Boletim Especial Campanha Salarial Maio de 2007 Greve? Faça o debate em sua região Campanha salarial unificada e previdência estadual foram os pontos debatidos na assembléia geral da saúde no dia 10 de maio nas escadarias da Gazeta. Os trabalhadores, com representação de todas as regiões do estado, decidiram levar o debate sobre a greve para suas regiões e na próxima assembléia, marcada para o dia 23 de maio, avaliar e decidir a greve da Saúde. Sindsaúde-SP buscou o diálogo Conforme acordo entre as entidades sindicais da CUT e a Secretaria de Gestão Pública, o Sindsaúde-SP apresentou a pauta específica na Coordenadoria de Recursos Humanos da Secretaria Estadual da Saúde, debatendo em a incorporação de gratificações. Como todas questões econômicas dependem da aprovação do governo central e o secretário da Saúde não recebe nossa entidade, o Sindsaúde-SP solicitou nova audiência com a Secretaria de Gestão Pública, indicada pelo Governador como representante junto ao funcionalismo. Mas não vamos ter dúvidas: é nossa mobilização que faz a diferença. Campanha Salarial Os trabalhadores avaliam que, apesar da importância da retirada do projeto de previdência da Assembléia Legislativa, a data base foi em março e até o momento não houve avanço nas negociações. Então é necessário encaminhar a Campanha Salarial e incluir o projeto de previdência como um dos pontos da negociação. O Governo do Estado só regulamentou o processo de negociação, porém não iniciou a negociação com as entidades representantes do funcionalismo da pauta de reivindicações, entregue no dia 13 de fevereiro. Ato Unificado No dia 10 de maio, à tarde, um grande ato contra o Governo Serra foi realizado no vão livre do MASP. A atividade foi coordenada pela CUT e diversas entidades do funcionalismo da Campanha Salarial Unificada. Participaram também entidades do ensino superior, escolas técnicas e movimento estudantil. As entidades anunciaram um extenso calendário de luta em maio, ampliando a mobilização para o próximo ato conjunto, agendado para o dia 23 de maio, coincidindo com a Assembléia da Saúde e o dia luta nacional, programado pela CUT, contra a emenda 3. 23 de maio Assembléia Geral 10 h Ato Unificado 14 h Quadra dos Bancários (R., Tabatinquera, 192) Em defesa dos direitos do trabalhador Em frente à FIESP (Av. Paulista 1313) Desmoronamento da saúde Não vivemos mais o apagão da saúde. Hoje vemos o desmoronamento da saúde. O Governo do Estado está acelerando a terceirização. Sete DIRs foram extintas. Os Laboratórios de Santo Amaro e Tucuruvi foram fechados. O PAM Centro foi fechado. Os serviços e funcionários foram transferidos para o Pam Várzea do Carmo que já tem parte de seus serviços terceirizados, como o setor de Medicamentos de Alto Custo. Os funcionários do Iamspe resistem à terceirização do Laboratório do Instituto, fazendo vigília no setor desde 12 de abril. Em Votuporanga, funcionários e usuários estão mobilizados para resistir à terceirização do Ambulatório. O Governador Serra vem pressionando a Assembléia Legislativa para aprovar o projeto de previdência, sem incluir os pontos negociados no governo anterior com as entidades do funcionalismo. Essa ação é uma tentativa de desviar a atenção da Campanha Salarial. Diante da mobilização do funcionalismo, o Governador recua e joga a responsabilidade para o governo federal. Não podemos cair nessa conversa, manobra para desmobilizar os trabalhadores. Por outro lado, nossa organização está garantiram importantes avanços em nossa luta, como a vitória dos trabalhadores do PSF, do Pam Maria Zélia e dos municipalizados de Barretos. Por isso vamos unir nossos esforços para obrigar o Governador Nossa aposentadoria A mobilização do funcionalismo no dia 25 de abril na Alesp levou o Governador a recuar. Ora apresenta um substitutivo, ora apresenta outro. Isso mostra que as reivindicações da categoria, como a inclusão dos Lei 5 0 0 / 7 4 , a pa r i d a d e n o s Conselhos de Administração e Fiscal do novo instituto, o teto de contribuições, entre outras, podem ser incluídas no projeto, dependendo da vontade do Governador. Cai a máscara Como o Governador Serra fala pela imprensa que a responsabilidade da reforma é do governo federal, as entidades do funcionalismo da C U T, i n t e r m e d i a d a p e l a bancada estadual do PT, se reuniu com o ministro da Previdência, Luiz Marinho, no dia 14 de maio. Nessa reunião foi reafirmado que a legislação federal obriga os estados a criar um único instituto previdenciário, porém cabe ao Estado definir os contribuintes desse instituto. Portanto, a alegação de que a aprovação do projeto é uma imposição do governo federal é mentira. Vamos pressionar para que os Lei 500/74 sejam incluídos no novo instituto. Esses trabalhadores atuam no serviço público estadual há muito tempo. Muitos são estáveis pela Constituição de 1988, outros já se aposentaram e legalmente não são temporários. O recuo do Governador foi uma importante vitória. Então vamos ampliar nossa mobilização para garantir nossa aposentadoria, nosso emprego e principalmente nosso reajuste de salário. Já vimos como age esse Governo. Somente nossa luta vai garantir nossos direitos. Serra a negociar nosso reajuste salarial. No estado mais rico do país, dinheiro não é problema. O balanço financeiro do Estado no 1º quadrimestre apontou um superávit do Estado de R$ 1,5 bilhão. Isso significa que há dinheiro para conceder os 34% de aumento reivindicado pelos trabalhadores da saúde. Vamos obrigar o Governo do Estado a respeitar os trabalhadores públicos no estado. Vamos avaliar a conjuntura em cada região, debatendo inclusive a disposição para a greve, e levar um grande número de trabalhadores a nossa próxima assembléia, dia 23 de maio, quando vamos decidir os rumos de nossa Campanha. Vigília contra terceirização no Iamspe Os funcionários do Iamspe estão em vigília no Laboratório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) contra a terceirização do setor desde 12 de abril quando a superintendência do Instituto anunciou a medida. Os trabalhadores estão passando um abaixo-assinado em defesa do I a m s p e pa r a c o l h e r 5 0 0 m i l assinaturas e entregar o manifesto ao Governador, aos Secretários de Estado, à Assembléia Legislativa, às Câmaras Municipais paulistas, aos deputados e vereadores bem como a entidades como o Ministério Público. No dia em que uma assembléia de funcionários decretou a greve, a Superintendência chamou representantes dos trabalhadores para negociar um acordo: suspender a terceirização por 30 dias e criar uma comissão, com a participação das entidades sindicais e CCM, para debater o assunto. Os funcionários concordaram em suspender a greve, porém mantêm a vigília no Laboratório até que a medida seja revogada. Vamos defender o Iamspe. Ele é mantido com a nossa contribuição. É nosso patrimônio. E em nenhum momento o conjunto dos trabalhadores públicos autorizou a sua venda.