (correspondentes às séries finais) é o acréscimo no número de participantes que acertam mais de seis questões. Há um evidente avanço no desempenho dos alunos do Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 6 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 PROEJA, com a maioria destes alunos acertando mais de seis questões. Assim, o efeito da escolarização evidenciou-se entre grupos distantes, mas não entre grupos próximos. Quanto aos tipos de problemas, observou-se que, de modo geral, os alunos têm melhor desempenho em outros problemas multiplicativos (multiplicação, quotição e partição) do que em problemas combinatórios. Esse melhor desempenho confirma o que foi pontuado por Selva, Borba, Campos, Bivar, Ferreira e Luna (2008), Nesher (1988) e Brown (1981) que, entre os problemas multiplicativos, os de produto cartesiano – um dos tipos de problemas combinatórios – são os que apresentam maior dificuldade. Tabela 4. Distribuição dos participantes por anos de estudo e módulo (série) Anos de Módulo Total estudo Módulo I Módulo II Módulo III Módulo IV PROEJA 0–4 12 2 1 - - 15 5–7 10 22 5 4 - 41 8 – 10 6 3 15 12 - 36 Mais de 10 2 3 9 14 30 58 Total 30 30 30 30 30 150 Tabela 5. Distribuição dos participantes por módulo e acerto total Módulos (séries) Total de acertos 0 – 6 acertos Mais de 6 acertos Módulo I 25 5 Módulo II 29 1 Módulo III 19 11 Módulo IV 22 8 PROEJA 3 27 Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 7 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Analisando os desempenhos dentre os problemas combinatórios, os resultados mostram que os problemas de produto cartesiano são os que os alunos apresentam menor dificuldade, seguido dos problemas de permutação, combinação e arranjo. Estes resultados assemelham-se aos obtidos por Pessoa e Borba (2009) nos quais os problemas de produto cartesiano foram os que apresentaram menor dificuldade dentre os problemas combinatórios, mas estas autoras observaram maiores dificuldades nos problemas de combinação do que nos de arranjo. Entretanto, há convergência de resultados no sentido de que os problemas menos trabalhados explicitamente – permutações, combinações e arranjos – são os que os alunos apresentam maior dificuldade. Percebemos que os alunos pesquisados utilizaram diferentes formas de resolução. Embora se tenha observado resistência da maioria dos participantes em utilizarem representações simbólicas menos formais, identificamos algumas estratégias interessantes e bem semelhantes às encontradas por Pessoa e Borba (2009). A representação informal mais comumente usada por alunos jovens e adultos foi a listagem sistemática de elementos. A seguir, temos exemplos de soluções apresentadas por alunos de séries distintas e para tipos diferentes de problemas combinatórios (Figuras 1, 2 e 3). Figura 1. Solução correta de um problema de arranjo Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 8 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Figura 2. Solução correta de um problema de permutação Figura 3. Solução correta de um problema de produto cartesiano direto CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos, observamos que o desenvolvimento do raciocínio combinatório ocorre atrelado a algumas variáveis (exercício profissional, anos de escolarização, série e tipos de problemas) que fazem grande diferença no desempenho dos alunos. Deste modo, percebemos que a escola é essencial para o desenvolvimento do raciocínio combinatório, pois é nela que deve haver um reconhecimento de que alunos possuem conhecimentos anteriores (desenvolvidos a partir de atividades escolares anteriores ou extra-escolares – como os construídos no exercício profissional) e a constatação de que alguns aspectos dos conhecimentos já são dominados (como os problemas de produto cartesiano, nos quais muitos alunos tiveram bom desempenho) e outros ainda precisam ser desenvolvidos (como a compreensão mais ampla de arranjos, permutações e combinações). REFERÊNCIAS BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 3º e 4º ciclos. Secretaria de Ensino Fundamental, Brasília, 1997. BROWN, Margareth. Number operations. In: Hart, Kathleen (ed.) Children’s understanding of Mathematics: 11-16. .Windsor :NFER-Nelson, 1981, pp.23-47. FISCHBEIN, Efraim. The Intuitive Sources of Probabilistic Thinking in Children, Reidel, Dordrecht, 1975. 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